Projeto Bullying
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Projeto Bullying
BULLYING
PROJETO BULLYING
PROJETO BULLYING
ESCOPO
» Desenvolver a educação moral dos alunos.
» Estimular posturas éticas e colaborativas.
» Combater a prática do bullying na escola.
» Estimular a empatia entre os alunos, ou seja, a experiência pela qual uma pessoa se identifi-
ca com outra, tendendo a compreender o que ela pensa e a sentir o que ela sente, ainda que
nenhum dos dois o expressem de modo explícito ou objetivo.
» Trabalhar todas as temáticas correlacionadas e pertinentes à Educação Infantil, com ética,
respeito, tolerância e colaboração.
» Instrumentalizar o professor para lidar com situações de bullying na escola.
» Orientar os pais a lidarem em casa com situações de bullying.
ESTE MATERIAL FOI DESENVOLVIDO PARA ATENDER CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR, POIS OS PILARES MORAIS
DEVEM SER FIXADOS DESDE CEDO.
JUSTIFICATIVA DO PROJETO
O bullying é um problema mundial que sempre existiu e vem crescendo nos últimos anos, con-
comitantemente à evolução da comunicação. O tema se tornou alvo de preocupações e tem
sido debatido pelo poder público na reformulação da Lei de Diretrizes e Bases. Os primeiros ar-
tigos do Estatuto da Criança e do Adolescente rezam sobre o direito a não ser discriminado, ao
bem-estar, ao desenvolvimento livre de suas capacidades, mas ainda não existe um consenso
sobre como garantir que esses direitos sejam respeitados em sua essência, principalmente por
outras crianças.
Alguns países vêm desenvolvendo políticas mais sólidas de prevenção e combate ao bullying,
e ONGs mundo afora têm chamado atenção para a gravidade do assunto.
Não é à toa que o bullying tem sido um assunto de interesse cada vez maior entre as escolas.
Inúmeras jurisprudências já determinaram ganho de causa em casos de processos de alunos
contra escolas no Brasil, sob a alegação de que o prejuízo moral e emocional das vítimas de
vexação não foi prevenido ou assistido pela instituição.
Mas o bullying não causa só transtornos ao alvo principal: todos os envolvidos, mesmo como
testemunhas, sofrem com essa situação, seja pelo medo de se tornar a próxima vítima, por um
pedido de socorro embutido nas entrelinhas de quem agride ou pela insegurança em relação à
forma de agir dos educadores e dos pais.
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O PAPEL DA ESCOLA
Qualquer ambiente escolar é passível de problemas de convivência. É necessário que todos
os educadores estejam conscientes e preparados para isso.
O problema é que bullying ainda é tratado como um fenômeno natural do universo infantil,
como uma brincadeira entre crianças, e por isso algumas escolas ainda desconsideram sua
gravidade. Em uma situação ideal, as turmas deveriam ser pequenas o suficiente para que as
políticas de prevenção fossem mais assertivas e as situações de bullying fossem mais facil-
mente detectadas pelo professor. Mas, infelizmente, esta não é a nossa realidade.
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“A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação ci-
dadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying
é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade”.
Lauro Monteiro Filho, fundador da Abrapia.
A escola não é só um local de ensino formal; o convívio intenso das crianças com
seus pares é, em muitos casos, seu primeiro experimento de uma vida social.
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O PAPEL DA FAMÍLIA
Inúmeros estudos apontam para a relação entre a violência na escola e o ambiente familiar. Crian-
ças tendem a repetir, mesmo que de forma velada, o comportamento que aprendem em casa.
É no ambiente familiar que a criança começa a aprender relações de confiança em si e no outro,
formas de socializar, de dialogar e negociar em casos de conflitos, tolerar frustrações, lidar com hie-
rarquias e diferenças. Pais muito autoritários ou muito permissivos podem estar ensinando, mesmo
que de maneira indireta, formas distorcidas de relações interpessoais.
Ao notar que os filhos são alvos de bullying, os pais devem, antes de mais nada, acolhê-los, tran-
quilizá-los e, em seguida, acionar a escola. Essa sensação de compreensão e amparo no núcleo
familiar é fundamental para a criança: se ela acreditar que está amparada, vai ter mais coragem
para reagir ou recorrer novamente aos familiares, caso o problema persista, e se tornará menos
propensa a acreditar nos apontamentos degradantes dos outros a seu respeito.
Já os pais que perceberem que o filho está praticando bullying precisam intervir imediatamente,
não só para interromper o ciclo tão prejudicial à vítima, mas para educar a criança para o convívio
social saudável, respeitoso e solidário. Em vez de julgar e punir arbitrariamente, reforçando indire-
tamente a crença da criança de que relacionamentos são pautados em simples imposições, devem
procurar ouvir antes, perceber a falha de entendimento da criança e explicar o significado de em-
patia. Somente dessa forma, ela se sentirá à vontade para comunicar aos pais sempre que tiver
problemas de relacionamentos e dificuldade em compreender pessoas e reações diferentes das
esperadas.
É preciso ter em mente que escola e família devem trabalhar sempre conjuntamente, e não empur-
rando o problema uma para a outra, delegando e acusando.
Em casos de bullying, a
sensação de compreen-
são e amparo no núcleo
familiar é fundamental
para a criança.
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28% dos
estudantes brasileiros já
foram vítimas de algum
tipo de violência dentro
70% dos estudantes já
presenciaram agressões entre
da escola. colegas dentro da escola.
Meninos correspondem a
2
Dados coletados em 2009 com 5.168 alunos da 5º a 8ºserie de todas as regiões do Brasil, de escolas
públicas e particulares.
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EDUCAÇÃO INFANTIL
Bullying significa agredir alguém verbal ou fisicamente, repetidas vezes, causando medo e cons-
trangimento de forma intencional. O que à primeira vista parece um simples apelido ou uma brin-
cadeira inofensiva pode gerar grandes consequências na vida de uma pessoa, como queda no
rendimento escolar, doenças psicossomáticas, mudanças em traços da personalidade, isolamento
e tragédias em casos extremos. É necessário ler, se informar, manter-se atento para poder evitar e
saber como agir em possíveis casos como esses.
3
Trecho de entrevista com Rosalind Wiseman, especialista em bullying. Texto na íntegra disponível em: http://veja.abril.com.
br/blog/ricardo-setti/tema-livre/a-especialista-em-bullying-alerta-o-pior-e-que-os-pais-sao-cumplices-dos-jovens-agressores/.
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1 cartaz pedagógico
ENSINO FUNDAMENTAL
Como ensinar às crianças como se defender sem agredir, sem atacar? Como lidar com temas tão
antigos, como o preconceito, em um mundo cada vez mais dinâmico? Essas e outras questões irão
ser respondidas nos cinco volumes dessa coleção. Pretendemos semear valores de ética e frater-
nidade, para possibilitar o florescer de uma sociedade mais igualitária e justa, onde as crianças de
hoje, serão os futuros guardiões de um mundo onde as diferenças sejam equalizadas e as diversi-
dades sejam consagradas como o mais legítimo dos direitos.
Jogos
Jogos de tabuleiros desenvolvidos especialmente para
cada volume. Por meio deles é possível trabalhar o con-
teúdo de forma lúdica e educativa.
CONCLUSÃO
Não há dúvidas de que o tema deva ser discutido, uma vez que toda criança e adolescente
tem direito a transitar por ambientes seguros e propícios a um desenvolvimento físico, mental e
emocional saudável, proporcionado por adultos que os cercam. Conhecer e debater o assunto
conjuntamente – alunos, pais, educadores e sociedade – é melhor via para encontrar a preven-
ção e possíveis soluções para o problema.
Este debate deve ultrapassar a simples discussão sobre evitar conflitos: se por um lado a
criança tem direito a um ambiente equilibrado para um desenvolvimento social, acadêmico e
emocional adequado, por outro não se pode fazer da superproteção um atalho para a disso-
lução do problema. Faz parte do amadurecimento aprender a lidar com níveis de dificuldade,
pois eles ajudarão a fortalecer a capacidade de superar frustrações e desenvolver, a partir dis-
so, autonomia, habilidade social e autoestima mais sólidas. Tudo isso vem da interação entre
os pares, e é nessa dicotomia que vivem pais e educadores: qual o limite entre a brincadeira e
a agressão? Em que momento e como intervir? Procuramos, por meio desse material, oferecer
respostas para essas perguntas e alternativas educativas mais eficazes.