Estudo
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Abstract
The ISO organizing committee created the technical committee 156, aiming to develop
standards to identify the atmospheric corrosion. As the result of this effort, four
standards were prepared: ISO 9223, ISO 9224, ISO 9225 and ISO 9226. In this
publication is evaluated and classified the corrosivity of atmospheres. However, it is
needed long periods for exhibition and monitoring, reaching sometimes at 3-year period
to characterize the environment in relation to corrosivity of atmospheres. Thus, a
methodology to define the atmospheric corrosion in real time is, nowadays, an important
factor in choice of materials and anti-corrosion protective systems. The methodology to
define the equivalent salt deposit density (ESDD), evaluating the degree of pollution of
the high-voltage electric systems insulators, according to IEC 60815 standard may be an
alternative to characterize the degree of the corrosivity of atmospheres as well. In this
paper will be presented studies realized in several atmospheric corrosion stations by
using the methodology of the ISO 9223 standard as well as the methodology of the IEC
60815 standard, which showed equivalent results in relation to the degree of
atmospheric aggressiveness.
Resumo
O comitê organizador da ISO criou o comitê técnico 156, com o objetivo de desenvolver
normas para identificar a corrosão atmosférica. Como resultado deste esforço, quatro
normas foram elaboradas: ISO 9223, ISO 9224, ISO 9225 e ISO 9226. Nestas
publicações, avalia-se e classifica-se a corrosividade atmosférica. Entretanto, necessita-
se de períodos longos de exposição e monitoração, chegando às vezes a períodos de três
anos para se caracterizar o ambiente quanto à corrosividade atmosférica. Assim, uma
metodologia para determinar a corrosividade atmosférica em tempo real é hoje um fator
importante na escolha de materiais e sistemas de proteção anticorrosiva. A metodologia
para determinar a densidade de depósito de sal equivalente (DDSE), avaliando-se o grau
de poluição dos isoladores de sistemas elétricos de alta tensão, conforme a norma IEC
60815, pode ser uma alternativa para caracterizar também o grau de corrosividade
atmosférica. Neste trabalho são apresentados estudos realizados em diversas estações de
corrosão atmosférica utilizando tanto a metodologia da norma ISO 9223 como a
metodologia da norma IEC 60815, que mostraram resultados equivalentes quanto ao
grau de agressividade atmosférica.
1. Introdução
Um grave problema causado pelo avanço da tecnologia é a corrosão dos metais como
conseqüência da agressividade atmosférica, resultando na deterioração de estruturas
metálicas e equipamentos, uma vez que 80% destes componentes estão expostos à
atmosfera. Observa-se que as perdas por corrosão estão relacionadas diretamente com o tipo
de atmosfera, onde se encontram expostos os materiais. Estas atmosferas podem ser do tipo
rural, urbana, marinha ou industrial, com diferentes graus de agressividade, que também
estão relacionadas à presença de muitos contaminantes no ar, tais como: fumaça, pó, cinza,
gases diversos e outras substâncias. E dependendo do caso, as perdas econômicas podem
chegar à ordem de milhões de dólares.
Diante destes fatos, o comitê organizador da ISO (International Organization for
Standardization) através do comitê técnico 156 elaborou quatro normas: ISO 9223(1), ISO
9224(2), ISO 9225(3) e ISO 9226(4). Em novembro de 1986, durante o II Congresso
Iberoamericano de Corrosão e Proteção, foram expostas idéias básicas para a elaboração de
um Mapa Iberoamericano de Corrosividade Atmosférica (MICAT). Este mapa(5) foi
publicado em 1998 e, junto com as normas ISO, são guias úteis no estudo da corrosão
atmosférica. Entretanto para se caracterizar o ambiente quanto à corrosividade atmosférica,
necessita-se de períodos longos de exposição e monitoração, chegando às vezes a três anos.
Com a inserção da informática em todos os segmentos da sociedade, a velocidade de acesso
à informação aumentou consideravelmente e por conseqüência, houve um incremento no
avanço tecnológico. Assim, uma metodologia para determinar a corrosividade atmosférica
em tempo real é hoje um fator importante na escolha de materiais e sistemas de proteção
anticorrosiva. Neste contexto, a metodologia para determinar a densidade de depósito de sal
(DDS), avaliando-se o grau de poluição dos isoladores de sistemas elétricos de alta tensão,
conforme a norma IEC 60815(6), pode ser uma alternativa para caracterizar também o grau
de corrosividade atmosférica.
Além disso, a metodologia DDSE também pode funcionar como um tipo de monitoração da
corrosividade atmosférica, isto porque é um método rápido, do tipo “on-line” e confiável.
Esta metodologia permitiria avaliar a corrosividade atmosférica ao longo do tempo, uma vez
que, com o avanço tecnológico, a alteração climática é inevitável e cada vez mais rápida,
tema atual de discussões e ações governamentais.
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Classificação da Corrosividade de
Atmosferas
Classificação em categorias de
corrosividade
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10 < A ≤ 35 A1
35 < A ≤ 80 A2
80 < A ≤ 200 A3
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2.1.2.2 - A classificação em termos Cl- para atmosferas externas, que são contaminadas por
salinidade em ambiente marinho é dada na Tabela IV.
3 < B ≤ 60 B1
60 < B ≤ 300 B2
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C2 0,27 < Vm ≤ 5,48 0,02 < Vm ≤ 0,14 0,02 < Vm ≤ 0,14 Vm ≤ 0,02
C3 5,48 < Vm ≤ 10,96 0,14 < Vm ≤ 0,41 0,14 < Vm ≤ 0,33 0,02 < Vm ≤ 0,05
C4 10,96 < Vm ≤ 17,80 0,41 < Vm ≤ 0,82 0,33 < Vm ≤ 0,68 0,05 < Vm ≤ 0,14
C5 17,80 < Vm ≤ 41,09 0,82 < Vm ≤ 1,64 0,68 < Vm ≤ 1,37 0,14 < Vm ≤ 0,27
0
C).
C = é a condutividade volumétrica na temperatura 0C, (S/m).
C20 = é a condutividade volumétrica na temperatura 200C, (S/m).
b = é o fator dependente da temperatura cujos valores são apresentados na Figura 2.
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FIGURA 2 - Valores de b.
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12 corpos-de-prova de cobre;
12 corpos-de-prova de zinco e
12 corpos-de-prova de alumínio.
O tempo de exposição foi de vinte e quatro meses, onde a cada seis meses três corpos-de-
prova de cada material eram retirados para análise em laboratório.
Para cada estação foram também instalados um dispositivo de captação de cloreto, um
dispositivo de captação de compostos de enxofre e um sensor eletrônico de umidade relativa
(UR) e de temperatura (0C).
O acompanhamento dos poluentes foi mensal e a duração do monitoramento foi de doze
meses. A monitoração da umidade relativa e da temperatura do ar foi a cada hora
ininterruptamente até completar doze meses.
As Figuras 3, 4 e 5 mostram os aspectos visuais das estações de estudo de corrosão
atmosférica instaladas na região nordeste do Brasil.
No último lote de retirada dos corpos-de-prova (após dois anos), foram realizadas as
determinações das densidades de depósito de sal equivalente (DDSE) em cada estação de
estudo.
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4. Resultados
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JULHO/06 96 13%
SETEMBRO/06 64* 9%
OUTUBRO/06 04 0,5%
DEZEMBRO/06 85 12%
JANEIRO/07 65 9%
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Como exemplo, a Tabela XVII mostra o valor da densidade de depósito de sal equivalente,
DDSE, para um dado local analisado.
A Tabela XVIII apresenta os resultados obtidos nas três estações de estudo de corrosão
atmosférica.
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Com base nas Tabelas e Figuras mostradas anteriormente podemos formular as Tabelas XIX
a XXII que classificam as categorias de corrosividade e classes de poluição natural das três
estações de estudo de corrosão atmosférica analisadas sob a ótica das metodologias das
normas ISO 9223 e IEC 60815.
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5.1 – Considerações
Os resultados discutidos neste trabalho estão baseados na metodologia da norma ISO 9223
de 1992 e na metodologia da norma IEC 60815 de 1986, pois os mesmos foram obtidos
entre os anos de 2005 a 2007. No entanto, a norma IEC 60815 foi revisada em 2008 e sofreu
alterações significativas tanto nos procedimentos de ensaios quanto na forma de apresentar
as classes de poluição natural ou os graus de agressividade do ambiente.
As principais alterações e inovações na metodologia da norma foram:
Desta forma, segue abaixo uma descrição sucinta da metodologia utilizada pela norma IEC
60815, homologada a partir de 2008, a qual poderia ser utilizada nas próximas investigações
sobre a classe ou categoria de agressividade atmosférica de um determinado local.
A metodologia para a determinação da densidade de depósito de sal equivalente, DDSE,
manteve-se inalterada.
Na norma revisada foi acrescentada a densidade de depósito de não-solúveis, DDNS, cuja
metodologia para sua determinação é:
A densidade de depósito de não-solúveis (DDNS) é calculada pela equação:
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Para propósitos de padronização, a norma IEC 60815-2008 criou cinco classes de poluição
natural que caracterizam de forma qualitativa a severidade dos locais, desde a poluição
natural muito baixa até a poluição natural muito alta.
A Tabela XXIII mostra a equivalência entre a classificação da agressividade atmosférica da
norma IEC 60815-2008 e da norma ISO 9223-1992.
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Caso seja conveniente, a análise química dos sais solúveis pode ser realizada em laboratório
utilizando a solução após a determinação da DDSE, por meio de cromatografia de troca
iônica (IC), espectroscopia de emissão por plasma, fotometria etc. Os resultados das
análises podem mostrar a quantidade de íons positivos, isto é, Na+, Ca2+, K+, Mg2+ e íons
negativos, isto é, Cl-, SO42-, NO3-.
6. Conclusões
A norma ISO 9223 discrimina e quantifica tanto a taxa de corrosão dos materiais expostos
quanto os teores de poluentes monitorados no ambiente estudado, enquanto que a norma
IEC 60815 somente qualifica o ambiente estudado.
A obtenção dos resultados através da metodologia da norma ISO 9223 exige períodos de
monitoramento relativamente longos, logística de transporte, comunicação e
disponibilidade de pessoal no campo ao longo dos ensaios, enquanto que a obtenção de
resultados através da metodologia da norma IEC 60815 é relativamente rápida e simples.
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7. Referências Bibliográficas
(2) ISO 9224:1992 –Corrosion of metals and alloys – Corrosivity of atmospheres – Guiding
values for the corrosivity categories.
(5) MORCILLO, M.; ALMEIDA, E.; ROSALES, B.; URUCHURTU, J.; MARROCOS, M.
Corrosion y proteccion de metales en las atmosferas de iberoamerica – Parte I: mapas de
iberoamerica de corrosividad atmosferica (proyecto micat, XV.1/CYTED), 1998. 816p.
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