Chocolate - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
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Chocolate
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paralelamente, o chocolate passou a ser associado a determinadas festividades, como por exemplo
a Páscoa. Além disso, com as descobertas científicas, foram conhecidas algumas propriedades que
o relaciona, especialmente na versão amarga, à saúde humana. Contudo, o mesmo não se aplica a
diversos animais domésticos, para os quais pode chegar a ser tóxico.
Índice
Etimologia
História
Origem
Da América à Europa
Séculos XVII e XVIII
Séculos XIX e XX
Chocolate no Brasil
Produção
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate 1/21
10/01/2022 18:44 Chocolate – Wikipédia, a enciclopédia livre
Produção
Processamento do cacau
Produção do chocolate
Ingredientes
Tipos de chocolate
Chocolate em pó
Variedades
Apresentação (ou formato)
Tipo de gordura
Saúde
Propriedades antioxidantes
Valor nutricional
Acne
Efeitos sobre o humor e consumo compulsivo
Efeitos em animais
Cultura popular
Lendas indígenas sobre a origem do cacau
Festividades
Livros e filmes
Referências
Etimologia
A palavra chocolate provém do castelhano chocolate, que por
sua vez foi originado a partir de línguas indígenas
mesoamericanas.[1] Contudo, sua origem não é completamente
esclarecida, existindo versões diferentes para tal.[2][3] Segundo
a primeira, o termo derivaria de chocola'j (ou chokola'j), que
significa "beber chocolate juntos".[2][3] Alguns dicionários
afirmam que a palavra vem da língua náuatle, a língua dos
astecas,[3] no caso, xocolātl (/ʃo.ko.laːtɬ/), que, por sua vez, é
resultado na fusão de xococ "amargo" + atl "água".[4]) Kakaw ('cacau') escrito na língua
maia. A palavra foi descrita de
Segundo o filólogo mexicano Ignacio Davila Garibi, os
diversas outras maneiras nos
espanhóis construíram a palavra usando o termo Maia chocol
antigos textos maias.
juntado com o termo asteca atl,[3] que significariam chocol
(quente) com o atl (água).[2] Esta última versão é reforçada
pelo fato de que, no final do século XVI, a bebida começou a ser conhecida na Europa, mas não
com o nome cacau (que era a palavra de origem maia, mas adotado também por Astecas e outros
povos mexicanos), mas como chocolate, aparentemente um neologismo cunhado pelos espanhóis a
partir dos termos maia e asteca que seria traduzido, literalmente, como água quente.[5]
História
Origem
O cacaueiro, de nome científico Theobroma cacao, é uma planta nativa de uma região que vai do
México, passando pela América Central, até à região tropical da América do Sul.[3] Artefatos com
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é co, passa do pe a é ca Ce t a , até à eg ão t op ca da é ca do Su . te atos co
traços de cacau sugerem que uma cultura amazônica localizada no que é hoje o Equador
desenvolveu o gosto por produtos de cacau entre 5.450 e 5.300
anos atrás.[6] Os primeiros registros de bebidas achocolatadas
mais conhecidas e mais intensamente estudadas é das
sociedades no sul do México e na América Central, como os
Olmecas e os maias.[5] No entanto, existem evidências que
indicam cultivo anterior a esse período.[7] Desde a sua
domesticação, o cacau é usado como bebida e, depois, como
ingrediente para alimentos. Durante a civilização maia, era Trecho do Códice Zouche-Nuttall no
cultivado e, a partir de suas sementes, era feita uma bebida qual há uma representação de reis
amarga chamada xocoatl,[4] geralmente temperada com da cultura mixteca compartilhando
baunilha e pimenta. O xocoatl, acreditava-se, combatia o uma bebida de chocolate.
cansaço, além de ser afrodisíaco.[8]
Alguns dos vestígios mais antigos de uma plantação de cacau foram datados de 1100 a 1 400 a.C.,
tendo sido encontrados em Puerto Escondido, localidade do Departamento de Cortés, em
Honduras. Pelo tipo de recipientes encontrados e pela análise de seu conteúdo, concluiu-se que
eram usados para produzir uma bebida alcoólica pela fermentação dos açúcares contidos na polpa
que envolve os grãos, bebida essa que continua a ser feita até hoje em partes da América Latina.[9]
Resíduos de chocolate encontrados numa peça de cerâmica maia de Río Azul, na Guatemala,
sugerem que já era utilizado como bebida por volta do ano 400 d.C. Documentos maias e astecas
relatam que o chocolate era usado tanto para fins cerimoniais como no cotidiano, sendo, no
entanto, consumido apenas pela elite.[8]
Por suas reconhecidas propriedades e sua difusão regional, o cacau ganhou grande importância
econômica na Mesoamérica na era pré-colombiana. Os Maias usavam os grãos como moeda. Dez
favas valiam um coelho e por 100 favas de primeira qualidade adquiria-se um escravo.[8][10][11]
Durante o Império asteca (1325 a 1521 dC), sementes de cacau eram uma forma importante de
divisas e meio de pagamento de tributos[8][12] Um dos principais objetivos da expansão imperial
dos Astecas na direção sudeste, durante o século XV, havia sido o de controlar as regiões
produtoras de cacau no Istmo de Tehuantepec e no litoral sul da Guatemala. Diz um cronista
quinhentista que os armazéns de Montezuma II, em Tenochtitlán, continham mais de 40 mil
cargas de amêndoas de cacau, algo estimado em torno de 1 200 toneladas. Grande parte desse
tesouro destinava-se a pagar o soldo dos guerreiros e também alimentá-los: Bernal Diaz, o soldado
de Cortés e narrador da conquista, informou que somente a guarda do palácio consumia
diariamente mais de 2 000 taças da bebida.[5] Seu uso como meio de pagamento continuou até ao
século XX, pois em algumas partes da América Central, o cacau ainda era usado como dinheiro.[3]
Da América à Europa
Foi no golfo de Honduras que Cristóvão Colombo, em sua quarta viagem (1502), abordou algumas
grandes canoas maias carregadas de panos de algodão, armas, utensílios de cobre e amêndoas de
cacau que, segundo o navegador, "eles pareciam ter em grande apreço". Contudo, somente com a
conquista do império Asteca por Hernán Cortés em 1519 que os espanhóis descobriram sua
utilização.[3][5]
Os indígenas o tomavam na forma de uma bebida fria, sem nenhum adoçante e, naturalmente,
sem leite, o que a tornava desagradável ao paladar europeu,[5] que a consideravam muito
amarga.[3] A adição de açúcar de cana, canela e anis a fizeram mais apetecível e ela passou a
integrar a dieta criolla tornando-se cada vez mais apreciada. Para melhor conservação durante o
transporte marítimo, foi adotada uma forma de preparo que já era conhecida dos guerreiros
astecas durante suas longas marchas: o pó era prensado em forma de biscoitos ou tabletes, que no
momento do consumo eram derretidos em água (no caso dos espanhóis quente e adoçada) [5]
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momento do consumo eram derretidos em água (no caso dos espanhóis, quente e adoçada). 5
Mesmo assim, os espanhóis presentes no México levaram algum tempo para se acostumar à
bebida de cacau. Cortés teve que impor-lhes seu uso, pois,
como escreveu ao imperador Carlos V, "uma taça da preciosa
bebida permitia aos homens caminhar um dia inteiro sem
necessidade de outros alimentos".[10]
Com o aumento do consumo e pelo grande valor do produto, logo a França, Inglaterra e Holanda
estavam cultivando cacau nas suas colônias caribenhas e depois em outros lugares do mundo. Com
o aumento da produção os preços caíram e a bebida tornou-se ainda mais popular.[3] a produção
inglesa se iniciou após a tomada da Jamaica em 1655, tendo o cacau passado a chegar
regularmente e a um custo menor aos cafés londrinos. Quatro anos depois um jornal da cidade
publicava a propaganda de um comerciante: "O chocolate, uma excelente bebida das Índias
Ocidentais vendida em Queen's - Headelley... é muito apreciado por suas excelentes qualidades.
Ele cura e protege o corpo contra muitas doenças, como se lê no livro que também está à
venda".[5] No mesmo ano de 1659, Luís XIV concedeu a David Chaliou, oficial da marinha, o
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59, , ,
privilégio de "fabricar e vender, por 19 anos, uma composição que se chamava chocolate".
Nascia, assim, a primeira fábrica francesa de chocolate.[10] Em 1689, o médico Hans Sloane
desenvolveu na Jamaica uma bebida à base de leite com chocolate que foi inicialmente usada por
boticários.[12] Posteriormente, em 1897, a formulação foi vendida aos irmãos Cadbury.[12][14]
Já no século XVIII, a expansão da burguesia e do comércio colonial fizeram crescer ainda mais o
consumo na Europa, ao lado do chá e do café, alcançando setores cada vez mais amplos da classe
média.[8] Em 1772, só em Madri havia 150 moedores de cacau, organizados em corporações
inclusive para se defender da concorrência desleal daqueles que o misturavam com amêndoas,
pinhões e bolotas. Até então o cacau ainda era moído manualmente, à maneira dos astecas, mas no
mesmo ano de 1772, na colônia americana de Massachusetts, surgiu o primeiro moinho hidráulico,
do qual o cacau saia em forma de tortas.[5] Em 1765 surge a primeira fábrica de chocolate nos
Estados Unidos, a companhia Baker's. Assim nascia uma indústria chocolateira, com os processos
mecânicos substituindo os métodos artesanais. Em 1778, o francês Doret desenvolvia uma
máquina para moer, misturar e aglomerar a massa de cacau.[10]
Séculos XIX e XX
Nos últimos anos as grandes empresas têm passado por um processo de compras fusões e
aquisições, o que tem impulsionado uma transformação na indústria dos doces. Após do negócio
entre a Mars e a Wrigley, ocorreram outras 24 fusões de empresas menores. Além disso, a
americana Hershey's e a inglesa Cadbury, duas das maiores do mundo, também negociam os
termos de uma fusão da qual sairiam com 15% do mercado e o primeiro lugar no ranking mundial.
Juntas, a Mars e a Wrigley ficaram com 14,4%.[15]
Chocolate no Brasil
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Somente a partir da segunda metade do século XIX algumas fábricas foram instaladas no Brasil.
Em Porto Alegre os irmãos imigrantes alemães Franz e Max Neugebauer, juntamente com o sócio
Fritz Gerhardt, fundaram a empresa Neugebauer Irmãos & Gerhardt em 1891,[11] a qual é a mais
antiga fábrica brasileira de chocolate. Em 2008, a Nestlé, a Mondelēz International (antiga Kraft)
e a Garoto detinham 90% do mercado brasileiro, enquanto a Mars conta com 3% e o restante do
mercado é tomado por centenas de companhias regionais[15] A Mondelēz é a segunda maior
fabricante de chocolates do Brasil, com 35,8% das vendas em 2009, segundo a Nielsen, atrás
apenas da Nestlé e de sua controlada, a Garoto, que têm 22,5% e 22% do mercado,
respectivamente.[17] Além dessas existem outras marcas, são 21 redes que trabalham com
chocolate e buscam expansão através de franchising.[18] Atualmente o Brasil é o quarto produtor
mundial de chocolate.[10] Um teste realizado pela PRO Teste, em novembro de 2010, com algumas
marcas brasileiras de chocolate ao leite revela que o chocolate produzido no Brasil possui boa
higiene e qualidade nutricional, além de bom sabor. No entanto, a organização reivindica das
autoridades que regras mais claras sejam definidas para garantir a qualidade e a identidade dos
chocolates, tendo em conta a quantidade elevada de sacarose detetada.[19]
Produção
A produção passa por diversas etapas, iniciando-se com o processamento das sementes de cacau
feito no local de cultivo, seguida do transporte e do processo industrial.
Processamento do cacau
bolores. Na secagem, que demora alguns dias, as sementes perdem quase toda sua umidade, o que
resulta na redução de mais da metade de seu peso. Uma vez que os grãos são secos, eles estão
prontos para serem enviados para a indústria.[20]
Estas fases iniciais se realizam in situ nos países produtores de cacau, e têm como missão preparar
os grãos para o transporte às regiões produtoras de chocolate. O transporte deve ser realizado de
modo a evitar a umidade e a absorção de aromas de outras fontes.[21]
Produção do chocolate
Depois de misturados, os chocolates amargo e ao leite passam pelo mesma etapa de processo, no
caso, a refinação. Nesta etapa a mistura é pressionada por uma série de cilindros pesados
(cilindros de refinação) que pressionam os ingredientes até obter uma mistura de flocos secos
finos.[24][25] Manteiga de cacau e uma pequena quantidade de agente de emulsão são adicionados
ao floco e então misturadas para formar uma pasta homogênea pronta para a conchagem.[24] A
conchagem é fase em que a massa recebe nova adição de manteiga de cacau. Durante essa etapa, a
massa é revolvida continuamente, até se transformar em um líquido espesso e cremoso,
desenvolvendo o aroma e o sabor que caracterizam o chocolate. Essa etapa, por ser realizada em
temperatura elevada (60 °C a 80 °C), reduz a umidade, elimina compostos voláteis indesejados,
equilibra os aromas (incorporação eventual de baunilha) e dá à emulsão uma textura
aveludada.[21] As conchas, como as máquinas são conhecidos, têm rolos pesados que movimentam
para frente e para trás a massa de chocolate em um processo que pode levar de de algumas horas a
até sete dias.[24]
Em seguida é feita a moldagem, etapa na qual o chocolate ainda pastoso é colocada em formas
para que adquira o formato desejado. Nas barras crocantes são adicionados recheios de castanhas,
de amêndoas ou flocos de arroz antes de encherem as formas. Depois os chocolates são resfriados
até ficarem sólidos e estarem prontos para a embalagem automática.[25] As formas são geralmente
submetidas a um mecanismo vibratório, que espalha o chocolate de maneira uniforme,[21] sendo o
resfriamento feito em uma câmara de resfriamento.[24] A última fase, o revestimento, aplica-se
apenas às barras recheadas e aos bombons e consiste em adicionar camadas de chocolate sobre o
chocolate ou recheio já solidificado.[21]
Ingredientes
Outros ingredientes de grande importância e que têm seu uso disseminado nos chocolates são a
lecitina de soja, que atua como emulsificante e estabilizante e a baunilha, também substituída pela
vanilina artificial, como aromatizante.[22][27] Atualmente, alguns outros ingredientes vêm sendo
testados, como um chocolate à base de cupuaçu,[28] planta que pertence à mesma família do cacau.
Tipos de chocolate
O chocolate é, em geral, uma mistura de pasta de cacau em pó, manteiga de cacau e açúcar. De
acordo com as proporções utilizadas, obtêm-se diferentes qualidades, texturas e aromas. Os
chocolates com mais porcentagem de manteiga de cacau são mais gordurosos e se derretem
melhor na boca. Os chocolates com maior quantidade de pasta de cacau em pó são de sabor e
aroma mais intensos.[29] Além dessa tipo, que geralmente consumido em forma de tabletes e
bombons, há o chocolate em pó para uso culinário e o achocolatado que pode ser bebido com leite.
Chocolate em pó
O chocolate em pó é feito com a amêndoa de cacau moída, sem a manteiga, sendo muito utilizado
em receitas, inclusive de brigadeiro[30] e chocolate quente.[29] Pode ser amargo, e aí possui o nome
de cacau em pó, meio amargo e doce, que não deve ser confundido com chocolate solúvel (ou
achocolatado) para saborizar o leite.[30][31]
Variedades
Quando apresentado na forma sólida possui algumas versões que diferenciam-se em função do
acréscimo em partes diferentes de seus componentes individuais.[30][32]
Chocolate amargo: feito com os grãos de cacau torrados sem adição de leite. É também
chamado de "chocolate puro", pois além do cacau leva apenas açúcar.[32] Neste caso existem
as variações extra amargo (75 a 85% de cacau), amargo (50 a 75%) e meio amargo (35 a
50%).[30][32] É mais usado em confeitaria, com algumas versões permitem a sua utilização
[29]
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como base para sobremesas, bolos e bolachas.[29] Caracteriza-se pela cor escura e paladar
amargo.[31]
Chocolate ao leite (no Brasil) ou chocolate de leite (em
Portugal): leva na sua confecção leite em pó ou leite
condensado. A maior parte dos fabricantes europeus usam
leite condensado, conforme escolha original de Peter e
Nestlé, enquanto os produtores britânicos e americanos
usam o leite em pó.[32] Neste tipo os teores de cacau estão
entre 30 e 40%.[30]
Chocolate branco: feito com manteiga de cacau, leite,
açúcar e lecitina, podendo ser acrescentados aromas
como o de baunilha.[25][32] Foi criado apenas no século
XX.[11] É o mais doce e de textura bem cremosa.[30]
Couverture: termo em francês que define o chocolate rico
em manteiga de cacau, utilizados pelos profissionais
chocolateiros.[32]
Diet: composto por massa e manteiga de cacau, leite em
pó, sorbitol e sacarina (usados em substituição do açúcar)
Um vasilhame com cacau em pó
e vanilina. O chocolate diet é sempre nobre já que não
pode ser misturado com óleos e gorduras. Apesar de não
ter açúcar em sua composição, eles são altamente calóricos.[30][31] O chocolate dietético, em
geral, é vendido em barras. Podem-se criar produtos banhados e recheados destinados aos
apreciadores de chocolate dietético ou para os diabéticos.[27]
Chocolate branco
Quanto ao formato, o chocolate pode ser comercializado em barras, gotas, bombons e em outras
versões mais peculiares, como na forma de ovos e línguas de gatos. Além disso pode apresentar os
mais diversos ingredientes para recheios como amendoim, amêndoa, avelã, castanha-do-pará,
nozes, castanha de caju, frutas secas, caramelo, biscoito, frutas cristalizadas, manteiga, nata, etc.
Os bombons apresentam uma grande variedade de tipos de recheios. Os principais são: "Boiling"
(ou fervidos que incluem o caramelo ou butterscotch e o fudge) "Fondants" "Croquant" (ou
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(ou fervidos, que incluem o caramelo, ou butterscotch, e o fudge), Fondants , Croquant (ou
crocantes"), "Gianduia", "Marzipã", "Pralinê", "Nougat", "Trufas", "Palets" e "Ganache".[32]
Tipo de
gordura
Trufas
Os chocolates podem ser classificado também em função dos Uma barra de chocolate recheado
diferentes tipos gordura usados em sua produção, podendo ser com caramelo e biscoito
classificado em:
Nobre: contém alto percentual de manteiga de cacau e é o único "chocolate verdadeiro". Para
garantir a facilidade de manuseio, o brilho e uma textura que derreta na boca, deve passar
pela temperagem antes de ser usado.[31] Pode ser encontrado nas versões ao leite, meio
amargo, amargo, extra-amargo, blend (mistura de ao leite com meio amargo) e branco.[31]
Hidrogenado: a manteiga de cacau é substituída por óleo vegetal hidrogenado. É mais barato
e mais fácil de trabalhar, pois dispensa a temperagem. Geralmente é empregado em
produções de grande escala, diminuindo os custos. Sua qualidade final, porém, fica
comprometida quando comparada ao nobre, pois é inferior em sabor e textura.[31] É
encontrado em barra ou pastilhas nas versões ao leite, meio amargo, branco e colorido,
sendo ideal para a decoração e coberturas de doces ou pães,[29][31] não sendo adequado
para fazer trufas, bombons ou ovos de páscoa, pois tem sabor e aroma de gordura vegetal.
Esse tipo de chocolate leva na embalagem o título de cobertura.[31]
Fracionado: De brilho acentuado, dispensa a temperagem. Também é identificado como
cobertura. É feito com a gordura vegetal de palma.[31] Tem mais sabor de leite e textura mais
aveludada que o hidrogenado. Seca mais rápido e concede mais economia nas preparações
banhadas com chocolate devido a sua textura mais fluida, permitindo coberturas mais finas. É
indicado em recheios, para banhar pão de mel, fazer casquinhas de bombons trufados e para
decoração tipo arabescos, ou seja, seu uso deve ser em pequenas porções pois seu sabor
não é igual ao do chocolate nobre. Não é indicado para o preparo de massa de trufa,
cobertura de bombons ou dos ovos de Páscoa.[31]
Saúde
Apesar de o chocolate ser geralmente consumido por prazer, há alguns efeitos positivos para a
saúde. O cacau em pó ou o chocolate amargo, por exemplo, são benéficos para o sistema
circulatório, estimulantes cerebrais, entre outros. As propriedades afrodisíacas dos chocolates
ainda não foram comprovadas. Por outro lado por ser um alimento altamente energético, o
consumo excessivo aumenta o risco de obesidade.
Propriedades antioxidantes
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Os flavonóides, categoria de compostos que também estão presentes no vinho, no chá verde, nas
frutas e nos vegetais,[37] também têm a capacidade de reduzir o LDL e elevar o HDL.[36] Isso
ocorreria porque eles aumentariam os níveis da apolipoproteína A1, principal componente do HDL
("colesterol bom"), e diminuem a apolipoproteína B (ApoB), principal componente do LDL
("colesterol ruim"), no fígado e no intestino.[38]
Além disso, existem alegações de que esses compostos estimulam a comunicação entre os
neurônios e evitam o envelhecimento celular.[36] Contudo, é ressaltado que o consumo excessivo é
prejudicial, por causa do alto índice de açúcar e gordura, o que fazem com que as pessoas ganhem
peso, o que pode neutralizar os ganhos proporcionados pelos antioxidantes.[35]
Valor nutricional
Gorduras
Chocolate derretido e em tabletes. Gorduras totais 29.7
traços de ferro e cobre.[40] Também apresenta em Riboflavina (vit. B2) 0.3 mg (25%)
sua composição o ácido graxo insaturado ácido Niacina (vit. B3) 0.4 mg (3%)
oleico.[37] O conteúdo da gordura do chocolate é
Vitamina B6 0.0 mg (0%)
essencialmente de origem vegetal, o que significa
que é pobre em colesterol, uma vez que o chocolate Ácido fólico (vit. B9) 11 µg (3%)
ao leite contém apenas cerca de 3,5% de gordura Vitamina B12 0.7 µg (29%)
láctica.[40]
Colina 46.1 mg (9%)
O chocolate deve constituir uma parte muito Vitamina C 0 mg (0%)
pequena da dieta diária dos indivíduos. Mesmo na
Vitamina E 0.5 mg (3%)
Suíça, que é o país com o consumo per capita maior
do mundo, o chocolate representa apenas 5 a 10% do Vitamina K 5.7 µg (5%)
total da dieta. Nestas quantidades, o chocolate tem
Minerais
um efeito positivo no equilíbrio nutricional e mesmo
os efeitos que lhes associamos no que respeita ao Cálcio 189 mg (19%)
aumento de cáries dentárias não tem muito Ferro 2.4 mg (18%)
fundamento pois estudos comprovam que o que é
mesmo importante neste aspecto é a higiene Magnésio 63 mg (18%)
dentária, uma vez que uma redução no consumo de Manganês 0.5 mg (24%)
doçarias e chocolates não provoca uma diminuição Fósforo 208 mg (30%)
do número de cáries observadas.[40]
Potássio 372 mg (8%)
Sódio 79 mg (5%)
Acne
Zinco 2.3 mg (24%)
Há uma crença popular de que o consumo de theobromine 205 mg
chocolate pode causar acne.[41] A bem da verdade, Full Link to USDA Database entry (http://ndb.nal.usd
deve-se citar que em livros conceituados de a.gov/ndb/foods/show/6153?fgcd=&manu=&lfacet=
dermatologia da década de 50 encontrar-se-á &format=&count=&max=35&offset=&sort=&qlookup
explicitamente essa afirmação.[41] Dos anos 60 até =Candies%2C+milk+chocolate)
os anos 80, contudo, estudos sistemáticos tentaram Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária
recomendada para adultos.
fundar em base sólida a crença; buscando relacionar Fonte: USDA Nutrient Database (http://www.nal.usda.gov/fni
o consumo de alimentos com alto índice glicêmico, e c/foodcomp/search/)
em particular o chocolate, à acne. Evidências de
correlação concreta não foram encontradas.[41][42][43]
Nas décadas seguintes, a questão foi minuciosamente escrutinada, e uma revisão dos estudos que
procuraram identificar se as dietas ricas em carboidratos ou gordura estimulam a secreção sebácea
e afetam adversamente a pele estabelece, dentro dos limites das certezas científicas, que estas
alegações são infundadas. Algumas destas modernas pesquisas usaram inclusive chocolates cujas
moléculas de gordura foram estruturadas com isótopos radioativos (monitorando tais isótopos,
acompanha-se o metabolismo das mesmas). O acúmulo de material radioativo no sebo das
glândulas sudoríparas (e nas espinhas) foi praticamente nulo, o que demonstra que não há relação
molecular direta entre o consumo de chocolate e a acne.[41][44]
Atualmente sabe-se que as glândulas sebáceas não respondem diretamente aos alimentos e sim
aos hormônios produzidos pelo próprio organismo;[45] e o status quo científico atual é de que não
há relação entre o chocolate e a acne.[41][43][46]
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Desse modo, embora não exerça grande influência sobre o Os três tipos mais comuns de
comportamento humano, são descritas sensações de prazer com o metilxantinas: Cafeína: R1 =
consumo. Alguns atribuem à presença de metilxantinas, que podem R2 = R3 = CH3 Teobromina:
provocar sensações de bem-estar. Outra ação relacionada ao bem- R1 = H, R2 = R3 = CH3
estar é o aumento da produção de feniletilamina, uma substância do Teofilina: R1 = R2 = CH3, R3
=H
grupo das endorfinas.[40][45] As principais metilxantinas presentes
são a cafeína em quantidades mínimas, que correspondem a 5% de
uma xícara de café,[45] e teobromina que exercem uma ação energética que incide na concentração
e capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.[39] Em cada 100 gramas de
chocolate é possível encontrar 160 miligramas de teobromina.[37]
Efeitos em animais
Em certas quantidades, a teobromina encontrada no chocolate é venenosa a animais como
cães,[48][49] gatos (especialmente filhotes), cavalos, papagaios e hamsters. Os sintomas podem
começar a aparecer a partir de 20 mg de metilxantinas por kilo do cão[50].
A teobromina estimula o sistema nervoso central e o músculo cardíaco. Cerca de 1 kg de chocolate
ao leite, ou 146 g de chocolate de culinária (couverture) são suficientes para matar um cão de
22 kg.[51]
Essa substância tem um tempo de vida médio de 17,5 horas no organismo de um cão. À medida
que o tempo passa, ela vai sendo mais absorvida pelo organismo do animal causando sintomas
distintos. Nas duas primeiras horas são observados diárreias, vômitos e hiperatividade. Ao longo
do tempo, com a maior absorção da teobromina, observam-se aumento da taxa de batimento
cardíaco, o que pode ocasionar em arritmia, tremor muscular, aumento da produção de urina,
hiperatividade e hiper excitabilidade ou dor excessiva.[51] Além desses problemas, o consumo de
doces por animais também pode provocar cárie. Para evitar esses problemas, empresas
desenvolveram chocolates especiais que podem ser apreciados tanto por humanos quanto por
animais. O segredo é a retirada do açúcar e do cacau da composição.[49]
Cultura popular
O livro de Gênesis Maia, o Popol Vuh , atribui a descoberta do chocolate aos deuses. Na lenda, a
cabeça do herói Hun-Hunahpú, decapitado pelos senhores de Xibalba, o inferno maia, estava
pendurado em uma árvore morta que milagrosamente deu frutos em forma frutos do cacau. O
senhor então cospe na mão de uma jovem de Xibalba garantindo assim a sua fecundação. É por
isso que o povo maia usa chocolate como preliminar para o casamento. Cacau também ajuda a
ifi i D
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d f l id é h d t d 15/21
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purificar a crianças. Do mesmo modo, o falecido é acompanhado com sementes de cacau na sua
viagem para o além.
Uma lenda asteca diz que
Quetzalcoatl roubou uma
árvore de cacau da terra
dos filhos do sol, para
presentear seus amigos, os
homens, com aquela delícia
dos deuses. Essa lenda deve
ter influenciado Carolus
Linnaeus, botânico sueco,
Chocolate em formato de ovos que classificou a planta,
envoltos em papel brilhante, na denominando-a
forma como usualmente é Theobroma cacao do grego
apresentado na Páscoa. Theo (Deus) e broma
(alimento).[10]
Caveira dos Dia dos Mortos feita
com açúcar, chocolate, e amaranto
Festividades
No mundo todo, o
chocolate aparece como
Uma caixa de bombons, tradição em festividades
frequentemente dada como populares: Páscoa, dia das
presente Mães, dia dos Namorados,
Chanucá, Natal, dia das
bruxas, dia dos Mortos,
entre outros.[52][53][54][55]
Bolo de chocolate, um dos usos
Na Páscoa, é presenteado em formato de ovos de Páscoa mais famosos do chocolate.
recheados com pequenos brinquedos ou com doces variados,
sendo um dos símbolos da data[55] O uso desse símbolo na
festa cristã aconteceu após o Primeiro Concílio de Niceia, em 325. Neste período, foi feita a
adaptação de algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos. Com isso, surgiram
ovos com a pintura imagens de Jesus Cristo e Maria. Já no período medieval, nobres e reis
costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e
cravejados de pedras preciosas, tradição que foi modificada até o atual ovo de chocolate.[56]
Por sua vez, a tradição de presentear namorados com chocolate deve ter surgido com a princesa
Maria Teresa da Espanha, pois quando a mesma tornou-se a noiva do rei Luís XIV de França,
enviou-lhe chocolate de presente em uma cesta em forma de coração. Assim surgiu o costume dos
namorados se presentearem com chocolate.[57]
Outros usos em festividades ao redor do mundo podem ser citados: os mexicanos usam chocolate
uso hoje como oferenda, no Dia dos Mortos, na forma da Mole, que entre outros ingredientes,
pode ser feito com pimenta e chocolate. Por sua vez, na comemoração do Chanucá, os judeus
presenteiam as crianças com chocolate em forma de moedas embrulhados em papael.[52] Nos
Estados Unidos, o dia das bruxas ou Halloween (em inglês) é o segundo maior evento em
faturamento do mercado de chocolates, perdendo somente para o Natal.[58]
Livros e filmes
O chocolate é tema central de diversos livros famosos e suas versões cinematográficas. Em 1964,
Roald Dahl publicou um livro infantil intitulado "Charlie and the Chocolate Factory" (br: "A
F á i Fáb i d Ch
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate l " "Ch li fáb i d h l ") A hi ó i i 16/21
10/01/2022 18:44 Chocolate – Wikipédia, a enciclopédia livre
Fantástica Fábrica de Chocolate"; pt: "Charlie e a fábrica de chocolate"). A história gira em torno
de um menino pobre chamado Charlie que é convidado a visitar a maior fábrica de chocolates do
mundo, propriedade de Willy Wonka. Duas adaptações do livro foram feitas para as telas de
cinema: Willy Wonka and the Chocolate Factory (pt-br: A fantástica fábrica de chocolate / pt: A
maravilhosa história de Charlie), filme norte-americano de 1971 dirigido por Mel Stuart e tendo
Gene Wilder como Willy Wonka;[59] e Charlie and the Chocolate Factory (pt-br: A Fantástica
Fábrica de Chocolate / pt: Charlie e a Fábrica de Chocolate), também norte-americano do ano de
2005 dirigido por Tim Burton e tendo Johnny Depp como protagonista.[60]
Outros filmes também têm o doce como tema central ou como auxiliar da trama. Chocolat (pt-
br/pt: Chocolate), um filme norte-americano de 2000, dirigido por Lasse Hallström tendo como
protagonistas Juliette Binoche, Judi Dench e Alfred Molina. O filme relata a história de uma mãe
solteira, e sua filha de seis anos que mudam-se para uma cidade rural francesa onde abrem uma
loja de chocolates em frente à igreja, o que atrai a certeza da população de que o negócio não terá
sucesso. Porém, aos poucos consegue persuadir os moradores da cidade a desfrutar seus deliciosos
produtos.[61] O filme é uma adaptação de Chocolat um livro de 1999 escrito por Joanne Harris. Há
também o romance da escritora mexicana Laura Esquivel Como Água para Chocolate. O título é
uma expressão típica do México que é mencionada no livro. Lá se prepara o chocolate quente
dissolvendo-se a barra caseira de chocolate em água, em vez de leite. Para que o chocolate derreta
é preciso que a água esteja fervendo; então, se a pessoa está "como água para [fazer] chocolate"
significa que está fervendo, de raiva ou de outra emoção. O livro inspirou o filme de 1992 Como
Água para Chocolate, dirigido pelo mexicano Alfonso Arau. Entre outros filmes podem
mencionar-se Sangue e Chocolate, Merci pour le chocolat (Teia de Chocolate), The Naked Jungle
(A Selva Nua).[62][63] e Morango e Chocolate[64] podem ser citados.
Além desses existe um grande número de livros, sejam ficção, enciclopédias, técnicos, receitas,
entre outros.[65][66] Em telenovelas há Chocolate com Pimenta produção brasileira exibida
nacionalmente no horário das 18 horas pela Rede Globo entre 8 de setembro de 2003 e 8 de maio
de 2004, em 209 capítulos. Escrita por Walcyr Carrasco, com colaboração de Thelma Guedes e
dirigida por Jorge Fernando, a novela foi reapresentada na sessão Vale a Pena Ver de Novo, de 24
de julho de 2006 a 26 de janeiro de 2007 em 135 capítulos. Apresentou Murilo Benício e Mariana
Ximenes como protagonistas.[67]
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