O Sistema Solar

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O Sistema Solar

O sistema solar é um conjunto de planetas, asteroides e cometas que giram


ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa
força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de
qualquer outro planeta.

Os corpos mais importantes do sistema solar são os oito planetas que


giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a
circunferências ligeiramente excêntricas.

Os planetas que compõem o sistema solar

O sol não está exatamente no centro dessas órbitas, como pode-se ver na
figura abaixo, razão pela qual os planetas podem encontrar-se, às vezes, mais
próximos ou mais distantes do astro.

Órbitas elípticas dos planetas do Sistema Solar


Origem do Sistema Solar

O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de


uma nuvem de gás e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu
próprio peso, essa nuvem se achatou, transformando-se num disco, em cujo centro
formou-se o sol. Dentro desse disco, iniciou-se um processo de aglomeração de
materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez
maiores, os outros planetas.

A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia


entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas
possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno. Os planetas perto dele, ao contrário, o gelo evaporou, restando
apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Os componentes do Sistema Solar

O sol

O Sol é a fonte de energia que domina o sistema solar. Sua força


gravitacional mantém os planetas em órbita e sua luz e calor tornam possível a vida
na Terra. A Terra dista, em média, aproximadamente 150 milhões de quilômetros do
Sol, distância percorrida pela luz em 8 minutos. Todas as demais estrelas estão
localizadas em pontos muito mais distantes.

As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de


luminosidade e tamanho médios, e que no céu existem incontáveis estrelas maiores
e mais brilhantes, mas para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e distância foram
exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida como a nossa.

O Sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. Isso significa que
todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%.

Composição do Sol

O Sol é uma enorme esfera de gás incandescente composta essencialmente


de hidrogênio e hélio, com um diâmetro de 1,4 milhões de quilômetros.
O volume do Sol é tão grande que em seu interior caberiam mais de 1
milhão de planetas do tamanho do nosso. Para igualar seu diâmetro, seria
necessário colocar 109 planetas como a Terra um ao lado do outro. No centro da
estrela encontra-se o núcleo, cuja temperatura alcança os 15 milhões de graus
centígrados e onde ocorre o processo de fusão nuclear por meio do qual o
hidrogênio se transforma em hélio. Já na superfície a temperatura do Sol é de cerca
de 6.000 graus Celsius.

Os planetas

Os planetas não produzem luz, apenas refletem a luz do Sol, que é a estrela
do Sistema Solar.

Teorias afirmam que os planetas também foram formados a a partir de


porções de massa muito quente e que todos estão de resfriando. Alguns, entre eles
a Terra, já se resfriaram o suficiente para apresentar a superfície sólida.

Um corpo celeste é considerado um planeta quando, além de não ter luz


própria, gira ao redor de uma estrela.

Os planetas têm forma aproximadamente esférica. Os seus movimentos


principais são o de rotação e o de translação. Cada planeta possui um eixo de
rotação em relação a Sol, o mais inclinado deles é o planeta-anão Plutão, pois seu
eixo de rotação em relação ao Sol é de 120º, olhe a figura.
Movimento de Rotação

No movimento de rotação, os planetas giram em torno do seu próprio eixo,


uma linha imaginária que passa pelo seu centro. O observador terrestre tem
dificuldade de perceber o movimento de rotação da Terra. Para isso deve-se notar
que o Sol, do amanhecer ao anoitecer, parece se mover da região leste em sentido
oeste. O mesmo acontece, à noite, com a Lua, as estrelas e demais astros que
vemos no céu.

O movimento de rotação da Terra dura, aproximadamente 24 horas - o que


corresponde a um dia. A Terra, por ser esférica, não é iluminada toda de uma vez
só. Conforme a Terra gira em torno do seu eixo, os raios de luz solar incidem sobre
uma parte do planeta e a outra fica à sombra.

O ciclo do dia e da noite ocorrem graças a rotação. Enquanto o planeta


está girando sobre seu próprio eixo é dia nas regiões que estão iluminadas pelo Sol
(período claro) e, simultaneamente, é noite nas regiões não iluminadas (período
escuro).
Movimento de Translação

O movimento de translação é executado pelos planetas ao redor do Sol, e o


tempo que levam para dar uma volta completa é denominado período orbital. No
caso da Terra esse período leva cerca de 365 dias e aproximadamente 6 horas para
se completar. A Terra, no seu movimento de translação, forma uma elipse pouco
alongada (bem próxima a circular). Já o planeta Netuno traça a sua órbita elíptica de
forma bastante alongada.

Em razão do movimento de translação e da posição de inclinação do eixo da


Terra, cada hemisfério fica, alternadamente, mais exposto aos raios solares durante
um período do ano. Isso resulta nas quatro estações do ano: verão, outono, inverno
e primavera. Nos meses de dezembro a março, o Hemisfério Sul - localizado ao sul
da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol. É quando os raios solares incidem
perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do Hemisfério Sul. é verão
nesse hemisfério.

Depois de seis meses, nos meses de junho a setembro, a Terra já percorreu


metade da sua órbita. O Hemisfério Norte - localizado ao norte da linha do Equador -
fica mais exposto ao Sol e, assim, os raios solares incidem perpendicularmente
sobre pelo menos alguns pontos do Hemisfério Norte. é verão no Hemisfério Norte.

Enquanto é verão no Hemisfério Norte com os dias mais longos e as noites


mais curtos, é inverno no Hemisfério Sul, onde os dias tornam-se mais curtos e as
noites mais longas. E vice-e-versa.
Em dois períodos do ano (de março a junho e de setembro a dezembro) ha
posições da Terra, na sua órbita, em que os dois hemisférios são iluminados
igualmente. é quando ocorrem, de forma alternada nos dois hemisférios, as
estações climáticas primavera e outono.

As estações do ano são invertidas entre os hemisférios Sul e Norte. Por isso
é possível, numa mesma época do ano, por exemplo, pessoas aproveitarem o verão
numa praia no Hemisfério Sul, enquanto outras se agasalharem por causa de uma
nevasca de inverno no Hemisfério Norte.

Nas regiões perto da linha do Equador, tanto em um hemisfério quanto no


outro, ocorre constantemente a incidência dos raios do Sol, faz calor durante todo o
ano. Há apenas a estação das chuvas e a estação da seca.

Em virtude da "curvatura da Terra" e da inclinação do eixo de rotação da


Terra em relação ao seu plano de órbita, os pólos recebem raios de Sol bastante
inclinados. Por um longo período do ano, os raios solares não chegam aos pólos;
por isso essas são regiões muito frias.

Para os moradores dessas regiões, só há duas estações climáticas:

 Uma que chamam inverno, ou seja, o longo período em que os raios


solares não atingem o pólo;
 outra chamada verão, quando não acontece o pôr-do-sol durante
meses

Os planetas do Sistema Solar

São oito os planetas clássicos do Sistema Solar. Na ordem de afastamento


do Sol, são eles: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno.

A partir dos avanços tecnológicos que possibilitaram a observação do céu


com instrumentos ópticos como lunetas, telescópios e outros, os astrônomos vêm
obtendo informações cada vez mais precisas sobre os planetas e seus satélites.
Vamos conhecer um pouco a respeito de cada um desses oito planetas do Sistema
Solar.

Mercúrio

É o planeta mais próximo ao Sol e o menor do Sistema Solar. é rochoso,


praticamente sem atmosfera, e a sua temperatura varia muito, chegando a  mais de
400ºC positivos, no lado voltado para o Sol, e cerca de 180ºC negativos, no lado
oposto.

Mercúrio não tem satélite. É o planeta que possui um movimento de


translação de maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias). O aspecto
da superfície é parecido com o da nossa Lua, toda coberta de crateras, originadas
da colisão com corpos celestes.

Vênus

Vênus é conhecido como Estrela-D'Alva ou Estrela da tarde por causa de


seu brilho e também porque é visível ao amanhecer e ao anoitecer, conforme a
época do ano (mas lembre-se que ela é um planeta e não uma estrela).

É o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da


Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gêmeo" da Terra nos coloca
começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa sobre si
mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além disso,
enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido,
Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é retrógrada, o
que significa que em Vênus o Sol nasce a oeste e põe-se a leste.
Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e
força da gravidade à superfície, tendo-se chegado a especular sobre se teria
condições favoráveis à vida. Além disso, suas estruturas são muito parecidas: um
núcleo de ferro, um manto rochoso e uma crosta. Hoje sabemos que, apesar de ter
tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que
o planeta desenvolvesse um clima extremamente hostil à vida.

De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo


mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura
média à superfície é de 460ºC devido ao forte efeito de estufa que acontece em
grande escala em todo o planeta e não apresenta água.

Terra

É o terceiro planeta mais próximo do Sol. É rochoso e a sua atmosfera é


composta de diferentes tipos de gases. Sua temperatura média é de
aproximadamente 15ºC.

A Terra, até o que se sabe, é o único planeta do Sistema Solar que


apresenta condições que possibilitam a existência de seres vivos como os
conhecemos. Tem um satélite, a Lua.
Marte

Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais


acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do
nosso planeta, 25.19º, o que significa que tem estações do ano.

Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja
facilmente observado, e de Vênus, cuja densa atmosfera e cobertura de nuvens
bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da
Terra sem estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita e na
maior parte formada por gás carbônico, o que nos permite observar a sua superfície
com relativa facilidade. Seu período de rotação é aproximadamente 24h, muito
parecido com o da Terra, porém sua translação dura cerca de 687 dias.

Satélites de Marte

Marte tem ainda duas luas chamadas Deimos e Phobos, que no entanto têm
formas irregulares. Têm um tamanho da ordem dos 10 km e assemelham-se mais a
asteroides do que a pequenos planetas.
Água em Marte? E daí?

Por mais de um século, os astrônomos especularam se Marte teria água. Em


2010, uma pequena nave robótica enviada pelos Estados Unidos, a Opportunity,
transmitiu a resposta em forma de fotos da superfície marciana: bolhas e ranhuras
microscópicas claramente visíveis em algumas pedras demonstram que elas já
estiveram submersas em água. Se foi assim, é possível que tenha existido vida no
planeta vermelho.

A suposição baseia-se num fato científico: água líquida é a única substância


vital para a existência dos seres vivos na forma como os conhecemos. A
denominação pode parecer redundante, mas é precisa. Pelo que se sabe, em
estado gasoso ou sólido a substância não serve para a vida.

O processo bioquímico que gerou a vida na Terra, há 3,5 bilhões de anos, só


poderia ter ocorrido num meio fluido. No líquido, as moléculas se dissolvem e as
reações químicas acontecem. Como estão sempre em fluxo, os líquidos transportam
nutrientes e material genético de um lugar para outro, seja dentro de uma célula, de
um organismo, de um ecossistema ou até de um planeta.

Hoje em dia, contudo, Marte não exibe condições que permitam água no
estado líquido à sua superfície. Por um lado, a pressão da atmosfera atual do
planeta à superfície é muito baixa: 0.0063 vezes a pressão da atmosfera à superfície
da Terra, e quanto menor é a pressão, mais baixa é a temperatura necessária para a
água passar do estado líquido para o gasoso.

Por outro lado, a sua atmosfera muito rarefeita não fornece um mecanismo
eficaz de efeito estufa e a temperatura média em Marte é de -53ºC, oscilando entre
máximos de 20ºC e mínimos de -140ºC. Feitas as contas, as combinações possíveis
de temperatura e pressão à superfície de Marte não permitem água no estado
líquido, apenas no estado sólido ou no gasoso.

Júpiter

A massa de Júpiter é duas vezes e meia a massa combinada de todos os


outros corpos do sistema solar à exceção do Sol.

Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes


gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa
318 vezes superior. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um
período de rotação invulgarmente rápido: 9 h 50m 28s sendo o planeta com a rotação
mais rápida do sistema solar. Embora tenha um núcleo de ferro, quase todo o
planeta é uma imensa bola de hidrogênio e um pouco de hélio. A temperatura da
superfície é de cerca de -150ºC.

As sondas Voyager 1 e 2 mostraram que Júpiter também possui anéis, tal


como os outros gigantes gasosos. No entanto, se para observarmos os anéis de
Saturno basta um telescópio amador uma vez que estes são constituídos
principalmente por pequenos detritos de gelo que refletem muito a luz, os anéis de
Júpiter parecem-nos quase invisíveis, uma vez que são compostos por partículas
rochosas de pequenas dimensões que refletem muito pouco a luz. Julga-se que
estes detritos são o resultado de colisões de meteoritos com os 4 satélites mais
próximos do planeta.

Os satélites

Júpiter tem pelo menos 63 satélites identificados. Os 4 maiores, e mais


importantes, são conhecidos como as luas galileanas, assim chamadas por terem
sido descobertas por Galileu Galilei (1564-1642) quando observou Júpiter com um
telescópio que ele próprio construiu. São elas: Io, Europa, Ganymede e Callisto.
Historicamente, a descoberta destas luas constituiu uma das primeiras provas
irrefutáveis que a Terra não estava no centro do Universo.

Saturno

É o segundo maior planeta do nosso sistema solar. É famoso por seus


anéis, que podem ser vistos com o auxílio de pequenos telescópios. Os anéis são
feitos com pedaços de gelo e rochas. A temperatura média da superfície do planeta
é de -140ºC. Saturno é formado basicamente por hidrogênio e pequena quantidade
de hélio.

O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5 horas,


e cada revolução ao redor do Sol leva 30 anos terrestres.

Tem um número elevado de satélites, 60 descobertos até então, dos quais


35 possuem nomes, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos,
composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais
exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos
por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.
Foto de Saturno feita pela sonda espacial Cassini, quando estava a cerca de 57
milhões de quilômetros de Saturno (foto NASA).

Urano

Urano é o sétimo planeta do sistema solar, situado entre Saturno e Netuno.


A característica mais notável de Urano é a estranha inclinação do seu eixo de
rotação, quase noventa graus em relação com o plano de sua órbita; essa inclinação
não é somente do planeta, mas também de seus anéis, satélites e campo
magnético. Urano tem a superfície a mais uniforme de todos os planetas por sua
característica cor azul-esverdeada, produzida pela combinação de gases em sua
atmosfera, e tem anéis que não podem ser vistos a olho nu; além disso, tem um anel
azul, que é uma peculiaridade planetária. Urano é um de poucos planetas que têm
um movimento de rotação retrógrado, similar ao de Vênus

Tem 27 satélites ao seu redor e um fino anel de poeira.

Netuno
Orbitando tão longe do Sol, Netuno recebe muito pouco calor. A sua
temperatura superficial média é de -218 °C. No entanto, o planeta parece ter uma
fonte interna de calor. Pensa-se que isto se deve ao calor restante, gerado pela
matéria em queda durante o nascimento do planeta, que agora irradia pelo espaço
fora.

A atmosfera de Netuno tem as mais altas velocidades de ventos no sistema


solar, que são acima de 2000 km/h; acredita-se que os ventos são amplificados por
este fluxo interno de calor. A estrutura interna lembra a de Urano - um núcleo
rochoso coberto por uma crosta de gelo, escondida no profundo de sua grossa
atmosfera. Os dois terços internos de Netuno são compostos de uma mistura de
rocha fundida, água, amônia líquida e metano. A terça parte exterior é uma mistura
de gases aquecidos composta por hidrogênio, hélio, água e metano.

Netuno, o gigante azul

Embora não sejam visíveis nas fotografias do telescópio espacial Hubble,


Netuno faz parte dos planetas gigantes que possuem um complexo sistema de
anéis. Possui cinco anéis principais e sua descoberta se deve a uma observação
efetuada ainda em 1984 a bordo de um avião U2 que acompanhou o deslocamento
do planeta por algumas horas durante a ocultação de uma estrela. Neptuno tem 13
luas conhecidas. A maior delas é Tritão, descoberta por William Lassell apenas 17
dias depois da descoberta de Netuno.

E Plutão?

Plutão, que recebera o nome do deus dos infernos, da mitologia greco-latina,


foi classificado como o nono planeta do Sistema Solar. Descoberto em 1930, pelo
astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, esse astro foi sempre motivo de
acirrados debates. Afinal, as características do planetoide, entre outras a
excentricidade de sua órbita inclinada, em que certos períodos cruza a órbita de
Netuno, já indicavam que dificilmente ela poderia permanecer na elite dos planetas
do nosso Sistema. Realmente, 76 anos depois, a UAI resolveu reclassificar o astro
do grupo de planetas-anões.

Caronte continua a ser considerado satélite de Plutão. Entretanto, para


alguns astrônomos eles são astros gêmeos, e esse é um debate que pode ser, a
qualquer momento retomado pela União Astronômica Internacional. Será Caronte
promovido a planeta-anão?

Plutão e seu satélite Caronte

Outros astros do Sistema Solar

Satélites

Até 1610, o único satélite conhecido era o da Terra - a Lua. Naquela
ocasião, Galileu Galilei (1564-1642), com a sua luneta, descobriu satélites na órbita
do planeta Júpiter. Hoje se sabe da existência de dezenas de satélites.

Na Astronomia, satélite natural é um corpo celeste que se movimenta ao


redor de um planeta graças a força gravitacional. Por exemplo, a força gravitacional
da Terra mantém a Lua girando em torno do nosso planeta.
Os satélites artificiais são objetos construídos pelos seres humanos (por
exemplo, os satélites do GPS). O primeiro satélite artificial foi lançado no espaço em
1957. Atualmente há vários satélites artificiais ao redor da Terra.

O termo "lua" pode ser usado como sinônimo de satélite natural dos
diferentes planetas.

Cometas

Um cometa é o corpo menor do sistema solar, semelhante a um asteroide.


Possui uma parte sólida, o núcleo, composto por rochas, gelo e poeira e têm
dimensões variadas (podendo ter alguns quilômetros de diâmetro). Geralmente
estão distantes do Sol e, nesse caso, não são visíveis.

Eles podem se tornar visíveis à medida que, na sua longa trajetória, se


aproximam do Sol sublimando o gelo do núcleo e liberando gás e poeira para formar
a cauda e a "cabeleira" em volta do núcleo. O mais conhecido dele é o Halley, que
regularmente passa pelo nosso Sistema Solar. De 76 em 76 anos, em média, ele é
visível da Terra. Ele passou pela região do Sistema Solar próxima do nosso planeta,
em 1986, o que possibilitou a sua visibilidade, portanto, o Halley deverá estar de
volta em 2062.
Cometa Halley

Asteroides

Um asteroide é um corpo menor do sistema solar, geralmente da ordem de


algumas centenas de quilômetros apenas.
São milhões de corpos rochosos que giram ao redor do Sol. Da Terra, só
podem ser observados por meio de telescópio. Entre as órbitas dos planetas Marte e
Júpiter, encontra-se um cinturão de asteroides e outro após a órbita de Netuno.

Meteoroides, meteoros e meteoritos

São fragmentos de rochas que se formam apartir de cometas e asteroides.


O efeito luminoso é produzido quando fragmentos de corpos celestes incendeiam-se
em contato com a atmosfera terrestre devido ao atrito. Esses rastros de luz são
denominados meteoros e popularmente são conhecidos como estrelas cadentes,
mas não são estrelas.

Quando caem sobre a Terra, atraídos pela força gravitacional, são


chamados de meteoritos. Na maioria das vezes, eles são fragmentos de rochas ou
de ferro. Os meteoritos tem forma variada e irregular, e o tamanho pode variar de
microfragmentos a pedaços de rochas de alguns metros de diâmetro.
O maior meteorito brasileiro (pesando mais de 5000 quilos), o Bendegó, foi
encontrado no interior da Bahia em 1784 e encontra-se em exposição no Museu
Nacional do Rio de Janeiro.

Meteorito Bendegó

A Lua

A Lua é o satélite natural da Terra. Consiste de um corpo rochoso com 3


476 km de diâmetro, quase um terço do tamanho da Terra. A distância média da
Terra à Lua é de 384 400 km.

O nosso satélite não tem atmosfera para proteger o ser humano ou outro ser
vivo da exposição direta às radiações solares, como a radiação ultravioleta.

Também não existe água e nem vulcões porque, ao contrario da Terra, a


Lua tem a parte mais interna em estado sólido (não apresenta magma). Mas há
muitas crateras, geralmente formadas pelo impacto de corpos celestes no passado.
As colisões derreteram rochas e formaram lavas, que esfriam e aparecem como
áreas escuras na Lua, chamadas mares.
A temperatura na sua superfície varia, em média, de 100ºC a -150ºC. Todas
essas condições não permitem a existência de seres vivos na Lua. O observador
terrestre percebe o movimento aparente da Lua e dos demais astros visíveis no céu
à noite no sentido leste para oeste.

Os principais movimentos da Lua são: de translação ao redor da Terra e


de rotação sobre seu próprio eixo. Esses dois movimentos têm praticamente o
mesmo tempo de duração: aproximadamente 27 dias e 8 horas. Por esse motivo, a
Lua mantém sempre a mesma face voltada para a Terra.

As fases da Lua

O brilho da Lua é reflexo da luz do Sol. Da mesma forma que os


planetas, ela não tem luz própria. O observador terrestre vê partes diferentes da
Lua iluminadas pelo Sol, enquanto ela se movimenta ao redor da Terra. Esses
diferentes aspectos, denominados fases da Lua, são: Lua Nova, Quarto Crescente,
Lua Cheia e Quarto Minguante.

Quarto: significa 1/4. O Sol ilumina a metade da esfera lunar e, daqui da


Terra, vemos apenas a metade da porção iluminada pelo Sol, isto é, 1/4 da Lua.

A fase de Lua Nova é quando a sua face iluminada está do lado oposto à
Terra. Para nós está voltada a face não iluminada. Nessa fase a Lua não é vista no
céu noturno.

Nos dias seguintes, a Lua tem a aparência de um arco iluminado e, às


vezes, pode ser vista à tardinha.

À medida que a Lua translada ao redor da Terra aumenta a parte que vemos
iluminada. Após cerca de sete dias, ela está na sua fase Quarto Crescente.

A Lua segue a sua órbita. A cada dia aumenta a sua região iluminada vista
da Terra. Quando a Lua está em posição oposta à posição do Sol em relação à
Terra, a Lua fica com a face voltada para nós completamente iluminada. é a fase
da Lua Cheia. Nesse período a Lua surge no céu no início da noite.

Nas noites seguintes, podemos observar que a parte iluminada da Lua


começa a diminuir até que só a metade da sua face é vista. Ela parece no céu bem
mais tarde da noite e pode ser vista ao amanhecer. é a fase Quarto Minguante.

A Lua segue na sua translação, mudando de posição em relação à Terra e


ao Sol. Para quem a observa da Terra, vai diminuindo a parte iluminada, até que ela
novamente não é vista no céu. A Lua, então, completa o seu ciclo e retorna à fase
de Lua Nova.

As quatro fases da Lua acontecem em ciclos contínuos, num período


de 29 dias e 12 horas.
Eclipses

Os eclipses são fenômenos que ocorrem devido à posição entre a Lua, a


Terra e o Sol.

Às vezes, esses astros se alinham, bloqueando parte da luz solar que


ilumina a Terra ou a Lua. Os eclipses podem ser lunares ou solares.

Eclipse Lunar

O eclipse lunar acontece na fase da Lua Cheia. Ocorre quando a Terra fica
entre o Sol e a Lua, que passa pela região da sombra da Terra. A Terra, nessa
ocasião, bloqueia os raios solares que iluminam a Lua. A sombra da Terra se projeta
na Lua, cobrindo-a parcial (eclipse parcial) ou totalmente (eclipse total).
Eclipse solar

Ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, ou seja, na fase de Lua
Nova e todos ficam alinhados em uma reta só. Nessa ocasião, a Lua bloqueia os
raios solares que iluminam parte da Terra.

O eclipse solar pode ser parcial para algumas regiões. Esse fenômeno
ocorre pelo menos duas vezes ao ano; no entanto ocorre raramente num mesmo
local da Terra.

A influência da Lua sobre a Terra

A Lua é a principal causa dos fenômenos das marés. A força de atração


entre a Terra e a Lua e entre a Terra e o Sol (esta em menor grau) provoca a subida
e a descida do nível das águas do mar. A subida é a maré alta ou a preamar. A
descida é a maré baixa ou a baixa-mar.

As marés acontecem porque a força gravitacional é maior no lado da Terra


que está mais próximo à Lua do que no lado oposto, mais afastado.
Mas a influência da atração gravitacional da Lua e dos planetas sobre o
corpo humano pode ser desprezada diante da influência do planeta Terra e até de
corpos muito mais leves, porém muito mais próximos.

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