2B.mm.4 F - PI - GR 9 Social
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Curso de Psicologia
Projeto Integrador: Profissão e Carreira em Psicologia
PSICOLOGIA SOCIAL
SÃO PAULO
2021
Kethelen Langeli Alves Silva - RA 921115871
2B MM
PSICOLOGIA SOCIAL
SÃO PAULO
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
ÁREAS DE ATUAÇÃO 11
ENTREVISTA 12
DISCUSSÃO 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
ANEXOS 20
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INTRODUÇÃO
A psicologia social teve seu início na Europa, e se enraizou nos Estados Unidos
devido ao contexto histórico do surgimento de pensar sobre a influência dos aspectos sociais
nos indivíduos. Ela surgiu em um momento de transição do séc. XIX para o sec. XX usada
para abordar como uma área de aplicação, para estabelecer uma ponte entre as ciências sociais
e a antropologia, sua formação acompanhou movimentos ideológicos e conflitos, como
guerras e sobretudo o capitalismo e o socialismo. O enfoque da Psicologia Social é estudar o
comportamento de indivíduos no que ele é influenciado socialmente.
Foi Wilhelm Wundt (1832-1920) quem deu o primeiro passo para estudar o
comportamento humano e seu reflexo no mundo, ele escreveu sobre a psicologia popular ou
cultural. Também paralelo ao estudo de Wundt, Émile Durkheim (1858- 1917) antropólogo e
sociólogo propõe uma análise das representações coletivas, onde ele concordava com Wundt
referindo ser um campo de estudo, da psicologia social os estudos da subjetividade e da
cultura. Tanto para um como para outro o conhecimento produzido estava relacionado
diretamente a uma forma sociológica de psicologia social. (LOPES et al, 2018, p. 16).
Tiveram vários outros: com o cientista francês Gustave Le Bon, o psicólogo inglês
William McDougall, o sociólogo Edward Ross, e outros, onde todos falam do comportamento
do indivíduo e no meio em que está inserido. Assim a psicologia social se deu entre a
psicologia e a sociologia, servindo para a estruturação de identidades tanto individuais,
pessoais e coletivas. (LOPES et al,2018, p. 17).
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No Brasil a psicologia social teve seu início na década de 30, a prática predominante
era a higiene mental usada em manicômios e sanatórios. Nas décadas decorrentes ela passa
por varias transformações como o racismo e relações sociais entre negros e brancos.
(ANTUNES, 2014, pg 42 a 44).
Muito antes disso, com os estudos feitos em sala de aula e leituras sobre o tema nos
mostram muitos assuntos sobre o início da psicologia na época do “Brasil Colônia", segundo
Massimi (1990. p.5) para realizar uma reconstrução da história da psicologia no Brasil é
preciso buscar as origens remotas do interesse pelo estudo da subjetividade e comportamento
no âmbito da cultura brasileira mais antiga. A época colonial apresenta-se como um período
fecundo e diferenciado e nela se encontram os traços das culturas indígenas e podemos obter
informações sobre as práticas psicológicas dos indígenas através dos escritos de viajantes e
missionários.
Nossa pesquisa mostra que a vivência e a cultura dos índios brasileiros, com sua
cultura, gestos, hábitos e práticas são muito diferentes das do homem europeu.
Ainda nos dias de hoje a psicologia é muito confundida com o senso comum o que é
baseado em observações subjetivas e vivências individuais. Diferente da psicologia social que
é uma ciência que emprega métodos científicos com experimentos e pesquisas qualitativas e
quantitativas, andando em direção de uma sociedade justa e igualitária, uma psicologia com
compromisso social. Mas na década de 1970, com toda evolução científica foi ficando de lado
a herança adquirida e abrindo novos caminhos para uma psicologia social de extração
gestáltica em diálogo com a fenomenologia, e em 1980, a psicologia social se caracteriza por
não se restringir inteiramente ao lado do indivíduo, ou da sociedade, mas sim em se mostrar
em uma área intermediária, passando a pensar no sujeito e sua subjetividade considerando sua
inserção no mundo social e cultural. Onde podemos dizer que a psicologia social é política e
histórica, ela é parte da evolução da sociedade.(LOZATO, 2020).
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ÁREAS DE ATUAÇÃO
Para Góis (1989, p. 100), a Psicologia comunitária é o ramo da Psicologia social que
estuda formações, processos e propriedades psicológicas decorrentes da vida comunitária, seu
sistema de relações, identidade, atitudes, expectativas, hábitos, sentimentos e valores, na
perspectiva do desenvolvimento da consciência dos membros como sujeitos históricos e
comunitários. Seu campo de atuação é a comunidade, espaço social e econômico, básico e
significativo da vida em sociedade.
A Psicologia comunitária segundo o mesmo autor, não é uma extensão da clínica, nem
uma Psicologia na comunidade, e não é uma tecnologia social. Seu objeto central seria “o
reflexo psíquico da vida comunitária (...) no psiquismo de seus membros e a potencialização
da consciência a partir das condições de vida da comunidade” (Góis, 1990, p. 100). A questão
central da Psicologia comunitária é “o desenvolvimento do indivíduo enquanto sujeito
histórico, social e comunitário (...)”, (Góis, 1990, p. 100), e não a relação entre saúde e doença
ou prevenção e tratamento.
A expressão psicologia da comunidade foi ser usada nos anos 90, ampliando os
trabalhos dos profissionais de Psicologia a diversos setores da população adotando diferentes
práticas e referenciais teóricos e traduziu uma inserção da Psicologia em algumas instituições,
com o objetivo de democratizar e de aumentar a oferta de serviços para a população em geral.
A Psicologia comunitária tem atuado junto a sujeitos sociais nas áreas de saúde, saneamento e
urbanização de comunidades carentes. As intervenções têm sido realizadas com associação de
moradores, grupo de jovens, grupo de idosos, grupos de mulheres, centros de cultura, lazer,
escolas, etc, caracterizando se, portanto, como um trabalho realizado junto aos movimentos
sociais com vistas ao cooperativismo e à autonomia das comunidades. Nesse trabalho, o
psicólogo comunitário deve estar preparado para lidar com os problemas que afligem as
comunidades, como poluição, ausência de infraestrutura de saneamento, ausência de áreas de
lazer, precariedade de atendimentos na área da saúde, dos meios de transporte. É nesse
contexto que surgiu o entendimento de que “o trabalho do psicólogo comunitário é um
trabalho psicossocial dirigido à melhoria da qualidade de vida” (BOMFIM, 1989, p. 123).
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ENTREVISTA
1. Conte-nos um pouco de sua experiência como psicólogo(a), por que você escolheu
essa área de atuação? Quais eram as suas expectativas?
Bom, iniciei os meus primeiros trabalhos ainda na faculdade de psicologia, quando fui
contemplado com estágio remunerado para trabalhar com deficientes, e também me envolvi
em um projeto pela faculdade na comunidade da favela da funerária na zona norte de São
Paulo, auxiliando os moradores a se preparar e orientar-se para o mercado de trabalho. Atuo
também como psicólogo clínico e psicólogo hospitalar desde 2002. Escolhi essa área por
gostar muito de assuntos relacionados à relação indivíduo e sociedade.
3. Como se deu a sua inserção no mercado de trabalho? Quais foram as barreiras para o seu
ingresso?
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Aconteceu comigo via curso que foi ofertado pela universidade, durante o curso consegui me
destacar e ser convidado para realizar o estágio na área de inclusão numa escola localizada na
região da Pompéia. Não havia muitas barreiras, mas sempre tive que correr atrás de me
envolver com projetos, fazer bons trabalhos e conseguir boas oportunidades.
O grande desafio desde a formação até hoje é quebrar alguns dogmas relacionados ao
sofrimento psíquico, encontrar tempo para conseguir atender os pacientes e atuar na escola e
ainda dar suporte a instituição que atendemos online, tempo pra fazer terapia, e ainda ter um
momento de lazer com a família. Acredito que quando trabalhamos com o que amamos, não
há limitações, mas é preciso muita força de vontade, pois é uma profissão que exige muita
dedicação, é preciso estar sempre atualizado e por dentro das mudanças.
atuais?
Assim como todas as profissões mudaram seu paradigma de trabalho, a psicologia não
poderia ser diferente disso. As ferramentas e os recursos tecnológicos principalmente na área
de comunicação auxiliaram muito na proximidade e acolhimento dos pacientes, um bom
exemplo é essa fase de pandemia que estamos vivendo onde podemos usar recursos e fazer os
atendimentos online sem deixar que os pacientes fiquem sem atendimento o que poderia
acarretar numa regressão de todo um trabalho já em andamento. Consigo fazer orientação
online em grupo para a comunidade do Jardim Peri, por exemplo, onde a nossa instituição tem
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uma casa de auxílio, dinamizando muito mais o trabalho. E ainda é possível fazer cursos de
atualização online facilitando a rotina, então, a tecnologia só veio ajudar.
9. Você já pensou em desistir de sua carreira? Por quê? E o que te estimula a continuar?
Como qualquer outra pessoa, tenho os altos e baixos, mas nunca pensei em desistir da
minha profissão, toda vez que esse pensamento surgia, eu tentava me preparar mais e
desenvolver minhas habilidades e competências, é claro que a terapia ajuda muito a gente
entender refletir, buscar melhorias, com uma rotina puxada é preciso se manter em equilíbrio
e estar sempre focado.
supervisões de suas atividades, estudem com afinco a jornada é longa, mas a recompensa em
ver seus pacientes bem mentalmente vale todo o esforço.
DISCUSSÃO
Nos mostra que o caminhar da profissão é extenso, teremos muitos desafios, muito
estudo durante o trajeto. cada um de nós vai seguir por um caminho diferente mas lá na frente
após a conclusão da graduação e com dedicação e mais um pouco de estudos tudo vai valer a
pena. A jornada é longa mas a recompensa é certa.
Para BONFIM (1989, p. 123), é nesse contexto que surgiu o entendimento de que “o
trabalho do psicólogo comunitário é um trabalho psicossocial dirigido à melhoria da
qualidade de vida”
Outro tema que se prova de suma importância e que foi abordado pelo entrevistado,é
o da própria saúde mental do profissional e a necessidade de estar sempre de bom grado,
vontade e psique, tal qual a necessidade de estar atualizado com os conceitos, cultura e
zeitgeist atual para a efetiva e saudável performance profissional e tratamento de seus
pacientes, melhor exemplificado na resposta: “Façam terapia, procure sempre estar se
aprimorando em suas leituras, estudem muito, bebam água e cuidem da alimentação”, sobre o
avanço cultural e tecnológico disse: “Assim como todas as profissões mudaram seu
paradigma de trabalho, a psicologia não poderia ser diferente disso.”
Percebemos que é preciso muita dedicação, força de vontade, estudo e às vezes até
abrir mão de algumas coisas, mas, se escolhemos a profissão por amor a ela, realizaremos
bons trabalhos. E acima de tudo temos de ter respeito por nós mesmos como pessoa, como
profissional, respeitar nossos limites para estar em condições de oferecer um atendimento de
qualidade e auxiliar os pacientes da melhor forma possível e isso é amor pela profissão que
escolhemos, os sacrifícios valerão a pena no final da jornada.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que a Psicologia Social é uma vertente da Psicologia tradicional, que por
sua vez aborda as relações entre membros de um grupo, portanto ela se encontra em um
espaço entre a psicologia e a sociologia.
Está focada em compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais,
sabendo que a psicologia destaca o aspecto individual e se faz revelar os graus de conexão
entre o ser e a sociedade a qual pertence descobrindo que as pessoas por mais diferentes que
sejam umas das outras apresentam socialmente um comportamento distinto do que
expressariam se estivessem isoladas. Isso nos faz pensar que nós seres humanos somos
sociais, vivemos em grupos, sociedades e culturas e organizamos nossas vidas em relação
com outros seres e somos influenciados pela história, pelas instituições e pelas atividades. Em
suma, é o estudo das pessoas enquanto seres sociais.
De extrema importância para a sociedade como um todo, por sua vasta participação
em diversas questões sociais, culturais, heterogêneas, auxiliando nas diversas situações do
cotidiano e sem mensurar credo, raça, classe social, situação financeira e etc. O trabalho da
área de Psicologia Social apesar de pouco conhecido por essa nomenclatura, vem sendo cada
dia mais necessário, principalmente em regiões de comunidade mais pobre onde as condições
de saúde e educação são precárias porém, não descartando as regiões economicamente
desenvolvidas pois em se tratando de sociedade sempre haverá conflitos, discordâncias,
injustiças, e principalmente indivíduos que necessitam de algum auxílio psicológico para
seguir com a vida se relacionando bem consigo mesmo e com o meio em que está inserido.
A reflexão dos artigos apresentados , livros e entrevista nos clareou a importância da
atuação e a intervenção através de pesquisa do psicólogo no contexto que contribui para o
desenvolvimento social e na construção íntegra do indivíduo para lidar com as diferenças na
sociedade.
Pesquisa que vamos levar para a vida e por experiências futuras, durante e após a
graduação, assim como outras que farão parte do conteúdo a ser estudado, referente ao
conteúdo absorvido o que podemos levar é gratidão por todo o aprendizado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
LANE, Silvia T.M.; CODO, W. A Psicologia Social e uma nova concepção do homem
para a Psicologia. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 19
LOZATO, Ana Paula de Araujo. Psicologia Social: Percurso no Brasil e no mundo (online)
Abril 29, 2020. Acessado em 16 de setembro de 2021. Disponível em
http://prezi.com/p/mtl6ixh8wlal/?present=1
ANEXOS
CARTA-CONVITE DE PARTICIPAÇÃO
A(o)
Psicóloga(o): Ricardo Marcom
Cara(o) colega,
Sua participação nesta entrevista é muito importante e seu relato permitirá uma melhor
compreensão da Psicologia como Carreira e Profissão.
Suas respostas estarão sob sigilo e sua identidade será preservada.
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TERMO DE AUTORIZAÇÃO
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Entrevistador(es) (alunos)