5 TESTE Fada Oriana

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Agrupamento de Escolas Coimbra Centro

Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes


3000-303 COIMBRA
Cod. 161974

Escola nº 2 de São Silvestre

Prova de Avaliação de Português


5º ano maio de 2017

NOME____________________________________________ TURMA ______ Nº______

CLASSIFICAÇÃO _________________________________ A PROFESSORA __________

E. DE EDUCAÇÃO________________________________________________________

GRUPO I
Lê o texto.
O PODER DOS KARATECAS

Numa aula de karaté aprendes a defender-te e a atacar, mas também fazes


amigos e treinas o trabalho em equipa

Duas palmas seguidas. É o que basta fazer o professor Pedro Gonçalves


para chamar os alunos, dos 6 aos 14 anos, que até àquele momento
conversam, correm, riem, dão saltos pelo pavilhão multiusos do CIF, em
Lisboa. Esta aula de karaté da Escola UKL (União de Karaté de Lisboa) vai
começar. E, de repente... silêncio.

Sentados em círculo, os alunos ouvem o professor ou Sensei, como se diz


em japonês. O karaté nasceu na ilha de Okinawa, no Japão, por isso as
palavras utilizadas nas aulas são nesta língua. Mas não te preocupes: os
professores explicam tudo em português! Karaté significa «mãos vazias», isto
porque um karateca (ou seja, quem pratica este desporto) não utiliza armas, só
o seu próprio corpo e a sua inteligência.

A um sinal do Sensei os alunos levantam-se para a saudação inicial.


É o Reiho que se divide em Za-rei, saudação de joelhos, e Ritsu-rei, uma
saudação de pé. Os alunos ficam depois em linha, desde o mais avançado (à
direita) ao menos avançado (à esquerda). Estas diferenças percebem-se pela
cor do cinto.

Manuel Barosa, 6 anos, cinto branco-amarelo, é o último da linha:


«Comecei a praticar há um ano. Gosto muito. Tenho muito para aprender.»
Gabriel Correia, 10 anos, começou com 6: «O karaté faz-me sentir confiante
em mim mesmo. Gosto dos movimentos que me ajudam com a postura e o
equilíbrio e assim quando for mais velho não sou corcunda», diz a rir.

Os alunos estão a treinar para a competição de karaté que se divide em


Kata e Kumite. Kata é uma representação de um combate com vários
adversários imaginários. Kumite é um combate com um adversário real.

«Eu gosto mais do Kumite. Tem mais ação, mais liberdade», afirma
Francisco Alves, 13 anos, no karaté desde os 6. «Fiz um contrato com a minha
mãe: eu queria futebol, ela queria karaté. Inscrevi-me nos dois. Hoje estou só
no karaté. O ambiente é muito bom, os professores são fixes e os amigos que
se fazem também.» «O karaté ajudou-me a crescer, a ganhar mais
concentração. Tenho aulas mas, ao mesmo tempo, posso conviver com os
meus amigos», diz Pedro Carvalho, 10 anos, praticante desde os 4.

A idade certa para começar é, precisamente, a partir dos 4 ou 5 anos e não


é preciso ter nenhuma característica especial. «Só vontade de experimentar»,
diz Sofia Boto, 8 anos.

A única rapariga nesta aula começou a treinar com 5 anos: «Adoro! Ensina
a defender-me, a concentrar-me.» «Para mim, karaté é saber defender-me e
não atacar. Recomendo a toda a gente», diz António Rei, 9 anos.

Manuel Costa, 9 anos, cinto laranja-verde, reforça a recomendação e


acrescenta: «O tempo passa e é sempre giro. Vamos aprendendo novos
movimentos e isso é fantástico.»

O QUE É O KARATÉ?
«Uma arte marcial, um desporto de competição, uma forma eficaz de
defesa pessoal», explica o professor Pedro Gonçalves, 43 anos. Baseia-se em
seis princípios importantes:

1 − Etiqueta, ou seja, boa educação.

2 − Respeito, pelos outros e por ti próprio.

3 − Perseverança, que é como quem diz, nunca desistir.

4 − Esforço, acabas as aulas a transpirar a sério!

5 − Criatividade, a imaginação é fundamental.

6 − Coragem, para enfrentar os desafios.

UMA ‘KATA’...

As Katas são uma sequência de gestos de defesa e de ataque com uma


ordem própria. Quanto mais se evolui, mais difíceis ficam. E, ao contrário do
Kumite, não são dirigidas a um adversário real, mas sim imaginário.

Mário João, in Visão Júnior, edição online de 17 de novembro de 2015

1. Assinala com X a única opção que completa corretamente cada frase,


de acordo com o sentido do texto.

1.1. Ao som das duas palmas seguidas do professor, os alunos devem

____a) ficar imediatamente parados e em silêncio.


____b) sentar-se ao longo do pavilhão.
____c) reunir-se em círculo e ficar em silêncio.
____d) dar início aos vários exercícios.

1.2. Depois da saudação, os alunos ficam em linha, respeitando


____a) a cor do cinto, de forma gradativa, da direita para a esquerda.
____b) as suas idades, de forma gradativa, da esquerda para a direita.
____c) as suas idades, de forma gradativa, da direita para a esquerda.
____d) a cor do cinto, de forma gradativa, da esquerda para a direita.
1.3. As competições de karaté podem dividir-se nas técnicas Kata e Kumite:

____a) ambas as técnicas envolvem combates com oponentes reais.


____b) ambas as técnicas são representações imaginárias de
combates.
____c) Kata envolve um adversário real; Kumité, adversários
imaginários.
____d) Kata envolve adversários imaginários; Kumité, um adversário
real.

1.4. De acordo com as várias opiniões dos alunos, o karaté promove

____a) a postura, o crescimento pessoal e a capacidade de atacar.


____b) a concentração, o convívio e a autoconfiança.
____c) a capacidade de combater com adversários reais ou
imaginários.
____d) a confiança pessoal, apesar de ser uma modalidade solitária.

1.5. O karaté é uma arte marcial de defesa pessoal que se baseia em


princípios como:

____a) boa educação, respeito pelos outros e por si, coragem.


____b) boa educação, respeito por si próprio, esforço.
____c) coragem, esforço e paciência.
____d) criatividade, dedicação e resignação.

1.6. As Katas, representações de um combate, apresentam

____a) uma sequência de gestos de defesa e de ataques aleatórios.


____b) um conjunto de gestos sem qualquer progressão de
dificuldade.
____c) gestos ordenados e com evolução em grau de dificuldade.
____d) gestos de ataque e de defesa ordenados de acordo com o
professor.
GRUPO II

Lê o texto que se segue. Se necessário, consulta o vocabulário


apresentado.

O Homem Muito Rico não tinha nem mulher, nem filhos, nem amigos. Só
tinha criados. A casa dele ficava no meio dum jardim muito bem tratado, com
relva, arbustos, flores e ruas de areia.

Oriana deu a volta à casa para ver por onde é que havia de entrar. As
portas estavam todas fechadas à chave e Oriana não as podia abrir. Porque
em casa do Homem Muito Rico as fechaduras eram tão caras que nem uma
varinha de condão as podia abrir. Mas havia uma janela aberta. Era a janela da
sala. Oriana espreitou e viu que na sala não estava pessoa nenhuma. Só lá
estavam as coisas. Mas reinava uma atmosfera de grande má disposição. Os
sofás e as cadeiras davam cotoveladas uns nos outros, as cómodas davam
coices nas paredes, as jarras diziam às caixas e aos cinzeiros que não as
apertassem (...)

A sala estava cheia como um ovo.

Oriana entrou e as coisas puseram-se todas a falar ao mesmo tempo (...)

- Sosseguem, acalmem-se, não falem todos ao mesmo tempo -pediu a


fada.

Então as coisas calaram-se todas e depois a mesa disse:

- Oriana, não podemos estar aqui. Não cabemos nesta sala. Nesta sala há
coisas de mais. Estamos todos apertadíssimos. E somos coisas com feitios
diferentes e não nos entendemos bem. Eu sou uma mesa antiquíssima; estava
na sala de jantar dum convento. Eu sou comprida, mas a sala era grande e eu
cabia lá bem porque, além de mim, só lá estavam os bancos. Aqui sinto-me
muito mal. As coisas estão sempre a dar-me encontrões. Há uma grande
embirração entre mim e o sofá doirado. Eu sou toda lisa, ele é todo feito de
torcidos. Não nos podemos entender. Eu sou uma mesa de convento, fiz voto
de pobreza, não posso viver nesta sala. Oriana, toca-me com a tua varinha de
condão e faz-me ir pelos ares para o meu convento. (...)

E uma por uma todas as coisas foram pedindo que as levasse para outro
sítio.

- Minhas queridas coisas - disse Oriana -, eu não posso fazer o que me


pedem. Se eu as fizesse desaparecer daqui, o dono da casa teria um grande
desgosto. E eu não posso entrar numa casa para dar desgostos ao seu dono.

- Então o que é que se há de fazer? - Perguntaram as coisas.

- Nada - disse Oriana. - (...) Quando entro nas outras casas, faço aparecer
as coisas que faltam. Mas aqui não falta nada. Aqui está tudo a mais. Era
preciso tirar coisas. Mas eu não posso entrar numa casa e tirar o que lá está.

- Então se não nos podes tirar daqui faz crescer a sala para nós
cabermos.

- Tenho muita pena - disse Oriana - mas é impossível. Quando o dono


desta casa a mandou fazer disse ao arquiteto: "Faça-me uma casa pequena,
por causa das invejas."

As coisas calaram-se um instante, pensaram e disseram: - Oriana,


convence o dono da casa a dar-nos de presente a alguém que não tenha
móveis.

- Isso - disse Oriana - é uma ótima ideia. (...)

Em cima da mesa estava um bloco de papel e uma caneta. Oriana pegou


na caneta e escreveu: Quem dá aos pobres empresta a Deus. Dá metade dos
teus móveis aos pobres.

- Ótimo - disseram as coisas. (...)

Então ouviram-se passos no corredor e Oriana escondeu-se atrás do


biombo. A porta abriu-se e entrou o Homem Muito Rico.

Mal entrou viu o bloco de papel que estava em cima da mesa. Leu o que lá
estava escrito, ficou furioso porque era muito avarento, e exclamou:
- Que grande atrevimento!

Tocou a campainha e apareceu o mordomo.

- Chama imediatamente os criados todos - disse o Homem Muito Rico.

"A Fada Oriana" de Sophia de Mello Breyner

1. Com base nas informações apresentadas no excerto, caracteriza


psicologicamente o Homem muito Rico. Apresenta três características.

2. Antes de entrar na casa do Homem muito Rico, a Fada Oriana percebe


que nesse lugar não existe paz.

2.1. Transcreve uma frase / expressão do texto que comprove esta


afirmação.
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_______________________________________________________________

2.2. De que modo confirma Oriana essa sua primeira impressão quando
entra na casa?

3. Qual foi a solução encontrada para resolver o problema dos objetos?

3.1. Parece-te que essa solução teve o efeito pretendido? Justifica a tua
resposta.
4. Identifica, nas frases seguintes, os recursos expressivos utilizados.

a) "A casa dele ficava no meio dum jardim muito bem tratado, com relva,
arbustos, flores e ruas de areia. " ____________________________________

b) "Os sofás e as cadeiras davam cotoveladas uns nos outros..."

____________________________________________________________

c) "A sala estava cheia como um ovo. " ____________________________

5. Recorda o livro "A Fada Oriana" na sua globalidade.

5.1. A personagem principal foi castigada pela rainha das fadas. Porquê?

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5.2. Como termina a história, no que diz respeito à Fada Oriana?

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GRUPO III

1. Presta atenção às duas frases seguintes.


a) O encontro entre Oriana e o mobiliário foi interessante.

b) Sempre que vou à cidade encontro um amigo.

1.1. Indica a classe a que pertence cada uma das palavras sublinhadas.

a) _______________________ b) _______________________

1.2. Indica a forma verbal presente na frase a) e refere em que tempo, modo
e pessoa se encontra.

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2. Completa cada uma das frases com a forma do verbo apresentado entre
parênteses, no tempo e modo indicados nas diferentes alíneas.

a) Pretérito imperfeito do indicativo


As mobílias _______________ (estar) ansiosas por terem mais espaço.

b) Modo imperativo
− _______________ (esperar), móveis!

c) Futuro do indicativo
Se se acalmarem, certamente, ________________ (acontecer) o que
desejam!

3. Altera o sentido das frases seguintes, mudando apenas as preposições


destacadas.
a) Ela enfrentou os móveis com determinação.
_____________________________________________________________
b) Ela parte para casa logo.
_____________________________________________________________
4. Sublinha os advérbios presentes nas frases e indica as suas subclasses.

a) O Homem Muito Rico vai chegar agora. _____________________________


b) Ali, é a casa do Homem. _________________________________________
c) As mobílias conversavam ansiosamente. ____________________________
d) A mesa não gosta de confusão. ___________________________________

5. Retira da frase seguinte um quantificador numeral e classifica-o. "Dá metade


dos teus móveis aos pobres.".
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GRUPO IV

a) Escreve um texto em que te refiras ao desporto que praticas. Explicita quais


os motivos que te levaram a escolhê-lo e o que mais aprecias nele.

b) No caso de não praticares nenhum desporto, inica qual o motivo e, se


praticasses um, qual seria e porquê.

(escreve um mínimo de 150 e um máximo de 200 palavras).

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Bom trabalho!

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