GrupoIniciacao2 Moises
GrupoIniciacao2 Moises
GrupoIniciacao2 Moises
O segundo grande codificador foi Moisés [Manu foi o primeiro], que inclusive tornou a transmitir o Código
Divino, tendo sido também o primeiro batizador coletivo da Revelação. Os Dez Mandamentos datam de mais de
duzentos mil anos. E o primeiro batismo de Espírito está relatado no capítulo onze do Livro de Números.
Todos os ensinos contidos nas demais Bíblias, nos demais chamados Livros Sagrados, partem daqueles dois. O
Védico-Budismo deu o primeiro, tendo a Raça Atlante contribuído fundamentalmente para isso; os continentes eram
ligados e os primeiros Grandes Reveladores nela viveram, não sendo a Índia mais do que continuação, assim também
como o Egito de eras posteriores.
Moisés foi o primeiro a realizar um batismo coletivo de espírito ou Revelação, como se acha contido no Livro
de Números.
Moisés iniciou a crença no Monoteísmo, no Deus que é Espírito e Verdade, e que em Espírito e Verdade quer
ser adorado, porque assim quer que venham seus filhos a ser.
“Alma de aço, vontade de ferro, zombou das provas. Espírito matemático e universal, desenvolveu uma força de
gigante na compreensão e no manejo dos números sagrados, cujo simbolismo fecundo e cujas aplicações eram
então quase infinitas.
O seu espírito, desdenhoso das coisas que não passam de aparência, e dos homens que passam como sombras,
não respirava à vontade senão dentro dos princípios imutáveis. Lá do alto, tranqüila e seguramente dominava
tudo, sem manifestar nem desejo, nem revolta, nem curiosidade.” - G. I.
A realidade é que, para aquele que cresce no interior de si mesmo, que se desabrocha para as Verdades Eternas,
Perfeitas e Imutáveis, uma só termina sendo a razão de ser da vida - é viver para as Verdades Eternas, Perfeitas e
Imutáveis.
Moisés tinha de ser assim, para colocar o Povo de Israel naquele local onde Jesus teria, mais tarde, de se
apresentar à Humanidade. Marcaria o Povo com a marca do Monoteísmo, do Deus Único e Onipotente, em torno de
cuja realidade viva, os Profetas iriam sustentando a tocha da Revelação, até que Jesus viesse para torná-la universal ou
pública.
Quase três mil e quinhentos anos depois, podemos dizer que os altos e baixos do Povo não fizeram fracassar os
santos desígnios do Senhor. Basta que tenhamos o direito de assinalar o seguinte: “A Moral, o Amor e a Revelação
marcaram a obra de Moisés; isso mesmo Jesus-Cristo viveu, tornando público no grandioso fenômeno do Pentecostes,
longe de simulações, clerezias e comercialismos pagãos; e isso mesmo revive no Espiritismo, na Restauração
encabeçada por Elias, que foi Kardec, agindo sob o comando das Falanges da Verdade.”
Existem verdades, sobre isso tudo e em torno disso tudo, que feliz ou infelizmente, não podemos, por ora,
cogitar em público.(A Bíblia dos Espíritas)
O expositor iniciou a palestra, dizendo que falaria sobre Moisés, o discípulo da Cabala Egípcia, o missionário
que muito trabalhou e sofreu, para radicar a grande família espiritual, de cujo seio resultaria, mais tarde, AQUELE que
viria trazer a GRAÇA da REVELAÇÃO para toda a carne, a fim de que a LUZ da VERDADE brilhasse para todas as
inteligências e consolasse todos os corações.
De Moisés, falou o expositor, nenhuma palavra direta existe; os Livros foram queimados, assim como
perseguidos e mortos os Profetas, ao tempo de Saul. E a restauração, ordenada por Esdra, foi feita sobre lendas e contos
do povo, havendo homens que de memória relataram algumas verdades. Quanto ao mais, símbolos e parábolas foram
tomados ao pé da letra, caindo os grandes ensinos em tremendas falhas e contradições repelentes.
Salientou, entretanto, quatro feitos grandiosos na vida de Moisés, sem contar os muitos outros de menor
significação:
O de “Trasladar o Povo de Israel para o local devido, da maneira que melhor pôde, contando com os recursos
mediúnicos de que dispunha, assim como DEUS lhe permitiu”.
O de “Uma vez mais transmitir a LEI que fora diversas vezes transmitida, no curso dos tempos aos povos”.
O de “Profetizar sobre a vinda de CRISTO, fazendo ciente o Povo de que não estavam completas as Escrituras”.
O de “Lavrar o primeiro batismo coletivo de Espírito, ensejando a setenta homens escolhidos entrarem para o
cultivo da REVELAÇÃO, a fim de o auxiliarem a guiar o Povo”.
Moisés assombrava e convencia pelas obras fenomenais que provocava, vindo a ser o primeiro a Batizar em
Espírito. Deixou um lastro de setenta homens, com mediunidade manifesta, como ponto de partida do primeiro batismo
coletivo havido na história religiosa do Planeta.
Numa época onde o monoteísmo está no interior dos santuários egípcios, Israel desempenhará o papel de elo
entre Oriente e Ocidente, unificando a Humanidade sob o Deus Único, seu papel inicial, tendo Moisés como seu
organizador.
Irradiaria de Israel a religião universal da Humanidade pelo trabalho de Hosarsife, primeiro nome egípcio de
Moisés.
“Qualquer esforço no sentido de traçar um retrato de Moisés enfrenta uma série de problemas até hoje insolúveis,
a começar pelo da questão das fontes. Pois tudo o que dispomos da tradição antiga sobre ele está contido unicamente na
Bíblia hebraica, e nela quase exclusivamente no Pentateuco, que enfeixa os livros bíblicos particularmente ligados ao
seu nome. Na realidade, Moisés é citado também com relativa frequência em outros passos da Bíblia, fora do Pentateuco
(por exemplo: Jz, 1, 16; 4, 11; Is 63, 11; Jr 15, 1; Mq 6, 4; Sl 90, 1; 103, 7; cf a respeito Os 6, 5 e outros), todavia todas
estas menções pouco ou nada acrescentam para a biografia. Nas fontes extra bíblicas, contemporâneas dos textos
bíblicos, mas delas dependentes, não encontramos uma palavra sequer sobre a pessoa, a vida e a obra de Moisés, pelo
menos segundo até hoje se conhece. Os dados na Bíblia, por sua vez, em relação ao que nos relatam sobre Moisés, estão
longe de serem coerentes. Oferecem muito mais uma multiplicidade confusa de “imagens de Moisés”, devidas em parte
às histórias narradas sobre ele, e em parte aos títulos que lhe foram atribuídos:
Ele é designado como “Servo de Deus” (Nm 12, 7-8; Dt 34, 5; Js 1,1), como “Homem de Deus” (Dt 33, 1; Js 14,
6; Sl 90, 1; Esd 3, 2; 1Cr 23, 14; 2Cr 30, 16), como “Sacerdote” (Sl 99, 6; 1 Cr 23, 14), “Profeta” (Dt 18, 18; 34, 10),
como “Eleito de Deus” (Sl 106, 23), como “Enviado a seu povo” e “como intercessor do seu povo junto a Ele” (Ex3,
13s; 5, 22s; 33, 13.19; 14, 15; 16, 1s; 17, 4 e 11; Nm 14, 1s; 21, 4s; Ez 22, 30; Sl 103, 7 e passim); aparece inclusive
como “representante de Deus” (Ex 7, 1) e age como líder carismático, autor de milagres e libertador da opressão, como
“Sacerdote” (Ex 23, 14s; 34, 18s), como “Legislador” (Ex 20, 18-21; 24, 12; 32, 15s; Dt 5, 20-28; 9, 9s; 109, 1s; 31, 9
2 24s) e como “Juiz” e “Profeta” (Nm 12).
Com certeza, seria anacrônico, ou, como diz H. Küng, “aventuroso”, admitir que “o Moisés histórico tenha sido,
desde o princípio, tudo o que a tradição posterior lhe atribuiu”. Neste sentido, de fato, ao longo da história da pesquisa
tentou-se sempre de novo, com sucesso maior ou menor, ordenar as diversas “imagens de Moisés” segundo os escritos
básicos (do Pentateuco), caracterizados e delimitados entre si desde J. Wellhausen, e bem assim situá-las de acordo com
as diferentes redações daqueles escritos em épocas posteriores. Mas os resultados diversos a que chegaram essas
tentativas mostram por si o quanto elas são pouco convincentes e, além disso, todo esforço no sentido de discernir o
Moisés histórico em sua função original e deslindar as “funções anexas”, segundo o seu surgimento cronológico ao
longo da tradição, se afigura uma tarefa impossível. Assim, com R. Martin-Achard, resta-nos designar Moisés como
uma “figure polysémique”.
De acordo com a tradição, Moisés nasceu e cresceu no Egito; e egípcia também é a conotação de seu nome. Ao
final da conhecida legenda do nascimento de Moisés, sua exposição e resgate no Nilo (Ex 2, 1-10), o nome Mosheh vem
relacionado com o verbo hebraico mashah (=retirar da água), significando “aquele que foi retirado da água”. Todavia,
como tantas outras explicações de nomes bíblicos, trata-se também aqui de uma etimologia popular que, apesar de ser
esclarecedora da história relatada, não se sustenta face à crítica filológica. Pela forma como pronuncia, Mosheh vem do
egípcio, derivado do verbo egípcio msj (=criar, gerar); neste sentido, pode ser justificado o nome como sendo uma
composição e procedência egípcias (como por exemplo, Tutmósis). Mas mesmo que Moisés tenha tido um nome egípcio,
e além do mais, fosse versado em todas as ciências egípcias (At 7, 22), nem por isso seria lícito concluir que ele era um
egípcio. O fato de ter nome egípcio nada explica sobre sua verdadeira origem; como narrado alhures, no Egito podiam-
se dar nomes nativos também a estrangeiros (cf. Gn 41, 45). Para a tradição posterior também seria insuportável o
pensamento de que Moisés pudesse ter sido egípcio. Não é sem fundamento que o Midrash, antigo comentário rabínico,
ao referir-se a Ex 2, 19, diz: Mesmo que Moisés tenha vestido “roupas egípcias”, e que por isso tenha aparecido às filhas
de Jetro, seu antigo sogro, como um egípcio, mesmo assim ele foi um ‘ivrî’, um hebreu (Shemot Rabba I, 32).
Por sua linhagem, Moisés foi um levita. Seu pai e sua mãe são expressamente apontados como pertencentes à
tribo de Levi (Ex 2, 1). E segundo Ex 6, 16-20, Moisés e seu irmão mais velho, Aarão, e segundo Nm 26, 59, também
em 1Cr 5, 29, igualmente sua irmã mais velha, Miriam, eram bisnetos de Levi, por parte de pai, e netos por parte de
mãe. Mas não se poderia simplesmente descartar a pergunta se essa menção expressa da pertença de Moisés, de seus
irmãos, pais e avós à estirpe não deveria ser considerada como suficiente indicação de efetiva procedência levítica, ou
se estamos apenas em face de uma alusão ao título de Moisés, correspondente a uma das funções por ele exercidas, e
que como tal se transmitiu aos pósteros detentores desse mesmo título. Moisés – assim como seu filho Gérson e seu neto
Jônatas – é chamado levita por profissão (Ex 32, 26s; Jz 18, 30s; Mq 6, 4), portanto sacerdote, e como tal é designado
ao lado de Aarão e Samuel no Sl 99, 6 e em 1 Cr 23, 14 (veja-se também Talmud babilônico, Tratado Bava Batra, 109b).
Uma solução histórica dessas questões é impossível e acrescente-se a dificuldade de que são muito incertos nossos
conhecimentos sobre a história e a estirpe de Levi, consequentemente sobre a instituição e história do sacerdócio daquela
época.
“Como todos os fortes marcados para uma grande obra, Hosarsife não se submetia ao cego Destino, sentindo
que uma Providência velava por ele e o conduzia à realização dos seus fins.” - G. I.
Os homens são semideuses, por serem filhos de Deus, devendo comandar o Destino, não pensando jamais que
o Destino lhes seja imposto. Uma coisa é o Supremo Determinismo, a Ordem Divina, a Lei Geral e outra coisa o Destino,
a Trilha que pode sofrer alternativas, segundo a conduta de cada um.
O Supremo Determinismo, ou Ordem Divina, é igual para todos, enquanto que o Destino é específico, é móvel,
diz respeito à conduta de cada um. No seio do Todo as partes movimentam e criam, para si mesmas, as mais variantes
condições e situações, conforme sejam boas ou ruins as suas obras.
Entre o chamado Criador e a chamada criatura pairam a Lei Geral e a Justiça Geral; mas a criatura é que tem,
por natureza, o direito de acioná-las contra ou a favor de si, pelas obras que praticar. E como o espírito ou criatura, deve
vir a ser acima de Mundos, Formas e Transições, importa que vá aprendendo a comandar o seu Destino ou Carma.
Os mais medíocres iniciados compreendiam isso; não precisava ser um Moisés, para saber que o Carma ou
Destino deve ser comandado, e que, para comandá-lo, somente procurando viver os três sentidos da Lei de Deus. Não
afirmou o Divino Molde, de início, que veio para executar a Lei de Deus e não para derrogá-la? E poderia alguém
derrogar a Lei de Deus, eliminar da Ordem Divina a Moral, o Amor e a Revelação?
“Havia séculos que o Sinai e o Horebe eram desta forma o centro místico dum culto monoteísta...” -G. I.
Primeiro devemos dizer que a Ciência dos Mistérios era sumamente monoteísta, ou conhecedora de um Deus
Único e Essencial, Ievé ou Informe, ou Impessoal, que Se revelava pelos Seus Altos Mensageiros. Afirmavam que os
Santos Espíritos, ou Espíritos Santos, eram os filtros de Deus.
A seguir diremos que nos altos montes, longe das cidades buliçosas e das vibrações grosseiras da generalidade,
faziam eles os seus exercícios máximos, as suas grandes experiências agora ditas mediúnicas.
Jesus perfilhou em tudo e de tudo, pois foi entre os Nazireus que aguardou o tempo devido, para o desempenho
do Seu Divino Messianato; o maior feito, de caráter teofânico, foi a Transfiguração, tendo-a levado a termo no alto do
monte Tabor. O Sermão da Montanha, ou o Poema da Renúncia, foi proclamado no monte dito das Oliveiras.
O levitismo - clericalismo como outros - ou talvez o pior de todos, porque foi aquele que crucificou o Cristo e deu
origem ao clericalismo romano que veio a ser o blasfemo do Batismo de Revelação, tudo faria para fazer crer no
aparecimento de Deus no alto desértico do Sinai, com o fito criminoso de eliminar o conhecimento da Iniciação
Esotérica, do mediunismo de portas fechadas, ao qual Jesus, mais tarde, veio universalizar ou tornar de toda a carne.
Vide nos Profetas, muitas vezes assinalado, que nos altos montes estavam os ajuntamentos deles. Todavia, em
construções e comunidades, como havia nas margens do Mar Morto, ou em grutas onde se reuniam em épocas certas,
para entrarem em comunhão com os Altos Mensageiros do Senhor.
BIOGRAFIA
Hosarsife foi filho de Termutis, terceira das onze filhas do faraó, irmã de Ramsés II, um dos grandes monarcas
do Egito. Concebido no ano 4 do reino de Seti I, Moisés foi filho de um rabino muito amigo da casa faraônica, o que
impedia que fosse criado como príncipe; entretanto, sua mãe imaginou uma forma de poder criá-lo dentro do palácio,
colocando-o numa cestinha forrada com betume para que a água não penetrasse no interior e, a partir daí, fingindo tirá-
lo das águas, pôde tê-lo em seus braços e educá-lo bem. Bem mais tarde, em diálogo com sua mãe a respeito de governar
os egípcios, respondeu manifestando desprezo ao povo idólatra, sabendo-se destinado a outras funções.
Por sua linhagem, Moisés foi um levita. Seu pai é da casa de Levi (Ex 2, 1), mas também tanto ele como seu
filho Gérson e seu neto Jônatas, serão chamados levitas pelo cargo de sacerdote.
Íntegro e inflexível, atravessou a iniciação de Ísis, onde aprendeu cosmografia e astronomia, e expressou a
vontade de desvendar os segredos dos livros sagrados. Diante do espanto do pontífice, ele explica: “Espero e obedeço.
Osíris fala como quer, quando quer, a quem quiser. Se o espírito vivo resolver falar, ele me falará”.
Hosarsife cresceu entre as colunas do palácio e do templo de Osíris, onde chegou a ser sacerdote. Ainda bastante
jovem, foi comissionado para ser inspetor em Gossem, vendo de perto as condições do povo hebreu, cativo e exposto a
trabalhos forçados. Foi uma forma do faraó mantê-lo afastado do palácio, pois temia que pudesse prejudicar seu filho,
Meneftá, primo de Moisés e herdeiro do trono.
O jovem escriba surpreendeu-se com os duros trabalhos que cumpriam os judeus e devota-lhes sua simpatia. Ao
ver um soldado egípcio espancando um escravo hebreu indefeso, toma a arma dele e deixa-o sem vida. Enterra-o na
areia, mas dias depois descobre que fora visto.
Os sacerdotes de Osíris que cometiam assassinato eram severamente julgados. Ele sabia que sua vida estava por
um fio, e nesta hora ouve uma voz interior que o impele ao deserto; não como um desertor ou fugitivo, mas como alguém
em busca de seu destino. Vai expiar seu crime na solidão do país de Madiã, além do Mar Vermelho. Ali, entre os
descendentes de Abraão, levou vida de pastor e preparou-se para sua futura tarefa.
O Templo dali estava consagrado a Osíris, mas também se adorava o Deus Soberano, Eloím. O grão-sacerdote
de Madiã era o etíope Jetro, patriarca do deserto, protetor dos líbios, árabes e semitas.
Hosarsife submete-se à expiação comum aos iniciados que cometiam tal falta, que era ir em sono letárgico até a
região espiritual onde ficam as almas ainda apegadas à atmosfera. Procurou sua vítima para obter seu perdão e
encaminhá-lo à luz. Lavou seu próprio corpo astral do hálito envenenado por seu erro e retornou compreendendo o
caráter de certas leis de ordem moral, e a profunda perturbação produzida na alma pela infração destas mesmas leis.
Retorna totalmente renovado: o Egito não é mais a sua pátria. Decidido a lutar pela Lei do Deus Supremo no
meio daqueles povos idólatras e nações anárquicas. Adota, então, o nome de Moisés, o Salvo.
Casa-se com Séfora, filha vidente de Jetro. Na casa dele estudou os livros de cosmogonia “As guerras de Jeová”
e “As Gerações de Adão”. Percebeu que os grandes iniciados do passado criaram religiões para seus povos, ele teria que
forjar um povo para sua religião.
Escreve “Sefer Bereshit”, uma síntese da ciência antiga e quadro da ciência futura, chave dos mistérios, facho
dos iniciados, texto para a união da nação.
“O Sepher Bereshit” - G. I.
Nunca mais ninguém saberá, na Terra, o que foi o Livro dos Princípios, o Tratado de Ciência Divina, escrito em três
sentidos - Literal, Simbólico e Iniciático ou Interpretativo.
Fizeram do Gênese uma monstruosidade. Isso basta que seja dito, para se compreender as palavras do Autor de OS
GRANDES INICIADOS:
“Ah! Por certo que era para o futuro condutor do povo de Deus, o Gênese irradiava uma luz diferente e mais
forte, abraçava mundos bem mais vastos do que o mundo infantil e a pequenina Terra que a tradução grega dos
Setenta ou a tradução latina de S. Jerônimo nos mostram.” - G. I. (Bíblia dos Espíritas)
Utilizou três maneiras para expressar seu pensamento: a) simples, onde a palavra tem o seu próprio significado;
b) simbólico, com linguagem figurada; c) hieroglífica, sagrada, transcendental. Moisés redigiu o Gênese em hieróglifos,
mas deu a explicação verbal aos seus sucessores. [segundo a doutrina de Hermes, uma mesma lei rege os três mundos,
o natural, o humano e o divino, e os iniciados poderão perceber os três mundos com um só olhar]. No tempo de Salomão
houve uma tradução para os caracteres fenícios. Esdras escreve-a em aramaico-caldaico. Quando chegaram os gregos,
só restava uma pálida idéia do sentido esotérico do texto original.
Sobe ao Monte Horebe e, numa sarça ardente, escuta a Voz Divina que lhe determina ser o condutor da retirada
do povo hebreu do Egito. Então, junto com seu irmão Arão, planeja a grande empreitada: libertar do jugo de uma nação
poderosa um povo que será conduzido através do deserto inclemente até uma terra povoada de gente inimiga. Para isso,
isolaria o povo no Tabernáculo do Senhor através do temor, impondo o monoteísmo.
Suplicaram a licença para a partida, mas o faraó recusou e, para não sobrarem dúvidas de que a intenção tinha
sustento divino, sobrevieram as 10 pragas. Foi somente quando desencarnaram os filhos primogênitos de cada família
do Egito que Moisés obteve a permissão de partida.
Era primavera, reuniram-se todos na cidade de Tamis e dirigiram-se a Sucote, distante 52 km, seu primeiro
acampamento. Iniciaram o êxodo contornando o Mar Vermelho no momento em que Meneftá, agora faraó, estava com
os exércitos a oeste, em defesa contra inimigos. Quando soube desta saída, o faraó sai no encalço do povo hebreu que
já atravessava o Mar que se abrira. Ao comando de Moisés, as águas se fecham em torno do exército egípcio e os hebreus
seguem sua viagem. Em três meses chegam ao pé do Monte Sinai, onde serão recebidos os Dez Mandamentos da Lei
de Deus. Montam ali seu acampamento e aguardam a descida de Moisés.
“... Uma lei única rege o mundo natural, o mundo humano e o mundo divino.”
Moisés foi o Profeta-Concatenador, ou Codificador do tempo, a fim de preparar ao Senhor Planetário o ambiente
propício. A concatenação ou codificação de Moisés foi de sentido Védico-Hermético. O Védico-Hermetismo ensinava
assim, que o Um, ou Deus, também em leis regentes como ÚNICA LEI começava, desdobrando-se a seguir em infinitas
leis, ou leis menores. (Bíblia dos Espíritas)
As mulheres de Moabe e Midiã fizeram tentativas para incentivar a idolatria entre o povo de Israel, movidas
pelos padres egípcios que trouxeram uma estátua de Astarote para ser adorada. Quando Moisés desceu da Montanha
com os Dez Mandamentos, encontrou o povo adorando um bezerro de ouro, moldado com o material das joias deles.
Cheio de cólera, ele quebra as Tábuas de pedra nas quais havia escrito em 40 dias a Lei de Deus. Repreende-os e lança
tal ídolo ao fogo.
Retorna ao Monte acompanhado dos 70 e da Arca*. Grande tormenta desceu sobre todos os amotinados. Ao seu
retorno, os instigadores são passados ao fio da espada: está firmada a autoridade de Moisés, que os conduzirá com braço
de ferro, sempre em contato com Jeová, que se manifesta no Tabernáculo* (inacessível aos demais).
(*) Arão coordena os sacerdotes e sua irmã Maria é a profetisa que representa em Israel a iniciação feminina. Havia
também o grupo de iniciados que carregavam a arca [nas laterais ela tem 4 querubins de ouro, lembrando 4 esfinges, os
4 animais da visão de Ezequiel: leão, boi, águia e homem, representando terra, água, ar e fogo, os 4 mundos do
tetragrama divino. Lá dentro estarão a vara que Deus lhe deu, o Livro de Cosmogonia (Séfer Bereschite), o Livro da
Aliança. Moisés chama a arca de Trono de Eloím, porque lá está a missão de Israel, a idéia de IAVÉ]. Os acampamentos
tinham sempre a forma quadrada, com três tribos em cada lado, ficando a Arca no centro, guardada numa bela tenda, o
Tabernáculo.
“Como quer que seja, Moisés contagiou aos setenta o fogo divino, a energia da sua própria vontade. Eles
constituíram o primeiro templo antes de Salomão, o templo vivo, o templo em marcha, o coração de Israel, luz
real de Deus.” - G. I.
1 - Não foi o fogo da sua vontade, e sim o primeiro Batismo Coletivo de Revelação ou Espírito, da História
Humana;
2 - A Igreja de Jesus é viva, porque foi um novo Batismo de Espírito, de Revelação, como o provam os capítulos
um, dois, sete, dez e dezenove dos Atos, bem assim como os doze e treze da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios;
3 - Ninguém sabe, melhor do que nós, que à Restauração foi dado o nome de Espiritismo, por ser o
revivescimento do Batismo de Espírito, levado a termo por Jesus.(Bíblia dos Espíritas)
Muitas manifestações de poder divino terão lugar, (terremotos, descargas elétricas incandescentes, etc) que porão
fora dali, desencarnados, todos aqueles que ousem levantar um só dedo contra Moisés. Com estes potentíssimos
prodígios, o nome de Deus já estava cravado na consciência deste povo que andou por décadas no deserto, água pouca,
disciplina severa.
Aos 39 anos de caminhada, Moisés decide que é hora de entrar na Terra Prometida. Tiveram negados três pedidos
de passagem, enfrentando, portanto, com luta, a tomada da cidade liderados por Josué, que recebera as bênçãos para o
comando. Jericó será dominada sob seu comando por volta de 1250 aC, bem depois do desencarne de Moisés.
Nem Moisés, nem Arão tiveram o direito de entrar na Terra Prometida. Era essencial fazer uma narrativa de sua
grande administração. Reuniu seus chefes e o povo na base do Monte Nebo, e proferiu três grandes orações (que são a
maior parte do Livro Deuteronômio, a segunda Lei). Ali está seu canto de adeus e sua bênção ao povo.
Subindo ao cume, “Moisés, servo do Senhor, morreu ali, na terra de Moab, segundo a ordem do
Senhor;...Nenhum homem soube até hoje o lugar de seu sepulcro....Nunca a vista se lhe diminuiu, nem os dentes se lhe
abalaram... Não se levantou mais em Israel profeta como Moisés”. (Deut, 34)
As pragas do Egito
1- Sangue (Dam: A água do Nilo, das lagoas e riachos se transformara em sangue e deixaram de ser potáveis. Esta
praga aconteceu porque os egípcios obrigavam seus escravos a carregar água para eles.
2- Rãs (Tzfardeah): As Rãs infestaram o país e as habitações. Esta praga foi o castigo por terem os egípcios obrigado
os judeus a pescar para eles.
3-Piolhos (Kinim): Os piolhos se multiplicavam atormentando os homens e os gados. Esta praga ocorreu porque os
judeus eram proibidos de tomar banho.
4-Animais selvagens (Arov): Invasão dos animais selvagens no Egito. Este foi o castigo por terem os egípcios
mandado os judeus caçar animais, expondo-os ao perigo de serem comidos por eles.
5-Peste dos animais (Déver): Uma peste matou todo o gado. Esta praga foi o castigo por terem os egípcios mandado
os judeus a lugares remotos para apascentar as ovelhas e com fim de separá-los de suas famílias.
6-Sarna (Shchin): Deus trouxe a sarna ao Egito porque os judeus eram obrigados a construir casas de banho.
7-Chuva de granizo (Barad): Uma violenta chuva devastou os campos e as plantações e destruiu as colheitas. Essa
praga serviu de castigo para os egípcios por terem obrigado aos judeus a lavrar a terra.
8-Gafanhotos (Harbeh): Uma nuvem de gafanhoto inunda o país, pois os judeus eram obrigados a plantar árvores para
que os egípcios gozassem de seus frutos.
9-Trevas (Roshech): Trevas profundas envolveram o Egito por três dias. Este foi o castigo por terem os egípcios posto
alguns judeus em calabouços.
10-Morte dos primogênitos (Behorot): Morrem todos os primogênitos do Egito. Esta última praga se alastrou pelo
Egito por terem os judeus sido obrigados a jogar os seus filhos recém-nascidos no Nilo. As portas das casas dos judeus
foram marcadas com sangue de carneiro para que ali não houvesse desencarnes.
O Pentateuco
Os cinco primeiros livros constituintes do Velho Testamento somente para a palavra Deus apresentam os vocábulos
Iave, Elohim, Eloah (poético), Adonai (Senhor), Saddai (Onipotente), Elion (Altíssimo). Foram escritos por Moisés,
que se valeu de amanuenses. Gênesis: Relata as origens do Universo e do gênero humano até a formação do povo de
Israel e a estada no Egito. Êxodo:Conta a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés que, aos pés do Monte
Sinai recebe de Deus os Dez Mandamentos. O povo faz o pacto, constituindo-se “povo de Deus”. Levítico: Regula o
culto religioso da época (são os levitas que formam o clero consagrado ao serviço do santuário). Números:
Recenseamento do povo e fatos acontecidos nos 40 anos da caminhada no deserto. Deuteronômio: Segunda Lei, escrita
pelo fim da jornada do deserto. Moisés retoma a legislação e adapta para a vida sedentária que teriam ao adentrar na
Palestina.
Segundo Schuré: No pensamento de Moisés, outro filho de Hermes, os dez primeiros capítulos do Gênese constituíam
uma verdadeira ontologia, segundo a ordem e a filiação dos princípios. Tudo quanto começa deve acabar. O Gênese
narra simultaneamente a evolução no tempo e a criação na eternidade, a única de Deus... Essa história, que no
Cristianismo se denomina redenção, falta inteiramente no Antigo Testamento. Moisés e os profetas conheciam-na, mas
julgavam-na muito elevada para ser divulgada em um ensino popular e por isso reservavam-na para a tradição oral dos
iniciados.... Quanto à cosmogonia de Moisés, há nela a áspera concisão do gênio semítico e a precisão matemática do
gênio egípcio”.
Simbologias
Para exemplificar o que era a língua secreta dos templos antigos e como se correspondem os três significados (nos
símbolos do Egito e nos do Gênese), vamos tomar Ísis, mulher coroada, segurando em uma das mãos uma cruz anseada
(símbolo da vida eterna) e na outra um cetro com a flor de lótus (símbolo da iniciação): No sentido próprio da palavra,
representa a mulher, o gênero feminino universal. No sentido comparativo, é o conjunto da natureza terrestre, com as
suas potencialidades conceptivas. No sentido superlativo é a natureza celeste, a luz espiritual e intelectual por si mesma.
Correspondentemente, em Gênesis é EVA, a mulher eterna, não só esposa de Adão, mas é parte de Deus, já que
seu nome está em IEVE. O grão sacerdote de Jerusalém pronunciava o nome divino uma vez por ano, enunciando-o
letra por letra: Iod (que exprime a natureza divina e as ciências teogônicas), hè, vau, hè - as três letras do nome Eva
significam os três mundos nos quais se realiza a ideia divina e, por conseguinte, as ciências cosmogônicas, psíquicas e
físicas correspondentes. É a raça-mãe desta Humanidade, autóctone. Adão (advindos) será composto dos que para cá
vieram, expulsos de outra casa cósmica, em processo de separação de joio do trigo.
De Schuré: “... consideremos alguns dos poderosos hieróglifos compostos pelo profeta do Sinai:...Em uma cripta
do templo de Jetro, sozinho, sentado sobre um sarcófago, Moisés medita. Veem-se nas paredes e pilastras hieróglifos,
representativos de nomes e de figuras de deuses de todos os povos da terra. Mas Moisés nada vê do mundo exterior.
Busca em si mesmo o Verbo de seu livro, a figura de sua obra, a Palavra que será ação. Apaga-se a lâmpada. Diante dos
olhos da alma, na escuridão da cripta, flameja este nome: IÈVÈ.”
Na letra I está o princípio masculino, Osíris, criador. Em Eva, a faculdade de conceber. Na união perfeita destes,
o Verbo Vivo, criador do universo. Para conhecer melhor a ordem das criações, Moisés concentra-se no signo masculino
e aparece-lhe, reluzindo nas trevas, outro nome: ELOIM. Significa Deus dos deuses.
No início de tudo, os céus eram habitados pelo vazio... “e o espírito de Deus movia-se sobre a face do abismo”.
Surge, então, Aôr, a Luz divina, luz intelectual, anterior e posterior a todos os sóis. Expande-se no Infinito e reflui sobre
si mesma, sustentando as formas astrais dos mundos e das humanidades.
Reluzem, então, os caracteres: RUAH ELOIM AÔR..., “Que a luz seja feita, e foi feita a luz!” deste Universo
potencial, força oposta às trevas. Segundo Fabre d’Olivet, temos aí o resumo hieroglífico do segundo e do terceiro
versículo do Gênese. Note-se que a palavra Aôr (significativa de luz), é a palavra Ruah invertida: o sopro divino,
voltando sobre si mesmo, cria a luz inteligente.
O par divino, Adão e Eva, Iavé manifestando sua natureza através dos mundos, habita o reino celeste universal,
Heden, substância de todas as terras. A alma humana (Aichá, outro nome de Eva em Gênese) habitava feliz o céu, sem
estar consciente dele. Para compreendê-lo, deverá esquecê-lo e depois recordá-lo. Para amá-lo, deverá perdê-lo e
reconquistá-lo... e envolve-se de matéria, entra no círculo das gerações.
Para entender-se a simbologia da serpente nesta história, devemos saber que nas iniciações da Grécia, Índia e
Egito, a serpente em círculo significa a vida universal, a força que move esta vida, a recíproca atração dos corpos (Eros,
para os gregos), a natureza divina, com seus reinos, espécies, no círculo formidável – e inevitável – das existências. A
ordem descendente das encarnações é simultânea à ordem ascendente das vidas. A involução produz e explica a
evolução.
Moisés considerou os destinos terrestres do homem, percebe que a consciência divina está preste a extinguir-se
sob as paixões infernais e na idolatria, no politeísmo. Há que se ter um povo para que Iavé encarne, Verbo vivo na
humanidade. Idealiza seu livro, propõe-se ao combate a esta fraqueza. Evoca Iavé e sente-se abraçado por uma nova
força: seu nome agora é Vontade. Ali, então, ouve uma voz: “Vai à Montanha de Deus! Vai ao Horebe!”...
Quanto à Páscoa, esta celebração teve início (Êxodo 12, 14) quando do aviso de que Deus passaria para tirar a
vida dos primogênitos do Egito, poupando os filhos primogênitos de Israel que fariam um trabalho de imolar um cabrito,
pintando o alto das portas com seu sangue. A palavra páscoa significa precisamente passagem, a passagem de Deus
sobre o Egito, abrindo a oportunidade de passarem pelo Mar Vermelho a caminho da Terra Prometida. A festa da Páscoa
permanecerá a principal festa hebraica, e dos hebreus passará aos católicos que celebrarão a imolação do Cordeiro de
Deus.
A LEITURA ESOTÉRICA DA BÍBLIA
(“O Senhor respondeu a Moisés: Juntai-me 70 homens, sábios de Israel, que souberdes mais instruídos,
e conduzi-los-á à entrada do Tabernáculo da Aliança, onde os fareis permanecer convosco. Eu descerei aí para
vos falar: tomarei o Espírito que está em vós, e inspirar-lhes-ei.” (Num, 11, 16 e 17).
“Então o senhor, tendo descido na nuvem, fala a Moisés, toma o Espírito que estava nele e o infunde
a esses 70 homens. O Espírito, apenas penetrado em cada um, tornou-os Profetas e continuaram sempre
assim”).
A tradição oral, confiada primeiramente aos 70 discípulos continuou muito tempo assim, sem a intervenção de
qualquer escrito. Não foi senão depois que estes ensinamentos secretos foram conhecidos em várias obras, das quais as
mais importantes são o Sepher Jezirah (ou o Livro da Criação) e o Zohar (Livro dos Princípios).
A leitura destas obras é árdua e pesada, porque tudo é mistério, mesmo as explicações que se esforçam a elucidar
esta linguagem infinitamente abstrata. Haveria, entretanto, uma chave para esses mistérios e todos os ocultistas são de
acordo em dizer que havia um sentido esotérico da maior beleza e de grande alcance filosófico. Desgraçadamente, o
conhecimento deste sentido místico não pode ser obtido senão depois de longo trabalho que não é fácil de ser
empreendido por toda a gente.
Um mestre do pensamento esotérico moderno, Edouard Schuré, diz em relação ao sentido esotérico de Gênesis:
“Nem uma dúvida, dada a educação de Moisés, existe que ele escreveu o Gênese em hieróglifos egípcios em
três sentidos. Confiou a chave e a explicação oral aos seus sucessores. Quando, no tempo de Salomão, traduziu-se a
Gênese em caracteres fenícios, quando depois do cativeiro da Babilônia, Esdras a redigiu em caracteres aranianos
caldaicos, o sacerdócio judeu não manejava as chaves senão imperfeitamente. Quando vieram, finalmente. Os tradutores
gregos da Bíblia, estes não tinham senão uma fraca ideia do sentido esotérico dos textos.
Jerônimo, apesar de suas sérias intenções e seu grande espírito, quando fez a sua tradição latina segundo o exto
hebreu, não pôde penetrar até o sentido primitivo e, tendo-o conseguido, teria de calar. Então, enquanto lemos a Gênese
nas nossas traduções, não temos senão o sentido primário e inferior.
Apesar da boa vontade, os exegetas e os teólogos mesmo, ortodoxos e livres-pensadores, não viam o texto
hebraico senão através da Vulgata. O sentido comparativo e superlativo, que é o sentido profundo e verdadeiro, escapa-
lhes.
Não fica menos misteriosamente oculto no texto hebreu que mergulha, por suas raízes, até a língua sagrada, por
suas raízes, até a língua sagrada dos templos, refundida por Moisés, língua ou cada vogal, cada consoante tinha um
sentido universal, em relação ao valor acústico da letra e o brilho da alma do homem que a produz.
Para os intuitivos, este sentido profundo salta algumas vezes como uma centelha, do texto: para os videntes,
reluz na estrutura fonética das palavras adotadas ou criadas por Moisés: sílabas mágicas em que o iniciado de Osíris
vasa seu pensamento como um metal sonoro em um molde perfeito.
Pelo estudo deste fonetismo que leva a marca da língua sagrada dos templos antigos, pelos chefes que nos
fornecem a Cabala e de que alguns vão até Moisés, enfim, pelo esoterismo comparado, é-nos permitido hoje entrever e
reconstruir a Gênese verdadeira. Assim, o pensamento de Moisés sairá brilhante com o ouro da fornalha dos séculos,
das escorias de uma teologia primária e das cinzas da crítica negativa (Os Grandes Iniciados)
A Bíblia hebraica é constituída de 39 livros. Estes são divididos em três categorias: a Lei (torah), os Profetas
(nevi’im) e os escritos (ketuvim). A palavra hebraica que designa a Bíblia, tahakh, é um acrônimo formado por estas
palavras. Para os judeus, o primeiro grupo, constituído pelos Cinco Livros de Moisés, é o mais sagrado. Segundo a
Bíblia, estes livros foram escritos por Deus e revelados a Moisés no Monte Sinai. Metade é narrativa e metade são
ensinamentos religiosos. Em hebraico, as palavras que iniciam cada livro foram usadas para nomeá-lo, e portanto Gênese
é bereshit – “No princípio” – e Êxodo é se’eleh shmoth – “Agora estes são os nomes” -, e assim por diante. E, inglês,
os nomes vêm de traduções antigas para o grego.
O Gênese, da palavra grega geneseosis – origens -, conta a história da Criação, de Noé e dos Patriarcas. O
Êxodo, em grego exodos, “partida”, relata a fuga dos israelitas da escravidão. O Levítico, expressão grega que significa
sacerdotal, e os Números, uma referência aos vários censos que aparecem no livro, contêm histórias da temporada dos
israelitas no deserto, entremeadas de mais de 600 mitzvot – leis. O Deuteronômio, nome que vem do termo grego para
designar lei repetida, concentra-se no discurso de despedida de Moisés aos israelitas nas fronteiras da Terra Prometida.
A estes livros foram acrescentados mais tarde outros trinta e seis para constituir as escrituras hebraicas. Os primeiros
seguidores de Jesus acrescentaram-lhes ainda cinco narrativas, vinte e uma cartas e um livro de visões. Originalmente,
estes últimos acréscimos eram considerados um adendo às escrituras Hebraicas, porém, à medida que ganharam em
importância, os cristãos começaram a chamar os primeiros livros de “Velho Testamento”, e os posteriores de “Novo
Testamento”.
CORPO DA BÍBLIA. A parte humana, história do Povo Hebreu, com todas as suas implicações, em todos
os campos de atividade, como é normal em cada Povo.
ESPÍRITO DA BÍBLIA. A parte em que entra a MENSAGEM DIVINA, apresentada através dos seus
VULTOS MESSIÂNICOS, dos Patriarcas, de Moisés, dos Profetas, do Cristo Inconfundível, dos Apóstolos
e demais seguidores. O ESPÍRITO DA BÍBLIA ASSENTA NA REVELAÇÃO, QUE ERA ESOTÉRICA OU
OCULTA ANTES DO BATISMO DE ESPÍRITO OU DERRAME DE DONS SOBRE A CARNE,
TRAZIDO PELO CRISTO MODELO.
RESUMO DA HISTÓRIA
Velho testamento
O VT começa com a criação do mundo – incluindo Adão e Eva. A história continua com Deus chamando ao
patriarca Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o lar, dirigir-se a uma nova terra, e tornar-
se o pai de “uma grande nação” (Gn 12.2-3) – Israel.
Num período de tempo relativamente curto, os descendentes de Abraão acharam-se no Egito. Logo o número
desses descendentes tornou-se uma ameaça ao faraó governante do Egito, e ele ordenou que fossem escravizados.
Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado divino para tirar Israel da escravidão do Egito e conduzi-lo à
terra Prometida de Canaã. Em seguida ao êxodo do Egito (cerca de 1450 aC), Israel recebeu a Lei – as leis e as
instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez Mandamentos. Recusando-se os temerosos
israelitas a entrar na Terra Prometida conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de
Canaã, por mais de 40 anos.
Josué, sucessor de Moisés, foi quem introduziu o povo de Israel na Terra Prometida. Esta conquista se fez
com violência (o livro de Josué conta a história). Após a morte de Josué, “...cada uma fazia o que achava mais reto” (Jz
21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes. Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os opressores
de Israel (o livro de Juízes narra a história).
Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo
tempo o centro político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino recebido de seu pai e construiu
o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao luxo, às
mulheres bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.
Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá
ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor
ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e
finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC.
Os seus dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio).
Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e
reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e
Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo Testamento,
ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.
1700 – Migração das tribos de Israel, Jacó no Egito, Escravidão no Egito, José – Ge
Período do Êxodo 1250-1200 a.C. Moisés guia o povo, a marcha no deserto, a aliança no Sinai – Êxodo,
Levítico, Números, Deuteronômio.
Período da conquista – estabelecimento das tribos em Canaã, a luta com os filisteus – Josué, Juízes.
1 - Através de Anjos ou Espíritos Mensageiros o Princípio ou Deus anuncia a Abraão, Isac e Jacó a predestinação
do Povo Escolhido;
2 - Seguindo as promessas, vem Moisés e tira o Povo Escolhido do Egito, entregando a Lei de Deus, o Supremo
Documento, também entregando o Primeiro Pentecostes, a Igreja dos Setenta, como registra o Livro de Números,
capítulo 11;
3 - Através de Anjos ou Mensageiros, os Profetas ou Médiuns anunciam a vinda de Elias na frente, a seguir do
Verbo Modelo e do Derrame de Dons do Espírito Santo, Carismas ou Mediunidades, para toda a carne;
Em todo o Velho Testamento, e até o desencarne de João Batista e do Verbo Exemplar não poderia haver e não
houve cumprimento da Promessa Divina, tudo foi trabalho preparativo, aspiração, alicerçamento;
O Velho Testamento é o alicerce do Novo Testamento. EXAMINANDO AS ESCRITURAS, tereis pela frente
a Lei Moral, as promessas da vinda do Verbo Exemplar e do Derrame de Dons do Espírito Santo – sobre toda a
carne, não clerezias, não sectarismos, não morbidismos filosóficos, não máfias quaisquer!
Do seio da Legião Adâmica, vinda expulsa de um dos Planetas da Constelação da Cabra, boa parte dos
errados ou criminosos era de caráter dito religioso, sectário, ou pertencente a ISMOS que, falando em Deus,
na Verdade, na Justiça Divina, tudo torcia, desviava, hipocritizava, etc. Tal como agora, ao findar o segundo
milênio da Era Cristã, fazem todos os escravos de mafiosos ISMOS, que fazem de Deus, da Verdade e da
Justiça Divina, apenas os pretextos para manter seus desvios, desviando os filhos de Deus do RETO
CAMINHO. E foram expulsos, vindo para o Planeta Terra, Mundo de Expiações, ou de punições, etc.
Cada errado, ou criminoso, deve ressarcir-se no sentido do erro ou do crime, e, portanto, aos errados de
caráter dito religioso, importa assim terem que se consertar. Na Terra, tais errados formaram a porção que
veio a ser o Povo Escolhido, o Israel, aquela raça que, ressarcindo culpas, viriam a ser Iniciados, Profetas,
Mestres, despontando como grandes líderes nas coisas de Deus, do Espírito, do cultivo dos Dons do Espírito
Santo, Carismas ou Mediunidades, os veículos da comunicabilidade dos Anjos ou Espíritos Mensageiros, ou
desencarnados.
Toda Humanidade em processo evolutivo, em tempo certo recebe um Código de Moral Básica, ou Lei
de Deus, e, em tempo certo a Lei de Deus veio, através do Povo Escolhido, ou Israel, tal como Ievé,
representando Deus, prometeu aos Patriarcas, através de fenômenos teofânicos, ou dos Dons do Espírito Santo,
e, portanto, da comunicabilidade de Anjos ou Espíritos Mensageiros. Assim, depois dos Patriarcas, em serviço
contínuo, vinha através do Povo Escolhido, ou daquela porção advinda, a entrega do Supremo Documento da
Humanidade lotada na Terra. Eva, a Raça Primitiva, e os punidos advindos ou adamitas, recebiam o
Documento Básico de Conduta.
6 - NÃO MATARÁS.
8 - NÃO FURTARÁS.
Também do seio da porção cujos erros e crimes eram de caráter religioso ou espiritual, vieram os
Profetas ditos maiores, os porta-vozes das Legiões Angélicas ou Mensageiras, filtrando as ordens ou ensinos
da Direção Planetária. E qualquer leitor, por menos culto que seja, pode e deve entender as lições proféticas
que emanam destes textos abaixo, pois os desejos de Moisés e as Promessas de Deus, se unem para um só
acervo maravilhoso, parte integrante da Tarefa Messiânica do Povo Escolhido:
O VELHO TESTAMENTO
As Grandes Bíblias, uma vez estudadas, fazem reconhecer as Verdades Iniciáticas Fundamentais, vindas através
de remotos tempos, centenas de milênios, e desmancham essa coisa repugnante que é o fanatismo religioso, sectário, e
o fanatismo por homens, livros, médiuns, etc. Ensinam que boa é a VERDADE, não homens ou religiões.
(...)I – Velho Testamento, começando por Moisés e terminando em Malaquias, relatando profundos ensinos
iniciáticos, mais tarde queimados e perdidos, depois restaurados de maneira incompleta, contraditória. Contém a Lei de
Deus ou Moral Divina, promete a vinda do Cristo Exemplo de Conduta e o Derrame de Espírito sobre a carne;
1 – PENTATEUCO: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, são os cinco primeiros livros.
Somente para a palavra Deus apresentam os vocábulos Iave, Elohim, Eloah (poético), Adonai (Senhor), Saddai
(Onipotente), Elion (Altíssimo). Foram escritos por Moisés, que se valeu de amanuenses.
1-a Gênesis
Relata as origens do Universo e do gênero humano até a formação do povo de Israel e a estada no Egito. É no
capítulo 4 que aparece pela primeira vez o nome de Enoch* (e também no capítulo 5), apesar de que apenas em Hebreus
11, 5 ficamos sabendo que desencarnou sem deixar corpo e em Judas, 1, 14 aprendemos que o Senhor veio entre suas
santas miríades.
1-b Êxodo
Conta a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés* que, aos pés do Monte Sinai recebe de Deus os
Dez Mandamentos. O povo faz o pacto.
Além disso, para explicar as crenças religiosas de Moisés, muitos observadores conjeturam que os sacerdotes
descontentes da corte de Akhenaton podem ter formado seu próprio culto e Moisés pode ter assimilado as ideias deles.
Finalmente, Moisés gaguejava porque não falava hebraico e, por isso, precisava de seu irmão Aarão como tradutor.
“Nem por isso a Bíblia é menos verdadeira, explicara-me Lucy Plitman, professora da Universidade de Tel-Aviv e
defensora desta teoria. “Pelo contrário, isso a torna mais ainda plausível. “Quero usar o ceticismo para chegar à verdade”.
Os comentadores tradicionais não aceitam este ponto de vista. Para eles, Moisés desfrutou de uma posição
extraordinária por ser uma pessoa extraordinária. Citando uma frase na qual o Senhor diz a Moisés: “Faço de ti como
um deus para o faraó”, Philo, o escritor judeu do século 1 a. C., escreveu o seguinte: “Não é verdade que Moisés desfruta
uma parceria maior com o Criador de todas as coisas ao ser considerado digno de ser chamado da mesma maneira que
Ele?” Moisés, em sua opinião, “foi o maior de todos os homens e o mais perfeito que jamais existiu”.
Moisés desce da montanha com as tábuas e não percebe que a pele de seu rosto resplandece, irradiando luz.
Como a palavra significando radiante, karan, é semelhante à que significa chifre, keren, ela foi traduzida de maneira
errada na Vulgata latina, onde consta que o rosto de Moisés estava encimado por chifres, o que levou à imagem incorreta
da estátua do Moisés de Michelangelo representado com dois chifres de bode. Seja como for, o rosto resplandecente de
Moisés intimida os israelitas e a passagem pelo Monte Sinai termina com Moisés colocando um véu sobre a face,
escondendo-a de seu povo. O véu é uma metáfora adequada para essa série de capítulos, pois parece resumir a mudança
de condição que ocorre no Monte Sinai: quando Moisés fala diretamente com Deus, ele retira o véu; quando fala com o
povo, ele o põe de volta. Moisés tornou-se um intermediário – não mais mundano nem inteiramente divino. Neste
aspecto, ele é como a própria montanha, uma ponte entre o povo e Deus, um corpo terreno impregnado de luz.
SOBRE O TABERNÁCULO
Mais exatamente no vigésimo dia do segundo mês do segundo ano desde o Êxodo, uma nuvem que Deus vinha
usando para proteger os israelitas se eleva do tabernáculo e a população inicia a sua jornada partindo do Monte Sinai. O
grupo caminha organizado segundo as tribos. São 12 tribos ao todo. Dez delas – Aser, Dã, Neftali, Issacar, Judá,
Zabulon, Gad, Rúben, Simeão e Benjamin – são as dos filhos de Jacó. As duas últimas – Manasses e Efraim – são as
dos filhos de José. E os descendentes do outro filho de Jacó, Levi, são sacerdotes. As tribos levam o Tabernáculo, que
contém a Arca da Aliança. A cada vez que a arca se põe em movimento, Moisés exclama: “Levanta-Te, Senhor, e os
inimigos se dispersem. Fujam diante de Ti os que Te odeiam!”
Quando os espiões vão até a Terra Prometida para sondar o ambiente, diz o texto que
“o que eles realmente fizeram na Terra Prometida foi colher algumas romãs e figos, bem como cortar um ramo
com um cacho de uvas, que levaram de volta suspenso por uma vara. Essa imagem de dois homens carregando uvas
tornou-se tão famosa como símbolo da Terra Prometida, que o Ministério do Turismo de Israel a usa como logotipo.
Depois de 40 dias, os espiões voltam a Cades e fazem seu relatório. “Entramos na terra à qual nos
enviastes. De fato, é uma terra onde corre leite e mel”. Isto provavelmente se refere ao leite de cabra e ao mel das
abelhas, segundo explica Avner, embora alguns comentaristas bíblicos sugerissem que o mel poderia ser uma referência
ao néctar das frutas, como figos e damascos. Uma outra linha de pensamento afirma que a expressão leite e mel é
metafórica e significa que o país dispunha de animais em abundância. De qualquer maneira, o primeiro relatório é
desfavorável. “O povo que vive nesta terra é muito forte”, dizem os espiões. “As cidades são fortificadas e enormes.
Vimos ali descendentes de Enac”, um nome derivado da palavra hebraica que significa “pescoços longos”, durante
muito tempo interpretada como “gigantes”.
Ainda assim, como em outras incontáveis missões de espionagem através da História, espiões diferentes
interpretam a informação de maneiras diversas. Caleb, um dos membros do grupo, se levanta para dar a sua opinião:
“Vamos subir e conquistar a terra, pois somos capazes de fazê-lo, diz ele. No entanto, a maioria de seus companheiros
discorda, dizendo: “não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte que nós”. Diante de tais notícias, os israelitas
passam metade da noite gritando e se lamentando e acabam por se voltar contra Moisés e Aarão: “Não seria melhor
voltarmos ao Egito?” Frustrado, Josué e Caleb rasgam suas roupas e imploram à comunidade: “A terra que percorremos
e exploramos é uma terra excelente. Se o Senhor nos quer bem, ele nos introduzirá nela e nos dará esta terra, onde corre
leite e mel.”
Quando a comunidade ameaça apedrejá-los, a “glória do Senhor” aparece diante do povo. Mais uma vez, Deus
ameaça destruir o povo, e Moisés o convence a não fazer isso dizendo: “Se, pois, fizeres morrer este povo como se fosse
um só homem, as nações que ouvirem tais notícias a teu respeito comentarão: “O Senhor foi incapaz de introduzir o
povo na terra que lhes prometeu, por isso os massacrou no deserto”. O Senhor perdoa o povo, mas o castiga: todos os
que têm mais de 20 anos morrerão no deserto. “Nenhum de vós entrará na terra na qual jurei fazer-vos habitar”,
com exceção de Caleb e Josué, recompensados pelo seu otimismo. Os outros espiões são dizimados por uma praga
enviada por Deus. No entanto, os israelitas logo desconsideram o aviso de Deus e vão sozinhos - sem Moisés e sem a
Arca – para o alto da Terra Prometida, onde são “destroçados” pelos amalecitas e cananeus, exatamente como os
britânicos no mesmo local três mil anos depois.(...)
Ao avançarem para reivindicar seu destino sem a Arca da Aliança, os israelitas aprendem uma lição ainda mais
importante. A Aliança consiste em uma relação triangular entre o povo, a terra e Deus. Sem Deus, o povo não merece
a terra e não pode conquistá-la. Sem a Arca – e os Mandamentos dentro dela – o povo está indefeso.
E isso, enfim compreendi, apontava para a maior lição da primeira metade de Números e para o que eu vinha
escutando em minhas conversas com Ramadan, com Ofer, com Rami: o deserto é um caldeirão onde os israelitas
precisam se fundir. O deserto não apenas purifica, mas também constrói. No Êxodo, o deserto é um vasto mar de areia,
onde os israelitas se livram de seu passado acorrentado e recebem a lei escrita de Deus. Números conta a história mais
complicada. Os israelitas iniciam a jornada rumo à Terra Prometida, mas a cada passo do caminho relutam em depositar
a sua fé em Deus. Afinal, depois do incidente provocado pelos espiões, Deus fica tão zangado que demonstra a sua fúria.
E qual a punição que aplica? Não os mata. Não os manda de volta para o Egito. Sequer retira sua promessa de dar-lhes
a terra. Em vez disso, condena-os a passar “quatro décadas no deserto”. Só depois de viverem esse tempo adicional no
deserto terão expurgado inteiramente seu passado para ser uma nação de Deus. E merecer seu lado do triângulo.
As rebeliões constituem, portanto, uma reviravolta importante no Pentateuco, a crise que assinala o fim do
segundo ato. O último terço da história, que inclui o final de Números e todo o livro do Deuteronômio, será dedicado a
contar como os israelitas finalmente se transformam em um povo. O deserto, que deu vida aos israelitas, deverá agora
lhes tirar a vida para fazer nascer uma nova geração. É o ciclo mais antigo da Bíblia: criação, destruição, recriação. E
são esses papéis que aparentemente se bifurcam, que refletem diretamente uma função dupla de Deus, que Ben-Gurion
parece ter entendido no que se refere ao deserto: por fazer exigências, é um lugar que forja o caráter; por ser destrutivo,
cria interdependência; por ser isolado, forma o senso de comunidade. Por ser o deserto, constrói nações.
1- c Levítico
Regula o culto religioso da época (são os levitas que formam o clero consagrado ao serviço do santuário).
1- d Números
1- e Deuteronômio
Segunda Lei, Moisés retoma a legislação e adapta para a vida sedentária que teriam ao adentrar na Palestina.
Moisés não adentrou na Terra Prometida (por ter desobedecido a ordem divina de ordenar que a fonte vertesse
água... ele bateu com a vara nas pedras fazendo a água verter, mas não cumpriu corretamente o que lhe fora mandado),
sendo Josué o escolhido para tanto. Este livro relata os maravilhosos acontecimentos da conquista.
A maioria dos estudiosos acredita que o Deuteronômio é um acréscimo feito em ocasião posterior, aposto
quando os outros quatro livros já estavam prontos. De acordo com este ponto de vista, a Tora era originalmente o
Tetrateuco, e só se tornou o Pentateuco com a adição do quinto livro. Como escreveu o estudioso William Hallo: “O
Deuteronômio ocupa uma posição única na Bíblia hebraica. Talvez mais do que qualquer outro livro bíblico, pode
reivindicar o fato de ter sido um livro avulso antes de ser incorporado ao cânone.”
Se isso for verdade – e a maioria dos estudiosos acredita que sim -, por que o livro foi acrescentado? Por que
não parar em Números, com os israelitas tendo terminado a jornada pela região e prestes a atravessar o Jordão? Essas
questões dividem os estudiosos. Alguns vêem os discursos do Deuteronômio como um sermão a respeito de
responsabilidade coletiva, outros como uma elaborada renovação da aliança, outros ainda como uma previsão profética
dos problemas que os israelitas enfrentariam no futuro. O ponto sobre o qual os estudiosos estão de acordo é que o
objetivo central do texto é unir os israelitas em seu compromisso com Deus. Como indica o nome hebraico do livro,
mishne tora, o Deuteronômio é uma cópia da Tora, uma repetição da lei. Assim, Moisés recorda a jornada dos israelitas
de suas responsabilidades com povo. Na verdade, Moisés lidera uma reeducação pública de seu povo, um seminário
coletivo no deserto.
Esse colóquio é necessário porque a população dos israelitas que se prepara para entrar na Terra Prometida não
conhece sua própria história, ou conhece muito pouco. Ninguém – com exceção de Josué e Caleb – estava presente
durante o Êxodo. Toda a população morreu, como Deus determinara depois da rebelião por causa dos espiões. Moisés
tem diante de si um bando de tribos disparatadas, cada uma delas formada exclusivamente por pessoas nascidas no
deserto.
SOBRE AS SEITAS
Ao tempo da formação do cristianismo as seitas judaicas eram pelo menos quatro: saduceus
(conservadores), zelotas (ativistas anti-romanos), essênios (influenciados pelo neopitagorismo) e fariseus.
Nasceu o cristianismo com participação de todas as seitas judaicas, sobretudo da dos essênios, que por último
sendo absorvido por ele, ou simplesmente desapareceu.
Os saduceus limitavam-se à Lei de Moisés, contidas nos livros do Pentateuco, e não admitiam
doutrinas posteriores, como as dos anjos e da ressurreição, peculiares ao zoroastrismo. Por este lado, Jesus e
os cristãos mantinham reservas aos saduceus. De outra parte, porém, os saduceus eram abertos para a cultura
helênica. Esta favoreceu posteriormente aos cristãos, os quais, ao mesmo tempo em que se adaptaram,
conseguiram projetar para o mundo uma ideologia judaica.
Os fariseus adotavam, ao lado da lei de Moisés, os livros dos profetas. E assim, seus princípios
doutrinários conferem com as convicções que se firmaram no judaísmo após a conquista de Jerusalém, em
587 a C., pelos babilônios, e, sobretudo, após a libertação por Ciro, em 539 a C.. Ao criador este o vasto
império persa, deu oportunidade aos judeus a oportunidade de se comunicar com a sabedoria de muitos
povos. A religião oficial dos persas, - o zoroastrismo (vd), - passou a; ser a sugestão das inovações. Anjos e
demônios, escatologia, vida futura definida como recompensa do bem e do mal, - eis algumas importantes
novidades de que depois também participarão os cristãos. Cuidavam os fariseus de converter aos gentios.
Neste particular também abriram um precedente, que passou aos cristãos, ainda que os fariseus de modo geral,
resistissem à helenização.
I Tempo: “A Promessa” (No Velho Testamento)
“Saiu, pois, Moisés, e referiu ao povo as palavras do Senhor, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os
pôs ao redor da tenda.Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e tirando do Espírito, que estava sobre ele, o pôs
sobre aqueles setenta anciãos; quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais. Porém no
arraial ficaram dois homens; um se chamava Eldade e o outro Medade. Repousou sobre eles o Espírito, porquanto
estavam entre os inscritos, ainda que não saíam à tenda; e profetizavam no arraial.
-“Tens tu ciúmes de mim? Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito!”
“Então disse:
-Ouvi agora minhas palavras: se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo com
ele em sonhos.
Não é assim com meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e
não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor: como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?”
3. Salmos 67, 19
“Subiste ao alto, levaste contigo cativos, tomaste dons para distribuíres pelos homens; mesmo pelos que não
criam que o Senhor Deus habitava entre nós”.
4. Isaías 44, 3
“Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca, derramarei o meu Espírito sobre a tua
posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes”.
5. Joel 2, 28-30
“E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
vossos velhos sonharão e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito
naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e colunas de fumo. O sol se converterá em trevas e
a lua em sangue, antes que venha o grande dia do Senhor”.
6. Malaquias 4, 4-6
“Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo Israel, a saber, estatutos e
juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande dia e terrível dia do Senhor; ele converterá o
coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição”.
Três foram as tentativas de generalizar a Revelação - a primeira por intermédio de Moisés, através dos setenta, e
tentativa que o clero levita tudo fez para fracassar, tendo realmente conseguido seu infernal objetivo; a segunda através
de Jesus, que deixou o Pentecostes em Perfeita função, tendo sofrido no quarto século o seu colapso, por causa de Roma,
de seu imperialismo despótico e sanguinário; e a terceira através de Elias, vindo como restaurador, deixando o
Espiritismo, a Codificação, que todavia não ficou completa, devendo ficar completa com o trabalho feito no Brasil do
século vinte.(trecho de Novo Testamento dos Espíritas)
Manu e Moisés, Pitágoras e Kardec foram os maiores concatenadores da História Planetária. (trecho de A Bíblia dos
Espíritas)
Quem, dentre as gerações que se estenderam pelos milhões de anos, ensinou o mais certo, sobre o Princípio
ou Deus? Quantos foram os Grandes Iniciados, Patriarcas, Profetas, Mestres ou Cristos, que realmente falaram
a LINGUAGEM DA VERDADE?
Os cinco maiores foram Hermes, Crisna, Moisés, Pitágoras e Jesus, pois em todos eles fulgurou a
CONSCIÊNCIA DA UNIDADE, O PRINCÍPIO ÚNICO, O DIVINO MONISMO, UMA ÚNICA CAUSA
DETERMINANTE, COMO CHAVE DE TODOS OS EFEITOS, CONHECIDOS OU POR CONHECER.
Falaram da VERDADE ESSENCIAL, DAS LEIS ETERNAS, PERFEITAS E IMUTÁVEIS, e, portanto, convém
ressaltar, eles não têm idade, não passam, não mudam naquilo que representaram, O PRINCÍPIO ÚNICO E
SUAS LEIS REGENTES OU FUNDAMENTAIS.
Na Bíblia, leia com atenção:
Ex 40, 34
Levítico 10, 1 e 2
Números 9, 15
11, 10
11, 16
11, 31
27, 18
--
Mara