Geografia - Racismo e Xenofobia Na Europa

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Xenofobia, Racismo e Terrorismo na Europa – História,

Geografia, e Atualidades.

Você sabe o que significa a expressão xenofobia?


Então, esse assunto é muito polêmico e alvo de discussões.
Sendo assim, ele aparece em questões de vestibulares, temas de redações, enfim. Então você não pode ficar de fora.

A Europa já viveu tempos mais tranquilos em relação a problemas de Racismo, Xenofobia, e de Terrorismo.
Mas, ao longo da História, o ‘Velho Continente’ registra inúmeros episódios e mesmo guerras completas
movidas por estes fatores. A crise recente provocada por ações terroristas de grupos radicais islâmicos é
apenas uma face do problema. Veja desde ‘As Cruzadas’ e os conflitos contemporâneos.

Xenofobia – trata-se de uma aversão ao estrangeiro que vem habitar aquele país. Isso é muito comum no mundo inteiro, mas
principalmente na Europa. Mas vamos entender porque a xenofobia é um problema dos países desenvolvidos?

Nas últimas décadas um grande número de fluxos migratórios, “invadiram” os principais países europeus.
Esses fluxos provenientes principalmente da África e América Latina se direcionaram a tais países em busca de
mercado de trabalho e melhores condições de vida. Um exemplo deste tipo
A questão xenofóbica e o racismo estão, sobretudo relacionadas ao crescimento de estrangeiros vindos de
outros lugares. Vemos diariamente nas manchetes de jornais, notícias que demonstram ao mesmo tempo o repúdio
dos europeus aos imigrantes e grupos de imigrantes (ou descendentes de imigrantes) que rejeitam a cultura e os
valores europeus

Europa sob ameaça


E, ainda, há o extremismo de grupos externos ou internos à Europa que adotam ações terroristas como
estratégias de contestação à Europa. Nas décadas de 1960 a 1980 a Europa teve grupos terroristas internos que
atuavam por motivações ideológicas de pensamento de esquerda ou de movimentos separatistas.
Nas décadas de 2000 e de 2010 surgiram novas ondas de terrorismo decorrentes de posicionamento religioso,
vinculadas a grupos islâmicos. Entre 2000 e 2010 o grupo Al-Qaeda promoveu atentados terroristas es estações de
metrô na Espanha (Madri – Atocha) e na Inglaterra
(Londres).

Terrorismo – O grupo terrorista


denominado Estado Islâmico, por exemplo, que
emergiu na década de 2010, rejeita os valores e o
estilo de vida decorrentes do Renascimento, do
Iluminismo, do Estado Laico, da Democracia e das
Liberdades Individuais.
Promoveu o massacre aos humoristas do
jornal satírico Charlie Hebdô no início de 2015, e
os atentados terroristas em Paris em novembro do
mesmo ano. O mesmo grupo terrorista promove massacres contra cristãos e também contra muçulmanos de outras
correntes na África e no Oriente Médio.
Um verdadeiro Choque de Civilizações, escreveu Samuel Huntington, para situar o que distinguem os
elementos centrais do pensamento Cristão e do pensamento
Islâmico, com potencial de gerar conflitos não apenas
simbólicos mas também com armas na mão.

As Cruzadas – Se você puxar pela memoria dos


estudos de História vai se lembrar das Cruzadas, que foram
episódios de conflitos e guerras entre Católicos e
Muçulmanos na Idade Média. Veja aqui uma aula de revisão
completa sobre As Cruzadas.

O grupo de terroristas do Estado Islâmico nesta


imagem, por exemplo, foi preso no território Italiano em 2015
e pretendia atacar o Papa e a cidade do
Vaticano.

Várias transformações sociais e


econômicas ocorreram na Europa a partir
da década de 80, aliadas ao processo de
globalização e da integração europeia,
com aumento do fluxo migratório interno
do continente e coma chegada de novas
ondas de imigrantes principalmente da
África e do Oriente Médio.
Países considerados excelentes
em qualidade de vida, emprego e renda
como França e Itália, e países que
estavam ‘subindo’ na escala
socioeconômica como Itália, Portugal e
Grécia passaram a enfrentar crises e
maior taxa de desemprego. Políticos, intelectuais e sindicalistas associaram estes fenômenos ao grande número de
imigrantes país.
Com isso, surgiram grupos
xenofóbicos que realizam movimentos e se
apoiam em doutrinas racistas. Um exemplo de
alcance mundial ocorreu no futebol, quando
jogadores negros ou mulatos foram
hostilizados nos campos e estádios,
chamados de ‘macacos’, e alvejados com
bananas atiradas aos gramados.

‘Somos todos macacos’


Neymar Jr e Daniel Alves
O jogador de futebol Daniel Alves (brasileiro, atleta no time do Barcelona, na Espanha) foi alvo de racismo e
teve bananas atiradas contra ele durante várias partidas.
Daniel não teve dúvida: pegou uma delas, descascou e comeu. Ganhou o jogo e desencadeou um movimento
mundial puxado pelo também jogador de futebol Neymar Júnior, na campanha ‘Somos todos macacos’. Você lembra?
O racismo e a xenofobia gerados na Europa repudiam principalmente os imigrantes. As lideranças destes
movimentos exigem dos governos medidas para conter a imigração e mesmo para repatriar uma parte dos estrangeiros
residentes em seus países. A Europa oscila. Ao mesmo tempo que ‘abriu as fronteiras’ para receber levas de imigrantes
sírios, alguns governos têm adotado medidas mais severas na política de entrada de estrangeiros.
A restrição tem sido feita de modo veemente, mas isto não impede a entrada ilegal de pessoas. A cada ano
aumenta a entrada de imigrantes clandestinos e o tráfico de trabalhadores, que enfrentam ainda mais dificuldades em
encontrar emprego e se estabelecer no país.
Pessoas protestam em frente à agência de
imigração na Alemanha contra o
endurecimento das políticas de migração na
Europa. Foto:

Imigração x Desenvolvimento
Os dilemas europeus são enormes. A
população dos países centrais como
Alemanha e França ´declinante nos grupos
étnicos originários e de religiões cristãs, mas
é crescente entre os descendentes dos
imigrantes africanos e do Oriente de religião
muçulmana. Muitos pesquisadores tratam
o tema como uma ‘bomba populacional’
contra a cultura tradicional europeia.
Porém, de fato, o que acontece é que
essa mão-de-obra originada de países de cultura árabe-islâmica supre as necessidades do mercado europeu,
principalmente naquelas atividades em que se exige menor qualificação profissional e, que consequentemente os
europeus não se sujeitam a atuar. Essas atividades estão relacionadas às áreas da construção civil, serviços de babás,
em hotéis, bares e restaurantes, fábricas, limpeza, e ainda trabalhos rurais.
Para essas pessoas, apesar de representar uma “melhora de vida”, elas muitas vezes trabalham sem registro
algum, em locais insalubres, e se sujeitam a receber remunerações abaixo do que o mercado oferece.

Exercícios de fixação sobre Racismo e Xenofobia


Atenção à questão proposta. Responda e verifique como anda seus conhecimentos sobre Racismo e
Xenofobia!

(FATEC) “Palavras de ordem, símbolos, propaganda, atos públicos, vandalismo e violência são, atualmente,
manifestações de hostilidade frequentes contra estrangeiros na Europa. Os países onde mais intensamente
têm ocorrido conflitos são Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Suíça”.
(MOREIRA, Igor e AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o espaço mundial. 3.ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 37.
Adaptado.)
Sobre o fenômeno social enfocado pelo texto, é válido afirmar que se trata de conflitos:

( ) Civis e militares relacionados às formas históricas de exploração dos países do chamado Terceiro Mundo.
( ) Ligados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia, no contexto globalizado das grandes migrações
internacionais.
( ) Entre imigrantes das diversas nacionalidades que invadem a Europa, atualmente, na disputa por empregos e
por melhores condições de vida.
( ) Culturais principalmente causados pelo conflito armado entre países católicos e protestantes, mas também,
sobretudo, conflitos contra países islâmicos.
( ) Étnicos e sociais decorrentes das dificuldades de desenvolvimento de países europeus em continuar a sua
industrialização nos setores tecnológicos de ponta.

Org. Paulo S. Torres – para alunos da 3ª série do ensino médio da E.E.B. Prof.ª Juracy Maria Brosig
Disponível em: <blogdoenem.com.br> Acesso em: 18 mar. 2016

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Anotações:
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