Contabilidade Geral - Aula 03

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Aula 03

Contabilidade Geral p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

56842783534 - Bruna
Contabilidade Geral – Exame CFC 2018.1
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 03

AULA 03: BALANÇO PATRIMONIAL. PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 2
2 PASSIVO ................................................................................................................................ 2
2.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE ................................................................ 2
2.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS ................................................ 3
3 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL .......................................................... 5
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................. 7
4.1 CONCEITO E ESTRUTURA ...................................................................................................... 7
4.2 CAPITAL SOCIAL .................................................................................................................. 8
4.2.1 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES ............................................................................... 10
4.3 RESERVAS DE CAPITAL ....................................................................................................... 10
4.3.1 UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL ................................................................... 11
4.3.2 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES................................................................. 12
4.3.3 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO ............................... 13
4.3.4 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS ............................ 15
4.3.5 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES....................................................................... 19
4.4 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL .................................................................................. 21
4.5 AÇÕES EM TESOURARIA...................................................................................................... 22
4.5.1 AÇÕES EM TESOURARIA! PREVISÃO NA LEI 6.404/76: ................................................. 23
4.6 RESERVAS DE LUCROS ....................................................................................................... 27
4.6.1 RESERVA LEGAL....................................................................................................... 28
4.6.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS ........................................................................................ 31
4.6.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS................................................................................... 31
4.6.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS ............................................................................ 34
4.6.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR ............................................................................. 36
4.6.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS ................. 38
4.6.7 RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES .................................................... 39
4.6.8 RESERVA DE RETENÇÃO DE LUCRO ............................................................................ 41
4.7 DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS .............................................................................................. 42
4.8 DIVIDENDOS ADICIONAIS................................................................................................... 43
4.9 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL ........................................................................ 44
4.10 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS .............................................................................. 45
4.11 CUSTO DAS TRANSAÇÕES ............................................................................................... 46
5 NOTAS EXPLICATIVAS ............................................................................................................ 48
5.1 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO A LEI 6.404/76 ................................................................... 48
5.2 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO O CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
50
5.3 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO O CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
50
6 RESUMO – PASSIVO E PL ........................................................................................................ 53
6.1 PASSIVO E RECEITA DIFERIDA ............................................................................................ 53
6.2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................................................ 53
7 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO) ...................... 58
8 QUESTÕES COMENTADAS ....................................................................................................... 61
9 QUESTÕES COMENTADAS ....................................................................................................... 87
10 GABARITO DAS QUESTÕES ................................................................................................. 96

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1 APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal! Tudo bem? Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de
Contabilidade para o CFC!

É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho
desta disciplina que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito
boa de se estudar!

Contabilidade é muito bom!

Hoje, falaremos sobre dois grupos do balanço patrimonial que são extremamente
importantes: o passivo e o patrimônio líquido.

Vamos à aula?

Um abraço.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

2 PASSIVO

Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a


sociedade tem perante terceiros. Estudaremos agora os seus aspectos
amiúde.

2.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE

O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante


e não circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição


de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante,
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se
tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do
art. 179 desta Lei.

Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para


contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS
a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.

Além disso, já vimos diversas vezes a definição prevista no CPC 00 para passivo:
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados,
cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes
de gerar benefícios econômicos.

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(CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Segundo a


teoria contábil, uma condição indispensável para que um item patrimonial seja
definido como um passivo é que

a) o vencimento da obrigação se dê em uma data futura previamente acordada


entre as partes.
b) o devedor saiba que possui uma dívida e o credor tenha reconhecido o direito
de receber.
c) o valor da obrigação seja líquido e certo.
d) a obrigação exista no momento presente, fruto de eventos passados.
e) o sacrifício futuro de um ativo para satisfazer a obrigação seja uma decisão do
devedor.

Comentários:

Gabarito  D

2.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS

O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a edição da


MP 449 e Lei 11.941/2009.

Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas, que fica no passivo
não circulante. O saldo que porventura existente no REF deve ser reclassificado
para receita diferida.

O exemplo clássico explorado pelas bancas de resultado de exercícios futuros


(agora receita diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos
antecipadamente. São diversas questões da banca que versam sobre este tema.

Exemplo!

Vamos supor que uma empresa tenha um imóvel para alugar. Ela aluga o imóvel
por 2 anos, recebendo R$ 24.000 adiantados.

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A questão agora é a seguinte: se o inquilino desocupar o imóvel, a empresa


deverá devolver o aluguel recebido antecipadamente?

Se sim, então a contabilização fica assim:

D - Caixa (Ativo) 24.000


C - Aluguel recebidos antecipadamente (Passivo) 24.000

Caixa (Ativo) Alugueis receb. ante. (Passivo)


24.000,00 24.000,00

Depois de um mês, a empresa contabiliza a receita de um mês de aluguel (esse,


não precisa mais devolver):

D - Aluguel recebido antecipadamente (Passivo) 1.000


C - Receita de aluguel (Resultado) 1.000

Receita de Aluguel (Res) Alugueis receb. ante. (Passivo)


1.000,00 1.000,00 24.000,00

E assim por diante, até zerar a conta no passivo. Vejam que é uma conta do
passivo, não é receita diferida! Fica no passivo, pois a empresa pode ter que
devolver o dinheiro (se o inquilino romper o contrato e desocupar o imóvel antes
do término).

Muito bem. Mesma situação, aluguel de imóvel por 2 anos, com R$ 24.000
recebidos adiantados, mas com a condição de que a empresa não precisa
devolver o dinheiro, caso o inquilino desocupe o imóvel.

Nesse caso, o dinheiro já é da empresa, mas a receita tem que ser contabilizada
por competência, conforme a passagem do tempo.

A contabilização é igual, mas, ao invés de ficar creditada em conta do passivo


(aluguel recebido antecipadamente), fica contabilizada em conta de receita
diferida, no Passivo não circulante, e vai para o resultado mês a mês.

Explicando novamente! Muitos alunos perguntam se “todas as receitas


diferidas são classificadas no passivo não circulante, independente do
prazo”. Entendam! A receita diferida é uma receita que a empresa já "ganhou"
(não precisa devolver), mas ainda não pode ir para o resultado por causa do
regime de competência. Assim, não há sentido coloca-la no passivo circulante,
pois a receita diferida não será paga a ninguém. E passivo implica em um
pagamento a terceiro. Tudo bem?

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(CESPE/Contador/DPU/2016) O valor das vendas de ingressos para os Jogos


Olímpicos de 2016, ocorridas em abril de 2015, deve ser reconhecido no balanço
patrimonial do exercício de 2015 da empresa vendedora como um passivo
exigível.

Comentários:

O CESPE deu o gabarito como correto, entendendo que o cliente comprou o


ingresso e tem direito a retira-lo nas condições acordadas, em dia e hora
específicos. Portanto, nesta hipótese, configurou-se uma obrigação para a
empresa e não uma receita diferida.

Gabarito  Correto.

3 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em


que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo
desse ciclo.

Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo
como para o passivo.

O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para
comprar matéria-prima, produzir, vender e receber.

Ciclo operacional empresa industrial

Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias,


venda e recebimento dos clientes.

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Ciclo operacional empresa comercial

Vamos explicar esta situação por meio de uma questão abordada em 2009, pela
FCC, para o concurso de Analista Judiciário do TRT 3ª região:

(FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria


e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas
são adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente
20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas
a prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da
empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas
informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C,
respectivamente, no

(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado.


(B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo.
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado.
(D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo
imobilizado.
(E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a
longo prazo

Comentários

Empresa A: Demora 400 dias para produzir. Portanto, seu ciclo operacional será
maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo
Circulante.

Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das


vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a
custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante.

Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado.

O gabarito, portanto, é a letra a.

Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano.

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Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e


temos uma fábrica de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2 anos,
teremos que todas as obrigações e direitos que vencerem até 31 de dezembro
de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A partir deste momento é que
haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o exercício social
continua a ter a duração de um ano.

(CEPERJ/Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2013) Na companhia em


que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação
de contas no circulante ou longo prazo terá por base o prazo:

a) legal estatutário
b) do ciclo operacional
c) do exercício social
d) do ano comercial
e) estipulado pela CVM

Gabarito  B.

4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

4.1 CONCEITO E ESTRUTURA

O patrimônio líquido, como há muito estamos dizendo, é considerado como sendo


o capital dos sócios (capital próprio) empregado nas atividades empresariais.

De acordo com a Lei 6.404/76:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de


avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está


agora o patrimônio líquido:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI


11.941/09
Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

(FGV/Contador/Caruaru/2015) De acordo com a Lei nº 11.638/07, que


alterou a Lei nº 6.404/76, assinale a opção que indica a correta composição do
patrimônio líquido.

a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados.


b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros
e prejuízos acumulados.
c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados.
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas
de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.

Gabarito  D.

4.2 CAPITAL SOCIAL

Quando os sócios resolvem iniciar uma atividade, um dos requisitos para o início
é a existência do chamado capital social. Os sócios precisam aportar bens para
que essa companhia possa aplicar e dar início às atividades.

O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição


da sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e
capital social a realizar. A lei das S.A´s dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

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No balanço fica assim:

Patrimônio Líquido
Capital social 10.000,00
(-) Capital social a realizar -4.000,00
Capital social realizado 6.000,00

Exemplo 1:

Constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.

Lançamento:

D – Caixa 100.000,00
C – Capital Social 100.000,00

Caixa (Ativo) Capital social (PL)


100.000,00 100.000,00

Exemplo 2:

A sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo


apenas R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio,
lançaremos:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00
C – Capital Social (PL) 100.000,00

Caixa (Ativo) Capital social (PL) Cap. Soc. Integr. (Ret. PL)
50.000,00 100.000,00 50.000,00

Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em
dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

(CESPE/Analista Contábil/MPU/2015) O capital social integralizado pelos


sócios deve ser discriminado, em uma única conta, pelo seu montante, sem
qualquer dedução.

Gabarito  Errado.

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4.2.1 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES

Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser
tratados como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor
obtido do capital social.

Gastos com emissão de ações:

Despesas do período
Redução do valor obtido do capital social

Para o Imposto de Renda, conforme Lei 12.973/14:

“Despesa com Emissão de Ações

Art. 38-A. Os custos associados às transações destinadas à obtenção de recursos


próprios, mediante a distribuição primária de ações ou bônus de subscrição
contabilizados no patrimônio líquido, poderão ser excluídos, na determinação do
lucro real, quando incorridos.”
“Art. 38-B. A remuneração, os encargos, as despesas e demais custos, ainda
que contabilizados no patrimônio líquido, referentes a instrumentos de capital ou
de dívida subordinada, emitidos pela pessoa jurídica, exceto na forma de ações,
poderão ser excluídos na determinação do lucro real e da base de cálculo de
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido quando incorridos.

4.3 RESERVAS DE CAPITAL

Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer


característica de exigibilidade atual ou futura. São, como o próprio nome indicam,
reservas. Basicamente, temos duas espécies de reservas, ambas classificadas no
patrimônio líquido: as de lucros e as de capital.

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou


de terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam
pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de
Patrimônio Líquido.

Com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s:

Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que


registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte


do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações
de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

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Reservas de capital
Ágio na emissão de ações
Produto da alienação de partes beneficiárias
Produto da alienação de bônus de subscrição

O item a corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”.

Já no item b, partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e


estranhos ao capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação.
As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual
contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais – no máximo
10% (LSA, art. 46, caput, e §1º). Por seu turno, os bônus de subscrição são
títulos de credito emitidos no limite do capital social autorizado no estatuto e dão
aos titulares o direito de subscrever ações da companhia.

Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e 11.941)


as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de
debêntures não serão mais classificados como reservas de capital,
devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da
Competência.

4.3.1 UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL

Sobre a utilização das reservas de capital...

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas


de lucros (artigo 189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes
for assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Utilização das reservas de capital


Absorção de prejuízos (não suportados por reservas de lucros e lucros
acumulados)
Resgate, reembolso, compra de ações
Resgate de partes beneficiárias
Incorporação ao capital social
Pagamento de dividendos a ações preferenciais, se for assegurado

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Vê-se, assim, que as reservas de capital somente podem ser utilizadas para
pagamento de dividendos de ações preferenciais. Não podem ser
utilizadas para pagamento de dividendos de ações ordinárias.

Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto. As


preferenciais são aquelas que não dão, em regra, direito a voto, mas
possuem outras vantagens, geralmente relacionadas ao pagamento de maiores
dividendos.

Estudemos as reservas de capital pormenorizadamente:

4.3.2 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

Ágio, em linguajar comum, é o valor cobrado a maior por algo. Nas sociedades
por ações o estatuto social deve definir o valor do capital social, o número de
ações em que o capital se divide e se elas terão ou não valor nominal.

A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido pelo
número de ações emitidas.

O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor que


ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas.

No caso de emissão de ações sem valor nominal, o ágio na emissão de ações será
o valor da contribuição do subscritor que ultrapassar a importância destinada ao
capital social.

Explicamos. Quando formamos uma entidade, dizemos que cada ação terá o valor
nominal de x (mas as ações podem não ter valor nominal, sem problemas). Se a
pessoa entrar na sociedade e entregar x + 1, então esse 1 será o ágio na emissão
da ação. O excesso é levado a uma conta de reserva de capital, que recebe essa
denominação.

Suponha-se que a empresa X possua um capital social de R$ 100.000,00,


configurando 100.000,00 ações a R$ 1,00 cada. Mostrando-se uma empresa
extremamente lucrativa, decide expandir o seu negócio oferecendo ao mercado
mais 100.000,00 ações. Todavia, cobra dos novos sócios não mais o aporte de
R$ 1,00, mas, sim, de R$ 1,50. Mesmo assim, as ações foram rapidamente
vendidas e mais R$ 150.000,00 ingressaram aos cofres da empresa. O
lançamento é o seguinte:

D – Caixa 150.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)
C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações 50.000,00 (PL)

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Caixa (Ativo) Capital social (PL) Ágio Emissão Ações


150.000,00 100.000,00 50.000,00

4.3.3 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO

Segundo a Lei das SA:

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem
valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".

§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito


eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais
(artigo 190).

Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas ao capital social. Diferem


das ações, pois não dão direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o
de participação da administração. Não se confundem também com as debêntures,
uma vez que não dá direito creditório contra a companhia para os que as
possuem.

O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra chave.

A emissão das partes beneficiárias é exclusiva de cias fechadas (LSA, art.


47). Como já dito, a participação nos lucros deve ser menor do que 10%.

As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições


determinadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral, ou atribuídas a fundadores,
acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à companhia
(LSA, art. 47). Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias gera
lançamento contábil.

Assim, se os administradores de uma companhia, que tanto contribuíram para o


seu crescimento, resolvem aposentar, e os novos administradores, como forma
de reconhecimento deste trabalho, alienam partes beneficiárias a esses antigos
administradores, por R$ 100.000,00. O lançamento é o que se segue:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 100.000,00
(PL).

Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. PB


100.000,00 100.000,00

A LSA dispõe que:

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Art. 200. Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de


partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

A contabilização na alienação de partes beneficiárias é a seguinte:

Digamos que a empresa resgate R$ 40.000. A contabilização fica assim:

D – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 40.000,00


(PL).
C - Caixa (Ativo) 40.000

Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. PB


100.000,00 40.000,00 40.000,00 100.000,00

Reserva de capital - Partes beneficiárias


Exclusiva para companhias fechadas
Estranhas ao capital social
Lucro eventual contra a companhia (menor que
10%)
Gera lançamento somente a alienação onerosa

Falamos sobre as partes beneficiárias.

Veremos agora os bônus de subscrição. Segundo a LSA, art. 75, a companhia


poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado no estatuto
(artigo 168), títulos negociáveis denominados "bônus de subscrição". Os bônus
de subscrição conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do
certificado, direito de subscrever ações do capital social, que será exercido
mediante apresentação do título à companhia e pagamento do preço de emissão
das ações. Os antigos acionistas detêm a preferência para aquisição de novas
ações emitidas por uma companhia. Todavia, o bônus de subscrição retira este
direito relativamente a algumas ações. Vejamos:

Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver autorização para o


aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência para os
antigos acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do art. 171, de
ações e debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição, cuja
colocação seja feita mediante:

I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou


II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle, nos termos
dos arts. 257 e 263.

Se a empresa X emite R$ 100.000,00 em bônus de subscrição, o lançamento é o


que se segue:

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D – Caixa 100.000,00
C – Reserva de Capital – Produto da alienação de bônus de subscrição 100.000,00

Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. BS


100.000,00 100.000,00

4.3.4 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS

As doações e subvenções para investimentos governamentais (tão-


somente, excluem-se as privadas) eram contabilizadas como reserva de
capital. Contudo, com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas
receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registradas (depois da
apuração do resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).

Assim, esses casos valem, por exemplo, para terrenos que sejam doados pelo
governo, dinheiro, veículos, entre outros. Estudemos.

Doações em dinheiro – sem contrapartida

No caso de doações em dinheiro, o lançamento é o que se segue:

D – Caixa 10.000,00 (Ativo)


C – Receitas – Doações 10.000,00 (Resultado)

Subvenção sujeita à condição:

O CPC 07 que rege o tema dispõe que:

12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo
do período confrontada com as despesas que pretende compensar, em base
sistemática, desde que atendidas às condições desta Norma. A subvenção
governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.

Exemplificando: uma subvenção que transfira a propriedade definitiva de um


terreno pode ter como condição a construção de uma planta industrial e é
apropriada como receita na mesma proporção da depreciação dessa planta.
Poderão existir situações em que essa correlação exija que parcelas da subvenção
sejam reconhecidas segundo critérios diferentes.

Vejamos como contabilizar com uma questão cobrada no concurso para Agente
Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo: A Cia. Poente recebe da prefeitura do
município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00, assumindo o compromisso
de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de R$
15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.

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Passo 1 – Contabiliza a subvenção no passivo:

Primeiro passo, quando saberemos se uma subvenção será registrada? São dois
os requisitos estatuídos pelo CPC 07, a saber:

7. Subvenção governamental, inclusive subvenção não monetária a valor justo,


não deve ser reconhecida até que exista segurança de que:

(a) a entidade cumprirá todas as condições estabelecidas; e


(b) a subvenção será recebida.

Na questão, o governo efetuou a doação à empresa, mas com condições.


A empresa deve instalar um parque fabril.

Como o terreno ainda não pertence à empresa, pois ela deve instalar um
parque fabril, não podemos reconhecer esta subvenção (doação) no
resultado. Se a empresa não instalar o parque fabril, ela deverá devolver
o terreno. Portanto, vamos registrar um passivo!

O lançamento do registro inicial é o que se segue:

D - Imobilizado - Terreno R$ 1.000.000,00


C - Passivo - Doações e subvenções R$ 1.000.000,00

Terrenos (Ativo) Doações e subvenções (Passivo)


1.000.000,00 1.000.000,00

Passo 2 – Cumpriu as condições? Transfere do passivo para receita


diferida, pois ela “ganhou” o terreno. Mas a receita só vai para o
resultado com o decurso do tempo, por competência.

16. É fundamental, pelo regime de competência, que a receita de subvenção


governamental seja reconhecida em bases sistemáticas e racionais, ao longo do
período necessário e confrontada com as despesas correspondentes. Assim, o
reconhecimento da receita de subvenção governamental no momento de seu
recebimento somente é admitido nos casos em que não há base de alocação da
subvenção ao longo dos períodos beneficiados.

A receita de subvenção deve ser apropriada conforme vai ser realizando, e não
numa única etapa. Na maioria dos casos essa correlação pode ser feita, e a
subvenção é reconhecida em confronto com as despesas correspondentes.

Semelhantemente, subvenção relacionada a ativo depreciável deve ser


reconhecida como receita ao longo do período da vida útil do bem e na mesma
proporção de sua depreciação.

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Esse item 17 é importantíssimo para a prova: A subvenção não deve ser


reconhecida de imediato em seu recebimento. A receita deve ser correlacionada
com as despesas correspondentes.

Vamos supor que a empresa tenha instalado o parque fabril (ao custo de
15.000.000, e com vida útil estimada em 10 anos). Após a instalação, a
empresa "ganhou" o terreno (cumpriu a condição necessária).

Assim, deve ser feita a seguinte contabilização:

D - Passivo - Doações e subvenções 1.000.000


C - Receita diferida (PNC) 1.000.000

Doações e subvenções (Passivo) Receitas diferidas


1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00

Após cumprir as condições, o valor da doação passa para receita diferida


(já pertence à empresa). Mas o reconhecimento da receita deve ser
realizado por competência.

Passo 3 – Lança o valor como receita, na mesma proporção das despesas


correlatas.

Após um ano, a empresa terá reconhecido como despesa de depreciação da


unidade fabril o valor de $ 1.500.000. E deverá reconhecer também a receita da
subvenção (doação do terreno), na mesma proporção.

Portanto:

Pela depreciação da fábrica:

D - Depreciação (resultado) 1.500.000


C - Depreciação acumulada (ANC) 1.500.000

Pelo reconhecimento da receita de subvenção (1/10 do total)

D - Receita diferida (PNC) 100.000


C - Outras receitas (resultado) 100.000

E assim por diante, até reconhecer toda a receita em 10 anos.

Passo 4 – Constituição facultativa da Reserva de Incentivos Fiscais

Muito bem. A Doação e Subvenção para investimento era contabilizada como


Reserva de Capital, como mencionamos no início deste tópico. Agora, transita

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pelo Resultado do Exercício. Isso leva a um aumento do lucro, que deveria


resultar num aumento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido. Mas isso iria aumentar a carga tributária, prejudicando as
empresas.

Para evitar a tributação, as empresas podem constituir uma reserva de Lucro,


chamada reserva de incentivos fiscais, conforme a Lei 12.972/14:

Subvenções Para Investimento

Art. 30. As subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou


redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de
empreendimentos econômicos e as doações feitas pelo poder público não serão
computadas na determinação do lucro real, desde que seja registrada em reserva
de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de
1976, que somente poderá ser utilizada para: (Vigência)

I - absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente


absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da Reserva Legal; ou
II - aumento do capital social.

§ 1o Na hipótese do inciso I do caput, a pessoa jurídica deverá recompor a


reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes.
§ 2o As doações e subvenções de que trata o caput serão tributadas caso não
seja observado o disposto no § 1o ou seja dada destinação diversa da que está
prevista no caput, inclusive nas hipóteses de:

I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular,


mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência
será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de
doações ou subvenções governamentais para investimentos;
II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital
social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da doação ou da subvenção, com
posterior capitalização do valor da doação ou da subvenção, hipótese em que a
base para a incidência será o valor restituído, limitada ao valor total das exclusões
decorrentes de doações ou de subvenções governamentais para investimentos;
ou
III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

§ 3o Se, no período de apuração, a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou


lucro líquido contábil inferior à parcela decorrente de doações e de subvenções
governamentais e, nesse caso, não puder ser constituída como parcela de lucros
nos termos do caput, esta deverá ocorrer à medida que forem apurados lucros
nos períodos subsequentes.

Então, resumindo o tratamento da subvenção que esteja sujeita à condição.


Como resolvemos questões.

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Vai para o Cumpre a


Recebe o terreno
passivo condição

Vai para receita


Regime de Vai para receita
(proporção das
competência diferida
despesas)

Pode constituir
reserva de 9
incentivos fiscais

4.3.5 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

Pessoal, quando a empresa quer captar empréstimos junto ao público, ela pode
optar pela emissão de debêntures.

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de


capital. Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser
apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de
competência.

Prêmio na emissão de debêntures

Reservas de capital
Receita no resultado: regime de competência

As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma


alternativa ao lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários,
para captação de recursos. Não podem ser confundidas com as ações, pois não
são títulos de propriedade. Não se confundem também com os empréstimos, uma
vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a instituições
financeiras.

Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da


legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de
Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como juros,
garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.

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Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000


debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$
1,50 pelo referido título, lançaríamos:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC)
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL)

Caixa (Ativo) Debêntures a pagar (PNC) RC - Prêmio Emi. Debent.


15.000,00 10.000,00 5.000,00

Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora


registrada da seguinte forma:
b
D – Caixa 15.000 (Ativo)
C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C – Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas)

Caixa (Ativo) Debêntures a resgatar (PNC) Receitas diferidas


15.000,00 10.000,00 5.000,00

Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos,


deveremos apropriar ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00 por
ano, através do seguinte lançamento:

D - Receitas recebidas antecipadamente - 500,00 (PNC – Receitas diferidas)


C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado)

Receitas diferidas Receitas financeiras


500,00 5.000,00 500,00

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva


específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto
de Renda (Lei 12973/14).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal
reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.

A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse


valor transitou pelo resultado do exercício.

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(CESPE/Analista/STJ/2015) A captação de recursos por meio de debêntures


gera um passivo para a sociedade emissora do título. Em caso de debêntures
emitidas com prêmio, o valor desse prêmio também será reconhecido em conta
de passivo e deve ser apropriado ao resultado ao longo do prazo de vigência das
debêntures.

Gabarito  Correto.

4.4 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL


b
Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva
de reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação
patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome.

A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que


poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir.

Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar


como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente. A nova
redação prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,


enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos
a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

Ajuste de avaliação patrimonial


Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou
passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo

Veremos, na próxima aula, os casos em que os aumentos e diminuições de valor


de elementos do ativo são contabilizados na conta Ajuste de Avaliação
Patrimonial.

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4.5 AÇÕES EM TESOURARIA

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria


empresa e mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria
e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios
e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

Este assunto aparece na Lei 6404/76:

8
Negociação com as Próprias Ações

Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações.

§ 1º Nessa proibição não se compreendem:

a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei;


b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até
o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital
social, ou por doação;
c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em
tesouraria;
d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em
dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou
igual à importância que deve ser restituída.

§ 2º A aquisição das próprias ações pela companhia aberta obedecerá, sob pena
de nulidade, às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, que
poderá subordiná-la à prévia autorização em cada caso.

§ 3º A companhia não poderá receber em garantia as próprias ações, salvo para


assegurar a gestão dos seus administradores.

§ 4º As ações adquiridas nos termos da alínea b do § 1º, enquanto mantidas em


tesouraria, não terão direito a dividendo nem a voto.

§ 5º No caso da alínea d do § 1º, as ações adquiridas serão retiradas


definitivamente de circulação.

A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar
negociação com informações privilegiada. Ou seja, a empresa não pode negociar
suas próprias ações de forma habitual. É permitida, entretanto, a aquisição, para

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permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social. Para isso, a


compra é suportada pelo saldo das reservas, exceto a Reserva Legal.

Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do


capital mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço
destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser restituída. Nesse
caso, ocorre a diminuição do Capital Social.

As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto.

Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da


própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição
de tais ações.

Os custos de transação incorridos na alienação


a de ações em tesouraria devem
ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação,
resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na
conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não
afetando o resultado da entidade.

Operações com ações em tesouraria


Custos de transação na aquisição Acréscimo do custo de aquisição
Custos de transação na alienação Redução do lucro ou acréscimo do prejuízo

A ESAF já cobrou:

(ESAF/STN/2013) Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações


da própria empresa, para manutenção em tesouraria, devem ser registrados
como:

a) outras despesas operacionais, no resultado.


b) acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido.
c) despesa diferida no ativo, sendo apropriada no resultado quando da venda das
ações.
d) diminuição do valor do investimento no ativo não circulante.
e) redução do lucro ou prejuízo diretamente no Patrimônio Líquido.

Gabarito  B

4.5.1 AÇÕES EM TESOURARIA! PREVISÃO NA LEI 6.404/76:

Lei 6404/76

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como


dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.

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O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:

(Cespe) A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor


do disponível e também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os sócios
resolvem aumentar o capital da empresa em dinheiro.

O item está correto. O lançamento, pela aquisição, é o seguinte:

D – Ações em tesouraria (Redutora do PL)


C – Caixa (- Ativo)

Pela alienação, lançamos o seguinte:

D – Caixa (Ativo)
C – Ações em tesouraria (PL)

Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de
reserva de capital, pelo seguinte lançamento: (supondo que a empresa vendeu
ações em tesouraria que custaram $1000 por $2500).

D – Caixa (Ativo) 2.500


C – Ações em tesouraria (PL) 1.000
C – Reserva de capital-lucro na alienação de ações em tesouraria (PL) 1.500

A previsão para constituir reservas de capital com estes valores encontra respaldo
na seguinte legislação:

Instrução CVM nº 10 de 14 de fevereiro de 1980.

Dispõe sobre a aquisição por companhias abertas de ações de sua própria


emissão, para cancelamento ou permanência em tesouraria, e respectiva
alienação.

Art. 18. O resultado líquido proveniente da alienação de ações em tesouraria


será apurado com base no custo médio ponderado na data da operação e será
contabilizado:

a) se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica;


b) se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrarem a
origem dos recursos aplicados em sua aquisição.

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A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios.


E o lucro ou prejuízo (melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios
fica no PL, não no Resultado.

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de
capital, semelhante à reserva de prêmio na emissão de ações.

- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro
para a aquisição das ações em tesouraria.

Operações com ações em tesouraria


Ganho com ações em tesouraria PL: Reserva de capital
Perda com ações em tesouraria PL: diminuindo a reserva

Exemplo de contabilização:

A empresa ABC comprou $10.000 de ações em tesouraria, suportadas por uma


reserva estatutária no valor de $50.000:

D – Ações em Tesouraria (Retificadora do PL) 10.000


C – Caixa (Ativo) 10.000

Ações em tesouraria Caixa


10000 10000

No balanço, fica assim:

Patrimônio Líquido

Capital Social xxxxx,xx


Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 50.000
Ações em Tesouraria (10.000) 40.000

Digamos que a empresa venda tais ações por 7.000. A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 7.000


D – Reserva Estatutária (PL) 3.000
C – Ações em tesouraria (PL) 10.000

No Balanço, após a alienação:

Patrimônio Líquido

Capital Social xxxxx,xx


Reserva Legal xxx,xx

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Reserva Estatutária 47.000

(FGV/Analista/DPE/MT/2015) Uma empresa possuía, em 31/12/2013, R$


200.000,00 em ações em tesouraria. No ano de 2014, a empresa alienou metade
dessas ações por R$ 130.000,00.

Em suas demonstrações contábeis, a empresa deverá evidenciar o saldo positivo


de R$ 30.000,00 do seguinte modo:

a) como Resultado Operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício.


b) como Outros Resultados Operacionais, na Demonstração do Resultado do
Exercício.
c) como Ajustes de Exercícios Anteriores, na Demonstração de Mutações do
Patrimônio Líquido.
d) como Reserva de Capital, no Balanço Patrimonial.
e) como Reserva de Lucros, no Balanço Patrimonial.

Comentários:

A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios.


E o lucro ou prejuízo (melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios
fica no PL, não no Resultado.

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de
capital, semelhante à reserva de prêmio na emissão de ações.
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro
para a aquisição das ações em tesouraria.

Gabarito  D.

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4.6 RESERVAS DE LUCROS

As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do


período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma
sociedade, e posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa não
entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos, seja
para resguardar o capital social.

Segundo a Lei das S.A´s:

Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas


constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são


zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter
três destinações:

1) Dividendos (para os sócios);


2) Reservas de lucros;
3) Aumento do capital social.

Dividendos

Lucro do período Reservas de lucros


DRE

Capital social

Assim, se a empresa tem receitas de 2.000, despesas de 1.000, terá um lucro de


1.000 (2.000 – 1.000). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para
aumento do CS ou pode ir para reserva de lucros (se atendidos os requisitos
legais).

Com a alteração da lei das S.A a conta antigamente denominada lucros ou


prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou
seja, haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em
conta específica do PL.

As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:

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Reservas de lucros
Reserva legal
Reservas estatutárias
Reservas para contingências
Reservas de incentivos fiscais
Reservas de retenção de lucros
Reserva de lucros a realizar
Reserva especial para dividendos obrigatórios não
distribuídos
Reserva de prêmio na emissão de debêntures

Existe um limite máximo para essas reservas, a saber:

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de


incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social.
Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na
integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

A Lei 11.941/2009, art. 19, incluiu, entre as reservas acima, a reserva específica
de prêmio de debêntures.

Assim, gravemos:

Reserva de lucros < Capital social


Exceções: reserva de incentivos fiscais, reserva de contingência, lucros a realizar, prêmio na
emissão de debêntures.

Isso equivale a dizer:

Reserva legal + Reserva estatutária + Reserva de retenção de lucros +


Reserva especial para pagamento de dividendos < Capital Social

Na verdade, podemos dizer que é menor ou igual, pois se for igual não há
ultrapassagem.

Falemos agora sobre cada uma dessas reservas:

4.6.1 RESERVA LEGAL

Segundo a lei das S/A´s:

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados,
antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não
excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

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§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que


o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata
o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e


somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Esquematizemos:

Reserva legal  5% do LLE  Limitado a 20% do capital social.

Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a


empresa.

Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social.

Limite! Mas, professores, por que há limitação, se a finalidade da reserva legal


é manter a integridade do capital social? Não é correto dizer que quanto “mais
reserva legal melhor”? A explicação é que não podemos constituir reservas
indefinidamente, a ponto de prejudicar os acionistas minoritários, eis o motivo
de a Lei 6.404/76 impor um limite.

Saber também da sua utilização é também extremamente importante para


concursos: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou
aumentar o capital social.

Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual


seja, quando ela, somada às reservas de capital, atingir o montante de 30% do
capital social. Grave-se!

Mas no limite obrigatório, o montante da reserva legal está limitado a 20% do


capital social subscrito ou 20% do capital realizado?

4.6.1.1 CAPITAL SUBSCRITO OU REALIZADO PARA O LIMITE?

Atenção! Para o cálculo da reserva legal, as bancas consideram o capital


realizado. Somente a ESAF ia na contramão, considerando o capital
subscrito. Todavia, nos concursos recentes, tal como STN, em 2013, e
Auditor Fiscal da Receita Federal, em 2014, ela considerou para o cálculo
o valor do capital realizado.

4.6.1.2 RESERVA LEGAL X PREJUÍZO ACUMULADO

Por fim, falemos sobre um outro ponto importante, qual seja, a relação entre a
reserva legal e o prejuízo acumulado existente.

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O IR, as participações e as reservas devem ser calculados sobre o lucro. Mas,


não há lucro se a empresa tem prejuízos acumulados.

Vamos imaginar uma empresa formada há 5 anos com capital, já devidamente


integralizado, de 100.000.000. Nos primeiros 4 anos, acumulou prejuízos de
10.000.000. No último ano, apurou lucro de 3.000.000.

Se a empresa distribuir dividendos ou pagar participação com base no resultado


do último ano, sem descontar os prejuízos acumulados, ela não estará
distribuindo lucro; estará distribuindo capital. Isto leva a crer em dissolução
disfarçada da empresa.

Primeiro, ela deve gerar lucro suficiente para cobrir o prejuízo e recompor o
capital social. Só depois ela estará apresentando lucro, e aí poderá atender seus
compromissos com dividendos, participações, e reservas.

Vamos olhar o PL da empresa acima logo após apurar o lucro do exercício de


3.000.000 (antes de IR e participações):

Capital social 100.000.000


Prejuízo acumulado (10.000.000)
Lucro do exercício 3.000.000
Total do Patrimônio Líquido 93.000.000

Os sócios investiram 100 milhões, e estão com 93 milhões. Como se pode falar
em lucro nesta situação? Os 3.000.000 do último exercício reduziram o prejuízo
dos acionistas. Mas não há lucro para ter participações, pelo contrário, a empresa
ainda apresenta um prejuízo acumulado de 7 milhões.

E quanto à reserva legal? Não poderíamos calcular 5% do lucro e constituir


reserva legal?

Ainda não. A reserva legal destina-se a garantir a integridade do capital social


(tanto que só pode ser usada para cobrir prejuízos ou para ser incorporada ao
capital).

Assim, se há prejuízo, não há sentido em constituir a reserva legal. O


capital já está afetado, e a reserva legal, se houvesse, deveria ser usada para
compensar prejuízos.

Portanto, se há prejuízos acumulados, o lucro do exercício deve ser destinado a


cobrir o prejuízo, sem qualquer participação ou destinação.

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Antes de qualquer
5% do lucro líquido
destinação

Obrig.: 20% do capital


social realizado
Limites
Reserva legal
Facult.: Res. Leg. + Res.
Cap. = 30% Cap. Soc.
Integridade do capital
social
Aumentar capital

Utilização

Compensar prejuízos

4.6.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS

As reservas estatutárias são reservas constituídas com base no lucro líquido da


companhia. E devem estar previstas no estatuto. Segundo a LSA:

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;


II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão
destinados à sua constituição;
III - estabeleça o limite máximo da reserva.

Reservas estatutárias. Podem ser previstas no estatuto,


se:
Indicar a sua finalidade
Fixar os critérios
Fixar a parcela a ser destinada
Estabelecer o limite máximo

4.6.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS

A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar


parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em
exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável,
cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).

A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista


e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da
reserva (LSA, art. 195, §1º).

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A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que


justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art. 195, §2º).

O termo contingência, em contabilidade, quando usada sem nenhuma


qualificação (como ativa ou passiva), é usado para se referir a problema previsto,
sobre o qual existe dúvida acerca de sua ocorrência.

As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o capital


social, de modo que se posteriormente algo acontecer, decorrente de perda
julgada provável cujo valor possa ser estimado, a companhia esteja preparada.

Exemplo extraído do Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI (pág. 350):

Podem ser constituídas reservas de contingências para:

- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com


plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda
as que dependem desses produtos para suas operações,
como no caso de empresas comerciais ou industriais
que utilizem tais produtos como matérias-primas em
seu processo produtivo.

- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que


podem ocorrer ciclicamente nas áreas onde se localizam
estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos
efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária
das operações.

Suponhamos que tal perda provável possa ser estimada em um montante de R$


100.000,00. A empresa, então, lançará:

D – Lucros acumulados 100.000,00


C – Reserva para contingências 100.000,00

Lucros acumulados (PL) Reservas para contingências (PL)


100.000,00 100.000,00

Se essa perda vier realmente ocorrer, havendo um prejuízo no exercício


subsequente no montante de R$ 100.000,00, o patrimônio líquido ficará da
seguinte forma:

Patrimônio Líquido

Capital Social 1.000.000,00

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Reserva para contingências 100.000,00


Prejuízos acumulados (100.000,00)
Total 1.000.000,00

Veja que a reserva para contingências realmente salvou o nosso capital social.
Se não tivéssemos constituído a reserva a empresa ficaria com um PL de
900.000,00 (1 milhão – 100.000). Entretanto, como houve a prudente
constituição, o capital social permanecerá intacto.

O lançamento de compensação da reserva com o Prejuízo é:

D –Reserva para contingências 100.000,00


C – Lucros/Prejuízos acumulados 100.000,00

Prejuízos acumulados (PL) Reservas para contingências (PL)


100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00

Importante distinção é a que devemos fazer entre a reserva para


contingências da provisão para contingências.

Uma excelente explicação sobre a diferença está nesta nota explicativa da CVM:

“Com o objetivo de dissipar eventuais dúvidas quanto à aplicabilidade da


constituição de reservas ou de provisão para contingências, estabelecemos a
seguir as características de cada uma. Os principais fundamentos para
constituição da reserva para contingência são:

a) Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não


repetitivos) ainda não incorridos, mediante segregação de parcela de lucros que
seria distribuída como dividendo;
b) Ocorrendo ou não o evento esperado, a parcela constituída será, em exercício
futuro, revertida para lucros acumulados, integrando a base de cálculo para efeito
de pagamento do dividendo e a perda, de fato ocorrendo, é registrada no
resultado do exercício;
c) É uma conta integrante do patrimônio líquido, no grupamento de reserva de
lucros.
d) Representa uma destinação do lucro líquido do exercício, contrapartida da
conta de lucros acumulados, por isso sua constituição não afeta o resultado do
exercício;

2. Quanto à provisão para contingências suas particularidades são:

a) tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já
ocorreu, mas não tendo havido, ainda, o correspondente desembolso ou perda.
Em atenção ao regime de competência, entretanto, há necessidade de se efetuar
o registro contábil;

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b) representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de perdas


extraordinárias, despesas ou custos e sua constituição normalmente influencia o
resultado do exercício ou os custos de produção;
c) deve ser constituída independentemente de a companhia apresentar, afinal,
lucro ou prejuízo no exercício;
d) visto que o evento que serviu de base à sua constituição já ocorreu, não há,
em princípio, reversão dos valores registrados nessa provisão. A pequena sobra
ou insuficiência é decorrente do cálculo estimativo feito à época da constituição;
e) não está sujeita à atualização monetária patrimonial (art. 185, LEI Nº
6.404/76) e sim à decorrente da natureza do evento que a originou;
f) finalmente, se a probabilidade for difícil de calcular ou se o valor não for
mensurável, há necessidade de uma nota explicativa esclarecendo o fato e
mencionando tais impossibilidades.”

Reserva para contingência Provisões para contingências

Compensação de perda em exercício futuro Cobertura de perda em que já houve fato gerador
Segrega no PL parcela de lucros que poderia ir para Constituída independente do lucro ou prejuízo do
dividendos exercício
É revertida para lucros acumulados (ocorrendo ou
Não há reversão de valores, em regra.
não o evento), integrando BC dos dividendos
Conta do passivo e contrapartida em despesa no
Conta do PL, reserva de lucros. Não afeta resultado
resultado.
Exemplos: geadas, inundações, secas, empresas
Exemplos: indenizações contratuais, contingências
que operam com períodos altamente lucrativos e
fiscais, trabalhistas
depois com baixa lucratividade

(CESPE/Contador/FUB/2015) O tempo é um fator que diferencia provisões


para contingências de reservas para contingências: as primeiras referem-se a
eventos passados, e as últimas, a futuros.

Gabarito  Correto.

4.6.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS

Falemos um pouco sobre esta nova reserva...

Dissemos anteriormente que as doações e subvenções governamentais,


antes do advento das mudanças contábeis, eram registradas à conta de
reserva de capital. Pois bem, agora essas doações são registradas como
receita (lembrem-se de que as receitas são contas de resultado).

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Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções


governamentais tenha deixado de figurar como reserva de capital, a companhia
poderá deliberar por formar com esse montante uma reserva de lucro, chamada
reserva de incentivos fiscais.

Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de


administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro
líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para
investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).

Assim, se o poder público faz uma doação de um terreno, no montante de R$


100.000,00, para a empresa Alfa, o lançamento para registro é o seguinte:

D – Terrenos 100.000,00
C - Outras Receitas – Doações do poder público 100.000,00

(*Lançamento somente para demonstração, pois vimos que é mais complexo).

O resultado (confronto das receitas com as despesas) deve ser encerrado ao fim
do exercício. Como esse controle (das receitas e despesas) é feito em uma
demonstração separada do Balanço Patrimonial, demonstração esta chamada
Demonstração do Resultado do Exercício, devemos transferir o valor do lucro ou
prejuízo para o Balanço Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido.

Supondo que tivemos um lucro de R$ 2.000.000,00. A transferência para o


Balanço Patrimonial se dá do seguinte modo...

D – Lucro Líquido do Exercício 2.000.000,00


C - Lucros/Prejuízos Acumulados 2.000.000,00

DRE Lucros acumulados


2.000.000,00 2.000.000,00 2.000.000,00

Ok? A transferência desta parcela para a reserva de incentivos fiscais se dará do


seguinte modo:

D – Lucros/Prejuízos Acumulados 100.000,00


C – Reserva de Incentivos Fiscais 100.000,00.

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DRE Lucros acumulados


2.000.000,00 2.000.000,00 100.000,00 2.000.000,00

RIF (PL)
100.000,00

Vejam que o saldo do lucro no balanço será de 1,9 milhões, valor este que terá
outras destinações.

Mais um detalhe! A receita da subvenção deve ser apropriada ao resultado de


acordo com as despesas geradas.

Por exemplo, a empresa recebeu uma máquina do governo para utilizar em sua
produção. A receita deveria ser apropriada de acordo com a despesa de
depreciação da máquina.

Se não houver condição e nem despesa relacionada, aí pode ir direto para o


Resultado.

4.6.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos


do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro
líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da
administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.

Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros


a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar
a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de reconhecida
contabilmente, pela empresa.

Imagine-se, então, uma empresa que, em 2015, só tenha efetuado vendas para
recebimento em 2017. Seria justo, assim, que procedesse esta empresa ao
pagamento de dividendos (remuneração dos sócios) em 2016? Talvez, não seria
viável financeiramente, pois nada entrará no caixa desta sociedade.

É este o intuito da reserva de lucros a realizar: evitar que a companhia pague


dividendos sobre receitas/lucros que ainda foram realizados, que não
entraram no caixa.

Um aspecto deveras importante é anotar que a constituição desta reserva é


facultativa.

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Assim, vamos exemplificar.

Uma empresa X tem a seguinte situação no exercício de 2015:

- Lucro derivado das vendas de curto prazo (recebimento em 2016): R$


100.000,00
- Lucro derivado das vendas de longo prazo (recebimento em 2017 ou
posteriormente): R$ 200.000,00.
- Dividendos obrigatórios a pagar: R$ 150.000,00.

Neste caso, podemos considerar que os dividendos que teremos de pagar aos
sócios ao termo de 2016 são maiores do que o entrou no meu caixa durante o
exercício. Teríamos R$ 50.000,00 (150.000 – 100.000,00) desacobertados de
recursos para pagamento deste dividendo.

Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada


de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em
2017 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores.

E o que é considerado como lucro não realizado? Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado


nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro
líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de
administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido


do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei
nº 10.303, de 2001)

I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Incluído


pela Lei nº 10.303, de 2001)
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de
ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra
após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007)

§ 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento


do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão
considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício
que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. (Incluído pela Lei nº
10.303, de 2001)

São considerados lucros não realizados:

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- Resultado positivo com equivalência patrimonial.


- Lucro, rendimento, ganhos cuja realização financeira se dê no longo
prazo

Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em
caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A
reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização.

As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins: pagamento
de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem.

(CESPE/Analista/MPU/2015) Considerando as disposições aplicáveis ao


patrimônio líquido de companhias abertas, julgue o item subsequente.

A reserva de lucros a realizar pode ser utilizada para o pagamento do dividendo


obrigatório ou para aumentar o capital social, desde que seja autorizado pelas
assembleias das companhias.

Gabarito  Errado.

O lançamento para constituição da reserva é o seguinte:

D – Lucros acumulados XXXX


C – Reserva de Lucros a realizar XXXX

A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da


realização de lucros o lançamento é o seguinte:

D – Reserva de Lucros a realizar XXXX


C – Lucros acumulados XXXX

Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento:

C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX


D – Lucros acumulados XXXX

4.6.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS

Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em


cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...)

Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social.


Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa
possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o
pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um

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volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em


recuperação judicial ou extrajudicial. Tal situação está prevista na Lei da SAs da
seguinte forma:

§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em


que os órgãos da administração informarem à assembleia-geral ordinária ser ele
incompatível com a situação financeira da companhia. O conselho fiscal, se em
funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na companhia
aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários,
dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembleia-geral, exposição justificativa
da informação transmitida à assembleia.

§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão


registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em
exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir
a situação financeira da companhia.

É só isso! Esse montante não distribuído fica incorporado ao patrimônio líquido


em reserva especial, sendo pago quando a situação permitir. No nosso exemplo,
com a quitação do empréstimo ou com a extinção da recuperação judicial ou
extrajudicial.

Lançamento:

D – Lucros acumulados (PL) XXX,XX


C – Reserva de lucros – dividendos não distribuídos XXX,XX

4.6.7 RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital.


Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao
resultado como receita, conforme o regime de competência.

Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da


legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de
Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como juros,
garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.

Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000


debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$
1,50 pelo referido título, lançaríamos:

D - Caixa 15.000 (Ativo)


C - Debêntures a pagar 10.000,00
(PNC)
C - Reserva de capital (prêmio emissão de debêntures) 5.000,00 (PL)

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Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora


registrada da seguinte forma:

D - Caixa 15.000 (Ativo)


C - Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C - Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC - Receitas diferidas)

Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos,


deveremos apropriar ao resultado R$ 500,00 por ano, através do seguinte
lançamento:

D - Receitas recebidas antecipadamente - 500,00 (PNC - Receitas diferidas)


C - Receitas financeiras 500,00 (Resultado)

Observação: usamos o método linear (juros simples) para fins didáticos. O


correto é usar o método exponencial (juros compostos).

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva


específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de
Renda (Lei 11.941/09).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal
reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.

A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse


valor transitou pelo resultado do exercício.

Para finalizar, vejamos o art. 31 da lei 12.973/14:

Prêmio na Emissão de Debêntures

Art. 31. O prêmio na emissão de debêntures não será computado na


determinação do lucro real, desde que

I - a titularidade da debênture não seja de sócio ou titular da pessoa jurídica


emitente; e
II - seja registrado em reserva de lucros específica, que somente poderá ser
utilizada para:
a) absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente
absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da Reserva Legal; ou
b) aumento do capital social.

§ 1o Na hipótese da alínea “a” do inciso II do caput, a pessoa jurídica deverá


recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos
subsequentes.

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§ 2o O prêmio na emissão de debêntures de que trata o caput será tributado


caso não seja observado o disposto no § 1o ou seja dada destinação diversa da
que está prevista no caput, inclusive nas hipóteses de:
I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular,
mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência
será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes do
prêmio na emissão de debêntures;
II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital
social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da emissão das debêntures, com
posterior capitalização do valor do prêmio na emissão de debêntures, hipótese
em que a base para a incidência será o valor restituído, limitada ao valor total
das exclusões decorrentes de prêmio na emissão de debêntures; ou
III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

§ 3o Se, no período de apuração, a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou


lucro líquido contábil inferior à parcela decorrente de prêmio na emissão de
debêntures e, nesse caso, não puder ser constituída como parcela de lucros nos
termos do caput, esta deverá ocorrer à medida que forem apurados lucros nos
períodos subsequentes.
§ 4o A reserva de lucros específica a que se refere o inciso II do caput, para fins
do limite de que trata o art. 199 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
terá o mesmo tratamento dado à reserva de lucros prevista no art. 195-A da
referida Lei.
§ 5o Para fins do disposto no inciso I do caput, serão considerados os sócios com
participação igual ou superior a 10% (dez por cento) do capital social da pessoa
jurídica emitente.

4.6.8 RESERVA DE RETENÇÃO DE LUCRO

Conforme a Lei 6.404/76:

Retenção de Lucros

Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,


deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de
capital por ela previamente aprovado.

§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação


da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos
e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco)
exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de
investimento.
§ 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que
deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver
duração superior a um exercício social.

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A finalidade dessa reserva é financiar projetos de investimentos, e não pode


afetar (diminuir) os dividendos obrigatórios. Mas, ao invés de distribuir todo o
lucro na forma de dividendos adicionais, a empresa pode constituir a reserva de
retenção de lucros.

Para isso, a empresa deve preparar um orçamento de capital, aprovado pela


Assembleia de acionistas, com todas as fontes e aplicações de capital, fixo ou
circulante.

O orçamento poderá ter prazo de até 5 exercício, salvo no caso de execução, por
prazo maior, de projeto de investimento.

Acabamos de falar, portanto, sobre as reservas de lucros.

Falaremos sobre os dividendos adicionais...

4.7 DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS

Como já dissemos, os dividendos representam a remuneração do capital dos


sócios. Quando você emprega dinheiro em uma sociedade, espera receber um
retorno. E o principal recebimento dos sócios são os dividendos.

Os dividendos são pagos caso haja lucro. Mas qual o valor? Como funciona?

Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em


cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...)

Portanto, a regra é a distribuição de dividendos obrigatórios ao final de


cada exercício social, pelo lançamento seguinte:

D – Lucros acumulados (PL)


C – Dividendos a pagar (passivo)

O primeiro ponto a salientar é que o estatuto é livre para fixar o percentual


que pagará a título de dividendos obrigatórios.

Em uma sociedade por ações, geralmente temos dois tipos de acionistas:


ordinários (que têm direito a voto) e preferenciais (que, geralmente, abrem mão
do seu direito a voto em troca de pagamento de dividendos melhores).

E se o estatuto não fixar o percentual, não fixar base de cálculo, não falar nada?

Pois bem, se o estatuto for omisso sobre o valor a ser pago a título de
dividendos, aplicamos a regra prevista no inciso I do artigo 202, que propõe:

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Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em


cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for
omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas:

I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes


valores:

a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e


b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e
reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores;

Caso seja omisso, temos de ajustar a base de acordo com o exposto acima.

Contudo, caso venha a fixar depois, não poderá fazê-lo em menos de 25%
do percentual do lucro líquido ajustado, mostrado acima.

Fica assim:

Dividendos
Estatuto expresso Fixa o quanto quiser
Lucro líquido do exercício
Estatuto omisso (base de - Reserva legal
cálculo): 50% do lucro líquido - Reserva para contingências
ajustado, que é encontrado + Reversão de reserva para contingências
da seguinte maneira - Reserva de incentivos fiscais (facultativo)
- Reserva emissão de debent. (facultativo)
Se fixar depois Mínimo 25% do valor do lucro ajustado acima

4.8 DIVIDENDOS ADICIONAIS

Os dividendos mínimos obrigatórios devem figurar no passivo, na data do


balanço.

Quanto aos dividendos adicionais, serão contabilizados ou não, dependendo da


data em que forem declarados. Ou seja, se a empresa fechar as demonstrações
contábeis em 31.12.X1, e declarar dividendos adicionais em janeiro ou fevereiro
de X2, tais dividendos não serão contabilizados no balanço de 31.12.X1. Serão
apenas divulgados em Nota Explicativa.

Por outro lado, os dividendos adicionais que forem declarados pela assembleia
geral ou outro órgão competente antes da data base das demonstrações
contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e, portanto, devem
figurar nas Demonstrações Contábeis da entidade.

A parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente como


uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela da

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proposta dos órgãos da administração à assembleia de sócios que exceder a esse


mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica,
do tipo “dividendo adicional proposto”, até a deliberação definitiva que vier a ser
tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo obrigatório não
se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já que a assembleia
dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo qualquer restrição
estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu pagamento ou por pagamento
por valor diferente do proposto.

Portanto, a contabilização dos dividendos fica assim:

TRATAMENTO DOS DIVIDENDOS

1) Dividendos obrigatórios: ficam contabilizados no Passivo, na data do


fechamento das demonstrações contábeis.
2) Dividendos adicionais:
2.1) Declarados após o período contábil: Não são contabilizados, sendo apenas
divulgados em Nota Explicativa.
2.2) Declarados antes do período contábil: ficam no Patrimônio Líquido, até a
aprovação pela Assembléia, quando são transferidos para o Passivo.

4.9 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL

Falaremos do adiantamento para aumento do capital social, que é o recurso


recebido pela empresa de seus sócios/acionistas para ser utilizado no aumento
do capital social.

Suponha que determinada empresa tenha recebido R$ 100.000,00 de


determinado sócio como adiantamento para um futuro ingresso na sociedade.

Nesta hipótese, como fazer a classificação?! O lançamento é o seguinte:

D - Bancos 100.000 (Ativo)


C - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (Passivo)

Mas por que passivo? Não é um sócio que está integralizando capital próprio?

Vejam, meus caros, que, na verdade, não está havendo integralização, mas
somente um adiantamento para uma FUTURA entrada do sócio, o que, de fato,
ainda não se concretizou.

Repito, classifica-se no passivo por se tratar de uma OBRIGAÇÃO da empresa


perante terceiros, haja vista que ainda não é integrante do quadro societário.

Quando houver a formalização da entrada do sócio, lançaremos:

D - Adiantamento para aumento de capital 100.000 (reduzindo o passivo)

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C - Capital social 100.000 (patrimônio líquido)

É este o lançamento EM REGRA.

Digo em regra, porque esses adiantamentos também poderão ser classificados


no patrimônio líquido, numa única hipótese: quando os recursos forem recebidos
com cláusula de absoluta condição de permanência na sociedade, não havendo,
assim, por que considerá-los como exigíveis. Nesta hipótese, o valor adiantado
deve ser considerado como destacado do capital social total da empresa.

Portanto, ficamos assim:

ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL

Regra  passivo exigível


Exceção  quando não houver hipótese de restituição = PL

4.10 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL.

A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço


Patrimonial, quando do fechamento da demonstração. Não é mais possível,
com as mudanças recentes advindas na contabilidade, que a empresa retenha
lucros injustificadamente. Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta
deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros
acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do
balanço), sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais
diversas finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo,


assim, saldo devedor.

Portanto, gravem:

- A conta lucros acumulados é uma conta temporária do patrimônio líquido. Ela


recebe o resultado do exercício que não mais pode ficar ali retiro
injustificadamente.
- A conta prejuízos acumulados pode continuar a existir normalmente.

Anote-se, ainda, que, nos termos da Resolução 1.157/2009 do CFC:

115. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se


unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços
do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Assim,
saldos nessa conta precisam ser totalmente destinados por proposta da

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administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia


geral ordinária.

116. Essa conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito
para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os
ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias
formas e destinar valores para reservas de lucros.

(FGV/Analista Contábil/DPE MT/2015) De acordo com a Lei nº 11.638/07,


assinale a opção que indica a conta que não deve constar do patrimônio líquido
de uma empresa brasileira, constituída na forma de sociedade por ações, na data
do encerramento do exercício social.

a) Lucros Acumulados.
b) Prejuízos Acumulados.
c) Reservas de Capital.
d) Ações em tesouraria.
e) Provisão para Contingências.

Gabarito  A.

4.11 CUSTO DAS TRANSAÇÕES

Aqui é crucial entender que o custo de transação deve ser contabilizado ao


longo do tempo. Antigamente, o custo de transação ia diretamente para
o resultado.

Assim, se uma empresa captasse 10.000 com custo de transação de 800 para
pagar em 2 meses, com juros de 10% ao mês, a contabilização inicial ficava
assim:

(Observação: vamos usar juros simples, nesse exemplo, mas o correto é usar
juros compostos – método exponencial).

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos de transação (resultado) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Essa é a contabilização anterior, que foi mudada.

Atualmente, os custos de transação devem ser apropriados pelo tempo


do empréstimo.

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Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos contabilizar 400


no primeiro mês e 400 no segundo mês.

Assim:

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Depois de um mês, a empresa contabiliza metade dos custos para o resultado:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

No segundo mês, a empresa contabiliza o restante:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

Portanto, os custos de transação vão para o resultado de forma proporcional ao


tempo do empréstimo, e não de imediato, como era antigamente.

Além dos custos, a empresa também deve contabilizar os juros mensais (no
nosso exemplo, de 1.000 por mês, ou seja, 10% do principal).

E o que são custos de transação? Segundo o CPC 08:

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis


às atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas
no item 2.

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido
evitados se essas transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:

i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;


ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores,
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores
etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.

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5 NOTAS EXPLICATIVAS

A seguir, um exemplo de notas explicativas das Lojas Americanas:

Fonte: http://ri.lasa.com.br/upload/2otrimestre/00002237.pdf

5.1 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO A LEI 6.404/76

Como já dissemos, o patrimônio societário sofre constante movimento, haja vista


que sofrem atos de gestão contínua. Esses acontecimentos podem ser divididos
basicamente em dois grandes grupos:

A) Atos contábeis.
B) Fatos contábeis.

Os atos contábeis são acontecimentos que ocorrem na entidade e não provocam


alterações do patrimônio, tais como admissão de empregados, assinatura de um
contrato de compra, venda, o aval de um título de crédito, uma fiança prestada
em favor de terceiros.

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Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser
apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:

Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários
para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações
financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada;
e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição
de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas
prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art.
182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei
nº 11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo
prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados
futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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Além das demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL, DFC,


DVA), são necessárias outras informações complementares para enriquecer os
relatórios e evitar que os mesmos se tornem enganosos.

Essas informações são veiculadas para auxiliar o usuário das Demonstrações


Financeiras a entendê-las melhor. Visam apresentar esclarecimentos aos
usuários externos.

As explicações devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente, e podem


estar na forma descritiva, na forma de quadros analíticos suplementares ou em
outras formas.

Normalmente, tais explicações são feitas através das Notas Explicativas, que
acompanham as Demonstrações Financeiras.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC – no pronunciamento


“Pronunciamento Conceitual Básico”, assim se manifestou sobre as Notas
Explicativas:

5.2 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO O CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA


DA CONTABILIDADE

Notas Explicativas e Demonstrações Suplementares

4.43. Um item que possui as características essenciais de elemento, mas não


atende aos critérios para reconhecimento pode, contudo, requerer sua divulgação
em notas explicativas, em material explicativo ou em quadros suplementares.
Isso é apropriado quando a divulgação do item for considerada relevante para a
avaliação da posição patrimonial e financeira, do desempenho e das mutações na
posição financeira da entidade por parte dos usuários das demonstrações
contábeis.

Portanto, as Notas Explicativas, quando bem elaboradas, constituem informação


essencial para o correto entendimento e utilização das Demonstrações
Financeiras.

5.3 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO O CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

112. As notas explicativas devem:

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações


contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens
117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos, Orientações e
Interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e

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(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

As notas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma


sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada
com a respectiva informação apresentada nas notas explicativas.

117. A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:

(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das


demonstrações contábeis; e
(b) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão
das demonstrações contábeis.

É importante que os usuários estejam informados sobre a base ou bases de


mensuração utilizada(s) nas demonstrações contábeis (por exemplo, custo
histórico, custo corrente, valor realizável líquido, valor justo ou valor recuperável)
porque a base sobre a qual as demonstrações contábeis são elaboradas afeta
significativamente a análise dos usuários. Quando mais de uma base de
mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis, por exemplo, quando
determinadas classes de ativos são reavaliadas (se permitido legalmente), é
suficiente divulgar uma indicação das categorias de ativos e de passivos à qual
cada base de mensuração foi aplicada.

Ao decidir se determinada política contábil deve ou não ser divulgada, a


administração deve considerar se sua divulgação proporcionará aos usuários
melhor compreensão da forma em que as transações, outros eventos e condições
estão refletidos no desempenho e na posição financeira relatadas.

As entidades devem divulgar informações que permitam aos usuários das


demonstrações contábeis avaliar seus objetivos, políticas e processos de gestão
de capital.

A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos principais
pressupostos relativos ao futuro, e outras fontes principais da incerteza das
estimativas à data do balanço, que tenham risco significativo de provocar
modificação material nos valores contábeis de ativos e passivos durante o
próximo.

Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem incluir


detalhes informativos acerca:

(a) da sua natureza; e


(b) do seu valor contábil à data do balanço.

137. A entidade deve divulgar nas notas explicativas:

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(a) o montante de dividendos propostos ou declarados antes da data em que as


demonstrações contábeis foram autorizadas para serem emitidas e não
reconhecido como uma distribuição aos proprietários durante o período abrangido
pelas demonstrações contábeis, bem como o respectivo valor por ação ou
equivalente;
(b) a quantia de qualquer dividendo preferencial cumulativo não reconhecido.

138. A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as
informações publicadas com as demonstrações contábeis, as seguintes
informações:
(a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço
da sede registrada (ou o local principal dos negócios, se diferente da sede
registrada);
(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais
atividades; e
(c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em
última instância.
(d) se uma entidade constituída por tempo determinado, informação a respeito
do tempo de duração.

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6 RESUMO – PASSIVO E PL

6.1 PASSIVO E RECEITA DIFERIDA

1) O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não


circulante. Exemplos: Impostos a pagar, provisão para contingências, salários a
pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a pagar,
fornecedores, entre outros.

2) O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a edição da MP


449 e Lei 11.941/2009. Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas,
que fica no passivo não circulante. O saldo que porventura existente no REF deve
ser reclassificado para receita diferida. O exemplo clássico explorado pelas
bancas de resultado de exercícios futuros (agora receita diferida, no passivo não
circulante) são os aluguéis recebidos antecipadamente. São diversas questões da
banca que versam sobre este tema.

3) Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que


o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse cicloO exercício social continua a ser de um ano.

6.2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

4) Estrutura do PL:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI
11.941/09
Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

5) O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição


da sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital
social a realizar.

6) Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser
tratados como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor
obtido do capital social.

7) As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de


terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo

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resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio


Líquido.

8) São reservas de capital:

Reservas de capital
Ágio na emissão de ações
Produto da alienação de partes beneficiárias
Produto da alienação de bônus de subscrição

9) Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e


11.941) as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de
debêntures não serão mais classificados como reservas de capital, devendo ser
registrados como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da
Competência.

10) Utilização das reservas de capital:

Utilização das reservas de capital


Absorção de prejuízos (não suportados por reservas de lucros e lucros
acumulados)
Resgate, reembolso, compra de ações
Resgate de partes beneficiárias
Incorporação ao capital social
Pagamento de dividendos a ações preferenciais, se for assegurado

11) Reserva de capital para alienação de partes beneficiárias:

Reserva de capital - Partes beneficiárias


Exclusiva para companhias fechadas
Estranhas ao capital social
Lucro eventual contra a companhia (menor que 10%)
Gera lançamento somente a alienação onerosa

12) Contabilização da subvenção de doação governamental

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Recebe o Vai para o Cumpre a


terreno passivo condição

Vai para receita


Regime de Vai para receita
(proporção das
competência diferida
despesas)

Pode constituir
reserva de
incentivos fiscais

13) Ajuste de avaliação patrimonial. Antes das alterações da Lei das S.A, havia
no patrimônio líquido a conta reserva de reavaliação. Esta conta foi suprimida,
surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera
alteração de nome. A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo
permanente e que poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas,
deixou de existir. Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para
aumentar como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.

14) As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria


empresa e mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e
sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e
igualmente não devem afetar o resultado da entidade. A conta “ações em
tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de
capital, semelhante à reserva de prêmio na emissão de ações.
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro
para a aquisição das ações em tesouraria.

15) São reservas de lucros:

Reservas de lucros
Reserva legal
Reservas estatutárias
Reservas para contingências
Reservas de incentivos fiscais
Reservas de retenção de lucros
Reserva de lucros a realizar
Reserva especial para dividendos obrigatórios não
distribuídos
Reserva de prêmio na emissão de debêntures

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16) Reserva legal:

Antes de qualquer
5% do lucro líquido
destinação

Obrig.: 20% do capital


social realizado
Limites
Reserva legal
Facult.: Res. Leg. + Res.
Cap. = 30% Cap. Soc.
Integridade do capital
social
Aumentar capital

Utilização

Compensar prejuízos

17) Reservas estatutárias:

Reservas estatutárias. Podem ser previstas no estatuto, se:


Indicar a sua finalidade
Fixar os critérios
Fixar a parcela a ser destinada
Estabelecer o limite máximo

18) Reserva de contingências: A assembleia-geral poderá, por proposta dos


órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva
com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro
decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art.
195).

19) Diferença: Reserva de contingências x Provisão para contingências

Reserva para contingência Provisões para contingências

Compensação de perda em exercício futuro Cobertura de perda em que já houve fato gerador
Segrega no PL parcela de lucros que poderia ir para Constituída independente do lucro ou prejuízo do
dividendos exercício
É revertida para lucros acumulados (ocorrendo ou
Não há reversão de valores, em regra.
não o evento), integrando BC dos dividendos
Conta do passivo e contrapartida em despesa no
Conta do PL, reserva de lucros. Não afeta resultado
resultado.
Exemplos: geadas, inundações, secas, empresas
Exemplos: indenizações contratuais, contingências
que operam com períodos altamente lucrativos e
fiscais, trabalhistas
depois com baixa lucratividade

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20) Reserva de lucros a realizar: No exercício em que o montante do dividendo


obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A,
ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral
poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à
constituição de reserva de lucros a realizar.
São considerados lucros não realizados:

- Resultado positivo com equivalência patrimonial.


- Lucro, rendimento, ganhos cuja realização financeira se dê no longo prazo

21) Regra para dividendos obrigatórios:

Dividendos
Estatuto expresso Fixa o quanto quiser
Lucro líquido do exercício
Estatuto omisso (base de - Reserva legal
cálculo): 50% do lucro líquido - Reserva para contingências
ajustado, que é encontrado + Reversão de reserva para contingências
da seguinte maneira - Reserva de incentivos fiscais (facultativo)
- Reserva emissão de debent. (facultativo)
Se fixar depois Mínimo 25% do valor do lucro ajustado acima

22) Dividendos adicionais:

Declarados após o período contábil: Não são contabilizados, sendo apenas


divulgados em Nota Explicativa.

Declarados antes do período contábil: ficam no Patrimônio Líquido, até a


aprovação pela Assembléia, quando são transferidos para o Passivo.

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7 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO)

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8 QUESTÕES COMENTADAS

1) (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Em relação ao conteúdo obrigatório das


Notas Explicativas, conforme estabelecido nas Normas Brasileiras de
Contabilidade, é CORRETO afirmar que:

a) a divulgação em nota explicativa é suficiente para a correção de erro material


com efeito claramente definido, ocorrido na mensuração de um ativo no exercício
anterior.
b) as notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática e devem
apresentar o conteúdo do parecer de auditores independentes. c) uma Sociedade
Empresária que revende mercadorias deve divulgar nas Notas Explicativas a
relação das mercadorias negociadas pela empresa.
d) uma Sociedade Empresária que revende mercadorias deve divulgar nas Notas
Explicativas as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques.

Comentários:

Vamos analisar cada uma das alternativas:

a) a divulgação em nota explicativa é suficiente para a correção de erro


material com efeito claramente definido, ocorrido na mensuração de um ativo no
exercício anterior.

Errado, pessoal, pois não é apenas a divulgação em notas explicativas que é


suficiente para corrigir erros materiais. De acordo com a NBC TG 23:

41. Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na


divulgação de elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações
contábeis não estarão em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações
e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou erros imateriais
cometidos intencionalmente para alcançar determinada apresentação da posição
patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade. Os
potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem ser
corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para
publicação.

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Portanto, a empresa DEVE fazer a correção dos erros e não apenas divulga-los
em notas explicativas.

b) as notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática e devem


apresentar o conteúdo do parecer de auditores independentes.
Errado, a questão está correta ao afirmar que as notas explicativas devem ser
apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. Isso está de
acordo com a NBC TG 26, que ainda acrescenta que as notas na determinação
de forma sistemática, a entidade deve considerar os efeitos sobre a
compreensibilidade e comparabilidade das suas demonstrações contábeis. Cada
item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva
informação apresentada nas notas explicativas.

Porém, não é função das notas explicativas apresentar o conteúdo do parecer de


auditores independentes.

c) uma Sociedade Empresária que revende mercadorias deve divulgar nas Notas
Explicativas a relação das mercadorias negociadas pela empresa. Errado, não é
tarefa das notas explicativas apresentar tal relação. Essas informações podem
ser apresentadas em relatórios gerenciais, porém, não é escopo das Notas
Explicativas.

d) uma Sociedade Empresária que revende mercadorias deve divulgar nas Notas
Explicativas as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques.

Correto, conforme previsão da Lei 6404/76:

§ 5o As notas explicativas devem:

IV – Indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,


especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
a perdas prováveis na realização de elementos do ativo.

GabaritoD

2) (FBC/Exame de Suficiência/2016.1) Uma Sociedade Empresária


apresentou, em 31.12.2015, antes da apuração do resultado do exercício, o
seguinte Patrimônio Líquido:

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O Lucro Líquido apurado em 31.12.2015 foi de R$8.300,00. Nesse caso, de


acordo com a Lei n.º 6.404/76 e alterações posteriores, o valor a ser destinado
no período, obrigatoriamente, para Reserva Legal é de:

a) R$162,00.
b) R$415,00.
c) R$2.300,00.
d) R$2.462,00.

Comentários:

Segundo a lei das S/As:

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados,
antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não
excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que


o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata
o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e


somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Esquematizemos:

Reserva legal 5% do LLE Limitado a 20% do capital social.

Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a


empresa.

Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social.

Limite! Mas, professores, por que há limitação, se a finalidade da reserva legal


é manter a integridade do capital social? Não é correto dizer que quanto “mais
reserva legal melhor”? A explicação é que não podemos constituir reservas
indefinidamente, a ponto de prejudicar os acionistas minoritários, eis o motivo
de a Lei 6.404/76 impor um limite.

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Saber também da sua utilização é também extremamente importante para sua


prova: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar
o capital social.

Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual


seja, quando ela, somada às reservas de capital, atingir o montante de 30% do
capital social. Grave-se

Voltando à nossa questão, temos:

- Lucro Líquido (LLE): R$ 8.300


- 5% do LLE= R$ 415

Entretanto, esse ainda não é o nosso gabarito. A questão solicita valor a ser
destinado no período, obrigatoriamente, para Reserva Legal, portanto,
==9bb8a==

precisamos estar atentos para não ultrapassarmos limite obrigatório de 20% do


Capital Social.

- Limite Obrigatório: 20% de 30.000 R$ 6.000

Se a empresa constituir R$ 415 de Reserva Legal, o saldo será de:

5838 + 415= R$ 6253, o que ultrapassaria o limite obrigatório.

Portanto, a empresa irá constituir obrigatoriamente para a Reserva Legal


somente a quantia de:

6.000 – 5.838= R$ 162.

Gabarito  A

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3) (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) Uma Sociedade Empresária


apresentou, em 31.12.2014, os seguintes saldos, após o encerramento e
destinação do resultado do período:

Com base nessas informações, o total do Patrimônio Líquido, em


31.12.2014, é de:

a) R$167.000,00.
b) R$166.000,00.
c) R$138.000,00.
d) R$136.000,00.

Comentários:

Nesse tipo de questão, ganhamos tempo classificando todas as contas e somando


os saldos apenas daquelas que o examinador solicitou, nesse caso, o Patrimônio
Líquido. Para aprendizagem, classificaremos todas as contas.

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Contas Classificação Saldo


Aplicações Financeiras de Liquidez
Imediata Ativo Circulante 28.000,00
Caixa e Equivalente de Caixa Ativo Circulante 17.000,00
Duplicatas a Receber Ativo Circulante 31.000,00
Estoques de Mercadorias para Revenda Ativo Circulante 64.000,00
Total do Grupo - Ativo Circulante 140.000,00
Investimentos Avaliados pelo MEP Investimentos 42.000,00
Terrenos para Uso Imobilizado 12.000,00
Edificações de Uso Imobilizado 50.000,00
Depreciação Acumulada Imobilizado (14.000,00)
Total do Grupo - Ativo Não Circulante 90.000,00
Fornecedores de Curto Prazo Passivo Circulante 47.000,00
ICMS a Recolher Passivo Circulante 25.000,00
Salários e Encargos a Pagar Passivo Circulante 22.000,00
Total do Grupo - Passivo Circulante 94.000,00
Patrimônio
Capital Subscrito Líquido 110.000,00
Patrimônio
Capital a Integralizar Líquido (15.000,00)
Patrimônio
Ações de Emissão Própria em Tesouraria Líquido (1.000,00)
Patrimônio
Reserva Legal Líquido 13.000,00
Patrimônio
Reservas Estatutárias Líquido 29.000,00
Total do Grupo - Patrimônio Líquido 136.000,00

Vale ressaltar que as contas “Capital a Integralizar” e “Ações de Emissão Própria


em Tesouraria” são retificadoras do Patrimônio Líquido, portanto diminuem o
saldo do grupo.

Gabarito D

4) (FBC/Exame de Suficiência/2015.1) De acordo com a Lei n.o 6.404/76 e


suas alterações, em relação ao conteúdo das Notas Explicativas, julgue os itens
abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. As Notas Explicativas não poderão evidenciar as políticas contábeis da


empresa, quando estas já tiverem sido apresentadas no Relatório da
Administração.
II. As Notas Explicativas devem apresentar informações sobre a base de
preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.
III. As Notas Explicativas devem apresentar informações adicionais não indicadas
nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada.

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Estão CORRETOS os itens:

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.

Comentários:

Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser
apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:

Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários
para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Assim, iremos comentar cada uma das alternativas:

I. As Notas Explicativas não poderão evidenciar as políticas contábeis da


empresa, quando estas já tiverem sido apresentadas no Relatório da
Administração.

Errado, determinada política contábil deve ou não ser divulgada se administração


considerar se sua divulgação proporcionará aos usuários melhor compreensão da
forma em que as transações, outros eventos e condições estão refletidos no
desempenho e na posição financeira relatadas. O fato de essa política estar
divulgada em Relatório da Administração não impede que ela também seja
divulgada em Notas Explicativas.

II. As Notas Explicativas devem apresentar informações sobre a base de


preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.

Correto, segundo a LSA:

Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;

III. As Notas Explicativas devem apresentar informações adicionais não indicadas


nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada.

Correto, está de acordo com o que reza a lei 6404/76:

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Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem:

III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações


financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada

Gabarito D

5) (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) Relacione os grupos de contas do


Balanço Patrimonial de uma indústria, apresentados na primeira coluna, às
contas, na segunda coluna, e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

(1) Patrimônio Líquido


(2) Imobilizado
(3) Investimentos
(4) Intangível

() Obras de Arte
() Ações de Emissão Própria em Tesouraria
() Reserva de Incentivos Fiscais
() Marcas e Patentes

A sequência CORRETA é:

a) 3,3,1,3.
b) 2,3,2,3.
c) 3,1,1,4.
d) 2,1,2,4.

Comentários:

Vamos classificar cada uma das contas apresentadas:

- Obras de Arte: As obras de arte geralmente não desvalorizam, pelo contrário,


podem inclusive se valorizarem. São classificadas no Balanço Patrimonial como
Investimentos Permanentes.

- Ações de Emissão Própria em Tesouraria: As ações em tesouraria são ações da


empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na tesouraria. A aquisição
de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital
da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da
entidade.

A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

- Reserva de Incentivos Fiscais: de acordo com a LSA:

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Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de


administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro
líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para
investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório.

A Reserva de Incentivos Fiscais é uma reserva de lucros classificada assim no


Patrimônio Líquido.

- Marcas e Patentes:

Conceito: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem


substância física.

Como exemplos de intangíveis, temos: direitos de exploração de serviços públicos


mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo
de comércio adquirido.

Gabarito C

6) (FBC/Exame de Suficiência/2015.1) Uma Sociedade Empresária


apresentava, em 01.1.2014, os seguintes saldos em suas contas de Patrimônio
Líquido:

Comentários:

Durante o ano de 2014, essa sociedade apresentou as seguintes


movimentações:

✓ Integralização de capital em dinheiro no montante de R$80.000,00.


✓ Lucro Líquido do período no montante de R$120.000,00.
✓ Destinação do lucro para dividendos obrigatórios a pagar de R$65.000,00.
✓ Destinação do lucro para Reserva Legal de R$6.000,00.
✓ Destinação do lucro para Reserva de Lucros para Expansão de R$49.000,00.

Considerando que houve apenas esses saldos e movimentações, o saldo do


Patrimônio Líquido da empresa, em 31.12.2014, era de:

a) R$565.000,00.
b) R$630.000,00.

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c) R$865.000,00.
d) R$930.000,00.

Comentários:

A situação inicial do Patrimônio Líquido era:

Conta Saldo
Capital Subscrito R$ 500.000,00
Capital a Integralizar (R$ 150.000,00)
Reserva Legal R$ 30.000,00
Reserva de Lucros para Expansão R$ 50.000,00
Total R$ 430.000,00

Analisaremos as movimentações listadas para verificarmos quais geram efeitos


no Patrimônio Líquido:

- Integralização de capital em dinheiro no montante de R$ 80.000,00.

Lançamento:

D – Bancos
C – Capital a Integralizar R$ 80.000

Aumento no Patrimônio Líquido de R$ 80.000

- Lucro Líquido do período no montante de R$120.000,00.

Lançamento:

D – ARE (Apuração do Resultado do Exercício)


C – Lucros Acumulados (PL) R$ 120.000

Aumento no Patrimônio Líquido de R$ 120.000

- Destinação do lucro para dividendos obrigatórios a pagar de R$65.000,00.

Lançamento:

D – Lucros Acumulados (PL)


C – Dividendos a pagar (Passivo) R$ 65.000

Diminuição no Patrimônio Líquido de R$ 65.000

- Destinação do lucro para Reserva Legal de R$6.000,00.

Lançamento:

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D – Lucros Acumulados (PL)


C – Reserva Legal (PL) R$ 6.000

Esse lançamento não altera quantitativamente o PL, apenas


qualitativamente, pois a transferência de saldos foi entre contas do Patrimônio
Líquido.

-Destinação do lucro para Reserva de Lucros para Expansão de R$49.000,00.

Lançamento:

D – Lucros Acumulados (PL)


C – Reserva de Lucros para Expansão (PL) R$ 49.000

Esse lançamento também não altera quantitativamente o PL, apenas


qualitativamente, pois a transferência de saldos foi entre contas do Patrimônio
Líquido.

Depois de todas essas movimentações, a situação final do Patrimônio Líquido


ficou:

Conta Saldo
Capital Subscrito R$ 500.000,00
Capital a Integralizar (R$ 70.000,00)
Reserva Legal R$ 36.000,00
Reserva de Lucros para Expansão R$ 99.000,00
Total R$ 565.000,00

Gabarito A

7) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2014.2) Uma sociedade empresária


apurou, no exercício de 2013, um lucro líquido de R$120.000,00. O saldo do
Patrimônio Líquido, antes do registro do resultado e da respectiva destinação, era
de R$188.000,00, assim distribuído:

✓ Capital Social R$150.000,00


✓ Reserva de Ágio na Emissão de Ações R$2.000,00
✓ Reserva Legal R$26.000,00
✓ Reserva Estatutária R$10.000,00

De acordo com a Lei no 6.404/76, o valor a ser registrado em Reserva Legal,


como destinação do lucro líquido apurado em 2013, é de:

a) R$4.000,00, uma vez que o saldo da Reserva Legal está limitado a 20% do
Capital Social.

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b) R$6.000,00, uma vez que a reserva legal deve corresponder a 5% do lucro


líquido do exercício antes de qualquer outra destinação.
c) R$7.000,00, pois a companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no
exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das demais
reservas de lucro, exceder 30% do capital social.
d) R$9.000,00, pois a companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no
exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de
capital, exceder 30% do capital social.

Comentários:

Em suma, a Reserva Legal tem as seguintes características:

Antes de qualquer
5% do lucro líquido
destinação

Obrig.: 20% do capital


social realizado
Limites
Reserva legal
Facult.: Res. Leg. + Res.
Cap. = 30% Cap. Soc.
Integridade do capital
social
Aumentar capital

Utilização

Compensar prejuízos

- Lucro Líquido (LLE): R$ 120.000


- 5% do LLE= R$ 6.000

- Limite Obrigatório: 20% de 150.000 R$ 30.000


- Limite Facultativo: 30% de 150.00  R$ 45.000

Se a empresa constituir R$ 6.000 de Reserva Legal, o saldo será de 32.000, o


que ultrapassaria o limite obrigatório. Além disso, o limite facultativo não seria
atingido, pois o saldo seria de 26.000 + 6.000+2.000= 34.000

Assim, a empresa irá constituir obrigatoriamente para a Reserva Legal somente


a quantia que falta para atingir o limite obrigatório:

30.000 – 26.000= R$ 4.000.

Gabarito A

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8) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2013.1) Uma sociedade empresária


apresentava, em 31.12.2012, os seguintes saldos, antes da apuração do
resultado do período:

Considerando que nenhum dividendo será distribuído no período, no


Balanço Patrimonial em 31.12.2012, o Patrimônio Líquido é igual a:

a) R$312.400,00.
b) R$344.800,00.
c) R$359.200,00.
d) R$389.200,00.

Comentários:

Nessa questão, como todas as contas estão apresentadas e o balancete está


“fechado”, podemos obter o Patrimônio Líquido de duas maneiras:

1ª Resolução: Equação Fundamental

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Sabemos que pela Equação Fundamental da Contabilidade temos:

A= P + PL

Portanto, o Patrimônio Líquido será obtido pela diferença entre as contas de Ativo
e Passivo, vejamos:

Contas Classificação Saldo


Caixa Ativo Circulante 12.400,00
Despesas Pagas Antecipadamente a Apropriar Ativo Circulante 14.400,00
Duplicatas a Receber com Vencimento em 2013 Ativo Circulante 196.800,00
Estoque de Mercadorias Ativo Circulante 103.200,00
PIS a Recuperar Ativo Circulante 600
COFINS a Recuperar Ativo Circulante 3.000,00
Realizável em Longo
Duplicatas a Receber com Vencimento em 2014 Prazo 72.000,00
Ágio Pago na Aquisição de Investimentos Avaliados pelo MEP Investimentos 46.800,00
Investimentos Avaliados pelo MEP Investimentos 86.400,00
Imóveis de Uso Imobilizado 114.000,00
Depreciação Acumulada de Imóveis de Uso Imobilizado -44.400,00
Total do Ativo 605.200,00
Duplicatas Descontadas Passivo Circulante 31.200,00
Financiamentos Bancários Passivo Circulante 112.800,00
Fornecedores Passivo Circulante 50.400,00
ICMS a Recolher Passivo Circulante 15.600,00
Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar Passivo Circulante 36.000,00
Total do Passivo 246.000,00
Patrimônio Líquido: Ativo - Passivo 359.200,00

2ª Resolução:

O Patrimônio Líquido Final pode ser obtido através das seguintes contas:

- Saldo Inicial do Patrimônio Líquido + Receitas – Despesas – Dividendos


Distribuídos.

A questão fala que não houve dividendos distribuição de dividendos, portanto:

Saldo Final PL = Saldo Inicial + Receitas – Despesas.

Classificando as contas temos:

Contas Classificação Saldo


Capital Subscrito Patrimônio Líquido 250.000,00

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Capital a Integralizar Patrimônio Líquido -30.000,00


Reservas de Lucros Patrimônio Líquido 9.600,00
Patrimônio Líquido Inicial 229.600,00
Receita com Venda de Mercadorias Receitas 840.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas Despesas 504.000,00
Despesas Administrativas Despesas 33.600,00
Despesas com Tributos Incidentes Sobre as Vendas Despesas 96.000,00
Despesas com Tributos Incidentes Sobre o Lucro Despesas 36.000,00
Despesas Financeiras Despesas 40.800,00
Receitas - Despesas 129.600,00
Patrimônio Líquido Final 359.200,00

O resultado encontrado foi o mesmo, mas a apenas conseguimos utilizar a


segunda resolução porque o balancete está fechado, e como isso temos a garantia
que nenhuma conta de resultado foi omitida.

Gabarito C

9) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2013.1) Uma sociedade empresária


possuía, em 1º.1.2012, os seguintes saldos em suas contas patrimoniais:

✓ Capital Subscrito R$100.000,00


✓ Capital a Integralizar R$40.000,00
✓ Reserva Legal R$1.800,00
✓ Reserva para Contingências R$4.320,00

Durante o ano de 2012 ocorreram as seguintes movimentações:

✓ Integralização de capital no valor de R$15.000,00.


✓ Lucro apurado no exercício no valor de R$45.000,00.

Do resultado do período, 5% foi destinado à Reserva Legal, 12% à Reserva para


Contingências e o restante para Dividendos a Pagar. O valor total do Patrimônio
Líquido ao final do ano de 2012 é:

a) R$68.770,00.
b) R$88.770,00.
c) R$126.120,00.
d) R$128.770,00.

Comentários:

A situação inicial do Patrimônio Líquido era a seguinte:

Conta Saldo
Capital Subscrito R$ 100.000,00

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Capital a Integralizar (R$ 40.000,00)


Reserva Legal R$ 1.800,00
Reserva para Contingências R$ 4.320,00
Total R$ 66.120,00

Analisaremos as movimentações ocorridas e os respectivos efeitos no Patrimônio


Líquido:

- Integralização de capital no valor de R$15.000,00.

Lançamento:

D – Bancos
C – Capital a Integralizar R$ 15.000

Aumento no Patrimônio Líquido de R$ 15.000.

- Lucro apurado no exercício no valor de R$45.000,00.

Lançamento:

D – ARE (Apuração do Resultado do Exercício)


C – Lucros Acumulados (PL) R$ 45.000

Aumento no Patrimônio Líquido de R$ 45.000

- Destinação de 5% do Lucro Líquido à Reserva Legal.

Lançamento:

D – Lucros Acumulados (PL)


C – Reserva Legal (PL) R$ 2.250

- Destinação de 12% do Lucro Líquido para a Reserva para Contingências.

Lançamento:

D – Lucros Acumulados (PL)


C – Reserva de Contingências (PL) R$ 5.400

Esse lançamento não altera quantitativamente o PL, apenas


qualitativamente, pois a transferência de saldos foi entre contas do Patrimônio
Líquido.

- Reconhecimento de Dividendos a Pagar= 45.000 – 2.250 – 5.400= R$ 37.350

Lançamento:

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D – Lucros Acumulados (PL)


C – Dividendos a pagar (Passivo) R$ 37.350

Diminuição no Patrimônio Líquido de R$ 37.350

Após todas essas movimentações, a situação final do Patrimônio Líquido ficou:

Conta Saldo
Capital Subscrito R$ 100.000,00
Capital a Integralizar (R$ 25.000,00)
Reserva Legal R$ 4.050,00
Reserva para Contingências R$ 9.720,00
Total R$ 88.770,00

Gabarito B

10) (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/CFC/2013.1) No Balanço Patrimonial


de uma sociedade empresária verificou-se que o ativo aumentou R$80.000,00,
durante o ano de 2012, e o passivo exigível teve um acréscimo de R$70.000,00.

Diante das informações acima, o Patrimônio Líquido nesse período:

a) Aumentou em R$10.000,00.
b) Aumentou em R$80.000,00.
c) Reduziu em R$10.000,00.
d) Reduziu em R$70.000,00.

Comentários:

Para resolvermos essa questão usaremos a Equação Fundamental da


Contabilidade. Para facilitar a análise, vamos supor a seguinte situação
patrimonial inicial:

- Ativo: R$ 100.000
- Passivo: R$ 50.000
- Patrimônio Líquido: 100.000 – 50.000= R$ 50.000

Após as alterações ocorridas, a situação patrimonial da empresa ficou deste


modo:

- Ativo: R$ 100.000 + R$ 80.000= R$ 180.000


- Passivo: R$ 50.000 + R$ 70.000= R$ 120.000
- Patrimônio Líquido: 180.000 – 120.000 = R$ 60.000

Portanto, o Patrimônio Líquido aumentou R$ 10.000

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Apenas destacamos que os valores iniciais do Ativo e Passivo foram escolhidos


ao acaso, deste que satisfizessem a Equação Fundamental.

Gabarito A

11) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.2) Observe os dados abaixo:

Depreciação Acumulada R$1.320,00


Caixa R$950,00
Duplicatas a Receber R$22.300,00
Estoques R$6.550,00
Financiamento em Bancos R$12.000,00
Fornecedores R$9.400,00
Impostos a Pagar R$850,00
Salários a Pagar R$3.600,00
Saldo conta Corrente Bancária R$1.920,00
Títulos a Pagar R$2.370,00
Veículo para Uso da Empresa R$15.500,00

O valor do Patrimônio Líquido, considerando os saldos apresentados acima, é de:

a) R$13.840,00.
b) R$17.680,00.
c) R$20.320,00.
d) R$22.420,00

Comentários:

Usaremos mais uma vez a equação fundamental para obtermos o valor do


Patrimônio Líquido da empresa. Organizamos as contas corretamente temos a
seguinte situação:

Contas Classificação Saldo


Caixa Ativo Circulante 950
Saldo conta Corrente Bancária Ativo Circulante 1.920,00
Estoques Ativo Circulante 6.550,00
Duplicatas a Receber Ativo Circulante 22.300,00
Veículo para Uso da Empresa Ativo Imobilizado 15.500,00
Depreciação Acumulada Ativo Imobilizado -1.320,00
Total do Ativo 45.900,00
Financiamento em Bancos Passivo Circulante 12.000,00
Fornecedores Passivo Circulante 9.400,00
Impostos a Pagar Passivo Circulante 850
Salários a Pagar Passivo Circulante 3.600,00
Títulos a Pagar Passivo Circulante 2.370,00
Total do Passivo 28.220,00

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Patrimônio Líquido: Ativo - Passivo 17.680,00

Gabarito B

12) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.2) Em relação à classificação


das contas no Balanço Patrimonial, assinale a opção CORRETA.

a) Ações de Emissão Própria em Tesouraria é uma conta de ativo.


b) Depreciação Acumulada é uma conta de resultado.
c) Despesa Paga Antecipadamente é uma conta de resultado.
d) Reserva de Incentivos Fiscais é uma conta de Reserva de Lucros.

Comentários:

Vamos analisar cada alternativa:

a) Ações de Emissão Própria em Tesouraria é uma conta de ativo.

Errado, a conta Ações de Emissão Própria em Tesouraria é retificadora do


Patrimônio Líquido.

b) Depreciação Acumulada é uma conta de resultado.

Errado, a conta Depreciação Acumulada é retificadora do Ativo Imobilizado.

c) Despesa Paga Antecipadamente é uma conta de resultado.

Errado, a classificação correta dessa conta é no Ativo. Apesar do nome, Despesa


Paga Antecipadamente não é uma conta de despesa, atendendo ao Princípio da
Competência.

d) Reserva de Incentivos Fiscais é uma conta de Reserva de Lucros.

Correto, as reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:

Reservas de lucros
Reserva Legal
Reservas Estatutárias
Reservas Para Contingências
Reservas De Incentivos Fiscais
Reservas De Retenção De Lucros
Reserva De Lucros A Realizar
Reserva Especial Para Dividendos Obrigatórios Não
Distribuídos
Reserva De Prêmio Na Emissão De Debêntures

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Gabarito D

13) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2012.1) Em relação ao conteúdo das Notas


Explicativas, de acordo com a NBC TG 26– Apresentação das Demonstrações
Contábeis, é INCORRETO afirmar que o conjunto das Notas Explicativas
apresenta:

a) a divulgação da análise dos resultados e da posição financeira da sociedade e


o parecer da diretoria.
b) a divulgação de informações requerida pelas normas, interpretações e
comunicados técnicos que não tenha sido evidenciada nas demonstrações
contábeis.
c) as informações adicionais que não tenham sido evidenciadas nas
demonstrações contábeis, mas que sejam relevantes para sua compreensão.
d) as informações sobre a base para elaboração das demonstrações contábeis e
das políticas específicas utilizadas.

Comentários:

Todas as alternativas estão previstas no CPC 26, à exceção da alternativa “A”,


vejamos:

112. As notas explicativas devem:

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações


contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas, de acordo com os itens
117 a 124; (alternativa d)

(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações


e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis; e (alternativa b)

(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.
(alternativa c)

O erro da alternativa “A” é que não é papel das Notas Explicativas a divulgação
da análise dos resultados e da posição financeira da sociedade e o parecer da
diretoria.

Gabarito A

14) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.1) O Patrimônio Líquido


apresenta as seguintes contas, EXCETO:

a) Ajustes de Avaliação Patrimonial.


b) Dividendos Obrigatórios a Distribuir.

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c) Reservas de Capital e Capital Social.


d) Reservas de Lucros e Ações em Tesouraria

Comentários:

O Patrimônio Líquido está estruturado da seguinte forma:

APÓS LEI 11.638/07 E LEI


11.941/09
Capital Social
(-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro
Reserva de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria

Das contas apresentadas, apenas a conta Dividendos Obrigatórios a distribuir


pertence ao Patrimônio Líquido, mas ao Passivo.

GabaritoB

15) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.1) Com relação ao conteúdo


das Notas Explicativas, de acordo com a NBC TG 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção
CORRETA.

I. Notas Explicativas contêm informações adicionais em relação à


apresentada nas demonstrações contábeis.
II. As Notas Explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e
aberturas de itens divulgados nas demonstrações contábeis e informação acerca
de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas
demonstrações contábeis.
III. O conjunto completo de demonstrações contábeis não inclui as Notas
Explicativas.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns):

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.

Comentários:

Iremos analisar cada uma das alternativas:

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I. Notas Explicativas contêm informações adicionais em relação à


apresentada nas demonstrações contábeis.

Correto, conforme preconiza o CPC 26:

Notas explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas


demonstrações contábeis. As notas explicativas oferecem descrições narrativas
ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e
informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de
reconhecimento nas demonstrações contábeis.

II. As Notas Explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e


aberturas de itens divulgados nas demonstrações contábeis e informação acerca
de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas
demonstrações contábeis.

Correto, pela justificativa apresentada no item anterior.

III. O conjunto completo de demonstrações contábeis não inclui as Notas


Explicativas.

Errado, de acordo o item 10 do CPC 26, conjunto completo de demonstrações


contábeis inclui as Notas Explicativas:

10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(a) balanço patrimonial ao final do período;


(b1) demonstração do resultado do período;
(b2) demonstração do resultado abrangente do período;
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e
outras informações elucidativas; [...]

Gabarito B

16) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.1) Em relação às Notas


Explicativas e às Demonstrações Contábeis, assinale
a opção INCORRETA.

a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas as fontes principais da


incerteza das estimativas à data do balanço que tenham risco significativo de
provocar modificação material nos valores contábeis de ativos e passivos durante
o próximo.
b) A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas as
bases de mensuração utilizadas na elaboração das demonstrações contábeis e

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outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão


das demonstrações contábeis.
c) Informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão, deve ser apresentada
nas notas explicativas.
d) Políticas contábeis inadequadas podem ser retificadas por meio da divulgação
das políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação
explicativa.

Comentários:

Com exceção da alternativa “D”, todos as assertivas estão corretas e previstas


no CPC 26. Conforme determinação do item 18 do referido pronunciamento:

18. A entidade não pode retificar políticas contábeis inadequadas por meio da
divulgação das políticas contábeis utilizadas ou por meio de notas explicativas ou
qualquer outra divulgação explicativa.

Gabarito D

17) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2011.1) Em relação às reservas,


assinale a opção INCORRETA.

a) A assembleia geral poderá destinar parte do Lucro Líquido à formação de


reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do
lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
b) Do Lucro Líquido do exercício, 5% serão aplicados, antes de qualquer outra
destinação, na constituição da Reserva Legal, que não excederá a 20% do Capital
Social.
c) Doações ou subvenções governamentais computados no resultado do período
poderão ter seu valor registrado em Reserva de Incentivos Fiscais e excluído da
base de cálculo do dividendo obrigatório.
d) Reservas de Capital destinam-se à incorporação ao Capital Social e não podem
ser usadas para pagamento de dividendos a ações preferenciais, resgate,
reembolso ou compra de ações.

Comentários:

Vamos comentar cada uma das alternativas:

a) A assembleia geral poderá destinar parte do Lucro Líquido à formação de


reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do
lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

Correto, a assertiva fala da Reserva de Contingências, prevista no art. 195 da


LSA.

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b) Do Lucro Líquido do exercício, 5% serão aplicados, antes de qualquer outra


destinação, na constituição da Reserva Legal, que não excederá a 20% do Capital
Social.

Correto, a assertiva descreveu a função da Reserva Legal, prevista no art. 193


da LSA.

c) Doações ou subvenções governamentais computados no resultado do período


poderão ter seu valor registrado em Reserva de Incentivos Fiscais e excluído da
base de cálculo do dividendo obrigatório.

Correto, a assertiva traz a literalidade do art. 195-A da LSA.

d) Reservas de Capital destinam-se à incorporação ao Capital Social e não podem


ser usadas para pagamento de dividendos a ações preferenciais, resgate,
reembolso ou compra de ações.

Errado, sobre a utilização das reservas de capital...

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas


de lucros (artigo 189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes
for assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Gabarito D

18) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2011.1) Assinale a opção que


apresenta apenas contas integrantes do Patrimônio Líquido.

a) Ações em Tesouraria, Reserva Legal e Custo das Mercadorias Vendidas.


b) Capital Subscrito, Prejuízos Acumulados e Reserva de Lucros.
c) Lucros Acumulados, Ações em Tesouraria e Despesas Antecipadas.
d) Reserva Legal, Dividendos a Pagar e Capital a Integralizar.
Comentários:

Classificando as contas de cada alternativa temos:

a) Ações em Tesouraria, Reserva Legal e Custo das Mercadorias Vendidas.

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Errado, Ações em Tesouraria e Reserva Legal pertencem ao Patrimônio Líquido,


mas a conta Custo das Mercadorias Vendidas é uma conta de resultado.

b) Capital Subscrito, Prejuízos Acumulados e Reserva de Lucros.

Correto, pois todas essas contas fazem parte do PL.

c) Lucros Acumulados, Ações em Tesouraria e Despesas Antecipadas.

Lucros Acumulados e Ações em Tesouraria pertencem ao Patrimônio Líquido, mas


a conta Despesas Antecipadas é uma conta de Ativo.

d) Reserva Legal, Dividendos a Pagar e Capital a Integralizar.

Errado, Reserva Legal e Capital a Integralizar são classificadas no Patrimônio


Líquido, mas Dividendos a pagar está no Passivo Exigível.

Gabarito B

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19) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2011.1) Uma entidade apresenta,


em 31 .12.2010, os seguintes saldos de contas:

No Balanço Patrimonial, o saldo do Patrimônio Líquido é igual a:

a) R$45.000,00.
b) R$45.900,00.
c) R$46.200,00.
d) R$46.500,00.

Comentários:

Para ganharmos tempo na resolução, iremos separar somente as contas que são
do Patrimônio Líquido e verificaremos os seus respectivos saldos:

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CONTAS Classificação Saldos (R$)


Capital Social Patrimônio Líquido 40000
Ajustes de Avaliação
Patrimonial (saldo devedor) Patrimônio Líquido (900)
Ações em Tesouraria Patrimônio Líquido (300)
Reserva Legal Patrimônio Líquido 4000
Reservas de Capital Patrimônio Líquido 2200
Total do Patrimônio Líquido 45000

Gabarito A

9 QUESTÕES COMENTADAS

1) (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Em relação ao conteúdo obrigatório das


Notas Explicativas, conforme estabelecido nas Normas Brasileiras de
Contabilidade, é CORRETO afirmar que:

a) a divulgação em nota explicativa é suficiente para a correção de erro material


com efeito claramente definido, ocorrido na mensuração de um ativo no exercício
anterior.
b) as notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática e devem
apresentar o conteúdo do parecer de auditores independentes. c) uma Sociedade
Empresária que revende mercadorias deve divulgar nas Notas Explicativas a
relação das mercadorias negociadas pela empresa.
d) uma Sociedade Empresária que revende mercadorias deve divulgar nas Notas
Explicativas as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques.

2) (FBC/Exame de Suficiência/2016.1) Uma Sociedade Empresária


apresentou, em 31.12.2015, antes da apuração do resultado do exercício, o
seguinte Patrimônio Líquido:

O Lucro Líquido apurado em 31.12.2015 foi de R$8.300,00. Nesse caso, de


acordo com a Lei n.º 6.404/76 e alterações posteriores, o valor a ser destinado
no período, obrigatoriamente, para Reserva Legal é de:

a) R$162,00.
b) R$415,00.
c) R$2.300,00.
d) R$2.462,00.

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3) (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) Uma Sociedade Empresária


apresentou, em 31.12.2014, os seguintes saldos, após o encerramento e
destinação do resultado do período:

Com base nessas informações, o total do Patrimônio Líquido, em


31.12.2014, é de:

a) R$167.000,00.
b) R$166.000,00.
c) R$138.000,00.
d) R$136.000,00.

4) (FBC/Exame de Suficiência/2015.1) De acordo com a Lei n.o 6.404/76 e


suas alterações, em relação ao conteúdo das Notas Explicativas, julgue os itens
abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. As Notas Explicativas não poderão evidenciar as políticas contábeis da


empresa, quando estas já tiverem sido apresentadas no Relatório da
Administração.

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II. As Notas Explicativas devem apresentar informações sobre a base de


preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.
III. As Notas Explicativas devem apresentar informações adicionais não indicadas
nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada.

Estão CORRETOS os itens:

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.

5) (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) Relacione os grupos de contas do


Balanço Patrimonial de uma indústria, apresentados na primeira coluna, às
contas, na segunda coluna, e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

(1) Patrimônio Líquido


(2) Imobilizado
(3) Investimentos
(4) Intangível

() Obras de Arte
() Ações de Emissão Própria em Tesouraria
() Reserva de Incentivos Fiscais
() Marcas e Patentes

A sequência CORRETA é:

a) 3,3,1,3.
b) 2,3,2,3.
c) 3,1,1,4.
d) 2,1,2,4.

6) (FBC/Exame de Suficiência/2015.1) Uma Sociedade Empresária


apresentava, em 01.1.2014, os seguintes saldos em suas contas de Patrimônio
Líquido:

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Durante o ano de 2014, essa sociedade apresentou as seguintes


movimentações:

✓ Integralização de capital em dinheiro no montante de R$80.000,00.


✓ Lucro Líquido do período no montante de R$120.000,00.
✓ Destinação do lucro para dividendos obrigatórios a pagar de R$65.000,00.
✓ Destinação do lucro para Reserva Legal de R$6.000,00.
✓ Destinação do lucro para Reserva de Lucros para Expansão de
R$49.000,00.

Considerando que houve apenas esses saldos e movimentações, o saldo do


Patrimônio Líquido da empresa, em 31.12.2014, era de:

a) R$565.000,00.
b) R$630.000,00.
c) R$865.000,00.
d) R$930.000,00.

7) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2014.2) Uma sociedade empresária


apurou, no exercício de 2013, um lucro líquido de R$120.000,00. O saldo do
Patrimônio Líquido, antes do registro do resultado e da respectiva destinação, era
de R$188.000,00, assim distribuído:

✓ Capital Social R$150.000,00


✓ Reserva de Ágio na Emissão de Ações R$2.000,00
✓ Reserva Legal R$26.000,00
✓ Reserva Estatutária R$10.000,00

De acordo com a Lei no 6.404/76, o valor a ser registrado em Reserva Legal,


como destinação do lucro líquido apurado em 2013, é de:

a) R$4.000,00, uma vez que o saldo da Reserva Legal está limitado a 20% do
Capital Social.
b) R$6.000,00, uma vez que a reserva legal deve corresponder a 5% do lucro
líquido do exercício antes de qualquer outra destinação.
c) R$7.000,00, pois a companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no
exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das demais
reservas de lucro, exceder 30% do capital social.
d) R$9.000,00, pois a companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no
exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de
capital, exceder 30% do capital social.

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8) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2013.2) Uma sociedade empresária


apresentava, em 31.12.2012, os seguintes saldos, antes da apuração do
resultado do período:

Considerando que nenhum dividendo será distribuído no período, no


Balanço Patrimonial em 31.12.2012, o Patrimônio Líquido é igual a:

a) R$312.400,00.
b) R$344.800,00.
c) R$359.200,00.
d) R$389.200,00.

9) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2013.1) Uma sociedade empresária


possuía, em 1º.1.2012, os seguintes saldos em suas contas patrimoniais:

✓ Capital Subscrito R$100.000,00


✓ Capital a Integralizar R$40.000,00
✓ Reserva Legal R$1.800,00
✓ Reserva para Contingências R$4.320,00

Durante o ano de 2012 ocorreram as seguintes movimentações:

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✓ Integralização de capital no valor de R$15.000,00.


✓ Lucro apurado no exercício no valor de R$45.000,00.

Do resultado do período, 5% foi destinado à Reserva Legal, 12% à Reserva para


Contingências e o restante para Dividendos a Pagar. O valor total do Patrimônio
Líquido ao final do ano de 2012 é:

a) R$68.770,00.
b) R$88.770,00.
c) R$126.120,00.
d) R$128.770,00.

10) (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/CFC/2013.1) No Balanço Patrimonial


de uma sociedade empresária verificou-se que o
ativo aumentou R$80.000,00, durante o ano de 201 2, e o passivo exigível teve
um acréscimo de R$70.000,00.

Diante das informações acima, o Patrimônio Líquido nesse período:

a) Aumentou em R$10.000,00.
b) Aumentou em R$80.000,00.
c) Reduziu em R$10.000,00.
d) Reduziu em R$70.000,00.

11) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.2) Observe os dados


abaixo:

Depreciação Acumulada R$1.320,00


Caixa R$950,00
Duplicatas a Receber R$22.300,00
Estoques R$6.550,00
Financiamento em Bancos R$12.000,00
Fornecedores R$9.400,00
Impostos a Pagar R$850,00
Salários a Pagar R$3.600,00
Saldo conta Corrente Bancária R$1.920,00
Títulos a Pagar R$2.370,00
Veículo para Uso da Empresa R$15.500,00

O valor do Patrimônio Líquido, considerando os saldos apresentados acima, é de:

a) R$13.840,00.
b) R$17.680,00.
c) R$20.320,00.
d) R$22.420,00

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12) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.2) Em relação à


classificação das contas no Balanço Patrimonial, assinale a opção CORRETA.

a) Ações de Emissão Própria em Tesouraria é uma conta de ativo.


b) Depreciação Acumulada é uma conta de resultado.
c) Despesa Paga Antecipadamente é uma conta de resultado.
d) Reserva de Incentivos Fiscais é uma conta de Reserva de Lucros.

13) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/2012.1) Em relação ao conteúdo das Notas


Explicativas, de acordo com a NBC TG 26– Apresentação das Demonstrações
Contábeis, é INCORRETO afirmar que o conjunto das Notas Explicativas
apresenta:

a) a divulgação da análise dos resultados e da posição financeira da sociedade e


o parecer da diretoria.
b) a divulgação de informações requerida pelas normas, interpretações e
comunicados técnicos que não tenha sido evidenciada nas demonstrações
contábeis.
c) as informações adicionais que não tenham sido evidenciadas nas
demonstrações contábeis, mas que sejam relevantes para sua compreensão.
d) as informações sobre a base para elaboração das demonstrações contábeis e
das políticas específicas utilizadas.

14) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.1) O Patrimônio Líquido


apresenta as seguintes contas, EXCETO:

a) Ajustes de Avaliação Patrimonial.


b) Dividendos Obrigatórios a Distribuir.
c) Reservas de Capital e Capital Social.
d) Reservas de Lucros e Ações em Tesouraria

15) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.1) Com relação ao conteúdo


das Notas Explicativas, de acordo com a NBC TG 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção
CORRETA.

I. Notas Explicativas contêm informações adicionais em relação à


apresentada nas demonstrações contábeis.
II. As Notas Explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e
aberturas de itens divulgados nas demonstrações contábeis e informação acerca
de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas
demonstrações contábeis.
III. O conjunto completo de demonstrações contábeis não inclui as Notas
Explicativas.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns):

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a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.

16) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2012.1) Em relação às Notas


Explicativas e às Demonstrações Contábeis, assinale
a opção INCORRETA.

a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas as fontes principais da


incerteza das estimativas à data do balanço que tenham risco significativo de
provocar modificação material nos valores contábeis de ativos e passivos durante
o próximo.
b) A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas as
bases de mensuração utilizadas na elaboração das demonstrações contábeis e
outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão
das demonstrações contábeis.
c) Informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão, deve ser apresentada
nas notas explicativas.
d) Políticas contábeis inadequadas podem ser retificadas por meio da divulgação
das políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação
explicativa.

17) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2011.1) Em relação às reservas,


assinale a opção INCORRETA.

a) A assembleia geral poderá destinar parte do Lucro Líquido à formação de


reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do
lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
b) Do Lucro Líquido do exercício, 5% serão aplicados, antes de qualquer outra
destinação, na constituição da Reserva Legal, que não excederá a 20% do Capital
Social.
c) Doações ou subvenções governamentais computados no resultado do período
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d) Reservas de Capital destinam-se à incorporação ao Capital Social e não podem
ser usadas para pagamento de dividendos a ações preferenciais, resgate,
reembolso ou compra de ações.

18) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2011.1) Assinale a opção que


apresenta apenas contas integrantes do Patrimônio Líquido.

a) Ações em Tesouraria, Reserva Legal e Custo das Mercadorias Vendidas.


b) Capital Subscrito, Prejuízos Acumulados e Reserva de Lucros.
c) Lucros Acumulados, Ações em Tesouraria e Despesas Antecipadas.
d) Reserva Legal, Dividendos a Pagar e Capital a Integralizar.

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19) (FBC/Exame de Suficiência/CFC/Técnico/2011.1) Uma entidade apresenta,


em 31 .12.2010, os seguintes saldos de contas:

No Balanço Patrimonial, o saldo do Patrimônio Líquido é igual a:

a) R$45.000,00.
b) R$45.900,00.
c) R$46.200,00.
d) R$46.500,00.

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10 GABARITO DAS QUESTÕES

Questão Gabarito
1 D
2 A
3 D
4 D
5 C
6 A
7 A
8 C
9 B
10 A
11 B
12 D
13 A
14 B
15 B
16 D
17 D
18 B
19 A

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