Port 1S 1B Emr Final
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LÍNGUA PORTUGUESA
2021
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Educação
Alexandre Valle
Secretário de Educação
Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica
Assistentes de Coordenadoria
Catia Batista Raimundo
Carla Machado Lopes
Roberto Farias Silva
Professor(a)-autor(a):
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 5
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 28
5
O presente projeto surge como uma possibilidade de nos aproximarmos ainda mais,
professores e alunos, por meio da linguagem. Para isso, contaremos histórias! Imagine aprender não
só lendo uma narrativa, seja na área do conhecimento da Linguagem ou das Ciências Matemáticas,
mas também ter a oportunidade de entender como um tópico de conteúdo tem sua utilidade na vida
prática. Aqui, será desenrolada uma narrativa que trará personagens fictícios, mas que, em alguma
medida, se fazem representar em um sem-número de estudantes de todos os segmentos educacionais,
regionais, étnico-raciais, de gênero, e de classes sociais do nosso Estado, com todo cuidado e de forma
a resguardar toda e qualquer intenção de caricaturização. Temos, igualmente, o cuidado de preservar
e de valorizar nossa pluralidade cultural e religiosa, como sociedade. Assim, a metodologia
utilizada pelos professores-autores dá conta de premissas alinhadas ao Storytelling e ao Aprendizado
Baseado em Problemas (PBL). Note-se que são premissas embrionárias, mas que de alguma maneira
já oportunizam o aprendizado calcado no protagonismo do estudante. Alinhado a tudo isso, os
estudantes ainda terão a sua disposição um elemento gamificado em ambiente de jogo, se constituindo
como um ponto agregador e que demarca a nova relação com o processo de aprendizagem,
desdobrando etapas que ultrapassam as páginas de manuais didáticos.
Seja bem-vindo a essa história que também fará parte da sua!
APRESENTAÇÃO
Dominar o próprio idioma conhecendo a norma culta da língua é uma habilidade que se exige
cada vez mais nas relações de trabalho. Aqueles que mais se destacam profissionalmente têm essa
competência em seus currículos. Além disso, é um instrumento para se impor diante de qualquer
opressão social que se projete sobre nós; é uma forma de fazer a leitura de mundo correta e melhor
entender o que acontece à nossa volta. São, esses tempos de agora, muito competitivos. Nunca na
história dependemos tanto do conhecimento e da ciência para nos mantermos no planeta terra. Para
isso, as pesquisas científicas são necessárias, mas elas não acontecem sem o domínio inicial do idioma.
Saiba se expressar e aí estará um homem que dificilmente será escravizado.
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que estavam falando da gente que estuda em escola pública. Vocês acham mesmo que a gente não sabe
falar português? A gente pode pensar um pouco sobre isso? Ajudem-me aí!
Já pensaram? Eu fui perguntar a um professor sinistrão, que tem lá no CIEP onde eu estudo.
Ele me disse umas coisas que eu queria dizer na cara daquela mulher de nariz empinado se eu soubesse
dizer do jeito bacana que ele fala. Foi mais ou menos assim nossa conversa:
- Professor, com todo respeito, o senhor acha que nós aqui da escola não sabemos falar português?
Ele me olhou surpreso e respondeu – Quem falou que vocês não sabem?
Disse para ele o que aconteceu. Então o professor me explicou que geral sabe falar português
muito bem. Ele explicou ainda que a maior prova disso é que quando a gente fala as pessoas nos
entendem. Pronto, fiquei feliz pra caramba. Ainda me disse que cada grupo fala de um jeito
diferente, então varia. Uns falam de um jeito, outros de outro, e ninguém fala melhor que a outra
pessoa, só varia mesmo. Perguntei se cada grupo social fala diferente por que o jeito de se expressar
de um é considerado errado e do outro não. O professor disse para eu pensar sobre isso e depois falar
com ele. Então pegou uma caneta e fez um treco no quadro que tem um nome esquisito, MAPA
MENTAL. Ele falou que era para eu entender melhor. Eu copiei e vou colocar aqui para vocês. Olha
aí!
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professor, escolham um. Há muitas, cite uma. É bom lembrar que de acordo com o professor lá
da minha escola ninguém fala o português melhor do que outro, apenas é dito de maneira
diferenciada.
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Finalizando a aula
Oi, gente! Aqui é o professor. Esse Rio é um garoto muito inteligente mesmo.
Com ele aprendemos, nessa aula, sobre texto literário – contos, romances, poesias e
outros mais. Já o texto não literário tem como marca a sua objetividade. Foi visto
também a importância de sabermos que existem formas diferentes de se expressar numa
mesma língua, são as chamadas variações linguísticas.
Expectativas de respostas:
1. Chico Bento da turma da Mônica;
2. Qualquer fala dele;
3. Pode ser um jornalista famoso e muito conceituado.
Conhecer o mundo implica saber ler esse mundo, seja a leitura de textos, interpretação de
imagens ou daquilo que se escuta. Os vários discursos que chegam até nós, precisam ser interpretados.
Assim, os conteúdos dessa aula ganham importância especial. Já o conhecimento dos gêneros literários
vai nos permitir melhor interagir com as infinitas produções que se faz desses gêneros, abrindo
possibilidades de melhor interpretá-los.
Para esta aula, teremos o objetivo de ajudá-los a compreender como se dão os discursos nos
diferentes gêneros literários.
Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de:
• Reconhecer as principais características dos gêneros literários básicos
• Identificar os processos de interlocução: texto e discurso.
texto. Eu nunca havia pensado nisso. O Bola é um moleque inteligente, pensa mais do que qualquer
outra pessoa que conheço. Todo mundo acha que quando ele crescer vai ser professor. Aí, a gente ficou
ontem um tempinho falando sobre isso. Papo impensável com a maioria da molecada que joga bola
comigo lá na minha área...rsrsrsrsrs. Ao final ele disse que tudo que pode ser lido é um texto, lendas,
contos, reportagens, etc. Eu fui anotando o que ele dizia, vai que o professor na escola fala sobre isso?
Aí, se eu já sei, vou tirar maior onda na aula! Ele explicou que em um quadro não tem texto, mas a
gente pode “ler”, essa leitura seria nossa interpretação da imagem que vemos na pintura ou na
fotografia. Pense bem, se a gente visse num quadro a pintura de um homem dançando balé em um
sinal de trânsito, um de vocês poderia interpretar que ele é pobre e tá ali pedindo dinheiro, outro já
poderia entender que o bailarino só estava ali para divertir as pessoas, já outro moleque poderia
entender que o cara só está ali para divulgar o espetáculo do qual ele vai participar. É ou não assim?
Cada um interpreta uma imagem do seu jeito, então o Bola me disse que se é assim, cada um faz uma
“leitura” diferente do quadro. Pronto, já entendemos de que forma uma pintura ou uma fotografia ou
um vídeo podem ser um texto, é quando a gente olha para eles e entende (lê) do nosso jeito. Isso é
sinistro demais. Sempre aprendo com esse moleque.
UM QUADRO PODE SER LIDO, INTERPRETADO, ENTÃO ELE PODE SER
CONSIDERADO UM TEXTO. UM TEXTO IMAGÉTICO. Vou desenhar para quem não
entendeu...kkkkkkkk
TUDO O QUE PODE SER LIDO É UM TEXTO
Tem outra coisa. O Bola me explicou outro treco maneiro, a diferença entre TEXTO e
DISCURSO. Para mim, discurso era só aquilo que político faz quando sobe num carro de som ou num
palanque e fica falando para o povo votar nele. Mas, meu amigo me disse que quando estamos falando
de linguagem dá para ver bem a diferença. Não sei como aquele moleque sabe disso, ele já está no
terceiro ano. Mas não é só isso, o moleque sabe muito. O Bola resumiu para mim, assim:
- Cara, texto é aquilo que você diz ou você escreve e discurso é o sentido do que você disse,
o significado daquilo que você quis dizer. Eu o ouvia calado e atento, nem piscava. Ele continuou:
“Tem uma música do Emicida, ele faz rap muito maneiro. Nesse rap que se chama ‘Quem tem um
amigo tem tudo’ ele fala do quanto é bom ter amigo de verdade” Engraçado galera, é que enquanto
dizia essas coisas ele se empolgava, parecia um professor, olhava pra frente de cabeça erguida e ia me
explicando. Esse é o link da música: https://youtu.be/hxsWMlVPdWg ou use o
QR Code ao lado. Se você quiser ouvir, é maneirona. Ele continuou me explicando
e dizendo que no caso desse rap, o texto era a letra da música e o discurso era
o quanto maneiro é quando a gente tem um amigo.
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Então,
pessoal, TEXTO É O QUE VOCÊ LÊ, O QUE ESTÁ ESCRITO. DISCURSO É A MENSAGEM
fica assim... QUE O TEXTO PASSA E REVELA A VISÃO DE QUEM ESCREVEU.
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Discurso_____________________________________________________________________
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Galera, o Bola trouxe uma crônica para eu ler, achei incrível o discurso dela. O cronista (o cara
que escreveu a crônica) teve umas ideias maneiras, mas eu preciso da ajuda de vocês para
entender algumas coisas. Nesta crônica diz que seria legal espalhar espelhos por todos os lugares,
por exemplo, no trabalho das pessoas. A ideia é que o espelho tivesse uma outra função sem ser
aquela de nos olharmos e vermos como estamos fisicamente. Ele diz que deveria ter espelho em
muitos lugares para que nós nos enxerguemos com outros olhos.
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GÊNERO LÍRICO
GÊNERO DRAMÁTICO
As histórias dos super-heróis são histórias épicas, pertencem ao gênero épico. Qual dos super-heróis
é o mais maneiro pra você? Por que ele te agrada tanto? O meu preferido é o Capitão América, depois eu conto
por que gosto muito dele.
Finalizando a aula
E aí, pessoal. Aqui é o professor. Continuo muito feliz em ver como o Rio está interagindo
com vocês. Ele tem suas gírias mas não ensina nada errado “sinistrão”, como ele mesmo diz. Nesta
aula aprendemos que existem os gêneros literários lírico, épico e dramático, também foi possível
perceber a diferença entre texto e discurso. Vamos continuar a aprender com o nosso amigo Rio?
Expectativa de respostas:
1. Resposta pessoal;
2. Uma possível resposta seria como tratamos o próximo;
3. Resposta pessoal;
4. Resposta pessoal.
A acentuação das palavras em língua portuguesa é um desafio tanto para estrangeiros como
para nativos. Neste módulo veremos algumas dessas regras, em especial no que diz respeito às
mudanças surgidas com o novo acordo ortográfico. A hifenização é outra barreira a ser vencida,
aparece mesmo como um “monstro” de regras e de letras. Em meio a tantos desafios linguísticos
surgem os textos escritos no Brasil logo após o descobrimento. Eles trazem a visão dos enviados pelo
Rei de Portugal sobre a nova terra descoberta.
Tem então, essa aula, o objetivo de a partir de alguns pontos específicos e sem esgotar os
conteúdos para esse fim, ajudar o aluno a melhorar sua capacidade de acentuar bem como a de usar o
hífen adequadamente na língua portuguesa. Claro, em paralelo aos estudos da literatura no que diz
respeito à representação do índio.
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E aí, meu povo! Como estamos? Hoje vim fazer um trampo aqui em
Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Foi a chance de levantar uma grana. Vou
passar o fim de semana aqui trabalhando. Bom, eu estava me lembrando de uma
aula de português que tive lá na escola ano passado. A professora Marta falou que
houve uma parada de um acordo ortográfico entre os países que falam o
português para que todos eles pudessem escrever da mesma forma. Aí, aqui pra
nós. Eu achava que só Brasil e Portugal falavam o português, mas há outros oito
países que falam o mesmo idioma nosso, deixa quieto. Ela mostrou pra gente
umas palavras que perderam o acento.
Eu queria que vocês me ajudassem com isso, tem uma lista de um montão de palavras, eu
achei só três:
Essas três palavras não têm acento mais hoje, elas foram modificadas nesse novo acordo
ortográfico. Ficaram assim:
PLATEIA - ASSEMBLEIA – IDEIA
Podem me ajudar? A professora Marta disse que todas as vezes que aparecerem os ditongos
abertos EI e OI no meio das palavras, não tem mais acento.
Mas prestem atenção, TEM QUE SER O “ei” e o “oi” COM O MESMO SOM que aparece
na palavra “ideia” e na palavra “boia”.
Galera, se liga que o som de “ei” na palavra gostEI é diferente do som de “ei” na palavra
idEIa e de “oi” na palavra bOIa.
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Tem outro lance que todo mundo erra quando vou escrever, eu me lembro disso muito bem.
Outro dia eu corrigi um moleque e ele ficou bolado comigo, tirei onda com ele. É um parceiro amigo.
Ele me mandou um zap e escreveu assim:
- Rio, vou à rua agora com minha mãe comprar um microondas para ela e uma fantasia do
superhomem para eu ir a uma festa.
Eu não aguentei, respondi zoando dizendo que se ele continuar escrevendo MICRO-ONDAS
errado (porque essa palavra tem hífen) e, se também escrever SUPER-HOMEM errado (porque essa
palavra também tem hífen) não vai comprar nenhuma das duas coisas. Ele respondeu bem bolado e eu
só ri.
Pois é, tem um monte de palavras que precisam ser escritas com hífen, vou colocar aqui
uma lista delas.
Recém-formado / além-túmulo / super-homem / ex-namorado / vice-diretor/ sobre-humano/
Também tem muitas que precisam ser escritas sem hífen, vou colocar aqui uma lista delas.
Autoavaliação / autoescola / autoestima / coautor / infraestrutura
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As frases nas quais as palavras sublinhadas estão erradas (em duas delas) quanto ao uso do
hífen são:
a) Fiz algumas obrasprimas.
b) O pão de ló estragou
c) Minha mãe cultivava sempre-vivas
d) Tem uma semi-reta nesse modelo.
Visite em:
e) Os tenentes-coronéis chegaram. https://brasilescola.uol.co
m.br/gramatica/emprego-
do-hifen.htm
obras-primas semirreta
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Se liguem aqui! Vocês sabem qual foi a primeira carta ou documento escrito no Brasil? Eu
descobri isso, é muito maneiro. A história diz que nas caravelas de Pedro Álvares Cabral (quando ele
descobriu o Brasil) veio junto um cara chamado Pero Vaz de Caminha. Nome esquisitão. Tranquilo!
Esse camarada é quem escrevia tudo para o Rei de Portugal do que acontecia durante a viagem. É
como se ele fosse um jornalista relatando aquilo que vê, só que ele relatava para o Rei, era um escrivão
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de vossa majestade. Então, quando a esquadra de Cabral chegou aqui, Pero Vaz escreveu uma carta
muito longa para o Rei de Portugal e nela ele relata tudo o que pôde ver. Claro que naquela época o
nosso país ainda tinha a maior parte de seu território coberto por florestas, bem diferente do
desenvolvimento urbano que temos hoje. Esta carta foi então reconhecida como o primeiro documento
escrito no país, entrou para a história.
Agora pense nos milhares de textos, livros que são escritos todos os dias no Brasil, aquele foi
o primeiríssimo. É a primeira manifestação literária que tivemos. A carta foi escrita em 1º de maio de
1500, faz tempo pra caramba. Encontrei um trecho dessa carta, vou colocar abaixo:
Já leram? Caso não tenham entendido muito, não se preocupem, ela está escrita num
português bem difícil de entender. Mas dá pra gente fazer um esforço para compreender um
pouquinho. Beleza?
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Finalizando a aula
Olá, pessoal! Sou eu outra vez, o professor. Nesta aula nós vimos qual foi o primeiro
documento oficial escrito no Brasil, a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal. Também
vimos a acentuação de palavras que têm ÓI, ÉI e ÉU. Em seguida a questão dos hifens. Eu sei que não
é fácil lembrar de como usá-los, mas o Rio apresentou para
vocês de uma forma bem simples e eficiente. Esse garoto vai longe e vocês podem também. Estudem
sempre. Um abraço, pessoal.
Expectativa de respostas:
1. Todas com acento estão erradas;
2. resposta pessoal;
3. a) e d);
4. Semirreta: é uma reta que tem início (marcado por um ponto), mas não tem fim. a mais bela obra
de um artista, de uma época, de um gênero etc.;
5. a) Índios; b) Não.
A presença do indígena na literatura brasileira foi marcante em alguns períodos. Desde a carta
de Pero Vaz de Caminha até os escritos contemporâneos, os indígenas se fazem presentes. Primeiro
como selvagens, depois como almas que careciam da salvação eterna. Hoje, além de protagonistas, os
nativos brasileiros são também escritores de suas próprias histórias, visto que o número deles no
mundo editorial só tem aumentado. Aprender sobre eles é aprender sobre nós. Para isso, essa aula
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conta com o conhecimento da diferença entre texto conotativo e texto denotativo. A partir de ambos é
possível encontrar ajuda para se aproximar mais da história dos nativos brasileiros e de suas
manifestações culturais. Para esta aula, teremos o objetivo de ajudá-lo a compreender como se se
comportam os textos denotativos e conotativos, bem como a presença do indígena em partes
importantes da literatura brasileira.
Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de:
• Analisar e avaliar a presença do indígena na literatura de informação, na jesuítica e na
literatura contemporânea.
• Distinguir o sentido denotativo e conotativo.
E aí, muita zoeira? Tá brabo, galera, tem muita coisa para estudar na
escola. Mas não tem jeito, sem estudar a gente tá na maior roubada. Eu nunca me
esqueci de um professor de matemática que se aborreceu com os moleques que
estavam zoando a aula dele. Ele parou a aula e disse muita coisa para a turma toda
se ligar na importância de estudar, mas teve uma frase que eu nunca esqueci.
- Quer tirar onda? Vai estudar. Disse o professor olhando sério pra todo
mundo. Entendi que a grande onda mesmo são os estudos, o resto é só zoeira. Fica
a dica aí.
Ah, tem um treco aqui que eu gostaria de desenrolar com vocês, sentido conotativo e
denotativo. Estão ligados no que é isso? Eu estava vindo de Nova Iguaçu, então peguei o trem até a
Central do Brasil. Sentei ao lado de uns caras engravatados que falavam um pouco alto. Fiquei
prestando atenção na conversa deles já que era impossível não ouvi-los. Em dado momento, um disse
que aquilo que havia dito estava no sentido conotativo e não no denotativo. Não entendi nada!
Resolvi pesquisar. Foi isso aí que encontrei.
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Acho que depois de responder a essas perguntas todas eu entendi melhor. Lembrei-me de
umas expressões que meu avô usava “Vai chover canivete”, “A cobra vai fumar”. Quando ele dizia
essas coisas não era no sentido real, ninguém acha que vai cair canivete do céu, era para dizer que a
situação iria ficar problemática. Esse também é o sentido da outra frase que ele usava. Ninguém vai
achar que uma cobra fuma de verdade. Então aí está o sentido figurado, o CONOTATIVO.
O outro sentido é o DENOTATIVO, pessoal. Ele apenas diz as coisas como elas realmente
são. Vocês concordam comigo que na letra das músicas e nos poemas aparece mais a linguagem
conotativa?
A gente pode concordar também que nos jornais e nas revistas a linguagem denotativa é a
que aparece mais? Acho que a gente tá formando um bom time e aprendendo pra caramba. Já disse
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para vocês que aprendi tudo isso pesquisando, está tudo na internet. Tem uns sites interessantes que
ensinam muito. Fui lá e saí cheio de conhecimento.
Galera, é claro que na maioria das gírias aparece a linguagem conotativa. Eu por exemplo
gosto de falar assim: “Geral perdeu a linha”. Se ligaram que quando eu digo isso não estou querendo
dizer que a pessoa tinha uma linha e perdeu, mas que ela está fora de controle? Então eu usei a
expressão perder a linha fora do seu sentido normal, assim eu usei a linguagem conotativa.
Alguém aí conhece algum indígena? Mas conhece mesmo, fala com ele? A gente esquece,
mas o estado do Rio de Janeiro era completamente habitado por eles, antes de os portugueses chegarem
aqui no Brasil. Fala aí, você conhece algum? Sem caô!
Meu avô me disse – o velho era safo pra em história – que antes de os portugueses chegarem
por aqui, havia mais de seis milhões de nativos no país. É gente pra caraca. Hoje, as populações
indígenas foram muito reduzidas.
Alguém aí já escutou alguma música que fala de indígenas? Eu nunca, mas sei que existe.
Vou dar uma moral pra vocês, eu encontrei num site o nome de alguns livros que foram publicados
em nossos dias por indígenas e que conta histórias deles, olha que maneiro.
Isso é pra gente perceber que as histórias dos indígenas e sua cultura
sempre foram escritas no Brasil e continuam assim sendo feitas. Vou deixar
aqui o link e o QR Code, para vocês acessarem e lerem uma entrevista bem
curtinha que a professora Julie Dorrico, que é descendente de nativos, deu para o
site Literatura RS.
Visite em:
Esses livros escritos hoje, sobre os primeiros habitantes do Brasil contam https://literaturars.com
.br/2019/07/01/panora
suas histórias e procuram valorizar e a reafirmar a cultura deles. É uma forma ma-da-literatura-
indigena-brasileira-
de preservação, de proteção. Boa parte desses livros é escrita por autores entrevista-com-julie-
dorrico/
indígenas, galera.
Daniel Munduruku | Eliane Potiguara | Maria Kerexu | Olívio Jekupe
(são todos autores indígenas em atuação hoje no Brasil)
Sabe de que me lembrei agora? Lembrei-me da carta de Pero Vaz de Caminha. A gente já viu,
na aula 3, um pedacinho da carta dele para o Rei de Portugal. Naquele trecho da carta contava
exatamente como eram os nativos que eles encontraram quando chegaram por aqui. Tô sabendo muito,
galera! Já é!
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Perguntei ao meu professor de História e ele me disse que esses três nomes acima foram
homens que fizeram registros sobre os índios lá no início, logo após o nosso descobrimento. Cada um
fez do seu jeito, cada um tinha seus propósitos, disse o professor. Os padres da Companhia de Jesus
(Os Jesuítas) faziam uma literatura voltada para catequisar, falar de Deus para os nativos. Se liga,
Fernão Cardim se preocupava em descrever, mostrar as belezas naturais do Brasil. Ele mostrou ter
muita admiração por nosso país. Seus escritos muitas vezes detalhavam até os alimentos que os nativos
preparavam, como a mandioca e a farinha feita a partir dessa raiz.
Literatura Jesuítica
É maneiro pensar como hoje já tem até indígena escritor, e como eles fazem uma literatura
contemporânea em defesa da cultura dos povos indígenas.
Finalizando a aula
Olá, pessoal. Sou eu outra vez, o professor. Nesta aula nós vimos o sentido denotativo e o
conotativo e como eles são usados no nosso dia a dia. Tivemos também a oportunidade de ver como
os nossos indígenas tiveram e têm sua história registrada nos livros.
Expectativa de respostas:
1. Não, ele só come exageradamente e a garota é apenas bonita, ele comparou com uma gata.
2. Não para todas.
3. Os padres jesuítas escreviam sobre a religiosidade e o trato com os índios. Hoje se escreve em
defesa dos índios e de sua tradição.
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Quando falamos de crônica, seja ela jornalística ou literária, estamos falando um pouco de
nossa própria história, ou pelo menos daquela que se passa em nosso cotidiano. Há alguns séculos os
cronistas têm a função de mostrar como nossos somos, como nos comportamos, mas sempre a partir
de como eles enxergam o mundo à sua volta. Já as funções da linguagem nos permitem entender como
nos comunicamos, nos dá ciência de nossas interações comunicativas e nos permitem também até
mesmo adequá-las segundo nossas necessidades. Essa aula conta com essas oportunidades,
aproveitemo-las.
Teremos então como objetivo ajudá-lo a distinguir mais facilmente a crônica literária da não
literária e também a entender como se dá, na linguagem, algumas funções, formas dela se apresentar,
propósitos.
Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de:
• Identificar as diferenças estruturais e temáticas que distinguem crônica literária de
crônica jornalística.
• Reconhecer as funções da linguagem: referencial, metalinguística, poética e emotiva.
Santos - mas que ainda toca por aí, ela canta assim: "O vento beija meus cabelos, As ondas lambem
minhas pernas”. Qualquer um sabe que o vento não beija ninguém e muito menos as ondas lambem
as pernas das pessoas, isso é poesia, é música, é uma forma diferente de dizer as coisas simples. Então
aí está a função poética da linguagem.
De todas essas funções da linguagem a mais maneira pra mim foi a função metalinguística
ou metalinguagem. Ela tem um nome esquisito, mas é assim mesmo. Segundo minhas anotações da
aula, a função metalinguística ou metalinguagem acontece quando a linguagem fala da própria
linguagem, aí eu anotei assim, a professora viu e gostou bastante.
- UM FILME QUE FALA SOBRE A CRIAÇÃO DE UM FILME – metalinguagem
- UM POEMA QUE FALA SOBRE COMO FAZER POEMA – metalinguagem
-UMA PINTURA QUE RETRATE ALGUÉM PINTANDO – metalinguagem
-AS PALAVRAS EXPLICANDO A OUTRA PALAVRA (dicionário) – metalinguagem
Para explicar a função emotiva, a professora perguntou nossa opinião sobre gravidez na
adolescência, cada um deu sua opinião e expôs o que sente. Então, depois de ouvir todo mundo ela
disse que aí está a função emotiva da linguagem. Quando a gente fala, ou em um texto aparece a
opinião, os desejos, as emoções de quem se expressa, essa função está presente. Aí ficou fácil lembrar
de que nas redações argumentativas como as do Enem, nos artigos de opinião, nos diários e
também nas cartas pessoais aparece a função emotiva.
E aí, já ouviram falar de CRÔNICA? Eu conhecia conto de fadas, crônicas como a professora
explicou, não. Lembrei-me agora do filme As Crônicas de Nárnia, maneiro. Mas se pensar bem, tem a
ver. No filme são contados os acontecimentos do povo de Nárnia. Uma crônica é assim, quem escreve
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fala algo do nosso dia a dia, mas faz isso de forma bem inteligente, as vezes até divertida. A gente leu
algumas na escola, foi muito bom, rimos e também lemos sobre coisas sérias.
A crônica jornalística é um gênero textual que sempre vai trazer no seu discurso algo ligado
ao nosso cotidiano. Assim, galera, nós vimos na aula que um cara que escreve crônicas em um jornal
ou em uma revista, o chamado cronista, escreve sobre o dia a dia, sobre coisas reais, sobre
acontecimentos publicados naquele veículo de comunicação onde eles trabalham, ainda que eles
possam fantasiar um pouquinho os acontecimentos. Eles podem usar também a linguagem conotativa.
Sei essas coisas porque anotei tudo e fiquei bem ligado nas aulas.
Já a crônica literária é um gênero textual que nem sempre vai tratar de
fatos reais como faz a cônica jornalística, mas a cônica literária, mesmo se ela
inventar uma situação, essa situação nunca será uma fantasia como nos contos de
fada. Na crônica literária o cara que escreve vai usar mais figuras de linguagem,
mais linguagem conotativa. Bora ver se a gente aprendeu? Esse lance de ler Visite em:
https://www.vozdasco
crônica é muito maneiro, recomendo a vocês. Vou deixar aqui um link de uma munidades.com.br/ger
al/opiniao-precisamos-
crônica sobre espelhos, muito boa, mexeu demais comigo. Leiam lá, não vou dar de-mais-espelhos-e-
menos-maquiagem/
spoiler, já é?
Finalizando a aula
Fica agora um convite, galera, para acessar esse link ou o QR code e
participar de um game bem legal para a gente poder entender ainda mais o que
Jogue em:
vimos nessa aula de hoje. Vai lá, vai ser divertido. https://wordwall.net/pl
ay/16735/245/649
Expectativa de respostas:
1. d);
2. a) poética; b) poética; e c) referencial
3. a) jornalística; b) literária.
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REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 49ª. ed. São Paulo: Loyola, 2007. 186
p. ISBN: 85-15-01889-6.
Folha UOL. Subgênero do funk, proibidão usa metáforas para falar do crime. Disponível em:
https://m.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/08/1669750-subgenero-do-funk-proibidao-usa-metaforas-
para-falar-do-crime.shtml Acesso em 15 de maio de 2021
Letras. Rap da Felicidade – Cidinho e Doca. Disponível em: https://www.letras.mus.br/cidinho-e-
doca/235293/ Acesso em 15 de maio de 2021
Brasil Escola. Emprego do Hífen. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/emprego-
do-hifen.htm Acesso em 15 de maio de 2021
UNAMA. NEAD – Núcleo de educação a distância. A Carta. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000283.pdf Acesso em 16 de maio de 2021
LiteraturaRS. Panorama da literatura indígena brasileira. Disponível em:
https://literaturars.com.br/2019/07/01/panorama-da-literatura-indigena-brasileira-entrevista-com-julie-
dorrico/ Acesso em 18 de maio de 2021
Voz das Comunidades. Precisamos de mais espelhos e menos maquiagem.
https://www.vozdascomunidades.com.br/colunas/opiniao/opiniao-precisamos-de-mais-espelhos-e-
menos-maquiagem/ Acesso em 20 de maio de 2021
Blog do Enem – Texto literário e Texto não literário. Disponível em:
https://blogdoenem.com.br/texto-literario-e-nao-literario-literatura-enem/ Acesso em 13 de maio 2021
Brasil Escola. Variação Linguística. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-variacao-linguistica.htm Acesso em 13 de
maio 2021
UFMG – Glossário Ceale. Textos visuais. Disponível em:
http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/textos-visuais Acesso em 13 de
maio 2021
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https://wordwall.net/pt Acesso em 20 de maio de 2021
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