Livro de Quimica Organica
Livro de Quimica Organica
Livro de Quimica Organica
Química orgânica
Essa divisão foi proposta em 1777 pelo químico alemão Torbern Olof Bergman. A
química orgânica é um ramo da química que estuda os compostos extraídos dos
organismos vivos.
Em 1807, foi formulada a Teoria da Força Vital por Jöns Jacob Berzelius. Ela
baseava-se na idéia de que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior
(a vida) para serem sintetizados.
Percebe-se que a definição de Bergman para a química orgânica não era adequada, então,
o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente:
“Química Orgânica é o ramo da Química que estuda os compostos do carbono”. Essa
afirmação está correta, contudo, nem todo composto que contém carbono é orgânico, mas
todos os compostos orgânicos contêm carbono.
Essa parte da química, além de estudar a estrutura, propriedades, composição, reações e
síntese de compostos orgânicos que, por definição, contenham carbono, pode também
conter outros elementos como o oxigênio e o hidrogênio. Muitos deles contêm nitrogênio,
halogênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.
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Qual a importância da Química Orgânica, e como é usada nos dias atuais?
Desde a síntese da uréia a química orgânica vem augentando exponencialmente sua
importância, ao ponto de que hoje nós deveríamos perguntar "qual a importância da
química inorgânica?".
O carbono, pela sua elasticidade química, produz uma infinidade de compostos.Ex:
plástico, combustíveis, medicamentos, cosméticos, alimentos, venenos e inseticidas,
borrachas, plexglass, tintas, vernizes e colas, vacinas, enfim, acho difícil vc olhar para
algum lugar que não seja regido pela química orgânica!
Características
Dentro da química orgânica existem as funções orgânicas (compostos ôrganicos de
características químicas e físicas semelhantes). Existem cerca de 12 funções, sendo elas: -
Hidrocarbonetos (Alcanos, Alcenos, Alcinos, Alcadienos, Cicloalcanos, Cicloalcenos)
-Haletos,-Álcoois,-Enóis,-Fenóis,-Éteres,-Ésteres,-Aldeídos,-Cetonas,-Ácidos
Carboxílicos,-Aminas,-Amidas
As razões para que haja muitos compostos orgânicos são:
A capacidade do carbono de formar ligações covalentes com ele mesmo. São solventes
dos compostos orgânicos: o éter e o álcool, por exemplo.
O raio atômico relativamente pequeno do Carbono em relação aos outros elementos da
família 4A.
Características do Carbono
É capaz de efetuar até 4 ligações sigma (Tetravalente).
Ligações múltiplas.
O caráter da ligação é anfótero (não importa se é metal ou não-metal).
Formar cadeias carbônicas (aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos, diesel, etc).
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- LEÚCIPO E DEMÓCRITO (400 A.C.) - a matéria é descontínua. A menor unidade é
o átomo (indivisível)
-ARISTÓTELES (384-322 A.C.) - crítica o atomismo.
Elementos são fruto de combinações das quatro qualidades fundamentais: quente, frio,
Úmido e seco.úmido seco, frio, quente
No período compreendido entre 300 a 1500 A.C. reinam as idéias de Aristóteles no
campo da Física e da Química.
Fenômenos químicos exercem fascínio e mistério, sendo associados a manifestações
religiosas, místicas e ao ocultismo.
Alquimistas procuravam a chave para a transmutação: transformação de um elemento em
outro, em especial, chumbo em ouro.
Os gregos achavam que era preciso de um pó coadjuvante: o xerion
No mundo árabe a palavra khemeia torna-se al-kimya que mais tarde vai dar origem a
alquimia.
O pó xerion transforma-se em al-iksir e dê-la deriva o elixir.
A IATROQUÍMICA
1096 - com as cruzadas cristãs o intercâmbio entre leste o oeste se intensifica.
A alquimia chega a Europa e se mistura a numerologia, astronomia e magia negra.
Todos se põem a busca da transmutação para se obter ouro e o elixir, agora também
chamado de pedra filosofal.
Em torno de 1500 o suiço Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim
(1493-1541) usa a alquimia para tentar descobrir medicamentos que curariam
enfermidades.
PARACELSUS (melhor que Celsus) busca da pedra filosofal para dar vida e saúde
indefinidamente.
-Utilizava sais de chumbo, mercúrio e de arsênio acreditando que, em baixas doses,
teriam efeitos benéficos.
A QUÍMICA MODERNA
3
Além do ar que respiramos que contém oxigênio e da água que constitui cerca de 70%
do nosso corpo, há um átomo que é fundamental, o Carbono. É dos compostos desse
elemento que a química orgânica trata.
Todo composto orgânico apresenta o elemento carbono, mas nem todo composto que
apresenta carbono pode ser classificado como orgânico.
.
Se não fosse a Química, a fotografia, por exemplo, nunca teria aparecido. Várias
descobertas nessa área geraram o filme fotossensível, necessário para captar a imagem
original, e o papel fotográfico, usado para fazer as cópias. Muitas reações de óxido
redução estão envolvidas no processo fotográfico.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA QUÍMICA ORGÂNICA
Do ponto de vista do efeito indutivo, existem duas espécies de grupos que podem
se ligar a uma cadeia carbônica:
Grupos elétron-atraentes (efeito indutivo -I): São aqueles que atraem os elétrons
das ligações em sua direção. Os mais importantes grupos elétron-atraentes são aqueles
que possuem elementos muito eletronegativos em relação ao carbono (F, O, N, Cl, Br, I
etc.) ou radicais insaturados. Os radicais insaturados possuem ligações pi, que por efeito
de ressonância, irão atrair os elétrons das ligações em sua direção.
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2- Algumas consequências do Efeito Indutivo
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No primeiro caso (a) o grupo X é elétron-atraente. O efeito indutivo é -I e,
portanto, deixa a carbonila com déficit eletrônico, o que leva a um enfraquecimento da
ligação com o hidrogênio ácido. Logo, será mais fácil a liberação do próton. Assim, o
caráter ácido aumenta.
Caráter básico - Vejamos agora o que ocorre com uma amina (base orgânica):
Segundo a teoria de Lewis, base é uma espécie química que possui um ou mais
pares eletrônicos não-ligantes, ou seja, é capaz de coordenar pares eletrônicos. Dessa
forma, assim como a força de um ácido está relacionada com a sua capacidade de receber
elétrons, a "força" de uma base relaciona-se com sua capacidade de coordenar elétrons.
Logo, quanto maior a disponibilidade eletrônica em uma espécie química, maior será seu
caráter básico.
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3- Efeito Mesomérico na cadeia carbônica
Com o deslocamento do par de elétrons da ligação pi, aparece uma carga positiva
em um carbono e uma carga negativa no outro. Embora a estrutura carregada
eletricamente (da direita) não contribua para a estabilidade da molécula, ela é possível, e
a estrutura real da molécula seria um híbrido das duas estruturas acima - uma estrutura
parcialmente ionizada. As setas indicam apenas uma movimentação de elétrons e não a
transformação de uma estrutura na outra. Essa polarização foi provocada pelo fenômeno
da ressonância. Se a carbonila estiver ligada a outros átomos ela poderá transmitir essa
polarização através da cadeia. Esse fenômeno é chamado efeito mesomérico ou efeito
mesômero.
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para o anel e, portanto, deixa a hidroxila com déficit eletrônico. Isso leva a um
enfraquecimento da ligação O-H, dando assim um caráter ligeiramente ácido aos fenóis.
Façamos agora uma comparação do caráter ácido entre algumas espécies químicas.
Vejamos as bases conjugadas do fenol, do ácido acético e do etanol:
Veja que, para o fenol existem três estruturas de ressonância possíveis para
estabilizar o ânion. Para o ácido acético existem apenas duas estruturas, e para o álcool,
não há estruturas de ressonância. Sabemos que a ressonância é um importante fator de
estabilidade química. Logo, quanto maior o número de estruturas possíveis de
ressonância, mais estável deverá ser a espécie. Assim, a força ácida do fenol é realmente
maior que a do etanol, porém, menor do que a do ácido acético. Ora, pelo número de
estruturas, deveríamos esperar justamente o contrário, ou seja, que o fenol fosse mais
ácido que o ácido acético. no entanto, um outro fator predomina nessa disputa: a
semelhança canônica - quando as estruturas de ressonância são equivalentes (como no
caso do ácido acético), a espécie adquire uma incrível estabilidade se comparada a uma
espécie cujas estruturas canônicas apresentam diferenças (como no fenol).
8- As ligações intermoleculares
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As moléculas de uma substância sólida ou líquida se mantêm unidas através da
atração existente entre elas. Quanto maior for a força de atração maior será a coesão entre
as moléculas. Isso ocasionará um aumento nos pontos de fusão e ebulição da substância.
As moléculas dos gases praticamente não exercem forças de atração entre si. Por isso os
gases apresentam baixo ponto de ebulição e extrema facilidade de se expandir. As forças
intermoleculares são classificadas em dois tipos: Força de Van der Waals e Ligação de
hidrogênio.
Íon - Dipolo permanente: Atração entre um íon e uma molécula polar (dipolo).
Íon - Dipolo induzido: Atração entre um íon e uma molécula apolar. O íon causa
uma atração ou repulsão eletrônica com a nuvem eletrônica da molécula apolar,
causando uma deformação da nuvem eletrônica na molécula apolar e provocando
a formação de dipolos (induzidos).
Dipolo permanente - Dipolo permanente: Atração entre moléculas polares. Os
dipolos atraem-se pelos polos opostos (positivo-negativo).
Dipolo permanente - Dipolo induzido: Atração entre uma molécula polar e uma
molécula apolar. O dipolo causa repulsão eletrônica entre seu pólo positivo e a
nuvem eletrônica da molécula apolar e uma repulsão entre esta nuvem e seu pólo
negativo. Isso causa uma deformação da nuvem eletrônica na molécula apolar,
provocando a formação de dipolos (induzidos).
Dipolo induzido - Dipolo induzido: Também chamada Força de dispersão de
London, é uma atração que ocorre entre moléculas apolares, que quando se
aproximam umas das outras, causam uma repulsão entre suas nuvens eletrônicas,
que então se deformam, induzindo a formação de dipolos. Essa força é mais fraca
que a do tipo dipolo permanente - dipolo permanente. Logo, as substâncias que
apresentam esse tipo de ligação apresentam menor ponto de fusão e ebulição.
Quanto maior for o tamanho da molécula, mais facilmente seus elétrons podem se
deslocar pela estrutura. Maior é então, a facilidade de distorção das nuvens
eletrônicas, e mais forte são as forças de dispersão de London. Isso faz com que a
substância tenha maior ponto de ebulição.
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Veja abaixo a representação das principais forças de Van der Waals:
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9- Teoria da hibridação dos orbitais
Por esse esquema podemos perceber que só seria possível para o carbono
estabelecer duas ligações, uma vez que existem apenas dois elétrons desemparelhados.
Experimentalmente, porém, verificou-se que o carbono faz sempre quatro
compartilhamentos eletrônicos, e não dois, como era de se esperar. Para explicar esse
fato, na década de 1930, surgiu a teoria da hibridação dos orbitais, que não se aplica
exclusivamente ao átomo de carbono, mas merece destaque para ele, pois o carbono
apresenta vários tipos de hibridação. A partir da sua configuração eletrônica no estado
fundamental, o carbono promove um dos elétrons do orbital 2s para o orbital 2pz, que
estava "vazio", passando agora para um estado ativado. Veja:
No estado ativado o carbono pode sofrer três tipos de hibridação, dependendo dos
tipos de ligação que ele estabelecerá com outros átomos.
Hibridação sp3 do carbono - Esse tipo de hibridação existe no carbono que faz
quatro ligações sigma. O termo sp3 designa um orbital híbrido formado a partir de um
orbital s e três orbitais p. Veja o estado híbrido sp3 :
1s2 2(sp3)4
O antigo orbital 2s se uniu aos orbitais 2p, formando 4 orbitais sp3 semipreenchidos.
Assim, o carbono poderá efetuar quatro ligações sigma. O carbono que faz quatro
ligações sigma tem geometria tetraédrica, devido ao ângulo de afastamento entre os pares
eletrônicos dos quatro orbitais sp3. Os elementos da família do carbono (silício e
germânio) também formam moléculas através desse tipo de hibridação.
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Hibridação sp2 do carbono - Quando o carbono faz uma dupla ligação, terá,
logicamente, três ligações sigma e uma ligação pi. Nesse caso, o carbono sofre hibridação
do tipo sp2. Veja o estado híbrido sp2 :
Hibridação sp do carbono - Quando o carbono faz uma tripla ligação, terá duas
ligações sigma e duas ligações pi. Nesse caso, o carbono sofre hibridação do tipo sp. Veja
o estado híbrido sp :
Vimos que numa estrutura de Lewis cada par de pontos ao redor de átomo central
ou principal representa o par de elétrons de valência que ocupa um orbital de cada átomo.
Como os pares eletrônicos se repelem entre si devido a suas cargas, o arranjo mais estável
de pares eletrônicos é aquele em que as repulsões entre os pares são as mínimas
possíveis. Esse arranjo permite-nos predizer a forma geométrica de uma molécula. O
método para determinar a orientação mais estável dos pares eletrônicos ao redor de um
átomo central numa molécula e, a partir disto, a geometria da molécula, é denominado
método VSEPR (pronuncia-se vesper), supõe três teorias:
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exercida pelo núcleo do segundo átomo, o que aumenta a distância entre esta
nuvem e outros pares eletrônicos ao redor do átomo central e, portanto, reduz as
repulsões entre eles. Por outro lado, a nuvem eletrônica de um par solitário se
espalha lateralmente e se aproxima mais dos outros pares da camada de valência,
o que leva a repulsão mais fortes entre os pares.
Forças repulsivas decrescem bruscamente com o aumento do ângulo entre
pares. Quanto maior o ângulo entre dois pares eletrônicos, menor a repulsão entre
eles.
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13- Teoria do orbital molecular
A Teoria do Orbital Molecular (TOM) é uma alternativa para se ter uma visão da
ligação covalente. De acordo com este enfoque, todos os elétrons de valência têm uma
influência na estabilidade da molécula (elétrons das camadas inferiores também podem
contribuir para a ligação, mas para muitas moléculas simples, o efeito é demasiado
pequeno). A TOM considera que os orbitais atômicos da camada de valência dos dois
átomos ligantes deixam de existir quando a molécula se forma, sendo substituídos por um
novo conjunto de níveis energéticos que correspondem a novas distribuições da nuvem
eletrônica. Estes dois novos níveis são chamados orbitais moleculares. Dois orbitais
atômicos se combinam para formar dois orbitais moleculares. As funções de onda dos
orbitais atômicos são combinadas matematicamente para produzir as funções de onda dos
orbitais moleculares resultantes.
Para que o processo de formação dos orbitais moleculares seja realmente efetivo é
necessário que os orbitais atômicos tenham energias comparáveis e que eles se
sobreponham de maneira significativa. A combinação das funções de onda dos orbitais
atômicos consiste em uma subtração e uma adição das funções de onda.
O orbital molecular formado pela adição das funções de onda de dois orbitais s é
s e o orbital atômico formado pela subtração das funções de onda é
s*. O contraste entre esses dois orbitais moleculares é gritante. Há
obviamente um aumento da densi se
s s é chamado
orbital ligante s*, orbital antiligante. O primeiro tende a estabilizar a
ligação, enquanto o segundo tende a desestabilizá-
porque estão centrados e são simétricos ao redor do eixo de ligação.
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A combinação de dois orbitais p pode produzir resultados diferentes, dependendo
de quais orbitais p são usados. Se o eixo x é o eixo de ligação, então os dois orbitais 2px
podem se sobrepor apropriadamente se eles se aproximam segundo um único eixo, como
é mostrado na figura abaixo. Os orbitais moleculares resultantes constituem, como antes,
x) com x*)
com decréscimo de carga entre os núcleos. Esses orbitais também são classificados como
Quando dois orbitais 2py e 2pz se sobrepõem para formar orbitais moleculares, eles
o fazem lado a lado, como é mostrado na figura abaixo. Em cada caso, o resultado é um
orbital antiligante com quatro lóbulos e um orbital ligante com dois lóbulos. Esses
orbitais não são simétricos em relação ao eixo de ligação. Em vez disso, eles possuem
duas regiões, em lados opostos ao eixo de ligação, nas quais a densidade da nuvem
bserve que, como antes, o orbital
ligante permite uma alta concentração da carga eletrônica na região entre os núcleos,
enquanto o orbital antiligante mostra uma diminuição da densidade de carga nessa região.
Na realidade, cada orbital antiligante tem um plano nodal entre os dois núcleos.
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A energia do orbital molecular antiligante é sempre maior do que a do orbital
ligante. No caso de uma molécula diatômica homonuclear, isto é, formada por dois
átomos iguais, a relação de energias dos orbitais moleculares entre os orbitais atômicos 1s
s s* pode ser mostrada pelo diagrama abaixo:
Em seguida observe os orbitais atômicos 2py e 2pz, que se sobrepõem lado a lado.
Os orbitais moleculares formados são mostrados a abaixo. A sobreposição py - py é
exatamente igual à sobreposição px - px (exceto pela orientação). Assim, formam-se dois
y z
y z (antiligantes).
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13.3) O preenchimento dos orbitais moleculares:
Consideraremos a seguir, a molécula que poderia ser formada por dois átomos de
hélio, cada um dos quais é capaz de fornecer um par de elétrons para a molécula. O total
é de quatro elétrons, dois a mais que no H2, de maneira que a distribuição no orbital
molecular será a da figura abaixo:
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A configuração eletrônica no estado fundamental na molécula de He2 deveria ser
2 2
s) s*) s* (antiligante) está agora preenchido e seu efeito
s, não há, realmente, não há
força de atração entre os átomos de hélio devido ao número igual de elétrons ligantes e
antiligantes e, assim, a molécula de He2 não existe.
orbitais 1s está completo, passa-se para os dois orbitais moleculares formados a partir dos
orbitais 2s. Estes são similares àqueles que já foram preenchidos. Veja outros dois
exemplos: Li2 e Be2.
Li2 - Essa molécula possui um total de seis elétrons, mas quatro deles estão na
camada K (interna) dos átomos de Li. Os elétrons de valência dos dois átomos de Li são
s. Os orbitais atômicos 1s
praticamente não são perturbados, e por isso não são mostrados no diagrama. A
configuração é muito semelhante à do H2, e a ordem de ligação, que somente pode ser
determinada com os elétrons de valência, é 1/2 (2-0) = 1. Representando cada um dos
orbitais 1s preenchidos por K (para a camada K), a configuração de Li 2 pode ser escrita
2
s) .
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Com uma ordem de ligação igual a 1 é possível prever a existência da molécula de
Li2. Moléculas diatômicas de lítio não existem no estado líquido ou sólido, mas são
encontradas no estado gasoso.
A seguir consideraremos a sequência B2, C2, N2, O2, F2 e Ne2, percorrendo assim,
as demais moléculas diatômicas homonucleares do segundo período. Os orbitais
moleculares a serem preenchidos são os orbitais ligantes e antiligantes s e p,
representados anteriormente. Entretanto, quando tentamos combinar esses dois diagramas
y z é
menor (veja acima s do B2 ao N2, porém maior para o resto da
sequência, de O2 até Ne2. Assim, as energias dos orbitais moleculares para B2, C2 e N2
são mostradas abaixo na figura a e para O2, F2 e Ne2 na figura b. A diferença principal
nas duas figuras a e b s quando comparada com as
y z.
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B2 - A figura abaixo mostra o preenchimento dos orbitais moleculares para B2 , C2
e N2. Na primeira molécula (B2 y z. Como
são orbitais ligantes, e como em todos os níveis de energia mais baixos os elétrons
antiligantes compensam exatamente os elétrons ligantes. A ordem de ligação é 1
(podemos chamar a ligação de ligação simples, mas talvez ela seja melhor descrita como
y z têm igual energia, e assim, os dois
elétrons não se emparelham no mesmo orbital. Por ocuparem diferentes orbitais, os
elétrons podem ocupar regiões diferentes do espaço, evitando um ao outro e reduzindo a
repulsão inter-eletrônica. A configuração eletrônica no B2 é escrita como K K
2 2 1 1
s) s*) y) z) . A base experimental para essa configuração provém das medidas
magnéticas: B2 é paramagnético, e as medidas indicam que existem dois elétrons
desemparelhados na molécula. Como o Li2, 0 B2 não é uma molécula que você possa
encontrar em um frasco, nas prateleiras do almoxarifado. 0 boro elementar é encontrado
como um sólido, no qual o arranjo dos átomos de B é bastante complexo. A temperaturas
muito altas, entretanto, as moléculas de B2 podem ser detectadas no estado gasoso.
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C2 - Adicionando mais dois elétrons (um para cada átomo), obteremos a
configuração para o C2, também vista na figura abaixo. Esses elétrons são adicionados
y z, preenchendo-os. Todos os elétrons estão agora emparelhados e,
assim, C2 não é paramagnético. A ordem da ligação no C2 é 2, porque há quatro elétrons
ligantes a mais na molécula. A configuração eletrônica no C2 é K K
2 2 2 2
s) s*) y) z) . Como a ordem de ligação é diferente de zero, o C2 deve existir e,
na verdade, ele já foi detectado, a altas temperaturas.
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configuração eletrônica mostra que ele tem dois pares de elétrons desemparelhados). Os
fatos experimentais indicam que esta molécula é paramagnética e tem uma energia de
ligação muito alta e uma distância de ligação muito curta. O modelo de orbital molecular
está de acordo com as características magnéticas e de ligação observadas.
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heteronuclear tem a mesma configuração da molécula diatômica homonuclear, que possui
o mesmo número de elétrons com a qual é isoeletrônica. Assim, por exemplo, a
configuração eletrônica do CO é a mesma do N2.
HIDROCARBONETOS
1- Nomenclatura
2- Radicais livres
Imagine uma ligação covalente entre carbono e hidrogênio. Se houver uma ruptura
homolítica dessa ligação, teremos a formação de um radical livre:
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3- A cadeia principal
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É fundamental localizar a insaturação na cadeia, numerando-a no final do nome.
Veja que no exemplo acima, a dupla ligação está na quarta posição. Os radicais são
colocados em ordem de complexidade ou em ordem alfabética, no caso de igual
complexidade. Se o composto tiver cadeia fechada e esta contiver maior número de
carbonos que a maior ramificação dá-se preferência a ela como principal e as
ramificações são consideradas radicais. Daí acrescenta-se o termo CICLO antes do
prefixo:
4- Subfunções
ALCANOS ou PARAFINAS
1- Nomenclatura e exemplos
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2- As conformações moleculares
Trata-se de duas posições completamente opostas entre si. no entanto, entre essas
duas posições existe uma infinidade de outras posições possíveis. essas posições são
chamadas de conformações. Mas qual seria então a verdadeira conformação do etano? A
resposta é: todas elas.
A ligação sigma que une dois átomos de carbono tem simetria cilíndrica - a
sobreposição de orbitais e a energia da ligação, portanto, deve ser a mesma em todas as
disposições possíveis. Se os vários arranjos possíveis não diferem entre si quanto aos
valores correspondentes de energia, a molécula não ficará restrita a um, entre eles, mas
poderá mudar livremente de um arranjo para outro. Dado que a passagem de uma
conformação para outra se faz por meio da rotação da ligação sigma carbono-carbono,
dizemos que existe uma rotação livre à volta da ligação simples carbono-carbono.
A interconversão de uma estrutura na outra é tão rápida que não se pode separá-las.
A temperaturas muito baixas, porém, a energia dos choques entre as moléculas é baixa.
isso explica o fato de se ter conseguido separar dois isômeros do composto CHBr2CHBr2
em que há considerável aglomeração atômica.
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O metano, o mais simples dos alcanos, e outros alcanos com poucos átomos de
carbono constituem a parte principal dos gases emanados presentes nos terrenos
petrolíferos e em locais pantanosos, onde há muita matéria orgânica em decomposição,
ou nas minas de sais potássicos, onde se notam, frequentemente, formações de gases ricos
em metano. Outra fonte natural de alcanos é o petróleo, geralmente formado por uma
mistura de hidrocarbonetos nos quais os átomos de carbono variam de 1 a 40. Também
em algumas essências vegetais verifica-se a presença de alcanos, em especial o heptano
normal. Outros alcanos, de elevada massa molecular, encontram-se em pequenas
porcentagens na cera de abelha, principalmente o heptacosano (C27H56) e o hentriacotano
(C31H64).
4- Propriedades físicas
Por serem compostos completamente apolares, as forças (de Van der Waals) que
mantêm unidas as moléculas dos alcanos são muitas fracas e de curto raio de ação -
atuam apenas entre partes de moléculas vizinhas que se encontrem em contato, ou seja,
entre as superfícies das moléculas. Deve-se esperar, portanto, que quanto maior for a
molécula, e consequentemente a área superficial, maiores serão as forças
intermoleculares. Assim, algumas propriedades físicas, como o ponto de fusão (PF) e o
ponto de ebulição (PE) crescem à medida que aumenta o número de carbonos na cadeia
dos alcanos.
5- Métodos de obtenção
Os alcanos mais baixos, desde o metano até o n-pentano, podem ser obtidos em
estado puro, pela destilação fracionada do petróleo e do gás natural. As frações separadas
do petróleo, no entanto, são constituídas de misturas complexas de vários hidrocabonetos
com diferentes números de átomos de carbono e, sob a forma de diversos isômeros. Os
demais alcanos têm de ser preparados em laboratório. O uso que se dá a cada uma das
frações depende essencialmente da respectiva volatilidade ou viscosidade dos compostos.
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Temperatura de Número de átomos de
Fração
ebulição carbono
Gás abaixo de 20o C 1a4
o
Éter de petróleo 20 - 60 C 5a6
o
Ligroína (nafta leve) 60 - 100 C 6a7
Gasolina natural 40 - 205o C 5 a 10 e cicloalcanos
o
Petróleo de iluminação 175 - 325 C 12 a 18 e aromáticos
Gasóleo acima de 275o C 12 ou mais
Óleo de lubrificação líquidos não voláteis cadeias longas ligadas a ciclos
Asfalto ou coque do
sólidos não voláteis estruturas policíclicas
petróleo
6- Propriedades químicas
1- Craque ou Pirólise
2- Halogenação
3- Nitração
4- Sulfonação
1- Craque ou Pirólise
29
2- Halogenação
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Velocidades relativas de subtração do hidrogênio:
H primário = 1,0
H secundário = 3,8
H terciário = 5,0
13,6 corresponde a 100% das velocidades relativas. Logo, por regra de três
simples, temos que 7,6 (H primário) corresponde a aproximadamente 55,9% e que 6,0 (H
secundário) corresponde a 44,1%. Essas porcentagens são as quantidades relativas dos
radicais n-propil e isopropil formados e, consequentemente, também dos produtos
formados. Percebe-se então que o radical substituído no carbono secundário, isto é, o
radical isopropil, forma-se mais rapidamente que o n-propil, o que leva a uma maior
rapidez na formação do 2-bromo propano.
Essa regra funciona bem para a monohalogenação dos alcanos e os resultados são
geralmente porcentagens não muito discrepantes entre si, pois na maioria dos alcanos o
número de hidrogênios menos reativos é maior, quer dizer, a menor reatividade está
compensada por um fator de probabilidade de ataque mais alto e disto resulta que se
obtenham quantidades apreciáveis de todos os isômeros.
ESTEREOQUÍMICA DE REAÇÕES
Formação de racematos:
Formação de mesocomposto:
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Alterações na configuração:
7- Retenção de configuração
8- Inversão de configuração
1- Adição de HX ao 1- buteno
2- Halogenação do n-butano
32
3- Halogenação do 2- buteno
33
4- Hidrogenação da butanona
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Alguns compostos que apresentam tautomeria podem constituir racematos através
da interconversão das estruturas isômeras. Veja o exemplo do 2-metil butanal (tautomeria
aldo-enólica):
6- Oxidação do ciclopenteno
7- Retenção de configuração
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A entrada do grupo hidroxila no lugar do iodo não altera a numeração da
configuração absoluta, porque o oxigênio ainda tem maior número atômico que os outros
ligantes, e continua sendo o número 1. Veja outro exemplo abaixo - a reação do 2 -
butanol com cloreto de tionila:
8- Inversão de configuração
1- Adição de HX ao 1- buteno
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2- Halogenação do n-butano
3- Halogenação do 2- buteno
37
Agora veja a halogenação do trans - 2 - buteno. Perceba que os enantiômeros agora
têm configuração RS:
4- Hidrogenação da butanona
38
5- Racemização por tautomerização
6- Oxidação do ciclopenteno
39
7- Retenção de configuração
8- Inversão de configuração
40
AS REAÇÕES ORGÂNICAS
1- Rupturas de ligações
Quando a ruptura é feita igualmente, de modo que cada átomo fique com seu
elétron original da ligação, temos uma ruptura homolítica, que resulta na formação de
radicais livres. Radical livre, portanto, é um átomo ou grupo de átomos com elétrons
desemparelhados, e têm carga elétrica igual a zero. As rupturas homolíticas
frequentemente ocorrem em moléculas apolares ou com baixa diferença de
eletronegatividade entre os átomos das ligações e exigem alta energia. Veja o exemplo
abaixo:
Quando a ruptura é feita de modo desigual, ficando o par eletrônico com apenas
um dos átomos da ligação, temos uma ruptura heterolítica, resultando na formação de
íons. As rupturas heterolíticas frequentemente ocorrem em ligações polarizadas, em
presença de solventes polares, à custa de pouca energia. Veja os seguintes exemplos:
41
a) Rompendo-se heteroliticamente a ligação entre o carbono e o bromo, de modo
que o bromo, sendo mais eletronegativo, leve consigo o par eletrônico, temos a formação
do íon brometo e do carbocátion.
Reagente eletrófilo (E) - O eletrófilo é uma espécie que possui afinidade por
elétrons, e se liga a espécies capazes de fornecer-lhe esses elétrons (ver teoria de Lewis).
O eletrófilo pode ser um cátion ou uma molécula com deficiência eletrônica (com orbital
vazio para receber um par eletrônico). Quando um eletrófilo se combina com um reagente
orgânico (substrato), temos uma reação eletrofílica. Pelo conceito de Lewis, o reagente
eletrófilo é um ácido e o substrato é uma base.
Reagente nucleófilo (:Nu) - O nucleófilo é uma espécie que possui par de elétrons
disponíveis para efetuar uma ligação, e se liga a espécies capazes de comportar esses
elétrons (ver teoria de Lewis). O nucleófilo pode ser um ânion ou uma molécula com
disponibilidade eletrônica (com orbital preenchido para coordenar elétrons não-ligantes).
Quando um eletrófilo se combina com um reagente orgânico, chamado de substrato (S),
temos uma reação nucleofílica. Pelo conceito de Lewis, o reagente nucleófilo é uma
base e o substrato é um ácido.
42
3- Mecanismos de reações orgânicas
Mecanismo de uma reação é a descrição das várias etapas pelas quais ela passa,
como a ruptura das ligações, os ataques eletrofílicos e nucleofílicos ao reagente orgânico,
a formação de novas ligações e de compostos intermediários etc. Um mecanismo
proposto é sempre um modelo que se baseia em evidências experimentais, mas nem
sempre é a única maneira de se explicar a formação de determinado produto. No
mecanismo da reação influem factores eletrônicos (polaridade das ligações,
deslocalização de elétrons etc), factores estéricos (presença ou não de grupos volumosos
envolvendo o centro reativo da molécula etc) e a natureza do solvente. Uma reação
orgânica pode ocorrer basicamente de duas maneiras: ionicamente ou via radicais livres.
Muitas vezes, num sistema em reação, existem, por exemplo, mais de uma espécie
de nucleófilo ou eletrófilo, que então competem para a reação com o substrato. No
entanto, vários fatores físicos e químicos vão determinar qual deles é que vai
efetivamente reagir, como por exemplo, reagentes muito volumosos, força ácido-básica
etc. Antes de se realizar uma reação, todas as características dos reagentes são verificadas
e os reagentes são escolhidos convenientemente, dependendo do produto que se deseja
obter. Deve-se deixar bem claro: O mecanismo de uma reação é uma maneira didática
de explicar passo a passo a formação de determinado produto. Não importa se existem
possibilidades de formação de outros produtos. O mecanismo tem que explicar o que
aconteceu realmente na prática.
Quando uma reação orgânica efetua-se em diversas etapas, é a primeira etapa que
irá classificar essa reação.
43
1o etapa: adição nucleofílica
2o etapa: adição eletrofílica
Veja um exemplo:
44
substrato. Isso porque a primeira etapa, que é lenta e por isso determina a velocidade da
reação, depende dos dois reagentes para ocorrer - a formação do estado de transição. Veja
um exemplo:
A reação por SN2 origina um produto cuja configuração absoluta é oposta à inicial
(inversão total de configuração). Isso porque a entrada do nucleófilo (no caso do exemplo
acima, o OH-) se dá em lado contrário ao grupo anbandonador (no caso do exemplo
acima, o Br), devido às repulsões entre pares eletrônicos dos grupos ligantes. O carbono,
incialmente tetraédrico, adquire uma estrutura radial, no estado de transição, com cinco
ligantes: a ligação com o Br está sendo desfeita e, simultaneamente, está se formando a
ligação com o OH. EM seguida, após a saída do Br, o carbono reassume a forma
tetraédrica, mas em configuração invertida à original.
45
A reação por SN1 origina uma mistura de enantiômeros: ocorre retenção e inversão
de configuração. Isso porque o carbocátion tem geometria trigonal plana, oferecendo dois
lados para a entrada do nucleófilo. No entanto, a racemização não é completa, e
geralmente predomina o enantiômero de configuração invertida. Isto ocorre
provavelmente devido ao fato de o haleto, durante sua saída, proteger (por causa das
repulsões inter-eletrônicas com o OH-) esse lado do carbono contra o ataque do
nucleófilo, que então entra preferencialmente, pela retaguarda.
46
Veja um exemplo:
Substituição por radical livre - Nessa reação, típica de alcanos, o substrato sofre
na primeira etapa um ataque por radical livre. Veja um exemplo:
47
Eliminação E2 ou de segunda ordem - O mecanismo E2 tem certa semelhança com
a reação SN2. Forma-se um estado intermediário na primeira etapa e a velocidade da
reação depende da concentração de ambos os reagentes. Os fatores que favorecem esse
mecanismo são os mesmos que favorecem SN2. Vejamos um exemplo:
ALCENOS ou OLEFINAS
1- Nomenclatura e exemplos
48
2- A dupla ligação
3- Isomeria geométrica
49
mas diferem principalmente nas propriedades físicas, tais como PF e PE, índices de
refração, solubilidade, densidade etc.
4- Propriedades físicas
posições opostas, gerando portanto, efeitos indutivos equivalentes que se anulam, o que
não ocorre com os isômeros cis.
5- Métodos de obtenção
50
Os alcenos mais simples, até cinco átomos de carbono, podem ser obtidos em
forma pura, na indústria do petróleo. Os demais são produzidos em laboratório.
1- Craque de alcanos
2- Hidrogenação de alcinos
3- Desidratação intramolecular de álcoois
4- Desalidrificação de haletos
5- Desalogenção de dihaletos vicinais com zinco
6- Reação de aldeídos ou cetonas com ilídio
1- Craque de alcanos
2- Hidrogenação de alcinos
51
3- Desidratação intermolecular de álcoois
4- Desalidrificação de haletos
Tratando os haletos com uma solução alcoólica aquecida de uma base inorgânica
(KOH, por exemplo) é possível transformá-los em alcenos. É importante notar que, no
caso de haletos com mais de três carbonos, podem se formar produtos diferentes, em
quantidades variadas. No exemplo abaixo, o 2- Bromo butano dá origem a uma mistura
de dois alcenos isômeros:
52
6- Reação de aldeídos ou cetonas com ilídio
6- Propriedades químicas
53
Como a estrutura é um híbrido que comporta tanto uma carga positiva quanto uma
carga negativa, existem duas possibilidades: a adição nucleofílica e a adição eletrofílica.
Verifica-se experimentalmente que, talvez devido à alta mobilidade dos elétrons pi, uma
quase totalidade das reações dos alcenos é iniciada por um ataque desses elétrons a um
eletrófilo. Portanto, as adições eletrofílicas são típicas dos alcenos.
6- Propriedades químicas
Como a estrutura é um híbrido que comporta tanto uma carga positiva quanto uma
carga negativa, existem duas possibilidades: a adição nucleofílica e a adição eletrofílica.
Verifica-se experimentalmente que, talvez devido à alta mobilidade dos elétrons pi, uma
quase totalidade das reações dos alcenos é iniciada por um ataque desses elétrons a um
eletrófilo. Portanto, as adições eletrofílicas são típicas dos alcenos.
1- Halidrificação
2- Formação de haloidrina- Halogenação
4- Hidratação
5- Reação com H2SO4
6- Reação com perácidos
7- Hidrogenação
8- Oxidação por KMnO4
9- Ozonólise
54
1- Halidrificação
55
Veja aqui alguns aspectos estereoquímicos da halidrificação de alcenos.
3- Halogenação
56
Veja aqui alguns aspectos estereoquímicos da halogenação de alcenos.
4- Hidratação
57
Pode-se tratar alcenos com perácido orgânico, resultando um processo de
epoxidação, isto é, formação de um epóxido:
7- Hidrogenação
58
Geralmente, quanto menor o calor liberado na hidrogenação, maior a estabilidade
do composto. Por exemplo, o 2-buteno-cis libera 28,6 kcal/mol enquanto o isômero trans
libera 27,6 kcal/mol. Isso significa que o isômero trans do 2-buteno é mais estável do que
o cis. Também verificou-se que, quanto maior for o número de grupos alquilo ligados aos
carbonos entre os quais existe a dupla ligação, mais estável será o alceno. Sendo a reação
de hidrogenação exotérmica, não se dá, no entanto, mesmo a alta temperatura, se não
estiver presente um catalisador. Este atua diminuindo a energia de ativação necessária
para que a reação ocorra. Os reagentes são adsorvidos na sua superfície, rompendo as
ligações pi e enfraquecendo as ligações sigma, o que facilita a reação. O paládio, a platina
e o níquel podem servir como catalisadores da hidrogenação.
59
Perceba que o carbono da dupla na molécula inicial era secundário; daí a formação
de ácidos carboxílicos.
9- Ozonólise
60
DIENOS
1- Nomenclatura e exemplos
Conforme a posição das duplas ligações, podemos dividir os dienos em três grupos:
3- Propriedades físicas
4- Métodos de obtenção
61
PRINCIPAIS MÉTODOS DE OBTENÇÃO DOS DIENOS
2- Eliminação em dióis
62
5- Propriedades químicas
Num dieno conjugado, os orbitais p (que fazem a ligação pi) dos carbonos vizinhos
estão a uma mesma distância uns dos outros, devida à ressonância, que faz com que as
ligações carbono-carbono tenham o mesmo comprimento. As nuvens eletrônicas podem
então assumir um aspecto contínuo, como mostrado abaixo:
63
PRINCIPAIS REAÇÕES DOS DIENOS
64
As quantidades relativas de cada um dos produtos formados depende da
temperatura em que a reação foi efetuada. Quando ela se realiza a baixas temperaturas
(aprox. -80o C) obtém-se uma mistura de 20% do produto 1,4 e 80% do produto 1,2. Se
ela for realizada em temperaturas mais elevadas (aprox. 40o C), porém, obtém-se uma
mistura de composição inversa: 20% do produto 1,2 e 80% do produto 1,4. A
temperaturas intermediárias obtém-se uma mistura cuja composição se situa entre as duas
indicadas. Outra observação importante é a de que qualquer um dos compostos
separadamente se transforma na mistura dos dois isômeros, por aquecimento, indicando
que ela resulta do equilíbrio entre os dois compostos.
Os dienos que possuem duplas acumuladas reagem com água, produzindo cetonas.
Veja um exemplo de reação, envolvendo o 1,2- butadieno:
65
ALCINOS
1- Nomenclatura e exemplos
2- A ligação tripla
3- Propriedades físicas
66
Os alcinos são compostos de baixa polaridade e apresentam essencialmente as
mesmas propriedades físicas dos alcanos e dos alcenos: são insolúveis em água e solúveis
em solventes apolares, são menos densos que a água e os pontos de ebulição escalonam-
se igualmente segundo o número de carbonos na cadeia e dependem da maior ou menor
ramificação que nela exista.
4- Métodos de obtenção
Não são muito importantes as reações que produzem alcinos, porém, vale a pena
destacar a desalogenação de dihaletos vicinais.
5- Propriedades químicas
OBS: O carbeto de cálcio (conhecido também como carbureto) pode ser obtido
pela reação entre o óxido de cálcio (CaO) e o carvão coque, realizada a temperaturas
próximas à 2000o C em fornos elétricos.
67
1- Halidrificação
2- Halogenação
3- Hidrataçao
4- Trimerização do acetileno
5- Hidrogenação
6- Adição nucleofílica de HCN
7- Oxidação por KMnO4
1- Halidrificação
2- Halogenação
68
3- Hidratação
4- Trimerização do acetileno
69
5- Hidrogenação
Oxidação branda - Nessa reação, a tripla ligação não chega a se romper, e aos
carbonos são adicionados oxigênios. Os produtos dependem dos tipos de carbono iniciais.
Geralmente resulta um aldeído ou uma função mista, como no exemplo abaixo - um
cetoaldeído:
70
Oxidação enérgica - A oxidação enérgica dos alcinos por permanganato segue uma
reação semelhante à oxidação enérgica dos alcenos. Carbonos primários dão CO2 e H2O,
secundários dão ácidos carboxílicos e terciários, cetonas.
1- Desalidrificação
2- Desalogenação de haletos vicinais com zinco
3- Desalogenação de dihaletos vicinais
4- Eliminação por nucleófilo em haletos cíclicos
5- Desalogenação de dihaletos não-vicinais com zinco
6- Eliminação com sódio metálico em haletos cíclicos
7- Substituição nucleofílica interna
8- Reação com alcóxidos
9- Reação com sais de ácidos carboxílicos
10- Hidroxilação de haletos aromáticos
1- Desalidrificação
Tratando os haletos com uma solução alcoólica aquecida de uma base inorgânica
(KOH, por exemplo) é possível transformá-los em alcenos. É importante notar que, no
caso de haletos com mais de três carbonos, podem se formar produtos diferentes, em
quantidades variadas. No exemplo abaixo, o 2- Bromo butano dá origem a uma mistura
de dois alcenos isômeros:
71
2- Desalogenação de haletos vicinais com zinco
72
Tratando um haleto cíclico com bases pode-se obter um hidrocarboneto alicíclico.
Veja:
73
abaixo - a hidratação do conhecido "gás mostarda". Nesse caso a reação desse gás com a
água é acelerada pela existência do enxofre (nucleófilo), que causa um rearranjo
estrutural na molécula, facilitando a saída do cloro. Esse "auxílio" dado pelo nucleófilo
interno é chamado ajuda anquimérica.
74
10- Hidroxilação de haletos aromáticos
HIDROCARBONETOS ALICÍCLICOS
1- Nomenclatura e exemplos
75
um triângulo equilátero, com ângulos de 60o, e o ciclobutano é um quadrado, com
ângulos de 90o.
E o ciclohexano? Este teria um ângulo coplanar de 120o, o que causaria uma tensão
em sentido oposto em relação aos casos citados anteriormente, ou seja, de acordo com a
fórmula, a tensão para o ciclohexano seria de -5o 25, que seria uma tensão de distensão.
Por isso, o ciclohexano deveria ser muito instável. Porém, ele é mais estável que o
ciclopentano e praticamente só dá reação de substituição. Bayer errou, porque os átomos
de carbono nas cadeias cíclicas com mais de cinco carbonos não são coplanares, e
mantêm o ângulo tetraédrico (109o 5'), sem tensão. No caso do ciclohexano, os carbonos,
mantendo o ângulo tetraédrico, podem assumir duas conformações espaciais, que foram
denominadas barco e cadeira, por fazerem lembrar esses objetos. No entanto, a estrutura
em forma de cadeira é a mais estável delas. Não pela tensão angular, já que ambas têm o
mesmo ângulo de ligação (109o 5'), mas pelo fato de a conformação barco apresentar
interações não-dirigidas entre os átomos de hidrogênio.
3- As ligações no ciclohexano
76
As ligações em vermelho são axiais e as ligações em azul são equatorias. Um
ligante que se encontre em posição axial é menos favorecido do que na posição
equatorial. Isso porque as maiores aglomerações eletrônicas, que geram as inteações não-
dirigidas, ocorrem entre dois ligantes que se localizam em posições axiais, devido à
menor distância entre eles. Na posição equatorial, os dois ligantes estão a uma distância
máxima entre si e, portanto, essa é a posição mais favorecida. Isso pode ser visto
facilmente com um modelo molecular tridimensional.
4- Isomeria geométrica
As estruturas não são iguais, visto que a energia necessária para romper as ligações
e converter uma estrutura na outra é muito elevada. Pode-se, então, isolar os dois
isômeros.
5- Propriedades físicas
77
6- Métodos de obtenção
78
4 - Desidroxilação de álcoois cíclicos
7- Propriedades químicas
79
PRINCIPAIS REAÇÕES DOS HIDROCARBONETOS ALICÍCLICOS
1- Halidrificação
2- Halogenação
3- Formação de haloidrinas
4- Hidratação
5- Abertura do ciclopropano
1- Halidrificação
2- Halogenação
3- Formação de haloidrinas
80
4- Hidratação
5- Abertura do ciclopropano
81
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
1- Nomenclatura e exemplos
A nomenclatura dos hidrocarbonetos não segue uma norma fixa e vários destes
compostos possuem nomes próprios. No entanto, a maioria deles é nomeado de acordo
com os mesmos termos usados nas demais nomenclaturas: radicais, prefixos, infixos e
sufixos. Grande parte destes compostos têm como cadeia principal o benzeno.
82
2- Estrutura e estabilidade do benzeno
Essa estrutura foi proposta em 1865 pelo químico alemão Friedrich August Kekulé
e até hoje é aceita pelos químicos de todo o mundo. Chegou-se a essa estrutura a partir de
vários experimentos, dentre os quais obteve-se três isômeros de um mesmo produto,
quando se substituiu dois dos hidrogênios do anel benzênico. A estrutura de Kekulé,
portanto, explica satisfatoriamente os fatos verificados. Veja abaixo os isômeros obtidos
na substituição de dois hidrogênios por dois átomos de bromo:
83
hidrogena um mol de um composto insaturado. Na maioria dos casos observa-se o valor
de 28-30 kcal/mol para cada ligação dupla do composto. Veja abaixo os calores de
hidrogenação de alguns compostos:
3- A aromaticidade
84
As estruturas 1 e 4 não são aromáticas porque possuem carbono sp3 no anel,
portanto, o ciclo não é plano. A estrutura 3, apesar de ter somente carbonos de geometria
trigonal, tem um número de elétrons pi que não condiz com a fórmula 4n + 2, já que o n
deve ser um número inteiro. As estruturas 2 e 5 são aromáticas, pois respeitam as três
regras (lembre-se que um carbocátion tem geometria trigonal plana, pois sustenta
somente três ligações).
OBS: Vale lembrar que não só os anéis homocíclios possuem caráter aromático.
Muitos compostos heterocíclicos também apresentam propriedades aromáticas.
4- Propriedades físicas
Orto-xileno: -25o C
Meta-xileno: -48o C
Para-xileno: 13o C
5- Métodos de obtenção
85
Uma reação laboratorial interessante é a trimerização do acetileno, a alta pressão,
que produz o benzeno. Outro método eficaz é a alquilação de Friedel-Crafts, que produz
hidrocarbonetos aromáticos complexos a partir de outros mais simples.
6- Propriedades químicas
1- Nitração
2- Sulfonação
3- Halogenação
4- Acilação de Friedel-Crafts
5- Alquilação de Friedel-Crafts
6- Oxidação do cumeno
1- Nitração
O benzeno pode reagir com ácido nítrico, em presença de ácido sulfúrico que,
sendo um ácido mais forte que o HNO3, faz com que este se comporte como base de
Lewis, recebendo um próton do H2SO4. Trata-se de um equilíbrio ácido-base.
2- Sulfonação
O benzeno pode ser sulfonado com ácido sulfúrico fumegante - uma solução de
SO3 em H2SO4 - em que o próprio SO3 será o eletrófilo:
86
3- Halogenação
87
A reação I se inicia com a ruptura homolítica do halogênio. Logo, é uma reação
via radicais livres, semelhante àquelas que ocorrem com os alcanos. Daí a preferência
pela cadeia lateral (grupo alquilo). Na prática, é necessário manter a luz, pois podem
ocorrer associações entre os átomos de cloro, regenerando o Cl2. A reação II ocorre na
presença de ácido de Lewis, que quebra heteroliticamente o halogênio, ou seja, formam-
se íons. A reação é iônica e a orientação da entrada do eletrófilo será dada pelo grupo que
estiver presente no anel.
4- Acilação de Friedel-Crafts
5- Alquilação de Friedel-Crafts
88
Reagindo-se haletos de alquila com benzeno, em presença de AlCl3 ou FeCl3
(ácidos de Lewis), obtém-se outro hidrocarboneto aromático. O eletrófilo é o carbocátion
que se forma. Veja o exemplo abaixo:
6- Oxidação do cumeno
89
7- Orientação da segunda substituição no benzeno
90
O núcleo benzeno é susceptível a ataques eletrofílicos, portanto, quanto maior a
densidade eletrônica no átomo, mais facilmente ele será atacado pelo eletrófilo. Os
carbonos que apresentam maior densidade eletrônica estão nas posições orto e para.
Logo, a entrada de um eletrófilo se dará facilmente nestas posições. Ora, se o primeiro
radical (OH) aumenta a densidade eletrônica do anel, ele é um grupo ativador, e,
portanto, aumenta a reatividade do composto.
Veja que as posições orto e para possuem baixa densidade eletrônica, pois ficam
constantemente destituídos de elétrons. Logo, o composto sofrerá facilmente ataques
eletrófilos na posição meta. Ora, se o primeiro radical (NO2) diminui a densidade
eletrônica do anel, ele é um grupo desativador, e diminui a reatividade do composto.
COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS
1- Nomenclatura e exemplos
91
sofrem facilmente a ruptura do anel, dando reações que mais se assemelham às reações
dos compostos acíclicos.
92
conferem grande estabilidade química ao composto. Veja o exemplo do pirrol (as
estruturas de ressonância do furano e do tiofeno são análogas às ilustradas abaixo):
3- Propriedades físico-químicas
93
A piridina, quando reduzida, origina a piperidina, cujo núcleo encontra-se na
cocaína e na piperina (alcalóide de pimenta branca)
O indol tem odor agradável e serve à fabricação de perfumes, mas sua grande
importância reside no fato de servir como matéria-prima para a fabricação do
índigo blue, um corante azul, utilizado no tingimento de tecidos
6- Os Alcalóides
94
Alcalóides são compostos nitrogenados, em geral, heterocíclicos, de caráter básico,
que são normalmente produzidos por vegetais e têm ação enérgica sobre os animais - em
pequenas quantidades podem servir como medicamentos, e em doses maiores são
tóxicos. Quase todos os alcalóides são substâncias sólidas, de sabor amargo. A
classificação mais aceita para os alcalóides é aquela que os agrupa de acordo com o
núcleo da qual derivam (veja as estruturas moleculares de alguns alcalóides). Os
principais grupos de alcalóides são:
Quinina - É um pó branco pouco solúvel em água, mas forma sais solúveis, sendo
utilizada sob esta forma.
95
Estricnina - Em pequenas doses, a estricnina é utilizada como tônico. Em doses
elevadas, porém, pode causar a morte.
Especial: CARBENOS
O carbeno mais simples é o metileno (CH2), que pode ser preparado pela
decomposição térmica ou fotólise do diazometano (CH2N2), um gás amarelo, muito
venenoso:
CH2N2 CH2 + N2
As reações dos carbenos são também de grande utilidade nas sínteses preparativas
de compostos que têm anéis de três membros.
ISOMERIA ÓPTICA
1- A luz polarizada
96
Os dispositivos capazes de "filtrar" os planos de propagação da luz são
denominados polarizadores. Existem muitas maneiras de polarizar a luz. Uma delas é
utilizar o prisma de Nicol - um cristal transparente de CaCO3 denominado espato da
Islândia, que possui a propriedade de produzir a dupla refração da luz. Para cada raio
incidente saem dois raios refratados. Esses dois raios refratados são polarizados, porém,
em planos diferentes. Para obter a luz em um único plano de vibração é preciso eliminar
um desses raios. Para isso o prisma é cortado segundo um plano diagonal e em seguida as
partes cortadas são coladas com uma resina transparente denominada bálsamo do
Canadá. Essa resina é mais refringente que o cristal; um dos raios atinge o bálsamo com
um ângulo de incidência maior que o ângulo limite e, consequentemente, é refletido.
Somente um dos raios é capaz de atravessar o prisma. Temos então a luz polarizada:
2- A atividade óptica
97
Algumas substâncias, sólidas ou líquidas, possuem a capacidade de produzir um
desvio no plano da luz polarizada. São chamadas substâncias opticamente ativas. Quando
esse desvio é para a direita (no sentido horário) dizemos que a substância é dextrógira
(representada pela letra d ou pelo sinal +). Quando o desvio é para a esquerda (no sentido
anti-horário) dizemos que a substância é levógira (representada pela letra l ou pelo sinal -
). Quando uma substância opticamente ativa é atravessada pela luz polarizada, ocorre
uma rotação no plano de vibração, que é então passado por um analisador, que faz a
leitura do ângulo de rotação (desvio do plano). A atividade óptica se manifesta nos
seguintes casos:
Quando nos cristais, estes devem ser assimétricos, ou seja, não ter nenhum plano
de simetria.
Quando nos líquidos, estes devem ser formados por moléculas assimétricas.
Por exemplo, num par de sapatos, o pé esquerdo não serve no pé direito e vice-
versa. Logo o par de sapatos é composto por duas formas diferentes, ou seja, não
coincidentes. Observe ainda que um pé direito do sapato diante de um espelho é a
imagem do pé esquerdo e vice-versa. Dizemos que esta é a imagem especular do objeto.
Já uma xícara, uma faca ou uma bola possuem uma imagem especular que coincide com
o objeto, pois apresentam pelo menos um plano de simetria. O mesmo pode ser aplicado
para moléculas. Veja a comparação entre uma molécula simétrica (cloro-metano) e uma
molécula assimétrica (ácido láctico), ambas diante de um espelho imaginário:
98
C*). Observando a representação da molécula do ácido láctico abaixo podemos constatar
que a sua imagem especular não coincide com o objeto:
4- Rotação específica
99
Quando se misturam os enantiômeros em quantidades iguais, tem-se uma mistura
racêmica ou racemato, opticamente inativa. Isso porque as moléculas levógiras anulam
o efeito das dextrógiras sobre a luz polarizada e vice-versa. Numa substância opticamente
ativa, não contaminada pelo respectivo enantiômero, a rotação provocada pelas moléculas
não é anulada, já que nenhuma molécula pode ser considerada como imagem em espelho
plano de outra, seja qual for a distribuição em que elas se encontrem no espaço.
Onde:
- rotação específica
- desvio no plano da luz polarizada (em graus)
l - comprimento do tubo
e - concentração da substância (em g/ml)
100
5.1) Plano de simetria:
Veja as representações abaixo. A molécula ABCDE é a única que não resulta duas
metades equivalentes quando cortada por um plano que passe por duas ligações. Por não
ter nenhum plano de simetria, moléculas desse tipo são ditas assimétricas.
101
Existe um eixo de simetria quando a molécula é girada de um ângulo de 360o ao
redor de um eixo e a situação é equivalente à inicial. Veja como exemplo a molécula do
trans 1,2 - dibromo ciclobutano. Pode-se traçar um eixo no centro da molécula de modo
que, girando a estrutura 360o ao redor desse eixo, obtemos a mesma disposição inicial dos
átomos. A molécula apresenta, portanto, um elemento de simetria, porém, sua imagem
especular não é sobreponível. A molécula é dita dissimétrica, e existe como um par de
enantiômeros, ou seja, apresenta atividade óptica. Veja:
Se pudermos identificar na molécula um ponto pelo qual se pode traçar uma linha
que ligue partes iguais em lados opostos, podemos dizer que a molécula é simétrica e não
apresenta atividade óptica Veja os exemplos:
102
Tente girar a imagem fazendo rotações no sentido horário e anti-horário, sem tirar a
molécula do plano do papel. Se você conseguir coincidir exatamente a imagem com seu
objeto, significa que ambas são uma mesma estrutura espacial. Das moléculas acima, I e
II são enantiômeros, pois, não são sobreponíveis. Já III e IV são a mesma estrutura, pois
consegue-se sobrepô-las, girando uma delas em 180o. Comparada a I e II, a estrutura III
(estamos desconsiderando arbitrariamente a estrutura IV) não tem relação objeto-
imagem. Dizemos que I e III (ou II e III) são diasteroisômeros. A estrutura III é
chamada mesocomposto.
7- Configuração relativa
Assim, da mesma forma, para outros açúcares, aqueles que apresentarem maior
número de hidroxilas para a direita são classificados como D e aqueles que apresentarem
maior número de hidroxilas para a esquerda são classificados como L. Não confunda D e
L (maiúsculos) com d e l (minúsculos). Os primeiros indicam uma configuração
molecular específica para açúcares e os segundos indicam o desvio do plano da luz
103
polarizada para a direita ou para a esquerda, nos compostos com atividade óptica. Pode
inclusive acontecer de um açúcar L ser dextrógiro (d) ou vice-versa. Isso mostra que não
existe nenhuma relação entre D-L e d-l.
8- Configuração absoluta
Ordenados os grupos, olhamos o centro quiral pelo lado oposto ao grupo de ordem
superior (de maior Z). É altamente recomendável usar modelos moleculares
tridimensionais em todo esse estudo, devido à sua melhor visualização espacial. Caso
contrário pode-se fazer muita confusão.
104
Veja alguns exemplos (monte modelos moleculares como os representados abaixo
procure visualizar o sentido da numeração):
105
Perceba que a troca de posição entre os ligantes 1 e 3 alterou a configuração da
molécula de S para R. Trocando novamente de posição dois ligantes quaisquer obtemos a
configuração inicial S. Podemos então enunciar que: Invertendo dois ligantes de posição
um número "par" de vezes não alteramos sua configuração absoluta. Mas se o fizermos
um número "ímpar" de vezes, sua configuração se altera.
9- Estereoquímica de reações
Adição de HX ao 1-Buteno
Halogenação do n-Butano
Halogenação do 2-Buteno
106
Hidrogenação da butanona
Oxidação do ciclopenteno
107
Uma vez separados os dois sais, pode-se recuperar de cada um deles os dois
enantiômeros separadamente. Os diasteroisômeros AB são tratados com H+, regenerando-
se o ácido/base (B) e o enantiômero (A). Como B é polar, solubiliza-se em água, e A, um
composto apolar ou fracamente polar, solubiliza-se em solvente orgânico. Veja um
exemplo que mostra a formação dos diasteroisômeros:
1- Nomenclatura e exemplos
3- Propriedades físicas
108
Dissolvem-se apenas em solventes orgânicos. Os haletos mais simples, com até dois
cerbonos na cadeia, são gases. À medida que a massa molecular aumenta, eles se tornam
líquidos e, posteriormente, sólidos. Os haletos mais importantes são líquidos incolores de
cheiro agradável, porém, tóxico. Apresentam pontos de ebulição próximos aos alcanos de
mesma massa molecular.
4- Métodos de obtenção
A grande maioria dos haletos são sintetizados em laboratório para serem usados
como ponto de partida para a obtenção de outros compostos orgânicos de maior interesse.
1- Halogenação de alcanos
2- Halidirificação de alcenos
3- Halogenação de alcenos
4- Halidrificação de alcinos
5- Halogenação de alcinos
6- Halidrificação de cicloalcenos
7- Halogenação de cicloalcenos
8- Halogenação de anéis aromáticos
9- Halidirificação de dienos conjugados (adição 1,4)
10- Reação de álcoois com HX diluído
11- Reação de álcoois com cloreto de tionila
12- Reação de álcoois com haletos de fósforo
1- Halogenação de alcanos
109
2- Halidrificação de alcenos
3- Halogenação de alcenos
110
4- Halidrificação de alcinos
5- Halogenação de alcinos
111
6- Halidrificação de cicloalcenos
7- Halogenação de cicloalcenos
112
8- Halogenação de anéis aromáticos
113
As quantidades relativas de cada um dos produtos formados depende da
temperatura em que a reação foi efetuada. Quando ela se realiza a baixas temperaturas
(aprox. -80o C) obtém-se uma mistura de 20% do produto 1,4 e 80% do produto 1,2. Se
ela for realizada em temperaturas mais elevadas (aprox. 40o C), porém, obtém-se uma
mistura de composição inversa: 20% do produto 1,2 e 80% do produto 1,4. A
temperaturas intermediárias obtém-se uma mistura cuja composição se situa entre as duas
indicadas. Outra observação importante é a de que qualquer um dos compostos
separadamente se transforma na mistura dos dois isômeros, por aquecimento, indicando
que ela resulta do equilíbrio entre os dois compostos.
114
12- Reação de álcoois com haletos de fósforo
5- Propriedades químicas
Os haletos de alquila são muito reativos e a partir deles pode-se obter praticamente
todas as funções orgânicas. Isto torna-os importantíssimos nas sínteses orgânicas. Essa
grande reatividade dos haletos é explicada pela forte polaridade da ligação entre o
halogênio e o carbono, causando na cadeia um efeito indutivo -I. Já os haletos aromáticos
são menos reativos, pois o efeito indutivo -I é contrabalanceado pelo efeito mesomérico
+M, que aparece devido à ressonância de um par eletrônico livre do halogênio com o anel
aromático. A reatividade dos haletos de alquila cresce da seguinte maneira: R-I > R-Br >
R-Cl > R-F. Isso porque quanto maior o haleto, mais polarizável ele se torna, logo, reage
com mais facilidade.
1- Desalidrificação
2- Desalogenação de haletos vicinais com zinco
115
3- Desalogenação de dihaletos vicinais
4- Eliminação por nucleófilo em haletos cíclicos
5- Desalogenação de dihaletos não-vicinais com zinco
6- Eliminação com sódio metálico em haletos cíclicos
7- Substituição nucleofílica interna
8- Reação com alcóxidos
9- Reação com sais de ácidos carboxílicos
10- Hidroxilação de haletos aromáticos
1- Desalidrificação
Tratando os haletos com uma solução alcoólica aquecida de uma base inorgânica
(KOH, por exemplo) é possível transformá-los em alcenos. É importante notar que, no
caso de haletos com mais de três carbonos, podem se formar produtos diferentes, em
quantidades variadas. No exemplo abaixo, o 2- Bromo butano dá origem a uma mistura
de dois alcenos isômeros:
116
Caso o hidrogênio capturado seja o primário, teremos a formação de dienos
conjugados:
117
6- Eliminação com sódio metálico em haletos cíclicos
118
8- Reação com alcóxidos (síntese de Williamson)
119
6- Aplicações dos haletos
Anestésico
Reagente na produção do chumbo-tetraetila - antidetonante para gasolina
Lubrificantes inertes
Matéria-prima para fabricação de plásticos de alta resistência química (teflon)
ÁLCOOIS
OBS: Uma outra nomenclatura que pode ser usada para álcoois, porém, em desuso,
é feita chamando-se o grupo C-OH de carbinol e tratando o restante da cadeia como
radicais desse grupo:
120
radicais + carbinol
2- Propriedades físicas
As moléculas dos álcoois, por possuírem o grupo polar OH, pode-se dizer, são
ligadas entre si pelos mesmos tipos de forças intermoleculares que agregam as moléculas
de água umas às outras - as ligações de hidrogênio. Por essa razão é possível misturar as
duas substâncias. Isso, no entanto, verifica-se apenas nos álcoois mais simples (metanol,
etanol e propanol). Nesses álcoois, que são líquidos incolores voláteis e de cheiro
característico, o grupo OH constitui importante porção da molécula. Com o aumento da
cadeia carbônica, todavia, o grupo OH começa a perder importância, pois a maior parte
da molécula é um hidrocarboneto. Os álcoois então tornam-se mais viscosos, menos
voláteis e menos solúveis em água, até chegarmos em álcoois de massa molecular tão
elevada que são sólidos e insolúveis em água. A viscosidade e a solubilidade dos álcoois
em água também aumenta se o número de hidroxilas aumentar. Quanto maior o número
de grupos OH, mais intensas serão as interações intermoleculares e maiores serão os
ponto de fusão e ebulição dos álcoois.
121
impossível separar os dois componentes. O álcool puro, chamado álcool absoluto, é
muito mais caro e utiliza-se apenas quando estritamente necessário. O etanol a 95% em
água tem PE = 78,15o C, inferior aos pontos de ebulição de seus componentes (etanol =
78,3o C e água = 100o C). Os azeótropos que possuem PE superior aos de seus
componentes são chamados misturas de ponto de ebulição máximo.
Se o álcool a 95% não se pode concentrar mais por destilação, como é que se
obtém o álcool etílico a 100% que também se encontra à venda e que se conhece por
álcool absoluto? Tirando partido da existência de outra mistura azeotrópica. Esta, porém,
com três componentes (azeótropo ternário). A mistura do 7,5% de água, 18,5% de etanol
e 74% de benzeno é azeotrópica e tem ponto de ebulição 64,9o C (mistura de ponto de
ebulição mínimo). Vejamos o que acontece se destilarmos uma mistura que contenha, por
exemplo, 150 g de etanol a 95% (142,5 g de álcool e 7,5 g de água) e 74 g de benzeno. O
primeiro material a destilar é o azeótropo ternário; onde destilarão 100 g, o que
corresponde a 7,5 g de água, 18,5 g do álcool e 74 g do benzeno. Quer dizer, toda a água
e todo o benzeno, mas apenas parte do álcool destilarão; permanecendo 124 g do álcool
puro anidro. Na prática, é comum juntar-se um pouco mais de benzeno do que o
estritamente necessário. O excesso é removido, depois da destilação da mistura ternária,
como azeótropo binário com álcool (PE = 68,3o C). O caso do álcool etílico demonstra
que os azeótropos embora, por vezes, bastante inconvenientes podem frequentemente ser
utilizados com vantagem prática. Para certos fins especiais tem de se remover mesmo o
mais leve vestígio de água que possa ainda existir no álcool absoluto comercial.
Consegue-se isto por tratamento do álcool com magnésio metálico; a água é transformada
em Mg(OH)2 insolúvel, e o álcool é então destilado.
O HIDROGÊNIO
1- A ligação de hidrogênio
122
2- Ligações na água e no gelo
A molécula de água apresenta dois pares de elétrons ligantes e dois pares não
ligantes. O ângulo de ligação esperado seria de 109o28' (geometria angular). No entanto,
verifica-se experimentalmente que esse ângulo é de 104o5'. Isso se deve ao fato de que a
repulsão existente entre pares eletrônicos não ligantes é mais intensa do que entre pares
ligantes (veja melhor em ligações químicas), o que causa um fechamento do ângulo de
ligação.
3- Ligações policêntricas
O hidrogênio pode formar ligações especiais com elementos que possuem baixa
densidade eletrônica, como o boro, com o qual pode formar o composto BH3. Este,
porém, é instável à temperatura ambiente, e é substituído pelo composto de fórmula B2H6
(borano), com uma estrutura esquematizada abaixo:
Como cada ligação envolve três núcleos atômicos, esse tipo de ligação é dito
tricentrada. Cada linha vermelha tracejada é uma ligação que envolve apenas um elétron.
Assim, os pares eletrônicos do hidrogênio fazem parte também dos átomos de boro.
4- estados de oxidação
123
elétrico, o que lhe confere alto poder polarizante. O estado de oxidação negativo ocorre
quando o hidrogênio se liga a elementos menos eletronegativos (geralmente metais). Os
compostos mais importantes em que o hidrogênio adquire carga -1 são chamados
hidretos.
De acordo com a mecânica quântica proposto por Heisenberg, quando dois átomos
de hidrogênio se unem para formar uma molécula de H2, pode ocorrer que o movimento
de rotação dos núcleos (spins) tenham o mesmo sentido ou sentidos opostos. Se tiverem o
mesmo sentido, serão chamados de orto-hidrogênios e se tiverem sentidos opostos serão
chamados de para-hidrogênios. Isto vale para qualquer molécula diatômica homonuclear
(átomos iguais). Veja maiores explicações sobre o fenômeno de acoplamento spin-spin de
átomos de hidrogênio na Espectrometria de RMN 1H.
Síntese da amônia
Combustível
Bomba de hidrogênio
124
Hidrogenação de óleos vegetais
Gasolina sintética
3- Métodos de obtenção
Normalmente, os álcoois não parecem livres na natureza. Entretanto, eles são muito
abundantes na forma de ésteres, tanto no reino vegetal quanto no reino animal. Além
disso, o álcool etílico é obtido em grande escala por processos de fermentação de
açúcares.
1- Hidratação de alcenos
2- Hidratação de cicloalcenos
3- Oxidação branda de alcenos
4- Hidratação de epóxidos
5- Reação de aldeídos ou cetonas com reagente de Grignard
7- Reação de éteres com HX
8- Hidrólise de ésteres
1- Hidratação de alcenos
2- Hidratação de cicloalcenos
125
3- Oxidação branda de alcenos
4- Hidratação de epóxidos
126
Os aldeídos e cetonas podem reagir com composto de Grignard e posterior
hidratação em meio ácido, produzindo álcoois. O reagente de Grignard funciona como
doador de carbânion:
8- Hidrólise de ésteres
127
Em meio básico a reação é mais rápida, visto que os íons hidróxido adicionados à
solução são nucleófilos mais fortes do que a água. Em meio ácido teríamos o seguinte:
4- Propriedades químicas
O grupo OH dos álcoois é a sua parte mais reativa, e estes compostos podem reagir
de duas maneiras: rompendo a ligação O-H ou rompendo a ligação C-OH. Neste último
caso, sendo o grupo OH um péssimo abandonador, ou seja, difícil de se retirar de uma
molécula, geralmente utiliza-se protonar o grupamento, para facilitar a sua saída.
Estudando o comportamento químico dos álcoois, pode-se conhecer muito do
comportamento químico do grupo hidroxila em outros compostos.
128
1- Desidratação
2- Eliminação em dióis
3- Eliminação em álcoois cíclicos
4- Reação com HX diluído
5- Reação com HI concentrado
6- Reação com cloreto de tionila
7- Reação com haletos de fósforo
8- Reação com ácidos (Esterificação)
9- Reação com aldeídos ou cetonas
10- Reação com cloretos de ácidos
1- Desidratação
2- Eliminação em dióis
129
3- Eliminação em álcoois cíclicos
Em meio ácido, os álcoois cíclicos podem ser hidratados, assim como os alcenos:
130
6- Reação com cloreto de tionila
131
8- Reação com ácidos (Esterificação)
132
Reação com cloretos de ácidos
Os álcoois mais simples são muito usados, dentre outras coisas, como:
Umectante
"Anti-freeze" - para baixar o ponto de congelamento da água de radiadores em
países frios
Fluido em breques hidráulicos
Matéria-prima de plásticos e fibras (poliésteres)
Solventes
Tintas
Plastificantes
Lubrificantes
Agente adoçante
Componente de cosméticos
FENÓIS
1- Nomenclatura e exemplos
133
Os fenóis não seguem nenhuma regra fixa de nomenclatura. Os mais simples, no
entanto, podem ser nomeados usando o anel aromático como cadeia principal e os grupos
ligados a ele como radicais.
2- Propriedades físicas
Os fenóis mais simples são líquidos ou sólidos de baixo ponto de fusão e ponto de
ebulição elevado, devido à ligação das moléculas, umas às outras, por ligações de
hidrogênio. São, em geral, pouco solúveis ou insolúveis em água, de cheiro forte e
característico. São tóxicos e têm ação cáustica sobre a pele. A menos que exista na
molécula algum grupo susceptível de produzir cor, os fenóis são incolores. Se oxidam
facilmente, como as aminas, e muitos fenóis apresentam cor devido à presença de
produtos de oxidação corados.
PE (a 70 volatilidade em vapor
isômero solubilidade
mmHg) d'água
orto-nitrofenol 100o C 0,2 g /100g de H2O volátil em vapor d'água
o
meta- 194 C 1,35 g /100g de não volátil em vapor d'água
134
nitrofenol H2O
1,69 g /100g de
para-nitrofenol decompõe-se não volátil em vapor d'água
H2O
Notamos que o orto-nitrofenol tem ponto de ebulição bem mais baixo e muito
menor solubilidade em água que os outros isômeros, além de ser o único facilmente
destilável em corrente de vapor d'água. Como se explica essas diferenças?
3- Métodos de obtenção
Muitos fenóis simples como o fenol comum, os naftóis e os cresóis podem ser
obtidos diretamente do alcatrão da hulha. Por isso, em laboratório, as reações geralmente
objetivam a produção de fenóis com estruturas mais complexas.
135
OBS: No sal de diazônio acima não está representado o ânion, mas apenas o cátion,
que é o importante para a reação. O sal pode ser qualquer um: cloreto, sulfato, nitrato etc.
3- Oxidação do cumeno
136
4- Propriedades químicas
Os fenóis têm caráter relativamente ácido, porém, menos ácido que os ácidos
carboxílicos (veja a comparação da força ácida destes compostos). Os fenóis podem ser
facilmente diferenciados dos álcoois por meio de alguns testes simples em laboratório.
1- Substituições eletrofílicas
2- Reação com haletos em meio básico
3- Esterificação
4- Reação com amônia
1- Substituições eletrofílicas
Os fenóis podem ser reagidos com haletos em meio básico, produzindo éteres.
Geralmente utilizam-se os iodetos, por ser o iodo um grupo de fácil saída.
3- Esterificação
137
4- Reação com amônia
5- Sais de fenóis
Como já foi dito, os fenóis são compostos relativamente ácidos, e podem ser
convertidos nos respectivos sais por soluções aquosas de hidróxidos. Estes sais são
conhecidos como fenóxidos ou fenolatos. Como seria de se esperar, os fenóis e seus sais
têm características opostas, quanto à solubilidade: os sais são solúveis em água e
insolúveis em solventes orgânicos.
A força ácida dos fenóis e a solubilidade dos respectivos sais em água podem
utilizar-se tanto em análise quanto em separações. Uma substância insolúvel em água,
solubilizada por soluções aquosas de hidróxido, mas não por soluções aquosas de
bicarbonato, tem, por força, de ser mais acídica que do que a água, mas menos acídica do
que os ácidos carboxílicos; a maioria dos compostos neste escalão de acidicidade são
fenóis. Com base na solubilidade em meio alcalino, podem separar-se os fenóis dos
compostos não acídicos; por meio da insolubilidade em bicarbonato é possível separá-los
dos ácidos carboxílicos.
138
Os fenóis encontram diversas aplicações práticas, tais como:
ÉTERES
1- Nomenclatura e exemplos
2- Propriedades físicas
139
éteres. Por outro lado, a solubilidade dos éteres em água é comparável à dos álcoois
correspondentes, já que, com as moléculas de água, os éteres podem formar ligações de
hidrogênio.
3- Métodos de obtenção
140
3- Reação de fenóis com haletos
Os fenóis podem ser reagidos com haletos, em meio básico, produzindo éteres.
Geralmente utilizam-se os iodetos, por ser o iodo um grupo de fácil saída.
141
4- Propriedades químicas
Os éteres são pouco reativos, em virtude da grande estabilidade das ligações C-O-
C. No entanto, os éteres são altamente inflamáveis, exigindo cuidado na sua manipulação.
Além disso, em contato com o ar, a maioria dos éteres alifáticos transformam-se em
peróxidos instáveis. Embora, se encontrem em baixa concentração, esses peróxidos são
muito perigosos, pois podem dar origem a explosões violentas durante as destilações que
se seguem às extrações com éter. A presença de peróxido pode ser identificada pela
adição de sulfato ferroso e tiocianato de potássio. O peróxido oxida o ferro II a ferro III, o
qual reage com o íon tiocianato, produzindo um complexo de coloração vermelho-sangue
característica. Essa é também uma maneira de eliminar o peróxido, pois ele é reduzido
pelo íon Fe2+. Também pode-se eliminar o peróxido destilando o éter com ácido sulfúrico
concentrado.
Poucas reações dos éteres são importantes. Porém, a reação com HX é um método
interessante para a obtenção de álcoois e haletos.
Os éteres mais simples são usados principalmente como solventes. Dentre eles, o
éter dietílico (éter comum) merece destaque:
ALDEÍDOS E CETONAS
1- Nomenclatura e exemplos
Para aldeídos:
Para cetonas:
142
2- Propriedades físicas
O grupo carbonilo confere uma considerável polaridade aos aldeídos, e por isso,
possuem pontos de ebulição mais altos que outros compostos de peso molecular
comparável. No entanto, não se formam ligações de hidrogênio intermoleculares, visto
que eles contêm apenas hidrogênio ligado a carbono. Comparando-se as cetonas com os
aldeídos isômeros, as cetonas têm ponto de ebulição mais elevados e são mais solúveis
em água, pois suas moléculas são mais polares que a dos aldeídos.
3- Métodos de obtenção
143
1- Oxidação enérgica de alcenos
2- Ozonólise de alcenos
144
3- Hidratação de dienos acumulados (adição de H2O)
Os dienos que possuem duplas acumuladas reagem com água, produzindo cetonas.
Veja um exemplo de reação, envolvendo o 1,2- butadieno:
4- Hidratação de alcinos
Oxidação branda - Nessa reação, a tripla ligação não chega a se romper, e aos
carbonos são adicionados oxigênios. Os produtos dependem dos tipos de carbono iniciais.
145
Geralmente resulta um aldeído ou uma função mista, como no exemplo abaixo - um
cetoaldeído:
Oxidação enérgica - A oxidação enérgica dos alcinos por permanganato segue uma
reação semelhante à oxidação enérgica dos alcenos. Carbonos primários dão CO2 e H2O,
secundários dão ácidos carboxílicos e terciários, cetonas.
6- Acilação de Friedel-Crafts
7- Oxidação do cumeno
146
4- Propriedades químicas
à carbonila). Em relação às cetonas, os aldeídos são bem mais reativos. Como o grupo
carbonilo confere à molécula uma estrutura plana, e a adição de um reagente nucleófilo
pode ocorrer em dois lados, ou seja, a superfície de contato é maior, o que facilita a
reação. Isso possibilita a formação de racematos (mistura de enantiômeros), caso o
carbono seja assimétrico.
Material necessário:
147
Etanol, 2-butanol, terc-butanol e fenol
Sódio metálico
Ácido sulfúrico concentrado
Solução de KOH 30%
Solução de NaOH 2%
Solução de dicromato de potássio 10%
Reagente de Lucas (HCl +ZnCl2)
Nitrito de sódio
Anidrido ftálico
Tubos de ensaio
Papel de tornassol
1- Solubilidade em água:
3- Teste de Lucas:
148
Num tubo de ensaio coloque cerca de 1 ml de solução 10% de K2Cr2O7, 3 gotas de
ácido sulfúrico 20% e 3 gotas do composto testado. Agite o tubo por alguns minutos e
observe os resultados.
CH3CH2OH CH3COOH
CH3CH(OH)CH2CH3 CH3COCH2CH3
5- Formação da fenolftaleína:
Num tubo de ensaio coloque 0,1 g de fenol, 0,3 g de anidrido ftálico e 2 gotas de
ácido sulfúrico concentrado. Aqueça até a fusão e deixe esfriar. Adicione vagarosamente,
sob agitação, uma pouco de solução de NaOH 2% até alcalinizar. Observe a coloração
rósea que se forma. Para descorar adicione algumas gotas de ácido sulfúrico.
Material necessário:
149
2- Teste com reagentes de Fehling:
Material necessário:
150
Tubos de ensaio
1- Solubilidade em água:
2- Basicidade:
Esse teste permite distinguir aminas primárias, secundárias e terciárias e ainda pode
distinguir uma amina alifática de uma aromática.
151
5- Reação com ilídios
6- Reação com derivados da amônia
152
5- Reação com ilídios
153
6- Reação com derivados da amônia
Desinfetante
Líquido para conservação de cadáveres e peças anatômicas
Matéria-prima na fabricação de plásticos
Reagente para síntese de urotropina (medicamento renal)
154
O aldeído acético é utilizado para:
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
1- Nomenclatura e exemplos
155
Praticamente todos os ácidos carboxílicos possuem nomes vulgares. É enorme a
quantidade de ácidos que são mais conhecidos por seus nomes vulgares do que pelo
oficial (muitos destes ácidos são diácidos, triácidos ou compostos mistos, como os
hidroxi-ácidos). Veja alguns deles:
156
Acrílico CH2=CHCOOH
Crotônico trans-CH3CH=CHCOOH
Fumárico trans-HOOCCH=CHCOOH
Cítrico CH2(COOH)C(OH)(COOH)CH2COOH
2- Propriedades físicas
3- Métodos de obtenção
157
4- Hidrólise de ésteres
5- Hidrólise de nitrilas
6- Hidrólise de cloretos de acila
Perceba que o carbono da dupla na molécula inicial era secundário; daí a formação
de ácidos carboxílicos.
158
O álcoois primários e os aldeídos podem ser oxidados com permanganato,
produzindo ácidos carboxílicos (os mecanismos de oxidação ainda não estão muito bem
explicados):
4- Hidrólise de ésteres
Em meio básico a reação é mais rápida, visto que os íons hidróxido adicionados à
solução são nucleófilos mais fortes do que a água. Em meio ácido teríamos o seguinte:
5- Hidrólise de nitrilas
159
6- Hidrólise de cloretos de acila
4- Propriedades químicas
160
No primeiro caso (a) o grupo X é elétron-atraente. O efeito indutivo é -I e,
portanto, deixa a carbonila com déficit eletrônico, o que leva a um enfraquecimento da
ligação com o hidrogênio ácido. Logo, será mais fácil a liberação do próton. Assim, o
caráter ácido aumenta.
161
ligado ao grupo COOH).
Uma das reações mais importantes dos ácidos é a esterificação, ou seja, a formação
de ésteres. Reage-se o ácido com um álcool, a frio, em presença de H2SO4 concentrado:
Pode-se obter haletos de ácidos pela reação de um ácido com haleto de fósforo,
especialmente, os cloretos. Veja:
162
3- Reação com amônia
163
5- Reação com bases inorgânicas (formação de sais)
Embora muito mais fracos que os ácidos inorgânicos fortes (sulfúrico, nítrico,
clorídrico), os ácidos carboxílicos podem reagir completamente com hidróxidos,
produzindo os respectivos sais; soluções de ácidos minerais (H3O+) realizam a
transformação inversa (veja mais detalhes em equilíbrios ácido-base e soluções tampão):
Os sais dos ácidos carboxílicos, como todos os sais, são sólidos cristalinos
formados por íons positivos e íons negativos. As intensas forças eletrostáticas existentes
entre esses íons só são vencidas por altas temperaturas ou por ação de solventes altamente
polares. Os sais carboxílicos dos metais alcalinos são solúveis em água, mas insolúveis
em solventes apolares. A maioria dos outros sais são insolúveis.
Ácido fórmico:
164
Fabricação de polímeros
Ácido acético:
O EQUILÍBRIO QUÍMICO
Uma das razões pelas quais as propriedades de um sistema em equilíbrio são muito
importantes é que todas as reações tendem a alcançar um equilíbrio. De fato, se
permitirmos, todas as reações químicas atingem um estado de equilíbrio, embora isso
nem sempre seja evidente. Às vezes dizemos que uma reação química foi "completada",
mas rigorosamente falando, não existem reações que consumam 100% dos reagentes.
Todos os sistemas que reagem alcançam um estado de equilíbrio, no qual permanecem
pequenas quantidades de reagentes que estão sendo consumidos, até que seja quase
impossível de se medir.
165
Considerando que a reação se inicia no instante t0, as concentrações dos reagentes
diminuíram e as dos produtos aumentaram. Veja, pelo gráfico, que as variações de
concentração vão se tornando menos acentuadas desde o início da reação até o instante t3,
em que o equilíbrio foi atingido. Isso significa que as velocidades de troca se tornam
menores com o passar do tempo. No tempo t0 somente pode ocorrer a reação no sentido
da formação dos produtos: A + B C + D (reação direta). Entretanto, após certo
tempo, quando significativa quantidade de produto já foi formada, pode se iniciar a
reação no sentido contrário, ou seja, de se regenerar os reagentes: C + D A+B
(reação inversa). A velocidade da reação direta diminui com o tempo, devido ao
decréscimo de reagentes (menor número de choques efetivos). Ao mesmo tempo, a
velocidade da reação inversa aumenta, por causa do aumento da concentração dos
produtos.
2- A constante de equilíbrio
V1 = K1 [A]a [B]b
V2 = K2 [C]c [D]d
166
3- Equilíbrios ácido-base
Sabemos que os ácidos fortes são aqueles que, em solução aquosa, têm
praticamente 100% de suas moléculas dissociadas em íons. A porcentagem de moléculas
não dissociadas é desprezível. Já os ácidos fracos não se dissociam totalmente. Assim,
para estes últimos é possível calcular uma constante que irá relacionar a quantidade de
moléculas dissociadas e a quantidade de moléculas não-dissociadas, quando o sistema
atinge o equilíbrio. Essa constante de equilíbrio é chamada de constante de dissociação
(Kd), e, como estamos tratando de ácidos, a chamaremos de Ka. No caso de ácidos fortes,
não faz sentido esse tipo de relação, já que praticamente 100% de suas moléculas estão
dissociadas.
Ka = [H+][A-] / [HA]
167
ocorre porque, com a saída do primeiro próton, a base conjugada tende a recapturar o
próton cedido, simultaneamente à saída do segundo.
Kb = [BH+][OH-] / [BOH]
4- A dissociação da água
A água pura apresenta uma condutividade elétrica definida, ainda que muito baixa,
como consequência da sua habilidade de sofrer uma autodissociação, que pode ser escrita
como:
168
expressão, escrevendo apenas [H+][OH-], que é conhecida como Kw (constante de
dissociação da água ou produto iônico da água). O valor dessa expressão é constante, e
pode ser calculado experimentalmente. À temperatura de 25 oC, independentemente de a
água ser destilada ou suja e lamacenta, o produto das concentrações de do íon H+ e do íon
OH- é sempre constante e vale 1,0 x 10-14. A soma [H+] + [OH-], portanto, deve sempre
resultar 1,0 x 10-14 mol/L.
4.2) pH e pOH:
Como [H3O+][OH-] é uma constante, podemos dizer que estas duas concentrações
são "balanceadas" uma em relação à outra, isto é, quando uma aumenta a outra diminui e
vice-versa. Isso nos permite calcular a concentração de uma a partir da outra, já que
sabemos o valor do produto: 1,0 x 10-14 mol/L. Por exemplo, numa solução 0,02 M de
HCl, quais seriam as concentrações dos dois íons? Veja:
Podemos então classificar as soluções em três tipos, em relação à sua força ácido-
básica:
169
Soluções ácidas - A concentração de íons H3O+ é superior a de íons OH- (pH < 7)
Soluções básicas - A concentração de íons H3O+ é inferior a de íons OH- (pH = 7)
Soluções neutras - A concentração de íons H3O+ é igual a de íons OH- (pH > 7)
pH = -log (4,6 x 10-3) = - (log 4,6 + log 10-3) = - (0,66 - 3,0)= 2,34
A concentração que foi dada é de espécies NaOH e não de íons H3O+. Sabemos que
o NaOH é uma base forte e, por isso, encontra-se completamente ionizada em solução. A
equação que descreve esse processo é NaOH Na+ + OH-. Assim, pela proporção
1:1:1, a concentração de íons OH-será igual à concentração de espécies NaOH dada no
problema. Logo, temos que [OH-] = 2,0 x 10-2 mol/L. Agora, fazemos a seguinte
operação:
A concentração que foi dada é de espécies H2SO4 e não de íons H3O+. Sabemos
que o H2SO4 é um ácido forte e, por isso, encontra-se completamente ionizada em
solução. A equação que descreve esse processo é H2SO4 2 H+ + SO42-. Assim, pela
+
proporção 1:2:1, a concentração de íons H será duas vezes a concentração de espécies
170
H2SO4 dada no problema. Logo, temos que [H+] = 5,0 x 10-3 mol/L. Com o valor de [H+]
calculamos o pH da solução:
[H+] = antilog (-pH) = 10-pH antilog (-11,68) = 10-11,68 = 2,1 x 10-12 mol/L
A definição de pH como sendo -log [H+] foi estendida para outros casos. Desse
modo, podemos falar em pKa, pKb etc. É muito comum encontrarmos valores de pKa para
ácidos e pKb para bases. O pKa de um ácido HA é -log Ka, ou seja, -log ([A-][H+] / [HA]).
Para uma base MOH, o pKb é -log Kb, ou seja, -log ([M+][OH-] / [MOH]).
5- Hidrólise de íons
171
por Kh. Os valores dessas constantes raramente são dadas em tabelas, uma vez que é
muito fácil calculá-los a partir de outros valores de constantes. Veja a dedução:
Kh = Kw / Ka
NaCN é um sal solúvel em água e por isso está totalmente dissociado, formando
Na+ (1,0 mol/L) e CN-(1,0 mol/L). Sabemos que o íon de sódio não hidrolisa (NaOH é
uma base forte) e que o cianeto hidrolisa (HCN é um ácido fraco). A equação da hidrólise
do cianeto é CN-(aq) + H2O(l) HCN(aq) + OH-(aq) e a condição para esse equilíbrio é
- -
dada por [HCN][OH ] / [CN ] = Kh. Podemos calcular facilmente o valor de Kh:
Agora suponhamos que seja y o número de mols de cianeto que hidrolisa por litro.
Assim, no equilíbrio temos:
[HCN] = y
[OH-] = y
[CN-] = 1,0 - y
[H+] = Kw / [OH-] [H+] = (1,0 x 10-14) / (5,0 x 10-3) = 2,0 x 10-12 mol/L
172
Percentagem de hidrólise [(mols de CN- hidrolisados / total de mols de CN-) x
100]: (5,0 x 10-3 / 1,0) x 100 = 0,5%
(*) OBS: Para se extrair a raiz quadrada de um radicando do tipo A x 10-b faz-se = (raiz
de A) x (raiz de 10-b), sendo que raiz quadrada de 10-b é igual a 10-b/2
Kh = Kw / Kb
Cloreto de amônio é um sal solúvel em água e por isso está totalmente dissociado,
formando NH4+ (0,2 mol/L) e Cl- (0,2 mol/L). Sabemos que o íon cloreto não hidrolisa
(HCl é um ácido forte) e que íon amônio hidrolisa (NH4OH é uma base fraca). A equação
da hidrólise do íon amônio é NH4+(aq) + H2O(l) NH4OH(aq) + H3O+(aq) e a condição
para esse equilíbrio é dada por [NH4OH][H3O+] / [NH4+] = Kh. Podemos calcular
facilmente o valor de Kh:
[NH4OH] = y
[H3O+] = y
[NH4+] = 0,2 - y
173
Como fizemos anteriormente e como é de costume, admitiremos que y é um valor
muito inferior a 0,2, já que o NH4OH é uma base muito fraca e, por isso, pouquíssimas
moléculas estão dissociadas, ou seja, existem pouquíssimas espécies iônicas em solução.
Assim, desprezamos a diferença 0,2 - y, e tratamos o denominador apenas como 0,2. A
equação fica assim: y2 = 0,2 x 5,6 x 10-10 y2 = 1,12 x 10-10 y = 1,06 x 10-5
Cálculo do pH: -log (1,06 x 10-5) = - (log 1,06 + log 10-5) pH = 4,97
6- O pH de soluções de sais
7- O efeito tampão
Uma solução tampão (ou simplesmente tampão) é uma solução que sofre apenas
pequena variação de pH quando a ela são adicionados íons ou H+ ou OH-. É uma solução
que contém um ácido e sua base conjugada, em concentrações aproximadamente iguais.
Um bom exemplo é uma solução de ácido acético e íons acetato em concentrações quase
iguais. De que maneira a combinação CH3COOH / CH3COO- tampona a solução?
Considere o seguinte equilíbrio:
174
desloca o equilíbrio para a direita, no sentido da formação de mais íons H+, para que [H+]
se mantenha constante.
pHtampão = pKa
Dado que Ka para o ácido acético é 1,8 x 10-5, temos que pH = pKa = -log (1,8 x
-5
10 ) = 4,74
E como log 0,82 = 0,09, isto significa que o novo pH será 4,74 - 0,09 = 4,83.
8- Produto de solubilidade
175
uma solução torna-se supersaturada com uma substância em particular. A solubilidade de
uma subst6ancia depende de vários fatores, como temperatura, pressão, concentração de
outros materiais na solução e da composição do solvente. Entretanto, apenas a
temperatura afeta consideravelmente um sistema, com relação à solubilidade das
substâncias envolvidas. Na grande maioria das vezes, o aumento da temperatura provoca
o aumento da solubilidade das substâncias (o sulfato de cálcio é um exemplo em que
ocorre o oposto).
MA(s) M+ + A-(aq)
Kps = [M+][A-]
ÉSTERES
1- Nomenclatura e exemplos
176
2- Propriedades físicas
Veja abaixo alguns ésteres que fazem parte de algumas essências naturais de frutas:
3- Métodos de obtenção
Uma das reações mais importantes dos ácidos é a esterificação, ou seja, a formação
de ésteres. Reage-se o ácido com um álcool, a frio, em presença de H2SO4 concentrado:
177
2- Reação de haletos com sais de ácidos carboxílicos
4- Propriedades químicas
5- As gorduras e o sabão
178
Do ponto de vista da nossa existência, os ésteres mais importantes são os que se
encontram nas gorduras e óleos animais e vegetais. Um importante grupo destes
compostos deriva de um álcool apenas, o glicerol - HOCH2CH(OH)CH2OH - e são por
isso chamados glicerídeos. São triésteres de ácidos graxos (ácidos de elevada massa
molecular). Quando um glicerídeo é tratado com hidróxido inorgânico, produz-se o sabão
- um sal do ácido graxo (veja o processo de saponificação de gorduras).
O sabão ordinário dos nossos dias é uma mistura de sais de sódio de ácidos graxos.
A composição de um sabão e seu método de preparação pode variar, mas o seu
comportamento químico é o mesmo. A ação detergente do sabão é um assunto
extremamente complicado, podemos fazer alguns comentários acerca da sua atuação
como agente de limpeza. As moléculas do sabão têm uma extremidade polar (-COO-Na+)
e uma extremidade apolar, a longa cadeia carbônica. A extremidade polar é solúvel em
água (porção hidrófila) e a apolar não (esta porção, hidrófoba, é solúvel em óleo).
Normalmente, as gotículas de óleo em contato com a água tendem a aglutinar-se,
formando uma camada distinta sobre a água. A presença do sabão, porém, altera esta
situação. As extremidades hidrófobas das moléculas do sabão se interagem quimicamente
por ligações intermoleculares e dissolvem-se nas gotículas de óleo, enquanto as
extremidades hidrófilas se projetam para o exterior, na camada de água circundante.
devido à presença dos grupos iônicos (-COO-Na+), cada uma das gotículas de óleo fica
rodeada de uma atmosfera iônica. A repulsão entre essas esferas de carga elétrica idêntica
impede a coesão das gotículas de óleo e obtém-se assim uma emulsão estável de óleo em
água. Essas esferas formadas são chamadas micelas. O sabão limpa ao emulsionar a
gordura que constitui ou contém a sujeira. Veja mais informações sobre a inibição da
ação do sabão em água dura.
179
Os ésteres encontram muitas áreas de aplicação. Dentre seus principais usos estão:
Fortalecimento de polímeros
Produção de fibras sintéticas e plásticos
Cardiotônicos, anestésicos e fungicidas (benzoatos)
Fabricação de essências artificiais de frutas
Solventes para vernizes
Lubrificantes
Perfumaria
SAPONIFICAÇÃO DE GORDURAS).
Material necessário:
Procedimento experimental:
180
Transfira o material obtido para o erlenmeyer, adicionando cerca de 30 ml de água
(de um total de 100 ml) e aquecendo brandamente a solução sobre uma tela de amianto.
Um "óleo" descorado aparecerá. Trata-se de uma solução saturada de água em acetanilida
que pode existir como fase separada em contato com a fase aquosa. Continue adicionando
pequenas porções da água, mantendo a temperatura da solução no ponto de ebulição até
que o último resíduo de óleo desapareça.
Mecanismo da reação:
Material necessário:
181
Pipeta e pêra
Béquer 250 ml
Kitassato
Funil de Buchner
Erlenmeyer
Ácido sulfúrico concentrado
Ácido nítrico concentrado
Tolueno
Procedimento experimental:
Mecanismo da reação:
182
Prática 3: Síntese da Aspirina (AAS)
Material necessário:
Procedimento experimental:
Mecanismo da reação:
183
Identificação e hidrólise da aspirina:
Pode-se fazer um teste bastante eficaz para verificar se o ácido salicílico foi
totalmente consumido, ou seja, se não existem resíduos desse ácido junto ao produto
(aspirina). Isso pode ajudar a determinar o grau de pureza do composto sintetizado.
Transfira a aspirina, previamente triturada, e dissolva-a em um tubo de ensaio contendo 3
ml de etanol. Com uma pipeta, pegue 3 gotas dessa solução e coloque num outro tubo de
ensaio, misturando com 1 ou 2 gotas de cloreto férrico (FeCl3), que possui uma coloração
amarelada: Se a cor da solução permanecer amarela, significa que a síntese teve um bom
rendimento. Uma coloração violeta indicará a presença de hidroxilas fenólicas, ou seja, o
ácido salicílico ainda existe na mistura, o que significa que o rendimento foi baixo.
Considerando que a aspirina esteja pura, adicione ao tubo que contém o restante
dela 2 ml de hidróxido de sódio (NaOH) a 10% e aqueça por 5 ou dez minutos em banho-
maria (60 - 70o C). Esta é a reação de hidrólise da aspirina. Depois de retirar o tubo,
acidifique com 3 ml de ácido sulfúrico a 10% e resfrie a mistura introduzindo o tubo em
água gelada. Separa por filtração em funil de Buchner o sólido formado. Nesta etapa,
muitas vezes obtém-se apenas pequena quantidade de sólido. Se isto acontecer, filtre
novamente. teste o sólido obtido quanto à presença de fenóis.
184
ambiente é convencionalmente denominada óleo. Os ácidos que ocorrem mais
frequentemente são o ácido palmítico, CH3(CH2)14COOH, o ácido esteárico,
CH3(CH2)16COOH, e o ácido oléico, CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH.
Material necessário:
Procedimento experimental:
185
Tubo 3 - Sabão de sódio obtido pela adição de NaOH no tubo 2. Forma-se
espuma.
1- Nomenclatura e exemplos
Para anidridos
186
2- Propriedades físicas
3- Métodos de obtenção
O brometo e o iodeto de acila são muito difíceis de se obter e, por isso, têm
importância prática somente os cloretos de acila. Estes são preparados a partir dos ácidos
correspondentes, por meio de reação destes últimos com cloretos de fósforo ou com
cloreto de tionila. Os anidridos são preparados principalmente pela desidratação de ácidos
(1) em presença de agentes desidratantes como o P2O5, e pela reação entre um sal sódico
de ácido e um cloreto de ácido (2):
4- Propriedades químicas
187
PRINCIPAIS REAÇÕES DOS CLORETOS DE ÁCIDOS
3- Hidrólise
188
4- Acilação de Friedel-Crafts
189
O anidrido ftálico é usado principalmente em:
AMINAS
OBS: Compostos como, por exemplo, HN=CHCH2 são chamados iminas. Eles
possuem um nitrogênio ligado a um carbono por dupla ligação.
2- Propriedades físicas
190
em água, a partir das aminas com seis átomos de carbono a solubilidade decresce, e as
aminas passam a ser solúveis em solventes menos polares (éter, álcool, benzeno etc.).
3- Métodos de obtenção
As aminas podem ser preparadas por vários métodos. Dentre eles destacam-se:
4- Propriedades químicas
As aminas têm caráter básico, semelhante ao da amônia, e por isso as aminas são
consideradas bases orgânicas. Esse caráter básico pode ser maior ou menor dependendo
dos grupos ligados ao grupo amino (veja mais detalhes aqui). As reações características
das aminas são aquelas iniciadas por um ataque nucleofílico do nitrogênio (que tem um
par eletrônico disponível) a um eletrófilo (que pode ser um carbono polarizado). Uma boa
reação para mostrar a semelhança do caráter básico das aminas com o da amônia é a
reação de cloreto de acila com amônia (ou amina).
Como acontece com o NH4OH, os hidróxidos das aminas são instáveis e só existem
em solução aquosa. Já os sais das aminas são sólidos brancos cristalinos e solúveis em
água, como os sais de amônio. Essa dificuldade torna-se ainda maior se o eletrófilo
também for um grupo volumoso. As aminas aromáticas são bases muito fracas, devido ao
efeito da ressonância, que diminui a densidade eletrônica no nitrogênio (veja mais
detalhes aqui). Muitas reações das aminas aromáticas são importantes devido ao forte
efeito ativador do grupo amino, que facilita a reação e orienta as substituições
eletrofílicas nas posições orto-para. Veja maiores detalhes na orientação da segunda
substituição no benzeno.
191
5- Sais e hidróxidos de amina quaternária
Entretanto, havendo um radical orgânico mais longo, poderá ocorrer uma reação
diferente. Veja:
6- Sais de diazônio
As reações das aminas aromáticas primárias com ácido nitroso (HNO2) dão origem
a uma série de compostos importantes, chamados sais de diazônio. Estes sais são obtidos
a baixas temperaturas (0 a 5o C), pois são decompostos pelo calor. Os sais de diazônio
anídricos são sólidos cristalinos, muitos deles explosivos. Por isso, raramente eles são
separados e purificados, mas normalmente utilizados em solução aquosa. Como o ácido
nitroso é muito instável, tem de ser produzido diretamente em presença da amina, para
que ele reaja no mesmo instante em que se forma. Para isso utiliza-se o nitrito de sódio
em meio ácido (normalmente HCl ou H2SO4). Essa reação é chamada diazotação:
192
Os sais de diazônio servem de ponto de partida para a síntese de vários outros
compostos como fenóis, haletos, cianetos etc e uma classe especial - os azo-compostos ou
compostos azóicos (Ar-N=N-Ar) - dos quais muitos deles são utilizados na preparação de
corantes (azo-corantes), como o alaranjado de metila, por exemplo.
AMIDAS
193
Alguns exemplos importantes:
2- Propriedades físicas
As amidas primárias têm pontos de ebulição muito superiores aos dos ácidos
correspondentes, apesar da massa molecular ser aproximadamente igual. Isso se deve à
formação de maior número de ligações de hidrogênio e maior formação de "moléculas
dímeras" pelas amidas. Pode-se provar esse fato, substituindo os hidrogênios do grupo
amino por radicais CH3. Verifica-se que os pontos de fusão e ebulição diminuem, apesar
do aumento da massa molecular:
3- Métodos de obtenção
194
4- Propriedades químicas
NITRILAS E ISONITRILAS
1- Nomenclatura e exemplos
Para nitrilas:
Para isonitrilas:
195
2- Propriedades físicas
3- Métodos de obtenção
4- Propriedades químicas
196
As isonitrilas são mais reativas do que as nitrilas e menos estáveis do que estas. Por
aquecimento, as isonitrilas se transformam nas nitrilas correspondentes. As reações mais
importantes das isonitrilas são:
NITROCOMPOSTOS
1- Nomenclatura e exemplos
2- Propriedades físicas
197
oxigênio (R - O - N=O). Os nitroalcanos são líquidos incolores, densos, de cheiro
agradável, não venenosos e insolúveis em água. São substâncias muito polares de modo
que seus pontos de fusão e ebulição e densidade são bem superiores aos dos nitritos
isômeros. veja um exemplo:
H3C-NO2 PE = 102o C
H3C-O-N=O PE = -12o C
3- Métodos de obtenção
Os nitrocompostos geralmente são preparados pela reação com ácido nítrico. Essa
reação é chamada nitração:
3- Nitração
1- Nitração
O benzeno pode reagir com ácido nítrico, em presença de ácido sulfúrico que,
sendo um ácido mais forte que o HNO3, faz com que este se comporte como base de
Lewis, recebendo um próton do H2SO4. Trata-se de um equilíbrio ácido-base.
198
As reações de obtenção dos nitrocompostos alifáticos são mais difíceis e dão
rendimentos bem mais baixos que os apresentados pelos nitrocompostos aromáticos.
Exige-se uma temperatura de cerca de 400o C, em fase de vapor, de uma mistura de
alcano e ácido nítrico. A nitração de um alcano torna-se mais fácil ao passar-se do
carbono primário para secundário e para terciário (veja mais detalhes na teoria da
estabilidade dos carbocátions).
4- Propriedades químicas
Veja que as posições orto e para possuem baixa densidade eletrônica, pois ficam
constantemente destituídos de elétrons. Logo, o composto sofrerá facilmente ataques
eletrófilos na posição meta. Ora, se o primeiro radical (NO2) diminui a densidade
eletrônica do anel, ele é um grupo desativador, e diminui a reatividade do composto.
199
Este equilíbrio é semelhante ao equilíbrio que ocorre nos aldeídos (equilíbrio aldo-
enólico), nas cetonas (equilíbrio ceto-enólico) e nos ésteres. No entanto, a acidez da aci-
froma é mais pronunciada do que a dos enóis. Em alguns casos podemos até separar as
duas formas, como por exemplo: Ph-CH2-NO2 (líquido oleoso amarelo) e Ph-CH=NOOH
(sólido branco). Através da aci-forma, os alcanos reagem com bases fortes, produzindo os
sais correspondentes:
Veja um exemplo:
200
Os mono-nitrocompostos aromáticos (nitrobenzenos, nitrotoluenos, nitroxilenos)
são importantes para a obtenção de aminas aromáticas, usadas na produção de
corantes orgânicos.
O 2,4,6-trinitrofenol (ácido pícrico) além de ser utilizado na fabricação de
explosivos (como o picrato de sódio), é usado como germicida e na fabricação de
medicamentos (como o picrato de butesina, usado em queimaduras).
ÁCIDOS SULFÔNICOS
1- Nomenclatura e exemplos
2- Propriedades físicas
3- Métodos de obtenção
201
Normalmente os ácidos sulfônicos são preparados pela reação com ácido sulfúrico
concentrado. Essa reação é chamada sulfonação:
4- Sulfonação
2- Sulfonação
O benzeno pode ser sulfonado com ácido sulfúrico fumegante - uma solução de
SO3 em H2SO4 - em que o próprio SO3 será o eletrófilo:
4- Propriedades químicas
202
que o grupo SO3H, sendo meta-dirigente, orienta as substituições no anel aromático nesta
posição.
203
Veja que as posições orto e para possuem baixa densidade eletrônica, pois ficam
constantemente destituídos de elétrons. Logo, o composto sofrerá facilmente ataques
eletrófilos na posição meta. Ora, se o primeiro radical (NO2) diminui a densidade
eletrônica do anel, ele é um grupo desativador, e diminui a reatividade do composto
TIO-COMPOSTOS
1- Nomenclatura e exemplos
204
Nomenclatura usual I: radical + mercaptana
Nomenclatura usual II: radical + hidrogenossulfeto
Para tio-éteres:
Para dissulfetos:
2- Propriedades físicas
3- Métodos de obtenção
205
Os principais métodos de preparação dos tioálcoois são (as duas primeiras dão bons
rendimentos):
4- Propriedades químicas
206
5- Aplicações dos tio-compostos
ÁCIDOS SULFÔNICOS
1- Nomenclatura e exemplos
2- Propriedades físicas
207
Dentre os ácidos sulfônicos, têm grande importância somente os aromáticos.
Convém não confundir os ácidos sulfônicos, nos quais o carbono se liga diretamente ao
enxofre (Ar-SO3H), com os sulfatos orgânicos (ésteres do ácido sulfônico), nos quais o
carbono se liga ao enxofre através de um oxigênio (Ar-OSO3H).
3- Métodos de obtenção
Normalmente os ácidos sulfônicos são preparados pela reação com ácido sulfúrico
concentrado. Essa reação é chamada sulfonação:
4- Sulfonação
2- Sulfonação
208
O benzeno pode ser sulfonado com ácido sulfúrico fumegante - uma solução de
SO3 em H2SO4 - em que o próprio SO3 será o eletrófilo:
4- Propriedades químicas
COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS
209
1- Nomenclatura e exemplos
210
2- A estabilidades dos compostos heterocíclicos
211
4- Acilação de Friedel-Crafts
5- Alquilação de Friedel-Crafts
212
3- Propriedades físico-químicas
213
O núcleo da pirimidina aparece em bases nitrogenadas existentes nos ácidos
nucléicos
O indol tem odor agradável e serve à fabricação de perfumes, mas sua grande
importância reside no fato de servir como matéria-prima para a fabricação do
índigo blue, um corante azul, utilizado no tingimento de tecidos
6- Os Alcalóides
214
Coniina - Encontrada na cicuta, é um dos poucos alcalóides que se apresenta sob a
forma líquida. É um veneno fortíssimo.
Quinina - É um pó branco pouco solúvel em água, mas forma sais solúveis, sendo
utilizada sob esta forma.
215
POLÍMERO
1- Introdução
216
Naturais - São polímeros que já existem normalmente na natureza. Dentre os mais
importantes estão os carboidratos (celulose, amido, glicogênio etc), as proteínas
(existente em todos os seres vivos) e os ácidos nucléicos (existentes no núcleo das células
vivas e responsáveis pelas características genéticas dos seres vivos).
217
2.4) Quanto à estrutura final do polímero:
3- As reações de polimerização
218
Os polímeros podem também ser classificados pelo tipo de reação que lhe deu
origem. Vamos tratar essa classificação separadamente e com mais detalhes, por ser a
mais importante delas.
219
embora amoleça pela ação de hidrocarbonetos. Com a injeção de gases no
sistema, a quente, durante a produção do polímero, ele se expande e dá origem ao
isopor.
220
b) Polímeros acrílicos - Quando o monômero inicial tem o esqueleto do ácido
acrílico: H2C=C(CH3)-COOCH3.
221
Policloropreno ou Neopreno: É obtido a partir do 2-cloro-butadieno-1,3
(cloropreno). O neopreno é uma borracha sintética de ótima qualidade: resiste
muito bem a tensões mecânicas, aos agentes atmosféricos e aos solventes
orgânicos. É também empregado na fabricação de juntas, tubos flexíveis e no
revestimento de materiais elétricos.
3.2) Copolímeros:
222
fabricação de tubos para conduzir óleos lubrificantes em máquinas, automóveis
etc.
223
Polímero uréia-formaldeído: É um polímero tridimensional obtido a partir da
uréia e do formaldeído. Quando puro é transparente, e foi por isso usado como o
primeiro tipo de vidro plástico. No entanto, ele acaba se tornando opaco e
rachando com o tempo. Este defeito pode ser evitado pela adição de celulose, mas
ele perde sua transparência, sendo então utilizado na fabricação de objetos
translúcidos. Esse polímero é também usado em vernizes e resinas, na
impregnação de papéis. As resinas fenol-formaldeído e uréia-formaldeído são
usadas na fabricação da fórmica.
224
Outro poliéster importante é o gliptal, obtido pela reação entre o anidrido ftálico e
a glicerina e muito usado na fabricação de tintas secativas ou não. os poliésteres também
são utilizados na fabricação de linhas de pesca, massas para reparos, laminados, filmes
etc.
225
Outros importantes são o nylon-6 ou perlon, obtido por aquecimento da
caprolactama, e o nylon-10, obtido pela condensação de um aminoácido, o ácido 11-
amino undecanóico.
226