Aula 10 - Cáculo Do Número N

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 59

CÁLCULO DO NÚMERO N

PROFESSORA: SHIRLEY MINNELL FERREIRA DE OLIVEIRA


1 TRÁFEGO
 Quanto ao tráfego previsto, o pavimento é dimensionado em função do número
equivalente de operações de eixo padrão durante o período de projeto escolhido.
N = 365 x Vm x P x (FC) x (FE) x (FR).
 Onde:
Vm = volume médio de tráfego no sentido mais solicitado, no ano médio do período
de projeto;
P = período de projeto ou vida útil, em anos;
FC = fator de carga;
FE = fator de eixo;
FV = FC x FE = fator de veículo;
FR =fator climático regional
1.1 Cálculo do Vm

Para o cálculo de Vm, é necessário adotar uma taxa de crescimento


de tráfego para o período de projeto. Essa taxa de crescimento
deve levar em conta o crescimento histórico do tráfego da via a ser
pavimentada ou, no caso de uma via nova, da contribuição das vias
existentes que atendem à mesma ligação. A esse tráfego atraído ou
desviado, deve-se somar o tráfego gerado, ou seja, o tráfego que
passa a existir devido às melhores condições oferecidas pela
pavimentação.
 De uma forma simplificada, podem-se admitir
dois tipos de crescimento de tráfego:
crescimento linear e crescimento geométrico ou
exponencial.
CRESCIMENTO LINEAR
 Chamando de V1 o tráfego no sentido mais solicitado, no
primeiro ano do período de projeto – primeiro ano de
operação do pavimento – e Vp o tráfego no mesmo sentido, no
último ano desse período, tem-se:
Vm = (V1 + Vp) / 2
Chamando de TDM0 o tráfego diário médio de tráfego atual –
período dos estudos e da construção -, o tráfego no sentido mais
solicitado será:
V0 = TDM0 x D/100
Em que D é a porcentagem do tráfego no sentido dominante, ou
seja, no sentido mais solicitado.
 Quando o tráfego se distribui de maneira uniforme – em vias de duas
faixas de tráfego e duas mão de direção – em ambas as direções, ou
seja, D = 50%, tem-se:

V0 = TDMo/2

Chamando de P o número de anos necessários para a execução das obras


de pavimentação e assim, para se atingir o primeiro ano de operação, que
é o primeiro ano do período de projeto, o tráfego nesse ano será:

V1 = V0 x [1 + (p x t/100)]
Onde:
t = taxa de crescimento linear do tráfego, em porcentagem ao ano.
Para p = 1 ano: V1 = V0 x [1 + (t/100)]
 O tráfego no ano P – último ano do período de projeto –
será:
Vp = V1 x [1 + ( p x t/100)]

E o tráfego, no período de projeto P, no sentido mais


solicitado, que é o volume total de tráfego nesse período
e nessa direção, será:

Vt = 365 x Vm x P

Vt representa, assim, o tráfego que realmente deve


solicitar o pavimento, no período de projeto, no sentido
mais solicitado, segundo as previsões.
EXEMPLO
 Seja um TDM0 = 800 veíc./dia, com 60% dos veículos no sentido mais solicitado, numa
via de duas faixas e duas mãos – 2 fsm.
Taxa de crescimento linear do tráfego t = 5% ao ano.
Período de projeto P = 10 anos.
Tempo de execução das obras: p = 1 ano

Então:
V0 = (800 x 60)/100 = 480 veíc./dia
V1 = 480 x [1 + (5/100)] = 504 veíc./dia
Vp = 504 x [1 + (5x10/100)] = 756 veíc./dia
Vm = (504 + 756)/2 = 630 veíc./dia no sentido mais solicitado
Vt = 365 x 630 x 10 = 2.299.500 ≈ 2,3 x 106 veículos.
CRESCIMENTO GEOMÉTRICO

 Neste caso, a curva representativa de crescimento do tráfego é


uma parábola com a fórmula geral:
Vm = V1 x (1 + t/100)p
Partindo de um tráfego V0, no sentido dominante, como visto no
caso anterior, o tráfego no ano inicial do período de projeto será:
Vt = V0 x (1 + t/100)p, sendo p o número de anos de execução do
pavimento.
Vp = V1 x (1 + t)p
O tráfego total, no sentido dominante, no período de projeto p,
será:
Vt = 365 x V1 x ((1 + t)p -1)/t
EXEMPLO
 Seja TDM0 = 800 veíc./dia, com 60% dos veículos no sentido mais solicitado,
numa via de duas faixas e duas mãos – 2fsm.
Taxa de crescimento linear do tráfego t = 5% ao ano.
Período de projeto P = 10 anos.
Tempo de execução das obras: p = 1 ano
V0 = (800 x 60)/100 = 480 veíc./dia
V1 = 480 x (1 + 5/100)1 = 504 veíc./dia
Vt = 365 x 504 x [(1 + 0,05)10 – 1]/0,05 = 2.313.812,00 veículos
Vt ≈ 2,4 x 106 veículos
 A obtenção da taxa histórica de crescimento do tráfego, t,
deve ser feita consultando os boletins de estatística de
tráfego da região. Para o caso de não se conter com uma
fonte confiável, é sugerida a adoção da taxa de 5% ao ano.
2. CÁLCULO DO FATOR DE CARGA - FC
 O cálculo do fator de carga – FC baseia-se no conceito de
equivalência de operações, mais especificamente no fator de
equivalência de operações (f).
 O fator de equivalência de operações é um número que relaciona
o efeito de uma passagem de qualquer tipo de veículo sobre o
pavimento com o efeito provocado pela passagem de um veículo
considerado padrão. Assim, por exemplo, quando o fator de
equivalência de operações é igual a 9, deve-se interpretar como
um veículo cuja passagem representa o mesmo efeito que nove
passagens do veículo padrão; um veículo com um fator de
equivalência de operações igual a 0,2 deve ser interpretado como
a necessidade de cinco passagens desse veículo para equivaler a
uma passagem de veículo padrão.
 No método, o veículo padrão adotado é o veículo americano de 18.000 libras
por eixo simples de roda dupla – ESRD – ou seja, 9.000 libras como carga de
roda. Todos os veículos previstos em projeto para circular pela via serão
relacionados com o veículo padrão, para se obter um tráfego representado
por um número de passagens desse veículo padrão, passando tantas vezes
quanto o necessário para reproduzir o efeito do tráfego diversificado que
realmente vai passar pela via no período de projeto.
 Sendo o veículo padrão de 18.000 libras por eixo simples, ou seja, 8,172
aproximadamente 8,2 tf por eixo simples, veículos com carga por eixo
simples superior a 8,2 tf terão fator de equivalência de operações maior que
a unidade; inversamente, veículos com carga por eixo simples inferior a 8,2
tf terão fator de equivalência menor que a unidade.
 Os valores do fator de equivalência de operações são apresentados
nos ábacos da Figura apresentada a seguir, na escala logarítmica.
O ábaco da parte inferior destina-se a fornecer a equivalências
para eixos simples, enquanto o ábaco da parte superior destina-se
a fornecer as equivalências para eixos em tandem.
 Multiplicando-se os valores do fator de equivalência pelo número
de veículos por dia, com uma determinada carga por eixo, obtém-
se a equivalência, para esse tipo de veículo, no período
considerado, geralmente em veículos por dia. A soma desses
produtos referentes a todos os veículos que trafegarão pela via dá
a equivalência de operações entre esses dois tráfegos: o tráfego
em termos de veículo padrão e tráfego real.
 Os valores dados pelos ábacos estão reproduzidos na tabela a
seguir.
Eixo simples Fator de Eixo simples Fator de
carga por eixo equivalência carga por eixo equivalência
(tf) estrutural (f) (tf) estrutural (f)
1 0,0004 11 6,000
2 0,004 12 9,000
3 0,020 13 15,000
4 0,050 14 25,000
5 0,100 15 40,000
6 0,200 16 50,000
7 0,500 17 80,000
8 1,000 18 110,000
9 2,000 19 200,000
10 3,000 20 260,000

Tabela 1. Fatores de equivalência de operações. Fonte: Manual de técnicas


de pavimentação. Editora PINI. Autor: Wlastermiler de Senço. Página 474.
Eixo em tandem Fator de Eixo em tandem Fator de Eixo em tandem Fator de
carga por eixo equivalência carga por eixo equivalência carga por eixo equivalência
(tf) estrutural (f) (tf) estrutural (f) (tf) estrutural (f)
1 0,001 11 0,700 21 30,000
2 0,002 12 1,300 22 35,000
3 0,005 13 2,000 23 45,000
4 0,010 14 3,100 24 55,000
5 0,020 15 4,000 25 70,000
6 0,060 16 6,000 26 80,000
7 0,100 17 7,000 27 100,000
8 0,200 18 10,000 28 130,000
9 0,400 19 15,000 29 160,000
10 0,600 20 20,000 30 190,000

Tabela 2. Fatores de equivalência de operações. Fonte: Manual de técnicas


de pavimentação. Editora PINI. Autor: Wlastermiler de Senço. Página 474.
 Consultando os ábacos ou a tabela mencionada, verifica-se que cargas por eixo
inferior a 4 toneladas praticamente não influem no resultado final, o que pode ser
interpretado como apenas veículos comerciais para o cálculo do fator de carga,
desprezando-se, entre outros, todos os veículos de passageiros, duas cargas por eixo,
como é sabido, são bastante inferiores àquele valor.

 Em casos de deficiência ou falta de dados, é proposto adotar o valor FC = 1,700.


CÁLCULO DO FATOR DE EIXO - FE
É um fator que transforma o tráfego em número de veículos padrão no
sentido dominante 365 x Vm x P x (FC), em número de passagens de eixos
equivalentes. Para tanto, calcula-se o número de eixos dos tipos de veículos
que passarão pela via. A expressão correspondente seria:

FE = (P2/100) x 2 + (P3/100) x 3 + ...... + (Pn/100) x n


Sendo:
P2 = porcentagem de veículos de 2 eixos;
P3 = porcentagem de veículos de 3 eixos; e
Pn = porcentagem de veículos de n eixos.

P2 + P3 + ...... + Pn = 100%
Por exemplo, para um projeto em que se prevê 60% dos veículos com dois eixos e os outros
40% com três eixos, o fator de eixo será:

FE = (60/100) x 2 + (40/100) x 3 = 1,2 + 1,2 = 2,4, portanto, FE = 2,4

Quando houver deficiência ou falta de dados, é proposto adotar o valor FE = 2,07.


Eixos simples (ton) Número de eixos %
Exemplo de cálculo de FC e FE. <5 2 72
5 2 7
Dados do tráfego 7 2 3
9 2 7
11 3 5
13 3 4
15 3 1
Eixos tandem (ton) - -
19 2 1
Tabela 3. Dados de tráfego - 100%
Tabela 4. Cálculo do fator de carga - FC
Eixo simples (ton) % Fator de equivalência (f) Equivalência de operações
<5 72 - -
5 7 0,1 0,7
7 3 0,5 1,5
9 7 2,0 14,0
11 5 6,0 30,0
13 4 15,0 60,0
15 1 40,0 40,0
Eixos tandem - - -
19 1 15,0 15,0
100 (FC) 161,2
Resultados: FC = 1,612 e FE = 0,9 x 2 + 0,1 x 3 = 1,8 + 0,3 = 2,10

Fator de veículo: FV = 1,612 x 2,10 = 3,385

Adotando-se FR = 1 e o valor anterior de Vt = 2,3 x 106 o valor de N – equivalência de operações do


eixo padrão – será: N = 2,3 x 106 x 3,385 = 7,8 x 106 operações equivalentes.
 No exemplo resolvido, o tráfego foi dado em porcentagem para cada tipo de veículo. A
utilização dos dados de tráfego em veículos por dia não implica nenhuma dificuldade.
 O número N pode ser também associado ao estoque de um supermercado, representando
agora, cada embalagem, a passagem de um eixo padrão de 18.000 libras. Sendo todas as
embalagens iguais, cada veículo que passar pelo pavimento, corresponderá à retirada do
estoque, de um número de embalagens equivalente. O esgotamento do estoque
significará que se atingiu ao número N de passagens do eixo padrão, ou seja, o fim da
vida útil do pavimento.
Tabela 5. Dados de tráfego em veíc./dia
Eixo simples (tf) Número de eixos VDMI (veíc./dia)
4 2 540
6 2 280
8 2 98
10 3 67
12 3 34
14 4 22
VDM (veíc./dia) 1.041
A resolução encontra-se na Tabela abaixo:

Tabela 6. Esquema dos cálculos

Eixo simples (tf) VDMI (veíc./dia) Fator de equivalência de operações (f) Equivalência de operações
4 540 0,050 27
6 280 0,300 84
8 98 1,000 98
10 67 3,500 235
12 34 10,000 340
14 22 25,000 550
1.041 1.334
 Cálculo do fator de carga:
FC = 1.334/1.041 = 1,282
Porcentagem dos veículos de dois eixos:
n2 = [(540 + 280 + 98)/1.041] x 100% = 88,2%
Porcentagem dos veículos de três eixos:
n3 = [(67 + 34)/1.041] x 100% = 9,7%
Porcentagem dos veículos com quatro eixos:
n4 = (22/1.041) x 100% = 2,1%

Verificação: 88,2 + 9,7 + 2,1 = 100%


 Cálculo do Fator de veículo – FV
FV = 1,282 x 2,721 = 3,488
Sendo o fator de veículo – FV – o produto de FC x FE, ou seja, um fator que
transforma o tráfego real, no sentido dominante, no período de projeto, em um
tráfego equivalente de eixos padrão, pode-se considerar que para um fator de
veículo Fvi, relativo ao veículo i, e sendo pi a porcentagem com que esse veículo
contribui para o tráfego total Vt, o fator de veículo total será:

FVt = [∑Pi x FVi]/100


Para anteprojetos de pavimento, podem-se utilizar os valores constantes da
tabela abaixo:

Caminhões médios (%) Caminhões pesados reboque e semi-reboques (%) (FV)


50 50 6,8
60 40 5,8
70 30 4,7
80 20 3,7

Tabela 7. Valores de FV para anteprojetos


Para uma avaliação das possibilidades em termos de capacidade prática de
uma rodovia, pode-se lançar mão dos dados fornecidos pelo Bureau of Public
Roads, mostrados na tabela abaixo:

Tabela 8. Capacidade de rodovias


Porcentagem de Capacidade – VDM de automóveis e caminhões (duas
veículos direções)
comerciais Rodovia rural com Rodovia rural com Rodovia urbana
2 faixas de 4 faixas de com 4 faixas de
tráfego tráfego tráfego
0 5.750 19.250 37.500
10 5.200 17.500 34.000
20 4.800 16.050 31.000

Fonte: Wlatermiler de Senço. Página 479


Verifica-se, na tabela 8, que as porcentagens de veículos comerciais estão
bastante abaixo das porcentagens verificadas no Brasil. Nos anos 60, essa
porcentagem oscilava entre 60% e 70%; nos anos 70, caíram para 50% a 60% e,
daí, declinaram nos anos 80 e continuam declinando nos anos 90. A
porcentagem crescente de veículos de passageiros eleva sua participação,
hoje, a valores acima de 70% do tráfego das rodovias.

Os dados da tabela 8 devem ser adaptados na medida em que a indústria


automobilística fabrica mais veículos de passageiros do que veículos
comerciais, acrescido do fato de que as importações têm por objetivo maior
os veículos de passageiros. Além disso, a porcentagem deve ser dependente
das condições locais de tráfego.
Tabela 9. Valores admitidos

Números de faixas de tráfego (2 sentidos) Porcentagem de veículos comerciais na faixa de projeto

2 50
4 35 a 48
6 ou mais 25 a 48
CÁLCULO DO FATOR CLIMÁTICO REGIONAL
 Para levar em conta as variações de umidade dos materiais do pavimento
durante as diversas estações do ano – o que se traduz em variações de
capacidade de suporte desses materiais -, o número equivalente de operações
do eixo tomado como referência ou padrão, que é um parâmetro de tráfego –
deve ser multiplicado por um coeficiente (FR) que varia de 0,2 – ocasiões em
que prevalecem baixos teores de umidade – a 5,0 – ocasiões em que os materiais
estão praticamente saturados.

 O coeficiente final a adotar é uma média ponderada dos diferentes coeficientes,


levando-se em conta o espaço de tempo em que ocorrem.
FR = (ms/12) x FRs + (mc/12) x FRc + (mt/12) x FRt

Onde:
ms = número de meses de seca, no ano;
mc = número de meses de chuvas, no ano; e
mt = número de meses de clima temperado, no ano.
FRs = fator climático para os meses de seca;
FRc = fator climático para os meses de chuva; e
FRt = fator climático para os meses de clima temperado.
EXEMPLO
Seja uma estrada em que prevalecem as seguintes condições durante o ano:

Tabela 10. Coeficiente climático


Duração Coeficiente climático
3 meses 2,0
2 meses 1,5
7 meses 0,7

Logo:
FR = (3/12) x 2,0 + (2/12) x 1,5 + (7/12) x 0,7 = 1,16
São sugeridos para o Brasil os seguintes fatores climáticos regionais, em
função da altura média anual de chuva em mm:

Altura anual de chuva (mm) Fator climático regional (FR)


Até 800 0,7
De 800 a 1.500 1,4
Mais de 1.500 1,8
Tabela 11. Fator climático. Fonte Wlastermiler de Senço. Página 481

Havendo falta de dados, podem-se adotar valores médios a serem


estabelecidos por região. Para o Estado de São Paulo, por exemplo, pode-se
adotar FR = 1,4, com majorações nas Regiões de Ubatuba e Vale Ribeira.
Calculados Vm, FC, FE e FR, calcula-se a equivalência de operações, o
número N, pela expressão já vista:
N = 365 x Vm x P x (FC) x (FE) x (FR)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na metodologia (DNIT), somente veículos pesados são considerados.
Os dados do tráfego são obtidos através de contagens volumétricas,
classificatórias. O DNIT apresenta uma classificação para os veículos, de
acordo com o número de eixos:
1) Calcular o número “N” a ser utilizado no dimensionamento do pavimento de uma
rodovia que terá um volume médio diário de 2500 veículos para um período de
projeto de 10 anos. Uma amostragem representativa do tráfego para esta rodovia
contou com 300 veículos comerciais, distribuídos da seguinte forma: 200 veículos
com 2 eixos; 80 veículos com 3 eixos e 20 veículos com 4 eixos. As porcentagens
com que incidem eixos simples e também por diferentes categorias de peso, são
dados no quadro abaixo.
SOLUÇÃO

1. Cálculo do número total de eixos

Total de veículos comerciais – 300

Sendo que :

200 de 2 eixos, 80 de 3 eixos e 20 de 4 eixos.


Logo:

n = 200 x 2 + 80 x 3 + 20 x 4 = 720

Logo o fator de eixo FE = 720 / 300 = 2,4

2. Cálculo do fator de carga

FC = 0,5464 (coluna 5).

3. Cálculo do número N – “N” = 365 x P x FE x FC x FR x Vm

“N” = 365 x 10 anos x 2,4 x 0,5464 x 1 x 2500

“N” = 1,119 x 107


SOUZA 1980
SOUZA 1980
SOUZA 1980
SOUZA 1980
SOUZA 1980
SOUZA 1980
EXERCÍCIO PROPOSTO

1 - Deseja-se calcular o número “ N” , número de repetições de um


eixo padrão, do projeto de um trecho da estrada PE-40 no trecho Chã
de Alegria / Entroncamento PE-50. Esta estrada tem prevista uma vida
útil de 10 anos. A estrada tem uma pista com duas faixas uma em cada
sentido. Os Estudos de Tráfego realizados dois anos antes da abertura
ao tráfego forneceram os seguintes elementos:
 Volume médio diário em ambos os sentidos 252 veículos/dia
• A composição do tráfego é a seguinte:
Automóvel: 68,7%; Ônibus: 4,4%; Caminhão Médio: 24,4%; Caminhão Pesado: 1,5%; Reboque e
Semi-reboque: 1%
• Cosiderou-se que os veículos tem a seguinte composição e peso (Eixo Dianteiro =ED, Eixo
Traseiro = ET):
Ônibus : ED=6t e ET=10t; Caminhão Médio : ED=6t e ET=10t; Caminhão Pesado: eixo tandem
ED=6t e ET=17 t
Reboque e Semi-Reboque: ED=6t, Eixo intermediário 10t e ET=25 t
• Os fatores de Equivalência de carga desse eixos são os seguintes:
Eixo de 6t F=0,2; Eixo de 10t F=3,00; Eixo Tandem de 17t F =7,00; Eixo Tandem 25 t F= 70,00
• A altura média anual da chuva na região é inferior a 800mmm implicando um fator regional
de Fr=0,7.
• O crescimento do volume médio diário deverá segundo os estudos uma taxa de 2% anual para
os ônibus e 3% para os caminhões
• Estima-se que haverá um tráfego desviado mais gerado equivalente a 30% do volume médio
diário.
EXERCÍCIO 2
No projeto de um trecho rodoviário contendo um pista simples com duas faixas,
uma em cada sentido, entre Sobral e Aprazível (Ceará) da BR-222, deseja-se
calcular o número “N “, ou seja o número equivalente de operações do eixo
padrão de 8,2 t na faixa desta rodovia durante a vida útil de projeto, que neste
caso estipulou-se em 10 anos. O ano de abertura ao tráfego está previsto para
2009. Os Volumes Médios Diários Totais em ambos os sentidos em 2007, são:
 automóveis – 147 (27,0%)
 ônibus - 21 ( 3,8%)
 caminhões - 377 (69,2%)
 Total 545
 Os tipos de caminhões obedece a seguinte distribuição: caminhões médios -
87%; caminhões pesados- 10%; e Reboque e Semi-Reb. 3%.
Os tipos de eixos pesquisados por tipo de veículo são os seguintes:
Obs.: representação (eixo dianteiro toneladas + eixo traseiro (tandem ou não)
toneladas) :automóveis - desprezado; ônibus – (6 t + 10 t); caminhão médio – ( 6
t + 10 t); caminhão pesado – (6 t + 17 t ) (tandem) reboque e semi-reboque – ( 6 t
+ 10 t + 25 t ) (tandem).
O estudo de trânsito revelou que a taxa de crescimento do trânsito para
automóveis de 6,7% a.a. até 2013, considerada pequena devido ao baixo nível de
desenvolvimento da região, porém a partir deste ano ela cresceria para 9,5%a.a.
No caso dos ônibus os estudos prevêm a manutenção da mesma taxa média que
já vem ocorrendo no Nordeste que é de 4% durante todo o período do projeto.
Porém os caminhões observou-se uma demanda reprimida que dará lugar a uma
taxa mais alta para o período inicial até 2013 de 11%, porém com o atendimento
desta demanda a partir de 2013 a taxa volta a ser a média de crescimento para o
nordeste que é de 8% até o final da vida útil. Os postos da Sudene de medição de
intensidade das chuvas na região indicam uma média anual equivalente a 1.000
mm por ano.
Fórmulas: N = 365 x P x Σ VMDfi x FEi x FCi x FR , onde:
N= n° equivalentes de eixos padrões que passarão sobre a faixa mais carregada
de rodovia durante sua vida útil expressos em potencia de dez.
P= vida útil
VMDfi = volume médio diário da faixa mais carregada durante a vida útil do
projeto para o tipo de veículo i;
FEi = Fator de Eixo do tipo de veículo i = número de eixos do tipo de veículo i
FCi = fator de carga do tipo de veículo i= média dos fatores de equivalência de
carga dos eixos do tipo de veículo i;
Eixo 6 t : FEq.= 0,3; Eixo 10 t , FEq= 3; Eixo tandem 17t, FEq= 7, Eixo tandem
25t, FEq= 70.
FR= Fator regional dado em função da pluviometria= 800mm, 0,70; 800-
1.500mm, 1,4 e >1.500mm, 1,8.

Você também pode gostar