Sistema Eletrico

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Instituto industrial e comercial de Nampula

Módulo de eletricidade e eletrónica

Formador: Aleixo Giragieque

Nampula

2019
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Índice

Introdução------------------------------------------------------------------------------------------------------2
Objectivos do Modulo----------------------------------------------------------------------------------------3
I. SISTEMA ELETRICO DO AUTOMOVEIS-----------------------------------------------------------4
1.1. ELETRICIDADE----------------------------------------------------------------------------------------4
1.2. Grandezas elétricas--------------------------------------------------------------------------------------4
1.3. Corrente alternada e corrente continua----------------------------------------------------------------5
1.4. Circuitos e componentes eléctricos do automóvel---------------------------------------------------6
1.4.1. Circuitos eléctricos------------------------------------------------------------------------------------6
1.4.2. Componentes do sistema eléctrico do automóvel-------------------------------------------------6
1.5. Instrumentos de medição--------------------------------------------------------------------------------8
II. SISTEMA DE INJECÇÃO ELETRÓNICA DO AUTOMOVEL----------------------------------9
2.1. Unidade de comando------------------------------------------------------------------------------------9
2.2. Sensores --------------------------------------------------------------------------------------------------9
2.3. Atuadores------------------------------------------------------------------------------------------------12
Referências ---------------------------------------------------------------------------------------------------15
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Introdução

O presente módulo visa apresentar conteúdos de debate sobre o sistema eléctricos e a injecção
electrónica do automóvel. Nele vai se discutir a matéria sobre a electricidade no automóvel, os
circuitos eléctricos e componentes eléctricos.

O método aplicado para a produção dos conteúdos foi a pesquisa bibliográfica de manuais
relativos aos veículos automóveis.

Em termo de estrutura o módulo é constituído por dois capítulos sendo o primeiro representa o
sistema eléctrico do automóvel e o segundo realça e injecção electrónica no automóvel.
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Objectivos do Modulo

No fim do módulo o formando deve desenvolver as seguintes habilidades:

 Conhecer a eletricidade e eletrónica do automóvel;


 Identificar os princípios gerais da eletricidade, as principais grandezas elétricas e
respectivas unidades;
 Classificar circuitos e componentes elétricos básicos.
 Caracterizar as principais grandezas elétricas;
 Conceituar tensão, corrente elétrica, intensidade, resistência; transístores e reles;
 Conhecer os dispositivos eletrónicos do automóvel;
 Identificar e descrever os principais tipos de sensores e atuadores no sistema eletrónico;
 Caracterizar as funções e funcionamento das unidades eletrónicas de comando;
 Conhecer e utilizar instrumentos de medição.
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I. SISTEMA ELETRICO DO AUTOMOVEIS

1.1. ELETRICIDADE

Eletricidade é normalmente gerada pelo movimento de eletrões. Uma vez conhecida que um
eletrão é um elemento dum átomo, deve se perceber a estrutura e característica atómica de um
átomo e cuidadosamente descobrir o movimento do eletrão para definir as características da
eletricidade.

1.2. Grandezas eléctricas

a) Tensão

Quando dois corpos não estão igualmente carregados diz –se que entre eles há diferença de
potencial (ddp). Como consequência, se ligarmos estes dois corpos por um fio de material bom
condutor haverá uma corrente elétrica no sentido do corpo que possui mais eletrões para o que
possui menos. Essa corrente só existe quando haver diferença de potencial.

A diferença de potencial é uma grandeza física e o nome da unidade no SI é Volt. Esta unidade
foi dada em homenagem a Alessandro Volta. Para a medição desta unidade recorre-se ao
voltímetro analógico ou digital e instalam-se em paralelo com dispositivos elétricos nas
extremidade do qual queremos saber a diferença de potencial.

b) Intensidade da corrente

Quando há uma corrente a percorrer um condutor elétrico, ele é atravessado por uma dada
quantidade de carga elétrica em cada unidade de tempo, ou seja, existe uma determinada
intensidade da corrente elétrica. A intensidade da corrente elétrica é uma quantidade de carga
elétrica que atravessa a secção recta de um condutor em uma unidade de tempo.

A intensidade da corrente tem uma representação simbólica no SI, a sua unidade é o ampere e o
aparelho que mede a sua intensidade chama-se amperímetro. Este instrumento pode ser
analógico ou digital e instalam-se em serie.
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c) Resistência elétrica

A grandeza que mede a maior ou menor oposição que um corpo oferece a passagem da corrente
elétrica chama-se resistência elétrica. A resistência elétrica é uma grandeza física. Nos
condutores metálicos como são casos que se utilizam nos automóveis mede-se a oposição que os
eletrões livres encontram no seu movimento ao longo do condutor devido as colisões que
ocorrem entre eles e os iões que constituem o metal.

Em geral pode se dizer que a resistência elétrica de um condutor mede, seja qual for o material
de que é feito, a oposição que o condutor oferece a passagem da corrente elétrica. A sua unidade
no SI é o ohm.

1.3. Corrente alternada e corrente continua

Tanto a corrente alternada como a continua são produzidas por meio da indução, por um íman
chamada indutor e a bobina, induzido.

a) Corrente alternada

A corrente chama-se alternada por apresentar alternadamente um sentido ou outro. A corrente


alternada é gerada por um aparelho denominado alternador. Um alternador é constituído por um
íman fixo e uma bobina que pode girar entre os seus polos.

b) Corrente continua

A corrente continua apresenta um único sentido e é gerada pelo dínamo. Os dínamos são
constituídos por bobinas em movimento no interior de imanes fixos que produzem correntes
continuas através de correntes induzidas. Constituem uma importante aplicação dos fenómenos
de indução eletromagnéticas.
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1.4. Circuitos e componentes eléctricos do automóvel

1.4.1. Circuitos eléctricos

Circuitos eléctricos do automóvel, são constituídos por um conjunto de elementos conjugados


que trabalham sem interferência para um determinado fim. Entre eles encontramos: circuito de
sinalização, circuito de luz, circuito carga, arranque, circuito de ignição ( para motores do ciclo
Otto).

a) Circuito de sinalização é responsável pela sinalização do veiculo durante a exploração.


Neste circuito podemos destacar a sinalização das curvas, da presença, da retaguarda e do
stop. Em países com temperaturas extremamente baixas são usados sinalizadores
eléctricos para a neve.
b) Circuito de luz é responsável pela iluminação da estrada no período nocturno ou segundo
a conveniência do condutor. Nela encontramos a luz de longo alcance, médios assim
como a iluminação do interior do automóvel.
c) Circuito de carga é responsável pela produção, rectificação e armazenamento da carga
eléctrica. Fazem parte deste circuito a bateria, alternador e relé.
d) Circuito de arranque é responsável de dar as primeiras rotações para o arranque do motor.
O principal órgão deste circuito é o motor de arranque.
e) Circuito de ignição serve para lançar a faísca que promove a queima do combustível no
interior do cilindro do motor do ciclo Otto. Fazem parte deste circuito as velas de ignição,
bobina, cabos de alta tensão, condutores eléctricos, bateria, alternador, distribuidor e a
ignição.

1.4.2. Componentes do sistema eléctrico do automóvel

a) Condensadores;

O condensador é um dispositivo que serve para armazenar a carga e alimentar circuitos sensíveis
dentro do circuito eléctrico.
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b) Transístores

Transístor é um elemento semicondutor que permite ampliar uma corrente normal, assim como
conectar e desconectar as correntes fortes. A eletrónica do automóvel utilizam normalmente
como interruptor electrónico é constituído por três secções dispostos em serie.

c) Fusíveis

O fusível é um dispositivo usado para a protecção do circuito eletrico e os dispositivos


consumidores que nele encontram-se da intensidade da corrente eléctrica.
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d) Temporizadores

É um elemento eléctrico que serve para controlar e regular a corrente eléctrica que flui sobre o
circuito em está inserido.

1.5. Instrumentos de medição

a) Osciloscópio

Existem diversas marcas de osciloscópios para testes de sistemas de injeção eletrónica, eles
possuem cabos e adaptadores para 12 a 24 voltes. Os osciloscópios são compactos e portáteis,
projetados para fazer toda leitura de componentes eletrónicos do automóvel. Possibilita a análise
de gráficos e impressão de resultados.

Entre as funções do osciloscópio estão: leitura dos sensores do sistema, teste do atuadores,
identificação do estado de entrada e de saída do sistema.

b) Multímetro

O multímetro é um instrumento de medição com capacidade de teste de múltiplas grandezas


entre elas encontramos a medição da tensão em volte, a medição da intensidade por amperes e a
resistência em ohm.
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II. SISTEMA DE INJECÇÃO ELETRÓNICA DO AUTOMOVEL

Para além dos componentes gerais que encontramos tanto no sistema clássico, assim como nos
sistemas mais modernizados, contamos com vários os órgão que garantem o funcionamento
pleno do automóvel baseados na eletrónica, mas os mais fundamentais são:

2.1. Unidade de comando

A unidade de comando é um computador que faz a leitura de diversos sensores espalhados em


pontos estratégicos do motor, examina as informações e com base em dados gravados em sua
memória, envia comandos para diversos atuadores espalhados em pontos estratégicos do motor.
Esse procedimento é efetuado várias vezes por minuto durante o funcionamento do motor.

Fig: 11. Unidade de comando

2.2. Sensores

São componentes que captam informações para a central, transformando movimentos, pressões,
e outros, em sinais elétricos para que a central possa analisar e decidir qual regulagem a seguir.

 Sensor de posição da borboleta de aceleração - informa à central a posição instantânea


da borboleta. Ele é montado junto ao eixo da mesma, e permite à central identificar a
potência que o condutor esta requerendo do motor, entre outras estratégias de
funcionamento.
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Fig:12. Sensor de posição da borboleta

 Sensor temperatura líquido de refrigeração - informa à central a temperatura do líquido


de refrigeração, o que é muito importante, pois identifica a temperatura do motor. Nos
momentos mais frios o motor necessita de mais combustível.

Fig:13. Sensor de temperatura do líquido de refrigeração

 Sensor temperatura ar - informa à central a temperatura do ar que entra no motor. Junto


com o sensor de pressão, a central consegue calcular a massa de ar admitida pelo motor
e assim determinar a quantidade de combustível adequada para uma combustão
completa.

Fig:14. Sensor de temperatura do ar

 Sensor pressão do coletor - informar a diferença de pressão do ar dentro do coletor de


admissão, entre a borboleta e o motor, e o ar atmosférico.
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Fig:15. Sensor de pressão do coletor

 Sensor rotação - informa a central a rotação do motor e na maioria dos sistemas a


posição dos êmbolos, para a central realizar o sincronismo da injeção e ignição. Na
maioria dos projetos ele é montado acima de uma roda magnética dentada fixada no
virabrequim, mas pode ser encontrado em outros eixos também.
 Sensor detonação - permite a central detectar batidas de pino no interior do motor. Este
sensor é fundamental para a vida do motor, já que os motores modernos trabalham em
condições críticas, a central diminui o ângulo de avanço de ignição a fim de eliminar o
evento denominado como "detonação", tornando a avançá-lo posteriormente.
 Sensor velocidade - informa a velocidade do automóvel, essencial para várias estratégias
da central.
 Sonda lambda ou Sensor Oxigênio - fica localizado no escapamento do automóvel, ele
informa a central a presença de oxigênio nos gases de escape, podendo designar-se por
sensor O2 é responsável pelo equilíbrio da injeção, pois tem função de enviar a
informação do estado dos gases à saída do motor (mistura pobre/rica), com base nessa
informação a unidade do motor controla o pulso da injeção. Nos automóveis que podem
rodar com mais de um combustível ou com uma mistura entre eles (denominados
Flexfuel ou Bicombustível, gasolina/etanol no Brasil), a central consegue identificar o
combustível utilizado, ou a mistura entre eles, através do sinal deste sensor.

Fig:16. Sensor de oxigénio.


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2.3. Atuadores

São componentes responsáveis pelo controle do motor, recebendo os sinais elétricos da central,
eles controlam as reações do motor.

 Injetores - Responsáveis pela injeção de combustível no motor, a central controla a


quantidade de combustível através do tempo que mantêm o injetor aberto (tempo de injeção).
Esses podem ser classificados por seu sistema de funcionamento: monoponto (com apenas
um injetor para todos os cilindros) e multiponto (com um injetor por cilindro). Sendo que
esses injetam combustível de forma indireta, antes das válvulas de admissão, existe também
a injeção direta, que os injetores de combustível injetam dentro da câmara de combustão.

Fig:18. Injector.

 Bobinas - componente que fornece a faísca (centelha) para o motor. Os sistemas antigos
(ignição convencional) utilizam uma bobina e um distribuidor para distribuir a faísca a
todos os cilindros, já os sistemas modernos (ignição estática) utilizam uma bobina ligada
diretamente a dois cilindros ou até uma bobina por cilindro. A central é responsável pelo
avanço e sincronismo das faíscas.
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Fig: 19. Bobina

 Motor de passo - Utilizado para permitir uma entrada de ar suficiente para que o motor
mantenha a marcha lenta, indiferente as exigências do ar-condicionado, alternador e outros
que possam afetar sua estabilidade. Normalmente o atuador é instalado em um desvio
(bypass) da borboleta, podendo controlar o fluxo de ar enquanto ela se encontra em
repouso.
 Bomba de combustível - Responsável por fornecer o combustível sob pressão aos injetores.
Na maioria dos sistemas é instalada dentro do reservatório (tanque) do automóvel, ela
bombeia o combustível de forma constante e pressurizada, passando pelo filtro de
combustível até chegar aos injetores.

Fig 20. Bombaelétrica de combustível

 Válvula purga canister - Permite a circulação dos gases gerados no reservatório de


combustível para o motor. Normalmente é acionada com motor alto giro.
 Eletroventilador de arrefecimento - Posicionado atrás do radiador, é acionado quando o
motor encontra-se em uma temperatura alta, gerando passagem de ar pelo radiador mesmo
quando o automóvel estiver parado. Nos sistemas modernos ele é desativado se o automóvel
estiver acima de 90 km/h.
 Luz avaria do sistema - Permite a central avisar ao condutor do automóvel que existe uma
avaria no sistema da injeção eletrônica, ela armazena um código de falha referente ao
componente e aciona a estratégia de funcionamento para o respectivo componente
permitindo que o veículo seja conduzido até um local seguro ou uma oficina.
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Referências 15

CEPRA. Mecânica de Veículos Pesados. Manual para inspetores. Lisboa, 2007.

MCTESTP. Mecânica Auto. Certificado Profissional CV.4. Maputo, 2017.

Manuel, Arias-Paz. Manual de Automóvel. 55ª Ed. Madrid, 2004.

VARELLA, C. A. Noções Básicas de Motor Diesel. R. Janeiro, 2010.


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