Auditoria Interna e Externa
Auditoria Interna e Externa
Auditoria Interna e Externa
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
3 HISTÓRICO DA AUDITORIA...................................................................... 6
4 AUDITOR .................................................................................................. 10
13 ACCOUNTABILITY................................................................................ 32
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 AUDITORIA CONCEITO E OBJETIVO
Fonte: ibccoaching.com.br
Conceituar a auditoria não é das tarefas mais fáceis, pois esta, pode ser
aplicada em diversos ramos que envolvem o conhecimento humano. A palavra
auditoria – origem latina-audire (ouvir, aquele que ouve), origem inglesa-auditing
(aquele que examina).
O surgimento de trabalhos de auditoria está relacionado à confirmação de
informações sobre as condições financeiras e econômicas da entidade. Portanto, com
o lançamento do Método das partidas dobradas, temos a marca da escrituração
mercantil desenvolvido por Luca Paccioli e relatado em seu trabalho
Summa/Tractatus, por volta de 1494 em Veneza na Itália.
Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 30-31) definem auditoria como:
3 HISTÓRICO DA AUDITORIA
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por auditores da receita pública. (FRANCO E MARRA 1995, p. 24 Apud ARAÚJO,
[2020]).
Segundo Costa (op. cit. p. 24), em 1547, foi publicado um livro em inglês de
autor anônimo, que tratava da escrituração comercial e que se dirigia, entre outros,
aos auditores. Já o Escritório de Controlador e Auditor Geral da Inglaterra foi
formalmente estabelecido em 1866. Vale mencionar que, no século XIII, na Inglaterra,
durante o reinado de Eduardo I surge o termo auditor. (FRANCO E MARRA 1995, p.
24 Apud ARAÚJO, [2020]).
No entanto, no Brasil, esse surgimento foi mais pronunciado no final da
Segunda Guerra Mundial, quando as multinacionais entraram no Brasil. Dessa forma,
contribuíram para a chegada de filiais de escritório de auditoria que prestavam
serviços para essas empresas no exterior, promovendo o trabalho de auditoria no
Brasil. À medida que o país crescia, muitos investimentos eram feitos no setor
industrial, e os Bancos Nacionais não foram capazes de suprir as necessidades de
investimentos, por isso foi necessário buscar capital de terceiros vindos de outros
países, o que gerou uma busca de ajustes nacionais às exigências internacionais.
Acredita-se que a auditoria foi realizada no Brasil devido à necessidade de
atendimento aos requisitos estabelecidos, a atenção de instituições internacionais,
com o desenvolvimento do mercado de capitais, onde as empresas precisavam
expandir seus negócios por meio da diferenciação de serviços e produtos.
Attie (2010, p. 8) afirma que o surgimento e evolução da auditoria:
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para formar ativos. Como esse legado continuou a aumentar, até mesmo surgindo
novas fontes de riqueza, o proprietário passou a se afastar por muito tempo de sua
empresa direta, provocou a necessidade da guarda desta riqueza por um terceiro,
obviamente com a devida confiança e responsabilidade confiada pelo proprietário e
assumida pelo terceiro.
4 AUDITOR
Os auditores são profissionais que além dos requisitos legais de suas funções,
eles também precisam possuir outras qualificações e conhecimentos nos mais
diversos campos para concluir seu trabalho a fim de transmitir as informações de
forma fidedigna, integra e com credibilidade aos investidores e outras partes
relevantes.
Perez Junior (1998, p. 13-14) conceitua auditor como:
Não ser o dono da verdade – discutir com o cliente, saber o que ele
pensa sobre o assunto, havendo negativa, fazer ponderações.
Mente analítica – para detectar distorções.
Consciência dos valores próprios e do seu arredor.
Discrição ao desenvolver o seu trabalho- não fazer comentários do tipo:
aquele setor faz tudo errado.
Claridade na expressão verbal e escrita (relatório, entrevistas,
explicações).
Capacidade de observação.
Facilidade de trabalhar em grupo.
Atualização contínua – inteirar-se dos acontecimentos relacionado com
a área auditada.
Profissionalismo e comportamento ético.
Independência - não participar de atos sociais junto ao cliente, manter
uma relação discreta, para que os trabalhos de auditoria não sejam
prejudicados.
Integridade – preservar seus valores em relação às pressões.
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Confidencialidade – conservar em segredo as informações e não utilizá-
las em benefício próprio.
Sentido institucional – respeitar e obedecer às normas da instituição pela
qual trabalha.
Todo o relacionamento com o auditado deve ser desenvolvido tendo
como princípio a humildade, sinceridade, honestidade, diálogo, cortesia
e amabilidade. (TEIXEIRA, [2020]).
O auditor é visto como uma figura social relevante, pois esta salvaguarda os
interesses coletivos, priorizando a equidade, justiça e verificando o correto sistema de
responsabilização, devendo, portanto, manter, confiar, respeitar e responder aos seus
desejos, investidores e sociedade em geral.
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6 TIPOS DE AUDITORIA
Fonte:contabeis.com.br
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propor alterações e procedimentos. É um controle administrativo cuja função é avaliar
a eficiência e eficácia dos demais controles.
De acordo Resolução n.º 986/03, esta apresenta o seguinte conceito de
auditoria interna:
A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações,
levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para
a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de
controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de
riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos.
A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos,
com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por
finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando
subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos
controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não
conformidades apontadas nos relatórios. (CFC, 2003)
Segundo Almeida (1986, p.5)
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b) Avaliar se os meios utilizados para o cumprimento dos objetivos são os
mais adequados e eficientes, em relação aos custos envolvidos, aos
prazos estabelecidos e aos benefícios obtidos;
c) Acompanhar e avaliar providências e soluções adotadas em relação às
recomendações e sugestões apresentadas nos relatórios de Auditoria;
d) Sugerir medidas para a melhoria e o aprimoramento do desempenho
operacional da organização;
e) Recomendar controles que possibilitem informar à direção sobre os
riscos que podem influir no resultado da empresa;
f) Evidenciar oportunidades a serem exploradas. (PAULA, 1998 e 1999,
p.45 Apud TRISCIUZZI, 2009 p. 88).
Vale ressaltar que a auditoria interna não se limita ao aspecto contábil da
organização, portanto, é preferível que seja conduzida por uma equipe multidisciplinar.
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6.8 Auditoria de gestão
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Apresenta sugestões para a melhoria dos controles implantados ou em
estudos de viabilização;
Recomenda redução de custos, eliminação de desperdícios, melhoria da
qualidade e aumento da produtividade;
Assegura que os controles e as rotinas estejam sendo corretamente
executados, que os dados contábeis merecem confiança e refletem a
realidade da organização e que as diretrizes traçadas estão sendo
observadas;
Estimula o funcionamento regular do sistema de custos, controle interno
e o cumprimento da legislação;
Coordena o relacionamento com os órgãos de controle governamental;
Avalia, de forma independente, as atividades desenvolvidas pelos
diversos órgãos da companhia e por empresas controladas e coligadas;
Ajuda a administração na busca de eficiência e do melhor desempenho,
nas funções operacionais e na gestão dos negócios da companhia.
O auditor interno deverá demonstrar a necessidade de auditorias para a alta
administração e seus executivos, por meio de auditoria interna ocorre a melhoria dos
negócios, identificação das áreas para correção de problemas e sugestões para obter
o suporte necessário para o desenvolvimento de serviços para toda a empresa.
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A auditoria externa pode ser utilizada como prova da integridade da empresa,
ou seja, confirma que a organização segue as boas práticas contábeis. Seu principal
objetivo é comprovar a veracidade dos registros contábeis. Portanto, a auditoria
externa traz determinadas vantagens que são:
Cooperação para a cultura de governança corporativa;
Prova a precisão dos registros contábeis;
Através de uma auditoria externa que qualidade, aumenta a confiança
da empresa no público externo.
Fonte:blog.tangerino.com.br
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[..] impulsionada pelas novas teorias administrativas desenvolvidas por
Taylor e Fayol, as finanças das empresas passaram a se voltar para os
aspectos internos da empresa, ao aperfeiçoamento de suas tarefas e
procedimentos, e desenvolvimento de sua estrutura organizacional. Este
enfoque, de caráter mais administrativo, foi reforçado com a depressão
econômica em 1929/30, tornando o estudo das finanças também preocupado
com a liquidez e solvência das empresas. (ASSAF NETO 1997, p.11 Apud
LEAL et al., [2020]).
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Maior volume de testes (tem maior Menor volume de testes, já que está
tempo na empresa para executar os interessado em erros que
serviços de auditoria). individualmente ou cumulativamente
possam alterar de maneira substancial
as informações das demonstrações
contábeis.
Fonte: Almeida (2012, p. 6)
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10 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AUDITORIA
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2) Assegura maior exatidão dos resultados apurados.
3) Contribui para maior observância das leis fiscais.
Para a sociedade como um todo, compreendendo os trabalhadores e
toda a população, direta ou indiretamente relacionada com as empresas
que atuam no país, a auditoria oferece as seguintes vantagens:
1) Dá credibilidade às demonstrações contábeis dessas empresas.
2) Assegura a veracidade das informações, das quais dependerá a
tranquilidade quanto à sanidade das empresas e à garantia de
empregos.
3) Informa, através das demonstrações contábeis do conjunto das
empresas, o grau de evolução e solidez da economia nacional.
Franco e Marra (2001) afirmam que a desvantagem da auditoria interna é o
risco de que os funcionários do departamento de auditoria sejam envolvidos pela
rotina de trabalho e só examinem aquilo que lhe é oferecido pelo exame. Além disso,
os laços de amizade e o coleguismo que podem advir entre funcionários desse
departamento e dos demais setores da empresa poderão provocar um arrefecimento
no rigor dos controles na fiscalização dos serviços. Essa situação poderá gerar
desvirtuamento da função e contribuir para a perda de força moral que os auditores
internos devem ter em relação a todos os demais elementos que atuam na empresa,
inclusive aos administradores. (2001, p.219).
Vale ressaltar que os laços de amizade com os funcionários podem ser
provocar a ineficiência dos serviços de auditoria. Operando desta forma o auditor não
colocará os princípios contábeis em prática, sua desvantagem é que os defeitos da
empresa não podem ser relatados corretamente, ou seja, erros graves ficam ocultos
na organização.
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Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor,
incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas
demonstrações contábeis, independentemente se causadas por
fraude ou erro. Nessas avaliações de risco, o auditor considera os
controles internos relevantes para a elaboração das demonstrações
contábeis da entidade para planejar procedimentos de auditoria que
são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar
uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da entidade. Nas
circunstâncias em que o auditor também tem a responsabilidade de
expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos
juntamente com a auditoria das demonstrações contábeis, o auditor
deve omitir a frase de que a consideração do auditor sobre o controle
interno não tem a finalidade de expressar uma opinião sobre a
eficácia dos controles internos; e
A auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas
contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis
feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação
das demonstrações contábeis, tomadas em conjunto. (CFC, 2016)
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O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação
significativa na extensão de seus exames que impossibilitem o auditor expressar
opinião sobre as demonstrações contábeis por não ter obtido comprovação suficiente
para fundamentá-la.
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, descrito na NBC TA 705, se o
auditor não pode obter evidências Auditoria apropriada e suficiente, o auditor deve
determinar as implicações como segue:
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auditoria usando papel, filme, mídia eletrônica ou outras informações que podem
garantir o uso pretendido.
Segundo Attie (2009, p. 204):
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procedimentos aplicados, os resultados obtidos e as suas conclusões da evidência da
auditoria. Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do auditor acerca de todas as
questões significativas, juntamente com a conclusão a que chegou, inclusive nas
áreas que envolvem questões de difícil julgamento.
11.3.2.2 – A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento
profissional, visto que não é necessário nem prático documentar todas as questões
de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matéria que, por ser relevante, possa influir
sobre o seu parecer, deve gerar papéis de trabalho que apresentem as indagações e
as conclusões do auditor. Ao avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve
considerar o que seria necessário para proporcionar a outro auditor, sem experiência
anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho executado e a base para
as principais decisões tomadas, sem adentrar os aspectos detalhados da auditoria.
11.3.2.3 – A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados
por questões como:
a) natureza do trabalho;
b) natureza e complexidade da atividade da entidade;
c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da
entidade;
d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica;
e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.
11.3.2.4 – Os papéis de trabalho são elaborados, estruturados e organizados
para atender às circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades do auditor
para cada auditoria.
11.3.2.5 – Os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos
trabalhos, e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio
adicional de controle de qualidade. Entre os papéis de trabalho padronizados,
encontram-se, além de outros: listas de verificação de procedimentos, cartas de
confirmação de saldos, termos de inspeções físicas de caixa, de estoques e de outros
ativos.
11.3.2.6 – O auditor pode usar quaisquer documentos e demonstrações
preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie sua consistência e se
satisfaça com sua forma e conteúdo.
11.3.2.7 – Os papéis de trabalho, além de outros mais específicos, incluem:
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a) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;
b) cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;
c) informações sobre o setor de atividades, ambiente econômico e legal em que
a entidade opera;
d) evidências do processo de planejamento, incluindo programas de auditoria
e quaisquer mudanças nesses programas;
e) evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábil e do
controle interno, e sua concordância quanto à eficácia e adequação;
f) evidências de avaliação dos riscos de auditoria;
g) evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre o trabalho
da auditoria interna;
h) análises de transações, movimentação e saldos de contas;
i) análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros
indicadores significativos;
j) registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de
auditoria e seus resultados;
k) evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi
supervisionado e revisado;
l) indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria e de
quando o fez;
m) detalhes dos procedimentos relativos às demonstrações contábeis
auditadas por outro auditor;
n) cópias de comunicações com outros auditores, peritos, especialistas e
terceiros;
o) cópias de comunicações à administração da entidade, e suas respostas, em
relação aos trabalhos, às condições de contratação e às deficiências constatadas,
inclusive no controle interno;
p) cartas de responsabilidade da administração;
q) conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo
como foram resolvidas ou tratadas questões não-usuais;
r) cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração da
entidade e pelo contabilista responsável, e do parecer e dos relatórios do auditor.
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11.3.2.8 – No caso de auditorias realizadas em vários períodos consecutivos,
alguns papéis de trabalho, desde que sejam atualizados, podem ser reutilizados,
diferentemente daqueles que contêm informações sobre a auditoria de um único
período.
11.3.3 – CONFIDENCIALIDADE, CUSTÓDIA E PROPRIEDADE DOS PAPÉIS
DE TRABALHO
11.3.3.1 – O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a
custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão
do seu parecer.
11.3.3.2 – A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do
auditor.
11.3.3.3 – Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor.
Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição da
entidade.
11.3.3.4 Os papéis de trabalho quando solicitados por terceiros somente podem
ser disponibilizados após autorização formal da entidade auditada, de acordo com a
NBC P 1.6.
11.3.4 – DAS SANÇÕES
11.3.4.1 – A inobservância desta norma constitui infração disciplinar, sujeita às
penalidades previstas nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de
27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do
Contabilista. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008).
13 ACCOUNTABILITY
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Para os autores José Antônio Gomes de Pinho e Ana Rita Sacramento (2009)
“a ideia contida na palavra accountability traz implicitamente a responsabilização
pessoal pelos atos praticados e explicitamente a exigente prontidão para a prestação
de contas, seja no âmbito público ou no privado” (2009, p. 1347 Apud VIANA, 2017,
p.11),
No campo organizacional, não especifica apenas o campo quantitativo, mas
também se refere às práticas de controle interno e fiscalização. O objetivo é garantir
que a tarefa seja realizada da forma mais transparente possível. Em termos de gestão
pública o sistema de accountability visa reduzir o risco de concentração de poder e
garantir que as pessoas participem das decisões do governo. Isso ajuda na gestão
democrática e exige que os gestores públicos sejam transparentes sobre seu
comportamento e a sociedade.
Melhorar o senso de responsabilidade das equipes e departamentos da
empresa é fundamental para seu sucesso. Ao implementar esse processo, todos os
níveis hierárquicos se tornam comprometidos em alcançar melhores resultados.
Porém, para isso, é fundamental que diretores, gerentes e colaboradores tenham
clareza sobre suas metas e objetivos e sobre as tarefas que devem ser
desempenhadas. Outro aspecto importante do accountability é a comunicação de
profissionais e departamentos, onde deve ser feita de forma transparente e eficaz para
evitar incompatibilidades e mal-entendidos.
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1.1.2 – O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das
demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada,
de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transações
realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos
relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e o parecer a ser por
ele emitido sobre as demonstrações contábeis.
1.1.3 – Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conhecimento
preliminar da atividade da entidade a ser auditada, mediante avaliação, junto à
administração, da estrutura organizacional, da complexidade das operações e do grau
de exigência requerido, para a realização do trabalho de auditoria, de modo a poder
avaliar se está capacitado a assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado.
Esta avaliação deve ficar evidenciada de modo a poder ser comprovado o grau de
prudência e zelo na contratação dos serviços.
1.1.4 – O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar
adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de
especialistas em outras áreas, em face da especialização requerida e dos objetivos
do contratante.
1.2 – Independência
O item 1.2 e seus subitens foram revogados pela Resolução CFC nº 1.034/05
(ler resolução).
1.3 – Responsabilidades do auditor na execução dos trabalhos
1.3.1 – O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos
trabalhos e na exposição de suas conclusões.
1.3.2 – Ao opinar sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve ser
imparcial.
1.3.3 – O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo
a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a
possibilidade de sua ocorrência.
1.3.4 – Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as
demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não
tenha feito ressalva específica em seu parecer, demonstrar, mediante inclusive a
exibição de seus papéis de trabalho às entidades referidas no item 1.6.5, que seus
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exames foram conduzidos de forma a atender às Normas de Auditoria Independente
das Demonstrações Contábeis e às presentes normas.
1.4 – Honorários
1.4.1 – O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante
avaliação dos serviços, considerando os seguintes fatores:
a) a relevância, o vulto, a complexidade, e o custo dos serviços a executar;
b) o número de horas estimadas para a realização dos serviços;
c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;
d) a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da execução dos
serviços; e
e) o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o caso, como
serão cobrados os custos de viagens e estadas.
1.4.2 – Os honorários deverão constar de carta-proposta ou documento
equivalente, elaborados antes do início da execução do trabalho, que também
contenham:
a) a descrição dos serviços a serem realizados, inclusive referências às leis e
aos regulamentos aplicáveis ao caso;
b) que o trabalho será efetuado segundo as Normas de Auditoria Independente
das Demonstrações Contábeis e as presentes normas;
c) o prazo estimado para a realização dos serviços;
d) os relatórios a serem emitidos; e
e) as condições de pagamento dos honorários.
1.4.3 – A inobservância de qualquer dos temas referidos nos itens 1.4.1 e 1.4.2
constitui infração ao Código de Ética Profissional do Contabilista.
1.5 – Guarda da documentação
1.5.1 – O auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve
conservar a boa guarda, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do
seu parecer, de toda a documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres
relacionados com os serviços realizados.
1.6 – Sigilo
O item foi revogado pela Resolução CFC nº 1.100/07 (ler resolução).
1.7 – Responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno
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1.7.1 – A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o
contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização dos trabalhos.
1.8 – Responsabilidade pela utilização do trabalho de especialistas
O item 1.8.1 foi revogado pela Resolução CFC nº 1.023/05 (ler Norma
Brasileira de Contabilidade PG Nº 100 DE 24/01/2014)
1.9 – Informações anuais aos Conselhos Regionais de Contabilidade
1.9.1 – O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada ano, ao Conselho
Regional de Contabilidade, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de
Contabilidade:
a) as informações sobre os seus clientes, cuja sede seja a da jurisdição do
respectivo Conselho, e que o objeto do trabalho seja a auditoria independente,
realizada em demonstrações contábeis relativas ao exercício encerrado até o dia 31
de dezembro do ano anterior;
b) a relação dos nomes do seu pessoal técnico existente em 31 de dezembro
do ano anterior; e
c) a relação de seus clientes cujos honorários representem mais de 10% do
seu faturamento anual, bem como os casos onde o faturamento de outros serviços
prestados aos mesmos clientes de auditoria ultrapassarem, na média dos últimos 3
anos, os honorários dos serviços de auditoria.
1.9.2 – Quando solicitado, o auditor deverá disponibilizar e fornecer, no prazo
de trinta dias, a relação de seus clientes e outras informações necessárias à
fiscalização da atividade de auditoria independente.
1.9.3 – A relação de clientes, referida no item 1.9.2, deverá identificar as
companhias abertas, instituições financeiras e demais entidades autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, fundos de investimento, entidades autorizadas
a funcionar pela Susep – Superintendência de Seguros Privados, administradoras de
consórcio, entidades fechadas de previdência privada, empresas estatais (federais,
estaduais e municipais), empresas públicas, sociedade por ações de capital fechado
com mais de 100 acionistas e as sociedades limitadas que tenham o controle
societário, direto ou indireto, das entidades referidas neste item.
1.9.4 – As informações prestadas aos Conselhos Regionais de Contabilidade
serão resguardadas pelo sigilo, nos termos previstos nestas normas.
1.10 – Educação continuada
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1.10.1 – O auditor independente, no exercício de sua atividade, deverá
comprovar a participação em programa de educação continuada, na forma a ser
regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade.
1.11 – Exame de Competência Profissional
1.11.1 – O auditor independente, para poder exercer sua atividade, deverá
submeter-se a exame de competência profissional, na forma a ser regulamentada pelo
Conselho Federal de Contabilidade.
1.12 – Manutenção dos líderes da equipe de auditoria
1.12.1 – A utilização dos mesmos profissionais de liderança (sócio, diretor e
gerente) na equipe de auditoria, numa mesma entidade auditada, por longo período,
pode criar a perda da objetividade e do ceticismo, necessários na auditoria. O risco
dessa perda deve ser eliminado adotando-se a rotação, a cada intervalo menor ou
igual a cinco anos consecutivos, das lideranças da equipe de trabalho de auditoria,
que somente devem retornar à referida equipe no intervalo mínimo de três anos. O
item 1.12 e seu subitem foram incluídos pela Resolução CFC nº 965/03. (CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008)
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12.1.1.4 – A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos,
com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar
valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento
dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de
soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.
12.1.2 – Papéis de Trabalho
12.1.2.1 – A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de
trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e
arquivados de forma sistemática e racional.
12.1.2.2 – Os papéis de trabalho constituem documentos e registros dos fatos,
informações e provas, obtido no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames
realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.
12.1.2.3 – Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe
suficientes para propiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, da
oportunidade e da extensão dos procedimentos de Auditoria Interna aplicados, bem
como do julgamento exercido e do suporte das conclusões alcançadas.
12.1.2.4 – Análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos devem
ter sua integridade verificada sempre que forem anexados aos papéis de trabalho.
12.1.3 – Fraude e Erro
12.1.3.1 – A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no
trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por
escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
12.1.3.2 – O termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou
manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros,
relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto
monetários.
12.1.3.3 – O termo “erro” aplica-se a ato não-intencional de omissão,
desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de
registros, informações e demonstrações contábeis, bem como de transações e
operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários.
12.2 – NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
12.2.1 – Planejamento da Auditoria Interna
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12.2.1.1 – O planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende os
exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a
amplitude e a época do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pela administração da entidade.
12.2.1.2 – O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução
dos trabalhos, especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de
riscos da entidade;
b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas
contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade;
c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria
interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade;
d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no
âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna;
e) o uso do trabalho de especialistas;
f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das
transações e operações;
g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a
trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;
h) as orientações e as expectativas externadas pela administração aos
auditores internos; e
i) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade.
12.2.1.3 – O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalho
formalmente preparados, detalhando-se o que for necessário à compreensão dos
procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão,
equipe técnica e uso de especialistas.
12.2.1.4 – Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir
como guia e meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e
atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem.
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de
planejamento dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de
39
forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados,
principalmente, os seguintes aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos
procedimentos da Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a
complexidade das transações e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de
especialistas.
12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e
investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao
auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e
recomendações à administração da entidade.
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança
de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e
administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes
procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de
sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas
físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da
entidade.
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação
da entidade.
12.2.3.4 – As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna
são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes
e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à
administração da entidade.
12.2.3.5 – O processo de obtenção e avaliação das informações compreende:
I – a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao
alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:
40
a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma
que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o
auditor interno;
b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor
evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da
Auditoria Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.
II – a avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação
de procedimentos da Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as
circunstâncias assim o exigirem.
12.2.3.6 – O processo deve ser supervisionado para alcançar razoável
segurança de que o objetivo do trabalho da Auditoria Interna está sendo atingido.
12.2.3.7 – Devem ser adotados procedimentos adequados para assegurar que
as contingências ativas e passivas relevantes - decorrentes de processos judiciais e
extrajudiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lançamentos de tributos e
de contribuições em disputa, - foram identificadas e são do conhecimento da
administração da entidade.
12.2.3.8 – No trabalho da Auditoria Interna, quando aplicável, deve ser
examinada a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, das Normas
Brasileiras de Contabilidade e da legislação tributária, trabalhista e societária, bem
como o cumprimento das normas reguladoras a que estiver sujeita a entidade.
12.2.4 – Amostragem
12.2.4.1 – Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método
de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de
amostragem.
12.2.4.2 – Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser
projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria
suficiente e apropriada.
12.2.5 – Processamento Eletrônico de Dados – PED
12.2.5.1 – A utilização de processamento eletrônico de dados pela entidade
requer que exista, na equipe da Auditoria Interna, profissional com conhecimento
suficiente sobre a tecnologia da informação e os sistemas de informação utilizados.
41
12.2.5.2 – O uso de técnicas de Auditoria Interna, que demandem o emprego
de recursos tecnológicos de processamento de informações, requer que exista na
equipe da Auditoria Interna profissional com conhecimento suficiente de forma a
implementar os próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e
revisar os trabalhos de especialistas.
12.3 – NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA
12.3.1 – O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado
dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma
a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem
tomadas pela administração da entidade.
12.3.2 – O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes
aspectos:
a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;
b) a metodologia adotada;
c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;
d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;
e) a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas; f) os riscos
associados aos fatos constatados; e
g) as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados.
12.3.3 – O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha
solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a
confidencialidade do seu conteúdo.
12.3.4 – A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório
parcial, na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que
necessitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam
aguardar o final dos exames, considerando o disposto no item 12.1.3.1. (CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2003)
42
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, as NBCs TA de número
200 (R1) a 810, tratam dos objetivos e alcance relativos aos trabalhos dos auditores.
NBC TA 200 (R1) – objetivos gerais do auditor independente e a condução
da auditoria em conformidade com normas de auditoria: esta norma de
auditoria trata das responsabilidades gerais do auditor independente na
condução da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as
normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras
normas elas estão substancialmente apresentadas pela sua sigla “NBC TA”.
Especificamente, ela expõe os objetivos gerais do auditor independente e
explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditor
independente o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o alcance,
a autoridade e a estrutura das NBCs TA e inclui requisitos estabelecendo as
responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis em todas as
auditorias, inclusive a obrigação de atender todas as NBCs TA. Doravante, o
“auditor independente” é denominado o “auditor”.
NBC TA 210 (R1) – concordância com os termos do trabalho de auditoria:
esta norma trata da responsabilidade do auditor independente em estabelecer
os termos de um trabalho de auditoria com a administração e, quando
apropriado, com os responsáveis pela governança. Isso inclui considerar que
existem certas condições prévias a um trabalho de auditoria, que são de
responsabilidade da administração e, quando apropriado, dos responsáveis
pela governança. A NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de
Demonstrações Contábeis trata dos aspectos de aceitação do trabalho de
auditoria pelo auditor (ver item A1).
NBC TA 220 (R2) – controle de qualidade da auditoria de demonstrações
contábeis: esta norma trata das responsabilidades específicas do auditor em
relação aos procedimentos de controle de qualidade da auditoria de
demonstrações contábeis. Esta Norma trata também, quando aplicável, das
responsabilidades do revisor do controle de qualidade do trabalho. Esta Norma
deve ser lida juntamente com as exigências éticas relevantes.
NBC TA 230 (R1) – documentação de auditoria: esta norma trata da
responsabilidade do auditor na elaboração da documentação de auditoria para
a auditoria das demonstrações contábeis. O Apêndice relaciona outras normas
43
que contêm exigências de documentação e orientações específicas. As
exigências específicas de documentação de outras normas não limitam a
aplicação desta Norma. Leis ou regulamentos podem estabelecer exigências
adicionais de documentação.
NBC TA 240 (R1) – responsabilidade do auditor em relação a fraude, no
contexto da auditoria de demonstrações contábeis: esta norma trata da
responsabilidade do auditor no que se refere à fraude na auditoria de
demonstrações contábeis. Especificamente, detalha a forma como a NBC TA
315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente e a NBC TA 330 – Resposta do
Auditor aos Riscos Avaliados devem ser aplicadas em relação aos riscos de
distorção relevante decorrente de fraude.
NBC TA 250 – consideração de leis e regulamentos na auditoria de
demonstrações contábeis: esta norma trata da responsabilidade do auditor
pela consideração de leis e regulamentos ao executar uma auditoria de
demonstrações contábeis. Esta Norma não se aplica a outros trabalhos de
asseguração em que o auditor seja especificamente contratado para testar e
relatar separadamente sobre a conformidade com leis ou regulamentos
específicos.
NBC TA 260 (R2) – comunicação com os responsáveis pela governança:
esta norma trata da responsabilidade do auditor independente na comunicação
com os responsáveis pela governança na auditoria de demonstrações
contábeis. Embora esta norma se aplique independentemente da estrutura de
governança ou do tamanho da entidade, considerações específicas se aplicam
quando todos os responsáveis pela governança estão envolvidos na
administração da entidade e para as entidades listadas. Esta norma não
estabelece requisitos relacionados à comunicação do auditor com a
administração ou proprietários da entidade, a menos que eles também sejam
responsáveis pela governança.
NBC TA 265 – comunicação de deficiências de controle interno: esta
norma trata da responsabilidade do auditor de comunicar apropriadamente, aos
responsáveis pela governança e à administração, as deficiências de controle
interno que foram identificadas na auditoria das demonstrações contábeis. Esta
44
Norma não impõe responsabilidades adicionais ao auditor na obtenção de
entendimento do controle interno, assim como no planejamento e na execução
de testes de controle além dos requisitos da NBC TA 315, itens 4 e 12, e da
NBC TA 330. A NBC TA 260 estabelece requisitos adicionais e fornece
orientação sobre a responsabilidade do auditor na comunicação com os
responsáveis pela governança em relação à auditoria de demonstrações
contábeis.
NBC TA 300 (R1) – planejamento da auditoria de demonstrações
contábeis: esta norma trata da responsabilidade do auditor no planejamento
da auditoria das demonstrações contábeis. Esta Norma está escrita no contexto
de auditorias recorrentes. Outras considerações da auditoria inicial são
apresentadas separadamente.
NBC TA 315 (R1) – identificação e avaliação dos riscos de distorção
relevante por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente: esta
norma trata da responsabilidade do auditor na identificação e avaliação dos
riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis por meio do
entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da
entidade.
NBC TA 320 (R1) – materialidade no planejamento e na execução da
auditoria: esta norma trata da responsabilidade do auditor independente de
aplicar o conceito de materialidade no planejamento e na execução de auditoria
de demonstrações contábeis. A NBC TA 450 – Avaliação das Distorções
Identificadas durante a Auditoria explica como a materialidade é aplicada na
avaliação do efeito de distorções identificadas durante a auditoria e de
distorções não corrigidas, se houver, nas demonstrações contábeis.
NBC TA 330 (R1) – resposta do auditor aos riscos avaliados: esta norma
trata da responsabilidade do auditor ao planejar e implementar respostas aos
riscos de distorção relevante, identificados e avaliados pelo auditor de acordo
com a NBC TA 315 na auditoria de demonstrações contábeis.
NBC TA 402 - considerações de auditoria para a entidade que utiliza
organização prestadora de serviços: esta norma trata da responsabilidade
do auditor da usuária dos serviços em obter evidência de auditoria apropriada
e suficiente quando a entidade utiliza os serviços de uma ou mais organizações
45
prestadoras de serviços. Especificamente, esta Norma expande a explicação
de como o auditor da usuária dos serviços aplica as NBC TAs 315 e a 330 na
obtenção do entendimento da entidade que utilizar uma organização
prestadora de serviços, incluindo o entendimento do controle interno que seja
relevante para a auditoria, suficiente para identificar e avaliar os riscos de
distorção relevante, e no planejamento e na execução de procedimentos
adicionais de auditoria que respondam a esses riscos.
NBC TA 450 (R1) – avaliação das distorções identificadas durante a
auditoria: esta norma trata da responsabilidade do auditor independente em
avaliar o efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não
corrigidas, se houver, nas demonstrações contábeis. A NBC TA 700 –
Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre
as Demonstrações Contábeis trata da responsabilidade do auditor, ao formar
opinião sobre as demonstrações contábeis, para concluir se foi obtida
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorções relevantes. A conclusão do auditor requerida pela NBC TA
700 leva em consideração a avaliação do auditor de distorção não corrigida, se
houver, nas demonstrações contábeis, de acordo com esta Norma, itens 10 e
11. A NBC TA 320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria
trata da responsabilidade do auditor independente de aplicar apropriadamente
o conceito de materialidade no planejamento e na execução de auditoria de
demonstrações contábeis.
NBC TA 500 (R1) – evidência de auditoria: esta norma define o que constitui
evidência de auditoria na auditoria de demonstrações contábeis e trata da
responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de
auditoria para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que
permita a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar a opinião do
auditor.
NBC TA 501 - evidência de auditoria - considerações específicas para
itens selecionados: esta norma trata das considerações específicas do auditor
para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, em conformidade com
a NBC TA 330, NBC TA 500 e outras normas relevantes com relação a certos
aspectos da conta “Estoque” do ativo, assim como aos litígios e reclamações,
46
envolvendo a entidade, e informações por segmentos na auditoria das
demonstrações contábeis.
NBC TA 505 – confirmações externas: esta norma trata do uso de
procedimentos de confirmação externa pelo auditor de acordo com os
requisitos da NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados e da
NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. Ela não aborda indagações relativas a
litígio e reclamações que são tratadas na NBC TA 501 – Evidência de Auditoria
– Considerações Específicas para Itens Selecionados.
NBC TA 510 (R1) – trabalhos iniciais – saldos iniciais: esta norma trata da
responsabilidade do auditor independente em relação aos saldos iniciais em
um trabalho de auditoria inicial (primeira auditoria). Além dos valores das
demonstrações contábeis, saldos iniciais incluem assuntos que precisam ser
divulgados e que existiam no início do período, tais como contingências e
compromissos. Quando as demonstrações contábeis incluem informações
comparativas, as exigências e orientações da NBC TA 710 se aplicam. A NBC
TA 300 inclui exigências e orientações adicionais referentes a atividades antes
de começar uma auditoria inicial.
NBC TA 520 – procedimentos analíticos: esta norma trata do uso de
procedimentos analíticos pelo auditor como procedimentos substantivos
(procedimentos analíticos substantivos). Esta norma também trata da
responsabilidade do auditor em realizar procedimentos próximos do final da
auditoria que o auxiliam formar uma conclusão geral sobre as demonstrações
contábeis. A NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção
Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente, item
6(b)), trata do uso de procedimentos analíticos como procedimentos de
avaliação de risco. A NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados,
itens 6 e 18, inclui requisitos e orientação em relação à natureza, época e
extensão de procedimentos de auditoria em resposta a riscos avaliados; esses
procedimentos de auditoria podem incluir procedimentos analíticos
substantivos.
NBC TA 530 – amostragem em auditoria: esta norma se aplica quando o
auditor independente decide usar amostragem na execução de procedimentos
de auditoria. Essa Norma trata do uso de amostragem estatística e não
47
estatística na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de
testes de controles e de detalhes e na avaliação dos resultados da amostra.
NBC TA 540 (R2) – auditoria de estimativas contábeis e divulgações
relacionadas: esta norma trata das responsabilidades do auditor em relação a
estimativas contábeis e divulgações relacionadas na auditoria de
demonstrações contábeis. Especificamente, ela inclui requisitos e orientações
que se referem, ou ampliam, como a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação
dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e
do seu Ambiente, NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados,
NBC TA 450 – Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria, NBC
TA 500 – Evidência de Auditoria e outras normas relevantes devem ser
aplicadas em relação a estimativas contábeis e divulgações relacionadas.
Inclui, também, requisitos e orientação sobre a avaliação de distorções de
estimativas contábeis individuais e divulgações relacionadas, e indicadores de
possível tendenciosidade da administração.
NBC TA 550 – partes relacionadas: esta norma trata da responsabilidade do
auditor no que se refere ao relacionamento e transações com partes
relacionadas durante a execução da auditoria de demonstrações contábeis.
Especificamente, ela amplia a maneira como a NBC TA 315, a NBC TA 330 e
a NBC TA 240 devem ser aplicadas em relação aos riscos de distorção
relevante associados aos relacionamentos e transações com partes
relacionadas.
NBC TA 560 (R1) – eventos subsequentes: esta norma trata da
responsabilidade do auditor independente em relação a eventos subsequentes
na auditoria de demonstrações contábeis. Esta norma não trata de assuntos
relacionados com as responsabilidades do auditor por outras informações
obtidas após a data do seu relatório, que são tratadas pela NBC TA 720 –
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações. Contudo,
essas outras informações podem trazer à tona um evento subsequente que
está dentro do alcance desta norma (ver item A1). (Alterado pela NBC TA 560
(R1))
NBC TA 570 – continuidade operacional: esta norma trata das
responsabilidades do auditor independente, na auditoria de demonstrações
48
contábeis, em relação à continuidade operacional, e das implicações para o
relatório do auditor independente (ver item A1).
NBC TA 580 (R1) – representações formais: esta norma trata da
responsabilidade do auditor na obtenção de representações formais (por
escrito) da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela
governança, na auditoria de demonstrações contábeis.
NBC TA 600 (R1) – considerações especiais – auditorias de
demonstrações contábeis de grupos, incluindo o trabalho dos auditores
dos componentes: as normas de auditoria aplicam-se a auditorias de grupos.
Esta norma trata das considerações especiais aplicáveis às auditorias de
grupos, em particular aquelas que envolvem auditores de componente.
NBC TA 610 – utilização do trabalho de auditoria interna: esta norma trata
da responsabilidade do auditor externo (doravante auditor independente),
quando ele utilizar o trabalho dos auditores internos. Isso inclui: (a) utilizar o
trabalho da função de auditoria interna na obtenção de evidência de auditoria
e (b) utilizar os auditores internos para prestar assistência direta ao auditor
independente, fazendo parte da equipe e trabalhando sob a direção, supervisão
e revisão do auditor independente.
NBC TA 620 – utilização do trabalho de especialistas: esta norma trata da
responsabilidade do auditor em relação ao trabalho de pessoa ou organização
em área de especialização que não contabilidade ou auditoria, quando esse
trabalho é utilizado para ajudar o auditor a obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada.
NBC TA 700 – formação da opinião e emissão do relatório do auditor
independente sobre as demonstrações contábeis: esta norma trata da
responsabilidade do auditor independente para formar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis e trata da forma e do conteúdo do relatório a emitir
como resultado da auditoria das demonstrações contábeis. Para efeitos desta
norma, a referência a auditor independente e a auditor tem o mesmo
significado.
NBC TA 701 – comunicação dos principais assuntos de auditoria no
relatório do auditor independente: esta norma trata da responsabilidade do
auditor de comunicar os principais assuntos de auditoria em seu relatório sobre
49
as demonstrações contábeis. Ela visa abordar o julgamento exercido pelo
auditor sobre o que comunicar em seu relatório e também a forma e o conteúdo
de tal comunicação.
NBC TA 705 – modificações na opinião do auditor independente: esta
norma trata da responsabilidade do auditor de emitir um relatório apropriado
nas circunstâncias em que, ao formar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis de acordo com a NBC TA 700 – Formação da Opinião e Emissão do
Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis, o
auditor conclui que é necessária uma modificação em sua opinião sobre as
demonstrações contábeis. Esta norma também trata de como a forma e o
conteúdo do relatório do auditor são afetados quando o auditor expressa uma
opinião modificada. Em todos os casos, os requisitos de apresentação de
relatórios referidos na NBC TA 700 se aplicam e não estão repetidos nesta
norma a menos que estejam explicitamente tratados ou sejam alterados pelos
requisitos desta norma.
NBC TA 706 – parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos no
relatório do auditor independente: esta norma trata de comunicações
adicionais incluídas no relatório do auditor independente, quando este as
considerar necessárias.
NBC TA 710 (R1) – informações comparativas – valores correspondentes
e demonstrações contábeis comparativas: esta norma trata da
responsabilidade do auditor independente relacionadas às informações
comparativas na auditoria de demonstrações contábeis. Quando as
demonstrações contábeis do período anterior foram ou não auditadas por
auditor independente antecessor, os requisitos e a orientação da NBC TA 510
referentes a saldos iniciais também se aplicam.
NBC TA 720 – responsabilidades do auditor em relação a outras
informações: esta norma trata das responsabilidades do auditor relacionadas
com as outras informações, sejam elas financeiras ou não financeiras (que não
as demonstrações contábeis e o relatório do auditor independente sobre as
demonstrações contábeis), incluídas no relatório anual da entidade. O relatório
anual da entidade pode ser um único documento ou um conjunto de
documentos que servem à mesma finalidade.
50
NBC TA 800 – considerações especiais – auditorias de demonstrações
contábeis elaboradas de acordo com as estruturas conceituais de
contabilidade para propósitos especiais: as normas de auditoria (NBCs TA)
da série 200-700 se aplicam à auditoria de demonstrações contábeis. A NBC
TA 800 trata das considerações especiais na aplicação dessas normas à
auditoria de demonstrações contábeis elaboradas de acordo com as estruturas
conceituais de contabilidade para propósitos especiais.
NBC TA 805 – considerações especiais – auditoria de quadros isolados
das demonstrações contábeis e de elementos, contas ou itens específicos
das demonstrações contábeis: ns normas de auditoria (NBCs TA) da série
200-700 se aplicam à auditoria de demonstrações contábeis e devem ser
adaptadas, conforme necessário nas circunstâncias, quando aplicadas a
auditorias de outras informações financeiras históricas. Esta norma trata das
considerações especiais para a auditoria de quadros isolados da demonstração
contábil ou de elemento, conta ou item específico da demonstração contábil.
Os quadros isolados das demonstrações contábeis e os elementos, as contas
ou os itens específicos das demonstrações contábeis podem ser elaborados de
acordo com a estrutura conceitual para fins gerais ou propósitos especiais. No
caso de serem elaborados de acordo com a estrutura conceitual de
contabilidade para propósitos especiais, a NBC TA 800 – Considerações
Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo
com as Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais
também se aplica à auditoria (ver itens A1 a A4).
NBC TA 810 – trabalhos para a emissão de relatório sobre demonstrações
contábeis condensadas: esta norma trata das responsabilidades do auditor
independente relacionadas com o trabalho para a emissão de relatório sobre
demonstrações contábeis condensadas derivadas de demonstrações
contábeis auditadas de acordo com as normas de auditoria pelo mesmo auditor.
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, [2020])
51
17 CTAs REFERENTES A AUDITORIA
52
itens 26, 27 e 28 daquele CT, aplicáveis nos casos em que as informações
correspondentes ao período anterior ou ao balanço de abertura de que trata o
item 12 deste CT (balanço na data de transição) tenham sido alterados.
CTA 05 – emissão do relatório do auditor independente sobre
demonstrações contábeis de fundos de investimento: este comunicado
técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão
do seu relatório sobre as demonstrações contábeis de fundos de investimento
referentes aos exercícios ou períodos findos em, ou a partir de, 31 de dezembro
de 2010.
CTA 06 – emissão do relatório do auditor independente sobre
demonstrações contábeis de companhias abertas, conforme facultado
pela deliberação cvm n.º 656/11: este comunicado técnico (CT) tem por
objetivo orientar os auditores independentes na emissão do seu relatório sobre
as demonstrações contábeis do exercício social iniciado a partir de 1º de janeiro
de 2010 de companhias abertas que estejam apresentando, conforme
facultado pela Deliberação CVM n.º 656/11, nessas demonstrações contábeis
anuais, nota explicativa evidenciando, para cada trimestre de 2010 e de 2009,
os efeitos no resultado e no patrimônio líquido decorrentes da plena adoção
das normas contábeis de 2010.
CTA 07 – emissão do relatório do auditor independente sobre
demonstrações contábeis individuais e consolidadas de entidades
supervisionadas pela ANS: este comunicado técnico (CT) tem por objetivo
orientar os auditores independentes na emissão do seu relatório sobre as
demonstrações financeiras individuais e consolidadas de entidades
supervisionadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010.
CTA 08 – emissão do relatório do auditor independente sobre
demonstrações contábeis das entidades fechadas de previdência
complementar (EFPC): este comunicado tem por objetivo orientar os auditores
independentes sobre a emissão do seu relatório sobre as demonstrações
contábeis das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) para
os exercícios que se findam em ou após 31 de dezembro de 2012.
53
CTA 11 – emissão de relatórios de revisão das informações trimestrais do
ano de 2010: este comunicado técnico (CT) tem por objetivo revogar a
orientação contida no item 21 do CT n. o 01/2010 do Ibracon, que permitia a
utilização de dupla data nos relatórios de revisão das informações trimestrais
de 2010 a serem reapresentadas em 2011.
CTA 12 – relatório do auditor independente sobre as demonstrações
contábeis de grupo econômico: este comunicado técnico tem por objetivo
orientar o auditor independente na emissão de seu relatório de auditoria para
grupo econômico que não elabore demonstrações contábeis consolidadas,
conforme requerido pela NBC TG 36, e a controladora estiver fora das
exceções previstas no item 4 dessa norma.
CTA 13 – emissão do relatório do auditor independente sobre as
demonstrações contábeis individuais e consolidadas de entidades
supervisionadas pela ANS: em 22 de dezembro de 2009, a Diretoria de
Normas e Habilitação das Operadoras da ANS emitiu a Instrução Normativa 37,
cujos arts. 1º a 3º estão reproduzidos a seguir:
“Art. 1º A presente Instrução Normativa incorpora à legislação de saúde
suplementar as diretrizes dos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis – CPC e aprovados pelo Conselho Federal de
Contabilidade - CFC, que devem ser integralmente observados pelas
operadoras de planos de assistência à saúde.
Art. 2º Os Pronunciamentos Técnicos aprovados pelo CFC no ano de 2008
devem ser observados nas demonstrações financeiras relativas ao exercício
social de 2009, e são os seguintes: CPC 01, CPC 02, CPC 03, CPC 04, CPC
05, CPC 06, CPC 07, CPC 08 e CPC 09.
Art. 3º Para as demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2010,
serão observados, além dos pronunciamentos constantes do art. 2º da presente
Instrução Normativa, os Pronunciamentos Técnicos aprovados pelo CFC no
ano de 2009, exceto o CPC 11 – Contratos de Seguro que será objeto de
regulamentação específica da ANS.”
CTA 14 – emissão do relatório do auditor independente sobre
demonstrações contábeis de instituições autorizadas a funcionar pelo
BCB em decorrência da resolução CMN n.º 4.036/11: este comunicado
54
técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores independentes quando da
emissão de relatórios de auditoria das demonstrações contábeis e ou de
revisão das informações trimestrais (IFT e ITR) das instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, para períodos que se iniciam a partir de
1º de janeiro de 2012, que optarem pelo diferimento do resultado líquido
negativo decorrente de renegociações de operações de crédito anteriormente
cedidas, como facultado pela Resolução CMN n.º 4.036 de 30 de novembro de
2011.
CTA 15 – emissão de relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis intermediárias individuais de entidades supervisionadas pela
SUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012: este
comunicado técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes para
a emissão de seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis
intermediárias individuais de sociedades seguradoras, entidades abertas de
previdência complementar e resseguradores locais, referentes ao semestre
findo em 30 de junho de 2012.
CTA 16 – relatório de auditoria sobre a base de contribuições dos agentes
financeiros ao fundo de compensação de variações salariais (FCVS): este
comunicado técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na
execução dos trabalhos e emissão de relatórios de auditoria sobre a base das
contribuições dos agentes financeiros (ou entidade) ao Fundo de
Compensação de Variações Salariais (FCVS), para atendimento do
requerimento do Conselho Curador do referido fundo.
CTA 17 – emissão do relatório do auditor independente sobre as
demonstrações contábeis individuais e consolidadas em decorrência de
alterações introduzidas para o teste de adequação de passivos pela
SUSEP: este comunicado tem por objetivo orientar os auditores independentes
na emissão do relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis
individuais e consolidadas, elaboradas em conformidade com as práticas
contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às sociedades supervisionadas pela
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), e as demonstrações
contábeis consolidadas, elaboradas em conformidade com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, referentes aos
55
exercícios sociais encerrados a partir de 31 de dezembro de 2012, em
decorrência das alterações introduzidas no Teste de Adequação de Passivos
(TAP) com a emissão da Circular n.º 457 pela SUSEP, de 14 de dezembro de
2012, principalmente, no que diz respeito aos §§ 2º do Art. 8º e 1º e 2º do Art.
16.
CTA 18 – emissão do relatório do auditor independente e procedimentos
de auditoria requeridos quando da reapresentação de demonstrações
contábeis ou informações intermediárias: este comunicado tem por objetivo
orientar os auditores independentes na emissão do seu relatório de auditoria
(ou de revisão) sobre as demonstrações contábeis (ou informações
intermediárias) e sobre os procedimentos de auditoria (ou de revisão)
requeridos quando se tratar de reapresentação de demonstrações contábeis
ou de informações intermediárias.
CTA 19 – orientação aos auditores independentes sobre o entendimento
a respeito dos procedimentos da administração na avaliação dos
assuntos contidos na MP 627/13: este comunicado tem por objetivo orientar
os auditores independentes sobre o entendimento a respeito dos
procedimentos adotados, ou a serem adotados, pela administração das
entidades, relativos à avaliação dos impactos das disposições contidas na
Medida Provisória 627 (MP 627), de 11 de novembro de 2013 e na Instrução
Normativa 1.397 (IN 1.397), de 16 de setembro de 2013, para fins de
elaboração das demonstrações contábeis emitidas a partir da edição da MP
627.
CTA 21 – emissão do relatório do auditor independente sobre as
demonstrações contábeis consolidadas do conglomerado prudencial:
este comunicado técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores
independentes sobre a exigência dos trabalhos de auditoria e a emissão de
relatórios de auditoria sobre as Demonstrações Contábeis Consolidadas do
Conglomerado Prudencial a que se refere a Resolução n.º 4.280 do Conselho
Monetário Nacional (CMN), de 31 de outubro de 2013 e regulamentações
complementares.
CTA 22 – procedimentos de auditoria a serem considerados para
aplicação do CTG 08: este comunicado técnico tem como objetivo orientar os
56
auditores independentes com relação aos procedimentos de auditoria a serem
considerados em conexão com a aplicação do Comunicado Técnico CTG 08 –
Reconhecimento de Determinados Ativos e Passivos nos Relatórios Contábil-
Financeiros de Propósito Geral das Distribuidoras de Energia Elétrica, Emitidos
de acordo com as Normas Brasileiras e Internacionais de Contabilidade (a
seguir definido como “CTG 08”), que versa sobre os impactos decorrentes das
alterações nos contratos de concessão e permissão (contratos) das
distribuidoras de energia elétrica promovidas pelo Poder Concedente, por meio
do Regulador (Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel) como resultado
do processo 48500.005603/2014-05, que inclui, nos referidos contratos,
dispositivo garantindo que valores registrados na Conta de Compensação de
Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA e Outros Componentes
Financeiros sejam incorporados na base de indenização prevista no caso de
extinção, por qualquer motivo, da concessão ou permissão.
CTA 23 – emissão de carta-conforto em processo de oferta de títulos e
valores mobiliários: este comunicado técnico tem como objetivo orientar os
auditores independentes quanto aos procedimentos que devem ser observados
quando o auditor independente for contratado para emitir Cartas-Conforto em
conexão com o processo de oferta de títulos e valores mobiliários.
CTA 24 – emissão de relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis regulatórias (DCRs), elaboradas de acordo com o manual de
contabilidade do setor elétrico (MCSE): este comunicado técnico tem como
objetivo orientar aos auditores independentes com relação à auditoria de
Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCRs), elaboradas de acordo com o
Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE).
CTA 25 (R1) – emissão do novo modelo de relatório do auditor
independente: entre julho e setembro de 2016, o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) publicou um conjunto de normas de auditoria revisadas,
em decorrência da adoção do novo modelo de relatório do auditor
independente, convergentes com as International Standards on Auditing (ISAs),
emitidas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB).
As normas revisadas são aplicáveis para as auditorias de demonstrações
57
contábeis referentes aos exercícios ou períodos que se findam em, ou após, 31
de dezembro de 2016.
CTA 26 – relatório dos auditores independentes sobre o demonstrativo do
direcionamento dos recursos de poupança: este comunicado técnico tem
por objetivo orientar os auditores independentes sobre o alcance dos trabalhos
e a emissão de relatório para atendimento às Resoluções n.º 3.932/2010 e n.º
4.464/2016 do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o demonstrativo de
remessa obrigatória pelas instituições financeiras que devem, anualmente, ser
objeto de asseguração realizada por auditoria independente, conforme previsto
no Art. 19 do regulamento anexo à Resolução n.º 3.932/2010.
CTA 27 – relatório sobre as demonstrações contábeis de entidade de
incorporação imobiliária: este comunicado técnico tem por objetivo orientar
os auditores independentes na emissão do relatório do auditor independente
sobre as demonstrações contábeis de entidades de incorporação imobiliária a
partir do exercício social encerrado em, ou após, 31 de dezembro de 2018. A
orientação é necessária, dado o andamento das discussões sobre o impacto
da NBC TG 47 – Receita de Contrato com Cliente nas demonstrações
contábeis das entidades de incorporação imobiliária.
CTA 28 – relatório de auditoria de patrimônio separado de securitizadoras:
este comunicado técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes
na emissão de relatório de auditoria para atendimento à Instrução da Comissão
de Valores Mobiliários (ICVM) n.º 480/2009.
CTA 29 – orientações aos auditores independentes sobre a emissão de
relatório de auditoria das demonstrações contábeis semestrais das
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil
(BACEN): este comunicado técnico tem por objetivo orientar os auditores
independentes na emissão de relatório de auditoria para atendimento à
Resolução n.º 4.720/20191 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e Circular
n.º 3.959/2019 do Banco Central do Brasil (Bacen). (CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE, [2020]).
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65