Cartilha Maceió Sem Homofobia
Cartilha Maceió Sem Homofobia
Cartilha Maceió Sem Homofobia
expressar o afeto.”
Ficha Técnica
PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ
José Cícero Soares de Almeida
Prefeito
Lourdinha Lyra
Vice- prefeita
Elson Folha
Assessor Especial
Graça Carvalho
Diretora de Promoção de Direitos Humanos e Cidadania
Édson Bezerra
Coordenador de Formação Continuada em Direitos Humanos
Sandreana Melo
Coordenadora das Unidades de Resolução Pacifica de Conflitos
Ândrei Costa
Assessor de Comunicação
Apresentação
Saiba Mais
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Direito do indivíduo a relacionar-se afetiva e sexualmente com qualquer pessoa,
independentemente de sexo, gênero, aparência, vestimenta ou de qualquer
outra condição ou característica ligada a essa orientação.
HOMOFOBIA
É um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma
pessoa contra homossexuais, que pode incluir formas sutis, silenciosas e
insidiosas de preconceito.
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Quais condutas são discriminatórias?
PRATICAR:
Qualquer tipo de ação violenta, constrangedora,
intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética,
filosófica ou psicológica;
IMPEDIR OU DIFICULTAR:
o ingresso ou a permanência em espaços ou logradouros
públicos, estabelecimentos abertos ao público e prédios
públicos, bem como qualquer serviço público;
o acesso de cliente, usuário de serviço ou consumidor, ou recusar-lhe atendimento;
CRIAR EMBARAÇOS:
à utilização de dependências comuns e áreas não
privativas de qualquer edifício;
NEGAR:
emprego demitir, impedir ou dificultar a ascensão
em empresa pública ou privada, assim como,
impedir ou obstar o acesso a cargo ou função
pública ou certame licitatório;
negar ou dificultar a locação ou aquisição de bens
móveis ou imóveis;
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RECUSAR DIFICULTAR OU PRETERIR:
atendimento médico ou ambulatorial público ou
privado;
É importante esclarecer que a Lei 4.667/97 assegura tão somente direitos à livre orientação
sexual dos indivíduos e o respeito a sua relação afetiva. Portanto, não autoriza o “ato
obsceno”, tipificado como conduta criminosa.
Código Penal
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Ato Obsceno
A doutrina considera “ato obsceno” a manifestação corpórea, de cunho sexual, que ofende
o pudor público. A idéia é garantir o direito que as pessoas têm de não serem constrangidas
a presenciar ações como andar nu ou seminu; masturbação e apalpação sexual em público
("bolinação") e outras condutas públicas com conteúdo libidinoso ou sexual.
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Saiba Mais
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Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU),
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responsável pelo licenciamento e fiscalização no âmbito
municipal, poderá aplicar as seguintes sanções:
Advertência;
Multa mínima de 60 (sessenta) UFR's;
Suspensão do funcionamento do estabelecimento, por trinta dias;
Cassação de alvará.
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Saiba como denunciar
@
Mensagem eletrônica pelo e-mail
[email protected]
Por telefone
(82) 3315-7324
Saiba Mais
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Considerações finais
Denúncias que não contenham informações mínimas imprescindíveis à apuração dos fatos
ou que se revelem, desde logo, infundadas podem ser arquivadas.
Agora que você tem um conhecimento básico sobre esse instrumento legal que o município
de Maceió dispõe para combater a homofobia, leia com atenção a versão integral da lei (e
do decreto que a regulamentou), no final desta cartilha.
Se desejar, você também pode acessar a versão digital desta cartilha nos sites da Prefeitura
Municipal de Maceió (www.maceio.al.gov.br) e da Secretaria Municipal de Direitos
Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (http://semdisc.maceio.al.gov.br).
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ESTADO DE ALAGOAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ
GABINETE DO PREFEITO
Estabelece sanções às praticas discriminatórias a livre orientação sexual na forma em que menciona e dá outras
providências.
Art 1º Os estabelecimentos comerciais, industriais e repartições públicas que discriminarem pessoas em virtude
de sua ORIENTAÇÃO SEXUAL, na forma do art. 6º, inciso II da Lei Orgânica do Município de Maceió, sofrerão
as sanções previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Entenda-se por discriminação, para efeitos desta Lei impor as pessoas de qualquer orientação
sexual, situações tais como:
I – constrangimento;
II – proibição de ingresso ou permanência;
III – atendimento selecionado;
IV – preterimento quando da ocupação a/ou imposição de pagamento de mais de uma unidade, nos hotéis e
similares;
V – Aluguel ou aquisição de imóveis para fins residenciais, comércio ou lazer.
Art. 2º As sanções impostas aos estabelecimento privados que contrariem as disposições da presente Lei, as quais
serão aplicadas progressivamente serão as seguintes:
I – advertência;
II – multa mínima de sessenta (60) UFR's e máxima de cem (100) UFR's no caso de reincidência, que serão
revertidas em benefício do Fundo Municipal de Assistência Social;
III – suspensão de seu funcionamento por trinta (30) dias;
IV – cassação de Alvará.
Parágrafo único. Na aplicação das multas será levada em consideração a capacidade econômica do
estabelecimento infrator, a depender do grau de discriminação esta multa pode ter seu valor triplicado.
Art. 3º Aos Agente do Poder Público que por ação ou omissão, for responsável por prática discriminatória na
forma prevista nesta Lei, serão aplicadas as seguintes sanções, sem prejuízos dos procedimentos previstos na Lei
Municipal nº 4.126/92.
I – advertência;
II – suspensão;
III – afastamento definitivo ou demissão.
Parágrafo único. Entenda-se por agente do poder público para efeitos desta Lei, os servidores descritos na Lei
Orgânica do Município.
Art. 4º O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua
publicação, desenvolvendo uma campanha de divulgação de massa, com vistas a orientar os municípios, para
junto com o Poder Público Municipal, desenvolver ações que garantam o efetivo cumprimento da presente Lei.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Maceió, 23 de dezembro de 1997.
Kátia Born Ribeiro
Prefeita
ESTADO DE ALAGOAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ
GABINETE DO PREFEITO
Art. 1º Todo ato de discriminação praticado contra pessoas, em virtude da orientação sexual destas,
poderá ser levado ao Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Comunitária criado
através da Lei Nº 5.806, de 24 de julho de 2009, por meio de correspondência postal, mensagem
eletrônica, telefone, ou pessoalmente, na forma a ser estabelecida em ato administrativo da Secretaria
Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania.
Parágrafo Único. Para fins deste Decreto, entende-se por:
I – orientação sexual: o direito do indivíduo a relacionar-se afetiva e sexualmente com qualquer
pessoa, independentemente de sexo, gênero, aparência, vestimenta ou de qualquer outra condição ou
característica ligada a essa orientação;
II — discriminação por orientação sexual: toda e qualquer ação ou omissão que, motivada pela
orientação sexual do indivíduo, lhe cause constrangimento e/ou o exponha a situação vexatória,
tratamento diferenciado, cobrança de valores adicionais ou preterição no atendimento, em especial
por meio das seguintes condutas:
a) inibir ou proibir a manifestação pública de carinho, afeto, emoção ou sentimento;
b) proibir, inibir ou dificultar a manifestação pública de pensamento;
c) praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral,
ética, filosófica ou psicológica;
d) impedir ou dificultar o ingresso ou a permanência em espaços ou logradouros públicos,
estabelecimentos abertos ao público e prédios públicos, bem como qualquer serviço público;
e) criar embaraços à utilização de dependências comuns e áreas não privativas de qualquer edifício;
f) impedir ou dificultar o acesso de cliente, usuário de serviço ou consumidor, ou recusar-lhe
atendimento;
g) negar ou dificultar a locação ou aquisição de bens móveis ou imóveis;
h) recusar, dificultar ou preterir atendimento médico ou ambulatorial público ou privado;
i) praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação, a discriminação, o preconceito ou a prática
de qualquer conduta discriminatória;
j) fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou
propagandas que incitem ou induzam à discriminação, preconceito, ódio ou violência, com base na
orientação sexual do indivíduo;
l) negar emprego, demitir, impedir ou dificultar a ascensão em empresa pública ou privada, assim
como impedir ou obstar o acesso a cargo ou função pública ou certame licitatório;
m) preterir, impedir ou sobretaxar a utilização de serviços, meios de transporte ou de comunicação,
consumo de bens, hospedagem em hotéis e estabelecimentos congêneres ou o ingresso em espetáculos
artísticos ou culturais;
n) realizar qualquer outra forma de atendimento diferenciado não autorizado por lei.
Art. 3º As sanções a que estão sujeitos os estabelecimentos privados, nos casos mencionados no art. 2º
deste Decreto, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa mínima de 60 (sessenta) UFR's;
III – suspensão do funcionamento do estabelecimento por trinta dias;
IV – cassação de alvará;
Parágrafo único. O valor da multa de que trata o inciso II deverá ser corrigido de acordo com o índice e
a periodicidade aplicáveis aos reajustes dos créditos tributários municipais.
Art. 5º As denúncias, se feitas oralmente, deverão ser reduzidas a termo e assinadas pelo denunciante
e, em qualquer caso, deverão conter os elementos descritivos necessários à verificação de veracidade
dos fatos e identificação do denunciado.
§ 1º No caso de denúncia apresentada por terceiro, a pessoa indicada como vítima da discriminação
deverá ser chamada pelo Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Comunitária para
ratificação, sob pena de arquivamento.
§ 2º A denúncia deverá ser instruída com os documentos pertinentes, tais como registro de ocorrência
do fato, lavrado por órgão oficial, ou representação criminal, ou ainda com rol de testemunhas,
devidamente identificadas, em número máximo de três.
Art. 8º Sem prejuízo do procedimento previsto no art. 7º deste Decreto, ou quando o denunciado não
for estabelecimento privado, o Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Comunitária
encaminhará a denúncia:
I – aos órgãos de segurança pública competentes e ao Ministério Público Estadual, no caso de possível
ilícito penal;
II – aos órgãos disciplinares competentes, em se tratando o denunciado de servidor público e havendo
possível ocorrência de falta disciplinar; e,
III – aos órgãos de assistência jurídica, conforme escolha do interessado, para as reparações de
natureza civil, eventualmente cabíveis, observado, em todos os casos, o disposto nos arts. 5º e 6º deste
Decreto.
Afinidades GLSTAL
Av. Francisco Freire Ribeiro, 387 , Farol
(82) 9984-2462 / [email protected]
Associação Pró-Vida LGBT
Rua do Comércio Ed. Lobão Barreto 436, Sobre Loja, Centro
(82) 8893-4100 / [email protected]
Associação dos Homossexuais do Complexo Benedito Bentes (AHBENTES)
Rua 06, Q-06, 174, Conjunto Benedito Bentes I, Lote 19, Tabuleiro dos Martins
(82) 3344-1990/8858-0765/9943-8423 / [email protected]
Coletivo de Jornalistas pela Diversidade Sexual (Cajeds), do Sindjornal
Rua do Sargento Jaime, S/N, Prado
(82) 3326-9168
Coletivo Nacional de Trabalhadores pela Diversidade Sexual – CUT Brasil
(82) 3221-6794/9965-6778 / [email protected]
Coluna Bivolt!
[email protected]
Dandara - Movimento de Lésbicas
(82) 8852-6646 / [email protected]
Filhos do Axé
Rua Olavo Bilac, 50, Loteamento São José (Grota do Arroz), Cruz das Almas
(82) 3375-9257 / [email protected]
Grupo Gay de Alagoas (GGAL)
Rua Barão de Atalaia, 75 - Salas 204/205 - Centro
(82) 3221-3955, 8802-0018 / [email protected] / [email protected]
Edição
Graça Carvalho (Jornalista/MTE n°455/AL)
Foto da capa
(Acervo Secretaria Municipal de Turismo)
Luiz Eduardo Vaz
Impressão
Grafmarques
Tiragem
5.000 exemplares
Dezembro/2009