Resumo FQ
Resumo FQ
Resumo FQ
eletromagnéticos que estão na sua origem. Um campo é uma região do espaço em que se
verifica a ação de uma dada força; no caso do campo elétrico, essa força será uma força
elétrica.
Qualquer carga elétrica, ao ser colocada num qualquer ponto do espaço, interage com
outras cargas. A carga elétrica pode ela própria criar um campo ou situar-se num campo
criado por outras cargas. Dado que cargas de igual sinal se repelem e cargas de sinal
oposto se atraem, importa definir uma grandeza física que identifique o campo elétrico,
independentemente das cargas existentes nos diversos pontos.
O campo elétrico é uma grandeza vetorial e define-se, em cada ponto, por uma força
elétrica que atua numa carga de prova (q = 1 C), colocada num ponto do espaço.
A direção da força que atua entre as cargas é a do segmento de reta que as une, mas o
sentido depende da interação entre ambas ser repulsiva ou atrativa, tal como mostra a
figura seguinte:
O campo elétrico é tanto maior quanto maior for a carga que o cria e tanto menor quanto
maior for a distância a essa carga; aponta para a carga se aquela for positiva e em sentido
contrário se for negativa.
Quanto mais intenso for o campo elétrico, maior será a densidade de linhas de campo.
Estas linhas são paralelas, no caso do campo elétrico ser uniforme – é o que acontece num
campo elétrico estabelecido entre duas placas metálicas paralelas com iguais cargas mas
de sinal contrário.
Se, por outro lado, tivermos duas cargas elétricas, uma negativa e outra positiva, é
possível estabelecer um dipolo elétrico.
CAMPO MAGNÉTICO
Esta experiência foi realizada, pela primeira vez, em 1820 por Oersted. Oersted
observou que a agulha magnética de uma bússola se movimentava ao ser aproximada
de uma corrente elétrica, tal como acontecia caso se aproximasse um íman.
Oersted concluiu assim que uma corrente elétrica origina um campo magnético.
O campo magnético, B⃗, é uma grandeza física vetorial cuja unidade do Sistema
Internacional (S.I.) é o tesla (T), em homenagem ao físico Nikola Tesla. Esta unidade
equivale a 𝑁𝐴−1 𝑚−1 e é definida como a intensidade de um campo magnético uniforme
quando um fio condutor de 1 metro de comprimento, colocado perpendicularmente às
linhas de campo e sujeito a uma força de intensidade igual a 1 N, é percorrido por uma
corrente de 1 ampere de intensidade.
As linhas de campo magnético são extremamente importantes na descrição do campo
magnético, tendo sido referenciadas, pela primeira vez, por Michael Faraday, quando
este visualizou o espetro magnético de um íman. Estas linhas possuem características
próprias:
No caso de um íman, observa-se ainda que as linhas saem do polo norte e entram no
polo sul. Ao contrário do campo elétrico, são necessários os dois polos para visualizar as
linhas de campo, enquanto no campo elétrico basta ter uma carga, positiva ou negativa.
Conclui-se assim que se o íman estiver muito afastado da espira, o campo magnético é
pouco intenso nas proximidades da espira e, por isso, as linhas de campo que
atravessam a espira são poucas, o que faz com que a corrente de indução detetada seja
fraca.
Por outro lado, quanto mais perto estiver o íman da espira, maior é o número de linhas
de campo que a atravessam por área de superfície, o que provoca uma indução
magnética mais intensa e, consequentemente, uma corrente de indução muito mais
forte.
Para traduzir os efeitos relacionados com o número de linhas de campo que atravessam
uma dada área, utiliza-se o conceito de fluxo
magnético, que é uma grandeza física representada
pela letra grega ϕ.
O fluxo magnético que atravessa a área da espira condutora é dado pelo produto entre
a componente do vetor campo magnético, perpendicular à superfície, e a área A. A
componente do vetor campo magnético é B cos α , pelo que, matematicamente, o fluxo
magnético é dado por: ϕ = B A cos α
A expressão anterior permite concluir ainda que é possível ter fluxo magnético máximo,
mínimo ou nulo, de acordo com a orientação da superfície da espira condutora no
campo magnético (o valor do cosseno varia entre –1 e +1 conforme os valores do ângulo
α se situam entre os 0º e os 180º).
Resumindo:
Indução magnética
Ao variar o número de linhas de campo magnético que atravessa uma dada área, varia
a intensidade da corrente induzida.
Podemos assim afirmar que a variação de campo magnético no primeiro circuito, pelo
estabelecimento e interrupção do circuito, induz uma corrente elétrica no segundo.
A produção de uma corrente de indução num circuito elétrico fechado, quando nele se
observa uma variação de fluxo magnético que atravessa a superfície definida pelos
condutores desse circuito, constitui a indução eletromagnética.
A lei de Faraday relaciona a força eletromotriz induzida num circuito com o fluxo
magnético variável que o atravessa, num intervalo de tempo:
𝛥𝜙
|𝜀| = | |
𝛥𝑡
A força eletromotriz induzida num circuito é igual à variação do fluxo magnético, por
unidade de tempo, e inversamente proporcional ao intervalo de tempo durante o qual
se verifica essa variação de fluxo.