UNIPLENA - EDUCAçâO PRISIONAL
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UNIPLENA
Programa Especial de Formação Pedagógica R2
Conforme Resolução 01 de 01 de julho de 2015 CNE
São Paulo – SP
2017
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UNIPLENA
Programa Especial de Formação Pedagógica R2
Conforme Resolução 01 de 01 de julho de 2015 CNE
São Paulo – SP
2017
SUMÁRIO
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1 Introdução...................................................................................................... 04
2 Fundamentação Teórica............................................................................... 06
2.1 Conceituando a dignidade humana......................................................... 06
2.2 Direito a uma vida digna no sistema prisional........................................ 09
2.3 Posicionamento da sociedade e do Estado frente à questão
prisional............................................................................................................ 12
3 Conclusão...................................................................................................... 14
Referências Bibliográficas.............................................................................. 16
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1 Introdução
2 Fundamentação Teórica
Para Kant, pois, a razão prática possui primazia sobre a razão teórica. A
moralidade significa a libertação do homem, e o constitui como ser livre.
Pertencemos, assim, pela práxis, ao reino dos fins, que faz da pessoa
um ser de dignidade própria, em que tudo o mais tem significação
relativa. "Só o homem não existe em função de outro e por isso pode
levantar a pretensão de ser respeitado como algo que tem sentido em si
mesmo" (OLIVEIRA, 1992, p. 23).
Para Kant, pois, o homem é um fim em si mesmo e, por isso, tem valor
absoluto, não podendo, por conseguinte, ser usado como instrumento para algo,
e, justamente por isso tem dignidade, é pessoa.
A dignidade humana permeia a concepção de que, cada indivíduo é único,
com suas características e pensamentos próprios, não podendo este ser
governado pelo coletivo de ideias e regras, mas sim, observados e analisados,
mediante as suas características particulares, as quais são responsáveis pela
formação do seu caráter, da sua personalidade e que evidenciam a sua dignidade
humana, por fazer de cada um, a diferença que move o coletivo da sociedade.
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equivocando-se em suas medidas, uma vez que, devido a burocracia lenta, vários
detentos se encontram a espera de julgamentos, de liberdades que ainda não
foram concedidas, impedindo que o mesmo possa voltar ao convívio social.
No entanto, mesmo havendo a intenção do Estado em possibilitar à
reintegração dos detentos a sociedade, pouco se tem feito para reintegração dos
mesmos. Percebe-se que, nos presídios, as condições de sobrevivência,
permeiam a lei do mais forte, não havendo controle da formação de facções, de
comandos internos que oprimem os detentos e que não conseguem ser
exterminadas pela justiça.
Dessa maneira, percebe-se que, os presídios se tornaram um “caldeirão”
de emoções, o qual pode explodir a qualquer instante, principalmente pela falta de
perspectiva dos detentos em relação ao seu crescimento, bem como devido as
condições de sobrevivência na qual se mantêm vivos, demonstrando que, a
questão da dignidade humana, se apresenta quase que extinta, sem perspectiva
por parte dos milhares de infratores que não encontram dentro destes locais,
formas de manter a sua dignidade enquanto seres humanos, vivendo isolados,
coagidos e temendo a violência cada vez maior dos demais detentos, que mesmo
encarcerados exercem domínio sobre os demais.
humanos. É notório que os infratores da lei necessitam ser punidos, mas não
enjaulados de forma a favorecer a revolta dos mesmos, uma vez que, a situação
instalada no sistema prisional atual, identifica a precariedade do Estado e da
própria justiça em punir e ao mesmo tempo, garantir de maneira justa, condições
de cumprimento da punição estabelecida com dignidade.
As organizações das Nações Unidas – ONU destacou que o Brasil, em
relação ao tratamento destinado aos detentos, é um dos piores países no que
tange a condição de sobrevivência digna nos presídios. Convive-se com a
realidade de superlotação, de formação de quadrilhas, comandos que mesmo
tendo os seus líderes encarcerados, conseguem agir amedrontando a sociedade.
aprouver, de não poder mais encontrar quem deseja ver – isto já não é
um mal bastante significativo? O encarceramento é isso. Mas, é também,
um castigo corporal. Fala-se que os castigos corporais foram abolidos,
mas não é verdade. [...] a privação de ar, de sol, de luz, de espaço; o
confinamento entre quatro paredes; o passeio entre grades; a própria
promiscuidade com companheiros não desejados em condições
sanitárias humilhantes; o odor, a cor da prisão, as refeições sempre frias
onde predominam as féculas – não é por acaso que as cáries dentárias e
os problemas digestivos se sucedem entre os presos! Estas são
provações físicas que agridem o corpo, que deterioram lentamente
(HULSMAN & CELIS, 1993, p. 61).
3 Conclusão
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Referências bibliográficas
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