3 - Materia - Fascículo TCO-E 12º

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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


INSTITUTO MÉDIO POLITECNICO DE CACUACO Nº4072

CURSO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL (OCC)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE (TCOE) TÉCNICAS DE CONDUÇÃO DE OBRAS –


EDIFÍCIOS

UNIDADE TEMATICA: 1- SISTEMAS PREDIAIS DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA FRIA E QUENTE
Iº TRIMESTRE

ANO LETIVO: 2019 TURNO: MANHÃ CLASSE: 12º TRIMESTRE: Primeiro


PROFESSORA: JESSICA MIRANDELA DA COSTA FRANCISCO
1.1 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

1.1.1 HIDRÁULICA
É o ramo da ciência que tem como objectivo o estudo dos fluidos líquidos em repouso ou em
movimento, e os métodos de sua aplicação no ramo da engenharia. É conhecida em física como mecânica dos
fluidos, pós é responsável por identificar o comportamento dos fluidos confinados e em escoamento, o estudo
da hidráulica pode ser dividido em três partes.

 Hidrostática: estuda o comportamento dos fluidos em repouso tendo como exemplo a agua dentro de
um recipiente
 Hidrodinâmica: e a parte da hidráulica que leva em consideração as variáveis envolvidas no
escoamento dos fluidos como força da gravidade da pressão, da viscosidade, da compreensibilidade e
outras.
 Hidrocinética: estuda os fluidos em movimento tendo como exemplo as águas dos rios

1.1.2 SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA


É um conjunto de tubulações, conexões e acessórios que permitem levar a água da rede pública ou de
um reservatório até aos pontos de consumo ou aparelhos de utilização dentro de uma edificação. O projeto de
instalações devem ser feitas de forma a garantir que a água chegue em todos os pontos de consumo, sempre
que necessário em quantidade e com qualidade adequada para o consumo, permitindo a acessibilidade ao
sistema em caso de manutenção.

1.1.3- TIPOS DE SISTEMA


Existem três (3) sistemas de abastecimento da rede predial de distribuição: Director, indirecto e misto.
Cada um destes sistemas apresenta vantagem e desvantagem, que devem ser analisadas pelo projetistas,
conforme a realidade do local e as caraterística do edifício que se vai instalar.
1.3.1- Sistema de Distribuição Directo
É o sistema predial de distribuição que é feito directamente da rede pública de abastecimento. Neste caso
não existe reservatório domiciliar, e a distribuição é feita de forma ascendente, ou seja, as peças de utilização
de água são abastecida directamente nada rede pública.

Desvantagens:

 Fica inoperante quando falta a água da rede pública;


 Aumenta a necessidade de reserva de água no sistema pública;
 Pode ocorrer contaminação da rede publica pelo não funcionamento do sistema ati-retorno, que um
componente mecânico.
Vantagens:

 Despensa o uso de reservatório;


 Melhor qualidade da água;
 Melhor aproveitamento de espaço

1.3.2 Sistema de Destruição Indirecto


No sistema indireto, opta-se pela utilização de reservatório para amenizar os problemas referentes à
intermitência ou irregularidade no abastecimento de água e a variação de pressão na rede pública.
Desvantagens:

 Possibilidade de contaminação da água nos reservatórios;


 Maior custo, pelo acréscimo na estrutura e no sistema de impermeabilização;
 Aumento de tempo de execução da obra;
 Maior área de construção.
Vantagens

 Rede predial menos expostas a falha pública;


 Economiza energia elétrica.
No sistema indirecto, são consideradas três situações de escrita a seguir

Sistema Indirecto sem Bombeamento

Este sistema é adotado quando a pressão da rede pública é suficiente para alimentar um reservatório,
reservatório este que pode ser, para uma habitação ou um conjunto de edificações, o mesmo alimenta diversos
pontos de consumo com gravidade, portanto, deve estar sempre a uma altura superior dos pontos de
consumo. Obviamente a grande vantagem deste sistema é que a água do reservatório garante o
abastecimento interno, mesmo que o fornecimento da rede pública seja provisoriamente interrompido, o que
torna o sistema mais utilizado em edificações de até três pavimentos (9metros de altura total ate o
reservatório).

Sistema indirecto com bombeamento


Esse sistemas, normalmente, é utilizado quando a pressão da rede pública não é suficiente para alimentar
directamente o reservatório superior como por exemplo em edificações de mais de três pisos (acima de 9
metros de altura). Neste caso, adopta-se um reservatório inferior, de onde a água e bombeada até o
reservatório elevado, por meio de um sistema de recalque. A alimentação da rede de distribuição predial e feita
por gravidade partir do reservatório superior.

Sistema indirecto hidropneumático

Esse sistema de abastecimento requer um equipamento de pressurização da água a partir de um


reservatório inferior. Ele é adoptado sempre há necessidade de pressão em um determinado ponto da rede,
que não pode ser obtida pelo sistema indirecto por gravidade, ou quando, por razões técnicas e económicas,
se deixa de construir um reservatório elevado. É um sistema que demanda alguns cuidados especiais. Além do
custo adicional, exige manutenção periódica, caso falte energia eléctrica na edificação ele fica inoperante,
necessita de um gerador alternativo para funcionar.
1.3.3- Sistema de Distribuição Mista
Neste sistema, parte da alimentação da rede de distribuição predial é feita directamente pela rede pública
de abastecimento e outa parte pelo reservatório superior ou inferior. Esse sistema é mais usual e mais
vantajoso que que os demais, pois algumas peças podem ser alimentadas directamente pela rede pública
como as torneiras externas reservatórios,
Nesse caso, como a pressão da rede pública e quase sempre maior que a obtida a partir do reservatório
superior, os pontos aparelhos de utilização de água terão maior pressão.

1.1.4- COMPONENTES DO SISTEMA PREDIAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Para que a rede predial funcione da melhor maneira possível e tenha os resultados esperados, existe
um conjunto e componentes utilizados no momento da execução do sistema tendo a realçar os seguintes:
Rede pública de abastecimento de água: É um conjunto de tubulações que tem a função de conduzir a água
da estação de tratamento até as edificações, é aquela existente nas ruas, que normalmente passa por baixo
dos passeios, pertencente a uma entidade responsável pelo fornecimento da mesma.
Ramal predial: É a tubulação compreendida entre a rede pública de distribuição de distribuição e o hidrómetro
ou peça de limitadora de vazão. Essa parte é dimensionada e executada pela empresa responsável pelo
abastecimento de água mas as despesas são da responsabilidade do interessado (utilizador).
Hidrómetro: É o aparelho instalado para medir o consumo de água. A experiencia, tem mostrado que o
hidrómetro força a redução dos desperdícios
Ramal de alimentação: É a tubulação compreendida entre o hidrómetro e a entrada de água ao reservatório de
acumulação.
Reservatório inferior: São aqueles feitos no subsolo e normalmente utilizados em habitação com mais de dois
pisos. Que através do sistema de recalque, alimenta o reservatório superior.
Extravasor: Vulgarmente chamado de ladrão serve para regularização do nível máximo e aviso do não
funcionamento da válvula de boia. Deve ser instalado de modo a desaguar em locai visíveis e que chamam
atenção, pois esta e mesmo a sua finalidade.
Sistema de recalque: Sempre que tivermos que transportar uma determinada quantidade de líquido de um
reservatório inferior para um superior é necessário fornecer meios mecânicos, uma carta quantidade de
energia ao líquido. O conjunto constituído pela canalização e meios mecânicos denomina-se sistema de
recalque, constituída por um conjunto de motobomba, onde nas instalações prediais é necessário o emprego
de dois conjuntos de motobombas ficando um reservado para atender eventual emergências, normalmente, se
usam bombas accionadas por motores elétricos. Depois temos a canalização de secção que é a tubulação
responsável por conduzir a água do reservatório inferior até bomba.
Canalização de recalque: é a responsável por conduzir a água da eletrobomba até ao reservatório superior.
Reservatório superior: É próprio dos edifícios com mais de dois pavimentos, normalmente projectados para
armazenar um volume de água para dois dias de consumo juntamente com o reservatório inferior. É dele onde
parte todo sistema de alimentação dos aparelhos de utilização ou pontos de consumo do edifício. Deve ser
feito em células para que no efeito de limpeza e manutenção não haja interrupção no consumo de água.

Barrilete superior: fica localizado abaixo do reservatório superior e acima da laje de forro, provido de registros
que comandam toda a distribuição de água e de onde partem as colunas de alimentação.
Coluna: É a canalização vertical, que tem origem no barrilete e abastece os ramais de distribuição de água
(registros gerais da unidades)
Ramal: É a canalização compreendida entre a coluna e os sub-ramais, ou seja, a tubulação que deriva da
coluna até o ponto de registo das áreas húmidas.
Sub-ramal: É a canalização que liga os mamais aos aparelhos de utilização ou seja do registo até ao ponto
consumo
Combate contra incendio: Basicamente, de acordo com os códigos de segurança contra incendio, quando o
edifício possuir mais de três pavimentos, independentemente da área construída, prédio com menos de três
pavimentos porem com área de construção superior a 1500m², ou prédios destinados a garagem qualquer que
seja o número de pavimentos e a área de construção, é exigida a instalação de uma rede de combate contra
incendio sobe comando automático.
Sob comando ou reserva técnica: É a quantidade de água, mínima necessária para o combate contra incêndio,
localizada no reservatório superior.
Tubulação para combate contra incendio: É canalização vertical que tem origem no barrilete superior, ou em
caso de habitações que não possuem e feito um reservatório inferior através de um conjunto de bombas de
acionamento independente e comando automático. A tubulação deve ser feita com material de elevada
resistência a temperatura. Estas tubulações devem ser destinadas apenas para alimentar as caixas de
incendio terminando no registo de passeio.

1.1.5- RESERVATÓRIOS
São unidades de hidráulicas de acumulação e passagem de água situados em pontos estratégicos do
sistema de modo a atenderem as seguintes situações: Garantia de qualidade de água; Garantia de adução
com vazão; Menores diâmetros no sistema; Melhores condições de pressão
Os reservatórios devem ser fechados e cobertos de modo a não permitirem a entrada de luz natural ou
de elementos que possam poluir ou contaminar as águas, devem possibilitar fácil acesso ao seu interior para
inspeção, limpeza e conservação da qualidade da água, deverão ser projetados e executados prevendo a
instalação dos seguintes itens:

 Limitadores de nível de água, com a finalidade de impedir a perda de água por extravasamento;
 Tubulação de limpeza situada abaixo do nível de água mínimo;
 Extravasor dimensionado de forma que possibilite a descarga da vazão máxima que alimenta o
reservatório;
 Deve ser previsto um espaço livre acima do nível máximo de água, adequado para a ventilação do
reservatório e colocação dos dispositivos hidráulicos e elétricos;
 Em reservatório inferior deve ser previsto um ramal especial com instalação elevatória para limpeza,
sempre que não for possível projetar esse ramal por gravidade;
 Não havendo possibilidade de utilização de reservatório superior, para garantir o abastecimento
contínuo em condições ideais de pressão e vazão, sugere-se a utilização de instalação
hidropneumática

1.5.1- Classificação dos reservatórios

a) De acordo com a localização no terreno

 Enterrados (quando é completamente embutido no terreno)


 Semi-enterrado ou semi-apoiado (altura liquida com uma parte abaixo do nível do terreno)
 Apoiado (laje de fundo apoiada no terreno)
 Elevado (reservatório apoiada em estrutura de elevação
 Stand pipe (reservatório elevado com a estrutura de elevação embutida de modo a manter continua o
perímetro de secção transversal da edificação)

b) De acordo a sua localização no sistema

Reservatórios montantes: localizados antes da rede de distribuição caracterizam-se pelas seguintes


particularidades:

 Por ele passa toda a água distribuída a jusante


 Tem entrada pelo nível máximo da água e saída no nível mínimo
 São dimensionados pra manter a vazão e a altura manométrica do sistema de edução constante

Reservatórios Jusante ou de sombras: localizados apos a rede de distribuição caracterizam-se pelas


seguintes particularidades:

 Armazenam água nos períodos em que a capacidade da rede pública for superior a demanda para
complementar nos períodos que a situação for diferente ou seja quando a capacidade da água não for
suficiente para atender a demanda.
 Reduzem a altura física e os diâmetros iniciais de montante da rede, e têm uma só tubulação servindo
como entrada e saída das vazões.
1.1.6 MATERIAIS UTILIZADOS NA INSTALAÇÃO, TUBOS E CONEXÕES
Uma escolha adequada dos materiais, dispositivos e peças de utilização é condição básica para o bom
funcionamento das instalações, pois, mesmo existindo um bom projeto, na etapa de construção poderá ocorrer
uma série de erros que pode comprometer a qualidade da edificação. Para a escolha dos materiais, é
fundamental a observância de condições exigíveis, a maneira e os critérios pelos quais devem ser projetadas
as instalações prediais de água fria, para atender às exigências técnicas de higiene, segurança, economia e
conforto dos usuários.
Existem vários componentes empregados nos sistemas prediais de água fria: tubos e conexões,
válvulas, registros, hidrômetros, bombas, reservatórios etc. Os materiais mais utilizados nos tubos são: cloreto
de polivinilo (PVC rígido), aço galvanizado e cobre. Normalmente, as tubulações destinadas ao transporte de
água potável são executadas com tubos de plástico (PVC), imunes à corrosão.

Os tubos e conexões de PVC em relação aos outros materiais têm como vantagens: leveza e
facilidade de transporte e manuseio; durabilidade ilimitada; resistência à corrosão; facilidade de instalação;
baixo custo e menor perda de carga. As principais desvantagens são: baixa resistência ao calor e degradação
por exposição prolongada ao sol.
Os tubos metálicos apresentam como vantagens: maior resistência mecânica; menor deformação;
resistência a altas temperaturas (não entram em combustão nas temperaturas usuais de incêndio). As
desvantagens são: suscetibilidade à corrosão; possibilidade de alteração das características físico-químicas da
água pelo processo de corrosão e de outros resíduos; maior transmissão de ruídos ao longo dos tubos e maior
perda de pressão.
Os tubos e conexões de ferro galvanizado, geralmente, são utilizados em instalações aparentes e nos
sistemas hidráulicos de combate a incêndios. As conexões, principalmente os cotovelos, são muito utilizadas
nos pontos de torneira de jardim, pia, tanque etc., por serem mais resistentes.
Os tubos e conexões de cobre: são tradicionalmente utilizados nas instalações de água quente, mas
também podem ser utilizados nas de água fria. As tubulações de cobre proporcionam menores diâmetros no
dimensionamento, entretanto, seu custo é maior que as de PVC.
1.2- DIMENSIONAMENTO

1.2.1 CÁLCULO DE PRESSÕES


Pressão: Nada mais é do que peso que a água exerce sobre o reservatório ou tubulação, também
considerada como a intensidade de uma foça atuante numa determinada área, a pressão é achada através das
seguintes formulas P = F/A onde:
P = Pressão (N/m²)
F = Força (N)
A = Área (m²)
Exemplo
Calcule a pressão exercida pela água sobre o fundo do reservatório com 2m de largura 2m de
comprimento e 4m de profundidade (altura) sabendo que o peso especifico da água e de 1000kg/m³

Exercício: Calcule a pressão exercida pela água sobre o fundo do reservatório com 4m de largura 4m
de comprimento e 8m de profundidade (altura) sabendo que o peso especifico da água e de 1000kg/m³.
1.2.2 CÁLCULO DO CONSUMO

Consumo diário: E a quantidade de água que é consumida diariamente de em um edifício tendo como
base a quantidade de pessoas e o tipo de edificação, o consumo diário e tido através da seguinte formula
Cd = Cp x n, onde:
Cd = Consumo diário
Cp = Consumo por pessoa
N = Numero de pessoas
Para se fazer o cálculo da quantidade de água consumida em uma determinada edificação e
necessário seguir os seguintes passos:

 Definir o tipo e o padrão da edificação através da tabela de consumo diário


 Calcular o número de ocupantes através da característica da edificação
 Verificar a tabela de consumo predial diário
 Calcular o consumo diário pela fórmula

Exemplo
Calcule o consumo diário de uma residência padrão medio do tipo T3 com dois ocupantes em cada quarto
Dados Fórmula Resolução
Cp= 250 L/dia Cd = Cp x n Cd = 250 L/dia x 6
N=6 Cd = 1500 L/ dia
Cd =?

Exercício
Calcule o consumo diário de um edifício de apartamentos com três andares, cada um com quatro
apartamentos de tipologia T4 com dois ocupantes em cada quarto
TABELA DE CONSUMO PREDIAL

Observação: Os valores da tabela são apenas indicativos, devendo ser verificada a experiencia do local com
consumos reais
1.2.3 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO
Para dimensionar um reservatório feito devem ser observados os seguintes aspectos:

 Saber o tipo de edificação (pública ou privada)


 Saber o tipo de sistema de abastecimento a utilizar (“directo” indirecto ou misto)
 Conhecer o consumo diário
 Saber qual a capacidade de reserva do reservatório (a reservação deve ser maior que o consumo
diário) a reserva que varia de um a dois dias ou seja de 24 a 48 horas
Para dimensionar o reservatório utiliza-se a seguintes fórmulas V= Cd x D x N e V = A x h onde:
V = volume em litro (m³) capacidade do reservatório
A = área (m²)
H = altura (m)
Cd = consumo diário
N = número de pessoas

Exemplo - 1
Dimensione o reservatório de para uma habitação T3 padrão médio com duas pessoas em cada quarto,
usando o sistema hidropneumático, levando em consideração a planta de 2,0m x 2,0m.

1º Passo: Calcular o consumo diário


Dados Fórmula Resolução
Cp= 250 L/dia Cd = Cp x n Cd = 250 L/dia x 6
N=6 Cd = 1500 L/ dia
Cd =?

2º Passo: Calcular a capacidade de reserva do reservatório para 2 dias


Dados Fórmula Resolução
Cp= 250 L/dia Rt = d x Cd Rt = 2 x 1500 L/dia
N=6 Rt = 3000 L/ dia
Cd =?

Depois de calculado o consumo diário e a capacidade de reserva para dois dias, devemos achar as medidas
de largura comprimento e profundidade do mesmo levando em consideração que o resultado não deve ser
inferior ao valor encontrado. Neste caso deve der inferior a 3000 L/dia. Levando em consideração a planta de
2,0mx2.0m

3º Passo: Dimensionar o reservatório


Dados
V =? Fórmulas Resolução
A =? A=LxC Área
H =? A = 2,0m x 2,0m

Rt = 3.000 L  V= 3m³ A = 4m²

H = V/A Altura
H = 3m³ / 4m²
H= 0,75

V=Axh Volume
V= 4m x 0,75
V= 3m³
Solução
O reservatório para uma habitação T3 padrão medio, com uma reserva de dois dias de deve ter 3000L de água
e as suas medidas serão as seguintes: L= 2,0m; C= 2,0m; H= 0,75m

Exemplo - 2
Calcule o volume em litro de um reservatório de uma residência cuja área é de 6m² e a altura e de 2m
Dados Fórmulas Resolução
V =? V=Axh V= 6m² x 2m
A =6m² V= 12m³
H =2m

Solução
O reservatório da residência tem a capacidade de reservar 12.000L de água
Dimensione o reservatório de um edifício de 2 pavimentos na centralidade do Kapari com 4
apartamentos em cada andar de tipologia T3. Considerando duas pessoas em cada quarto.
1º Passo: Calcular o número total de pessoas
2º Passo: Calcular capacidade de reserva para dois dias
3º Passo: Calcular o volume do reservatório em litro
4º Passo: Calcular o volume (converter litro em m³)
5º Passo: Dimensionar o reservatório (adotar a altura)

Dados Fórmula e Resolução Fórmula e Resolução


T. Pessoas =? 1º Número de pessoas 4º Volume do reservatório
C. diário =? N= N. apto x P. apto V= 24.000 L  V= 24m³
R. Total =? N= 8apt x 6
N= 48

2º Consumo diário 5º Dimensionar o reservatório


Cd = Cp x n A = V / h
Cd = 250 L/dia x 48
Cd = 12.000 L/ dia

3º Reserva total Adotando a altura de 2m


Rt = d x Cd A =  24m³ / 2m
Rt = 2 x 12.000 L/dia A =  12
Rt = 24.000 L A= 3,464m²

Solução
O reservatório para de um edifício de 2 pavimentos na centralidade do Kapari de ter capacidade para 3.000L
de água e as suas medidas serão as seguintes: L= 3,5m; C= 3,5m; H=2,0m.
1.3 - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
Chama-se instalações prediais de água quente, o conjunto de equipamentos fontes energéticas e
materiais que permitam ao usuário das instalações a obtenção de água artificialmente aquecida, ou seja, com
agua chegando até aos aparelhos de utilização a temperaturas que variam de 50ºC a 80ºC. O sistema predial
de abastecimento de água tem os seguintes objectivos

 Garantir o fornecimento de água de forma continua em quantidade suficiente e temperatura


controlável, com segurança velocidade e pressão compatíveis com o perfeito funcionamento dos
aparelhos sanitários e das tubulações.
 Preservar a potabilidade da água
 Proporcionar o nível de conforto adequado ao usuário
 Racionalizar o consumo de energia

1.3.1 COMPONENTES DO SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA QUENTE


Para o bom funcionamento das instalações prediais de água quente existe um conjunto de
equipamentos, matérias e fontes de energia que tornam isso possível.
Equipamentos
Aquecedores: tem a função de elevar a temperatura da água sendo que para o teste do bom funcionamento do
mesmo a temperatura deve chegar ate 80ºC. Existem dois tipos de tipos de aquecedores, os aquecedores de
passagem também conhecidos por termo aquecedores, são aqueles que não armazenam a água quente e os
e os aquecedores de acumulação também conhecidos por termo acumuladores são aquele que para alem de
aquecem também reservam uma determinada quantidade de água.
Materiais
Tubulações: as tubulações mais usadas para o sistema de água quente são as de aço sabendo que com o
tempo corroem tem a necessidade de ser trocados periodicamente; de cobre e o material mais caro e
resistente; e os de plástico do tipo PPR ou CPVC. De realçar que as tubulações feitas de plástico são os mais
utilizado.

Fontes de energia
Para aquecer a água existem vaias fontes de energia tendo a destacar as seguintes:
Aquecimento por uso de energia e elétrica: É o sistema mais simples e usado embora tenha como grande
inconveniente o seu custo alto
Aquecimento por combustão de óleo diesel em caldeiras: É obtido pelo vapor gerado por meio de troca de
calor e aquecem a água do sistema predial
Aquecimento solar: A água é aquecida por incidência solar é um tipo de aquecimento que em horas ou épocas
de pouca insolação exigem o uso associado de outros sistemas de aquecimento, nos dias de boa insolação
costumam a atender bem a demanda não precisando de outra fonte de energia
Aquecimento proveniente da queima de madeira ou carvão: Apesar do desconforto ainda existem países que
fazem o uso de fogões a lenha ou carvão, a água fria passa por uma serpentina de cobre colocadas dentro da
fornalha e com isso a agua e aquecida.
Aquecimento por uso do calor proveniente da queima de gás GLP (Gás liquefeito de petróleo) ou por queima
de gás natural: Tende a ser o sistema mais barato no uso, exige cuidados com uso do gás, ou seja, a queima
do gás tem que ser em local com ventilação permanente. O número de mortes pior inalação de gás face a falta
de ventilação do ambiente é enorme; Quando o GLP e fornecido em cilindro (chamado de gás engarrafado), os
mesmos devem ficar em local não confinado, ou seja, em local externo, para evitar explosão do ambiente se
houver vazamento ou acumulo de gás;

1.3.2 PROJECTO DO SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA E QUENTE


Exercício prático do desenvolvimento de um projecto de abastecimento de água quente e fria
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
INSTITUTO MÉDIO POLITECNICO DE CACUACO Nº4072

CURSO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL (OCC)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE (TCOE) TÉCNICAS DE CONDUÇÃO


DE OBRAS – EDIFÍCIOS

UNIDADE TEMATICA: 2- SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO


SANITÁRIO
IIº TRIMESTRE
ANO LETIVO: 2019 TURNO: MANHÃ CLASSE: 12º
TRIMESTRE: Segundo
PROFESSORA: JESSICA MIRANDELA DA COSTA FRANCISCO

2.1-ESGOTO SANITÁRIO

Esgoto sanitário: Estas águas podem ser consideradas imundas ou negras quando compostas por
material fecal e urina, águas servidas ou limpas quando provenientes de operações de lavagem e limpezas, e
águas industriais quando provenientes de processo industriais.

As instalações sanitárias dividem-se em três partes: esgoto secundário, esgoto primário e a ventilação.
Esgoto secundário: é a parte que não esta em contacto com gases provenientes do colector público ou
fossa séptica ou seja, que vai do aparelho de utilização até a caixa sifonada.
Esgoto primário: é a parte que esta em contacto com os gases provenientes do colector público ou
fossa, ou seja após a caixa sifonada no sentido do escoamento, as partes componentes da rede de esgoto
primária são: ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda, sub-colector, colector predial, caixa de
gordura, caixa de inspeção, e caixa colectora.
Ventilação: Sua finalidade é dar escape aos gases provenientes da rede pública ou mesmo da rede
interna do edifício e também manter a pressão atmosférica dentro da tubulação quando se da descarga nos
aparelhos

A instalação sanitária tem como Objetivos principais


 Coletar e afastar da edificação os despejos provenientes do uso da água para fins higiênicos,
direcionando-os a um destino adequado.
 Tornar a edificação num espaço salubre sem possibilidade de contaminação, e que ofereça segurança
no que diz respeito à higiene e saúde.
2.2-COMPONENTES DOS SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

Componentes dos sistemas de esgoto sanitário


São um conjunto de tubos, caixas e aparelhos que compõem o sistema de esgoto sanitário trabalham em
conjunto para que o mesmo funcione da melhor maneira possível e que tenha o resultado esperado, estes
componentes são:

 Ramal de descarga: é a canalização que recebe diretamente os efluentes dos aparelhos sanitários,
com excepção dos autos sifonados como mictórios e vasos.

 Ramal de esgoto: é a canalização que recebe os efluentes dos ramais de descarga e conduz ao sub-
colector ou mesmo ao tubo de queda.

 Sub-colector: recebem os afluentes de um ou mas tubos de queda, ou de ramais de esgotos

 Colector predial: e o trecho da tubulação compreendida entre a última ligação de sub-colector ramal de
esgoto ou caixa de inspeção geral com colector publico ou sistema particular.

 Tubo de queda: para o caso de construções com mais de um pavimento, é canalização vertical que
recebe os efluentes dos ramais de esgoto.

 Caixa de gordura: é a caixa coletora que tem a função de reter a gordura ou outros sólidos que vem
misturados com a água da pia da cozinha, deixando passar apenas a água para o esgoto, desta forma
evita o entupimento de tubulações mau cheiro, escoamento lento da água da pia e invasão de pragas
urbanas. Não devem ter vazamentos, devem possuir tampas removíveis, normalmente são feitas de
concreto ou plástico e localizam-se no exterior da residência.

  Caixas sifonadas- tem como função conectar os ramais de descarga (águas servidas) aos ramais de
esgoto, ou ainda param a coleta de águas de piso (no caso dos ralos).

 Caixa de passagem (CP) ou caixa de inspeção (CI) - É um pequeno tanque com tampa
onde é despejado esgoto dos cômodos que não tem gordura, como banheiros e área de serviço, serve
para inspecionar, ou seja, verificar qualquer problema ou entupimento no caminho do esgoto antes que
ele seja jogado na rede pública.

 Raio secos: Caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas de lavagem de pisos
ou de chuveiros.
  Ralo- sifonado funciona como um sifão de pia, ou seja, tem uma bolsinha onde um pouco de água fica
parada evitando que os gases retornem ao ambiente. Nos ralos secos, a água escoa assim que entra
nele deixando o caminho livre para os gases do esgoto retornarem pela tubulação, poluindo o banheiro

 Coluna de ventilação (CV) – Este tubo que é usado para a ventilação, é chamado de tubo ventilador,


onde ele emite para a atmosfera os gases e ao mesmo tempo permite a entrada de ar no interior das
tubulações de esgoto, aliviando a pressão que os gases produzidos pelo esgoto exercem sobre os
fechos hídricos dos aparelhos sanitários. Prolongado até aproximadamente 30 cm acima da cobertura,
longe de qualquer vão de ventilação (porta ou janela)
2.3- ETAPAS DE PROJETO – CONCEPÇÃO

Critérios e especificações do projecto

A fase de projecto e muito importante e não deve ser deixada para o segundo plano devendo ser
produzido pelo profissional legalmente habilitado, seguindo com rigor as normas do sistema.

Etapas de projeto
O projecto se divide em três etapas destintas: O planeamento onde devem ser observadas todas as
recomendações e normais, os componentes e características do sistema predial de esgoto , o
dimensionamento onde acham-se as recomendações e os cálculos que permitirão o bom funcionamento do
sistema, e apresentação onde temos os desenhos e as memórias descritivas que servirão de guia para a
execução do sistema. Todas estas fases têm como base o projecto de arquitectura.

O projecto completo compreende os seguintes itens:


 Memória descritiva e justificativa
 Memora de cálculos
 Normas adoptadas
 Especificações de materiais e equipamentos
 Plantas, Perspectivas, esquemas, detalhes construtivos, todos os detalhes necessários para o perfeito
entendimento do projecto

Concepção do projecto
No desenvolvimento do projecto (peças desenhadas e cálculos) do sistema de esgoto sanitário devem ser
observados os seguintes pontos.

 Localização dos coletores públicos ou fossa séptica


 Localização dos diversos aparelhos sanitários: para as águas negras, servidas e águas com gordura
 Definir e posicionar os desconectores: sifões, caixas sifonadas, ralos sifonados, caixas retentoras.

 Definir o sistema de ventilação, coluna primária e secundária


 Posicionar os tubos de queda: esgoto primário e de gordura (em pilares falsos ou caleiras)
 Definir a trajetória a ser seguida pelas tubulações, a qual deve ser a mais curta e retilínea possível.

 Definir os acessos às tubulações, as caixas de inspeção, caixas de gordura. Todo trecho de esgoto
dever ter no mínimo um ponto de acesso para inspeção e desobstrução.
 Definir o destino do esgoto: Coletor público ou tratamento e destino particular (fossas e sumidouros).
 As canalizações devem ser assentadas de forma a permitir reparos sem danos à estabilidade da
construção, ou seja, não devem ser solidárias à estrutura e devem ser localizadas longe de
reservatórios d’água, locais de depósito ou preparo de gêneros alimentícios.

2.4- ETAPAS DE EXECUÇÃO DO ESGOTO

Para que o sistema de esgoto sanitário funcione de uma maneira eficaz e tenhas os resultados
esperados é necessário levar em consideração um conjunto de aspectos indispensáveis, que vão garantir
não só o bem funcionamento do sistema mas também o tempo de vida útil do mesmo.

Pontos Importantes a serem observados no sistema de esgoto

 Deve permitir rápido escoamento dos despejos e facilidade de limpeza em caso de obstrução
 Evitar a contaminação da água do sistema de suprimento, dos equipamentos e do meio ambiente.
 Vedar a passagem de gases do sistema de esgotos para o interior das edificações

 Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema


 Permitir fácil inspeção dos componentes do sistema, evitando vazamento nas tubulações.
 Sempre que possível, o esgoto deve desenvolver-se pelo exterior da construção.

 Usar caixas de passagem nas mudanças de direção.


 A rede de esgoto deve estar à profundidade mínima de 30 cm.
 Ramais de esgoto com mais de 15 m de extensão deverão ter CI intermediária para inspeção.
 O esgoto deve correr sempre em linha reta e com declividade uniforme (2 a 3% para PVC e
aproximadamente 5% para manilhas).

 Pias de cozinha devem ser conectadas a uma caixa de gordura antes de serem ligadas à rede.
 Lavatórios, chuveiros e bidês devem ser ligados por ramais de descarga a um descontector (caixa
sifonada) cuja saída vai ao ramal de esgotos.
 Vasos sanitários devem ser ligados diretamente à canalização primária (ramal de esgoto) de diâmetro
nominal ≥ 100 mm.
2.5- DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
2.5.1- Dimensionamento do Ramal de descarga e esgoto

Dimensionamento das tubulações

O sistema de esgoto funciona por gravidade, isto significa que existe pressão atmosférica ao longo de
todas as tubulações, assim sendo o dimensionamento será feito através de tabelas em função do material e da
declividade mínima fixada, neste caso não a necessidade de verificação da pressão, com base a Unidades
Hunter de Contribuição  (UHC) e nas declividades mínimas preestabelecidas dimensiona-se todo o sistema.

Para o dimensionamento das tubulações de esgoto utilizamos o critério das Unidades Hunter de
Contribuição  (UHC). Cada aparelho possui um peso e em função do peso ou do somatório de pesos,
determinamos os diâmetros dos ramais de descarga, ramais de esgoto, subcoletores, coletores ou tubos de
queda.

Percentagem de inclinação
A norma diz que para as tubulações terem um bom escoamento das águas deve ser dada a
percentagem de inclinação exigida para cada diâmetro de tubo, e admitido no mínimo 2% a mesma não pode
ser muito inclinado para não correr o risco de escoar as águas e deixar os dejetos, tendo a realçar que quanto
maior for o tubo menor será a inclinação.

Dados iniciais para o dimensionamento


Devem ser levados em consideração os seguintes aspectos no acto do dimensionamento das
tubulações:
 Numero de área de coleta ou seja a quantidade de áreas húmidas existentes no edifício
 Tipos de aparelhos sanitário em cada uma das áreas húmidas
 Declive mínimo dos tubos
 O dimensionamento e feito tendo como base as tabelas de dimensionamento de cada tubo.
TABELA 1- Dimensionamento do ramal de descarga

Resulta da UHC de cada aparelho


Formula: RD=UHC= DN

Ex: Ramal de descarga para chuveiro de residência = 2 UHC = 40m


OBS: diâmetro mínimo dos ramais de descarga e de 40mm

TABELA 2- Dimensionamento do ramal de esgoto

Resulta da soma de todas UHC dos ramais de descarga e vão estar ligados nele
Formula: RE=∑UHC= DN
Ex: Ramal de esgoto de um chuveiro de residência, um lavatório e um bidé = 2 UHC + 1 UHC + 1UHC
= 4UHC, sendo assim o diâmetro mínimo do tubo será de 50m
OBS: diâmetro mínimo dos ramais de esgoto e de 50mm
2.5.2 Dimensionamento das tubulações, Tubo de queda, Colector e Sub-
colector

TABELA 3- Dimensionamento do tubo de queda


Resulta da soma de todas UHC dos ramais de descarga e vão estar ligados nele
Formula: RE=∑ UHC x NP

OBS: O diâmetro mínimo dos tubos de queda que recebem afluentes dos vasos sanitários e de e de
100mm, o TQ deve ser uniforme, para permitir o melhor escoamento.

TABELA 4- Dimensionamento de colector e sub-colector


Resulta da soma de todas UHC dos ramais de esgotos ou tubos de queda que
contribuem neles seja um colector ou sub-colector
Formula: RE=∑ UHC=DN
OBS: O diâmetro mínimo dos colectores e sub-colector é de e de 100mm, deve ser levado em
consideração a declividade como nos mostra a tabela.

2.7- EXERCÍCIOS
2.7.1- Exercícios de ramais de descarga esgoto e tubo de queda
Exercicio-1
Dimensione os ramais de descarga esgoto e tubo de queda da instalação sanitário de uma residência
com os seguintes aparelhos sanitários, banheiro sanita bidé e lavatório.

Resolução

RD= UHC
Chuveiro = 2 UHC = Ø 40mm
Lavatório= 1 UHC = Ø 40mm
Bidé = 2 UHC = Ø 40mm
Sanita = 6 UHC = Ø 100mm

RE= ∑UHC
RE1= 5 UHC = Ø 50mm (ramal de esgoto ligado a c. sifonada águas limpas)
RE2= 6 UHC = Ø 100mm (ramal de esgoto ligado a sanita águas negras)
TQ= ∑UHC x NP
TQ1= 5 UHC x 6 = 30 = Ø 75 (tubo de queda das águas limpas)
TQ2= 6 UHC x 6 = 36 = Ø 100 (tubo de queda das águas negras)

2.7.2- Exercícios dos colectores e subcoletores

Exercicio-1

Tendo como base a planta tipo de uma instalação sanitária pertencente a um estabelecimento
comercial de três pisos, dimensione os tubos de queda colectores e subcoletores
2.8- FOSSA SÉPTICA

Fossa Séptica ou Séptica

São unidades de tratamento primário, enterrado no subterrâneo para a purificação do esgoto residuais
domésticos, nas quais são feitas a separação e transformação da matéria solida e liquida contida no esgoto
para ser devolvida ao meio ambiente com o mínimo de impacto ambiental. E uma maneira simples e barata de
disposição dos esgotos, fazendo parte do sistema de tratamento de esgoto sanitário da maioria das
residências, ainda assim o tratamento não é tão completo como o que e feito em uma ETAR estação de
tratamento de águas residuais.

Tipos de Fossa Séptica

Fossa séptica pré-moldada: Normalmente são de formato cilíndrico, facilmente encontradas no


mercado. A menor fossa pré-moldada tem capacidade de 1000 litros, para volumes maiores é recomendável
que a altura seja maior que o dobro do diâmetro, para sua montagem, observar as orientações dos fabricantes.

Fossas sépticas feitas no local: A fossa séptica feita no local tem formato retangular ou circular, para
funcionar bem, elas devem ter dimensões determinadas por meio de um projeto específico de engenharia.

Constituição da Fossa Séptica

A fossa séptica e composta por três recintos a fossa, o filtro anaeróbico e o sumidouro

Fossa Negra: Era tida como a forma mais primitiva de saneamento criada pelo homem quando
funciona de maneira individual, tem a função de afastar os dejetos e os problemas de saúde provocados pelos
mesmos quando expostos no meio ambiente, evitando assim o lançamento em rios lagos ou até mesmo
diretamente na superfície do solo. Quando funciona dentro de um conjunto é o primeiro compartimento da
fossa séptica também chamado de primeiro estágio que tem a função de fazer a separação e transformação da
matéria solida contida no esgoto.

2.8.1 - Processo de execução e funcionamento da Fossa Séptica

Pontos a levar em consideração no acto da execução da fossa séptica

1- As fossas sépticas não devem ficar muito perto das moradias para evitar mau  cheiros, nem muito
longe para evitar tubulações muito longas
2- A fossa séptica de estar a uma distância recomendada de cerca de 4 metros da residência
3- Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações.
4- Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços, cisternas ou de qualquer
outra fonte de captação de água,
5- Devem estar afastadas no mínimo até trinta metros de distância do reservatório de água, para
evitar contaminações, no caso de eventual vazamento.

Fossas sépticas feitas no local

A fossa séptica feita no local tem formato retangular ou circular, para funcionar bem, elas devem ter
dimensões determinadas por meio de um projeto específico de engenharia.

A execução desse tipo de fossa séptica começa pela escavação do buraco onde a fossa vai ficar
enterrada no terreno. O fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de cinco
centímetros de concreto magro, sobre o concreto magro é feito uma laje de concreto armado de seis
centímetros de espessura, malha de ferro 4,2 a cada vinte centímetros.
As paredes são feitas com tijolo maciço, ou cerâmico, ou com bloco de concreto, durante a execução
da alvenaria, já devem ser colocados ou tubos de entrada e saída da fossa, e deixadas ranhuras para encaixe
das placas de separação das câmaras, caso de fossa retangular, as paredes internas da fossa devem ser
revestidas com argamassa à base de cimento.

Na fossa séptica retangular a separação das câmaras, e a tampa da fossa são feitas com placas pré-
moldadas de concreto. Para a separação das câmaras são necessárias cinco placas: duas de entrada e três
de saída. Essas placas têm quatro centímetros de espessura e a armadura em forma de tela.
A tampa é subdividida em placas, para facilitar a sua execução e até a sua remoção placas com 5  cm de
espessura e sua armação também é feita em forma de tela

Funcionamento da Fossa Séptica

Primeiramente, os dejetos vindos dos vasos sanitários são depositados em um tanque com
aproximadamente 30 metros de distância da residência, constituído por alvenaria, concreto ou outro material
que mantenha os aspectos básicos de segurança, longevidade e resistência; medindo no mínimo 1.250 litros,
onde ocorre um processo de decantação, no qual a parte sólida se deposita no fundo para sofrer
decomposição por bactérias anaeróbicas. Tal tanque contém uma válvula de escape para que os gases
produzidos pelas bactérias no processo de fermentação possam escapar.

Conforme a fossa vai enchendo, o líquido ali contido passa através de um cano na parte superior da
fossa para a parte inferior do segundo tanque, no qual enche obrigando o líquido a passar por um filtro formado
por rochas como cascalho e areia.

Após esse processo de filtração, o líquido é depositado em outro tanque denominado de sumidouro
onde posteriormente é reutilizado ou devolvido ao meio ambiente. Outros tipos estruturais da fossa séptica
ainda incluem mecanismos para adição de reagentes como o cloro, que atua na eliminação de microrganismos
tornando a água potável.
2.9 - DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA

Dimensionamento
Para se fazer o dimensionamento de uma fossa séptica e necessário conhecer algumas normas
importantes para que o mesmo seja eficaz e tenha os resultados esperados, garantindo assim durabilidade
estabilidade segurança, mas tempo de vida útil e o bom funcionamento da fossa. Para dimensionarmos vamos
utilizar a norma brasileira (NBR 7229) que ira nos dar as bases e orientações para o desenvolvimento dos
cálculos.

Fórmula do dimensionamento Fossa


V=1000+N(C x T+K x Lf)
V= Volume em litro
N= Numero de pessoas ou unidade de contribuição
C= Contribuição de despejo em litro por pessoa x dia OU litro por unidade x dia (tb-1)
T= Período de detenção em dia (tb-2)
K= Taxa de acumulação de lodo digerido em dia, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco
(tb-3)
Lf= contribuição de lodo fresco, em litro por pessoa x dia OU litro por unidade x dia (tb-1)

Pontos importantes a serem observados para o dimensionamento


 Cada quarto e sempre calculado levando em consideração duas pessoas
 Compartimentos como escritórios ateliê e outros que mais tarde poderão ser usados como quarto
devem ser dimensionados como quarto ou seja mais duas pessoas.
 Devemos conhecer a temperatura do mês mas frio do ano, em Luanda a temperatura anual varia de
19ºc a 30ºc, o mês mas frio e o de julho chegando a atingir ate 19ºc.
 Saber o período que se quer fazer a limpeza
 Depois de achar o valor em litro deve ser transformado em metros cúbicos que é a unidade do volume

Desenvolvimento do Exercício
Uma casa padrão medio de três quartos
Valor de N= 6
Valor de C= 130 (litros por pessoa) Tb-1
Valor de T = N x C ou seja resulta de um cálculo T = 6 x 130 = 780. Olhando a tabela nos diz que até 1500
litros o período de detenção em dia e de um sendo, assim o valor de T= 1
Valor de K = na tabela os valores variam com base a temperatura e o período de limpeza t < 10 ou 10< t < 20
ou t > 20 Tb- 1 usando um período de limpeza de três anos e uma temperatura que varia de 10 a 20 o valor de
K = 145
Valor de LF = 1 sempre levando em consideração o tipo de construção para que a tabela nos de o resultado
certo

V = 1000 + 6 (130x 1 + 145 x 1)


V = 1000 + 6 (130+140)
V = 1000 + 6 x 170
V = 1000 + 1650
V = 2650 = 2, 65 m³

Depôs de achar o volume da fossa devemos achar as medidas de largura comprimento e profundidade da
mesma levando em consideração que o resultado dever ser sempre superior ao valor encontrado. Neste caso
deve der superior a 2,65m³
Vamos fazer um cubo retangular com dimensões adaptadas uteis, lembrando que a relação entre a largura e
cumprimento deve ser de 2:1 e de 4:1
Largura = 1,00 Comprimento = 2,30 e a Profundidade = 1,20
Ou seja
L x C x A = 1,00 x 230 x 120 = 2,76m³
Tabela 1 - Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante

Tabela 2 - Período de detenção dos despejos, por


faixa de contribuição diária
Tabela 3 - Taxa de acumulação total de lodo (K),
em dias, por intervalo entre limpezas e temperatura
do mês mais frio
Tabela 4 - Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil

Dimensionamento do Poço Roto ou Sumidouro

Norma para o dimensionamento

 O poço roto e dimensionado em metros quadrados diferente da fossa negra ou filtro anaeróbio porque
e calculada a área de superfície filtrante
 Ele pode ser cilíndrico com base circular, pode ser retangular ou anda um conjunto de valas de
infiltração
 Recomenda-se que o volume útil do sumidouro seja útil de contribuição da fossa
 Considera-se sempre o fundo e as paredes como área de infiltração

Fórmula do dimensionamento do Poço Roto


A = V / C1

A = Área de infiltração necessária em metros quadrados para o PR


V = Volume de contribuição diária em litro por dia, resultante da multiplicação do número de
contribuintes pela contribuição unitária de esgoto.
C1 = Coeficiente de infiltração (L/m²x dia) obtido no gráfico para determinação do mesmo

Exercício
Valor de V = 780 que equivale ao valor de contribuição util da fossa
Valor de C1 = 70 e o valor utilizado para um solo argiloso de absorção vagarosa segundo a tabela

A = 780 / 70
A = 11,14m²

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
INSTITUTO MÉDIO POLITECNICO DE CACUACO Nº4072

CURSO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL (OCC)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE (TCOE) TÉCNICAS DE CONDUÇÃO


DE OBRAS – EDIFÍCIOS -
UNIDADE TEMATICA: 3- SISTEMAS PREDIAIS DE ÁGUAS
PLUVIAS
IIIº TRIMESTRE
Elaboração de trabalhos em grupo

ANO LETIVO: 2019 TURNO: MANHÃ CLASSE: 12º


TRIMESTRE: terceiro
PROFESSORA: JESSICA MIRANDELA DA COSTA FRANCISCO

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