Atividade Fisica Na Terceira Idadeprimeiro
Atividade Fisica Na Terceira Idadeprimeiro
Atividade Fisica Na Terceira Idadeprimeiro
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
MARCELO CASAGRANDE
BAURU
2006
MARCELO CASAGRANDE
BAURU
2006
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais: Anay e Gilberto, que me deram a
vida e me ensinaram a lutar e viver com dignidade. Em especial à minha irmã Giseli,
que sempre confiou em mim.
Amo vocês
Marcelo Casagrande
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Anay, que sempre esteve ao meu lado auxiliando com sua
experiência e dedicação.
Dostoievski
RESUMO
Este estudo de revisão bibliográfica tem como objetivo avaliar a ação dos
exercícios físicos no cotidiano dos idosos para uma melhor condição de vida em
manutenção desta na vida diária dos idosos; e a ação dos exercícios físicos como
visando a realização das tarefas diárias dos idosos, tal qual pode-se observar no
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................9
CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA ...............................................................14
1 A TERCEIRA IDADE E SUAS CARACTERISTICAS .............................................14
1.1 As etapas de envelhecimento..........................................................................14
1.2 Aspectos do envelhecimento – físico, psicológico e social ..............................16
1.3 Pontos em que a idade transparece ................................................................18
2 O QUE É ATIVIDADE FÍSICA ................................................................................19
2.1 A importância da atividade física .....................................................................20
2.2 Objetivos e benefícios da atividade física ........................................................20
2.3 Atividade física na terceira idade .....................................................................21
2.4 Atividade física e seus benefícios no envelhecimento .....................................22
2.5 Envelhecimento e exercício .............................................................................24
2.5.1 O Fenômeno do envelhecimento ..............................................................26
2.5.2 Classificação da idade ..............................................................................26
2.5.3 Envelhecimento e Consumo Energético ...................................................27
2.5.4 Envelhecimento e Performance Aeróbia ...................................................27
2.5.5 Freqüência cardíaca..................................................................................28
2.5.6 Volume de ejeção......................................................................................28
2.5.7 Diferença artério-venosa para o oxigênio..................................................29
2.5.8 Conseqüências Funcionais .......................................................................29
2.5.9 Idade e Resposta ao Treinamento ............................................................30
2.5.10 Envelhecimento e Função Músculo-Esquelética .....................................30
2.6 A influência da atividade física na manutenção do osso..................................35
2.6.1 Necessidades e Restrições do Idoso, Como o corpo envelhece? ............40
2.6.2 Aptidão Física Relacionada à Saúde ........................................................40
2.6.3 Atividades da Vida Diária São Classificadas de Acordo com a American
Geriatrics Society em .........................................................................................40
2.6.4 Classificação do nível de atividade do IDOSO..........................................41
2.6.5 Tipos de testes de avaliação para o idoso ................................................42
3 QUALIDADE DE VIDA ..........................................................................................45
3.1 Introdução ao conceito de Qualidade de Vida .................................................45
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INTRODUÇÃO
Siedler, M.J., 1997), visto que o idoso quando se valoriza pode desencadear junto a
sua família e no seu meio social, grandes mudanças. O envelhecimento humano é
definido como um processo natural, irreversível, atinge todo ser humano e provoca
uma perda estrutural e funcional progressiva no organismo. O processo de
envelhecimento trás consigo várias alterações fisiológicas, como a progressiva
atrofia muscular, fraqueza funcional, descalcificação óssea, aumento da espessura
da parede de vasos, aumento do nível de gordura, diminuição da capacidade
coordenativa, dentre outras. Problemas esses que, em sua maioria, têm seus efeitos
minimizados pela assimilação de um estilo de vida ativo.
A diminuição da capacidade funcional é decorrente em grande parte de
doenças hipocinéticas, ou seja, doenças decorrentes da inatividade física. O
exercício físico pode ser destacado como elemento de prevenção.
Guedes e Guedes (1995) consideram que os exercícios corretamente
prescritos e orientados desempenham importante papel na prevenção, conservação
e recuperação da capacidade funcional dos indivíduos, repercutindo positivamente
em sua saúde. Esses não farão parar o processo de envelhecimento, mas, poderão
retardar o aparecimento de complicações, interferindo positivamente no seu bem
estar.
Com o envelhecimento humano a força muscular localizada tende a ser
diminuída. Segundo Shephard (1997) esta ocorre devido à diminuição da massa
muscular magra. Aoyagi e Shephard (1992) destacam que esta diminuição ocorre
devido ao declínio do número de fibras e/ou redução na área de seção transversa.
Acredita-se que há diminuição no número dos moto neurônios alfa e desenervação
de um certo número de fibras musculares e que estas são conseqüências da
degeneração da placa motora. A atividade física na terceira idade tem como objetivo
o retardamento do processo inevitável do envelhecimento, através da normalização
da vida do idoso, afastando os riscos comuns na terceira idade. Dar um sentido, uma
qualidade a esta terceira etapa da existência, revalorizar as pessoas da terceira
idade, ante seus próprios olhos e os da sociedade, reintegra-las nas relações
sociais, tem sido na atualidade, fonte de importantes iniciativas. Uma das formas de
se alcançar à manutenção ou recuperação da vitalidade é a participação em
atividades físicas e recreativas, permitindo ao indivíduo da terceira idade readaptar
seu corpo. O trabalho do professor de Educação Física nesta faixa da população
exige que uma série de preconceitos sejam revistos e que se respeite as limitações
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Atividade Física pode ser determinada como sendo o conjunto de ações que um indivíduo
ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto energético e alterações orgânicas, através de
exercícios que envolvam movimento corporal, com aplicação de uma ou mais capacidades físicas,
associado à atividade mental e também social, onde este indivíduo terá como resultado benefícios à
sua saúde, melhorando sua capacidade cárdio-respiratória, seu nível de força, flexibilidade, tônus
muscular, entre outras, tudo isso dependendo do tipo de atividade e da intensidade, freqüência e
duração da mesma. Além de, também, diminuir os riscos de doenças como diabetes, hipertensão,
controle de estresse, etc. Para melhor compreensão dessa área, são: Atividade Física e Educação
Física, termos correntes nas publicações. De acordo com Bouchard &Shephard (1994), entende-se
por atividade física qualquer movimento corporal produzido pelos músculos que resulte num
substancial aumento do gasto das reservas energéticas, o que inclui as atividades físicas de lazer, a
ginástica, o esporte, as tarefas da vida diária, entre outras. Já o termo Educação Física refere-se aos
conhecimentos sistematizados sobre o movimento humano, conhecimento esse que deve capacitar o
aluno para, com autonomia, otimizar suas potencialidades e possibilidades de movimentos para se
regular, interagir e transformar o meio ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. Sendo
assim, nem toda atividade física é educação física pois, as atividades do cotidiano, do trabalho e da
vida social implicam movimentos, mas isso não caracteriza educação física. Pode-se praticar
atividades físicas como, por exemplo, o futebol e a ginástica como um meio para se alcançar
objetivos de lazer, melhorar a condição física ou com finalidades estéticas. Entretanto, esses
objetivos são variados e definidos pelo praticante em um amplo universo de possibilidades; são,
portanto, da ordem do possível e da vontade do praticante. Já essas mesmas atividades, como
conteúdos da educação física, são os meios para se alcançar objetivos definidos “a priori”, que são da
ordem do necessário, isto é, aquilo que não pode deixar de ser. Nesse sentido, a educação física tem
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como objetivo precípuo instrumentalizar o aluno para participar de programas de atividades físicas
como ginástica, natação, dança, esporte, etc., avaliando sua qualidade e adequação para a
promoção da saúde e bem estar. Tudo indica que a diferença fundamental está na relação meio/fim.
No primeiro caso, a atividade física se constitui num fim em si mesma e, no segundo caso, a atividade
física é um meio para a Educação Física. Além disso, a educação física deve contribuir para a
formação de um consumidor crítico dos espetáculos esportivos e informações veiculadas nos meios
de comunicação, através de elementos conceituais e perceptivos que lhe permitam apreciar e refletir
sobre a estética e a técnica dessas manifestações.
A atividade física é importante porque através dela pode-se melhorar o nível de Aptidão
Física que nada mais é que o conjunto de atributos que se relacionam com a capacidade que um
indivíduo tem de realizar atividades físicas, onde este nível está relacionado diretamente ao nível de
saúde que as pessoas apresentam, sendo o sedentarismo considerado tão prejudicial à saúde quanto
qualquer outra doença como o diabetes, hipertensão e outros, estando o sedentário mais predisposto
a estes mesmos distúrbios. As pessoas inativas e sedentárias estão mais expostas a doenças
relacionadas ao estilo de vida.
Atividades Físicas que se constituem de exercícios bem planejados, bem estruturados,
que são feitos de maneira repetitiva e intencional são responsáveis pelos maiores e melhores
resultados para quem os pratica, além de terem seus riscos minimizados através de boas orientações
e controles adequados.
Os exercícios regulares aumentam a longevidade, melhorando a energia do indivíduo,
sua disposição e saúde de um modo geral. Melhorando também o seu nível intelectual e seu
raciocínio, sua velocidade de reação e o seu convívio social, ou seja, seu estilo de vida que é a sua
própria qualidade de vida.
A velhice pode ser vista pelos dois lados: como apogeu de uma vida ou
como a decadência de um indivíduo. Na atualidade, a velhice vive seu eterno
conflito. A indústria da beleza vende a eterna juventude e nega a velhice, pois esta
privilegia as pessoas altamente produtivas. O ser humano não pode continuar a ser
encarado como um produto com prazo de validade, pois a velhice nasce com o
homem e é resultado de sua trajetória biológica e espiritual.
A velhice não existe. O que existe é uma fase da vida em que as pessoas deverão colher
os frutos de seus trabalhos, tendo consciência de que agora é sua vez como uma participação
prazerosa e saudável dentro da sociedade. O passar do tempo faz com que o círculo das relações
familiares e de amigos diminua pelo processo natural de dispersão, óbitos, ficando o idoso com a
impressão de perder bruscamente a fase de sua razão de ser social. Alguns indivíduos chegam até
mesmo a perda acentuada da capacidade de adaptação e de menor expectativa de vida. A
professora Silene Okuma (1998) que tem livros e artigos publicados sobre o assunto – lembra que a
população brasileira hoje vive mais, o que significa uma convivência maior com a velhice, associada
às alterações físicas e de saúde que o envelhecimento traz. "Daí a importância de oferecer recursos
para as pessoas diminuírem as perdas ou lidarem melhor com essas perdas, que acabam interferindo
nas condições sociais.". Este processo leva à perda das possibilidades de interação social e,
conseqüentemente, a uma condição psicológica negativa. "Não é o envelhecimento em si que produz
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a condição negativa, mas a forma como a pessoa experimenta este envelhecimento", explica a
professora. E uma das melhores formas de experimentá-lo é inserindo a atividade física no dia-a-dia.
Com a autoridade de quem tornou-se uma referência nacional no assunto, Silene Okuma (1996) frisa
que o sedentarismo é muito negativo para as condições de saúde e acelera as modificações
resultantes da idade. "Para diminuir a velocidade da ação do tempo é preciso ativar, estimular o
corpo." Como os exercícios físicos mantêm a funcionalidade dos sistemas e órgãos, eles aumentam a
resistência às doenças. Segundo Okuma (1996), à medida que nos exercitamos, damos uma reserva
funcional ao organismo, permitindo a manutenção de boas condições físicas mesmo no caso de
doenças. Pode não parecer, mas um bom sistema imunológico é importante também para manter
uma relação saudável com o meio. "O indivíduo, para 'funcionar' no meio social, precisa de um corpo
que funcione”, relata Okuma.
Quando se começa a perder as capacidades, vem a condição de aprisionamento,
geradora de muito mal-estar e de condições psicológicas negativas. É quando as pessoas passam a
assumir o estereótipo de que o idoso é incapaz. "A longevidade ainda é algo novo na nossa
sociedade. A caricatura que se faz do idoso ainda é de muita passividade e isolamento. E muitos
ainda assumem esta imagem." Para a autora, quando o idoso percebe que não é incapaz, muda seus
conceitos e passa a ter uma relação positiva com a velhice, de menos dependência dos outros. A
mesma dá um importante recado: "Quem nos mostra que chegamos à velhice é o corpo. É ele que
reflete as transformações. Não existe envelhecimento social, e sim físico." Daí a importância de
manter o corpo em boas condições.
Segundo Matsudo (2001), a atividade física é definida como qualquer movimento corporal
produzido pelos músculos esqueléticos que resultam em gasto calórico acima do basal. O exercício
físico é definido como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva,
resultando na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física. A atividade física
está apoiada em vários fundamentos científicos. É preconizada como indicador de qualidade de vida
em todas as faixas etárias de caráter saudáveis ou comprometidos. Relata ainda a forte associação
entre qualidades físicas (entre outras resistências, coordenação, velocidade, força, equilíbrio,
flexibilidade, relaxamento, ritmo e agilidade), habilidades motoras (movimentos mais precisos como
receber, passar, quicar, arremessar, costurar, cortar, escrever etc).
A atividade física para idosos deve ter os seguintes objetivos: manter a capacidade
funcional geral, preservar a integridade músculo-esquelético, aprimorar o estado psicológico, prevenir
e tratar coronariopatia e o diabetes tipo II. O plano de atividade física deve ter: tipo de exercício
(ênfase no movimento aleatório, na flexibilidade e em alguns exercícios de resistência), intensidade
(moderada sob recarga com progressão lenta), duração (com base na capacidade do indivíduo, até
sessenta minutos por dia, em múltiplas sessões), freqüência (todos os dias com atividades de níveis
mais baixos, como caminhar). Os exercícios se forem bem conduzidos, favorecem ás áreas físicas,
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psíquicas e social tais como: composição corpórea (aumenta a massa magra e reduz a massa
gordurosa, pois, ajuda na queima de calorias, contribuindo para redução do peso); aparelho
cardiovascular central e periférico (aumenta a capacidade do coração e das veias para bombear
sangue); perfil lipídico (reduzindo LDL colesterol e triglicerídeos e aumentando o HDL colesterol, que
tem efeito protetor sobre a parede arterial); aparelho respiratório (melhorando sua performance,
aumentando a massa muscular, previne quedas, melhora o equilíbrio, a força muscular, a mobilidade
articular, a massa óssea e a coordenação motora, melhora a imagem corporal e ajuda o idoso a ter
autoconfiança). As atividades físicas estimulam o crescimento, e o fortalecimento dos músculos. Os
músculos, como estão presos nos ossos, estimulam estes a crescerem, a aumentar a massa óssea.
Elas também melhoram as condições do coração, da respiração, dando mais fôlego e aumentando a
oxigenação do cérebro e do sangue. A pessoa que faz exercícios tem mais disposição, vontade de
viver, servindo os exercícios físicos de musculação, acompanhados de exercícios de relaxamento
muscular, como poderoso método de tratamento de problemas emocionais e sexuais. As angústias,
ansiedade, depressões e fobias podem melhorar com a realização de exercícios leves de músculos e
de respiração (KNOPLICH, 2001). Em parte devido ao impacto sobre vários aspectos da saúde física
a atividade física regular tem uma importante influência sobre as capacidades funcionais, qualidade
de vida e saúde mental do cidadão idoso. Embora o hábito de praticar atividade física regular possa
estender o ciclo vital de uma pessoa em um a dois anos, um benefício muito mais importante é o
aumento de seis a dez anos na expectativa de vida ajustada ao aumento da qualidade de vida
incluem relatórios de maior bem-estar, uma melhora da auto-estima e sensação de auto-eficácia, bem
como uma redução do risco de ansiedade e depressão (SHEPHARD, 1997). Os benefícios da
atividade sobre o controle da pressão arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos da
atividade física no organismo e que foram sintetizados assim: alterações cardiovasculares (diminuição
da freqüência cardíaca de repouso, do débito cardíaco em repouso, da resistência periférica e do
volume plasmático, aumento da densidade capilar); alterações endócrinas e metabólicas (diminuição
da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, diminuição na atividade do sistema nervoso
simpático, aumento da sensibilidade à insulina, melhora da tolerância à glicose); composição corporal
(efeito diurético, aumento da massa muscular, aumento de força muscular); comportamento
(diminuição do estresse, diminuição da ansiedade). Efeitos na saúde mental: melhora do auto-
conceito; melhora da auto estima; melhora do humor; melhora da imagem corporal; desenvolvimento
da auto-eficácia; melhora da tensão muscular e da insônia; diminuição do consumo de
medicamentos; melhora das funções cognitivas e da socialização (MATSUDO, 2001). A atividade
física é um ponto importante na qualidade de vida do idoso. No entanto, o tipo de exercício a ser
realizado depende do organismo e da vontade de cada um. Não há nenhuma fórmula predeterminada
do que deve ser feito na terceira idade. O idoso precisa olhar para si e ver qual a sua capacidade
funcional nas atividades do dia-a-dia, como subir as escadas de um ônibus, carregar panelas de
pressão, arrumar camas, abaixar-se para ver o forno, por exemplo, (OKUMA, 1998). A atividade física
é um fator fundamental na saúde do idoso. Estudos mostram que pelo menos 70% dos idosos têm
um problema de saúde e a atividade física pode ser uma grande aliada do tratamento. A prática da
atividade física pode controlar a manifestação e os sintomas de várias doenças, como hipertensão,
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por exemplo; e reduzir o consumo de remédios. Para isso, é preciso trabalhos com três sistemas do
corpo humano: o cardiovascular, o nervoso e o músculo-esquelético. A prática de atividade física
melhora o andar e o equilíbrio; melhora a auto-eficácia; contribui para a manutenção e/ou aumento da
densidade óssea; auxilia o controle do diabetes, da artrite, das doenças cardíacas e dos problemas
com colesterol alto e hipertensão; melhora a ingestão alimentar; diminui a depressão; reduz as
ocorrências de acidentes, pois os reflexos e a velocidade ao andar ficam melhores; contribui na
manutenção do peso corporal e melhora da mobilidade do idoso (OKUMA, 2006).
consumo máximo de oxigênio de muitos idosos cai abaixo do mínimo por volta dos
80 anos de idade, a dependência vai aumentando a medida que a função vai sendo
perdida por períodos de repouso na cama causado por doenças inter-relacionadas.
2.5.10.1 Músculos
A força máxima é atingida por volta dos 25 anos de idade, e entra num
platô até a faixa dos 35-40 anos, quando mostra um declínio rápido, com 25% de
perda de força muscular máxima na idade de 65 anos. A massa muscular diminui,
31
aparentemente com uma perda seletiva na secção transversa. Não está claro se isto
é uma hipotrofia geral do músculo esquelético ou uma hipoplasia seletiva e
degeneração das fibras tipo II, associada com a perda do broto terminal do nervo
motor. Outras causas da perda funcional incluem uma deterioração das estruturas
terminais das placas motoras, junções mio neurais; piora do mecanismo de
excitação-contração, e diminuição do recrutamento de fibras. Tanto o tempo de
contração e o tempo de relaxamento estão prolongados, e, por isto, a velocidade de
contração máxima é diminuída. Mudanças são maiores nas pernas que nos braços,
possivelmente porque há uma maior diminuição no uso das pernas com a idade. A
resistência muscular em dada fração da força voluntária máxima, aparentemente,
melhora com a idade, em parte devido aos músculos, agora, conterem uma maior
proporção de fibras tipo I, e também pela menor força muscular, que diminui a
pressão sobre os vasos, restringindo, menos que em pessoas jovens, a perfusão
dos tecidos. A perda da força progressivamente impede ações normais do dia-a-dia.
Torna-se difícil transportar um pacote de 5 kg de alimentos, abrir um frasco de
remédio, e até levantar o próprio corpo do assento do toalete (9). A relação de força
homem/mulher não é alterada. A força muscular pode ser bastante melhorada por
um período tão curto como 8 semanas de treinamento com pesos, até mesmo em
sujeitos com 90 anos de idade (3). A síntese protéica ocorre mais lentamente que
em adultos jovens, porém a comparação de secções transversas de músculos entre
pessoas ativas e inativas sugere que muito da perda de tecido magro pode ser
evitada por um treinamento regular com pesos. Músculos preparados melhoram a
função das articulações, reduzem o risco de quedas e diminuem a magnitude da
dispnéia. Algumas vezes há o temor que exercícios com pesos possam causar um
perigoso aumento da pressão arterial, provocando um ataque cardíaco. Todavia, se
o sujeito evitar a manobra de Valsava, e mantiver 60 % da força máxima voluntária
por mais que poucos segundos, o aumento da pressão sangüínea não será maior
que durante uma série de exercícios na bicicleta ergométrica.
2.5.10.2 Flexibilidade
A "elasticidade" dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares diminuem
devido a deficiências no colágeno. Durante a vida ativa, adultos perdem algo como
8-10 cm de flexibilidade na região lombar e no quadril, como medido no teste do
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com antecedentes de atividade física regular possuem, em média, uma massa óssea
mais elevada do que as pessoas sedentárias da mesma idade. Todavia, há
controvérsias sobre a importância dessa diferença da massa óssea entre essas duas
populações. Essa diferença depende também do local ósseo examinado. Ela é
superior para o osso trobecular do esqueleto axial (coluna vertebral) em relação ao
osso compacto (chamado de osso cortial) do esqueleto apendicular (todos os ossos
longos, especialmente o fêmur e o rádio). Nas pessoas idosas que gozam de boa
saúde observa-se uma diminuição da força muscular de um a dois por cento por
ano, entre sessenta e cinco e oitenta e nove anos. Essa fraqueza muscular é
atribuída a uma perda das fibras musculares associada a uma atrofia daquelas
remanescentes (diminuição da quantidade e tamanho das fibras musculares). A
atividade física permite adquirir um capital ósseo mais considerável e diminuir a
perda óssea relacionada à idade e à menopausa. Além disso, a atividade física
aumenta a força e a coordenação muscular das pessoas idosas, diminuindo, assim,
as quedas e as fraturas a elas associadas (MANIDI & MICHEL, 2001). A atividade
física beneficia não só o conteúdo mineral ósseo, mas igualmente outros fatores
relacionados aos riscos de fraturas como a força muscular, a flexibilidade, o tempo
de reação e o equilíbrio. A atividade pode diminuir as perdas ósseas, mas ainda não
há definição quanto ao programa para preveni-las. A atividade física regular
incrementa o pico de massa óssea, ajudando na manutenção da massa óssea
existente e diminuindo sua perda associada ao envelhecimento (OKUMA, 1998).
Encontramos no processo de envelhecimento funcional outras alterações articulares
e ósseas que estão intimamente ligadas com o histórico de vida de cada um, fator
genético, atividade física, alimentação e qualidade de vida: osteoartrite (patologia
degenerativa das articulações), osteoartrose (desgaste e ruptura da cartilagem),
artrite reumatóide (inflamação da membrana sinovial). A atividade física adequada
estará contribuindo para minimizar o processo da desmineralização e fortalecimento
da musculatura. Os mais indicados nesse processo são os exercícios aeróbicos,
trabalhando a freqüência cardíaca máxima entre cinqüenta a setenta e cinco por
cento. A atividade realizada com regularidade é uma das principais bases para a
manutenção da saúde, associada à alimentação adequada e ao estado emocional
equilibrado (VERDERI, 2002). A prática regular da atividade física sistemáticas pode
retardar ou suprimir a perda mineral óssea nas mulheres (ERNEST, 2001).
37
lesões nos idosos, além de ser importante para o desempenho das atividades
diárias. Recentes estudos têm enfocado os efeitos do treinamento de força no
metabolismo das proteínas musculares. Campbell e colaboradores apud Fleck e
Kraemer (1999), descobriram que o treinamento de força aumenta a retenção de
nitrogênio e a velocidade de síntese de proteínas do corpo todo, isso indica que o
sistema hormonal em indivíduos mais velhos, ainda funciona na medida necessária
para promover algumas adaptações ao treinamento de força.
Nieman (1999), afirma que pessoas idosas que se exercitam com pesos,
recuperam uma boa parte de sua força perdida, o que as capacita para um melhor
desempenho das atividades diárias. Benedetti e Petroski (1999) destacam que os
exercícios de resistência muscular são importantes para os idosos, pois auxiliam na
manutenção da força muscular e impedem uma intensa atrofia muscular. Através de
seus estudos os autores evidenciam a ocorrência da perda de fibras glicolíticas com
o envelhecimento e isso acontece provavelmente porque o idoso quase não executa
contração muscular vigorosa contra uma resistência.
A partir dessas considerações, observamos que a atividade física é de suma importância
para a autonomia dos idosos, pois é citada como um dos componentes mais importantes para uma
boa qualidade de vida. A busca pelo prazer, pela satisfação e bem estar pessoal vem crescendo
demasiadamente, e estes benefícios podem ser encontrados na prática da atividade física.
Não está exatamente claro como nosso corpo envelhece, porém, o processo de
envelhecimento difere de pessoa para pessoa, assim como de um aparelho ou sistema (cardíaco,
respiratório, muscular, etc.) para outro. Os principais fatores que influenciam o envelhecimento são:
Tempo, Hereditariedade, Meio Ambiente, Dieta, Estilo de Vida Nível de Atividade Física.
Classificaçã Características
o
Fisicamente
Testes de ABVD
Dependente
Fisicamente Frágil Testes de ABVD e AIVD
Fisicamente Testes de aptidão física: VO² máx, força, flexibilidade, tempo de
Independente reação e de movimento;agilidade; equilíbrio. Testes de AAVD
Fisicamente Testes de aptidão física: VO² máx, força, flexibilidade, tempo de
Apto/Ativo reação e de movimento;agilidade; equilíbrio.
Testes de aptidão física: VO² máx, força, flexibilidade, tempo de
Atletas reação e de movimento;agilidade; equilíbrio; específicos da
modalidade.
Com idosos Homens (88,5 +/- 6 anos) e Mulheres (8,5 +/- 6 anos), a
potência dos extensores de joelho foi significativamente relacionada com a
velocidade de levantar da cadeira, velocidade e potência de subir escadas e
velocidade de caminhada.
3 QUALIDADE DE VIDA
Historicamente, desde os anos 60 do século XX, que a expressão qualidade de vida tem
sido utilizada de forma cada vez mais freqüente. No entanto, enquanto conceito científico pode
revelar-se ambíguo, a não ser que seja objeto de uma definição precisa. Alguns autores (FLECK,
1999A; NOLL, 2000) indicam que a sua origem tem raízes no contexto político, apontando como
referência o discurso do Presidente americano Lyndon Johnson que, em 1964, referiu que “o
progresso social não pode ser medido através do balanço dos bancos, mas através da qualidade de
vida proporcionada às pessoas”. O interesse pela qualidade de vida (QDV) surgiu igualmente ligado
aos sistemas de indicadores sociais, em que prevalecia uma abordagem essencialmente
economicista que analisava o crescimento econômico das sociedades através da evolução do
respectivo PIB ou do rendimento per capita. A evolução do conceito de QDV tem-se encontrado
também associada a diversos referenciais teóricos que refletem conceitos como: satisfação com a
vida, felicidade, existência com significado e bem-estar subjectivo, na generalidade dos casos
utilizados indiscriminadamente como sinônimos. Este fato tem contribuído para dificuldades na
delimitação científica do conceito. No entanto, ainda que relacionados, estas designações são
estruturalmente diferentes do conceito de qualidade de vida. O interesse e aplicabilidade da
expressão QDV na área da saúde decorre sobre tudo da definição de Saúde assumida pela
Constituição da Organização Mundial de Saúde - OMS (1948) como um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não simplesmente como a ausência de doença.
quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações
(WHOQOL Group). Esta definição explícita uma concepção abrangente de QDV, influenciada de
forma complexa pela saúde física, estado psicológico, nível de independência, relações sociais,
crenças pessoais e suas relações com aspectos do meio envolvente em que o indivíduo está inserido
(WHOQOL Group, 1995). Composto por seis domínios (físico, psicológico, nível de independência,
relações sociais, ambiente e aspectos espirituais/religião/crenças pessoais), em cada um, várias
facetas da qualidade de vida sintetizam o domínio particular de qualidade de vida em que se inserem,
num total de 24 facetas específicas e uma de QDV geral. Cada faceta do WHOQOL pode ser
caracterizada como uma descrição de um comportamento, um estado, uma capacidade ou uma
percepção ou experiência.
Subjectiva. A primeira versão em língua portuguesa do WHOQOL-100 foi desenvolvida
para Português do Brasil, em Porto Alegre (FLECK ET AL., 1999a, 1999b, 2000).
publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de
discussão em conferências e mesas redondas. Também neste evento observa-se a
ênfase dada aos aspectos biofisiológicos da relação atividade física/saúde/qualidade
de vida. Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este
entendimento. Katch & McArdle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos
regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das
pessoas. A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em
posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem
ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física. Matsudo &
Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de
prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida. Lima (1999) afirma que a
Atividade Física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida
dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-
estar. Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da prática de atividade
física regular na melhoria da qualidade de vida. Nahas (1997) admite a relação entre
a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor
identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de
qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde.
Silva (APUD LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y DEPORTES,1999), ao
distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indivíduo saudável) da
qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada ao indivíduo sabidamente doente)
vincula à prática de atividade física à obtenção e preservação da qualidade de
vida. Dantas (APUD LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y DEPORTES, 1999),
buscando responder em que medida a atividade física proporcionaria uma desejável
qualidade de vida, sugere que programas bem organizados de atividades físicas
podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades
de se obter prazer e, consequentemente, otimizar a qualidade de vida. Lopes &
Altertjum (1999) escrevem que a prática da caminhada contribui para a promoção da
saúde de forma preventiva e consciente. Vêem na atividade física um importante
instrumento de busca de melhor qualidade de vida. O “Manifesto de São Paulo para
a promoção de Atividades Físicas nas Américas” - publicado na Revista Brasileira
Ciência e Movimento, jan./2000 (APUD LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y
DEPORTES, 1999) - destaca a necessidade de inclusão da prática de atividade
física no cotidiano das pessoas de modo a promover estilos de vida saudáveis rumo
49
Praticar exercícios com segurança também é ser capaz de reconhecer quando você está
prejudicando alguma parte do corpo por estar se excedendo nos exercícios. Nesses casos, lesões
sérias, distensões, desmaios e outras reações poderiam ser evitadas se as pessoas soubessem o
momento de parar ou diminuir a atividade que estão realizando.
Portanto, veja a tabela abaixo e se tiver algum dos sintomas, tome as providências
adequadas a seu caso:
Veja a seguir, o gasto calórico de algumas atividades. Estes valores foram baseados na
medida padrão: mulher de 60 quilos em ação contínua durante um período de 1 hora; portanto, eles
podem variar em função da intensidade do exercício, nível técnico e peso de quem o faz.
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4 OBJETIVOS
Este estudo aborda a importância das atividades físicas para a qualidade de vida na
terceira idade, apontando as transformações que ocorrem com o processo de envelhecimento e
algumas possibilidades de se buscar o equilíbrio entre as potencialidades e as limitações do idoso,
por meio de uma vida mais saudável. Destaca também, que, para obter a melhora na qualidade de
vida da terceira idade através de atividades físicas, é necessário adaptá-las aos idosos visando atingir
seus anseios, necessidades e suas condições físicas. O corpo do idoso em movimento é sinal de
saúde e alegria. A atividade física deve ser dirigida para quebrar o ciclo vicioso do envelhecimento,
melhorando sua condição aeróbica e diminuindo os efeitos deletérios do sedentarismo, melhorar o
contacto social, reduzindo a ansiedade e a depressão, comuns nesta faixa etária, desenvolver a
resistência e a força muscular, melhorar sua mobilidade articular, redobrar suas energias, vitalidade e
disposição, tornando sua vida mais alegre.
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5 CONCLUSÃO
junto a esse novo grupo social exige sensibilidade, competência profissional, conhecimento e
disponibilidade para agir, pois, a Educação Fisica na terceira idade já constitui uma marcante
realidade no mundo em que vivemos. Constatamos que a atividade física é importante para todas as
pessoas, mas se reveste de uma importância ainda maior quando se trata da terceira idade, não
apenas como meio de proporcionar maior saúde e bem estar físico, mas também, é importante pela
integração social, oferecendo ao idoso condições de enfrentar as deficiências normais desse período
de vida.
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