Apostila Curso Básico de Libras - 120HS - Adb
Apostila Curso Básico de Libras - 120HS - Adb
Apostila Curso Básico de Libras - 120HS - Adb
BACABAL – MA
2016
SUMÁRIO
REQUISITOS NECESSÁRIOS
CARGA HORÁRIA
120 horas
20 atividades complementares e 20 aulas presenciais.
Todos nós temos direitos ao acesso à educação e demais recursos que nos são
necessários ao desenvolvimento e convívio social como ser humano, que seja portadores
ou não de necessidades especiais, Porém, ao longo da história, os Surdos sofreram a ponto
de serem julgados incapazes de desempenharem atividades inerentes a qualquer pessoa
julgada como “normal”. Os surdos foram então excluídos da sociedade e tiveram seus
direitos desrespeitados, principalmente o de acesso à educação. A história da humanidade
apresenta a surdez como um distúrbio, segundo ALMEIDA (2012, p. 22 apud Falcão, 2010,
p.21) o estigma da surdez é seguido de preconceitos e chavões que denigrem o indivíduo
por pouco. PONTES (2010, p. 11 apud, Honora, Frizanco, 2009) relata que até o século XII,
os surdos não tinham o direito ao testamento, à escolarização, e nem mesmo de
conviverem nos mesmos lugares que os ouvintes, o autor destaca que os surdos também
eram privados de construírem a sua própria família, a razão disto, segundo o autor, é que a
surdez em diversas vezes, era confundida como baixa inteligência, por ser a fala o
resultado do pensamento, com base nisso, se o surdo não falava, logo não pensava, e se o
surdo não pensava, então não poderia ser considerado humano, este conceito era
sustentado pelos gregos e romanos na época.
ALMEIDA (2012, p. 22 apud, MAZZOTA, 1996) descreve que os casamentos
sanguíneos naquela época seria uma das razões dos nascimentos de pessoas com
deficiência auditiva, pois os nobres casavam-se para não dividir a herança com estranhos.
Em virtude da falta de comunicação, os surdos, não se confessavam, e por isso suas almas
eram consideradas mortais, contundo, a igreja católica convidou monges com a finalidade
de ensinar os surdos a se comunicarem, pois os monges haviam criado uma linguagem
gestual para que não ficassem completamente incomunicáveis. Os primeiros educadores
de surdos surgiram no século XVI no Ocidente, entre eles, o italiano médico, matemático e
astrólogo, Gerolamo Cardano, que tinha um filho surdo, ele pesquisou e descobriu que a
escrita representava os sons de fala ou das ideias do pensamento e a partir dessa pesquisa
Cardano garantiu que a surdez não impedia os surdos terem instruções. Na mesma época,
uma família espanhola teve vários descendentes surdos, pelos costumes já mencionados
anteriormente, foi então que dois membros dessa família partiram para o mosteiro de Ponce
de Leon, a busca de uma educação para os surdos de sua família, onde juntos criaram a
língua de sinais. Ponce de Leon foi professor de muitos surdos e mostrou que era possível
educá-los, como prova disso, seus alunos surdos foram pessoas importantes que
dominavam Filosofia, História, Matemática e outras ciências, por isso, o educador ficou
conhecido por toda a Europa, contrariando as várias a afirmações sobre a surdez. Ao longo
da história existiram diversos educadores que se dedicaram na educação dos surdos como:
Van Helmont, Jacob R. Pereira, Jonn C. Amman, que criaram métodos diferentes de
ensino, dentre eles, a datilologia, a língua auditivo-oral nativa, e outros códigos visuais.
Segundo FERREIRA, ALCÂNTARA (2014) durante o segundo Império no Brasil
deu-se início a educação dos surdos com a vinda do educador Hernest Huet, que era
ex-aluno do Instituto de Paris, ele trouxe o alfabeto manual francês e a Língua Francesa de
Sinais. A partir de então, originou-se a Língua Brasileira de Sinais, com grande influencia da
língua francesa. Na época não havia escolas especiais, Huet solicitou ao Imperador Dom
Pedro II, um prédio para fundar, em 26 de setembro de 1857, o Instituto dos Surdos do Rio
de Janeiro que é atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES.
2. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
São aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço- visual como principal
meio de conhecer o mundo, em substituição à audição e à fala. A maioria das pessoas
surdas, no contato com outros surdos, desenvolve a Língua de Sinais. Já outros, por
viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se
comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal
preferem utilizar a língua oral (fala).
Termo técnico usado na área da saúde e, algumas vezes, em textos legais. refere-se a uma
perda sensorial auditiva. Não designa o grupo cultural dos surdos.
3.2 Surdo-Mudo
Erro social dado ao fato de que o surdo vive num ‘’silêncio” rotulado pela própria
sociedade (por falta de conhecimento do real significado das duas palavras).
Surdez: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição
Mudez: problema ligado à voz.
É apenas uma perda sensorial, por isto as pessoas com problemas de audição têm
potencialidade igual à de qualquer ouvinte. Comunicação com liberdade e segurança. Para
os surdos a língua de sinais é fundamental, pois só através dela podem se comunicar.
3.6 Surdez
Médio
Anular ou Anelar
Indicador
Mínimo
Polegar
Faça seu nome completo em libras, nome de sua cidade, nome do seu bairro, nome
da sua mãe, nome de seu pai etc..
Praticando você vai memorizar rapidamente os sinais.
Obs. Palavras compostas necessitam da utilização de um sinal que indica o espaço entre
uma palavra e outra.
Ex:
4.3 Uso do acento nas palavras.
^ ~ ´
5. Saudação Apresentação
Quando uma pessoa aprende uma língua, apreende também os hábitos culturais e
os contextos aos quais certas expressões estão vinculadas. Diante de situações como
apresentações de pessoas, cumprimentos, saudações, cerimônias religiosas, casamentos,
velórios, entre outros eventos, as pessoas assumem comportamentos distintos e se
comunicam de acordo com estas situações.
Para todas as situações há formas de expressões diferenciadas mais formais e
informais. Por exemplo, o cumprimento e saudações de duas pessoas que são amigas são
diferentes do de pessoas que são apenas conhecidas e diferente ainda de pessoas que
estão sendo apresentadas pela primeira vez.
Nesta unidade serão trabalhados contextos formais e informais, onde poderão ser
vistas expressões relacionadas a estes contextos.
Geralmente, aqui no Brasil, quando as pessoas são apresentadas umas às outras,
elas dizem seus primeiros nomes após os cumprimentos (aperto de mãos - contexto formal,
e/ou beijo(s) no rosto, contexto informal) . No mundo dos Surdos1, a pessoa, além de dizer
o nome em datilologia, ela, primeiro, se apresenta pelo seu sinal, que lhe foi dado pela
comunidade a qual faz parte.
O sinal pessoal é o nome próprio, o "nome de batismo" de uma pessoa que é
membro de uma comunidade Surda. Este sinal geralmente pode:
1 2 3 4
1 - BIGODE-LONGO / 2 - CABELOS-ENCARACOLADOS / 3 - PINTA-NA-TESTA / 4 - OLHO-AMENDOADOS
B- Representar a profissão de uma pessoa e uma característica. Por exemplo:
PROFESSORA MAGRA;
Todos nos sabemos que libras e português tem gramáticas diferentes, precisamos
respeitar suas particularidades, assim, acredito que para você desenvolver melhor sua
comunicação em libras é necessario pensarmos em 5 itens:
1º. Acreditar que você consegue.
2º. Não desistir se tiver dificuldades.
3º. Se esforçar nos estudos. Diariamente pare o que está fazendo por 15 minutos só
estudando libras assim irá perceber como os sinais serão memorizados melhor.
4º. Não tenha medo de errar. Se errar, paciência, faça novamente.
5º. Saber que qualquer língua só terá bom desenvolvimento se você usá-la.
Procure em sua cidade, lugares que tenham surdos e comece a ter contato, veja sinais que
você possa precisar futuramente:
Dicas:
1º. OI
2º. VOCÊ BEM?
3º. EU BEM!
4º. VOCÊ SAÚDE BEM?
5º. SIM/NÃO
6º. NOME SEU?
7º. NOME MEU.......
8º. IDADE SUA?
9º. IDADE MINHA
10º. BOM DIA!
11º. BOA TARDE!
12º. BOA NOITE!
13º. OBRIGADO
14º. DE NADA
15º. COM LICENÇA
16º. POR FAVOR
17º. VOCÊ QUERER AJUDA?
18º. VOCÊ PODE ME AJUDAR?
19º. VOCÊ PRECISAR AJUDA?
20º. EU PODER CONVERSAR VOCÊ?
21º. EU APRENDER LIBRAS
22º. CALMA, NÃO-ENTENDER SINAL DE-NOVO.
23º. EU FAZER CURSO LIBRAS
24º. EU OUVINTE
25º. VOCÊ SURDO?
26º. VOCÊ MORAR ONDE?
27º. VOCÊ TRABALHAR ONDE?
28º. VOCÊ ESTUDAR ONDE?
29º. VOCÊ MORAR JUNTO PESSOA QUEM?
30º. SINAL SEU?
31º. MEU SINAL
32º. DESCULPAR, ESQUECER SINAL
33º. NÃO CONHECER SINAL. POR-FAVOR, SOLETRAR.
34º. VOCÊ SURDO COMO?
35º. FAMÍLIA SUA SURDOS QUANTOS?
36º. VOCÊ TER FACEBOOK?
37º. VOCÊ TER SKYPE?
38º. NÚMERO CELULAR SEU?
39º. VOCÊ PODE ME-ENSINAR LIBRAS?
40º. EU GOSTAR VOCÊ!
41º. VOCÊ LEGAL!
42º. VOCÊ RESPEITO TER!
43º. VOCÊ IR IGREJA QUAL?
44º. VOCÊ GOSTAR FUTEBOL (TIME) QUAL?
45º. VOCÊ TER NAMORADO(A)?
46º. VOCÊ CASADO(A)?
47º. VOCÊ SOLTEIRO(A)?
48º. VOCÊ PRECISAR CALMA!
49º. POR-FAVOR, NERVOSA(A) NÃO!
50º. VOCÊ PROBLEMA? O QUE ACONTECER?
Saudações
CUMPRIMENTOS
BO@ NOITE
SITUAÇÃO FORMAL: SITUAÇÃO INFORMAL
A) TCHAU
6. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente na
comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na mesma área
geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas orais, pois
foram produzidas dentro das comunidades surdas.
A Língua de Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica
(BSL), que difere, por sua vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF). Ex. :
NOME
ASL LIBRAS
MAS
CONVERSAR
AVIÃO
SEMANA
1º 2º 3º
BRANCO
1º 2º 3º
7. ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE
TELEFONE BORBOLETA
Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada
sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas através de seus
próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993) conforme os exemplos
abaixo :
ÁRVORE
LIBRAS LSC
CASA
LIBRAS ASL
7.2 Sinais Arbitrários
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que
representam. Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente
entre significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais
não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, conceitos abstratos. Isto
não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também podem ser representados,
em toda sua complexidade.
Ex.:
CONVERSAR DEPRESSA
PESSOA PERDOAR
8. ESTRUTURA GRAMATICAL
A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que
estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Três são seus parâmetros
principais ou maiores: a Configuração da(s) mão(s)-(CM), o Movimento - (M) e o Ponto de
Articulação - (PA); e outros três constituem seus parâmetros menores: Região de
Contato, Orientação da(s) mão(s) e Disposição da(s) mão(s).(FERREIRA BRITO, 1990)
Os parâmetros principais são :
a) configuração da mão (CM)
b) ponto de articulação (PA)
c) movimento (M)
VELHO
TELEFONE BRAN CO
CM [Y] CM [B ]
VEADO ONTEM
CM [5] CM [ L]
8.2 Configurações de mão da libras
b) Ponto de articulação (PA): é o lugar do corpo onde será realizado o sinal.
Ex.:
LARANJA APRENDER
c) Movimento (M) : é o deslocamento da mão no espaço, durante a realização do sinal.
Ex.:
GALINHA HOMEM
d) Direcionalidade do movimento
TIPOS DE MOVIMENTOS
a) movimento retilíneo:
ENCONTRAR ESTUDAR PORQUE
b) movimento helicoidal:
c) movimento circular:
d) movimento semicircular :
f) movimento angular:
a) Disposição das mãos : a realização dos sinais na LIBRAS pode ser feito com a mão
dominante ou por ambas as mãos.
Exemplos:
NOME ME@ M-A-R-I-A
El@ PROFESSOR.
EL@ PROFESSOR
Exemplos:
NOME QUAL? (expressão facial interrogativa feita simultaneamente ao sinal QUAL)
NOME? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal NOME)
VOCÊ CASAD@?
VOCE CASAD@
Exemplos:
EU VIAJAR RECIFE, BO@! BONIT@ LÁ! CONHECER MUIT@ SURD@
CARRO BONIT@!
CARRO BONIT@
Exemplos:
BLUSA FEI@ COMPRAR NÃO,
EU OUVIR NÃO
EU OUVIR NÃO
GOSTAR GOSTAR-NÃO
Exemplos:
GOSTAR-NÃO CARNE, PREFERIR FRANGO, PEIXE;
EU TER-NÃO CARRO;
c- com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que está
sendo negada ou juntamente com os processos acima:
PODER PODER-NÃO
Exemplo:
EU VIAJAR PODER-NÃO.
CASAD@ EU NÃO
FORMA EXCLAMATIVA/INTERROGATIVA:
•VOCE CASAR?!
VOCE CASAR
10. COMPONENTES NÃO MANUAIS
Além desses parâmetros, a LIBRAS conta com uma série de componentes não
manuais, como a expressão facial ou o movimento do corpo, que muitas vezes podem
definir ou diferenciar significados entre sinais. A expressão facial e corporal podem traduzir
alegria, tristeza, raiva, amor, encantamento, etc., dando mais sentido à LIBRAS e, em alguns
casos, determinando o significado de um sinal.
Ex.:
O dedo indicador em [G] sobre a boca, com a expressão facial calma e serena,
significa silêncio ; o mesmo sinal usado com um movimento mais rápido e com a
expressão de zanga, significa uma severa ordem: Cale a boca!.
A mão aberta, com o movimento lento e com expressão serena, significa calma
; o mesmo sinal com movimento brusco e com expressão séria, significa pára.
PORTUGUÊS LIBRAS
A LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, porque ela
tem gramática diferenciada, independente da língua oral. A ordem dos sinais na construção
de um enunciado obedece regras próprias que refletem a forma de o surdo processar suas
idéias, com base em sua percepção visual-espacial da realidade. Vejamos alguns
exemplos que demonstram exatamente essa independência sintática do português :
Exemplos:
Cl [V] para pessoas (uma pessoa andando, duas pessoas andando juntas,
pessoas paradas). A orientação da palma da mão é, também, um componente
importante, pois pode diferenciar o sentido do sinal a depender da direção
para onde estiver voltada em relação ao corpo;
Cl: [Y] pessoas gordas, veículos aéreos (avião, helicóptero), objetos altos
e largos, de forma irregular (jarra, pote, peças decorativas, bomba de
gasolina, lata de óleo, gancho de telefone, bule de café ou chá, sapato de
salto alto, ferro, chifre de touro ou vaca);
Cl: [F] objetos pequenos e finos (botões, moedas, palitos de fósforos, asa de xícara);
Cl: [As] buque de flores, faca, carimbo, sacola, mala, guarda-chuva, caneca ou chopp,
pedaço de pau, etc. (funciona como parte do verbo e representa o objeto que se moveu ou
é localizado).
Em alguns casos, quando ao sinal acrescenta-se outro, o mesmo passa a ter outro
significado.
Ex: pílula
LIBRAS PORTUGUÊS
PÍLULA^CALMA = “calmante”
MÉDIC@^SEXO = “ginecologista’
MÉDIC@^OLHO = “oftamotologista”
MÉDIC@^CRIANÇA = “pediatra”
MÉDIC@^CORAÇÃO = “cardiologista”
RETÂNGULO^CONSTRUÇÃO = “tijolo”
RETÂNGULO^DINHEIRO = “cédula”
RETÂNGULO^CARTA = “envelope”
b) Sinais compostos por categorias: para classificar um sinal por categoria ou por grupo,
acrescentamos à palavra-núcleo o sinal VARIADOS.
Ex.:
MAÇÃ^VARIADOS = “frutas”
COR^VARIADOS = “colorido”
COMER^VARIADOS = ‘alimentos”
LEÃO^VARIADOS = “animais”
Adjetivos: são sinais que apresentam-se na forma neutra, não havendo, portanto,
nem marca para gênero (masculino e feminino) e nem para número (singular e plural).
Geralmente, aparecem na frase após o substantivo que qualificam.
Ex.: GAT@ PEQUEN@ COR BRANC@ ESPERT@
“O gato é pequeno, branco e esperto.”
Ordinais: do primeiro até o nono tem a mesma forma dos cardinais, mas os ordinais
possuem movimento enquanto que os cardinais não possuem.Os ordinais do 1 º ao 4 º
têm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do 5 º até o 9 º têm movimentos para
os lados. A partir do numeral dez não há mais diferenças.
13.1 POLISSEMIA
CADEIRA / SENTAR
AÇÚCAR / DOCE / GUARDANAPO
Quando se divide um sinal para estudá-lo, os cinco parâmetros, como foi visto na
unidade 4, podem ser também comparados a "pedacinhos" de um sinal porque, não em
todos, mas em muitos sinais, eles têm significados, são morfemas que se juntam ao radical
do sinal em determinados contextos, assim:
atenção aten ão
2pOLHAR1s 1sOLHAR1s ç 1sOLHARdesdenhosamente
d- O Ponto de articulação pode ser uma marca de concordância verbal com o locativo -
adjunto adverbial de lugar, como será visto também mais abaixo.
e- A Orientação da(s) mão(s) pode ser uma concordância verbal número-pessoal, como se
verá também mais abaixo; um advérbio de tempo.
Exemplos: ANO, ANO-PASSADO.
Exemplos:
EX:
a) TRABALHARmuito, CONSEGUIR DINHEIRO MAIS
"Trabalhei muito e consegui dinheiro a mais" (ACRÉSCIMO)
b) 2 MAIS 2 "Dois mais dois" (SOMA)
c) QUE-ISSO?! VOCÊ VESTIDO CHIQUE MAIS!
" O que é isso?! Você está com um vestido chique demais! (EXAGERO)
d) QUERER MAIS! - "Quero mais!" (DE NOVO)
e) VOCÊ MAIS BONIT@. - "Você é a mais bonita"(SUPERLATIVO)
f) MAIS PRÁ-LÁ - "Mais prá lá!" (Mais pra lá)
g) CASA DISTÂNTE CHEGAR JÁ? NÃO FALTA MAIS AINDA
Casa distante já chegamos? Não ainda falta mais (FALTAR-MAIS)
17. OS PARÂMETROS TAMBÉM PODEM SER MORFEMAS NA LIBRAS
Exemplo:
"O carro bateu em uma pessoa";
............................
CARRO veículo (md) veículo k' kveículo COLIDIRpessoa
pessoa (me)
b- o ponto de articulação pode ser uma marca de concordância verbal com o advérbio de
lugar.
Exemplo:
"Eu coloco o copo na mesa";
TRABALHAR TRABALHAR-continuamente
Um advérbio de modo:
TRABALHAR TRABALHAR-muito
ANO ANO-PASSADO
1-QUEM
EU
Primeira Pessoa do Plural: NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS/NÓS-TOD@
NOS-2 NOS-3
NÓS-4 NÓS/NÓS-TOD@S
segunda pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): VOCÊ, VOCÊ-2, VOCÊ-3
VOCÊ-4, VOCÊ-GRUPO, VOCÊS/VOCÊS-TOD@S;
VOCÊ
VOCÊS-2 VOCÊS-3
VOCÊS-4 VOCES/VOCES-TOD@S
VOCÊS-GRUPO
terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4,
EL@S-GRUPO, EL@S/EL@S-TOD@S
EL@
EL@S/EL@S-TOD@S EL@S-GRUPO
No singular, o sinal para todas as pessoas é o mesmo, o que difere uma das outras é
a orientação da mão: o sinal para "eu" é um apontar para o peito do emissor (a pessoa que
está falando), o sinal para "você" é um apontar para o receptor (a pessoa com quem se fala)
e o sinal para "ele/ela" é um apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para
um lugar convencionado para uma terceira pessoa que está sendo mencionada.
No dual, a mão ficará com o formato do numeral dois (quantidade), no trial o formato
será do numeral três (quantidade), no quatrial, o formato será do numeral quatro
(quantidade). Para o plural há dois sinais: um sinal composto, formado pelo sinal para a
respectiva pessoa do discurso (1a, 2a. 3a), mais o sinal GRUPO; e outro sinal para plural
que é feito pela mão predominante com a configuração em "d", fazendo um semicírculo à
frente do sinalizador, apontando para as 2as pessoas ou 3as pessoas do discurso.
Como na língua portuguesa, na Libras, quando uma pessoa surda está
conversando, ela pode omitir a primeira pessoa porque, pelo contexto, as pessoas que
estão interagindo sabem a qual das duas o contexto está relacionado, por isso, quando esta
pessoa está sendo utilizada pode ser para dar ênfase à frase.
Quando se quer falar sobre uma terceira pessoa que está presente, mas deseja-se
uma certa reserva, por educação, não se aponta para esta pessoa diretamente. Nesta
situação, o enunciador faz um sinal com os olhos e um leve movimento de cabeça para a
direção da pessoa que está sendo mencionada, ou aponta para a palma da mão
encostando o dedo indicador da mão esquerda na mão direita um pouco à frente do peito do
emissor, estando o dorso desta mão direita voltada para a direção aonde se encontra a
pessoa referida.
Diferentemente do Português, os pronomes pessoais na terceira pessoa não
possuem marca para gênero (masculino e feminino).
1- LIVRO ONDE?
R: AQUEL@ MULHER SENTAD@ MESA EM-CIMA É.
2- AH! CANETA ONDE?
R: VER HOMEM EM-PÉ CANETA PENDURAR-BOLSO É!
3- AQUEL@ AH! AQUI FRI@muito
4- BANHEIRO ONDE?
R- ESQUERD@ ENTRAR SÓ.
5- AH! CERTO! S-A-L-A REUNIÃO ONDE?
R- EM-CIMA SEGUND@-ANDAR.
6- EM-CIMA? AH!
R- ALI FRI@ A-R.
AQUI AI LA
19.4 Pronomes possessivos
Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é a mão
aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a
configuração da mão em P com o dedo médio batendo no peito - MEU-PRÓPRIO. Para as
segunda e terceira pessoas, a mão tem esta segunda configuração em P, mas o movimento
é em direção à pessoa com que se fala (segunda pessoa) ou está sendo mencionada
(terceira pessoa).
Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quadrial e plural
(grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes. Exemplo:
NÓS FILH@ "nosso(a) filho(a)"
QUANDO e D-I-A
interrogativo
QUANDO-PASSADO
interrogativo
EL@ VIAJAR RECIFE QUANDO-PASSADO?
Respostas: ONTEM, MÊS PASSADO, ANO-PASSADO.
interrogativo interrogativo
QUANDO-FUTURO ou D-I-A
interrogativo
_____________________________________@ VIAJAR SÃO-PAULO
QUANDO-FUTURO?
Respostas: AMANHÃ, PRÓXIM@ MÊS, DOMINGO.
interrogativo
D-I-A
interrogativo
EU CONVIDAR VOCÊ VIR ME@ CASA. VOCÊ PODER D-I-A?
Resposta: SÁBADO QUE-VEM, EU PODER.
D-I-A/QUANDO: PERGUNTAS
1) EL@ VIAJAR SÃO-PAULO D-I-A?
2) VOCÊ VIR CASA VOCÊ PODER D-I-A?
3) EL@ VIAJAR RECIFE D-I-A PASSAD@?
4) VOCÊ JÁ IR PRAIA?
5) D-I-A PASSAD@?
NINGUÉM (acabar)
TER-NÃO NINGUÉM CASA.
não
NENHUM
VOCÊ TER CARRO? EU, NENHUM CARRO
VOCÊ TER GAT@?
EU, ME@ CASA NENHUM .
NENHUM-POUQUINHO
EL@ COMER TUD@ TER-NÃO NENHUM-POUQUINHO
MAIORIA MINORIA
20. ADVÉRBIOS
Exemplos:
Estas expressões geralmente são utilizadas nesse contexto de ano sideral e, por
isso, é bom conhecê-las:
• QUANT@-VEZ?
• 1-VEZ / 2-VEZ / 3-VEZ / 4-VEZ
• MUIT@S-VEZ.
• 1-VEZ Diferente de : PRIMEIR@ - VEZ
PRIMEIR@
PRIMEIRAMENTE
ULTIM@ ULTIM@
SI (SE)
Na Libras, a frase na forma condicional é iniciada por um sinal soletrado S-I que
estabelece essa relação de condição:
a) VOCÊ IR PRAIA HOJE?
b) SI CHOVER NÃO, EU IR.
a) VOCÊ QUER COMPRAR CARRO ME@?
c) SI DINHEIRO CONSEGUIR, 1sAVISAR2s.
Exemplos:
(1) VOCÊ ESTUDAR AINDA INES?
afirmativamente
EU CONTINUAR.
(2) EL@ SEMPRE FALAR MESM@AIGUAL.
.......negação.........
(3) TDD DIFERENTE EU NUNCA-VI. EU CONHECER- NÃO! EXPRESSÕES e
N-U-N-CA^VI N-U-N-C-A-V-I
MESM@AIGUAL MESM@-LUGAR
a- LONGE / PERTO
LONGE PERTO
b- LONGEmuito-longe / PERTO
LONGEmuito
PERTO
d- LONGE / PERTO
Como nesta unidade será trabalhada a temática "Ano Sideral" que engloba as hora,
os dias, os meses e os anos", além de um vocábulo relacionado a esse calendário sideral,
serão ensinadas também várias expressões que são peculiares à Libras.
Nesta língua, há dois sinais diferentes para a idéia "dia": um sinal relacionado a dia
do mês, que é o sinal soletrado D-I-A, e o sinal DIA-INTEIRO que traz a idéia de duração
(configuração de mão "b", com movimento semi-circular em frente ao dorso do enunciador)
Exemplos:
Os numerais de 1 a 4 podem ser incorporados aos sinais DIA (duração), SEMANA, MÊS
e VEZ, Exemplos:
Esta construção pode ser usada somente para os numerais inferiores a 5. A partir do
numeral 5, não há mais incorporação e a construção utilizada é formada pelo numeral
seguido do sinal ou do sinal seguido do numeral.
DIA 5 "5 dias DIA 10 "10 dias" MÊS 5 "5 meses" MÊS 10 "10 meses
Aos sinais DIA (duração) e SEMANA podem ser incorporadas também a frequência
e a duração através de um movimento prolongado.
Exemplos:
SEMANA 1 SEMANA 3
23. NUMERAIS
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando utilizados
como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou mês, horas e
valores monetários. Isso também acontece na Libras. Nesta unidade e nas seguintes, serão
apresentados os numerais em relação às situações mencionadas acima.
É erro o uso de uma determinada configuração de mão para o numeral cardinal sendo
utilizada em um contexto onde o numeral é ordinal ou quantidade, por exemplo: o numeral
cardinal 1 é diferente da quantidade 1, que é diferente do ordinal PRIMEIR@, que é
diferente de PRIMEIRO- ANDAR, que é diferente de PRIMEIRO-GRAU, que é diferente de
MÊS-1. Estas diferenças serão trabalhadas nas unidades deste livro.
Os numerais ordinais do PRIMEIRO até o NONO têm a mesma forma dos cardinais,
mas aqueles possuem movimentos enquanto estes não possuem. Os ordinais do
PRIMEIRO até o QUARTO têm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do
QUINTO até o NONO têm movimentos para os lados. A partir do numeral DEZ, não há mais
diferença entre os cardinais e ordinais. Observe os exemplos no DVD e fique sempre atento
quando for utilizá-los.
ULTIM@ ULTIM@
Para valores de um mil até nove mil também há a incorporação do sinal VÍRGULA,
mas aqui o movimento desta incorporação é mais alongando do que os valores anteriores
(de 1 até nove reais). Podem ser usados também, para esses valores acima, os sinais dos
numerais correspondentes seguidos de PONTO.
Para valores de um milhão para cima, usa-se também a incorporação do sinal
VÍRGULA com o numeral correspondente, mas aqui o movimento rotativo é mais alongado
do que em mil. Pode-se notar uma gradação tanto na expressão facial como neste
movimento da vírgula incorporada que ficam maiores e mais acentuados: de 1 a 9 < de
1.000 a 9.000 < de 1.000.000 a 9.000.000.
Quando o valor é centavo, o sinal VÍRGULA vem depois do sinal ZERO, mas na
maioria das vezes não precisa usar o sinal ZERO para centavo porque o contexto pode
esclarecer e os valores para centavos ficam iguais aos numerais cardinais.
NOTA MOEDA/CENTAVO
MIL CINCO-MIL DEZ MIL UM-MILHÃO
Na Libras, o verbo "IR" possui uma forma neutra, como a maioria dos verbos da
Libras, mas possui também formas que marcam flexões pessoais que podem ser
empréstimos da forma verbal em português, representadas através de sinais soletrados ou
do uso do parâmetro - direcionalidade para: V-A-I e V- O-U; 1sIR2s e 2sIR1s:
IR V-A-I V-O-U
Exemplos:
a) VOCÊ IR TRABALHAR? V-A-I?
b) EU IR aceno de cabeça afirmativamente
ou
EU V-O-U aceno de cabeça afirmativamente
• Locomoção:
Exemplos
coisa-planaCAIR coisa-fina-e-longaCAIR
pessoaANDAR pessoaANDAR/MOVER
3.Verbos que possuem concordância com a localização. São verbos que começam
ou terminam em um determinado lugar que se refere ao lugar de uma pessoa, coisa, animal
ou veículo, que está sendo colocado, carregado, etc. Portanto, o ponto de articulação
marca a localização. Alguns desses verbos podem ter também outra marca de con-
cordância, como o verbo COLOCAR que é também um verbo classificador.
Exemplos:
1 - ENVIAR:
2- PROCURAR:
PROCURAR
Exemplos:
Vou passar sua roupa.
Ônibus número 583 passa na sua casa.
Ela passou na minha frente.
Ontem você já passou o fax para seu amigo? Ele estava te aguardando.
4 - AVISAR:
Exemplos:
Eu já avisei, que precisava sair!
O meu chefe me avisou que terá aumento de salário.
O meu amigo que trabalha comigo já recebeu o Aviso Prévio.
5 - INFORMAR:
INFORMAÇÕES INFORMAR/DIVULGAR
Exemplos:
Vou procurar informações sobre o curso de LIBRAS na FENEIS.
A Diretoria da FENEIS informou aos funcionários o novo horário.
6 - RECEBER
Exemplos:
Você recebeu e leu a mensagem do celular.
Ele recebeu o pagamento salário
7 - APOSENTAR
RECECEBER-APOSENTADORIA/APOSENTAR APOSENTADORIA/APOSENTAD@
Ele aposentou há pouco tempo.
Eu recebo o meu dinheiro da aposentadoria
8 – ESPERAR
9 – ACABAR
Exemplos:
O trabalho já acabou?
O namoro deles acabou.
Não quero saber! Acabou!
A comida acabou! A água acabou!
10- ADMITIR
11 – FICAR
Exemplos:
Fiquei muito tempo aqui.
Ela ficou quieta.
Passou mal e resolveu ficar em casa.
12 – SAIR
Exemplos:
Ela saiu do emprego.
Paulo saiu com a amiga dele.
Ele saiu há muito tempo. Foi ao banco.
13 – PEDIR
PEDIR
Exemplo:
É feio sempre pedir coisas.
14 – COMEÇAR
15 - APROVAR
APROVAR/PASSAR/CONSEGUIR APROVAR/LIBERAR
Exemplos:
Fui aprovada!
O pagamento foi aprovado.
16 - REPROVAR
17 – CANCELAR
Essa variação linguística não existe em LIBRAS. Pois não há necessidade. Porém,
em alguns casos necessário se faz um empréstimo linguístico e usamos o verbo "é" para
representar. Por exemplo,a seguinte frase: Ela é minha namorada. Em LIBRAS sinalizamos
" EL@ NAMORAD@ MEU. O "é" derivado do "ser" não tem relevância durante o processo
sinalizado. Outro exemplo: Ele deve ser muito forte. Em LIBRAS sinalizaríamos: EL@
PARECER FORTEmuito. Assim transmite a idéia com equivalência sem que utilize o
empréstimo linguístico "é". Porém as vezes, em alguns casos onde existem surdos
oralizados sinalizam o "É" fazendo: letra " E + ´ " no ar, ou em outras vezes, apenas a
acentuação também no espaço neutro frente ao peitoral. Todavia, esse sinal é muito
“portuguesado”. E os surdos puros não assim usam.
Já o verbo "Estar" existe. Porém, ele só é sinalizado quando significa Estar de
permanência em um lugar. Por exemplo: Minha mãe estar em casa, em LIBRAS fazemos:
MAE MEU CASA ESTAR. O sentido abstrato como, " Ela estar bem", não usamos. Pois o
verbo estar sinalizado se refere a localização e não a estado de sentir.
As outras ordens que restam das combinações sujeito, verbo e objeto são consideradas
inaceitáveis.
Organização das frases em Libras
Português:
EU COMI ARROZ E SALADA
LIBRAS
Ex. 1
Libras
Sujeito objeto/ o que? Verbo/ação
EU ARROZ SALADA COMER
Ex. 2
Objeto/ o que? Sujeito Verbo/ação
ARROZ SALADA EU COMER
Ex. 3
Sujeito Verbo/ação Objeto/ o que?
EU COMER ARROZ SALADA
Exemplos:
1- QUE-HORA?
AULA COMEÇAR QUE-HORA AQUI?
VOCÊ TRABALHAR COMEÇAR QUE-HORA?
AULA TERMINAR QUE-HORA?
VOCÊ ACORDAR QUE-HORA?
VOCÊ DORMIR QUE-HORA? HORA/QUE-HORA
interrogativa
2-QUANTAS-HORAS?
•VIAJAR SÃO-PAULO QUANTAS-HORAS?
•TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS?
HORA/QUANTAS-HORAS
Os adjetivos são sinais que formam uma classe específica na Libras e sempre estão
na forma neutra, não havendo, portanto, nem marca para gênero (masculino e feminino),
nem para número (singular e plural).
Muitos adjetivos, por serem descritivos, apresentam iconicamente uma qualidade do
objeto, desenhando-a no ar ou mostrando-a a partir do objeto ou do corpo do emissor.
Em português, quando uma pessoa se refere a um objeto como sendo arredondado,
quadrado, listrado, entre outros, está também descrevendo mas, na Libras, esse processo
é mais "transparente" porque o formato ou textura são traçados no espaço ou no corpo do
emissor, em uma tridimensionalidade permitida pela modalidade da língua.
Em relação à colocação dos adjetivos na frase, eles geralmente vêm após o
substantivo que qualifica. Seguem, abaixo, alguns exemplos de adjetivos na Libras:
Frases:
Em Libras, também, pode ser comparada uma qualidade ou uma ação a partir de
três situações: superioridade, inferioridade e igualdade.
Para expressões comparativas de superioridade e inferioridade, usa-se os sinais
MAIS e MENOS antes do adjetivo comparado, seguido da conjunção comparativa
DO-QUE, ou seja: comparativo desuperioridade: XMAIS —ADJ.—
DO-QUE Y;
comparativo deinferioridade:X MENOS —ADJ.— DO-QUE Y.
Para ações, as expressões comparativas vêm após o verbo, ou seja: comparativo de
superioridade: X VERBO MAIS DO-QUE Y;
comparativo deinferioridade:X VERBO MENOS DO-QUE Y;
Essa expressão comparativa "do que" tem flexão para as pessoas do discurso e, por
isso, a orientação para aonde o sinal aponta indicará a segunda pessoa/objeto/animal
comparados.
Para o comparativo de igualdade, podem ser usados dois sinais: IGUAL (dedos
indicadores e médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos em B,
viradas para frente encostadas lado a lado), geralmente no final da frase.
Exemplos:
(1) VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@
(2) VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@
(3) VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me)
IGUAL (md)
(4) VOCÊ COMER MAIS 2SDO-QUE1S EU
(5) ELE FUMAR MENOS 3SDO-QUE2S VOCÊ
GRAU COMPARATIVO
2SDO-QUE1S 1SDO-QUE2S
SINAIS BÁSICOS - ILUSTRADOS
Sinais relacionados a transações comerciais e bancárias
Estações do ano
PRIMAVERA VERÃO
OUTONO INVERNO
Pontos cardeais
NORTE
OESTE LESTE
SUL
Verbos
Antonimos
AFFONSO, José Tavares Silva; JANNINE, Thamirys dos Anjos Marily Oliveira Barbosa.
Desafios do instrutor de libras no processo da aquisição da linguagem por crianças
surdas. 2014. 12 f. VII Encontro de pesquisa em educação de Alagoas. 2014.
AMARAL, João J. F. Como fazer uma pesquisa bibliográfica. 2007. 25f. Universidade
Federal do Ceará. 2007
FERREIRA, Letícia Couto; ALCÂNTARA, Juliana Silveira Rubio. Libras: uma análise
histórica na perspectiva da educação inclusiva. 2014. 16 f. Revista Eletrônica Saberes
da Educação – Volume 5 – nº 1 – 2014
PEREIRA, Jusiany da Cunha dos Santos; SILVEIRA, Ana Maria. A inclusão de alunos
com surdez e as contribuições das salas de recursos municipais de Ji-Paraná. 2011.
14 f. Ji-Paraná-RO. 2011
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dos.html?m=1 > acessado em 23/03/2016