ARTIGO - A Integração Regional
ARTIGO - A Integração Regional
ARTIGO - A Integração Regional
Recife
2002
19
MESTRADO EM DIREITO
NACIONAL
Recife
2002
20
173 p.
Bibliografia.
CDD-341.119
21
AGRADECIMENTOS
A Thiana e Matheus, meus filhos queridos, pelo tempo que lhes roubei
do seu adorável convívio.
(ARAÚJO, Luiz Ivani de Amorim. Da globalização do Direito Internacional Público: os choques regionais.
Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2000, p. 47).
24
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................10
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÃO............................................................................................151
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................160
LIVROS..................................................................................................................................160
PARTES DE MONOGRAFIA E ARTIGOS DE PERIÓDICOS...........................................167
REPORTAGENS....................................................................................................................172
26
RESUMO
ABSTRACT
The economical globalisation phenomenon, that has decentralized capital, labour and goods,
and thus contrasted the need to expand the consumer trade and the technical evolution mainly
in the communications area (internet and transportations), has reduced the distances and
weakened the geographical territorial boundaries. This has occasioned much consequence,
some positive, and others negative. As a response and in the flow of globalisation, a regional
integration has risen, aiming at uniting nations into blocks in order to strengthen them. The
best example of a regional block is the European Union that has reached a deep level of
integration. In South America There’s the “Mercosul”. The union of nations through regional
integration is the sine qua non condition to the survival of nations, through the power of the
union of forces. To make a greater integration feasible, there is a necessity to revise the
classic concept of a Nation and to evaluate the relativity of the sovereignty characteristic in a
way that supranationality could be embraced, by assigning the parcel of moral supremacy to
each component of the organ that has the power to defend the interests of the whole block.
The aim of this study is to do a investigative analysis of the traditional Nation, to prove that it
is imperative to have a reformulation of the concept as a consequence of new experiences that
have occurred in the social subtract, due to the economical globalisation process. It will also
be demonstrated that the modus operandi to be followed will necessarily go through the usage
of supranacionality by assigning the parcel of moral supremacy to each component of the
organ that has the power to defend the interests of the whole block, contrasting the integration
process of the European Union and the “Mercosul”.
INTRODUÇÃO
Pode ser afirmado que está a acontecer um retorno ao feudalismo e, em breve, as nações
se transformarão, umas em soberanos e outras em vassalos, totalmente desprovidas de qualquer meio de
subsistência 6 .
Fazendo-se uma análise das diversas eras pelas quais passou o planeta, desde o seu
surgimento, correlacionando-as ao fator tempo, observar-se-á que os últimos séculos correspondem apenas a
minutos, talvez segundos. No entanto, as inovações mais significativas ocorreram exatamente neste período.
Esses fatores têm contribuído para uma evolução mundial e, mais ainda, para
aproximação de todos os povos, mas, não são fatores isolados. O fim da Guerra Fria, a queda do Muro de Berlim
e a quebra do Bloco Soviético com as conseqüentes relações com os países capitalistas que a partir de então
advieram, também consistem em ponto fulcral a incentivar o comércio internacional e a integração das nações,
realizada, principalmente, com a interdependência econômica e com a transnacionalização do capital.
6
BONAVIDES, Paulo. Do país constitucional ao país neocolonial: a derrubada da Constituição e a
recolonização pelo golpe de Estado institucional. São Paulo: Malheiros Editores, 1999, p. 56.
30
7
STRENGER, Irineu. Relações Internacionais. São Paulo: LTr, 1998. p. 228.
8
IANNI, Octávio. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, p. 11.
31
9
BONAVIDES, Paulo. Do país constitucional ao país neocolonial: a derrubada da Constituição e a
recolonização pelo golpe de Estado institucional. São Paulo: Malheiros Editores, 1999, p. 56.
32
antes, como formulações de inúmeras hipóteses que servirão de substrato para discussão e
análise dos estudiosos.
A União Européia servirá de base para uma análise comparativa dos institutos
estudados, com utilização do método próprio das ciências jurídicas, o método interpretativo.
10
TEIXEIRA, Sávio de Figueiredo. A arbitragem como meio de solução de conflitos no âmbito do Mercosul e a
imprescindibilidade da corte comunitária. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio
(Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor, Instituto
Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 171.
35
CAPÍTULO 1
11
ROMITA, Arion Sayão. Direito do Trabalho: temas em aberto. São Paulo: LTr, 1998, p. 39.
12
BARRAL, Welber. Defesa comercial no Mercosul. In FRANCESCHINI, Luis Fernando; BARRAL, Welber
(Coordenadores). Direito Internacional Público & integração econômica regional. Curitiba: Juruá, 2001, p. 166.
36
Nelson Saldanha afirma que a “técnica não tem pátria e dela parte o impulso
planetarizante, como partiu a massificação”. Houve uma padronização e uniformização de
imagens a partir da “modernice técnica” em virtude do desenvolvimento das comunicações e
da publicidade, que deram causa à perda da “exemplaridade histórica”. Atualmente as
vinculações internacionais e a “padronização tecnocrática” ensejaram a não existência de
“sentimento nacional”. “A ficção científica ocidental, bem como a literatura utópica,
antevêem um mundo unificado, tanto nos estilos e nos trajes como na ordem política e
econômica”, causando a crise no conceito de nação 16 .
13
SUSSEKIND, Arnaldo. Harmonização do Direito do Trabalho no Mercosul. Revista de Trabalho e Doutrina.
São Paulo: Saraiva, n. 24, 2000, p. 38.
14
SUSSEKIND, Arnaldo. Harmonização do Direito do Trabalho no Mercosul. Revista de Trabalho e Doutrina.
São Paulo: Saraiva, n. 24, 2000, p. 39.
15
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social democracia.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 149.
16
SALDANHA, Nelson. O declínio das nações e outros ensaios. Recife: FUNDAJ, Editora Massagana, 1990, p.
24-25, 123.
37
Nos últimos vinte e cinco anos ocorreu uma verdadeira revolução científico-
tecnológica, que cumulou num processo de globalização em escala e em intensidade sem
precedentes.
17
ROMITA, Arion Sayão. Globalização da economia e Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1997, p. 16, 22.
18
STRENGER, Irineu. Relações internacionais. São Paulo: LTr, 1998, p. 228, 231.
19
FINKELSTEIN, Joseph. Capitalismo e Tecnologia: diálogo n. 1, v. 26, 1993, p. 20 apud ROMITA, Arion
Sayão. Globalização da Economia e Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1997, p. 20.
38
20
GAMBARO, Carlos Maria. Globalização das economias – análise do pensamento de Guy Sormon. Revista de
Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 8, n. 33, 2000, p. 48.
21
ROMITA, Arion Sayão. Globalização da Economia e Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1997, p. 21.
22
GARCIA, Marco Aurélio. Integração e projeto nacional de desenvolvimento: algumas reflexões sobre
questões candentes na América Latina. In LAVINAS, Lena; CARLEIAL, Liana Maria da Frota; NABUCO,
Maria Regina (Organizadoras). Integração, região e regionalismo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994, p. 31-
32.
23
FINKELSTEIN, Joseph. Capitalismo e Tecnologia: diálogo n. 1, v. 26, 1993, p. 20 apud ROMITA, Arion
Sayão. Globalização da Economia e Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1997, p. 20.
24
STRENGER, Irineu. Relações Internacionais. São Paulo: LTr, 1998, p. 228-231.
39
25
PELUFFO, Martha Beatriz. Uma aproximacion al analisis multidisciplinario de la globalizacion y las
relaciones laborales. Revista da Sociedade Chilena de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social. Santiago:
M. Besser L., n. 2, 1998, p. 137.
26
NEVES, Marcelo. Justiça e diferença numa sociedade global complexa. In SOUZA, Jessé (Organizador).
Democracia hoje: Novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: UNB, 2001, p. 331-332.
40
27
HOBSBAWM, Eric J. O novo século: entrevista a Antonio Polito. Tradução do italiano para o inglês de Allan
Cameron, tradução do inglês para o português e cotejo com a edição italiana de Cláudio Marcondes. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000, p. 69.
28
MORA, Ângela Rosália. Globalización económica y negociación colectiva. Revista da Sociedade Chilena de
Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social. Santiago: M. Besser L., n. 2, 1998, p. 18.
29
ROMITA, Arion Sayão. Direito do Trabalho: temas em aberto. São Paulo: LTr, 1998, p. 39.
30
ROMITA, Arion Sayão. Globalização da economia e Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1997, p. 29-30.
41
31
RIBEIRO, Maria de Fátima. O Euro e as perspectivas de implantação de uma moeda única no Mercosul.
Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 8, n. 31, 2000, p.
10.
42
organizada relação de poder entre classes de pessoas e nações-Estados, bem como sobre
hegemonia, hierarquia e exclusão 32 .
32
SAHA, Suranjit Kumar. Mercosul, competitividade e globalização. In LIMA, Marcos Costa; MEDEIROS,
Marcelo de Almeida (Organizadores). O Mercosul no limiar do século XXI. São Paulo: Cortez; Buenos Aires,
Argentina: CLACSO, 2000, p. 56.
33
FREITAS JUNIOR, Antonio Rodrigues de Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 64.
34
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 111.
35
DELLA CUNHA, Djason B. Globalização e Ordem Jurídica: o dilema da cidadania nos Estados Periféricos.
Revista ESMAPE, Recife, v. 3, n. 7, 1998 apud DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba:
Juruá, 2000, p. 113.
43
mas não funcionam com perfeição, principalmente em razão da complexidade dos problemas
que dificultam a ação em qualquer nível 36 .
36
STIGLITZ, Joseph E. A globalização e seus malefícios. Tradução de Bazán Tecnologia e Lingüística. São
Paulo: Futura, 2002, p. 272-273.
37
MEDEIROS, Marcelo de Almeida. A hegemonia brasileira no Mercosul: o efeito samba e suas conseqüências
no processo institucional de integração. In LIMA, Marcos Costa; MEDEIROS, Marcelo de Almeida
(Organizadores). O Mercosul no limiar do século XXI. São Paulo: Cortez; Buenos Aires, Argentina: CLACSO,
2000, p. 191.
38
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 73.
39
RODRÍGUEZ César. À procura de alternativas econômicas em tempos de globalização: o caso das
cooperativas de recicladores de lixo na Colômbia. Tradução de Manuel Del Pino. In SANTOS, Boaventura de
Sousa. Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, v. 2,
2002, p. 331.
40
SALDANHA, Nelson. O declínio das nações e outros ensaios. Recife: FUNDAJ, Editora Massagana, 1990, p.
123.
44
A aproximação dos povos gera uma inter-relação entre Estados, de forma tal
que as decisões dos mais fragilizados causam reflexos em todos os demais, inclusive nos mais
ricos ou poderosos 43 .
41
DELLA CUNHA, Djason B. Globalização e Ordem Jurídica: o dilema da cidadania nos Estados Periféricos.
Revista ESMAPE, Recife, v. 3, nº 7, 1998 apud DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba:
Juruá, 2000, p. 113.
42
SALDANHA, Nelson. O declínio das nações e outros ensaios. Recife: FUNDAJ, Editora Massagana, 1990, p.
24.
43
SALVETTI NETTO, Pedro. Curso de teoria do Estado. São Paulo: Saraiva, 1987, p. 160.
44
RIBEIRO, Maria de Fátima. O Euro e as perspectivas de implantação de uma moeda única no Mercosul in
Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 8, n. 31, 2000, P.
10.
45
FERREIRA FILHO. Manoel Gonçalves. A democracia no limiar do século XXI. São Paulo: Saraiva, 2001, p.
220.
45
46
NORRIS, Roberto. Contratos coletivos supranacionais de trabalho e a internacionalização das relações
laborais no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 19-20.
47
ROMITA, Arion Sayão. Direito do Trabalho: temas em aberto. São Paulo: LTr, 1998, p. 106.
48
FRANCESCHINI, Luis Fernando. A atividade financeira internacional e o acordo sobre serviços financeiros
do GATS/OMC. In FRANCESCHINI, Luis Fernando; BARRAL, Welber (Coordenadores). Direito
Internacional Público & integração econômica regional. Curitiba: Juruá, 2001, p. 79.
49
SANTOS, Theotonio dos. Economia mundial, integração regional e desenvolvimento sustentável: as novas
tendências da economia mundial e a integração latino-americana. Petrópolis: Editora Vozes, 1999, p. 53.
46
A propagação no espaço e no tempo dos povos, dos bens, das idéias e das
imagens deu origem a processos de desestabilização em âmbito global, a exemplo do
“fracasso na constituição de regimes políticos de ordem mundial, as migrações diaspóricas e o
enfraquecimento do Estado-nação”, caracterizando o que pode ser denominado de
“globalidade negativa”, sendo necessário o encetamento de esforços, tanto locais quanto
globais, na tentativa de controlar ou acalmar esses processos 51 .
50
FREITAS JÚNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 63.
51
MOREIRAS, Alberto. A exaustão da diferença: a política dos estudos culturais latino-americanos. Tradução
de Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001, p. 81.
52
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro:
Record, 2001, p. 72.
53
SALA, José Blanes. La globalización y las regiones: experiencia europea y referencias para el Mercosur. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 143-144.
54
STIGLITZ, Joseph E. A globalização e seus malefícios. Tradução de Bazán Tecnologia e Lingüística. São
Paulo: Futura, 2002, p. 31-32.
47
55
Órgão criado pela Organização das Nações Unidas com a finalidade de efetuar estudos na América Latina e no
Caribe.
56
SALA, José Blanes. La globalización y las regiones: experiencia europea y referencias para el Mercosur. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro:
Renovar, 2000, p. 144.
57
BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São Paulo: Malheiros Editores,
2001, p. 107.
58
BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São Paulo: Malheiros Editores,
2001, p. 99-101.
48
59
SANTOS, Boaventura de Sousa. Os processos da globalização. In SANTOS, Boaventura de Sousa
(Organizador). A globalização e as ciências sociais. São Paulo: Cortez Editora, 2002, p. 34.
60
FERREIRA FILHO. Manoel Gonçalves. A democracia no limiar do século XXI. São Paulo: Saraiva, 2001, p.
221, 223.
49
Salienta Roberto Luiz Silva que o fim da Guerra Fria alterou a organização
política internacional que se baseava no confronto entre o capitalismo e o socialismo,
substituindo o modelo bipolar por um modelo multipolar 63 .
61
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 17.
62
COMPARATO, Fábio Konder. O reconhecimento de direitos coletivos na esfera internacional. Revista
Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, n. 23, 1998, p. 5.
63
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 17.
64
IANNI, Octávio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, p. 39.
65
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social democracia.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 80.
50
A partir das lições dos povos, extraídas das duas Grandes Guerras desse
século e da mudança do mundo “bipolarizado” para o mundo “multipolarizado”, surge a
integração entre os povos. Nasce, assim, em 1957, a Comunidade Econômica Européia,
iniciando-se uma nova forma de integração, o mercado comum, que objetiva a união não
66
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 17.
67
CRETELLA JÚNIOR, José. Comentários à Constituição Brasileira de1988. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, v. 5, 1991, p. 2533.
68
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 29-30.
69
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 17.
70
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 18.
51
apenas das economias, mas também proporciona condições de vida mais favoráveis aos
integrantes do bloco a partir da circulação de bens, pessoas, serviços e capitais 71 .
71
ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho da União Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira
(Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 289.
72
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 17-18.
73
LAVOR, Francisco Osani de. Livre circulação de trabalhadores no âmbito do Mercosul. Revista de Trabalho e
Doutrina. São Paulo: Saraiva, n. 24, 2000, p. 69.
74
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes. Temas de integração. In CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes
(Coordenador). Temas de integração com enfoques no Mercosul. São Paulo: LTr, 1997, p. 57.
52
75
SALOMONI, Jorge Luis. Reforma Del Estado y Mercosur: hacia la construcción de un Derecho Público
Comunitario. In SUNDFELD, Carlos Ari / VIEIRA, Oscar Vilhena (Coordenadores). Direito global. São Paulo:
Max Limonad, 1999, p. 127-128.
76
ALMEIDA, José Gabriel Assis de. Mercosul: manual de Direito da Integração. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,
2001, p. 3.
77
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 19.
53
Razão pela qual hoje pode ser afirmado que a participação, ou união, em
grupo de nações que busquem objetivos comuns, é necessária para a própria sobrevivência
dos Estados.
78
VAZQUEZ, Adolfo Roberto. El Mercosur y su necesaria complementación mediante un “tribunal
supranacional”. In PIMENTEL, Luiz Otávio (Organizador). Mercosul, Alca e Integração Euro-Latino-
Americana. Curitiba: Juruá Editora, v. 1, 2001, p. 15.
79
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 19.
80
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 19.
81
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 29.
54
Assim, a integração regional pode ser definida como o meio pelo qual se
procura reunir nações em busca de igual objetivo, visando-se, principalmente, ao crescimento
mútuo.
José Ângelo Estrella Faria defende que existem dois tipos de integração: a
internacional e a regional. A primeira tem como característica o fato de ser utilizada no
âmbito da economia capitalista global, sendo impulsionada pela interação e pela
interdependência dos Estados. A segunda é o resultado de acordos políticos entre países
geograficamente próximos, com o objetivo de obter vantagens típicas do processo 84 .
82
FRANCESCHINI, Luis Fernando. A atividade financeira internacional e o acordo sobre serviços financeiros
do GATS/OMC. In FRANCESCHINI, Luis Fernando; BARRAL, Welber (Coordenadores). Direito
Internacional público & integração econômica regional. Curitiba: Juruá, 2001, p. 78.
83
PIRES, Alice / FONSECA, Amanda / CROSHERE, Indira. Soluções de controvérsias no Mercosul. São
Paulo: LTr, 1998, p. 12.
84
FARIA, José Ângelo Estrella. O Mercosul: princípios, finalidades e alcance do Tratado de Assunção. Brasília:
Subsecretaria Geral de Assuntos da Integração, Econômicos e do Comércio Exterior. Núcleo de Assessoramento
Técnico, 1993, p. 25-26 apud JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo:
LTr, 2000, p. 50.
85
GARRÉ COPELLO, Belter. El Tratado de Asunción y el Mercado Común del Sur: los megabloques
económicos y América Latina. Montevidéo: Editorial Universidad, 1991, p. 18, 26 apud JAEGER JUNIOR,
Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 50.
55
Outro autor uruguaio, Roberto Ruiz Díaz Labrano define a integração como
sendo: “o status jurídico no qual os Estados entregam, cedem ou trasladam algumas de suas
prerrogativas soberanas, com o fim de construir uma área dentro da qual, pela eliminação das
barreiras, circularão livremente as pessoas, os bens, os serviços e os capitais, mediante a
harmonização das políticas correspondentes e sob uma égide supranacional” 86 .
Quanto à natureza dos processos de integração regional pode ser dito que é
programática, uma vez que envolve uma “mudança dos fins do Estado contemporâneo”, mas
que também é pragmática já que a sua efetivação se “implementa através de mecanismos
técnico-jurídicos concretos” que buscam alcançar sempre uma maior eficiência 89 .
86
LABRANO, Roberto Ruiz Díaz. Mercosur: Integración y Derecho. Buenos Aires: Ciudad Argentina, 1998, p.
60 apud JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 50.
87
STAHRINGER DE CARAMUTI, Ofélia. Introducción. In STAHRINGER DE CARAMUTI, Ofélia
(Coordenador). El Mercosur en el nuevo orden mundial. Buenos Aires: Ciudad Argentina, 1996, p. 15 apud
JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 50.
88
STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. Soberania e integração latino-americana: uma perspectiva constitucional
do MERCOSUL. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 56.
89
FRANCA FILHO, Marcílio Toscano. As diretivas da Comunidade Européia. Revista de Direito
Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 9, n. 37, 2001, p. 22.
90
OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Princípios gerais de Direito Comunitário. In BAPTISTA, Luiz Olavo /
FONSECA, José Roberto Franco da (Coordenadores). O Direito Internacional no terceiro milênio: estudos em
homenagem ao professor Vicente Marotta Rangel. São Paulo: LTr, 1998, p. 247.
56
De acordo com Chiarelli, cada integração tem sua história. Esta se faz no
tempo e à luz das realidades da sua comunidade, não se podendo falar em uma integração
padrão. Afirma, ainda, a não existência de fórmulas pré-concebidas da instituição de
integração regional e que há necessidade de serem preenchidos alguns requisitos no processo
de integração, de ordem geográfica, histórica e cultural 91 .
91
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes. Temas de integração. In CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes
(Coordenador). Temas de integração com enfoques no Mercosul. São Paulo: LTr, 1997, p. 35.
92
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes. Temas de integração. In CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes
(Coordenador). Temas de integração com enfoques no Mercosul. São Paulo: LTr, 1997, p. 18.
93
HESPANHA, Benedito. Uma visão crítica de problemas constitucionais no direito comparado no Direito
Comunitário e no Mercosul. Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2000, a. 8, n. 30, p. 23.
57
O adágio popular “a união faz a força” também aqui pode ser aplicado e se
mostra eficaz. “Juntos, os integrantes do MERCOSUL têm-se mostrado mais aptos a
conseguir alcançar patamares de negociação e acordo que isoladamente não tinham podido
lograr” 94 .
94
CASELLA, Paulo Borba. Direito Internacional: vertente jurídica da globalização. Porto Alegre: Síntese,
2000, p. 126.
95
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – estrutura jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000, p.
28.
96
BRANCO, Luizella Giardino B. Sistema de Solução de Controvérsia no Mercosul. São Paulo: LTr, 1997, p.
24.
58
Elizabeth Accioly ressalta que a maior partes dos blocos regionais fez opção
por esta forma de integração, a exemplo da Associação Européia de Comércio Livre e o
NAFTA 99 .
Roberto Luiz Silva inclui uma fase anterior à área de livre comércio, que
seria a Área de Tarifas Preferenciais, com a redução parcial das tarifas alfandegárias100 .
97
PEREIRA, Lia Valls. Tratado de Assunção: resultados e perspectivas. In BRANDÃO, Antonio Salazar P.;
PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1998, p. 12.
98
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 30.
99
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – Estrutura jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000,
p. 29.
100
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 30.
101
CAMPOS, João de Motta. Direito Comunitário – o ordenamento econômico, v. III, Lisboa: Fundação
Calouste Gubenkian, 1994, p. 187 apud ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – Estrutura
jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000, p. 32.
102
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes / CHIARELLI, Matteo Rota. Integração: direito e dever. São Paulo:
LTr, 1992, p. 57.
59
Alerta, ainda, que se este foi o modelo eleito pelos dirigentes dos Estados-
membros, devem agora aceitar as conseqüências que derivam da escolha política e que são
inerentes à implantação de uma união aduaneira.
103
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 30.
104
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – Estrutura jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000,
p. 33.
60
105
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – estrutura jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000,
p. 39-40.
106
CORREIA, Victor S. Antunes. Análise jurídico-política do Mercosul. Revista de Estudos da Integração.
Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas. Porto Alegre: Associação Brasileira de estudos da
Integração, v. 11, 1997, p. 66.
61
Nesta fase, ocorre a unificação das políticas monetária, fiscal e cambial com
a instalação de um Banco Central independente e a adoção de uma moeda única, quando
então haveria, como forma final do processo integracionista, a criação de uma “Autoridade
Supranacional” embasada em normas comunitárias com aplicabilidade direta e hierarquia
superior às normas estatais internas, com obediência de suas decisões pelos Estados-
membros 107 .
107
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 30-31.
108
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes. Temas de integração. In CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes
(Coordenador). Temas de integração com enfoques no Mercosul. São Paulo: LTr, 1997, p. 35.
62
109
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 32.
110
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes. Temas de integração. In CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes
(Coordenador). Temas de integração com enfoques no Mercosul. São Paulo: LTr, 1997, p. 36.
111
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 32.
112
ARAÚJO, Nadia de; MARQUES, Frederico V. Magalhães; REIS, Márcio Monteiro. Código do Mercosul:
tratados e legislação. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 18.
113
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 32.
114
SILVA, Roberto Luiz. Direito Comunitário e da Integração. Porto Alegre: Síntese, 1999, p. 32.
63
115
FRANCESCHINI, Luis Fernando. A atividade financeira internacional e o acordo sobre serviços financeiros
do GATS/OMC. In FRANCESCHINI, Luis Fernando; BARRAL, Welber (Coordenadores). Direito
Internacional Público & integração econômica regional. Curitiba: Juruá, 2001, p. 78.
116
FRANCESCHINI, Luis Fernando. A atividade financeira internacional e o acordo sobre serviços financeiros
do GATS/OMC. In FRANCESCHINI, Luis Fernando; BARRAL, Welber (Coordenadores). Direito
Internacional Público & integração econômica regional. Curitiba: Juruá, 2001, p. 78.
64
CAPÍTULO 2
117
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social-
democracia. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 158-159.
65
dando causa à denominada Guerra Fria e à conseqüente divisão mundial em “dois blocos
toscamente chamados Oriente e Ocidente”, consagrando duas áreas de exploração e
influência, com prioridade absoluta do poder eminentemente econômico e militar, impondo ao
mundo “uma espécie de fusão entre o infantilismo cultural e o colossalismo material” 118 .
Grifos no original.
É neste novo contexto global que podem ser inseridos a União Européia e os
demais blocos regionais.
118
SALDANHA, Nelson. O declínio das nações e outros ensaios. Recife: FUNDAJ, Editora Massagana, 1990,
p. 20, 23-25.
119
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes; CHIARELLI, Matteo Rota. Integração: direito e dever. São Paulo:
LTr, 1992, p. 203-204.
120
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social democracia.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 154.
66
121
NOGUEIRA, Aloysio Pereira. União Européia: Os tratados básicos. In LEWANDOWSKI, Enrique Ricardo
(Coordenador). Direito Comunitário e jurisdição supranacional. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2000, p.
59-60, 62.
122
ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes. O Mercosul e as relações de trabalho: relações individuais, relações
coletivas, relações internacionais de trabalho. São Paulo: LTr, 1993, p.18.
67
Surge, a partir deste momento, quase que um novo país cujas divisas são as
que cercam o bloco regional, ficando abertas as fronteiras internas para que os cidadãos
circulem livremente, trabalhem, residam e invistam em todo o espaço comunitário.
123
NOGUEIRA, Aloysio Pereira. União Européia: Os tratados básicos. In LEWANDOWSKI, Enrique Ricardo
(Coordenador). Direito Comunitário e jurisdição supranacional. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2000, p.
60.
124
ROCHA, José de Moura. Comunidade Européia, Mercosul, jurisdição. In BARBOSA MOREIRA, José
Carlos (Coordenador). Estudos de Direito Processual em memória de Luiz Machado Guimarães. Rio de Janeiro:
Forense, 1997, p. 220.
125
JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 63.
68
126
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – Estrutura Jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000,
p. 67.
127
JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 104.
128
RIBEIRO, Maria de Fátima. O Euro e as perspectivas de implantação de uma moeda única no Mercosul.
Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 8, n. 31, 2000, p.
12.
129
BAPTISTA, Luiz Olavo. Impacto do Mercosul sobre o sistema legislativo brasileiro. In BAPTISTA, Luiz
Olavo; MERCADANTE, Araminta de Azevedo; CASELLA, Paulo Borba (Organizadores). Mercosul: das
negociações à implantação. São Paulo: LTr, 1994, p. 18.
69
130
BAPTISTA, Luiz Olavo. Impacto do Mercosul sobre o sistema legislativo brasileiro. In BAPTISTA, Luiz
Olavo; MERCADANTE, Araminta de Azevedo; CASELLA, Paulo Borba (Organizadores). Mercosul: das
negociações à implantação. São Paulo: LTr, 1994, p. 18.
131
JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 63.
132
FORTE, Umberto. União Européia – Comunidade Econômica Européia (Direito das Comunidades
Européias e harmonização fiscal). Tradução de Ana Tereza Marino Falcão. São Paulo: Malheiros Editores,
1994, p. 30.
133
BAPTISTA, Luiz Olavo. Impacto do Mercosul sobre o sistema legislativo brasileiro. In BAPTISTA, Luiz
Olavo; MERCADANTE, Araminta de Azevedo; CASELLA, Paulo Borba (Organizadores). Mercosul: das
negociações à implantação. São Paulo: LTr 1994, p. 18.
70
sociedade e pela cultura. “Mas é uma realidade singular”, porque ao mesmo tempo em que
representa o reflexo de uma sociedade, ele constitui o projeto de atuar sobre ela. O direito
adequa-se ao estado da sociedade, é por ela influenciado, ao tempo em que também influencia
sobre a sociedade, quando exerce o seu papel de organizador da vida social, através da tarefa
normativa 134 .
134
ASSIER-ANDRIEU, Louis. O direito nas sociedades humanas. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São
Paulo: Martins Fontes, 2000, p. XI.
135
IANNI, Octávio. A sociedade global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 167.
136
CHIARELLI, Carlos Alberto Gomes; CHIARELLI, Matteo Rota. Integração: direito e dever. São Paulo:
LTr, 1992, p. 205-206.
137
JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 75.
71
138
FARIA, José Eduardo. Direito e globalização econômica: implicações e perspectivas. São Paulo: Malheiros
Editores, 1998, p. 49.
139
FORTE, Umberto. União Européia – Comunidade Econômica Européia (Direito das Comunidades
Européias e harmonização fiscal). Tradução de Ana Tereza Marino Falcão. São Paulo: Malheiros Editores,
1994, p. 30.
140
FRADERA, Vera Maria Jacob de. A jurisprudência da Corte de Justiça da Comunidade Européia como
orientadora do novo direito. Revista do Senado Federal. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições
Técnicas, a. 36, n. 143, 1999, p. 270.
141
SEINTEFUS, Ricardo; VENTURA, Deisy. Introdução ao Direito Internacional Público. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2001, p. 184.
72
Interessante concepção adota Flávio Augusto Saraiva Straus para quem não
se impõe uma preponderância do Direito Comunitário sobre o direito interno nem mesmo do
direito nacional sobre o comunitário. O que existe, em verdade, é uma “efetiva interação entre
ambos” 144 .
142
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 155.
143
Cf. o artigo 5o, inciso XXV da Constituição Federal do Brasil.
144
STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. Soberania e integração latino-americana: uma perspectiva constitucional
do MERCOSUL. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 56.
145
HESPANHA, Benedito. Uma visão crítica de problemas constitucionais no direito comparado, no Direito
Comunitário e no Mercosul. Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, a. 8, n. 30, 2000, p. 23-35.
146
JAEGER JUNIOR, Augusto. Mercosul e a livre circulação de pessoas. São Paulo: LTr, 2000, p. 102.
73
147
PIRES, Alice / FONSECA, Amanda / CROSHERE, Indira. Soluções de controvérsias no Mercosul. São
Paulo: LTr, 1998, p. 34.
148
PIRES, Alice; FONSECA, Amanda; CROSHERE, Indira. Soluções de controvérsias no Mercosul. São Paulo:
LTr, 1998, p. 34.
149
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 158.
74
2.2 O Mercosul
150
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 159.
151
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 160.
152
PABST, Haroldo. Mercosul: Direito da Integração. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998, p. 7.
153
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 78.
75
154
LINDNER. Eduardo. ZPEs brasileiras: a necessidade de mudanças no contexto do Mercosul. Revista de
Estudos da Integração. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas. Porto Alegre: Associação
Brasileira de estudos da Integração, v. 4, 1993, p. 60.
155
CHALOULT, Yves. Relações Mercosul, Alcsa, Alca e papel do Estado. In CHALOULT, Yves; ALMEIDA,
Paulo Roberto (Organizadores). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999, p. 39.
76
Mais recentemente, nos idos dos anos 60, buscou-se a integração econômica
da América Latina com a instituição da ALALC – Associação Latino-Americana de Livre
Comércio.
156
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 79.
157
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia – Estrutura Jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000,
p. 30.
158
PEREIRA, Lia Valls. Tratado de Assunção: resultados e perspectivas. In BRANDÃO, Antonio Salazar P.;
PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1998, p. 13.
77
159
PEREIRA, Lia Valls. Tratado de Assunção: resultados e perspectivas. In BRANDÃO, Antonio Salazar P.;
PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1998, p. 14.
160
CHALOULT, Yves. Relações Mercosul, Alcsa, Alca e papel do Estado. In CHALOULT, Yves; ALMEIDA,
Paulo Roberto (Organizadores). Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr, 1999, p. 39.
161
RIBEIRO, Maria de Fátima. O Euro e as perspectivas de implantação de uma moeda única no Mercosul.
Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 8, n. 31, 2000, p.
17.
78
novas políticas econômicas, levando em conta os aspectos quantitativo e qualitativo para que
assim possam alcançar uma integração comercial, política, social e econômica 162 .
162
RIBEIRO, Maria de Fátima. O Euro e as perspectivas de implantação de uma moeda única no Mercosul.
Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 8, n. 31, 2000, p.
17.
163
PEREIRA, Lia Valls. Tratado de Assunção: resultados e perspectivas. In BRANDÃO, Antonio Salazar P.;
PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1998, p. 18.
79
bens e serviços e que tem como principal finalidade o estreitamento das relações
comerciais 164 .
164
RIBEIRO, Maria de Fátima. O Euro e as perspectivas de implantação de uma moeda única no Mercosul.
Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, a. 8, n. 31, p.
18.
80
165
FARIA, Werter R. Os processos latino-americanos de integração. In CASELLA, Paulo Borba (Coordenador).
Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 318.
166
PEREIRA, Lia Valls. Tratado de Assunção: resultados e perspectivas. In BRANDÃO, Antonio Salazar P.;
PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1998, p. 11.
167
MELLO, Isabel Parente de. A inserção do Mercosul na economia mundial. In BRANDÃO, Antonio Salazar
P.; PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1998, p. 75.
168
RANDS, Maurício. Implicações dos sistemas regionais de integração na proteção ao trabalho: o Mercosul.
Anuário dos Cursos de Pós-Graduação em Direito. Recife: Universidade Federal de Pernambuco/ CCJ, n. 10,
2000, p. 191.
81
comunitários, até porque não foi criado nenhum órgão comunitário no âmbito do Mercosul,
que não admite a supranacionalidade 169 .
169
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 141.
170
HESPANHA, Benedito. Uma visão crítica de problemas constitucionais no direito comparado, no Direito
Comunitário e no Mercosul. Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2000, a. 8, n. 30, p. 30-31.
171
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor –
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 196.
172
ALMEIDA, José Gabriel Assis de. Mercosul: manual de Direito da Integração. Rio de Janeiro: Editora
Lumen Juris, 2001, p. 13.
173
DANTAS Ivo. Constituição Federal anotada. Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 6.
82
como um dos autores que se referem ao tema da integração com os países da América Latina
que o Brasil deverá buscar, a autoridade no assunto Deisy de Freitas Lima Ventura, que, em
recente artigo intitulado “Avaliação da Estrutura Institucional Definitiva do Mercosul”, faz
crítica à não fixação definitiva do modelo estrutural do Mercosul no Protocolo de Ouro Preto,
concluindo que “a estrutura em movimento está aquém do seu próprio e modesto desenho”
174
.
174
VENTURA, Deisy de Freitas Lima. Avaliação da estrutura institucional definitiva do Mercosul. In
VENTURA, Deisy de Freitas Lima (Organizadora). Direito Comunitário do MERCOSUL. Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 1997, p. 104.
175
FARIA, Werter R. Os processos latino-americanos de integração. In CASELLA, Paulo Borba (Coordenador).
Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 318-319.
176
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 159.
177
ARAÚJO, Nadia de; MARQUES, Frederico V. Magalhães; REIS, Márcio Monteiro. Código do Mercosul:
tratados e legislação. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 69.
83
178
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 160.
179
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 153.
180
PIRES, Alice; FONSECA, Amanda; CROSHERE, Indira. Soluções de controvérsias no Mercosul. São Paulo:
LTr, 1998, p. 29.
181
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia: estrutura jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 2000, p.
143.
84
182
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 160.
183
ARAÚJO, Nadia de; MARQUES, Frederico V. Magalhães; REIS, Márcio Monteiro. Código do Mercosul:
tratados e legislação. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 68.
184
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 161.
185
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 161.
85
se possa enfrentar as restrições nos mercados dos países desenvolvidos, a tendência mundial à
globalização e à regionalização é de fundamental importância a integração do Mercosul 186 .
186
MELLO, Isabel Parente de. A inserção do Mercosul na economia mundial. In BRANDÃO, Antonio Salazar
P.; PEREIRA, Lia Valls (Organizadores). Mercosul: perspectivas da integração. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1998, p. 75-76.
187
DEL’OLMO, Florisbal de Souza. O Mercosul e a nacionalidade: estudo à luz do Direito Internacional. Rio
de Janeiro: Forense, 2001, p. 84-85.
188
WEHNER, Ulrich. Nuevo dinamismo o estancamiento: el futuro de las relaciones entre el Mercosur y la UE.
Revista de Direito do Mercosul. Buenos Aires: La Ley Sociedad Anônima Editora e Impresora, 2001, a. 5, n. 3,
p. 72.
189
ALMEIDA, Paulo Roberto de. O futuro do Mercosul: os desafios da agenda interna e da liberalização
hemisférica. In LIMA, Marcos Costa; MEDEIROS, Marcelo de Almeida (Organizadores). O Mercosul no limiar
do século XXI. São Paulo: Cortez; Buenos Aires, Argentina: CLACSO, 2000, p. 25-26.
86
necessário o decurso do tempo. Não pode ser seguido, de forma idêntica, o modelo europeu,
uma vez que as duas realidades são distintas, contudo é possível ser aproveitada a experiência
da União Européia 190 .
190
VIZENTINI, Paulo G. F. Mercosul: dimensões estratégicas, geopolíticas e geoeconômicas. In LIMA, Marcos
Costa / MEDEIROS, Marcelo de Almeida (Organizadores). O Mercosul no limiar do século XXI. São Paulo:
Cortez; Buenos Aires, Argentina: CLACSO, 2000, p. 35.
191
STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. Soberania e integração latino-americana: uma perspectiva constitucional
do MERCOSUL. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 95-96.
192
[PROGRAMA de governo: crescimento, emprego e inclusão social. Política extena para integração regional e
negociação global]. Disponível em: <www.lula.org.br>. Acesso em: 24 nov. 2002.
87
193
[PROGRAMA de governo: crescimento, emprego e inclusão social. Política extena para integração regional e
88
União Européia e ampliar o comércio com China, Índia, com a Ásia de modo
geral, com a África do Sul, e com todos os países onde haja espaço para
crescer. Confio na possibilidade de desenvolver relações de respeito mútuo
com os EUA, com base no reconhecimento do direito dos povos à soberania,
ao desenvolvimento e à democracia” 194 .
196
BRASIL vai jogar duro com os Estados Unidos, diz Mercadante. Tribuna da Imprensa on line, Rio de
Janeiro, 22 nov. 2002. Disponível em: <http://www.tribuna.inf.br>. Acesso em: 24 nov. 2002.
197
UE quer oferta mais ampla do Mercosul. Odisseu, 24 nov. 2002. Disponível em:
<www.odisseu.com.br/destaque8.htm>. Acesso em: 24 nov. 2002.
198
SADER, Emir. Os EUA e o governo Lula. Correio da Cidadania, n. 321, nov. 2002. Disponível
em:<http://www.correiocidadania.com.br/ed321/internacional.htm>. Acesso em: 24 nov. 2002.
90
199
LULA esclarece questões sobre seu plano de governo Disponível em:
<http://www.comitesindical.kit.net/Noticias/noticias_entrevista_lula.htm>. Acesso em: 24 nov. 2002.
200
FREITAS, Renata. Novo governo já considera alterar modelo de negociação com EUA. UOL Últimas
Notícias, 21 nov. 2002. Disponível em: <noticias.uol.com.br/inter/reuters/ 2002/11/21/ult27u28799.jhtm>.
Acesso em 24 nov. 2002.
91
Em razão da análise engendrada neste item pode ser afirmado que não se
verifica no Mercosul, ainda, existência de delegação de parcela soberania. Quanto à
supranacionalidade podem ser observados apenas pequenos toques.
201
UE considera fundamental a manutenção do Mercosul como União Aduaneira. Odisseu, 24 nov. 2002.
Disponível em: <www.odisseu.com.br/destaque8.htm>. Acesso em: 24 nov. 2002.
202
SADER, Emir. Os EUA e o governo Lula. Correio da Cidadania, n. 321, nov. 2002. Disponível
em:<http://www.correiocidadania.com.br/ed321/internacional.htm>. Acesso em: 24 nov. 2002.
92
CAPÍTULO 3
NOVA CONCEPÇÃO?
A nação pode ser considerada como uma feição particular da vida social,
representativa de um aparelho definido, circunscrito, de harmonização de atividades e
interesses, ou seja, representa uma síntese de equilíbrios. Sendo que as pessoas, cujos
interesses individuais ou coletivos estão abrigados nesse ambiente de garantia ou proteção,
que constitui o meio nacional, encontram-se ligadas por um sentimento comum, perfeitamente
caracterizado, de apego e devotamento à pátria, de solidariedade com seus interesses e
aspirações e de hostilidade, mais ou menos intensa, conforme o grau do perigo apresentado, a
outra qualquer organização social cuja atividade possa trazer prejuízo ou ameaça às condições
de seu equilíbrio e desenvolvimento. A nação também pode ser definida como uma população
fixada ao solo, existindo entre os indivíduos desta população um conjunto de elementos
comuns de civilização que lhes são próprios 204 .
203
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p. 3.
204
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p. 5.
205
BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade; por uma teoria geral da política. Tradução de Marco
Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000, p. 56.
206
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. Coimbra: Coimbra Editora, 1997, p. 47.
94
207
BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. São Paulo: Malheiros Editores, 1995, p. 43.
208
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p. 7-
8.
209
ARENDT, Hannah. O que é política? Editoria de Ursula Ludz. Tradução de Reinaldo Guarany. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1999, p. 172-173.
210
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p. 5.
95
Uma observação que pode ser feita quanto aos escritores que se inspiraram
na concepção de Estado de Marx e Engels, traduz-se no sentido de que são priorizados,
sempre, os aspectos negativos a serem repudiados da instituição por eles definida como
burguesa. No entanto, no Manifesto, Marx exalta a “função revolucionária e portanto positiva
da burguesia, no que diz respeito à transformação econômica da sociedade” 212 .
211
DAVID, René. Os grandes sistemas do direito contemporâneo. Tradução de Hermínio A. Carvalho. São
Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 157-158.
212
BOBBIO, Norberto. Ensaios sobre Gramsci e o conceito de sociedade civil. Tradução de Marco Aurélio
Nogueira e Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1999, p. 82.
213
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. Coimbra: Coimbra Editora, 1997, p. 65.
214
CHEVALLIER, Jean-Jacques. História do pensamento político. Tradução de Roberto Cortes de Lacerda. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, t. 1, 1982, p. 257-258.
96
Pode-se conceituar o Estado, no dizer de Ivo Dantas, como sendo forma “de
Organização Política típica das eras moderna e contemporânea”; ou ainda como estrutura “de
organização do poder político soberano, assentado sobre um determinado território, no qual a
Constituição desempenha um papel fundamental” 218 .
215
MACHIAVELLE, Niccolò. O Príncipe: com as notas de Napoleão Bonaparte. Tradução de J. Cretella Jr. e
Agnes Cretella. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1997, p. 21.
216
GUERRA FILHO, Willis Santiago. Teoria política do direito: uma introdução política ao direito. Brasília:
Brasília Jurídica, 2000, p. 22.
217
SALDANHA, Nelson. Formação da teoria constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 18.
218
DANTAS, Ivo. Instituições de direito constitucional brasileiro. Curitiba: Juruá, 2000, p. 54.
219
DANTAS, Ivo. Instituições de direito constitucional brasileiro. Curitiba: Juruá, 2000, p. 54-55.
220
PELAYO, Garcia. Las Formas Politicas en el Antiquo Oriente. Caracas: Monte Ávila Editores, 1978, p. 55-56
apud DANTAS, Ivo. Instituições de direito constitucional brasileiro. Curitiba: Juruá, 2000, p. 56.
97
É o mestre Ivo Dantas que ensina que ao “lado dos chamados socialistas
utópicos (MORUS, BACON e CAMPANELLA) e dos contratualistas (HOBBES e
ROUSSEAU) dois nomes tiveram importância fundamental para os estudos da Teoria do
Estado: NICOLA MACHIAVELLI (1469-1527) e JEAN BODIN (1530-1596), este último
trazendo à tona a característica que, a partir de então, passaria a distinguir esta forma de
Organização Política das outras formas que lhe antecederam. Referimo-nos à soberania, cuja
teorização foi por ele exposta nos Six Livres de la Republique, enquanto que, através do
escritor florentino se utilizou, pela primeira vez, o termo Stato na perspectiva aqui utilizada,
ou seja, o Estado como Forma de Organização Política Moderna” 221 .
Rousseau, para quem os homens são seres bons por natureza, afirma que o
pacto fundamental substitui por uma igualdade moral e legítima a igualdade natural que, em
princípio, em razão de situações particulares, como força ou talento, poderia não estar
configurada. A igualdade seria então estabelecida pelo pacto fundamental através de
convenção ou de direito 224 .
221
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 123.
222
DELAMCAMPAGNE, Christian. A filosofia política hoje. Tradução de Lucy Magalhães. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 2001, p. 94.
223
HOBBES, Thomas. Leviatã. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2001, p. 132.
224
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins
Fontes, 1996, p. 30.
98
225
SALDANHA, Nelson. Formação da teoria constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 24.
226
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 77.
227
SALDANHA, Nelson. Formação da teoria constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 70.
228
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p.
40.
229
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p.
41.
99
230
QUEIROZ LIMA, Eusébio de. Theoria do Estado. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1936, p.
42.
231
GURGEL, Hylo. Globalização e Direito do Trabalho. In RIBEIRO, Lélia Guimarães Carvalho; PAMPLONA
FILHO, Rodolfo (Coordenadores). Direito do Trabalho: Estudos em homenagem ao Prof. Luiz de Pinho
Pedreira da Silva. São Paulo: LTr, 1998, p. 678.
232
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Tradução de Flávio Beno
Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, v. 1, 1997, p. 128.
233
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. Coimbra: Coimbra Editora, 1997, p. 51.
100
Entre os séculos XVII e XVIII, na Europa, nasceu a ideologia que veio a ser
denominada de Liberalismo, com uma nova visão global do mundo, tendo como base os
valores, crenças e interesses de uma classe social emergente (a burguesia), em confronto com
a dominação do feudalismo aristocrático que assolou a Europa com a queda do Império
Romano. O Liberalismo expressa-se como uma ética individualista, voltada para a noção de
liberdade total, em todos os âmbitos da realidade, filosófico, social, político, econômico,
religioso, etc. e tem como máxima “a igualdade, a fraternidade e a liberdade”, sendo utilizado
pela burguesia capitalista contra o Antigo Regime Absolutista, favorecendo, inicialmente,
tanto os interesses individuais da burguesia enriquecida, quanto os de seus aliados
economicamente menos favorecidos. Posteriormente, o capitalismo passa à fase industrial,
quando então assume o poder político a elite burguesa que, consolidando o seu controle
econômico, começa a aplicar apenas os aspectos da teoria liberal que mais favoreciam aos
seus interesses, denegando a distribuição social da riqueza e excluindo o povo do acesso ao
governo 234 .
234
WOLKMER, Antonio Carlos. Ideologia, Estado e Direito. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p.
116-117.
235
MACHADO, Regina Helena. Reforma do Estado ou reforma da constituição? Rio de Janeiro: Editora Lumen
Juris, 2001, p. 48.
101
236
GURGEL, Hylo. Globalização e Direito do Trabalho. In RIBEIRO, Lélia Guimarães Carvalho; PAMPLONA
FILHO, Rodolfo (Coordenadores). Direito do Trabalho: Estudos em homenagem ao Prof. Luiz de Pinho
Pedreira da Silva. São Paulo: LTr, 1998, p. 678.
237
SADER, Emir. Para outras democracias. In SANTOS, Boaventura de Sousa. Democratizar a democracia: os
caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, v. 1, 2002, p. 651.
238
BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Tradução de Alfredo Fait. São Paulo:
Mandarim, 2000, p. 212.
102
Norte e os fundamentalistas, como o Irã, o Iraque e a Líbia por não serem ricos e não
distinguirem a política da religião239 .
239
SADER, Emir. Para outras democracias. In SANTOS, Boaventura de Sousa. Democratizar a democracia: os
caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, v. 1, 2002, p. 651-652.
240
GURGEL, Hylo. Globalização e Direito do Trabalho. In RIBEIRO, Lélia Guimarães Carvalho; PAMPLONA
FILHO, Rodolfo (Coordenadores). Direito do Trabalho: Estudos em homenagem ao Prof. Luiz de Pinho
Pedreira da Silva. São Paulo: LTr, 1998, p. 679.
241
KERBER, Gilberto. Mercosul e a supranacionalidade. São Paulo: LTr, 2001, p. 67-68.
242
BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social. São Paulo: Malheiros Editora, 2001, p. 12.
243
COSTA, Maria Isabel Pereira da. Constitucionalismo ou Neoliberalismo: O que interessa e a quem? Porto
Alegre: Editora Síntese, 1999, p. 162.
103
244
GARCÍA-PELAYO, Manuel. Las transformaciones del Estado contemporáneo. Madrid: Alianza Editorial
S.A., 1996, p. 18.
245
GURGEL, Hylo. Globalização e Direito do Trabalho. In RIBEIRO, Lélia Guimarães Carvalho; PAMPLONA
FILHO, Rodolfo (Coordenadores). Direito do Trabalho: Estudos em homenagem ao Prof. Luiz de Pinho
Pedreira da Silva. São Paulo: LTr, 1998, p. 679.
246
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. Coimbra: Coimbra Editora, 1997, p. 98.
104
José Eduardo Faria esclarece que uma “das facetas mais conhecidas desse
processo de redefinição da soberania do Estado-nação é a fragilização de sua autoridade, o
exaurimento do equilíbrio dos poderes e a perda de autonomia de seu aparato burocrático, o
que é revelado pelo modo como se posiciona no confronto entre os distintos setores
econômicos (sejam eles públicos ou privados) mais diretamente atingidos, em termos
positivos ou negativos, pelo fenômeno da globalização” 247 .
247
FARIA, José Eduardo. O direito na economia globalizada. São Paulo: Malheiros Editores, 2000, p. 25.
248
BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo:
Saraiva, v. 1, 1988, p. 422-423.
249
CORDEIRO, Wolney de Macedo. A regulamentação das relações de trabalho individuais e coletivas no
âmbito do Mercosul. São Paulo: LTr, 2000, p. 70.
250
HELD, David; McGREW, Anthony. Prós e contras da globalização. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 36.
105
251
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social democracia.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 24.
252
FILAS, Rodolfo Capón / PAIVA, Mario Antônio Lobato de. A mundialização do direito laboral (o retorno
higt tech ao feudalismo). Revista de Direito Internacional e do Mercosul. Buenos Aires: La Ley Sociedad
Anônima Editora e Impresora, a. 6, n. 1, 2002, p. 12-13.
253
BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São Paulo: Malheiros Editores,
2001, p. 88-89.
254
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social-
democracia. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 161-162.
106
O Estado eficiente consiste em ser uma entidade capaz de com uma maior
intervenção no “mundo em desenvolvimento” e, com o fortalecimento de “integrações sub-
regionais e regionais”, funcionar como elemento de contenção do fenômeno da
globalização 256 .
255
STIGLITZ, Joseph E. A globalização e seus malefícios. Tradução de Bazán Tecnologia e Lingüística. São
Paulo: Futura, 2002, p. 15.
256
KLIKSBERG, Bernardo. Repensando o Estado para o desenvolvimento social: superando dogmas e
convencionalismos. Tradução de Joaquim Ozório Pires da Silva. São Paulo: Cortez, 1998, p. 42.
257
SOROS, George. A crise do capitalismo global: os perigos da sociedade globalizada – uma visão crítica do
mercado financeiro internacional. Tradução de Cristiana Serra. Rio de Janeiro: Campos, 2001, p. 11.
258
BOMFIM, Benedito Calheiros. Globalização, reformas e desemprego. Revista Trabalho e Doutrina. São
Paulo: Editora Saraiva, n. 23, 1999, p. 13.
107
que não acham conveniente que lhes seja aplicado. Observe-se que os Estados Unidos são os
preconizadores da globalização e do neoliberalismo. Veja-se o que afirma o prêmio Nobel de
economia John Kenneth Galbraith: “Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos,
o inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países” 259 .
259
GALBRAITH, John Kenneth. Globalização. Folha de São Paulo, São Paulo, 03 nov. 1997. Disponível em:
<http://www.uol.com.br/fsp/opiniao/fz031108.htm>. Acesso em: 26 nov. 2002.
260
SOROS, George. A crise do capitalismo global: os perigos da sociedade globalizada – uma visão crítica do
mercado financeiro internacional. Tradução de Cristiana Serra. Rio de Janeiro: Campos, 2001, p. 14.
108
internacionais não só passam a estar acima dos problemas nacionais, como também a
condicioná-los” 261 .
Os Estados não mais podem ser compreendidos, cada um de per si, como
unidades políticas capazes de solucionar os grandes problemas políticos atuais que
compreendem uma enorme gama de funções públicas, o que, por sua vez, serve de
fundamentação ao pensamento de que há “redes de interligações regionais e globais,
permeadas por forças intergovernamentais e transnacionais quase supranacionais” que, além
de desafiar a soberania e a legitimidade dos Estados, os impedem de decidir o seu próprio
destino, principalmente pelo fato de a soberania estar sendo questionada em razão da
substituição da autoridade política dos Estados, que foi comprometida pela existência de
sistemas regionais e globais de poder, político, econômico e cultural. O questionamento da
legitimidade dos Estados surge a partir do momento em que estes não conseguem oferecer
bens e serviços fundamentais a seus cidadãos sem a cooperação internacional, em razão da
maior interdependência regional e global 262 .
261
FARIA, José Eduardo. O direito na economia globalizada. São Paulo: Malheiros Editores, 2000, p. 32.
262
HELD, David; McGREW, Anthony. Prós e contras da globalização. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 35-36.
263
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social democracia.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 80.
109
264
STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. Soberania e integração latino-americana: uma perspectiva constitucional
do MERCOSUL. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 95.
265
GURGEL, Hylo. Globalização e Direito do Trabalho In RIBEIRO, Lélia Guimarães Carvalho; PAMPLONA
FILHO, Rodolfo (Coordenadores). Direito do Trabalho: Estudos em homenagem ao Prof. Luiz de Pinho
Pedreira da Silva. São Paulo: LTr, 1998, p. 680-683.
266
FILAS, Rodolfo Capón; PAIVA, Mario Antônio Lobato de. A mundialização do direito laboral (o retorno
higt tech ao feudalismo). Revista de Direito Internacional e do Mercosul. Buenos Aires: La Ley Sociedad
Anônima Editora e Impresora, a. 6, n. 1, 2002, p. 12.
267
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 118-121.
110
passaram milênios muito bem, sem a existência dessa conformação, razão por que esta forma
de Estado-nação não pode ser tida como uma necessidade, nem geográfica nem histórica, mas
deve ser entendida como uma eventualidade, uma “contingência” que se mostra mais evidente
em alguns casos do que em outros 268 .
No que tange aos outros autores citados, coloca Ivo Dantas que, eles
igualmente inadmitem o fim do Estado-Nação, mas reconhecem que a noção de soberania está
se alterando e que “é a gradativa mutação de um tipo de Estado para outro, em que as noções
clássicas de fronteira e de interesse nacional estão mudando sua matriz, cedendo lugar para o
exercício de poder de uma ativa e mais consciente sociedade civil, a atuar simultaneamente no
nível local e na esfera global. É a própria noção de cidadania que se altera e se amplia:
cidadania nacional vai se transformar em ... cidadania global!” 270 .
268
DELACAMPAGNE, Christian. A filosofia política hoje: idéias, debates, questões. Tradução de Lucy
Magalhães. Revisão técnica de Danilo Marcondes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, p. 144.
269
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 126.
270
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 127.
111
seu relacionamento externo, abrindo mão da soberania como poder absoluto e perpétuo, no
sentido dado por Jean Bondin (Moreira Neto, 1995). Não é crível, entretanto, uma total
extinção do Estado-Nação. Não se vislumbra, dentro de um futuro próximo, qualquer
perspectiva para a criação de uma ordem global capaz de desintegrar todo o sistema estatal
vigente” 271 .
Ataliba Nogueira, conquanto tenha sido autor de outra época, coaduna com
o pensamento de Ivo Dantas 274 e de Ohmae, que são autores da atualidade, tendo posição
diametralmente oposta à dos autores anteriormente referidos.
271
CORDEIRO, Wolney de Macedo. A regulamentação das relações de trabalho individuais e coletivas no
âmbito do Mercosul. São Paulo: LTr, 2000, p. 69-70.
272
CORDEIRO, Wolney de Macedo. A regulamentação das relações de trabalho individuais e coletivas no
âmbito do Mercosul. São Paulo: LTr, 2000, p. 71.
273
OHMAE, Kenichi. O fim do Estado-Nação – ascensão das economias regionais. Tradução de Ivo
Korytowski. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. XVIII.
274
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 127.
275
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 11.
112
276
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 11-12.
277
GRAU, Eros Roberto. O direito posto e o direito pressuposto. São Paulo: Malheiros Editores, 2000, p. 75.
278
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 12-14.
113
trespasse, e não porque tal ou qual doutrina o preconize”. E conclui dizendo que assim como
no final da Idade Média foi possível, apenas, prever-se a extinção do regime político feudal e
que a nova forma somente surgiu no Renascimento, também agora a “mudança das estruturas
há de ser profunda. As fronteiras dos Estados já não são mais adequadas para conter as
instituições que regulem globalmente a vida social. E tais instituições hão de ser múltiplas, ao
contrário do Estado, que pretende monopolizá-las”. Adiante aduz que 279 :
Neste mesmo diapasão, segue Celso Ribeiro Bastos, ao afirmar que hoje já
se fala da possibilidade de no futuro ocorrer a supremacia da ordem internacional e das
normas dela emanadas sobre os Estados tradicionais, ou seja, uma submissão dos Estados a
normas internacionais. Em assim ocorrendo, a organização política assumirá feição totalmente
diferente da atual e esta unificação política mundial terá como conseqüência “a superação ou
perecimento do Estado” 280 .
279
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 12-14.
280
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 252.
281
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 254.
114
282
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 72.
283
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 72.
284
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 78.
285
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 79.
115
De tudo quanto foi exposto, pode-se concluir que mesmo os autores que não
acreditam na total extinção do paradigma do Estado-Nação, concordam em que a globalização
e a integração regional impõem, ao menos, uma alteração conceitual, uma vez que o Estado
dotado de soberania absoluta não mais se adequa à sociedade contemporânea, onde se
observam o desmantelamento das fronteiras geográficas e a crescente interdependência entre
os Estados.
286
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 79.
287
FREITAS JUNIOR, Antônio Rodrigues de. Globalização, Mercosul e crise do Estado-Nação: perspectivas
para o direito numa sociedade em mudança. São Paulo: LTr, 1997, p. 80.
288
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – A questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 283-284.
289
OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Princípios gerais de Direito Comunitário. In BAPTISTA, Luiz Olavo;
FONSECA, José Roberto Franco da (Coordenadores). O Direito Internacional no terceiro milênio: estudos em
homenagem ao Prof. Vicente Marotta Rangel. São Paulo: LTr, 1998, p. 237.
116
Há autores, como Ivo Dantas 290 , Kenichi Ohmae 291 e Ataliba Nogueira292
que pregam a extinção do Estado-Nação, e outros, a exemplo de Riccardo Petrella, Clóvis
Brigadão, Gilberto Rodrigues (estes citados por Ivo Dantas 293 ) e Wolney de Macedo
Cordeiro 294 , que admitem a necessidade de uma alteração do conceito, mas não acreditam na
sua extinção.
Ivo Dantas 296 e Ataliba Nogueira 297 sustentam que Estado é uma forma de
organização política da sociedade que poderá desaparecer para dar margem ao surgimento de
novo modelo mais adequado à época atual. O que não pode deixar de existir é uma forma de
organização política, sendo ela qual for, não necessariamente a forma Estado.
290
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 127.
291
OHMAE, Kenichi. O fim do Estado-Nação – ascensão das economias regionais. Tradução de Ivo
Korytowski. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. XVIII.
292
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 12-14.
293
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 127.
294
CORDEIRO, Wolney de Macedo. A regulamentação das relações de trabalho individuais e coletivas no
âmbito do Mercosul. São Paulo: LTr, 2000, p. 69.
295
DOMINGUES, José Maurício. Sociologia e modernidade: para entender a sociedade contemporânea. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, p. 98-99.
296
DANTAS, Ivo. Direito Constitucional Econômico. Curitiba: Juruá, 2000, p. 127.
297
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 12-14.
117
298
DELACAMPAGNE, Christian. A filosofia política hoje: idéias, debates, questões. Tradução de Lucy
Magalhães. Revisão técnica de Danilo Marcondes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, p. 179 - 180.
299
DANTAS, Ivo. Constitucionalismo & globalização: aspectos teóricos. Breve análise exploratória in
DANTAS, Ivo; MEDEIROS, Marcelo de Almeida; LIMA, Marcos Costa (Organizadores). Processos de
integração regional. Curitiba: Juruá, 2002, p. 69.
300
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e teoria da constituição. Coimbra: Livraria
Almedina, 1999, p. 86.
301
SALDANHA, Nelson. Formação da teoria constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 18.
302
TAVARES, André Ramos. Estágio final: o fim do Estado? In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do direito público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 123.
303
NOGUEIRA, Ataliba. Perecimento do Estado. Revista Trimestral de Direito Público. São Paulo: Malheiros,
n. 4, 1993, p. 12-14.
118
304
NEVES, Marcelo. Justiça e diferença numa sociedade global complexa. In SOUZA, Jessé (Organizador).
Democracia hoje: Novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: UNB, 2001, p. 359.
305
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos. Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras,
1995, p. 562.
306
TAVARES, André Ramos. Estágio final: o fim do Estado? In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do direito público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 123.
119
CAPÍTULO 4
307
NORRIS, Roberto. Contratos coletivos supranacionais de trabalho e a internacionalização das relações
laborais no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 19-20.
308
GIDDENS, Anthony. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social democracia.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 149.
120
Por esta razão, impõe-se uma revisão de conceitos clássicos, até então
aceitos universalmente, em busca de novas formas de organização da sociedade política para
sobreviver neste novo mundo.
309
SILVA, Paulo Napoleão Nogueira da. Direito Constitucional do Mercosul. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
23.
310
SILVA, Paulo Napoleão Nogueira da. Direito Constitucional do Mercosul. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
23.
311
BASTOS, Celso Ribeiro. Da reconfiguração do Estado. In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do direito público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 98.
312
IANNI, Octavio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, p. 40-41.
121
313
BASTOS, Celso Ribeiro. Da reconfiguração do Estado. In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do direito público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 98.
314
FENANDES, Luciana de Medeiros. Soberania & Processo de Integração. Curitiba: Juruá, 2002, p. 48.
315
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e teoria da constituição. Coimbra: Livraria
Almedina, 1998, p. 85-86.
316
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e teoria da constituição. Coimbra: Livraria
Almedina, 1998, p. 85-86.
317
EKMEKDJIAN, Miguel Ángel. Introducción al Derecho Comunitario Latinoamericano: con especial
referencia al Mercosur. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1996, p. 10.
122
318
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 76-77.
319
CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Tradução de Lydia
Cristina. Rio de Janeiro: Agir, 2001, p. 170-171.
320
VÁZQUEZ, Adolfo Roberto. Soberanía, supranacionalidad e integración: la cuestión en los países del
Mercosur. In PIMENTEL, Luiz Otávio. Direito da Integração: estudos em homenagem a Werter R. Faria.
Curitiba: Juruá, v. 1, 2001, p. 23.
321
GOYARD-FABRE, Simone. Os princípios filosóficos do direito político moderno. Tradução de Irene A.
Paternot. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 133.
123
homens, com a finalidade de representarem a todos. Com base neste contrato de autorização,
fica estabelecido o reconhecimento de todas as ações praticadas pelo representante, sendo esta
a única forma de dotar o Estado (representante) de um poder soberano (soberania estatal), um
poder que paira sobre controvérsias, que, uma vez supressas, não darão ensejo a uma
oponibilidade de poderes, consagrando-se o poder estatal como incontestável nas relações
jurídicas 322 .
A soberania, em sentido lato, para Bobbio pode ser definida como sendo o
“poder de mando de última instância numa sociedade política e, conseqüentemente, a
322
LIMONGI, Maria Isabel. Hobbes: filosofia passo a passo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002, p. 54-55.
323
GOYARD-FABRE, Simone. Os princípios filosóficos do direito político moderno. Tradução de Irene A.
Paternot. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 180.
324
REALE, Miguel. Teoria do Direito e do Estado. São Paulo: Editora Saraiva, 2000, p. 80.
325
BOBBIO, Norberto. Entre duas Repúblicas: às origens da democracia italiana. Tradução de Mabel
Malheiros Bellati. Brasília: Editora Universidade de Brasília, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2001, p.
80.
124
diferença entre esta e as demais associações humanas em cuja organização não se encontra
este poder supremo, exclusivo e não derivado” 326 .
326
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. Tradução de
Carmen C. Varriale. Brasília: Editora Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000, p.
1179.
327
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Malheiros Editores, 1995, p. 110.
328
KELSEN, Hans. Teoria geral do direito e do Estado. Tradução de Luis Carlos Borges. São Paulo: Martins
Fontes, 1998, p. 544-545.
329
STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. Soberania e integração latino-americana: uma perspectiva constitucional
do MERCOSUL. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 15.
330
BASTOS, Celso Ribeiro. Da reconfiguração do Estado. In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do direito público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 100.
125
331
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Livraria
Almedina, 1998, p. 85-86.
332
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos globais. Justiça internacional e o Brasil. Revista da Fundação da
Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Brasília: s/e, a. 8, v. 15, 2000, p. 93.
333
SANTOS, Ricardo Soares Stersi dos. Mercosul e arbitragem internacional comercial: aspectos gerais e
algumas possibilidades. Belo Horizonte: Del Rey, p. 108.
126
334
HART, H.L.A. O conceito de direito. Tradução de A Ribeiro Mendes. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994, p. 239-240.
335
SALVETTI NETTO, Pedro. Curso de teoria do Estado. São Paulo: Saraiva, 1987, p. 160.
336
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 117.
337
BASTOS, Celso Ribeiro. Da reconfiguração do Estado. In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do Direito Público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 100.
127
338
DUARTE, Maria Luísa. A liberdade de circulação de pessoas e a ordem pública no Direito Comunitário.
Coimbra: Coimbra Editora, 1992, p. 40.
339
MAGALHÃES, José Carlos de. O Supremo Tribunal Federal e o Direito Internacional. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2000, p. 49, 55.
340
ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira
(Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p.293.
128
sejam exercidas por um poder maior, concentrado nas organizações internacionais, que assim
darão ensejo à formação de um novo sistema de direito, com instituições, fontes, princípios e
conceitos próprios, que possibilitarão uma harmonização jurídica entre os Estados-
membros 341 .
341
FRANCESCHINI, Luis Fernando. A atividade financeira internacional e o acordo sobre serviços financeiros
do GATS/OMC. In FRANCESCHINI, Luis Fernando; BARRAL, Welber (Coordenadores). Direito
Internacional Público & integração econômica regional. Curitiba: Juruá, 2001, p. 78.
342
FARIA, José Eduardo. O direito na economia globalizada. São Paulo: Malheiros Editores, 2000, p. 25.
129
O mundo mudou e o direito deve acompanhá-lo, uma vez que tem por seu
fundamento o substrato social.
343
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Livraria
Almedina, 1998, p. 108.
344
TAVARES, André Ramos. Estágio final: o fim do Estado? In BASTOS, Celso Ribeiro; TAVARES, André
Ramos. As tendências do direito público no limiar de um novo milênio. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 110.
345
BERTONI, Liliana. Las regiones em el Mercosur in PIMENTEL, Luiz Otávio. Direito da Integração:
estudos em homenagem a Werter R. Faria. Curitiba: Juruá, v. 2, 2001, p. 43.
346
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 282.
130
347
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 301.
348
REIS, Márcio Monteiro. Mercosul, União Européia e Constituição: a integração dos estados e os
ordenamentos jurídicos nacionais. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 71.
131
transferência há uma alienação de poderes, com perda da sua titularidade, o que significa
ceder definitivamente. Não é o que ocorre no Direito Comunitário 349 .
349
QUADROS, Fausto de. Direito das Comunidades Européias e Direito Internacional Público. Lisboa:
Almedina, 1991, p. 212 apud ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União Européia. In SANTOS,
Hermelino de Oliveira (Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo:
LTr, 1998, p. 293.
350
REIS, Márcio Monteiro Reis. Mercosul, União Européia e Constituição: a integração dos Estados e os
ordenamentos jurídicos nacionais. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 76-77.
351
REIS, Márcio Monteiro Reis. Mercosul, União Européia e Constituição: a integração dos Estados e os
ordenamentos jurídicos nacionais. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 79.
132
Isto é claro, desde que se admita a divisão de poder social dentro dos
territórios, nos blocos regionais, ao lado da delegação constante de parte da soberania aos
órgãos supranacionais.
352
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 282.
133
delegam poderes aos organismos comunitários, “podendo a qualquer tempo retomá-los, como
na hipótese de dissolução da União Européia” 353 .
353
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 115.
354
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 297.
355
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 298.
356
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 298.
134
357
MARTINS, Ives Gandra da Silva. O Estado do Futuro. In MARTINS, Ives Gandra da Silva (Coordenador). O
Estado do Futuro. São Paulo: Pioneira, 1998, p. 25.
358
ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira
(Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 291.
359
BARROS, Cassio Mesquita. La proclamación de los derechos laborales fundamentales en el Mercosur. Una
Carta Social del Mercosur. Relasur: OIT, 1994 apud ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União
Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira. Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São
Paulo: LTr, 1998, p. 291.
135
360
ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira
(Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 292.
361
ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira
(Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 292.
362
ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira
(Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 169.
136
tribunal comunitário, que emita decisões obrigatórias e imediatamente aplicáveis aos países-
membros. Não há que se falar, também, em existência de um ordenamento jurídico
comunitário.
Sobre estas medidas houve severas críticas por parte dos parceiros do
Mercosul, tanto pelo caráter protecionista quanto pelo fato de terem sido adotadas
unilateralmente sem qualquer consulta ou, ao menos, aviso, aos demais Estados-partes.
363
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 300.
137
364
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 301.
365
O vocábulo sinergia significa: “Associação simultânea de vários fatores que contribuem para uma ação
coordenada.” SINERGIA. In FERREIRA ,Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa.
1. ed., 12 impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,[198-]. p. 1305. c. a.
138
para consolidar a integração regional. Essa, sim, será a condição sine qua non da formação do
Mercado Comum do Cone Sul” 366 .
366
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 301.
367
GARCIA JÚNIOR, Armando Álvares. Mercosul: legislação fundamental específica. São Paulo: Editora
Jurídica Brasileira, 1997, p. 98.
368
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor –
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 195.
139
CAPÍTULO 5
369
BARROS, Cassio Mesquita. La proclamación de los derechos laborales fundamentales en el Mercosur. In
Una Carta Social del Mercosur. Relasur: OIT, 1994 apud ACCIOLY, Elizabeth. O Direito do Trabalho na União
Européia. In SANTOS, Hermelino de Oliveira (Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no
Mercosul. São Paulo: LTr, 1998, p. 291.
370
KERBER, Gilberto. Mercosul e a supranacionalidade. São Paulo: LTr, 2001, p. 80.
371
LORENTZ, Adriane Cláudia Melo. Supranacionalidade no Mercosul. Curitiba: Juruá, 2001, p. 20.
140
372
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 111.
373
BASTOS JUNIOR, Luiz Magno Pinto. O papel do Tribunal de Justiça Europeu no processo de integração
comunitária. Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, a. 9, n.
34, 2001, p. 73
374
HABSCHEID, Walter J. Introduzione al diritto processuale civile comparato. Maggioli, Rimini, 1985,
Introduzione, p. 15 apud SANCHES, Gislene Aparecida. Os sistemas jurídicos dos Estados-partes do Mercosul.
141
ciência do direito e dos direitos humanos reconhecidos nas constituições nacionais, nos
tratados e nos costumes internacionais 375 .
Outro importante ponto que deve ser analisado é o fato de que, para um
estudo comparado metodológico, devem ser considerados os sistemas jurídicos em todos os
seus aspectos, começando pelas fontes do direito e pelos princípios gerais de cada sistema, ou
seja, deve-se apreciar o direito em sua totalidade, não apenas em seu aspecto legislativo, sob
pena de configurar-se um estudo incompleto que poderia levar a conclusões equivocadas.
Assim, devem ser objeto de comparação não apenas as leis, mas também a doutrina e a
jurisprudência 377 .
n. 14, janeiro-julho, 1999, p. 90 apud DANTAS, Ivo. Direito constitucional comparado: introdução, teoria e
metodologia. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 25.
380
SANCHES, Gislene Aparecida. Os sistemas jurídicos dos Estados-partes do Mercosul. In SANTOS,
Hermelino de Oliveira (Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo:
LTr, 1998, p. 19.
381
HESPANHA, Benedito. Uma visão crítica de problemas constitucionais no direito comparado no Direito
Comunitário e no Mercosul. Revista de Direito Constitucional Internacional. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, n. 30, 2000, p. 28.
382
SANCHES, Gislene Aparecida. Os sistemas jurídicos dos Estados-partes do Mercosul. In SANTOS,
Hermelino de Oliveira (Coordenador). Constitucionalização do Direito do Trabalho no Mercosul. São Paulo:
LTr, 1998, p. 19-20.
143
Então, o breve estudo de direito comparado que se inicia terá como limite o
instituto da supranacionalidade no ordenamento argentino e no brasileiro, ainda mais porque
as disposições uruguaias em muito se aproximam das brasileiras, enquanto que o Paraguai
apresenta similitudes com a Argentina.
383
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
125.
384
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
126.
144
385
ACCIOLY, Elizabeth. Mercosul & União Européia- estrutura jurídico-institucional. Curitiba: Juruá, 1999, p.
165.
386
CASELLA, Paulo Borba. Direito da concorrência na Comunidade Européia e no Mercosul. In BAPTISTA,
Luiz Olavo; MERCADANTE, Araminta de Azevedo / CASELLA, Paulo Borba. Mercosul: das negociações à
implantação. São Paulo: LTr, 1994, p. 218.
387
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
126.
388
HESPANHA, Benedito. Uma visão crítica de problemas constitucionais no direito comparado, no Direito
Comunitário e no Mercosul. Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, n. 30, 2000, p. 30.
389
ARAÚJO, Nadia de; MARQUES, Frederico V. Magalhães; REIS, Márcio Monteiro. Código do Mercosul:
Tratados e Legislação. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 68.
145
390
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
126.
391
Vocábulo novo que vem sendo utilizado para referir-se às normas emanadas dos órgãos do Mercado Comum
do Sul, mas que ainda não é encontrado em compêndios da língua portuguesa.
392
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
126.
393
FARIA, Werter. Métodos de harmonização aplicáveis no Mercosul e incorporação das normas
correspondentes nas ordens jurídicas internas in BASSO, Maristela (Organizadora). Mercosul: Seus efeitos
jurídicos, econômicos e políticos nos Estados membros. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1995, p. 77-88
apud BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
126.
394
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
127.
395
GARCIA JÚNIOR, Armando Álvares. Mercosul: legislação fundamental específica. São Paulo: Editora
Jurídica Brasileira, 1997, p. 98.
146
396
PEREIRA, Ana Cristina Paulo. Direito Institucional e Material do MERCOSUL. Rio de Janeiro: Editora
Lúmen Júris, 2001, p.56.
397
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
127.
398
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
127.
399
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
127.
147
(...)
400
VENTURA, Deisy de Freitas Lima. A ordem jurídica do MERCOSUL. Porto alegre: Livraria do Advogado,
1996, p. 68.
401
GOMES. Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 142.
148
vez que impõe, como condição, a adoção de medida idêntica por parte dos outros membros do
bloco regional 402 .
402
VENTURA, Deisy de Freitas Lima. A ordem jurídica do MERCOSUL. Porto alegre: Livraria do Advogado,
1996, p. 69.
403
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
133.
404
GUARDIA, Ernesto de La. Los tratados en el derecho argentino. In CASELLA, Paulo Borba (Organizador).
Dimensão internacional do direito: estudos em homenagem a G.E. do Nascimento e Silva. São Paulo: LTr,
2000, p. 231-232.
149
405
EKMEKDJIAN, Miguel Ángel. Introducción al Derecho Comunitario Latinoamericano: con especial
referencia al Mercosur. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1996, p. 16.
406
EKMEKDJIAN, Miguel Angel. Introducción al Derecho Comunitario Latinoamericano: con especial
referencia al Mercosur. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1996, p. 16.
407
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
131.
150
408
VENTURA, Deisy de Freitas Lima Ventura. A ordem jurídica do Mercosul. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 1996, p. 72-73.
409
VENTURA, Deisy de Freitas Lima Ventura. A ordem jurídica do Mercosul. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 1996, p. 70.
410
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
131.
151
O que foi dito pode ser aludido ao ordenamento argentino, uma vez que
também coloca como condição de exeqüibilidade a aprovação por maioria absoluta da
totalidade dos membros de cada Câmara.
411
GOMES. Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 142.
412
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
131.
413
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
131.
152
414
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
128.
415
SILVA, Paulo Napoleão Nogueira da. Direito Constitucional do Mercosul. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
31.
416
GOMES. Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 142-143.
417
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
128.
418
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor –
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 197.
419
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
128.
153
420
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
133.
154
421
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
134.
422
GONÇALVES, José Botafogo. Tribunais do Mercosul, artigo publicado na Gazeta mercantil de 15.8.96 apud
BAHIA, Saulo José Casali. A Supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor-
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 206.
423
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
134.
155
424
VIGNALI, Herber Arbuet. Teoria Geral da Integração e sistemas Jurídicos Comunitários, RCEJ 2/24-28 apud
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 134.
425
REZEK, Francisco. Tratados e suas relações com o ordenamento jurídico interno: antinomia e norma de
conflito. RCEJ 2/58 apud BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso
Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo:
Celso Bastos Editor – Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 204.
426
BAHIA, Saulo José Casali. Tratados internacionais no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
134-135.
427
ALVAREZ, Armando Garcia. Conflito entre normas do Mercosul e o direito interno. In BASTOS, Celso
Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo:
Celso Bastos Editor, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 36.
156
428
Vocábulo novo que vem sendo utilizado para referir-se às normas emanadas dos órgãos do Mercado Comum
do Sul, mas que ainda não é encontrado em compêndios da língua portuguesa.
429
REZEK, Francisco.Recepção da regra de Direito comunitário pelas ordens jurídicas nacionais. In
VENTURA, Deisy (Organizadora). Direito Comunitário do MERCOSUL. Porto Alegre: Livraria do Advogado,
1997, p. 56.
157
consagração da hierarquia do tratado internacional sobre a lei interna, razão pela qual impor-
se-ia o princípio da lex posterior derogat legi priori, já que a hierarquia dos tratados e das leis
se equivalem 431 .
430
ALVAREZ, Armando Garcia. Conflito entre normas do Mercosul e o direito interno. In BASTOS, Celso
Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo:
Celso Bastos Editor, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 40.
431
ALVAREZ, Armando Garcia. Conflito entre normas do Mercosul e o direito interno. In BASTOS, Celso
Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo:
Celso Bastos Editor, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 40-41.
432
RIBEIRO, Patrícia Henriques. As relações entre o Direito Internacional e o direito interno: conflito entre o
ordenamento brasileiro e normas do Mercosul. Belo Horizonte: Del Rey, 2001, p.153.
433
ALVAREZ, Armando Garcia. Conflito entre normas do Mercosul e o direito interno. In BASTOS, Celso
Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo:
Celso Bastos Editor, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 41-42.
158
Para iniciar este item, foi escolhida uma citação com a finalidade de
demonstrar que a busca pelo aprofundamento do Direito Comunitário, do Direito da
Integração, em suma, da união, vem sendo reiteradamente defendida pela doutrina, como se
pode aferir da transcrição das palavras de Regis Fernandes de Oliveira 434 :
Existem duas teorias que procuram explicar o problema das relações entre o
Direito Internacional Público e o Direito Interno: a concepção dualista e a concepção monista.
A dualista consiste em que o Direito Internacional e o Direito Estatal são independentes entre
si, enquanto a monista afirma que o Direito Estatal encontra fundamento em uma norma de
Direito Internacional e consiste no próprio resultado desta norma 436 .
434
OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Princípios gerais de Direito Comunitário. In BAPTISTA, Luiz Olavo;
FONSECA, José Roberto Franco da (Coordenadores). O Direito Internacional no terceiro milênio: estudos em
homenagem ao Prof. Vicente Marotta Rangel. São Paulo: LTr, 1998, p. 248.
435
EKMEKDJIAN, Miguel Ángel. Introducción al Derecho Comunitario Latinoamericano: con especial
referencia al Mercosur. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1996, p. 72, 74-75.
436
BARACHO, José Alfredo de Oliveira. As transformações ocorridas no constitucionalismo. Genealogia das
constituições modernas. Inovações contemporâneas no direito constitucional comparado. Anuário dos Cursos de
Pós-Graduação em Direito. Recife: Universidade Federal de Pernambuco/ CCJ, n. 11, 2000, p. 219.
159
Kelsen afirma que o Direito Internacional paira acima dos Estados, razão
por que se pode inferir que a soberania estatal internacional é essencialmente limitada. O
Estado aparece como ordem jurídica delegada pelo Direito Internacional, uma “ordem jurídica
parcial, relativamente centralizada, com um domínio de validade territorial e temporal
jurídico-internacionalmente limitada e, relativamente à esfera de validade material, com uma
pretensão à totalidade” que somente é limitada pela reserva do Direito Internacional. Aduz
que por “meio de tratado pode ser criada uma organização internacional a tal ponto
centralizada que tenha ela própria caráter de Estado, por forma tal que os Estados contratantes
que nela sejam incorporados percam o seu caráter de Estados” 437 .
437
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução de João Baptista Machado. São Paulo: Martins Fontes,
1999, p. 377, 378, 381, 383.
438
GARCIA, Maria. Os tratados internacionais e a Constituição – a Convenção n. 158 da OIT. Revista Trabalho
e Doutrina. São Paulo: Editora Saraiva, n. 11, 1996, p. 24.
439
ALVAREZ, Armando Garcia. Conflito entre normas do Mercosul e o direito interno. In BASTOS, Celso
Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo:
Celso Bastos Editor, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 39-40.
440
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 143.
160
441
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 66.
442
ALMEIDA, Elizabeth Accioly de. Análise de la génesis de un mercado comun del sur: la supranacionalidad
in Revista Direito e Mercosul, a. 1, n. 1, p. 69-78, 1996, UFPR – Pós Graduação em Direito apud GOMES,
Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 143.
443
BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo:
Saraiva, v. 4, 1995, p. 98.
161
O mesmo não ocorre com o Brasil e o Uruguai, mas ambos os países contêm
dispositivos constitucionais que com adequada interpretação construtiva também
possibilitariam a adoção da supranacionalidade, sem a necessidade de alteração do texto
constitucional.
444
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor,
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 206.
162
os membros dos órgãos não representam seus países o que tornaria impossível impedir as
decisões que viessem a contrariar os interesses brasileiros 445 .
445
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 301.
446
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e teoria da constituição. Coimbra: Livraria
Almedina, 1998, p. 24.
447
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor-
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 205.
163
Saulo Casali Bahia coaduna com essas idéias ao afirmar que 451 :
448
CASTEX, Paulo Henrique. Os blocos econômicos como sociedade transnacional – a questão da soberania. In
CASELLA, Paulo Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar,
2000, p. 286.
449
ALMEIDA, Paulo Roberto de. A institucionalidade Futura do Mercosul: Primeiras Aproximações, BILA n. 9
apud BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro;
FINKELSTEIN, Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso
Bastos Editor- Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 206, nota 15.
450
BARROS NETO, Sebastião do Rego. A Evolução do Mercosul em Nova Moldura, BILA n. 18 apud BAHIA,
Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio
(Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor, 1998, p.
206/207, nota 16.
451
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor-
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 207.
164
452
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor-
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 208.
453
BAHIA, Saulo José Casali. A supranacionalidade no Mercosul. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN,
Cláudio (Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor-
Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 208.
454
TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo. A arbitragem como meio de solução de conflitos no âmbito do Mercosul e
a imprescindibilidade da corte comunitária. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio
(Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor- Instituto
Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 191.
165
Diante de tudo quanto foi exposto, pode-se afirmar que o Brasil tem
evoluído muito lentamente em prol da integração regional. Isto não significa, no entanto, que
não esteja havendo um progresso, que apesar de lento, é constante e gradual.
455
SILVA, Paulo Napoleão Nogueira da. Direito Constitucional do Mercosul. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p.
26-27.
166
que: “se debe abandonar este concepto definitivamente, tanto en la ciencia política, como en
el derecho internacional público” 456 .
456
EKMEKDJIAN, Miguel Angel. Introducción al Derecho Comunitario Latinoamericano: con especial
referencia al Mercosur. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1996, p. 13.
457
GOMES, Eduardo Biacchi. Blocos Econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2001, p. 143.
458
ALMEIDA, Paulo Roberto de. O Brasil e o futuro do Mercosul: dilemas e opções. In CASELLA, Paulo
Borba (Coordenador). Mercosul: integração regional e globalização. Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 29.
459
EKMEKDJIAN, Miguel Angel. Introducción al Derecho Comunitario Latinoamericano: con especial
referencia al Mercosur. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1996, p. 402.
167
A supranacionalidade não deve ser temida, uma vez que não atinge a
soberania como atributo jurídico internacional e tem como limite as matérias e os campos que
os parceiros definirem conjuntamente 460 .
A integração é o rumo para que se possa ter “um País politicamente mais
digno, socialmente mais humano, juridicamente mais justo, demograficamente mais
desenvolvido, economicamente mais eficiente”. Para tanto, basta que seja adotada uma
estrutura supranacional mais clara, menos viciada, voltada para o social, com maiores
463
oportunidades para o ser humano e com respeito à sua dignidade, integridade e soberania .
460
D’ANGELIS, Wagner Rocha. O Mercosul em crise: intergovernabilidade ou supranacionalidade? In
PIMENTEL, Luiz Otávio (Organizador). Mercosul, ALCA e integração Euro-Latino-Americana. Curitiba: Juruá,
v. 2, 2001, p. 278.
461
FONTOURA, Jorge. Prefaciando D’ANGELIS, Wagner Rocha. Mercosul: da intergovernabilidade à
supranacionalidade? Curitiba: Juruá, 2000, p. 10.
462
D’ANGELIS, Wagner Rocha. Mercosul: da intergovernabilidade à supranacionalidade? Curitiba: Juruá,
2000, p. 225.
463
CASELLA, Paulo Borba. Mercosul: exigências e perspectivas. São Paulo: LTr, 1996, p. 45.
168
finalidade de saber-se a opinião dos cidadãos, da sociedade civil. Este procedimento, acredito,
engajaria a sociedade civil no processo integrativo que muito mais do que econômico e
jurídico, é social.
169
CAPÍTULO 6
CONCLUSÃO
Torna-se cada dia mais evidente e real a assertiva de que a sociedade possui
papel fundamental não apenas para o surgimento, mas também para as modificações na área
do Direito, sendo impossível, por isso mesmo, conceber-se direito sem sociedade. Por outro
lado, pode-se afirmar, sem qualquer margem de erro, que é impossível a convivência em
sociedade sem o Direito, pois é ele o responsável pela regulação de normas que possibilitam a
vida social, ao tempo em que recebe influência desta sociedade que regula.
Nos dias atuais, há um dinamismo incessante que faz surgir novas formas de
relacionamento social que desafiam o direito no seu papel de regulador da sociedade,
impondo a necessidade de serem pensadas novas figuras jurídicas, alterando-se antigos
dogmas e conceitos.
Aspecto que se impõe abordar e que tem íntima relação com o assunto em
estudo diz respeito ao surgimento do fenômeno da globalização.
170
O mundo ainda vivia sob o receio da chamada Guerra Fria que poderia se
transformar em uma catástrofe mundial a qualquer momento, face aos armamentos nucleares
dos Estados Unidos e da União das Repúblicas Socialistas e Soviéticas. Com a derrocada do
modelo econômico soviético teve fim a Guerra Fria, tendo como um dos seus marcos a queda
do Muro de Berlim.
Diversos foram os fatores que deram causa a este fenômeno, tais como a
evolução tecnológica, principalmente na área das comunicações com os transportes, a
informática, a exemplo da INTERNET, a telemática, a robótica, as fibras óticas, e outros
tantos, além da referida necessidade de novos mercados consumidores.
capital. Diante da sua incontestável força, o poder econômico conseguiu incutir nos Estados a
necessidade da não intervenção, a necessidade do Estado-mínimo, sob a alegação de que o
Estado do Bem Estar Social não conseguiu se manter, tendo assumido tarefas que não lhe
cabiam. Por ter crescido enormemente, O Estado do Bem Estar Social burocratizou-se,
tornou-se um “elefante branco” e não conseguiu atingir os fins a que se propôs.
O modelo do Bem Estar Social, Welfare State, que foi buscado com a
finalidade de procurar atender às necessidades sociais da população, foi testado e não deu
grandes resultados, exceto em alguns países que detinham um alto poder econômico.
A integração de países em blocos regionais pode ser uma solução aos efeitos
negativos da globalização econômica.
Mas as coisas não são fáceis de serem atingidas, aliás, dizem que quando
são fáceis, o ser humano não lhes dá o devido valor. Talvez por esta razão, inúmeros são os
percalços do caminho.
174
A fim de que possa haver uma maior integração entre as nações que se
reúnem em blocos, se faz necessário que haja uma identidade de ordenamentos jurídicos, uma
similitude nas decisões tomadas nos casos concretos e a definição de ações de forma rápida e
eficaz, o que só se faz possível quando há uma centralização em uma entidade supranacional.
175
Nas suas ações internacionais atuará em conjunto com outros Estados e, por
esta razão, terá um poder de negociação muito maior.
• Em razão das mudanças ocorridas no mundo atual, o Estado-nação, conquanto ainda seja
importante e deva permanecer existente, encontra-se enfraquecido e não é mais suficiente
para atender às demandas sociais solucionando os problemas globais que hoje se
apresentam, uma vez que sua atuação ocorre em âmbito local;
• Com a finalidade de retomar sua antiga fortaleza precisa unir-se com outros Estados
também fragilizados para que através da união se alcance a força. É o processo de
integração regional;
• Esta delegação não é definitiva. O titular da soberania estatal continua sendo o Estado-
nação que concede legitimação a órgãos supranacionais quanto a matérias específicas,
delegando apenas uma parte da sua soberania que será compartilhada por todos os
integrantes do bloco integrativo;
• Essa gama de novos processos leva à conclusão final de que o Estado-nação é importante,
mas para sobreviver no mundo globalizado deverá ter sua concepção adaptada para
coadunar-se com o novo mundo que vem se delineando.
177
O jurista não pode ficar estático em frente aos ventos da mudança surgidos
na área dos processos integrativos. Deve permitir a influência do meio social e, alterando
dogmas e conceitos, regular o mesmo meio social que o influenciou partindo da modificação
da concepção de Estado-nação, a fim de possibilitar o aprofundamento da integração regional
que somente ocorrerá a partir da fragilização da soberania nacional, permitindo-se a delegação
de parcela a órgãos supranacionais que regularão as relações entre os integrantes de um bloco
regional ensejando o surgimento de um novo ramo do direito, o Direito Comunitário, o
Direito da Integração.
“Fazendo coro com o Prof. Carlos Alberto Carmona, ‘o Brasil não pode
ficar alheio aos ventos que sopram em outros países’. Em outras palavras, e repetindo
Benjamim Cardozo, em sua evocação a Roscoe Pound, ‘o direito deve ser estável, mas não
pode permanecer estático’, ‘o jurista, como viajante, deve estar pronto para o amanhã’.”.
464
TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo. A arbitragem como meio de solução de conflitos no âmbito do Mercosul e
a imprescindibilidade da corte comunitária. In BASTOS, Celso Ribeiro; FINKELSTEIN, Cláudio
(Coordenadores). Mercosul: lições do período de transitoriedade. São Paulo: Celso Bastos Editor, Instituto
Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 171.
178
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