HERMETISMO - Grupotocadabruxa

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HERMETISMO

MATERIAL DE ESTUDO
GRUPO TOCA DA BRUXA
O que é hermetismo?
Os pensadores herméticos estudavam e praticavam filosofia oculta, conhecimentos atribuídos a
Hermes Trimegisto (equivalente ao Deus Grego Hermes e Deus egípcio Thoth).
Hermes Trimegisto teria escrito, entre outras obras, a Tábua de Esmeralda, que deu
origem a Alquimia, e o Corpus Hermeticum.

Apresentamos a seguir o texto em latim da Tábua de Esmeralda e em seguida sua tradução:


1. Verum sine mendacio, certum et verissimum:
Tradução:
2. Quod est inferius est sicut quod est superius, et
quod est superius est sicut quod est inferius, ad 1. É verdade, certo e muito verdadeiro:
perpetranda miracula rei unius. 2. O que está embaixo é como o que está em cima e o
3. Et sict omnes res fuerunt ab Uno, mediatione que está em cima é como o que está embaixo, para
unius, sic omnes res natæ fuerunt ab hac una re, realizar os milagres de uma única coisa.
adaptatione. 3. E assim como todas as coisas vieram do Um, assim
4. Pater ejus est Sol, mater ejus Luna; portavit todas as coisas são únicas, por adaptação.
illud Ventus in ventre suo; nutrix ejus Terra est. 4. O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em
5. Pater omnes Telesmi totius mundi est hic. seu ventre, a Terra é sua alma;
5. O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.
6. Vis ejus integra est, si versa fuerit in Terram.
6. Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.
7. Separabis terram ab igne, subtile a spisso,
7. Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso,
suaviter, cum magno ingenio. suavemente e com grande perícia.
8. Ascendit a terra in cœlum, interumque 8. Sobe da terra para o Céu e desce novamente à
descendit in terram et recipit vim superiorum et Terra e recolhe a força das coisas superiores e
inferiorum. inferiores.
9. Sic habebis gloriam totius mundi. 9. Desse modo obterás a glória do mundo.
10. Ideo fugiet a te omnis obscuritas. 10. E se afastarão de ti todas as trevas.
11. Hic est totius fortitudinis fortitudo fortis: quis 11. Nisso consiste o poder poderoso de todo poder:
vincet omnem rem subtilem omnemque solidam Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em
penetrabit. tudo o que é sólido.
12. Sic mundus creatus est. 12. Assim o mundo foi criado.
13. Hinc erunt adaptationes mirabiles quarum modus 13. Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui
est hic. indicadas.
14. Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus, 14. Por esta razão fui chamado de Hermes
habens tres partes philosophiæ totius mundi. Trismegisto, pois possuo as três partes da filosofia
15. Completum est quod dixi de Operatione Solis. universal.
15. O que eu disse da Obra Solar é completo.
O hermetismo trabalha principalmente com a ideia de completude entre forças opostas como
o microcosmo e o macrocosmo . O microcosmo representa o ser humano e o macrocosmo o universo.
Outras forças opostas que se completam são o bem e o mal, o feminino e o masculino, a luz e a
sombra. Assim, a Lua representa uma polaridade e o Sol representa outra.

Os hermetistas estudaram e documentaram a geometria sagrada tida como estrutura


fundamental do universo. Para fazer tais símbolos, o magista pode se dispor de um esquadro e de um
compasso, instrumentos de qualquer estudante de geometria básica. Aliás, juntos formam o sigilo da
Maçonaria:

O símbolo da maçonaria é formado por um compasso e um triângulo,


tendo a letra G no meio, que pode remeter tanto a Deus (God, em inglês)
quanto à palavra geometria.
A civilização ocidental está fundamentada em dois pilares distintos: o
direito romano e a filosofia grega. Pois então, os pensadores pré-socráticos
eram ocultistas e tinham conhecimento acerca do hermetismo.
Você se lembra das aulas de filosofia? O amor pela sabedoria ocidental nasceu com Tales de
Mileto (624 a.C.-548 a.C.) na Grécia Antiga. Os filósofos antes de Sócrates queriam entender o
princípio de todas as coisas e chegaram aos principais elementos que são plenamente estudamos
no ocultismo até os dias de hoje.

Tales de Mileto acreditava que a água era o principal elemento e, portanto, a essência de todas
as coisas. Já Anaxímenes de Mileto (588 a.C.-524 a.C.) acreditava que a essência estava no elemento
ar. Ele foi discípulo de Anaximandro de Mileto. Heráclito de Éfeso (540 a.C.-476 a.C.), por sua vez,
acreditava que o fogo era o centro de tudo. Os ocultistas chegaram à conclusão de que há 5
principais elementos: água, fogo, terra, ar e éter.

Para fazer rituais, ocultistas trabalham com correspondências mágicas. Cores, números,
dias da semana, posição de astros, estações, épocas do ano, elementos, animais, ervas,
plantas, flores, frutos, fases da lua etc. Enfim, tudo está conectado e tem uma relação mágica.
Portanto, quanto maior for o número de correspondências, mais complexo será o ritual, demandando
assim maior energia e atingindo o resultado de forma mais fácil e rápida.

FONTE: https://www.specula.com.br/post/2017/09/24/o-que-%C3%A9-hermetismo
GRUPO DE ESTUDOS TOCA DA BRUXA
O HERMETISMO
O Hermetismo consiste no estudo e na prática de técnicas que possibilitam uma melhor
percepção do Eu, do Outro, da Natureza e de Deus. O termo tem a sua origem no latim hermeticus e
é uma alusão ao deus grego Hermes. Esta tradição iniciática surgiu e cresceu durante o período
ptolomaico do Egito. Alexandria era a capital egípcia e se tornou um verdadeiro caldeirão
cultural, religioso e místico.
Nesta época, o Hermetismo floresceu junto com o Gnosticismo, o Neoplatonismo e o
Cristianismo Primitivo. Foi um período marcado por uma resistência à fé cega. Se observa que, já
naquele tempo, havia um estudo voltado para a busca do equilíbrio individual e social, combatendo
veladamente a ignorância e a intolerância.
Mais tarde, este ensinamento influenciou fortemente a Tradição Esotérica Ocidental e foi
considerado de grande importância tanto durante a Renascença (fins do século XIV e meados do
século XVI) quanto durante a Reforma (início do século XVI).
Algumas Ordens Esotéricas conservaram o estudo dos ensinamentos herméticos no seu seio,
permitindo que eles chegassem até os dias atuais.
Sinteticamente é possivel aprender Hermetismo por meio de três grandes obras:
● O Corpus Hermeticum;
● a Tábua de Esmeralda e o
● Caibalion, contudo somente os que tem olhos de ver e ouvidos para escutar poderão ir um pouco
além do que se encontra nas páginas destes trabalhos.
O Corpus Hermeticum é uma coletânea de dezessete livros e, provavelmente, escrita no Egito.
A proposta dos exemplares era promover um sincretismo das diferentes religiões e filosofias
(principalmente as gregas e as egípcias) apresentando um caminho para elevar a consciência
humana até o mundo divino.
A Tábua de Esmeralda ou Tabula Smaragdina possui uma frase bem conhecida nos meios
ocultistas “O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está
embaixo”. Este texto, serve como um ponto de partida para o aprendizado da alquimia interior.
A obra mais conhecida é o Caibalion. De forma bem simples ela reúne os ensinamentos básicos
dos Sete Princípios Herméticos que regem todas as coisas manifestadas (Princípio do Mentalismo;
Princípio da Correspondência; Princípio da Vibração; Princípio da Polaridade; Princípio do Ritmo;
Princípio de Causa e Efeito e Princípio do Gênero).
Durante a Renascença o deus Hermes passou a ser chamado de
Hermes Trismegisto que significa Hermes o Três Vezes Grande. Ele
recebeu esta denominação porque lhe foram atribuídas qualidades de
escriba e instrutor e o responsável por ensinar ao homem as três
partes da sabedoria de todo o universo:
● a Alquimia, onde se aprende o caminho para a realização da
Grande Obra;
● a Astrologia, onde se aprende a lidar com as influências dos
astros sobre o homem;
● e a Magia que é a forma que o homem utiliza para lidar com
o lado oculto da natureza.

É ensinado que existem dois tipos diferentes de magia: a


magia comum e a teurgia, esta última é o aspecto prático da Arte
Hermética e tem como objetivo final unir o Homem à Consciência
Divina.
Ao longo da sua história, a Via Hermética sempre se manteve autônoma, mesmo contra os
poderes políticos e religiosos que surgiram ao longo da sua caminhada.
Tornou-se uma família de pessoas que trabalham continuamente na ultrapassagem de todas as
formas de extremismo. Possuidoras de um constante desejo de usar a razão, entusiasmo e
determinação para ultrapassar os limites habituais pessoais, a fim de progredirem em direção aos
planos Divinos.
Cada indivíduo sincero e que tenha o desejo de progredir no caminho do conhecimento, do
sagrado e do Divino será benevolentemente acolhido no seio desta tradição.

Victor Canongia Moura


Ven. Sac. ALIMAEL

GRUPO DE ESTUDOS TOCA DA BRUXA


As 7 leis de Hermes - O H ermetismo e seus Princípios Básicos
O livro Caibalion (originalmente Le Kybalion) foi publicado em 1908 pela Yogi Publication
Society, e trata dos princípios expostos por Hermes Trismegisto que foram utilizados em diversas
escolas de ensino esotérico do Egito e Grécia.

O foco deste trabalho são sete princípios gerais que regem os planos físico, mental e espiritual,
se aplicando à matéria e à energia. Também são apresentados sete planos de existência, que
existiriam em conjunto, interligados e sobrepostos, e que poderiam ser vislumbrados pelos magistas
por meio de estudo e práticas mágicas.
Quem foi Hermes Trismegisto
Hermes, o “três vezes grande” (nos planos
físico, mental e espiritual) tem várias
manifestações ao longo da história da
humanidade, entre elas o Toth Egípcio, o Hermes
Grego e o Mercúrio Romano. Teria sido o
responsável por trazer o conhecimento dos
deuses até os homens, agindo como emissário e
como anunciador das leis divinas.

Seus registros históricos fora dos círculos


místicos, porém, são escassos, o que torna difícil
o rastreamento histórico desta figura por meio
das diversas culturas onde esteve presente. De
qualquer forma, os arquivos disponibilizados ou
resgatados das escolas que guardam seus
gravura de Hermes Trismegistus por
conhecimentos são muito úteis e basais ao Gregory Stewart.
ocultismo de forma geral.
Os 7 Princípios Herméticos
Os 7 princípios herméticos regem o Cosmos e estão representados de uma forma ou de outra
em todos os sistemas mágicos, com linguagens e roupagens diversas. Estes princípios regem todos
os elementos existentes, desde a matéria até as energias sutis, e interligam o Cosmos em um
sistema coeso.

Existem várias formulações possíveis para cada Princípio, mas o significado intrínseco se
mantém em cada um deles, e os desdobramentos advindos de sua aplicação são muito variados.
I. O Princípio de Mentalismo
“O Todo é Mente”. Segundo este princípio Hermético, existe um conjunto que engloba
todos os planos aos quais temos acesso, e também os que não temos, além de todos os planos e
dimensões de existência, e este conjunto, o Todo, é uma Mente Universal.

Isto porque tudo está conectado entre si, e cada ponto no Cosmos sofre influência
de cada um dos outros pontos, funcionando como um conjunto coerente onde uma parte é
indissociável da outra. Por mais que tentemos analisar um elemento do Cosmos separado do
resto, se este estivesse separado seu comportamento seria diferente do que observamos na
realidade, pois no Cosmos ele está ligado a tudo, não podendo ser dissociado.

Algumas interpretações deste princípio levam à conclusão de que o


Cosmos é o pensamento de um Deus senciente, ou uma simulação
realizada por uma sociedade mais evoluída. Porém, o funcionamento
como uma Mente não significa necessariamente que haja um ser
consciente por trás disso.
Os desdobramentos mais importantes desta Lei
são que, por tudo ser mente, tudo pode ser acessado
ou modificado pela mente, e que, por tudo estar
interligado, de um ponto no Cosmos é possível acessar
ou modificar todos os outros pontos.

Na prática, isso implica a ideia de que a realidade


manifesta, tanto no plano material quanto nos planos
sutis, é passível de alteração através da mente. Aquele
que domina a sua própria mente domina sua própria
realidade. O domínio deste princípio é a chave que
permite ao Iniciado o acesso aos mais diversos portais e
realidades, pois aquele que tem o domínio do plano
mental tem o domínio do TODO.

Imagem: os planos mentais, por Robert


Fludd.
II. O Princípio de Correspondência

“Tudo o que está em cima é como o que está embaixo”. Este princípio entende que há padrões
que se repetem nas mais diversas escalas e nos mais diversos planos de existência, desde os planos
materiais até os energéticos e espirituais. O átomo possui uma configuração semelhante à de um sistema
planetário, que por sua vez possui uma configuração semelhante à de uma galáxia.

De fato, no Egito, os hieróglifos podiam ser interpretados em camadas, sendo que


um mesmo símbolo representava um sentimento, um adjetivo, um objeto, um néter
que regia aquele aspecto, entre outros. Além disso, os templos eram construídos em
correspondência com o corpo humano, e cada câmara tinha uma função similar à do
órgão que ficaria naquela posição do organismo.

O princípio de correspondência é uma das bases da magia simpática e da magia de fetiche.


Realizando-se uma ação no mundo físico, e conectando-se esta ação a um objetivo ou intenção,
considera-se que haverá uma movimentação universal naquele sentido, atraindo aquele objetivo e
possibilitando aquele intento. Realizando rituais de fertilidade entre pessoas, era atraída a fertilidade
na agricultura. Esta também é a base dos sistemas oraculares e da Astrologia, que consideram que as
mudanças no céu ou os resultados de uma tiragem possuem correspondência (não necessariamente por
influência direta) com os acontecimentos da vida.
Esse princípio, aplicado à vida cotidiana, afirma que a realidade
externa é análoga à realidade interna do adepto, sendo tudo o que
acontece num âmbito externo um reflexo direto daquilo que ocorre nos
planos internos. É a responsabilidade pela co-criação das circunstâncias
em que se vive, a partir da noção que os fenômenos manifestos
correspondem à realidade imanifesta dos mundos internos. O seu
exterior é um símbolo análogo ao seu interior, contendo os mesmos
elementos cultivados interiormente, expressos em outra linguagem. É a
base que possibilita ao adepto a aplicação do primeiro princípio.

Nesta correspondência, deve ser notado que não há uma noção


de anterioridade ou superioridade de um elemento frente ao
outro. Ao contrário do que muitos magistas interpretam, não
implica em aspectos mentais dando origem a entidades,
tampouco entidades dependentes de aspectos mentais para
existirem. O aspecto mental apenas possibilita um ponto de
contato, ou uma ponte, entre o magista e a entidade, sendo
que ambos existem independente um do outro. Por outro lado,
sem a correspondência, a ligação não seria estabelecida.
Imagem: representação do princípio da
correspondência na obra de Eliphas Levi.
III. O Princípio de Vibração
“Tudo está em movimento”. Segundo este princípio, nada está estático, tudo vibra, em maior ou
menor grau.

De fato, isto foi comprovado cientificamente, pelo Princípio da Incerteza de


Heisenberg, e com o estudo dos osciladores harmônicos na física quântica. Na
natureza, tudo está em constante vibração, e esta vibração é imperceptível para
objetos massivos porque sua amplitude é muito próxima do próprio tamanho dos
mesmos. Uma bola de gude está vibrando em menos de um tamanho de átomo para um
lado e para o outro, porém isto é imperceptível dado o tamanho da esfera. Já em
prótons, que são muito pequenos, esta vibração passa a ser percebida, podendo mesmo
ultrapassar seu tamanho total.

Compreendendo o princípio da vibração, é possível alterar percepções, sensações, tanto


quanto atrair ou repelir. É através da alteração na frequência vibratória que se dá o acesso aos
mais diversos planos.
Um magista pode elevar seu nível vibracional para
se conectar com entidades espirituais, ou baixar seu
nível vibracional para se comunicar com entidades
elementais. Da mesma forma, as entidades podem
trilhar este mesmo caminho para se comunicar entre si,
e com os humanos.

Além disso, vários planos podem conviver em um


mesmo espaço, e não terão consciência um sobre o
outro se vibrarem em frequências muito distintas. Essa
é a chave para a exploração das mais diversas
realidades e portais, e para a alteração prática da
própria realidade.

Imagem: Vibrações e planos, autor


desconhecido.
IV. O Princípio de Polaridade

“Todos os opostos são apenas dois polos da mesma natureza”. A dualidade,


segundo este princípio, seria apenas aparente. Dois elementos aparentemente opostos
seriam manifestações de uma mesma energia, mas com caráteres diferentes.

Neste sentido, o Bem e o Mal seriam dois lados da mesma moeda “Juízo de Valor”,
e poderiam mudar completamente dependendo do critério de análise, assim como o Frio
e o Quente são dois lados do aspecto “Sensação Térmica”, e variam com a temperatura
média de quem os sente.
Segundo Aleister Crowley, “cada um [dos símbolos] contém em si seu próprio
oposto. (…) Abaixo do Abismo, contradição é divisão, mas acima do Abismo,
contradição é Unidade. E não poderia haver nada verdadeiro exceto em virtude
da contradição que está contida em si mesma”.
Essa Lei afirma que os opostos são iguais em natureza,
porém diferentes em grau, assim como a água ainda é água em seu
estado sólido ou em seu estado de vapor, diferindo apenas em seu
grau de vibração. Assim é com o Todo.
A compreensão dessa Lei vem através da dissolução da
ilusão da dualidade, proporcionando a Alquimia Mental cuja
mestria é essencial para o acesso e manipulação das leis
herméticas anteriores.

De fato, com o estudo dos 72 Shemhamphorash e dos 72


Daemons da Goécia Salomônica, é possível observar que se
tratam das mesmas energias, regendo os mesmos aspectos,
porém de forma concentradora e mantenedora (no caso dos
Anjos) ou de forma dispersiva e evolutiva (no caso dos
Demônios).

Imagem: união dos opostos em tratado alquímico, autor desconhecido


V. O Princípio de Ritmo
“Tudo oscila de forma equilibrada”. Como os opostos são manifestações das mesmas
naturezas, e tudo vibra entre os dois polos, o princípio de Ritmo regula como esta
vibração se dá, considerando que ela ocorre sempre de forma equilibrada: o movimento
para um polo deve ser compensado por um movimento de igual magnitude para o outro
polo.

No campo social, o princípio de Ritmo pode ser observado nas ondas de


progressismo e conservadorismo que influenciam a política e a sociedade como
um todo. Geralmente, a ascensão de movimentos sociais gera uma reação
contrária conservadora, e estas oscilações se opõem até que haja uma ruptura
ou seja alcançado um novo estado de equilíbrio — este, por sua vez, sempre será
momentâneo.
VI. O Princípio de Causa e Efeito

“Toda causa tem um efeito”. Embora pareça simples, este princípio não fala
apenas sobre leis e regras que são compreendidas. Fala também sobre leis e regras que
ainda não são compreendidas, e sobre encadeamentos de eventos que muitas vezes
podem ser imprevisíveis por sua própria natureza caótica.

Quando uma borboleta bate as asas, o efeito direto é a movimentação de ar nas


suas proximidades. Porém, por leis de mais alto nível, haverá um encadeamento de
movimentações de ar que podem se acumular e se conectar, dando o último impulso
necessário para um furacão que já estava na iminência de se formar. Sendo assim, este
princípio engloba a Teoria do Caos.
Considerando várias destas Leis,
depreende-se que o estudo e a evolução pessoal
podem levar alguém a compreender e/ou se
libertar de algumas regras, apenas para estar
sujeito a regras de mais alto nível.

Portanto, na jornada de transcendência, as


leis sobem gradativamente de nível, e as leis que
estão em cima são, em caráter geral, como as
leis que estão embaixo. Há uma espiral
ascendente de evolução, mas sempre com base
em uma atrelação de efeitos a causas, e Imagem: o cão que morde, por Osius.
vice-versa.
VII . O Princípio de Gênero

“Tudo tem em si os princípios masculino e feminino”.


Primeiramente, deve-se entender que, em ocultismo, “Masculino” e
“Feminino” não se referem ao gênero humano, mas aos caráteres de
energias. O princípio masculino é, de forma mais geral, o caráter Ativo,
e o feminino o Passivo.
Tais denominações relacionadas ao gênero humano são em grande
medida fruto da Lei da Correspondência, pois considerava-se que o
gênero humano deveria ser uma manifestação desta lei mais geral, que
inclui ativo e passivo, no corpo humano. No entanto, estas denominações
também estão relacionadas ao papel predominantemente ativo dos
homens e passivo das mulheres que estava em vigência em todo o período
patriarcal compreendido entre a época áurea egípcia e a publicação do
Caibalion.
Toda energia tem essas duas características, e a predominância Imagem: selo alquímico por Gabriel
de uma ou de outra pode inclusive variar dependendo de sua aplicação e Rollenhagen.
das interações com o mundo. Mesmo uma energia “puramente ativa”
traria em seu âmago o gérmen do caráter passivo, e vice-versa — como
observado de forma muito clara no diagrama do Yin-Yang.
Os Planos de Existência
Embora considere que o Cosmos é contínuo e indivisível, para fins de categorização e de estudo,
o Caibalion admite o seccionamento da Existência em três grandes Planos: o Grande Plano Físico, o
Grande Plano Mental e o Grande Plano Espiritual.

Cada um destes, por sua vez, é composto por sete planos menores, que são compostos por sete
outros planos, e assim sucessivamente, de forma holográfica e repetida, como postulado pelos 7
princípios.

Os 7 Planos Físicos

Estes planos compreendem o que entendemos como mundo físico, ou como os aspectos que
podem, e que poderão (até o ponto máximo hipotético de evolução da ciência, em um futuro distante)
ser observados e medidos pelos humanos.
● O Plano da Matéria (A): compreende elementos nas formas sólida, líquida e gasosa, como
os que são estudados pela ciência atual.
● O Plano da Matéria (B): compreende formas mais elevadas de matéria, como o plasma, e
outras que estão sendo descobertas, como os aglomerados de quarks.
Imagem: vibrações dos metais na tabela
periódica de Schaltenbrand

● O Plano da Matéria (C): compreende formas mais sutis


de matéria, que ainda não são compreendidas pelos
métodos científicos atuais, como a matéria escura.
● O Plano da Substância Etérea: compreende o Éter, que
seria uma matriz que interliga a tudo no Cosmos, e que
está presente em todos os lugares, mesmo no vácuo.
● O Plano da Energia (A): compreende as quatro formas
básicas de energia conhecidas, três das quais já foram
unificadas e hoje são compreendidas como manifestações
do mesmo aspecto, sendo elas o Eletromagnetismo, a
Força Fraca, a Força Forte e a Gravitação.
● O Plano da Energia (B): compreende formas sutis de
energia, que influenciam o mundo físico e os estados
mentais, mas que ainda não são mensuráveis (por exemplo,
o ectoplasma).
● O Plano da Energia (C): compreende formas mais sutis
de energia, que ainda não são compreendidas pelos
métodos científicos atuais, como a energia escura, além
de energias divinas, ou que são acessíveis somente por
seres espirituais.
Os 7 Planos Mentais
● O Plano Mineral: compreende a “mente” dos minerais. Os poderes contidos nos
metais se apresentam neste plano, assim como as regras para a formação de cristais,
e as lógicas ocultas por trás das redes fractais que se formam em minérios.
● O Plano Elemental (A): compreende elementais com características entre os
minerais e os vegetais, e que não possuem manifestação física, apenas astral ou
etérea. Neste plano, se apresentam algumas formas cristalinas que pulsam como vivas,
como os sólidos platônicos visualizados em algumas práticas meditativas.
● O Plano Vegetal: compreende a “mente” dos vegetais. Os poderes das plantas e das
ervas, assim como os dos enteógenos, se incluem aqui como uma forma de sabedoria
esotérica oculta no código genético dos vegetais.
● O Plano Elemental (B): compreende elementais com características entre os
vegetais e os animais, e que não possuem manifestação física, apenas astral ou etérea.
Aqui estão contidos os elementais básicos da alquimia, como Salamandras, Silfos,
Gnomos e Ondinas.
● O Plano Animal: compreende a “mente” dos animais.
Neste Plano incluem-se os modos de pensamento dos
animais e seus instintos, os conselhos dados por
animais familiares, e também os poderes ocultos dos
animais totêmicos, e das poções que usam elementos
do reino animal.
● O Plano Elemental (C): compreende elementais com
características entre os animais e os humanos, e que
não possuem manifestação física, apenas astral ou
etérea. Os Daemons da Goécia estão contidos neste
plano, mesclando aspectos animais e humanos, e se
comunicando com o magista em linguagem inteligível.
Também incluem-se aqui os Dragões, assim como
outros animais lendários com pensamento concatenado
de forma próxima à humana.
● O Plano Humano: compreende a “mente” dos humanos.
É neste plano que se desenvolvem pensamentos,
intuição, sentimentos e sensações. Este plano é o mais
conhecido pelos humanos, pois pode ser comunicado
por meio da linguagem, e serve também de interface
entre o magista e os outros planos de existência. Imagem: Emblemata Nova, por Andreas
Friedrich.
Os 7 Planos Espirituais
Estes planos compreendem os deuses, semideuses, arcanjos, anjos, e todos os outros tipos de
entidades e espíritos considerados “superiores” em nível evolutivo em relação aos humanos. Estes se
manifestam nos planos inferiores baixando seu nível vibracional, mas suas energias também podem
ser atraídas por rituais e cerimônias, além de objetos, selos, estátuas, oferendas e sigilos.

Por: F.L. Surati e RoYaL

Referências: O CAIBALION, Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia — Os Três


Iniciados.
FONTE: https://medium.com/@projetoxaoz/as-7-leis-de-hermes-3d569dde93b6
GRUPO DE ESTUDOS TOCA DA BRUXA
Alquimia dos rituais com incensos e defumações

O que é um ritual? A origem da palavra vem do latim e está diretamente ligada aos ritos de
passagem. Assim sendo, aproveitamos para falar que ritual aqui tem o significado de mudança de um
estado para outro, o que certamente é uma Alquimia – algo que marca um momento em que algo se vai
para a chegada de um novo.

Se alguém me perguntar quando este hábito de incensar começou, só posso dizer que existem alguns
registros de haver sido no Egito Antigo com o propósito de aliviar o mau cheiro das residências e também
para afastar os maus espíritos. É claro que se por um lado, com determinados aromas afastavam aquilo que
não queriam, com outros, honravam os deuses devido ao aroma agradável e seus efeitos inebriantes.

Consta que foram encontrados pedaços de resinas em tumbas de faraós egípcios já no Egito Antigo –
estamos falando de algo em torno do ano de 3.100 A.C! A palavra incenso tem sua origem no Latim também,
ok… quase todas as palavras advêm do Latim, é fato, mas isso não vem ao caso, importante é dizer que a
palavra original era incendere, ou seja, queimar.
Os Babilônios costumavam queimar incenso oferecendo orações para os Oráculos,
pessoas que previam o destino e ofereciam palavras de sabedoria. Como vimos, para se
ritualizar algo precisamos lembrar que trata-se da transição de um estado para outro, ou
seja, uma mudança, o que pressupõe movimento.

E é exatamente neste ponto que gostaria de falar sobre os 4 Elementos da Natureza, já


que sem eles nada se move, nada existe, na verdade. Afinal, eles já estão por aqui desde que
Deus criou o Mundo com o impulso de Sua Vontade – o Fogo.

E é aqui exatamente que vamos nos ater – quando desejamos algo, só o desejamos porque
existe o Elemento Fogo, pois sem este, como disse, nada existiria. Assim, se vamos iniciar
algo, lembremos que é o Elemento Fogo que nos ajuda a não só querer, mas também no sentido
de nos movermos em direção àquilo que desejamos.

Para agirmos, termos atitude e força física e muscular para esse “ir em direção”
literalmente falando, precisamos do Elemento Terra, já que sem ele, não existiria nem a
matéria!
E para considerar, elevar aos Céus, estamos falando do Elemento Ar. E por fim, sem o
Elemento Água, não há fluxo para a ação, portanto nada acontece. Como realizar algo sem
sentirmos o ambiente, sem nos adaptarmos às circunstância. Sim. Tudo tem seu início, seu
processo e não necessariamente seu final, já que o que vemos como fim é apenas um processo
de readaptação a um novo estágio de ser.

O Ritual de Defumação – de forma bem simplificada:

Para iniciarmos qualquer ritual sagrado, precisamos tê-los representados no ambiente.

Fogo – simbolizado por uma vela – acender o Fogo Alquímico;

Terra –um cristal transparente, um cristal de rocha, por exemplo;

Ar – podemos utilizar uma folha de alguma árvore como pinho, eucalipto, cipreste, ou um óleo
essencial do elemento. Para facilitar, foque: uma folha verde já está perfeito;

Água – ok, ideal é água da fonte, da chuva, mineral ou um bom copo de água filtrada já estará muito
bem representado o elemento.

Pegar um pote de barro – o barro já contém em si os Elementos terra e água como matéria prima.
Sim, precisou do fogo (no forno) e do ar – aliás, nem precisava falar, já que sem ar não existe fogo,
né?Colocar o carvão para arder no local adequado e quando estiver em brasa, coloque as ervas de sua
escolha.
Sugestão para o momento que estamos passando no nível Coletivo:

Guiné – (Petiveria tetrandra) é uma planta que afasta os miasmas, faz realmente uma faxina na
aura e nos ambientes. Tira o peso do corpo, aliviando as dores causadas por estresse ou energias
negativas. É também conhecida como “Amansa senhor”, pois os escravos a trituravam e jogavam o pó
misturado na comida de “seus senhores”. Além disso, sempre que tinham oportunidade, faziam chás e
davam para eles a fim de acalmá-los de sua fúria tanto sexual contra as escravas, quanto com relação
aos feitores. Eles perdiam as forças físicas com essa erva que é altamente tóxica e calmante em
nível master.

Essa planta forma um campo energético fortíssimo em volta de quem a usa ou dos ambientes
onde ela permanece seja plantada, ou que “passeie” em forma de fumaça como defumador.
Descarrega energias densas. Trata-se de uma erva de defesa dos guerreiros.

Carvão – usar um carvão em disco, aquele que já vem com pólvora. Em caso de ter pessoas alérgicas
em casa, utilize carvão vegetal (de casca de côco) e jogue umas gotinhas de tintura de ervas, ou
álcool, ou mesmo algum óleo essencial no próprio carvão, pois além de sutilizar a erva, ajuda na
combustão.
Utilizar um punhado de folhar secas, colocar no pote, pedir a ajuda dos Elementais da planta para
que se doem em sua energia para curar, limpar… Fale os verbos desejados no infinitivo sem pronunciar
quaisquer palavras com conotação negativa.

Comece de dentro para fora; Fique à frente da fumaça; Cruze os ambientes, de forma que
termine na porta de saída do recinto; Coloque uma música clássica de acordo com sua intuição e
intenção;

Faça uma oração. Se nenhuma lhe ocorrer, é simples. Apenas repita:

“Esta casa tem 3 cantos. Cada canto tem um santo. Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.
Amen!”

Após a defumação de limpeza, gosto de colocar um aroma de flor, desta vez em forma líquida para
harmonizar o ambiente. Todo cuidado ao manusear um turíbulo ou pote com ervas em brasa. Só deve
ser feito com segurança!

Todo ritual de limpeza e purificação tem melhor potência se feito na Lua Nova, Lua de Fogo.

Nota: Aqui não recomendo a utilização em forma de chá. Para utilização dessa erva, ou qualquer
outra para ingestão, informe-se de sua real necessidade e das doses com quem entenda do
assunto.

FONTE: https://valeriatrigueiro.com.br/alquimia/alquimia-dos-rituais-com-incensos-e-defumacoes

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