Projeto Bullying

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PROJETO BULLYING

BULLYING
PROJETO BULLYING

PROJETO BULLYING
ESCOPO
» Desenvolver a educação moral dos alunos.
» Estimular posturas éticas e colaborativas.
» Combater a prática do bullying na escola.
» Estimular a empatia entre os alunos, ou seja, a experiência pela qual uma pessoa se identifi-
ca com outra, tendendo a compreender o que ela pensa e a sentir o que ela sente, ainda que
nenhum dos dois o expressem de modo explícito ou objetivo.
» Trabalhar todas as temáticas correlacionadas e pertinentes à Educação Infantil, com ética,
respeito, tolerância e colaboração.
» Instrumentalizar o professor para lidar com situações de bullying na escola.
» Orientar os pais a lidarem em casa com situações de bullying.

Como lidar com o bullying na Educação Infantil?1


Para evitar o bullying, é preciso que a escola valide os princípios de respeito
desde cedo. É comum que as crianças menores briguem com o argumento de
não gostar uma das outras, mas o educador precisa apontar que todos devem ser respei-
tados, independentemente de se dar bem ou não com uma pessoa, para que essa ideia
não persista durante o desenvolvimento da criança.

ESTE MATERIAL FOI DESENVOLVIDO PARA ATENDER CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR, POIS OS PILARES MORAIS
DEVEM SER FIXADOS DESDE CEDO.

1 Fonte: Gente que educa. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/bullying-como-lidar-conflitos-educacao-infantil-610530.shtml.


PROJETO BULLYING

JUSTIFICATIVA DO PROJETO
O bullying é um problema mundial que sempre existiu e vem crescendo nos últimos anos, con-
comitantemente à evolução da comunicação. O tema se tornou alvo de preocupações e tem
sido debatido pelo poder público na reformulação da Lei de Diretrizes e Bases. Os primeiros ar-
tigos do Estatuto da Criança e do Adolescente rezam sobre o direito a não ser discriminado, ao
bem-estar, ao desenvolvimento livre de suas capacidades, mas ainda não existe um consenso
sobre como garantir que esses direitos sejam respeitados em sua essência, principalmente por
outras crianças.
Alguns países vêm desenvolvendo políticas mais sólidas de prevenção e combate ao bullying,
e ONGs mundo afora têm chamado atenção para a gravidade do assunto.

Timothy Breweton, psiquiatra norte-americano que acompanhou alguns estudantes so-


breviventes do massacre de Columbine, apontou, durante sua palestra na Santa Casa de
Misericórdia no Rio de Janeiro em 2011, que um estudo realizado naquele mesmo ano
pelo serviço secreto americano chegou a números impactantes: dos 66 ataques em es-
colas pelo mundo de 1966 a 2011, 76% foram cometidos por adolescentes. Destes, 87%
foram movidos pelo desejo de vingança por terem sofrido bullying. Obviamente outras
características dentro do perfil do criminoso são importantes, como problemas mentais e
dificuldade em lidar com frustrações, mas não restam mais dúvidas sobre o fator desen-
cadeador que tal prática pode se tornar.
Em sistemas em que a competitividade e a baixa tolerância
a fracassos são fatores culturais, a conclusão assusta ainda
mais: 70% dos ataques durante esse período foram registra-
dos nos Estados Unidos, ainda segundo Breweton. A inten-
ção dos criminosos é sempre a mesma: atingir não um ou
outro aluno pontualmente, mas a escola como um todo, onde
viveram momentos de humilhação sob o testemunho omisso
de docentes e colegas. E as provocações e rejeições de co-
legas figuram o topo da lista de fatores que desencadeiam a
depressão e a intenção de suicídio entre os adolescentes.

Não é à toa que o bullying tem sido um assunto de interesse cada vez maior entre as escolas.
Inúmeras jurisprudências já determinaram ganho de causa em casos de processos de alunos
contra escolas no Brasil, sob a alegação de que o prejuízo moral e emocional das vítimas de
vexação não foi prevenido ou assistido pela instituição.
Mas o bullying não causa só transtornos ao alvo principal: todos os envolvidos, mesmo como
testemunhas, sofrem com essa situação, seja pelo medo de se tornar a próxima vítima, por um
pedido de socorro embutido nas entrelinhas de quem agride ou pela insegurança em relação à
forma de agir dos educadores e dos pais.
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O índice de evasão escolar e ausências é alarmante,


e todos os dias milhões de crianças e adolescentes
do mundo todo faltam às aulas por medo de sofrer
bullying. Tudo isso contribui para o silêncio a res-
peito do problema, que somente permite que ele
se estenda. E quanto mais cedo resolvido, me-
nos estragos na formação da autoimagem da
criança. Sem mencionar que o simples fato de o
aluno se sentir amparado por um adulto já pode
exercer, por si só, uma grande influência positiva.

As orientações deste material, levam em consideração ou são fundamentados nos se-


guintes documentos:
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC)
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (MEC)
SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica (MEC)
PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação (MEC)

O PAPEL DA ESCOLA
Qualquer ambiente escolar é passível de problemas de convivência. É necessário que todos
os educadores estejam conscientes e preparados para isso.
O problema é que bullying ainda é tratado como um fenômeno natural do universo infantil,
como uma brincadeira entre crianças, e por isso algumas escolas ainda desconsideram sua
gravidade. Em uma situação ideal, as turmas deveriam ser pequenas o suficiente para que as
políticas de prevenção fossem mais assertivas e as situações de bullying fossem mais facil-
mente detectadas pelo professor. Mas, infelizmente, esta não é a nossa realidade.
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A escola não é só um local de ensino formal. Diferentemente do que acontece na realidade,


o foco da escola deveria ser o aluno, e não o conteúdo das matérias e as notas de provas. O
convívio intenso das crianças com seus pares é, em muitos casos, seu primeiro experimento
de uma vida social, e isso é bastante significativo. A instituição deve se encarregar de sua parte
na formação da cidadania, dos direitos e deveres, da convivência, da cooperação, do respeito
aos limites do outro.

“A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação ci-
dadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying
é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade”.
Lauro Monteiro Filho, fundador da Abrapia.

O bullying é resultado de uma dinâmica de relacionamentos que já acompanham a criança de


fora para dentro da escola – seja na passividade da vítima, na falta de empatia da agressora
ou agressor, ou na permissividade do espectador.
Mais importante que ensinar os conceitos de bullying e alertar crianças para que não cometam
ou permitam esse comportamento é ensinar, desde os primeiros até os últimos dias de aula,
posturas éticas e colaborativas, que devem permear todas as situações ao longo da vida, inclu-
sive a convivência com os colegas, dentro ou fora da escola. O bullying, por si só, é uma con-
sequência de valores mal interpretados. Ao se trabalhar os valores que levam ao não desenca-
deamento da agressão, como o respeito e o senso de coletividade e colaboração, investe-se
simultaneamente na diminuição da violência dentro e fora da escola.

A escola não é só um local de ensino formal; o convívio intenso das crianças com
seus pares é, em muitos casos, seu primeiro experimento de uma vida social.
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O PAPEL DA FAMÍLIA
Inúmeros estudos apontam para a relação entre a violência na escola e o ambiente familiar. Crian-
ças tendem a repetir, mesmo que de forma velada, o comportamento que aprendem em casa.
É no ambiente familiar que a criança começa a aprender relações de confiança em si e no outro,
formas de socializar, de dialogar e negociar em casos de conflitos, tolerar frustrações, lidar com hie-
rarquias e diferenças. Pais muito autoritários ou muito permissivos podem estar ensinando, mesmo
que de maneira indireta, formas distorcidas de relações interpessoais.
Ao notar que os filhos são alvos de bullying, os pais devem, antes de mais nada, acolhê-los, tran-
quilizá-los e, em seguida, acionar a escola. Essa sensação de compreensão e amparo no núcleo
familiar é fundamental para a criança: se ela acreditar que está amparada, vai ter mais coragem
para reagir ou recorrer novamente aos familiares, caso o problema persista, e se tornará menos
propensa a acreditar nos apontamentos degradantes dos outros a seu respeito.
Já os pais que perceberem que o filho está praticando bullying precisam intervir imediatamente,
não só para interromper o ciclo tão prejudicial à vítima, mas para educar a criança para o convívio
social saudável, respeitoso e solidário. Em vez de julgar e punir arbitrariamente, reforçando indire-
tamente a crença da criança de que relacionamentos são pautados em simples imposições, devem
procurar ouvir antes, perceber a falha de entendimento da criança e explicar o significado de em-
patia. Somente dessa forma, ela se sentirá à vontade para comunicar aos pais sempre que tiver
problemas de relacionamentos e dificuldade em compreender pessoas e reações diferentes das
esperadas.
É preciso ter em mente que escola e família devem trabalhar sempre conjuntamente, e não empur-
rando o problema uma para a outra, delegando e acusando.

Em casos de bullying, a
sensação de compreen-
são e amparo no núcleo
familiar é fundamental
para a criança.
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Estatisticas do bullying no Brasil2

28% dos
estudantes brasileiros já
foram vítimas de algum
tipo de violência dentro
70% dos estudantes já
presenciaram agressões entre
da escola. colegas dentro da escola.

Meninos correspondem a

12,5% das vítimas e a


12,5% dos agressores.
Meninas correspondem a

7,6% das vítimas e a


8% dos agressores.

Locais de agressões (%):

Dentro da No pátio: Nos corredores: Nos portões


sala de aula: da escola:
7,9% 5,3%
21% 1,8%

2
Dados coletados em 2009 com 5.168 alunos da 5º a 8ºserie de todas as regiões do Brasil, de escolas
públicas e particulares.
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OS PRÓPRIOS PAIS ACABAM SENDO CONDESCENDENTES COM


O BULLYING3?
Exatamente isso. Existe um grupo, e com certeza não é pequeno, de pais que se arvoram em de-
fesa dos filhos incondicionalmente, qualquer que seja a situação, ainda que às vezes não tomem
consciência disso.
Alguns até bradam: “Quem se meter com meu filho está se metendo comigo também”.
É um instinto de proteção cego, irracional. Mesmo alertados pela escola e por outros pais, eles se
recusam a ver e a ouvir o óbvio. Estão se furtando assim à tarefa de dar uma boa educação aos
filhos.

EDUCAÇÃO INFANTIL
Bullying significa agredir alguém verbal ou fisicamente, repetidas vezes, causando medo e cons-
trangimento de forma intencional. O que à primeira vista parece um simples apelido ou uma brin-
cadeira inofensiva pode gerar grandes consequências na vida de uma pessoa, como queda no
rendimento escolar, doenças psicossomáticas, mudanças em traços da personalidade, isolamento
e tragédias em casos extremos. É necessário ler, se informar, manter-se atento para poder evitar e
saber como agir em possíveis casos como esses.

3
Trecho de entrevista com Rosalind Wiseman, especialista em bullying. Texto na íntegra disponível em: http://veja.abril.com.
br/blog/ricardo-setti/tema-livre/a-especialista-em-bullying-alerta-o-pior-e-que-os-pais-sao-cumplices-dos-jovens-agressores/.
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ITENS QUE COMPÕEM O PROJETO

1 volume teórico (32 páginas)


Esse volume ensina, por meio da história vivida pelo menino Pedro,
quais são as consequências deixadas pelo bullying e o que pode ser
feito para combate-lo.

1 volume de atividades (32 páginas)


Traz atividades lúdicas para a criança fixar o
que foi ensinado e conversado em aula de aula sobre o assunto.

1 manual do educador (48 páginas)


Proporciona um suporte teórico-pedagógico
para que o educador possa trabalhar o con-
teúdo em sala de aula de forma eficiente,
envolvendo todos os alunos e preparando-os
para os desafios do ensino fundamental.

1 manual da família (32 páginas)


Oferece orientações para que a família lide com situações de bullying, seja
pela parte do agressor ou pela parte da vítima. Orienta a participação e o
tipo de intervenção que pode ser feita em conjunto com a escola.

AS PALAVRAS PODEM FERIR

1 cartaz pedagógico

COLEÇÃO BULLYING INFANTIL - CARTAZ.indd 1 05/05/15 15:53


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ENSINO FUNDAMENTAL
Como ensinar às crianças como se defender sem agredir, sem atacar? Como lidar com temas tão
antigos, como o preconceito, em um mundo cada vez mais dinâmico? Essas e outras questões irão
ser respondidas nos cinco volumes dessa coleção. Pretendemos semear valores de ética e frater-
nidade, para possibilitar o florescer de uma sociedade mais igualitária e justa, onde as crianças de
hoje, serão os futuros guardiões de um mundo onde as diferenças sejam equalizadas e as diversi-
dades sejam consagradas como o mais legítimo dos direitos.

ITENS QUE COMPÕEM O PROJETO

Teoria volume 1 (32 páginas)


Atividades volume 1 (32 páginas)
No primeiro volume, vamos ter um primeiro contato para compreender
as razões desse fenômeno que tantos prejuízos causa às crianças em
idade escolar.

Teoria volume 2 (32 páginas)


Atividades volume 2 (32 páginas)
No segundo volume, vamos nos aprofundar
um pouco mais e entender o que leva a esta
prática e como devemos reagir a ela.

Teoria volume 3 (32 páginas)


Atividades volume 3 (32 páginas)
No terceiro volume, vamos saber quais são
os tipos de discriminação e como evitar que
esse tipo de coisa aconteça.

Teoria volume 4 (32 páginas)


Atividades volume 4 (32 páginas)
No quarto volume, vamos aprender o que é
empatia e como é importante nos colocarmos
no lugar do outro para entender como ele se
sente.

Teoria volume 5 (32 páginas)


Atividades volume 5 (32 páginas)
No quinto volume, todas as questões pertinentes serão abordadas com
mais maturidade, exigindo maior envolvimento de todos.
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Jogos
Jogos de tabuleiros desenvolvidos especialmente para
cada volume. Por meio deles é possível trabalhar o con-
teúdo de forma lúdica e educativa.

Manual do educador (48 páginas)


Proporciona um suporte teórico-pe-
dagógico para que o educador pos-
sa trabalhar o conteúdo em sala de aula de forma eficiente, envolvendo
todos os alunos e preparando-os para os desafios do ensino médio.

Manual da família (64 páginas)


Oferece orientações para que a família lide
com situações de bullying, seja pela parte do
agressor ou pela parte da vítima. Orienta a
participação e o tipo de intervenção que pode ser feita em conjunto
com a escola.

CONCLUSÃO
Não há dúvidas de que o tema deva ser discutido, uma vez que toda criança e adolescente
tem direito a transitar por ambientes seguros e propícios a um desenvolvimento físico, mental e
emocional saudável, proporcionado por adultos que os cercam. Conhecer e debater o assunto
conjuntamente – alunos, pais, educadores e sociedade – é melhor via para encontrar a preven-
ção e possíveis soluções para o problema.
Este debate deve ultrapassar a simples discussão sobre evitar conflitos: se por um lado a
criança tem direito a um ambiente equilibrado para um desenvolvimento social, acadêmico e
emocional adequado, por outro não se pode fazer da superproteção um atalho para a disso-
lução do problema. Faz parte do amadurecimento aprender a lidar com níveis de dificuldade,
pois eles ajudarão a fortalecer a capacidade de superar frustrações e desenvolver, a partir dis-
so, autonomia, habilidade social e autoestima mais sólidas. Tudo isso vem da interação entre
os pares, e é nessa dicotomia que vivem pais e educadores: qual o limite entre a brincadeira e
a agressão? Em que momento e como intervir? Procuramos, por meio desse material, oferecer
respostas para essas perguntas e alternativas educativas mais eficazes.

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