Atividades Complementares 1º Semestre - Inclusão Social

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

PEDRO LUCAS CASSIANO DE OLIVEIRA

B506HA-0

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

REF.: 1º SEMESTRE

PESQUISA TEMÁTICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS


MOVIMENTOS SOCIAIS NOS PROCESSOS DE INCLUSÃO
SOCIAL

SÃO PAULO

2.022
MOVIMENTOS SOCIAIS

Os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados


da sociedade que visam lutar por alguma causa social. Em geral, o grito levantado
pelos movimentos sociais representa a voz de pessoas excluídas do processo
democrático, que buscam ocupar os espaços de direito na sociedade.

Os movimentos sociais são de extrema importância para a formação de uma


sociedade democrática ao tentarem possibilitar a inserção de cada vez mais
pessoas na sociedade de direitos. Os primeiros movimentos sociais visavam
resolver os problemas de classes sociais e políticos, como a ampliação do direito ao
voto. Hoje, os movimentos sociais baseiam-se, em grande parte, nas pautas
identitárias que representam categorias como gênero, raça e orientação sexual.

Os movimentos sociais têm uma significante importância no desenvolvimento


da sociedade, é através destes movimentos que a sociedade evolui; a população
ganha forças para participar de eventos e tomadas de decisões; conquista de
direitos; e tudo aquilo quanto lhe é de seus interesses.

Como se sabe os movimentos sociais é o que fortalece a democracia, o


processo de inclusão social as conquistas de direitos, e o desenvolvimento das
comunidades. É através destes movimentos que se combate a corrupção, a
formação de milícias, as crises econômicas e entre outras diversas situações, que
tem por objetivo debater, discutir e defender questões econômicas, sociais, culturais
e políticas.

Não obstante, as mudanças, reivindicações e transformações da sociedade é


resultado da união de pessoas que buscaram estes méritos. É importante nota que
os movimentos sociais têm enfraquecido com o decurso do tempo e os aspectos que
enfraquecem este fenômeno, pode ser chamado de fraqueza do homem frente aos
avanços tecnológicos e modéstias psicológica.

O objeto de estudo desta pesquisa está voltado para a questão da inclusão


social, a qual tem tido grande sucesso, graças aos movimentos sociais. A inclusão
social é o termo utilizado para designar toda e qualquer política de inserção de
pessoas ou grupos excluídos na sociedade.
Assim, se um grupo está necessitando de inclusão social, é porque está lhes
faltando algo que vos completam dentro da sociedade, e as necessidades mais
básicas que pode acarretar a manifestação destes grupos em movimento social
visando a conquista seus direitos são: saúde, educação, emprego, renda, lazer,
cultura, respeito, aceitação de diferenças etc.

A população dos anos 60, 80, 90 tinha mais empoderamento e coragem para
busca suas conquistas, mesmo com as dificuldades para realizar a organização e
reunião dos grupos, a maior dificuldade eram convencer as outras pessoas de suas
ideias e que tinha razões no seu ideal, e diante de tantos obstáculos, elas se
comprometiam lutavam e com muito trabalho conquistaram muitos privilégios que
hoje a maior massa da população pode desfrutar.

Existe na atualidade várias modalidades de movimentos sociais, sendo:


movimentos de classe que está voltado para as diversidade social; movimentos
políticos, como o próprio nome menciona, trata união de pessoas para tratar de
assuntos meramente políticos; movimentos reivindicatórios objetiva alcança
resultados para situações que carece urgências; movimentos rurais que busca
aperfeiçoamento de distribuição de terras, reconhecimento de diretos relativos a
classe rural; organizações não governamentais que são as famosas ONGs, são
organizações sociais que visa ampara pessoa carentes.

A grande maior história dos movimentos sociais no Brasil se deu com a


revolução para combater a ditadura e a conquista da nova ordem jurídica, a
Constituição Federal de 1.988, Inconfidência Mineira (1.789), Guerra dos Farrapos
(1.835-1.845), Guerra de Canudos (1.896-1.897), Revolta da Vacina (1.904), Guerra
do Contestado (1.912-1.916), Revolução Constitucionalista (1.932), Diretas Já
(1.983-1.984), Caras pintadas (1.992).

No Brasil, a partir da década de 90, muitos cidadãos honestos deixaram de


participar do processo político partidário. Esse afastamento foi de um prejuízo
incalculável para a sociedade e para o País. Até os anos 80, nasciam nos grêmios e
diretórios dos colégios e das universidades, bons políticos, mas essa riqueza foi
quebrada com o Regime Militar de 64. Essa é uma das razões do péssimo nível da
representação política, por termos uma juventude temerosa e despolitizada. Quando
os movimentos sociais atuam de forma fragmentada não alcançaremos o Brasil que
todos sonham.

Estabelecer uma definição precisa que o movimento traduz todo um processo


que tem raízes no passado, que se constrói no cotidiano com ampla participação
popular, e que não tem um ponto predeterminado de início e chegada. Como todo
processo de luta social, contém suas próprias contradições. Avanços, recuos,
derrotas e conquistas. Para os movimentos sociais cumprirem papel mais elevado
no cenário político precisam ter perspectivas mais avançadas de sociedade.

Só poderemos formar cidadãos e futuras lideranças, ensinando as crianças


desde as primeiras letras a serem cidadãos com educação em tempo integral. Cadê
o incentivo do governo ao Escotismo, Bandeirantes, Escola Liceu de Artes e Ofícios,
dentre outras com o modelo de aprendizagem dessas instituições?

As lutas sociais darão o tom político na próxima década no Brasil, o ambiente


democrático que vivemos é propício à elevação da consciência política do povo e a
sua mobilização social num patamar mais avançado de luta de classes, visando o
aprofundamento da democracia e acelerar o crescimento social no País dentro de
um novo cenário de desenvolvimento é a principal tarefa dos movimentos sociais na
atualidade. Neste ambiente de lutas que a democracia será fortalecida, ampliando
os direitos sociais e a soberania nacional.

CARACTERÍSTICAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Ao pensar-se nos movimentos sociais à luz de pensadores da filosofia e da


sociologia, é impossível apontar um consenso. O cientista político italiano
Gianfranco Pasquino aponta a impossibilidade de estabelecer-se uma linha
conciliatória entre os que tratam dos movimentos sociais, tendo-se em vista um
horizonte de pensadores clássicos.

Nesse sentido e como exemplos, os sociólogos Marx, Weber e


Durkheim veem nos movimentos sociais a sustentação de uma revolução, a
institucionalização de um novo poder burocrático e até a maior coesão social,
respectivamente.

Por outro lado, temos pensadores ligados ao conservadorismo, como o


polímata francês Gustave Le Bon, o filósofo, sociólogo e criminologista
francês Gabriel de Tarde e o filósofo e jornalista espanhol José Ortega y Gasset,
que viam nos movimentos sociais um perigo iminente. Para esse grupo, os
movimentos sociais, como movimentos de massa, tendem a seguir caminhos
irracionais que perturbam a ordem vigente.

Apesar das divergências, existe uma convergência sobre os movimentos


sociais: a constatação de tensões sociais e a iminente ruptura de uma mudança
social. De qualquer modo, faz-se necessário perceber que há uma antiga história de
tensões que representam grandes movimentos sociais do mundo moderno.

Talvez o mais antigo movimento de massas que nós podemos destacar como
um princípio de movimento social tenha sido a Queda de Bastilha, que marcou
a Revolução Francesa em 1789 e foi responsável pela queda da
monarquia absolutista francesa. Outro grande movimento de massa que se tornou
um movimento social organizado foi o movimento sufragista, considerado parte da
primeira onda do feminismo, movimento organizado por mulheres que reivindicavam
o seu direito ao voto e à participação cidadã na política.

ORIGEM DOS MOVMENTOS SOCIAIS

Na passagem do século XIX para o século XX,


os sindicatos institucionalizaram-se como coletivos que visavam defender os
trabalhadores da exploração patronal, inspirados, principalmente, pelos
ideais marxistas. Nesse sentido, surgiu em vários cantos do mundo movimentos
sociais em defesa dos trabalhadores, das classes sociais mais baixas, e movimentos
socialistas e anarquistas, que visavam uma completa revolução e dissolução da
ordem social capitalista.
Na década de 1960, devido às sequelas deixadas pela Segunda Guerra
Mundial e ao clima de polarização mundial causado pela Guerra Fria, novos
coletivos, ações e movimentos surgiram por todo o mundo. As pautas dos
movimentos sociais passaram a diversificar-se a partir desse momento. Nos Estados
Unidos e na África do Sul, a população negra revoltou-se contra o injusto sistema
de segregação social que garantia privilégios à população branca e retirava os
direitos da população negra, tratando esta camada como uma horda de cidadãos
inferiores.

As mulheres também se organizaram em coletivos para lutar por seus


direitos, buscando a liberdade sexual e o tratamento igualitário entre os
gêneros (essa ficou conhecida como a segunda onda do movimento feminista).

A população LGBTQ+ também entrou em cena para reivindicar o direito de


expressar-se livremente e de não ser julgada ou segregada por isso. Um episódio
marcado por um espontâneo movimento de massa que gerou um grande movimento
social foi o ocorrido no bar Stonnewall Inn, em Nova Iorque, que resultou em
confronto com a polícia e deu origem à Parada do Orgulho Gay, hoje chamada de
Parada do Orgulho LGBTQ+, que ocorre em várias cidades pelo mundo.

O mundo passou por severas mudanças a partir da década de 1960, período


em que as minorias saíram às ruas para lutarem por seus direitos. A partir daí,
vários movimentos sociais começam a eclodir pelo mundo, sempre em busca de
uma organização que visasse a inclusão de pessoas excluídas e sempre se
diferenciando de acordo com as especificidades de cada local.

NO BRASIL

Um exemplo de localidade da luta social ocorre no Brasil com movimentos


como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, conhecido como Movimento dos Sem-Terra). O
Brasil é um país que, ao contrário dos países desenvolvidos, nunca produziu uma
eficaz reforma agrária.
O número de pessoas que não têm acesso à terra para o trabalho rural ou
não têm o seu direito à moradia garantido é gigantesco, o que torna a pauta desses
movimentos uma questão emergente por aqui. Nesse sentido, tendo em vista as
demandas específicas de nosso país, criaram-se movimentos organizados para
lutar-se pelas demandas que nosso povo enfrenta.

INCLUSÃO DE DEFICIENTES FÍSICOS

Na Grécia Antiga, na sociedade de Esparta, os recém-nascidos eram


avaliados ao nascer e, ao detectarem algum tipo de deficiência ou anomalia, eram
sacrificados pois não correspondiam aos padrões de um bom guerreiro. Entretanto,
apesar do distanciamento desse pensamento na atualidade e do advento de debates
sociais acerca da inclusão social do deficiente, ainda há o predomínio de inúmeros
desafios para essa parcela da população.

No Brasil, foi a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência que


fortaleceu todos os direitos do cidadão com deficiência, além de estabelecer
punições para ações discriminatórias. Todavia, embora a legislação brasileira lide
com o tema de forma satisfatória, não ocorre com efetividade a garantia dos direitos
desse grupo social.

Para ilustrar, a falta de acessibilidade em transportes públicos, prédios


públicos e privados de uso coletivo, hotéis, universidades, escolas, restaurantes e
lugares públicos em geral é um entrave para a inclusão social, impede o direito de ir
e vir e a autonomia da pessoa com deficiência.

Em São Paulo, por exemplo, com 53 mil habitantes cegos, só existem 8


semáforos sonoros para deficientes visuais. Diante disso, os cidadãos com
deficiências têm seus desafios diários multiplicados e a vida em sociedade
dificultada, uma vez que os seus direitos básicos são negligenciados.

Assim, uma forma de promover a inclusão social desse grupo seria a


elaboração de um projeto urbano por parte do Governo que buscasse adaptar as
ruas para pessoas com deficiência, como por exemplo a inclusão de semáforos
sonoros em nível nacional e a inserção de rampas de acessibilidade em calçadas.

INCLUSÃO DOS MORADORES DE RUA

No Brasil, estima-se que 101.000 pessoas moram nas ruas, de acordo com o
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Pode-se dizer que o exacerbado número
da população de rua é um reflexo da exclusão social predominante no país.

São diversos os motivos que levam um indivíduo a residir nas ruas, como
ausência de vínculos familiares, desemprego, violência, perda da autoestima,
alcoolismo, uso de drogas, doença mental, abuso familiar entre outros fatores. Com
isso, essa parcela da sociedade torna-se vulnerável a perigos constantes, além de
serem suscetíveis ao adoecimento mental e ao sofrimento psíquico devido à
ausência de uma rede de apoio.

A falta de políticas públicas efetivas e o desinteresse estatal por pessoas em


situação de rua faz com que o trabalho de Organizações Não Governamentais
(ONGs) e instituições religiosas se destaque no combate à exclusão social desse
grupo. Essas instituições atuam, principalmente, na distribuição de alimentos,
cobertores e agasalhos, com o propósito de amparar esses indivíduos e suprir as
necessidades básicas de sobrevivência.

COMO OS MOVIMENTOS SOCIAIS FUNCIONAM

É impossível estabelecer uma fórmula única de funcionamento dos


movimentos sociais, visto que eles são diversos, defendem pautas distintas e têm
diferentes demandas de acordo com a sua localidade geográfica e seu tempo
histórico. No entanto, algumas características podem ser elencadas como modos
comuns de funcionamento deles.
 Muitos movimentos sociais eclodem de movimentos e rebeliões de
massa, como foi o caso do movimento LGBTQ+, de grupos do movimento negro,
como os Panteras Negras, nos Estados Unidos, e do MST, no Brasil;

 Eles podem ser constituídos por diversos grupos que lutam pela
mesma causa, como o movimento feminista, que tem vertentes diferentes, o
movimento negro, que é formado por um amplo conjunto de coletivos, e o
movimento LGBTQ+. No entanto, cada grupo ou célula desses movimentos tem
suas formas de organizar-se para promover a militância social;

 Eles unem as pessoas em torno de uma causa comum;

 Eles visam uma reestruturação social que inclua os seus interessados


no poder comum e garanta-os seus direitos de cidadãos.

TIPOS DE EXCLUSÃO SOCIAL

A exclusão social promove o distanciamento de uma pessoa ou de grupos


minoritários em diversos âmbitos da vida social. Com isso, pessoas que possuem
essa condição social sofrem inúmeros preconceitos e são impedidas de exercerem
seus direitos como cidadão.

Alguns tipos de exclusão social:

 Exclusão étnica: faz referência aos grupos minoritários excluídos em


razão da etnia ou cultura, como os índios e negros;

 Exclusão econômica: faz referência à exclusão de pessoas com menor


poder aquisitivo na sociedade que não conseguem ter acesso a bens e serviços;

 Exclusão de gênero: faz referência, geralmente, a mulheres e grupos


que não se adequam ao gênero de nascimento, como os transexuais;

 Exclusão patológica: faz referência à exclusão de indivíduos em razão


de alguma doença ou deficiência, como cadeirantes e pessoas vivendo com HIV;
 Exclusão sexual: faz referência à exclusão de indivíduos determinada
pelas preferências sexuais, como lésbicas e homossexuais.

COMO PRATICAR A INCLUSÃO SOCIAL

Em suma, a inclusão social é fundamental para a manutenção da democracia.


Por isso, é importante que todo o corpo social aja em conjunto a fim de contribuir
com a valorização do ser humano.

Algumas medidas que podem auxiliar na inclusão social:

 Campanhas de conscientização populacional acerca da inclusão e


respeito à igualdade a nível municipal, estadual e federal;

 Reflexões sobre diversidade humana;

 Campanhas sociais que estimulem a contratação de pessoas com


deficiência;

 Aumentar a representação das pessoas com deficiência na política;

 Utilizar o esporte como forma de integração social;

 Humanizar todo indivíduo independentemente das diferenças sociais.

REFERÊNCIAS

PORFíRIO, Francisco. "Movimentos sociais"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm.
Acesso em 01/02/2.022.

Phomenta: o que é inclusão social e como praticar? – Stoodi: inclusão social –


Economia Uol – Observatório blog – Senado – Phomenta
BAPTISTA, C.R. A educação especial no Sul do Brasil: reflexões sobre a
produção de conhecimento nos programas de pós-graduação em educação. In:
QUARTIERO, E.M. e SOMMER, L. H. (Orgs). Pesquisa, educação e inserção social:
olhares da região sul. Canoas: Editora da ULBRA, 2008.

BRITO. F. D. de. O movimento social surdo e a campanha pela oficialização da


Língua Brasileira de Sinais. Tese (Doutorado em Educação). Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2013.

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