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Escola/Agrupamento de Escolas | Teste de avaliação 2 – CienTIC9 Versão 1

Ciências Naturais
9.º ano de escolaridade
Duração do Teste: 50 minutos |

Grupo I

Documento I
Os ómegas 3 e 6 são gorduras polinsaturadas que devem estar presentes numa alimentação
saudável e equilibrada. São considerados ácidos gordos essenciais, uma vez que o nosso
organismo necessita dos mesmos para um correto funcionamento, apesar de não conseguir
produzi-los, sendo essencial obtê-los, então, através da alimentação. Os ómegas 3 têm uma
forte ação anti-inflamatória, tendo já demonstrado em diversos estudos uma associação com a
redução de risco de doença coronária e enfarte agudo do miocárdio, através da diminuição de
fatores de risco. Devem ser consumidos diariamente, podendo ser obtidos recorrendo a algumas
sementes (linhaça, chia), alguns frutos oleaginosos (nozes) e aos peixes gordos (sardinha, cavala,
atum, salmão). Apesar de todas as formas de consumo serem relevantes, é preferível consumir
ómega 3 através das fontes animais, uma vez que o tipo de ómega 3 presente em ambas é
ligeiramente diferente, necessitando o das fontes vegetais de um processo interno de conversão
para utilização. Os ómegas 6 complementam a ação dos ómegas 3. Estão presentes em algumas
sementes (abóbora, girassol), em todos os frutos oleaginosos, nos óleos vegetais (amendoim,
sésamo, milho, girassol, soja e ainda no azeite) na gema de ovo e na carne. Por produzirem
substâncias com atuações diferentes na resposta inflamatória, mas também por competição por
certas enzimas e pelo lugar que ocupam na membrana das nossas células, os dois tipos de
ómegas competem entre si, e é necessário que o consumo de ómega 6 e ómega 3 seja
conseguido num rácio de 2:1 a 4:1, para que ocorra um equilíbrio. A grande predominância de
ómega 6 relativamente ao ómega 3 leva a um aumento da rigidez das membranas das nossas
células, dificultando as trocas que devem ser feitas em termos de nutrientes e gases
respiratórios. A prática de uma alimentação baseada nos fundamentos da dieta mediterrânica
facilita a obtenção de rácios equilibrados de ómega 3 e 6.
A vitamina C, também denominada como vitamina antiescorbútica, é um nutriente
hidrossolúvel, não sintetizado pelo organismo humano. Como se trata de uma vitamina
hidrossolúvel não se acumula no organismo por períodos prolongados, sendo facilmente
excretada pela urina, daí a necessidade do seu fornecimento contínuo através da dieta. A
vitamina E é o termo genérico utilizado para um grupo de tocoferóis e tocotrienóis que são
compostos lipossolúveis; a absorção desta vitamina depende da ação dos sais biliares.

Baseado em http://www.fpcardiologia.pt/omegas-3-e-6/ (consult. nov. 2018) e Diniz, S. Vitaminas


Antioxidantes, Carotenóides, Polifenóis e Envelhecimento. Faculdade de Medicina da Universidade de
Coimbra. Disponível em https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/31968/1/tese.pdf (consult. nov. 2018)

Documento II
Tabela I. Rácio de consumo de ácidos gordos ómega 6 e ómega e em diferentes populações.
População Ómega 6/Ómega 3
Paleolítico 0,79
Grécia antes de 1960 1,00 – 2,00
Estados Unidos da América (atualmente) 16,74
Grã-Bretanha e Norte da Europa (atualmente) 15,00
Japão 4,00

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Figura 1. Consumo de gorduras (% do total de gorduras) em diferentes sociedades humanas ao longo
do tempo e ingestão das vitaminas C e E (mg/d).

Baseado em Simopoulos, A. (2001). The Mediterranean Diets: What Is So Special about


the Diet of Greece? The Scientific Evidence, The Journal of Nutrition, 131(11).

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma
afirmação correta.

1. A adesão a uma dieta do tipo mediterrânica promove a ingestão preferencial de ácidos gordos
_____, conduzindo a uma _____ acumulação de gordura.
(A) Insaturados … menor (C) Saturados … menor
(B) Insaturados … maior (D) Saturados … maio

2. O peixe, além do ómega 3, fornece ao organismo, principalmente,


(A) hidratos de carbono. (C) proteínas.
(B) lípidos. (D) açúcares.

3. Um maior risco de doença cardiovascular está associado


(A) ao aumento da tensão arterial e do colesterol no sangue.
(B) ao aumento da tensão arterial e à diminuição do colesterol no sangue.
(C) à diminuição da tensão arterial e do colesterol no sangue.
(D) à diminuição da tensão arterial e ao aumento do colesterol no sangue.

4. Para diminuir os fatores de risco de doenças cardiovasculares, a dieta mediterrânica


aconselha
(A) a eliminação total das gorduras da alimentação.
(B) o uso de gorduras saturadas de origem animal.
(C) a ingestão, apenas, de alguns grupos nutricionais da Roda dos Alimentos.
(D) o uso de gorduras insaturadas de origem vegetal.

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5. As gorduras saturadas predominam em alimentos como
(A) o azeite e os frutos oleaginosos, e o seu consumo excessivo está associado ao aumento do
risco de doenças cardiovasculares.
(B) o azeite e os frutos oleaginosos, e o seu consumo excessivo está associado à diminuição do
risco de doenças cardiovasculares.
(C) a manteiga e os produtos de charcutaria, e o seu consumo excessivo está associado ao
aumento do risco de doenças cardiovasculares.
(D) a manteiga e os produtos de charcutaria, e o seu consumo excessivo está associado à
diminuição do risco de doenças cardiovasculares.

6. Indica qual é o número de quilocalorias que cada grama de lípidos fornece.

7. Indica quais das populações referidas consomem ácidos gordos ómega 3 e 6 nas proporções
aconselhadas.

8. Descreve como variou o consumo de gorduras na transição de uma sociedade agrícola para
uma sociedade industrial.

9. Numa pirâmide alimentar, as diferentes áreas correspondentes a cada nível são proporcionais
às quantidades de alimentos que devem ser consumidas.
Coloca os seguintes grupos de alimentos por ordem decrescente de quantidades necessárias
numa dieta mediterrânica.
A. Carnes vermelhas.
B. Peixe, ovos e aves.
C. Fruta, hortícolas, azeite e cereais integrais.
D. Azeitonas, frutos secos gordos e sementes.
E. Leite, queijos e iogurtes.

10. Explica como é que ocorre a absorção das vitaminas C e E ao nível das vilosidades intestinais.

Grupo II

O sistema digestivo é o conjunto de processos mecânicos e químicos que têm lugar no tubo
digestivo. A existência deste sistema deve-se à necessidade de decompor os alimentos ingeridos
em elementos nutrientes assimiláveis, pois só estes podem atravessar as membranas celulares,
a nível intestinal, para serem absorvidos. As experiências seguintes foram realizadas por um
grupo de alunos do 9.o ano para compreenderem as transformações químicas que ocorrem
durante a digestão.

1. Foi feita uma experiência para


investigar o efeito do pH na
atividade de duas protéases, A e B.
As enzimas, com soluções de pH
diferentes, foram colocadas em
buracos feitos na gelatina (gel feito
à basas de proteínas) em
diferentes placas de petri, como
mostra a figura 2.

Figura 2.

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Após uma hora, a atividade de cada enzima foi estimada pela medição da área de gelatina
digerida pela enzima. Os resultados estão representados no gráfico da figura 3.

Figura 3.

1.1 Indica para que valor de pH usado na experiência as duas enzimas estão ativas.

1.2 Identifica o resultado que se suspeita tenha sido obtido devido a um erro experimental.

1.3 Identifica três partes do sistema digestivo humano que produz protéases.

1.4 Justifica em que parte do sistema digestivo humano atua a enzima A.

2. A figura 4 mostra 5 tubos de ensaio (identificados de A a E) com diferentes soluções


enzimáticas e colocados a diferentes condições de pH e temperatura.

Figura 4.

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Procedimento realizado
▪ Os alunos usaram uma placa de petri contendo uma mistura de ágar-amido (um gel no qual
o amido foi dissolvido).
▪ Cortaram cinco pequenos buracos no gel (numerados de 1 a 5).
▪ Colocaram 1 cm3 de água destilada do tubo A no buraco 1.
▪ Nos buracos 2 a 5 colocou-se 1 cm3 de diferentes soluções dos tubos de teste B, C, D e E.
▪ Após uma hora, a caixa de petri foi coberta com uma solução de iodo (substância que
adquire a cor azul na presença de amido).

Resultados

Figura 5.

2.1 Refere qual é o objetivo do tubo A, cujo conteúdo foi colocado no buraco 1.

2.2 Justifica o aparecimento de áreas não coradas na caixa de petri.

2.3 Justifica qual das soluções foi adicionada no buraco 2.

2.4 Justifica em qual dos buracos foi colocado o conteúdo do tubo C.

3. O gráfico da figura 6 mostra a


digestão do azeite pela enzima
lípase a pH 9 na presença e
ausência de bílis.

Explica a função da bílis na


digestão do azeite.

Figura 6.

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