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SISTEMA DE EMERGÊNCIA DE

ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR


• Definição:
• Cadeia de recursos e serviços organizados e
sistematizados em uma determinada região,
composta de profissionais oriundos e não
oriundos da área de saúde, para prestar
atendimento pré-hospitalar a vítimas, no local
onde se iniciou a emergência, até a chegada
ao ambiente hospitalar.
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR
• Definição:
• É a prestação de atividades de Suporte Básico
de Vida (SBV) ou Suporte Avançado de Vida
(SAV), por profissional qualificado e habilitado de
acordo com o seu nível de treinamento e a
legislação vigente, para avaliar, identificar e
corrigir, no local da ocorrência, os problemas que
comprometam a vida de uma vítima acidentada
ou de emergência médica, transportando-a com
segurança ao recurso hospitalar.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
• Atividade que consiste em procedimentos pré-
hospitalar básico com a finalidade de
minimizar o sofrimento do acidentado, evitar o
agravamento das lesões e manter a vítima
viva até a chegada do SAV ou a sua entrega
no hospital.
• Exemplos: reanimação cardiopulmonar,
controle de hemorragia, imobilização de
fratura, movimentação, etc.
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
(SAV)
• Atividade que consiste em procedimentos de
atendimento pré-hospitalar, incluindo-se as
manobras invasivas, executada por médico
com o auxílio de enfermeiro no próprio local
da emergência.
• Exemplos: intubação orotraqueal,
desfibrilação cardíaca manual, administração
de drogas, entre outros.
PERFIL ADEQUADO AO
PROFISSIONAL DE SBV
• A atividade de atendimento pré-hospitalar
exige a formação e o emprego de
profissionais com capacidade técnica e com
perfis físicos e psicológicos adequados à
profissão face as particularidades e
características de tal atividade, tais como:
PERFIL ADEQUADO AO
PROFISSIONAL DE SBV
• Formação técnica
• Condicionamento físico
• Boa apresentação pessoal
• Discrição e sigilo
• Uso adequado do vocabulário
• Estabilidade emocional
• Amabilidade
• Iniciativa e criatividade
COMPETÊNCIA OPERACIONAL DO
SBV
• Quando na ausência do SAV, o SBV é o
responsável pela assistência da vítima em
nível básico, e deverá determinar:
• A natureza da ocorrência
• A necessidade de triagem de vítimas
• Os níveis de cuidados necessários para cada
vítima
• Além do isolamento do local
LEGISLAÇÃO
• No atendimento de uma ocorrência as ações
ou omissões praticadas pelos membros da
equipe de atendimento pré-hospitalar,
poderão ser questionadas sobre os seguintes
aspectos:
LEGISLAÇÃO
Imprudência:
• Definição: expor-se a si próprio e/ou a outrem
a um risco ou perigo sem as precauções
necessárias para evitá-los
• Exemplo: é imprudente o socorrista que dirige
um veículo de emergência sem colocar o cinto
de segurança, ou ainda excede o limite de
velocidade permitido na via
LEGISLAÇÃO
Imperícia:
• Definição: falta de conhecimento técnico ou
destreza em determinada arte ou profissão
• Exemplo: aplicação de uma injeção por parte
de um socorrista que desconhece da
adequada técnica de como faze-lo,
responderá penalmente pela lesão causada
LEGISLAÇÃO
Negligência:
• Definição: descumprimento dos deveres
elementares correspondentes a determinada
arte ou profissão
• Exemplo: socorrista que deixa de monitorar os
sinais vitais de uma vítima traumatizada,
durante o atendimento, podendo incorrer em
homicídio culposo
• Deixar de usar o EPI
LEGISLAÇÃO
Omissão de socorro
• Forma legal de acordo com o Código Penal:
• Art. 135 (CP) - Deixar de prestar assistência,
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade
pública:
LEGISLAÇÃO
• Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses,
ou multa. Parágrafo único - A pena é
aumentada de metade, se da omissão resulta
lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta a morte.
LEGISLAÇÃO
• Importante: O fato de chamar o socorro
especializado, nos casos em que a pessoa
não possui um treinamento específico ou não
se sente confiante para atuar, já
descaracteriza a ocorrência de omissão de
socorro.
CONCEITOS GERAIS
• Toda pessoa que for realizar o atendimento
pré hospitalar (APH), mais conhecido como
primeiros socorros, deve antes de tudo,
atentar para a sua própria segurança.
• O impulso de ajudar a outras pessoas, não
justifica a tomada de atitudes inconsequentes,
que acabem transformando-o em mais uma
vítima.
CONCEITOS GERAIS
• A seriedade e o respeito são premissas
básicas para um bom atendimento de APH
(primeiros socorros).
• Para tanto, evite que a vítima seja exposta
desnecessariamente e mantenha o devido
sigilo sobre as informações pessoais que ela
lhe revele durante o atendimento.
CONCEITOS GERAIS
• Quando se está lidando com vidas, o tempo é
um fator que não deve ser desprezado em
hipótese alguma.
• A demora na prestação do atendimento pode
definir a vida ou a morte da vítima, assim
como procedimentos inadequados.
CONCEITOS GERAIS
• Importante lembrar que um ser humano pode
passar até três semanas sem comida, uma
semana sem água, porém, pouco provável,
que sobreviva mais que cinco minutos sem
oxigênio.
CONCEITOS GERAIS
• Prestador de socorro: Pessoa leiga, mas com
o mínimo de conhecimento capaz de prestar
atendimento à uma vítima até a chegada do
socorro especializado.
CONCEITOS GERAIS
• Socorrista: Titulação utilizada dentro de
algumas instituições, sendo de caráter
funcional ou operacional, tais como: Corpo de
Bombeiros, Cruz Vermelha Brasileira,
Bombeiros Profissionais, Brigadas de
Incêndio, etc.
CONCEITOS GERAIS
• Manutenção da Vida: Ações desenvolvidas
com o objetivo de garantir a vida da vítima,
sobrepondo à "qualidade de vida".
• Qualidade de Vida: Ações desenvolvidas para
reduzir as sequelas que possam surgir
durante e após o atendimento.
CONCEITOS GERAIS
• Urgência: Estado que necessita de
encaminhamento rápido ao hospital.
• Emergência: Estado grave, que necessita
atendimento médico, embora não seja
necessariamente urgente.
• Exemplos: contusões leves, entorses, etc.
CONCEITOS GERAIS
• Acidente: Fato do qual resultam pessoas
feridas e/ou mortas que necessitam de
atendimento.
• Incidente: Fato ou evento desastroso do qual
não resultam pessoas mortas ou feridas, mas
que pode oferecer risco futuro.
CONCEITOS GERAIS
• Sinal: É a informação obtida a partir da
observação da vítima.
• Sintoma: É informação a partir de uma relato
da vítima.
CONCEITOS GERAIS
• O prestador de socorro deve ter em mente
que a vítima possui o direito de recusar o
atendimento.
• No caso de adultos, esse direito existe
quando eles estiverem conscientes e com
clareza de pensamento.
CONCEITOS GERAIS
• Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais
como: crenças religiosas ou falta de confiança no
prestador de socorro que for realizar o
atendimento.
• Nestes casos, a vítima não pode ser forçada a
receber os primeiros socorros, devendo assim
certificar-se de que o socorro especializado foi
solicitado e continuar monitorando a vítima,
enquanto tenta ganhar a sua confiança através
do diálogo.
CONCEITOS GERAIS
• Caso a vítima esteja impedida de falar em
decorrência do acidente, como um trauma na
boca por exemplo, mas demonstre através de
sinais que não aceita o atendimento, fazendo
uma negativa com a cabeça ou empurrando a
mão do prestador de socorro, deve-se
proceder da seguinte maneira:
CONCEITOS GERAIS
• Não discuta com a vítima;
• Não questione suas razões, principalmente se
elas forem baseadas em crenças religiosas;
• Não toque na vítima, isso poderá ser
considerado como violação dos seus direitos.
CONCEITOS GERAIS
• Converse com a vítima. Informe a ela que
você possui treinamento em primeiros
socorros, que irá respeitar o direito dela de
recusar o atendimento, mas que está pronto
para auxiliá-la no que for necessário
• Arrole testemunhas de que o atendimento foi
recusado por parte da vítima.
CONCEITOS GERAIS
• No caso de crianças, a recusa do atendimento
pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo
responsável legal.
• Se a criança é retirada do local do acidente
antes da chegada do socorro especializado, o
prestador de socorro deverá, se possível,
arrolar testemunhas que comprovem o fato.
CONCEITOS GERAIS
• O consentimento para o atendimento de
primeiros socorros pode ser:
• 1 - formal, quando a vítima verbaliza ou
sinaliza que concorda com o atendimento,
após o prestador de socorro ter se identificado
como tal e ter informado à vítima que possui
treinamento em primeiros socorros
CONCEITOS GERAIS
• 2 - implícito, quando a vítima está
inconsciente, confusa ou gravemente ferida a
ponto de não poder verbalizar ou sinalizar
consentindo com o atendimento.
• Nesse caso, a legislação cita que a vítima
daria o consentimento, caso tivesse
condições de expressar o seu desejo de
receber o atendimento de primeiros socorros.
CONCEITOS GERAIS
• O consentimento implícito pode ser adotado
também no caso de acidentes envolvendo
menores desacompanhados dos pais ou
responsáveis legais.
• Do mesmo modo, a legislação cita que o
consentimento seria dado pelos pais ou
responsáveis, caso estivessem presentes no
local.
ACIONAMENTO DO SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA
• O acionamento do serviço público
emergência, deve ser feito no início da
ocorrência e transmitir alguns dados que
serão essenciais para um atendimento
adequado, são eles:
ACIONAMENTO DO SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA
• Tipo da emergência
• Quantidade de vítimas
• Localização e estado das vítimas
• Endereço e ponto de referência
• Telefone de contato
ACIONAMENTO DO SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA
EM CASO DE EMERGÊNCIA
LIGUE

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ANATOMIA E FISIOLOGIA
Anatomia: É a ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e o
desenvolvimento dos seres organizados. A anatomia humana realiza esse estudo no
homem.
Fisiologia: É o estudo das funções de cada órgão.
Constituição do corpo humano: O corpo, ou melhor, o organismo humano, se compõe
de CÉLULAS e que estas se combinam para formar TECIDOS, os quais se associam
de vários modos para constituir os distintos ÓRGÃOS. Estes órgãos, em conjunto,
desempenham tarefas especificas para todo o corpo, compondo APARELHOS e
SISTEMAS orgânicos.
Importante:
Célula: É a menor porção estrutural e funcional que constitui o ser vivo, podendo ser
observada, na maioria dos casos, em microscópio.
Tecido: O tecido e um conjunto de células de forma e função semelhantes.
Órgão: são unidades supra teciduais com forma e funções próprias, definidas como
instrumentos de função
Aparelho: são formados por órgãos de vários tecidos.
Ex.: aparelho digestivo, o aparelho respiratório, o aparelho circulatório.

Conformação e divisão do corpo humano:


O corpo humano pode ser dividido em cinco regiões: cabeça, pescoço, tronco e
membros inferiores e superiores.

REPULHO
Quadrantes abdominais:
Para facilitar a localização das lesões internas na região abdominal, o socorrista deverá
aplicar a regra dos quadrantes abdominais.
Trata-se de uma divisão imaginária em quatro partes

O sistema circulatório
O sistema circulatório, também chamado de sistema cardiovascular, é o responsável
pelo transporte de sangue, oxigênio e nutrientes para todo o corpo humano. Ele é
formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares).
Como funciona um coração?
O coração é composto por 4 cavidades, dois átrios e dois ventrículos. Entre o átrio direito
e o ventrículo direito, há uma válvula chamada tricúspide, que serve de ponte entre as
duas cavidades. Do lado esquerdo, essa ligação é feita pela válvula mitral, chamada
também de bicúspide.
Na estrutura do coração, é importante destacar o miocárdio, músculo responsável pelo
batimento involuntário e o bombeamento do sangue. O processo de batimento cardíaco
é dividido em sístole, quando há contração muscular das câmaras do coração, e
diástole, momento em que há o relaxamento dessas câmaras.

Tipos de circulação
Já vimos que o coração bombeia sangue para todo o corpo, agora vamos ver os dois
tipos de circulação que acontecem no nosso corpo: a sistêmica (ou grande circulação)
e a pulmonar (também chamada de pequena circulação).

REPULHO
Sistêmica ou grande circulação
Esse processo envolve todo o corpo humano. O sangue rico em oxigênio (ou sangue
arterial) que está no ventrículo esquerdo sai pela artéria aorta e se espalha por todo o
corpo por meio de artérias menores e mais finas, conhecidas como arteríolas e
capilares. Após as trocas gasosas, o sangue retorna ao coração rico em gás carbônico
(ou sangue venoso) no átrio direito.
Pulmonar ou pequena circulação
Como o próprio nome diz, ela envolve os pulmões. A troca funciona assim: o coração
manda para o pulmão o sangue pobre em oxigênio, que o devolve oxigenado.
O sangue venoso (rico em gás carbônico), que é depositado no átrio direito, vai para o
ventrículo direito e é bombeado pelas artérias pulmonares, que se ramificam em artérias
de menor calibre nos pulmões direito e esquerdo.
A troca gasosa só é possível de ser realizada graças ao processo de hematose, em que
o sangue que está nas veias capilares perde gás carbônico e recebe o oxigênio dos
alvéolos pulmonares. Ao ser bombeado para o coração novamente, este sangue vai
para o átrio esquerdo e o processo se repete.
Sistema respiratório:
Dividido em vias aéreas superiores (nariz, boca, faringe e laringe) e inferiores (traqueia,
brônquios, bronquíolos e pulmões) o sistema respiratório e de fundamental importância
no estudo relacionado aos atendimentos emergências uma vez que a garantia da
respiração e troca gasosa se constitui numa das principais prioridades.

A função do sistema respiratório é a Hematose.

HEMATOSE: Hematose é a transformação do sangue venoso em sangue arterial que


ocorre nos pulmões, através de uma troca de gases que ocorre devido à diferença de
concentração de oxigênio e gás carbônico por um processo conhecido como difusão.

REPULHO
A hematose é um processo que ocorre nos alvéolos pulmonares e garante que o
sangue rico em gás carbônico seja oxigenado. A hematose é um mecanismo de trocas
gasosas que ocorre nos alvéolos pulmonares. Esse processo é fundamental para
garantir o transporte de oxigênio pelo corpo e a remoção do gás carbônico.

Apneia: A respiração cessa porque as vias aéreas colapsam, impedindo que o ar


chegue até os pulmões. Entende-se por apneia a interrupção completa do fluxo de
ar através do nariz ou da boca por um período de pelo menos 10 segundos nos
adultos.
Dispneia: Dificuldade de respirar, muitas vezes acompanhada de opressão torácica e
mal-estar. A dispneia pode ser devida a diversas causas que impeçam uma perfeita
oxigenação sanguínea: as que impedem ou dificultam a ventilação ou entrada e saída
de ar para ou dos pulmões; as que comprometem a transferência do oxigénio dos
pulmões para o sangue; as que dificultam a circulação do sangue para os pulmões; e
as que são devidas a perturbações do centro respiratório cerebrais.

Sistema esquelético:
Sabemos que a locomoção só é possível graças a uma ação coordenada de ossos,
músculos e articulações. O sistema esquelético é essencial nesse processo de
movimentação e é formado por uma grande quantidade de ossos perfeitamente
interligados que recebe o nome de esqueleto. Além do esqueleto, cartilagens, tendões
e ligamentos fazem parte desse sistema.
O esqueleto, com seus 206 ossos, atua sustentando alguns tecidos, protegendo órgãos,
auxiliando no movimento, produzindo células do tecido sanguíneo e armazenando
minerais. Os ossos são formados por um tipo de tecido conjuntivo denominado tecido
ósseo, que se caracteriza por ter uma matriz calcificada que confere rigidez. Esse tecido
é formado por três tipos celulares: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.
Os osteoblastos estão relacionados principalmente com a produção da matriz
orgânica. Os osteoclastos atuam promovendo a reabsorção do osso através da
liberação de enzimas. Por fim, temos os osteócitos, que são células maduras que

REPULHO
ajudam na manutenção da matriz e na reabsorção óssea em resposta à estimulação do
hormônio da paratireoide.
Podemos classificar o tecido ósseo em dois tipos: compactos e esponjosos. Os ossos
compactos apresentam-se fortes e resistentes, com poucos poros. Já
os esponjosos apresentam diversos espaços.
Os ossos do esqueleto também podem ser classificados de acordo com sua forma em:
ossos longos, ossos curtos, ossos laminares, ossos irregulares e ossos sesamoides.
Os ossos longos são aqueles que apresentam um comprimento maior que a largura.
São constituídos por uma haste (diáfise) formada por tecido ósseo compacto e duas
extremidades (epífises) formadas por um núcleo de osso esponjoso envolto por tecido
ósseo compacto. Como exemplo de ossos longos, podemos citar o úmero, o rádio e a
fíbula.

Funções:
Veja a seguir as principais funções desempenhadas pelo esqueleto:
Garante a sustentação do nosso corpo; garante a movimentação juntamente com os
músculos; é um local para a inserção dos músculos; protege os órgãos internos,
formando verdadeiras caixas de proteção (as costelas, por exemplo, protegem o
coração e o pulmão); constitui verdadeiros depósitos de sais minerais, principalmente
cálcio e fósforo; produz células sanguíneas.
Dentro de alguns ossos, é possível observar a medula óssea vermelha, a qual é o local
de produção de células do sangue.

REPULHO
“CURIOSIDADE”
Quantos ossos tem o corpo humano?
O corpo humano de um adulto tem 206 ossos, divididos em várias partes ao longo do
corpo. São duas estruturas chamadas de esqueleto axial e esqueleto apendicular, que
se unem por meio da cintura pélvica e escapular.
Dessa forma, o chamado esqueleto axial é composto pelos ossos da cabeça, tronco e
pescoço, formando a estrutura mais central do nosso corpo. O esqueleto apendicular,
por sua vez, é formado pelos membros superiores e inferiores.
Quantos ossos tem um recém-nascido?
Por mais contra intuitivo que isso possa parecer, um recém-nascido tem muito mais
ossos do que um ser humano adulto. São cerca de 300 ossos, sendo que as
dezenas excedentes estão posicionadas, principalmente, na cabeça.
Assim, algumas partes do crânio de um bebê, conhecidas como fontanelas ou, mais
popularmente, “moleiras”, são compostas por dezenas de pequenos ossos que, com o
passar dos anos, se fundem para formar o crânio como é conhecido na fase adulta: um
só osso.
Esse processo de um crânio composto, inicialmente, por diversos ossos, é fundamental
para facilitar o processo do parto. Dessa forma, é muito mais fácil fazer com que o
bebê possa passar pelo canal de nascimento.
Sistema nervoso:
O sistema nervoso é, sem dúvidas, um dos mais importantes sistemas do corpo. Ele
está relacionado com a compreensão, percepção e resposta aos estímulos internos e
do ambiente que nos rodeia.
Podemos dividir o sistema nervoso em duas partes: o sistema nervoso central (SNC)
e o sistema nervoso periférico (SNP). Fazem parte do SNC o encéfalo e a medula
espinal. É nessa parte que mensagens são identificadas e as respostas são geradas.
Já no SNP encontramos nervos e gânglios, que são os responsáveis por levar a
informação dos órgãos para o SNC e deste para os órgãos.

REPULHO
Sistema Nervoso Central: O SNC está localizado no interior do crânio (encéfalo) e no
canal vertebral (medula espinal). Nele podemos perceber duas regiões bem definidas:
a substância cinzenta e a substância branca. Na substância cinzenta, encontramos
corpos celulares dos neurônios e seus dendritos, enquanto na substância branca é
predominante a presença de axônios. Os axônios mielinizados tornam essa região mais
clara, por isso a denominação “substância branca”.
O encéfalo humano, erroneamente chamado de cérebro, é a parte do SNC alojada no
crânio. Essa parte é formada por bilhões de neurônios e pode ser dividida em cérebro,
tálamo, hipotálamo, mesencéfalo, cerebelo, ponte e bulbo.
A medula espinal, que se aloja no interior da coluna, é um cordão cilíndrico que possui
como função transmitir mensagens vindas do encéfalo para outras partes do corpo e
levar os estímulos recebidos até o encéfalo. É da medula que partem os nervos
conhecidos como espinhais.
Tanto o encéfalo quanto a medula espinal são envolvidos por três membranas
chamadas de meninges. Elas são chamadas, da mais externa para a mais interna, de
dura-máter, aracnoide e pia-máter. O papel principal dessas membranas é fornecer
proteção ao SNC.
Sistema Nervoso Periférico: O SNP é formado por 12 pares de nervos cranianos e 31
pares de nervos espinhais. Os nervos cranianos estão ligados ao encéfalo, enquanto os
espinhais estão ligados à medula espinal. De acordo com o local da coluna em que o
nervo espinhal emerge, ele recebe uma denominação. Existem oito pares de nervos
cervicais, doze torácicos, cinco lombares, cinco sacrais e um coccígeo. Os gânglios,
que também compõem o SNP, são dilatações onde estão localizados os corpos
celulares.
O SNP pode ser dividido em voluntário e autônomo. O SNP voluntário é aquele
responsável por inervar músculos estriados esqueléticos que não possuem ação
involuntária. Já o SNP autônomo inerva o músculo liso e o estriado cardíaco, que
possuem ação involuntária.
O SNP autônomo pode ainda ser dividido em simpático e parassimpático. Enquanto o
simpático está relacionado, de uma maneira geral, com o estímulo do metabolismo, o
parassimpático relaciona-se com uma redução. Um exemplo são os batimentos
cardíacos, que são acelerados pelo sistema simpático e desacelerados pelo
parassimpático. Observa-se, portanto, que eles possuem ações antagônicas.

REPULHO
Sistema tegumentar:
O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos, pelos
e receptores sensoriais) e tem importantes funções, sendo a principal agir como
barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos e evitando o ressecamento
e perda de água para o meio externo.
Entre os vertebrados, o tegumento é composto por camadas: a mais externa, a
epiderme é formada por tecido epitelial, a camada subjacente de tecido conjuntivo é a
derme, seguida por um tecido subcutâneo, também conhecida como hipoderme. Há
também uma cobertura impermeável, a cutícula.

Funções do Tegumento:
 Envolve e protege os tecidos e órgãos do corpo;
 Protege contra a entrada de agentes infecciosos;
 Evita que o organismo desidrate;
 Controla a temperatura corporal, protegendo contra mudanças bruscas de
temperatura;
 Participa da eliminação de resíduos, agindo como sistema excretor também;
 Atua na relação do corpo com o meio externo através dos sentidos, trabalhando
em conjunto com o sistema nervoso;
 Armazena água e gordura nas suas células.

Anatomia da pele:
Epiderme; A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células apresentam
diferentes formatos e funções. Elas são originadas na camada basal, e se movem para
cima, tornando-se mais achatadas à medida que sobem. Quando chegam na camada
mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem núcleo) e são
compostas em grande parte por queratina. Entre a camada basal (mais interna) e a
córnea (mais externa), há a camada granulosa, onde as células estão repletas de

REPULHO
grânulos de queratina e a espinhosa, na qual as células possuem prolongamentos que
as mantêm juntas, dando-lhe esse aspecto.
Nos vertebrados terrestres, as células da camada córnea são eliminadas
periodicamente, tal como em répteis que trocam a pele, ou continuamente em placas ou
escamas, como acontece nos mamíferos assim como nos humanos.

Derme; Observe na figura a seguir um corte transversal da pele visto ao microscópio. A


parte superior (mais escura) é a epiderme e a parte mais clara representa a derme, com
as papilas dérmicas em contato com as reentrâncias epidérmicas.

A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e linfáticos,


terminações nervosas e fibras musculares lisas. É uma camada de espessura variável
que une a epiderme ao tecido subcutâneo, ou hipoderme. Sua superfície é irregular com
saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias da epiderme.
Apêndices da Pele: (Unhas, Cabelos e Pelos)
As unhas são placas de queratina localizadas nas pontas dos dedos que ajudam a
agarrar os objetos. Os pelos estão espalhados pelo corpo todo, com exceção das
palmas das mãos, das solas dos pés e de certas áreas da região genital. Eles são
formados de queratina e restos de células epidérmicas mortas compactadas e se
formam dentro do folículo piloso. Os cabelos, espalhados pela cabeça crescem graças
às células mortas queratinizadas produzidas no fundo do folículo; elas produzem

REPULHO
queratina, morrem e são achatadas formando o cabelo. A cor dos pelos e cabelos é
determinada pela quantidade de melanina produzida, quanto mais pigmento houver
mais escuro será o cabelo.
Receptores Sensoriais: São ramificações de fibras nervosas, algumas se encontram
encapsuladas formando corpúsculos, outras estão soltas como as que se enrolam em
torno do folículo piloso. Possuem função sensorial, sendo capazes de receber estímulos
mecânicos, de pressão, de temperatura ou de dor. São eles: Corpúsculos de Ruffini,
Corpúsculos de Paccini, Bulbos de Krause, Corpúsculos de Meissner, Discos de Merkel,
Terminais do Folículo Piloso e Terminações Nervosas Livres. Veja a figura a seguir:

Glândulas: São exócrinas já que liberam suas secreções para fora do corpo. As
glândulas sebáceas são bolsas que secretam o sebo (substância oleosa) junto aos
folículos pilosos para lubrifica-los. Já as glândulas sudoríparas têm forma tubular
enovelada e secretam o suor (fluido corporal constituído de água e íons de sódio,
potássio e cloreto, entre outros elementos) através de poros na superfície da pele. O
suor ajuda a controlar a temperatura corporal.
Sistema digestivo:
O sistema digestivo ou digestório, como é intitulado pela nova nomenclatura, é
responsável pela digestão dos alimentos, quebrando-os em partes menores para que
as substâncias necessárias (nutrientes) sejam absorvidas pelo organismo. A conclusão
do processo digestivo pode demorar de 12 a 24 horas, a depender da massa corporal
do indivíduo ou o que consumiu.
Órgãos do sistema digestivo; O sistema digestivo é formado pelo trato digestório, que
compreende a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, intestino
grosso, o reto e o ânus, bem como pelos órgãos acessórios, que são os dentes, a língua,
as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.
Boca; A boca ou cavidade bucal é onde acontece a primeira parte do processo do
sistema digestivo. Sua estrutura é composta pelas bochechas, palatos (paredes) duros
(superior) e moles (posterior), além da língua.
Ao ingerir os alimentos, estes são mastigados e transformados, com a ajuda das
glândulas salivares, em bolo alimentar. Nesse momento, eles serão enviados para a
faringe, onde será iniciado o processo automático da deglutição.

REPULHO
As glândulas salivares desenvolvem um líquido viscoso contendo 99% de água e
mucina, que dá mais viscosidade a saliva. Além disso, é na boca que a digestão química
dos carboidratos acontece, transformando o amido em moléculas de glicose e maltose.
Faringe: A faringe é um tubo muscular membranoso que ao receber o alimento
transporta-o para o esôfago. Ele se comunica com a boca, através do istmo da garganta
(espaço entre a raiz da língua, o palato mole e a epiglote) e na outra extremidade com
o esôfago.
Por isso, durante o processo, a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe
para que o alimento não entre nas vias respiratórias. Assim, o bolo alimentar passa pela
parte laríngea da faringe e entra no esôfago em até 2 segundos.
Esôfago: O esôfago consiste em um tubo que se estende da laringe até o estômago,
com cerca de 25 cm de comprimento. Ele é responsável pelos movimentos peristálticos
(contrações involuntárias), que movem o bolo alimentar para o estômago, garantindo
que a digestão seja realizada da forma correta.
Estômago: O estômago é um dos órgãos mais importantes do sistema digestivo, pois
nele é produzido o suco gástrico, um líquido ácido e corrosivo que auxilia na
fragmentação e deturpação das proteínas do bolo alimentar, além de atuar sobre alguns
lipídios, favorecer a absorção de substâncias e matar bactérias.
O órgão está localizado no abdômen, abaixo do diafragma, e divide-se em 4 áreas
principais: cárdia, fundo, corpo e piloro. A primeira parte recebe o nome de cárdia, visto
que está localizada próxima ao coração. Ela impede o refluxo do alimento para o
esôfago.
A segunda corresponde ao piloro, um orifício de saída que impede a passagem precoce
do bolo alimentar para o intestino delgado. Depois que termina todo o processo no
estômago, o bolo alimentar é transformado em quimo, uma massa branca e espumosa
que é levada em partes até o intestino delgado.

Intestino delgado: Dentro do sistema digestivo o intestino delgado é responsável pela


fase principal da digestão, que é a absorção dos nutrientes dos alimentos. Sua estrutura
começa pelo piloro e se estende até a junção ileocólica. Ele fica próximo ao intestino
grosso, dividindo- se em três porções: duodeno, jejuno e íleo.
REPULHO
Após ser produzido, o quimo chega até o duodeno e com a ajuda do suco
gastrointestinal transforma as proteínas em aminoácidos. O quimo ainda é transformado
pelo suco pancreático, um líquido produzido pelo pâncreas, constituído de íons
bicarbonato, que são responsáveis pela neutralização da sua acidez.
O jejuno é uma continuação do duodeno. Ele e o íleo passam a maior parte do período
digestivo vazios, uma vez que os alimentos passam por eles de forma bem rápida.
Depois que os nutrientes são absorvidos do quimo, as substâncias que não servem para
o organismo serão transformadas em uma pasta grossa e esbranquiçada, chamada de
“quilo”, que será encaminhada ao intestino grosso.
Intestino grosso: O intestino grosso é maior que o delgado, com cerca de 6,5
centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele é responsável pela absorção
da água, decomposição e fermentação dos restos alimentares, pela formação das fezes
e sua eliminação.
Ele está dividido em três partes: ceco, cólon e reto. O ceco é a primeira parte, pois tem
a função de receber o “quilo” vindo do intestino delgado e iniciar o processo de absorção
da água e nutrientes.
O colo é a segunda e maior parte do intestino grosso, onde as substâncias que não
foram digeridas permanecem por muitas horas, preenchendo as porções da curva
sigmoide e do reto até que sejam eliminadas pelas fezes.
Órgão anexos: Os órgãos anexos do sistema digestivo, exceto o dente e a língua, não
possuem nenhum contato direto com o alimento. Eles são encarregados apenas pela
produção de secreções, que passam pelo trato gastrointestinal e auxiliam na
decomposição do alimento.
Conceitos importantes
• Mastigação: desconstrução parcial dos alimentos;
• Deglutição: condução dos alimentos da faringe para o esôfago;
• Ingestão: introdução do alimento no estômago;
• Digestão: desdobramento do alimento em partes menores;
• Absorção: processo realizado pelos intestinos (delgado e grosso);
• Defecação: eliminação de substâncias que não foram digeridas no trato
gastrointestinal.
Sistema muscular: O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo
humano. Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a
função de permitir a contração e produção de movimentos. As fibras musculares, por
sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que se encarregam de receber a
informação e respondê-la realizando a ação solicitada.

REPULHO
Funções do Sistema Muscular
O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo
humano. Veja a seguir quais são essas funções:
 Estabilidade corporal;
 Produção de movimentos;
 Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);
 Preenchimento do corpo (sustentação);
 Auxílio nos fluxos sanguíneos.
Grupos Musculares:
O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que trabalham em
conjunto com ossos, articulações e tendões para permitir que façamos diversos
movimentos.
Eles são agrupados da seguinte forma: músculos da cabeça e do pescoço, músculos
do tórax e abdômen, músculos dos membros superiores e músculos dos membros
inferiores.
Músculos da cabeça e do pescoço:

REPULHO
O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos
músculos que ajudam a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a
cabeça erguida.
Músculo do tórax e abdômen:

Os músculos do grupo do tórax e abdômen permitem a respiração, impedem o corpo de


se curvar e ceder ao próprio peso, entre outros movimentos.
Músculos dos membros superiores:

Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem
flexibilidade e precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força.

REPULHO
Músculos dos membros inferiores:

Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos
das pernas, podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.
Tipos de Músculos:
Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são
classificados em três tipos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.

Os músculos lisos são aqueles que possuem contração involuntária. Eles estão
localizados nas estruturas ocas do corpo, ou seja, estômago, bexiga, útero, intestino,
além da pele e dos vasos sanguíneos. Sua função assegura a movimentação dos
órgãos internos.

REPULHO
São músculos de contração involuntária e estão presentes no coração (miocárdio).
Esses músculos asseguram os vigorosos batimentos cardíacos.

São músculos de contração voluntária, ou seja, os movimentos são controlados pela


vontade do ser humano. Eles estão conectados com os ossos e cartilagens e, através
das contrações, permitem os movimentos, as posições corporais, além de estabilizarem
as articulações do organismo.

REPULHO
• Anatomia: É a ciência que estuda macro e
microscopicamente a constituição e o
desenvolvimento dos seres organizados. A
anatomia humana realiza esse estudo no
homem
• Fisiologia: É o estudo das funções de cada
órgão.
Constituição do Corpo Humano
• Um desses conhecimentos e que o corpo, ou
melhor, o organismo humano, se compõe de
CÉLULAS e que estas se combinam para
formar TECIDOS, os quais se associam de
vários modos para constituir os distintos
ÓRGÃOS. Estes órgãos, em conjunto,
desempenham tarefas especificas para todo o
corpo, compondo APARELHOS e SISTEMAS
orgânicos.
Importante
• Célula: É a menor porção estrutural e funcional que
constitui o ser vivo, podendo ser observada, na
maioria dos casos, em microscópio.
• Tecido: O tecido e um conjunto de células de forma e
função semelhantes.

• Órgão: são unidades supra teciduais com forma e


funções próprias, definidas como instrumentos de
função
• Aparelho: são formados por órgãos de vários tecidos.
Ex:aparelho digestivo, o aparelho respiratório, o
aparelho circulatório.
Conformação e Divisão do Corpo Humano
• O corpo humano pode ser dividido em cinco
regiões: cabeça, pescoço, tronco e membros
inferiores e superiores.
QUADRANTES ABDOMINAIS
• Para facilitar a localização das lesões
internas na região abdominal, o socorrista
deverá aplicar a regra dos quadrantes
abdominais.
• Trata-se de uma divisão imaginária em quatro
partes
QSD –Quadrante QSE- Quadrante
Superior Direito superior Esquerdo

QID – Quadrante
QIE – Quadrante
Inferior Direito
Inferior Esquerdo
SISTEMAS DO CORPO HUMANO
• Conhecer os sistemas do corpo e suas
funções e muito importante para prestar
primeiros socorros. A maioria dos cursos
nessa área não dedicam tempo suficiente
para o assunto, entretanto os conceitos
fisiológicos básicos relacionados aos
ferimentos e doenças são fundamentais para
o correto atendimento.
Sistema Circulatório
• Seus principais componentes são o coração
(bomba muscular) que promove a circulação
entre os vasos sanguíneos, os vasos sangüíneos
(artérias, veias e capilares) e o sangue, que
trata-se de um fluido complexo composto por :
plasma, plaquetas, glóbulos brancos (leucócitos)
e vermelhos (hemácias - eritrócitos). Sua função
e movimentar o sangue, transportando o oxigênio
e os nutrientes para as células do corpo e
remover os resíduos e o dióxido de carbono das
células.
• Coração: é um órgão musculoso encarregado de
impulsionar o sangue através dos vasos para todo o
organismo
• Fase de enchimento do coração(o sangue entra
através dos átrios
• Fase de esvaziamento( os átrios se contraem e se
esvaziam, fluindo o sangue para os ventrículos
• Contração dos ventrículos, que impulsionam o sangue
para os pulmões e para diferentes partes do corpo
• O coração está localizado no tórax, sob o osso esterno
no espaço existente entre os pulmões(mediastino)e
sobre a região torácica da coluna vertebral
• Forma do coração: cone irregular com sua
ponta(Ápice) ligeiramente voltada para a esquerda
• A irrigação do coração é feita pelas artérias coronárias
• Pressão sanguínea é a força exercida pelo sangue
contra a parede do vaso
• Pressão sanguínea máxima SISTÓLICA
• Pressão sanguínea mínima DIASTÓLICA
Sistema Respiratório
• Dividido em vias aéreas superiores (nariz,
boca, faringe e laringe) e inferiores (traquéia,
brônquios, bronquíolos e pulmões) o sistema
respiratório e de fundamental importância no
estudo relacionado aos atendimentos
emergências uma vez que a garantia da
respiração e troca gasosa constitui-se numa
das principais prioridades.
• Função do Sistema Respiratório é a
HEMATOSE
• Hematose: é um processo que ocorre nos
alvéolos pulmonares e garante que o sangue
rico em gás carbônico seja oxigenado. A
hematose é um mecanismo de trocas gasosas
que ocorre nos alvéolos pulmonares.
• Respiração Externa: Troca gasosa nos
pulmões
• Respiração Interna: Troca gasosa nos tecidos
• Os pulmões podem sofrer expansão ou
retração graças ao diafragma e costelas
• Tipos de respiração:
Inspiração/Expiração/Apnéia e Dispnéia
Sistema Esquelético
• Formado pelos ossos que protegem e da o
suporte ao corpo e aos órgãos internos.
• Quanto a forma podem ser classificados em
ossos longos, curtos, chatos e irregulares.O
sistema esquelético compreende ainda as
articulações que tem a função de fazer a
ligação entre dois ossos permitindo a
mobilidade.
• Totalizando 206 ossos em um adulto
• O eixo principal de sustentação do corpo
humano e o que oferece proteção ao cérebro
(crânio e face) da medula (vértebras num total
de 33 sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5
lombares, 5 sacras e 4 cóccix ), além da caixa
torácica oferecendo proteção ao coração e
pulmões através de 12 pares de costelas.
• Formação de elementos sanguíneos(medula
óssea)


Sistema Nervoso
• Nosso sistema nervoso é dividido em duas
partes: sistema nervoso central (composto pelo
encéfalo e medula espinal) e sistema nervoso
periférico (composto pelo tecido nervoso
localizado fora do sistema nervoso central).
• Encéfalo: cérebro, cerebelo, tronco cerebral
• Meninges: Dura mater, Araquinóide e Pia mater

• Líquido que envolve o cérebro: cefalorraquidiano


• Bulbo: Responsável pela circulação e respiração
• Cerebelo: Responsável pelo equilíbrio corporal
• As Meninges além de envolver o sistema
nervoso central, elas também envolvem a
medula espinal
• A inflamação das meninges é conhecida como;

• Importante:
• Partes vitais sem Oxigênio:
*Cérebro: 5 minutos
*Coração: 15 minutos
*Fígado: 25 minutos
*Rim: 30 minutos
*Pele: horas
*Cartilagens: dias
Sistema Tegumentar
• Composto pela pele e estruturas anexas como
cabelo e unha. Protege as estruturas internas
e exerce importante papel na regulação da
temperatura e defesa do organismo
• Sistema Tegumentar é composto por:
*Pele: Epiderme, Derme, Hipoderme
*Anexos: Glândulas Sudorípara, Glândulas
Sebáceas, Pelo e Unha
*Tecidos Subcutâneo: Gordura e Vasos
• Funções:
*Proteção contra infecções
*Regulação da Temperatura
*Sintetização da vitamina “D”
*Eliminação de substâncias(suor)
*Percepção(terminações nervosas)
*Tato, Temperatura, Pressão, dor.
• Sistema Digestivo:
• Conjunto de órgãos responsáveis pela
digestão e absorção dos alimentos. É
composto pela boca, faringe, esôfago,
estômago, intestinos (delgado e grosso) e
anus. Possui ainda glândulas acessórias
como o fígado, pâncreas e as salivares, já que
a digestão compreende processos mecânicos
(mastigação, deglutição e peristaltismo) e
químicos ( ácidos gástricos e enzimas)
• Observação:
• O baço , apesar de não fazer parte do sistema
digestório está anatomicamente relacionado a
este e está bastante relacionado nos traumas
abdominais contusos às lesões com
hemorragia associada
• Sistema Muscular
• Possibilita os movimentos do corpo e suas
partes por intermédio dos músculos e auxilia
no retorno de sangue venoso para o coração
e no movimento dos alimentos e fezes, entre
outros.
• As lesões no sistema músculo esquelético
estão entre as mais comuns a serem
atendidas pelos socorristas.
• De forma geral os músculos estão divididos
em dois grande grupos, os lisos ( cuja
atividade de contração ocorre independente
da vontade ) e os esqueléticos ( de contração
voluntária ) a exceção a esta regra é o
coração que apesar de anatomicamente se
assemelhar aos músculos esqueléticos,
funcionalmente se comporta como músculo
liso.
• Músculo do coração - estriado
• Músculo: constituído por:
*Músculo: porção ativa, contrátil e vermelha
*Tendão: passiva, fixa músculos nos ossos
ou órgãos(branca)
*Aponeurose: revestimento do músculo
(membrana)
*Tipos de músculos: Esquelético,
Liso(órgãos) e Cardíaco.
*Miologia: É a parte da Anatomia que estuda
os músculos
• Músculo de fibra estriada
• Músculo de fibra lisa
• Músculo Estriados(voluntários)
*esquelético(braço)
Músculo Liso(involuntários)
*estômago
Músculo Cardíaco
*Coração
PRIMEIROS SOCORROS

Avaliação de vítimas:

É a principal ferramenta que temos para o correto e eficiente atendimento de uma vítima, quer seja
ela de trauma ou de um caso clínico, dela depende o sucesso ou o fracasso da ação.

 Vítima de trauma: é aquela que sofre por impactos diretos ou indiretos, causando com isso
lesões, tais como fraturas, contraturas, ferimentos, lacerações etc.
 Vítima de caso clínico: é aquela que apresenta problemas resultantes de doenças ou falhas
no sistema, tais como angina, parada cardíaca, diabetes, paradas respiratórias sem
traumas, etc.

Para melhor entendimento do socorrista, dividimos a avaliação de vítimas em duas etapas


distintas, a análise primária e a análise secundária.

 Análise Primária: processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que
ameacem a vida em um curto prazo de tempo.
 Análise Secundária: processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos
que, se não tratados, poderão ameaçar a vida. Através de interpretações dos achados na
verificação dos sinais vitais, exame físico e na entrevista.

Na avaliação de uma vítima, visamos não só a segurança da vítima, mas também a segurança e a
integridade física dos socorristas.

Antes de iniciar o atendimento da vítima, devemos avaliar a segurança da cena, onde o socorrista
deverá estar devidamente paramentado com EPI adequado, observar a cena buscando visualizar o
que aconteceu, o que está acontecendo e o que pode acontecer (3S e biossegurança)
“safey,situation,scene”. Só após a garantia de que o local esteja seguro e em condições da
atuação, os socorristas farão o atendimento direto da vítima.

Análise Primária:

A sequência “A B C D – E” é utilizada para o atendimento de qualquer vítima a fim de identificar e


tratar problemas que tragam riscos imediatos ‘a vida.

 A - Vias aéreas: nas suspeitas de trauma associar com estabilização da região cervical
(cabeça e pescoço devem ser mantidos imobilizados manualmente, até estabilização
definitiva com colar cervical e apoio lateral de cabeça).
 B - Respiração: presença da respiração; qualidade da respiração.
 C - Circulação: presença do pulso central (carotídeo, femoral – adulto / braquial, na criança.
Qualidade de pulso.
 D - Neurológico: Escala de Coma de Glasgow + pupilas.
 -
 E - Exposição: Não é um item de avaliação, mas sim de preparação para o exame físico
dirigido para a queixa principal (expor o local da lesão) ou exame físico completo (expor o
corpo todo com exceções de regiões genitais). Existe um ALERTA para que a vítima não
permaneça muito tempo exposta para evitar que apresente hipotermia.
 Ao final da Análise Primária deve-se fazer a colocação do colar cervical com técnica
adequada.

REPULHO
Abordagem: Estabilização da Cervical, esta é uma preocupação prioritária nas vítimas com
suspeita de trauma ou encontradas inconscientes para prevenir o agravamento de eventual lesão
medular que poderá levar a consequências como parada respiratória ou paralisias.

Considerar todo paciente encontrado inconsciente como portador de lesão raquimedular, visto que
é incapaz de fornecer informações ao socorrista sobre seu estado de saúde.

Manter a coluna cervical estável, nas vítimas de trauma, em posição neutra, manualmente, durante
todos os procedimentos até a aplicação do colar cervical e apoio lateral de cabeça.

Devemos ser cautelosos, pois vítimas conscientes costumam se movimentar tão logo percebam a
chegada do socorro.

Constatar a inconsciência: depois de estabilizar a cabeça da vítima, outro socorrista deve tocá-lo
nos ombros e chacoalha-los levemente.

Insista no estímulo pelo menos três vezes.

Avaliação de Vítima Consciente:

Apresente-se para a vítima, pergunte seu nome e dê-lhe tratamento personalizado dai em diante
sempre utilizando o seu nome durante o atendimento.

Obtenha dados sobre o ocorrido a fim de direcionar a avaliação da vítima para a queixa principal da
emergência clínica ou traumática.

Informe o que será feito, diga o que pretende fazer e que necessita da sua colaboração, verifique
se não há objeções por parte da vítima e siga a sequência de avaliação estabelecendo as
prioridades.

Sequência de avaliação de uma vítima inconsciente:

 Se a vítima estiver inconsciente muitas informações importantes deixarão de existir e que


poderia ser útil na descoberta do tipo de emergência clínica, ou por meio das queixas, da
existência de um trauma existente.
 Neste caso o socorrista deverá seguir rigorosamente as etapas da avaliação primária e
secundária.

(A) Liberação das Vias Aéreas Superiores:

 Se a vítima estiver inconsciente terá, naturalmente, um problema de vias aéreas. A língua


pode ser um fator de obstrução respiratória que figura entre as principais causas de morte e
será necessário manobras que afastem a língua da laringe.

Manobra de liberação das Vias Aéreas:

 Utilize a manobra de liberação adequada para cada tipo de emergência.


 Trauma: manobra de elevação da mandíbula
 Clínico: manobra de elevação do queixo.

REPULHO
Manutenção da abertura da via aérea com cânula orofaríngea:

 As manobras de liberação de vias aéreas isoladas podem ser ineficazes ou difíceis de


serem mantidas por longo tempo em razão da necessidade de um socorrista
exclusivamente para isso.
 Desse modo será necessário o uso de dispositivos de manutenção de vias aéreas. A cânula
orofaríngea é um recurso disponível para o Suporte Básico de Vida.
 É um dispositivo destinado a manter prévia a via aérea superior em pacientes inconscientes
(sem reflexo de vômito).

(B) verificação da respiração:

 A verificação da presença da respiração deverá ser realizada observando-se diretamente a


expansão torácica.
 Apoie suavemente uma das mãos sobre o abdome em busca de movimentos abdominais
enquanto mantém o olhar diretamente para o tórax da vítima.
 O socorrista deve checa-la em um tempo de até 10 segundos e diferenciar uma respiração
NORMAL de uma ANORMAL.
 A avaliação da respiração deve ser realizada simultaneamente com a verificação do pulso
central. De forma didática estamos estudando-as separadamente.

Assistência ventilatória:

 Se uma vítima respira, não significa que VENTILA adequadamente, se no curso da


avaliação verificar que existe insuficiência respiratória utilize o reanimador manual e ofereça
o seguinte tratamento:
 Efetuar uma ventilação a cada:
 5 segundos – vítima com idade acima de 8 anos
 3 segundos – vítima com idade entre 28 dias e 8 anos
 2 segundos – vítimas com idade abaixo de 28 dias

(C) circulação (pulso central)

 O socorrista não deve perder mais do que 10 segundos checando o pulso central de uma
vítima.
 Se não conseguir sentir o pulso em até 10 segundos, deve iniciar a compressão torácica.
 Pulso carotídeo: em vítimas com idade superior a um ano.
 Pulso braquial: em vítima menores de um ano

(D) avaliação neurológica:

 Escala de coma de Glasgow, compreende três testes que são eles:


 Resposta de abertura ocular
 Resposta verbal
 Resposta motora

REPULHO
Interpretação da pontuação:

 Pontuação total: de 3 a 15
 3 = coma profundo (85% de probabilidade de morte)
 4 = coma profundo
 7= coma intermediário
 11= coma superficial
 15 = normalidade

Classificação de trauma cranioencefálico:

 3 – 8 = Grave (necessita intubação imediata)


 9 – 12 = Moderado
 13 – 15 = Leve

REPULHO
Avaliação das pupilas:

 Deve ser feita através da observação do tamanho, simetria e reatividade pupilar a luz

(E) exposição da vítima:

 a etapa “E” da Análise Primária não se constitui por si só um exame, mas somente uma
preparação para o exame específico de uma região ou de todo o corpo da vítima,
sempre que houver motivos justificáveis para esta ação.
 Sempre que for feita tal exposição, deve-se lembrar para o detalhe de prevenir a
hipotermia, mantendo a vítima aquecida.

Ao final da Análise Primária, deve-se aplicar o colar cervical com técnica adequada.

ELABORADO POR: RINALDO CAMPOS REPULHO:

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• É a principal ferramenta que temos para o
correto e eficiente atendimento de uma
vítima, quer seja ela de trauma ou de um
caso clínico, dela depende o sucesso ou o
fracasso da ação.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Vítima de trauma: é aquela que sofre por
impactos diretos ou indiretos, causando
com isso lesões, tais como fraturas,
contraturas, ferimentos, lacerações etc.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Vítima de caso clínico: é aquela que
apresenta problemas resultantes de
doenças ou falhas no sistema, tais como
angina, parada cardíaca, diabetes,
paradas respiratórias sem traumas, etc.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Para melhor entendimento do socorrista,
dividimos a avaliação de vítimas em duas
etapas distintas, a análise primária e a
análise secundária.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Análise Primária: processo ordenado para
identificar e corrigir de imediato,
problemas que ameacem a vida em um
curto prazo de tempo.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Análise Secundária: processo ordenado
que visa descobrir lesões ou problemas
clínicos que, se não tratados, poderão
ameaçar a vida
• Através de interpretações dos achados
na verificação dos sinais vitais, exame
físico e na entrevista.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Na avaliação de uma vítima, visamos não
só a segurança da vítima, mas também a
segurança e a integridade física dos
socorristas.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Antes de iniciar o atendimento da vítima,
devemos avaliar a segurança da cena,
onde o socorrista deverá estar
devidamente paramentado com EPI
adequado, observar a cena buscando
visualizar o que aconteceu, o que está
acontecendo e o que pode acontecer (3S
e biossegurança “safey,situation,scene”)

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Só após a garantia de que o local esteja
seguro e em condições da atuação, os
socorristas farão o atendimento direto da
vítima.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Lembre-se que você
poderá atender uma
parada cardíaca em
qualquer ocorrência
atendida, não somente
nas emergências clínicas.
Tenha muito cuidado na
abordagem da cena de
emergência. Avalie os
riscos e solicite os apoio
necessários para a sua
proteção, da sua equipe
e da vítima.
REPULHO
Análise Primária
• A sequência “A B C D – E” é utilizada para
o atendimento de qualquer vítima a fim de
identificar e tratar problemas que tragam
riscos imediatos „a vida.

REPULHO
Análise Primária
• A - Vias aéreas: nas suspeitas de trauma
associar com estabilização da região
cervical (cabeça e pescoço devem ser
mantidos imobilizados manualmente, até
estabilização definitiva com colar cervical
e apoio lateral de cabeça).

REPULHO
Análise Primária
• B - Respiração: presença da respiração;
qualidade da respiração.
• C - Circulação: presença do pulso central
(carotídeo, femoral – adulto / braquial, na
criança. Qualidade de pulso.
• D - Neurológico: Escala de Coma de
Glasgow + pupilas.

REPULHO
Análise Primária
• E - Exposição: Não é um item de
avaliação, mas sim de preparação para o
exame físico dirigido para a queixa
principal (expor o local da lesão) ou
exame físico completo (expor o corpo todo
com exceções de regiões genitais).

REPULHO
Análise Primária
• Existe um ALERTA para que a vítima não
permaneça muito tempo exposta para
evitar que apresente hipotermia.
• Ao final da Análise Primária deve-se fazer
a colocação do colar cervical com técnica
adequada.

REPULHO
Análise Primária
• Abordagem:
• Estabilização da Cervical, esta é uma
preocupação prioritária nas vítimas com
suspeita de trauma ou encontradas
inconscientes para prevenir o
agravamento de eventual lesão medular
que poderá levar a consequências como
parada respiratória ou paralisias.

REPULHO
Análise Primária
• Considerar todo paciente encontrado
inconsciente como portador de lesão
raquimedular, visto que é incapaz de
fornecer informações ao socorrista sobre
seu estado de saúde.
• Devemos ser cautelosos, pois vítimas
conscientes costumam se movimentar tão
logo percebam a chegada do socorro.

REPULHO
Análise Primária
• Manter a coluna cervical estável, nas
vítimas de trauma, em posição neutra,
manualmente, durante todos os
procedimentos até a aplicação do colar
cervical e apoio lateral de cabeça.

REPULHO
Análise Primária

REPULHO
Análise Primária
(A) ESTABILIZAÇÃO CERVICAL

REPULHO
Análise Primária
• Constatar a inconsciência:
• Depois de estabilizar a cabeça da vítima,
outro socorrista deve tocá-lo nos ombros e
chacoalha-los levemente
• Insista no estímulo pelo menos três vezes

REPULHO
Análise Primária

REPULHO
Análise Primária
• Avaliação de Vítima Consciente:
• Apresente-se para a vítima, pergunte seu
nome e dê-lhe tratamento personalizado
dai em diante sempre utilizando o seu
nome durante o atendimento.
• Obtenha dados sobre o ocorrido a fim de
direcionar a avaliação da vítima para a
queixa principal da emergência clínica ou
traumática.
REPULHO
Análise Primária
• Informe o que será feito, diga o que
pretende fazer e que necessita da sua
colaboração, verifique se não há objeções
por parte da vítima e siga a sequência de
avaliação estabelecendo as prioridades.

REPULHO
Análise Primária
• Sequência de avaliação de uma vítima
inconsciente:
• Se a vítima estiver inconsciente muitas
informações importantes deixarão de
existir e que poderia ser útil na descoberta
do tipo de emergência clínica, ou por meio
das queixas, da existência de um trauma
existente.

REPULHO
Análise Primária
• Neste caso o socorrista deverá seguir
rigorosamente as etapas da avaliação
primária e secundária.

REPULHO
Análise Primária
• (A) Liberação das Vias Aéreas Superiores:
• Se a vítima estiver inconsciente terá,
naturalmente, um problema de vias
aéreas. A língua pode ser um fator de
obstrução respiratória que figura entre as
principais causas de morte e será
necessário manobras que afastem a
língua da laringe.

REPULHO
Análise Primária
• Manobra de liberação das Vias Aéreas:
• Utilize a manobra de liberação adequada
para cada tipo de emergência.
• Trauma: manobra de elevação da
mandíbula
• Clínico: manobra de elevação da cabeça e
manobra de tração do queixo.

REPULHO
Análise Primária
• Trauma: manobra de elevação da
mandíbula.

REPULHO
Análise Primária
• Clínico: manobra de elevação da cabeça

REPULHO
Análise Primária
• Clínico: manobra de tração do queixo

REPULHO
Análise Primária
• Manutenção da abertura da via aérea com
cânula orofaríngea:
• As manobras de liberação de vias aéreas
isoladas podem ser ineficazes ou difíceis
de serem mantidas por longo tempo em
razão da necessidade de um socorrista
exclusivamente para isso.

REPULHO
Análise Primária
• Desse modo será necessário o uso de
dispositivos de manutenção de vias
aéreas. A cânula orofaríngea é um
recurso disponível para o Suporte Básico
de Vida.
• É um dispositivo destinado a manter
prévia a via aérea superior em pacientes
inconscientes (sem reflexo de vômito).

REPULHO
Análise Primária
Cânulas Orofaríngeas

REPULHO
Análise Primária
• (B) verificação da respiração:
• A verificação da presença da respiração
deverá ser realizada observando-se
diretamente a expansão torácica.
• Apoie suavemente uma das mãos sobre o
abdome em busca de movimentos
abdominais enquanto mantém o olhar
diretamente para o tórax da vítima.

REPULHO
Análise Primária
• Verificação da respiração:

REPULHO
Análise Primária
• A avaliação da respiração deve ser
realizada simultaneamente com a
verificação do pulso central.
• De forma didática estamos estudando-as
separadamente.

REPULHO
Análise Primária
• Avaliação simultânea:

REPULHO
Análise Primária
• O socorrista deve checa-la em um tempo
de até 10 segundos e diferenciar uma
respiração NORMAL de uma ANORMAL.

REPULHO
Análise Primária
• Assistência ventilatória:
• Se uma vítima respira, não significa que
VENTILA adequadamente, se no curso da
avaliação verificar que existe insuficiência
respiratória utilize o reanimador manual e
ofereça o seguinte tratamento:

REPULHO
Análise Primária
• Efetuar uma ventilação a cada:
• 5 segundos – vítima com idade acima de
8 anos
• 3 segundos – vítima com idade entre 28
dias e 8 anos
• 2 segundos – vítimas com idade abaixo de
28 dias

REPULHO
Análise Primária
• (C) circulação (pulso central):
• O socorrista não deve perder mais do que
10 segundos checando o pulso central de
uma vítima.
• Se não conseguir sentir o pulso em até 10
segundos, deve iniciar a compressão
torácica.

REPULHO
Análise Primária
• Pulso carotídeo: em vítimas com idade
superior a um ano.

REPULHO
Análise Primária
• Pulso braquial: em vítima menores de um
ano.

REPULHO
Análise Primária
• (D) avaliação neurológica:
• Escala de coma de Glasgow, compreende
três testes que são eles:
• Resposta de abertura ocular
• Resposta verbal
• Resposta motora

REPULHO
Análise Primária

REPULHO
Análise Primária

REPULHO
Análise Primária

REPULHO
Análise Primária
Pontuação total: de 3 a 15
• Interpretação da pontuação:
• 3 = coma profundo (85% de probabilidade
de morte)
• 4 = coma profundo
• 7= coma intermediário
• 11= coma superficial
• 15 = normalidade
REPULHO
Análise Primária
Classificação de trauma cranioencefálico:
• 3 – 8 = Grave (necessita intubação
imediata)

• 9 – 12 = Moderado

• 13 – 15 = Leve

REPULHO
Análise Primária
• Avaliação das pupilas:
• Deve ser feita através da observação do
tamanho, simetria e reatividade pupilar a
luz

REPULHO
Análise Primária

REPULHO
Análise Primária
• (E) exposição da vítima:
• a etapa “E” da Análise Primária não se
constitui por si só um exame, mas
somente uma preparação para o exame
específico de uma região ou de todo o
corpo da vítima, sempre que houver
motivos justificáveis para esta ação.

REPULHO
Análise Primária
• Sempre que for feita tal exposição, deve-
se lembrar para o detalhe de prevenir a
hipotermia, mantendo a vítima aquecida

REPULHO
Análise Primária
• Ao final da Análise Primária, deve-se
aplicar o colar cervical com técnica
adequada.

REPULHO
AVALIAÇÃO IMEDIATA
• Checagem de conhecimentos:
• Definir o que é Análise Primária
• Efetuar a avaliação neurológica por meio da
escala de coma de “glasgow”
• Definir caso de trauma e caso clínico
• Reconhecer a sequencia “A B C D – E”
• Definir o que é o 3S e biosegurança.

REPULHO
PRIMEIROS SOCORROS

Avaliação de vítimas:

Análise Secundária:

Como vimos anteriormente, a Avaliação da Vítima divide-se em duas etapas distintas, a Análise
Primária e a Análise Secundária, onde naquela devemos detectar e corrigir de imediato os
problemas encontrados, já nessa após um exame detalhado iniciaremos os devidos cuidados e a
preparação para o transporte da vítima.

Análise Secundária: Processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos que , se
não tratados, poderão ameaçar a vida. Através de interpretações dos achados na verificação dos
sinais vitais, exame físico e na entrevista.

Através da avaliação dos sinais e sintomas apresentado pela vítima o socorrista poderá determinar
o tipo de emergência, bem como os procedimentos específicos a serem adotados.

Uma parte da Análise Secundária é objetiva, feita através da verificação dos sinais vitais e do
exame detalhado da cabeça aos pés na vítima, outra parte é subjetiva, o que quer dizer que
devemos colher dados sobre o ocorrido com testemunhas que presenciaram o fato ou ainda com a
própria vítima, desde que ela esteja em plenas faculdades mentais.

Sinais: São detalhes que você poderá descobrir fazendo uso dos sentidos – visão, tato, audição e
olfato – durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem sangramento, inchaço
(edema), aumento de sensibilidade ou deformação; já sinais mais comuns de doenças são pele
pálida ou avermelhada, suor, temperatura elevada, pulso rápido.

Sintomas: São sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser necessário
que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. Pergunte a vítima
consciente se sente dor e onde. Examine a região indicada procurando descobrir possíveis lesões
por trauma, mas lembre de que a dor intensa numa região pode mascarar outra enfermidade mais
séria, embora menos dolorosa. Além da dor, outros sintomas que podem ajuda-lo no diagnóstico
incluem náuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal estar.

Sinais Vitais:

Refletem o estado atual do sistema respiratório e do sistema circulatório, quando na execução da


Análise Secundária, devemos vislumbrar o seguinte:

 Verificar a frequência respiratória e a qualidade da respiração


 Verificar a frequência cardíaca e a qualidade do pulso
 Verificar a pressão arterial

Avaliação dos Sinais Vitais:

 Frequência Respiratória (FR) – deve ser a primeira a ser avaliada, de forma discreta a fim
de que o paciente não perceba e interfira no resultado controlando a respiração.
1. Palpar o pulso radial para evitar que a vítima perceba que o socorrista está
checando a respiração.
2. A respiração normal é fácil, sem dor e sem esforço.
3. Observar a expansão do tórax da vítima

REPULHO
4. Contar os movimentos torácicos durante 30(trinta) segundos, multiplicando-se por 2
(dois), obtendo-se a frequência de movimentos respiratórios por minuto (m.r.m)
5. Se a respiração for irregular, contar durante um minuto.

Observar a qualidade da respiração, avaliando se ela está:

 Normal
 Superficial
 Profunda
 Rápida
 Lenta

Verificar o tipo da respiração:

 Regular
 Simétrico
 Ruídos anormais

Frequência respiratória em repouso

 Frequência Cardíaca (FC)


1. Continue apalpando o pulso radial e efetue a contagem dos batimentos por minuto
2. Conte durante 30 (trinta) segundos e multiplique por 2 (dois) e obtenha a frequência
cardíaca que representa a quantidade de batimentos por minuto (b.p.m)
3. Quando os batimentos forem irregulares, deve-se contar por um minuto para obter
a frequência correta
4. Adotar como parâmetros os seguintes valores:

REPULHO
 Pressão Arterial (PA) – É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes
internas das artérias. É constituída por duas mensurações: PA máxima (sistólica) e PA
mínima (diastólica).
Sistólica: pressão máxima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias
durante a contração do coração (sístole).
Diastólica: pressão mínima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias
durante o relaxamento do coração (diástole).
 Técnica empregada para a verificação:
1. Expor o braço da vítima acima do cotovelo, certificando-se de que não há
compressão.
2. Fixar o manguito do esfigmomanômetro cerca de 4 (quatro) centímetros acima do
cotovelo da vítima.
3. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial do mesmo braço da vítima
4. Fechar a válvula e insuflar ar pela pera até o manômetro marcar 200mmhg.
5. Abrir a válvula lentamente, cerca de 5mmhg
6. O som do primeiro batimento indicará a pressão arterial sistólica
7. Continuar permitindo a saída do ar suavemente, ao cessar o som dos batimentos
indicará a pressão arterial diastólica (no manômetro)

Valores normais de pressão arterial

 O resultado poderá apresentar-se:


1. Normal (normotenso)
2. Alterado (hipertensão ou hipotensão)

Análise subjetiva:

 Colher dados com o próprio paciente, familiares ou testemunhas, que possam ajudar no
atendimento, usando a regra mnemônica S A M P L A :

REPULHO
1. (S) – Sinais e Sintomas: verificar as queixar do paciente e associar aos sinais
encontrados
2. (A) – Alergias: substâncias como alimentos, medicamentos, plantas, pós, picadas
de insetos, entre outras.
3. (M) – Medicamentos: prescrito ou não por médico.
4. (P) – Problemas antecedentes: genético, hereditário ou adquirido.
5. (L) – Líquidos e Alimentos Ingeridos: última refeição.
6. (A) – Ambiente: Observar a cena da emergência, indícios que possam sugerir a
causa ou o agravamento do problema.

Exame detalhado da cabeça aos pés (exame físico):

O exame físico pode ser realizado de duas formas:

 Exame físico dirigido para queixa principal, quando a vítima estiver consciente e capaz de
se comunicar eficazmente e quando houver queixa de doença ou traumatismo específico.
 Exame físico detalhado, quando a vítima estiver inconsciente ou incapaz de comunicar-se
eficazmente (pessoas com deficiência mental, drogados, estrangeiros, entre outros) ou nos
poli traumatismos.
 Comece o exame físico da cabeça aos pés, fazendo uma rápida observação geral do corpo
da vítima. Olhe, escute e sinta qualquer tipo de problema, um odor estranho pode ser
indicativo de algo errado com a vítima.
 Crâneo e face:
1. Verifique a presença de cortes e contusões no couro cabeludo
2. Examine a parte posterior da cabeça e em seguida a superior
3. Verifique possíveis fraturas nos ossos da face
4. Verifique se há deformidades e afundamentos
5. Verifique se há hemorragias nos olhos, boca, nariz e ouvidos.
 Pescoço:
1. Procure ferimentos abertos, edemas, hematomas, desvio de traqueia, etc.
 Tórax:
1. Não levante ou vire a vítima com suspeita de trauma de coluna, pescoço e crâneo.
2. Toque suavemente o tórax, buscando deformidades, afundamentos, edemas, etc.
3. Verifique a expansão e simetria
 Abdômen:
1. Verifique se há a presença de ferimentos abertos.
2. Eviscerações
3. Apalpe os quadrantes, buscando encontrar anormalidades tais como rigidez, dor
entre outros.
 Região Genital:
1. Não exponha a região genital se não tiver indícios de trauma
2. Identifique sangramentos e objetos encravados ou empalados.
3. Nos homens, verifique a presença de priaprismo (este é um importante sinal de
lesão da medula)
 Membros inferiores:
1. Observe separadamente cada membro, compare-os quanto ao tamanho, forma e
deformidade.

REPULHO
2. Identifique mudança de coloração
3. Não toque nas fraturas expostas.
4. Verifique pulso distal e sensibilidade, coloração, temperatura e umidade nas
extremidades.
 Membros superiores:
1. Observe separadamente cada membro, compare-os quanto ao tamanho, forma e
deformidade.
2. Identifique mudança de coloração
3. Não toque nas fraturas expostas.
4. Verifique pulso distal e sensibilidade, coloração, temperatura e umidade nas
extremidades.

Resumo da avaliação de vítimas:

A avaliação da vítima é um conteúdo essencial que deve ser apreendido pelo Socorrista. A
finalidade é identificar, de modo rápido, os problemas que ameaçam diretamente a vida e iniciar o
atendimento. Lembre-se é impossível oferecer uma assistência de qualidade, sem conhecer
anteriormente os problemas da vítima.

ELABORADO POR: RINALDO CAMPOS REPULHO

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Como vimos anteriormente, a Avaliação da
Vítima divide-se em duas etapas distintas, a
Análise Primária e a Análise Secundária, onde
naquela devemos detectar e corrigir de
imediato os problemas encontrados, já nessa
após um exame detalhado iniciaremos os
devidos cuidados e a preparação para o
transporte da vítima.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Análise Secundária: Processo ordenado que
visa descobrir lesões ou problemas clínicos
que , se não tratados, poderão ameaçar a
vida.
• Através de interpretações dos achados na
verificação dos sinais vitais, exame físico e na
entrevista.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Uma parte da Análise Secundária é objetiva,
feita através da verificação dos sinais vitais e
do exame detalhado da cabeça aos pés na
vítima.
• Outra parte é subjetiva, o que quer dizer que
devemos colher dados sobre o ocorrido com
testemunhas que presenciaram o fato ou
ainda com a própria vítima, desde que ela
esteja em plenas faculdades mentais.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Através da avaliação dos sinais e sintomas
apresentado pela vítima o socorrista poderá
determinar o tipo de emergência, bem como
os procedimentos específicos a serem
adotados.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Sinais: São detalhes que você poderá
descobrir fazendo uso dos sentidos – visão,
tato, audição e olfato – durante a avaliação da
vítima.
• Sinais comuns de lesão incluem
sangramento, inchaço (edema), aumento de
sensibilidade ou deformação; já sinais mais
comuns de doenças são pele pálida ou
avermelhada, suor, temperatura elevada,
pulso rápido.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Sintomas: São sensações que a vítima
experimenta e é capaz de descrever.
• Pode ser necessário que o socorrista faça
perguntas para definir a presença ou ausência
de sintomas.
• Pergunte a vítima consciente se sente dor e
onde.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Além da dor, outros sintomas que podem
ajuda-lo no diagnóstico incluem náuseas,
vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de
mal estar.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
Sinais Vitais
• Refletem o estado atual do sistema
respiratório e do sistema circulatório, quando
na execução da Análise Secundária, devemos
vislumbrar o seguinte:

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Verificar a frequência respiratória e a
qualidade da respiração
• Verificar a frequência cardíaca e a qualidade
do pulso
• Verificar a pressão arterial

REPULHO
Avaliação de Vítimas
Avaliação dos Sinais Vitais
• Frequência Respiratória (FR) – deve ser a
primeira a ser avaliada, de forma discreta a
fim de que o paciente não perceba e interfira
no resultado controlando a respiração.
Palpar o pulso radial para evitar que a vítima
perceba que o socorrista está checando a
respiração.

REPULHO
Avaliação de Vítimas

REPULHO
Avaliação de Vítimas
A respiração normal é fácil, sem dor e sem
esforço.
Observar a expansão do tórax da vítima
Contar os movimentos torácicos durante
30(trinta) segundos, multiplicando-se por 2
(dois), obtendo-se a frequência de
movimentos respiratórios por minuto (m.r.m)
Se a respiração for irregular, contar durante
um minuto.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Observar a qualidade da respiração,
avaliando se ela está:
Normal
Superficial
Profunda
Rápida
Lenta

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Verificar o tipo da respiração:
Regular
Simétrico
Ruídos anormais

REPULHO
Avaliação de Vítimas
Frequência respiratória em repouso

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Frequência Cardíaca (FC)
Continue apalpando o pulso radial e efetue a
contagem dos batimentos por minuto
Conte durante 30 (trinta) segundos e
multiplique por 2 (dois) e obtenha a frequência
cardíaca que representa a quantidade de
batimentos por minuto (b.p.m)

REPULHO
Avaliação de Vítimas
Quando os batimentos forem irregulares,
deve-se contar por um minuto para obter a
frequência correta.
Adotar como parâmetros os seguintes valores:

REPULHO
Avaliação de Vítimas

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Pressão Arterial (PA) – É a pressão exercida
pelo sangue circulante contra as paredes
internas das artérias.
É constituída por duas mensurações:
PA máxima (sistólica)
PA mínima (diastólica).

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Sistólica: pressão máxima exercida pelo
sangue contra as paredes internas das
artérias durante a contração do coração
(sístole).
• Diastólica: pressão mínima exercida pelo
sangue contra as paredes internas das
artérias durante o relaxamento do coração
(diástole).

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Técnica empregada para a verificação:
Expor o braço da vítima acima do cotovelo,
certificando-se de que não há compressão.
Fixar o manguito do esfigmomanômetro cerca
de 4 (quatro) centímetros acima do cotovelo
da vítima.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
 Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial
do mesmo braço da vítima
 Fechar a válvula e insuflar ar pela pera até o
manômetro marcar 200mmhg.
 Abrir a válvula lentamente, cerca de 5mmhg
 O som do primeiro batimento indicará a pressão
arterial sistólica
 Continuar permitindo a saída do ar suavemente,
ao cessar o som dos batimentos indicará a
pressão arterial diastólica (no manômetro).
REPULHO
Avaliação de Vítimas

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Valores normais de pressão arterial:

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• O resultado poderá apresentar-se:

Normal (normotenso)

Alterado (hipertensão ou hipotensão)

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Análise subjetiva:
• Colher dados com o próprio paciente,
familiares ou testemunhas, que possam
ajudar no atendimento, usando a regra
mnemônica S A M P L A :
(S) – Sinais e Sintomas: verificar as queixar
do paciente e associar aos sinais encontrados
(A) – Alergias: substâncias como alimentos,
medicamentos, plantas, pós, picadas de
insetos, entre outras.REPULHO
Avaliação de Vítimas
(M) – Medicamentos: prescrito ou não por
médico.
(P) – Problemas antecedentes: genético,
hereditário ou adquirido.
(L) – Líquidos e Alimentos Ingeridos: última
refeição.
(A) – Ambiente: Observar a cena da
emergência, indícios que possam sugerir a
causa ou o agravamento do problema.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Exame detalhado da cabeça aos pés (exame
físico).
• O exame físico pode ser realizado de duas
formas:
Exame físico dirigido para queixa principal,
quando a vítima estiver consciente e capaz de
se comunicar eficazmente e quando houver
queixa de doença ou traumatismo específico.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
Exame físico detalhado, quando a vítima
estiver inconsciente ou incapaz de comunicar-
se eficazmente (pessoas com deficiência
mental, drogados, estrangeiros, entre outros)
ou nos poli traumatismos.
Comece o exame físico da cabeça aos pés,
fazendo uma rápida observação geral do
corpo da vítima. Olhe, escute e sinta qualquer
tipo de problema, um odor estranho pode ser
indicativo de algo errado com a vítima.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Crâneo e face:
Verifique a presença de cortes e contusões no
couro cabeludo
Examine a parte posterior da cabeça e em
seguida a superior
Verifique possíveis fraturas nos ossos da face
Verifique se há deformidades e afundamentos
Verifique se há hemorragias nos olhos, boca,
nariz e ouvidos.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Pescoço:
Procure ferimentos abertos, edemas,
hematomas, desvio de traqueia, etc.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Tórax:
Não levante ou vire a vítima com suspeita de
trauma de coluna, pescoço e crâneo.
Toque suavemente o tórax, buscando
deformidades, afundamentos, edemas, etc.
Verifique a expansão e simetria

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Abdômen:
Verifique se há a presença de ferimentos
abertos.
Eviscerações
Apalpe os quadrantes, buscando encontrar
anormalidades tais como rigidez, dor entre
outros.

REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Região Genital:
Não exponha a região genital se não tiver
indícios de trauma
Identifique sangramentos e objetos
encravados ou empalados.
Nos homens, verifique a presença de
priaprismo (este é um importante sinal de
lesão da medula)
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Membros inferiores:
Observe separadamente cada membro,
compare-os quanto ao tamanho, forma e
deformidade.
Identifique mudança de coloração
Não toque nas fraturas expostas.
Verifique pulso distal e sensibilidade,
coloração, temperatura e umidade nas
extremidades.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Membros superiores:
Observe separadamente cada membro,
compare-os quanto ao tamanho, forma e
deformidade.
Identifique mudança de coloração
Não toque nas fraturas expostas.
Verifique pulso distal e sensibilidade,
coloração, temperatura e umidade nas
extremidades.
REPULHO
Avaliação de Vítimas
• Resumo da avaliação de vítimas:
• A avaliação da vítima é um conteúdo
essencial que deve ser apreendido pelo
Socorrista.
• A finalidade é identificar, de modo rápido, os
problemas que ameaçam diretamente a vida e
iniciar o atendimento.
• Lembre-se é impossível oferecer uma
assistência de qualidade, sem conhecer
anteriormente os problemas da vítima.
REPULHO
AVALIAÇÃO IMEDIATA
• Checagem de conhecimentos:
• O que é Análise Secundária
• Quais os procedimentos para a verificação
dos Sinais Vitais
• O que é sinal e sintoma
• Como executar uma avaliação subjetiva
• Como executar um exame físico detalhado

REPULHO
Avaliação das pupilas
A avaliação pupilar consiste em avaliar o tamanho das pupilas, sua simetria e
presença de reflexo foto motor.
O tamanho pupilar é controlado pelo sistema nervoso simpático e parassimpático.
O nervo simpático ocasiona dilatação (MIDRÍASE – 7 a 8 mm), por outro lado o
parassimpático ocasiona contração (MIOSE – 1 a 2 mm).
Uma diferença pupilar de 1 mm é considerada normal, da mesma forma, é
considerada uma variação normal de 2 a 6 mm, com diâmetro médio de 3,5 mm.

Classificação pupilar
 Isocóricas – pupilas com diâmetros iguais;
 Anisocóricas – uma pupila maior do que a outra provável lesão no cérebro (no lado
inverso da pupila dilatada);
 Midríase – pupila dilatada;
 Miose – pupila contraída. Provável choque anafilático (overdose, intoxicação, uso
de anestésico nas cirurgias, etc.);
 Fotorreagentes – quando reagem à exposição da luz contraindo-se e dilatando no
escuro.

Observação

Caso a pupila seja lentamente reativa à luz – provável compressão do nervo óptico, pode ser
edema, hematoma, etc.

Caso não reaja à luz – provável lesão em ambos os lados do cérebro, um dos critérios para
morte encefálica.

A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares,
principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, estes devem ser avaliados
de hora em hora nas primeiras 12 horas.

A identificação do tipo de pupila é realizada através de uma avaliação padrão pupilar. Este
exame consiste em analisar o tamanho, a simetria e a presença de reflexo foto motor da
pupila. Seu tamanho é controlado pelo sistema nervoso simpático e parassimpático.

REPULHO
Objetivos da avaliação pupilar

 Contribuir para o diagnóstico diferencial entre os quadros metabólicos (hipernatremia,


uremia, etc.) e os originados por lesões estruturais do SNC;

 Detectar presença e a localização de doenças de tronco cerebral que levam ao coma;

 Identificar sofrimento do SNC, aumento de Pressão Intracraniana (PIC), edemas


cerebrais, isquemias, hematomas, hidrocefalias, etc.;

 Favorecer intervenção imediata clínica e/ou cirúrgica que possam evitar sequelas,
danos indesejáveis e morte encefálica.

Material utilizado

Lanterna clínica.

Descrição do Procedimento

 Deve ser realizado independente do nível de consciência;

 Informar ao paciente sobre o procedimento;

 Fechar os olhos do paciente por alguns segundos;

 Abrir os olhos e com a lanterna clínica incidir a luz diretamente sobre cada uma das
pupilas por alguns segundos;

Para que serve a avaliação das pupilas?

 Objetivos da avaliação pupilar: Identificar sofrimento do SNC, aumento de Pressão


Intracraniana (PIC), edemas cerebrais, isquemias, hematomas, hidrocefalias, etc;
 Favorecer intervenção imediata clínica e/ou cirúrgica que possam evitar sequelas,
danos indesejáveis e morte encefálica.

Como avaliar a igualdade pupilar?

 Avaliação pupilar: As pupilas são normais quando apresentam formas circulares,


centradas e com diâmetro entre 2.50 até 3.50 mm. Sua avaliação é feita através de um
estímulo luminoso no olho (lanterna) quando se espera obter resposta pupilar bilateral
e simétrica.

REPULHO
O que pode causar Miose?

 Uma das principais causas de pupilas mióticas acaba sendo a idade do paciente, afinal,
pessoas de faixa etária mais elevada têm uma probabilidade maior de apresentar a
pupila miótica.
 A miose também se dá em decorrência de algumas doenças como a síndrome de
Horner, tumor de pancoast e hemorragia intracraniana.

O que pode causar Anisocoria?

 As causas da anisocoria patológica são: Tumor cerebral. Sangramento intracraniano


(acidente vascular cerebral ou AVC) Meningite.

O que pode causar Isocórica?

 Existem diferentes tipos de pupila e, entre eles, encontramos as pupilas isocóricas. Em


resumo, as pupilas isocóricas são aquelas que possuem o mesmo diâmetro e reagem
igualmente à luz.
 Essa é a condição considerada normal das pupilas em questões clínicas.

O que pode causar midríase?

 Na midríase pupilar unilateral, as causas estão relacionadas, na maior parte das vezes,
com o bloqueio do nervo que estimula o esfíncter da pupila. Este bloqueio impede
uma normal resposta a estímulos luminosos como, por exemplo, na pupila de Holmes
Addie.
 A Síndrome de Holmes-Adie: A pupila de Adie é uma síndrome rara na qual uma das
pupilas dos olhos está geralmente mais dilatada que a outra, reagindo muito
lentamente às alterações de luz. Dessa forma, é comum que além da alteração
estética, a pessoa também tenha sintomas como visão embaçada ou sensibilidade à
luz, por exemplo.
 Em alguns casos, a alteração da pupila pode começar em um dos olhos, mas com o
tempo, pode chegar até ao outro olho, causando piora dos sintomas.

REPULHO
CÂNULA OROFARÍNGEA
O que é uma cânula?

 Tubo de tamanho, forma e material variado, aberto em ambas as extremidades,


destinado a ser introduzido em orifícios naturais, artificiais ou acidentais do corpo, com
finalidade exploratória ou terapêutica.

Para que serve cânula?

 A Cânula de Guedel, ou Cânula Orofaríngea, serve para manter aberta a via aérea
superior em pacientes que estão inconscientes ou com um nível de consciência baixo.
 O equipamento não permite que a base da língua obstrua a orofaringe, sendo assim,
possibilita uma melhor oxigenação.

Quando usar a cânula de guedel ou Cânula Orofaríngea?

 Somente em pacientes inconscientes, devido ao potencial de induzir náuseas, vômitos


e uma possível aspiração.
 Não devemos colocar o dispositivo ou devemos retirá-lo caso o paciente tenha o reflexo
do vômito presente.

Como definir o tamanho da Cânula de guedel ou Cânula Orofaríngea?

 Coloque o dispositivo com a porção redonda no canto da boca do paciente e a ponta em


direção ao ângulo da mandíbula (abaixo do lóbulo da orelha do mesmo lado). A ponta
deve chegar na altura do ângulo da mandíbula.

Tamanhos das cânulas:

 Temos hoje a nossa disposição, no mercado, seis tamanhos distintos de cânulas, que
podem ser usadas em vários tipos de vítimas dependendo da idade e formação corporal.

REPULHO
PASSO A PASSO PARA A MEDIÇÃO E COLOCAÇÃO DA CÂNULA

 Identificar o tamanho correto da cânula orofaríngea para a vítima, medindo a distância


que vai da comissura labial até o lóbulo da orelha ou do meio do queixo ao arco da
mandíbula.

 Utilizar a manobra de tração do queixo para abrir a boca da vítima


 Introduzir, com a outra mão, a extremidade da cânula com face côncava voltada para
o palato (céu da boca)

 Introduzir a cânula até sua metade e efetuar suavemente uma rotação de 180º, de
forma que a face côncava fique voltada para a língua; terminar de introduzir a cânula

REPULHO
Em vítimas com idade abaixo de 8 anos:

 Identificar o tamanho correto da cânula orofaríngea para a vítima, medindo a distância


que vai da comissura labial até o lóbulo da orelha ou do meio do queixo ao arco da
mandíbula
 Utilizar a manobra de tração do queixo para abrir a boca da vítima
 Introduzir suavemente, com a outra mão, toda a cânula orofaríngea com a face côncava
voltada para a língua (diretamente na posição sem efetuar o giro)

CUIDADOS ESPECIAIS

 Empregar a cânula orofaríngea somente em vítimas inconscientes


 Manter sempre o aspirador de secreções montado e preparado, tanto o do
equipamento portátil de oxigenoterapia quanto o aspirador manual
 Aspirar a cavidade oral quando houver a presença de secreções
 Não empregar a cânula orofaríngea se durante a instalação, surgir o reflexo do vômito
 Remover a cânula orofaríngea imediatamente se a vítima, apresentar reflexo de vômito
ou recobrar a consciência
 Não efetuar o giro de 180º em vítimas com idade abaixo de 8 anos pois poderá ferir o
palato e produzir sangramento
 Cuidado com cânulas orofaríngeas em vítimas com idade abaixo de 1 ano, pois são
extremamente propensas a laringoespasmo severo que poderá levar a óbito.

OUTROS CUIDADOS

 Se não houver cânula orofaríngea do tamanho adequado à vítima, evitar a utilização do


equipamento
 Equipamento maior que o recomendado pode ultrapassar a faringe, lesionar a epiglote
ou ingressando no esôfago, possibilitando abertura e entrada de ar para o estômago
com consequente regurgitação
 Equipamento menor que o recomendado pode empurrar a língua em direção à faringe,
obstruir as vias aéreas ou se mover de posição durante o atendimento
 Evitar a contaminação do material a ser utilizado. Mantenha a cânula orofaríngea
acondicionada em local adequado e protegida
 Nunca mantenha a cânula orofaríngea presa à cabeça da vítima por cadarço,
esparadrapo, ataduras ou similares. Deve permanecer de forma fácil de ser removida
caso ocorra complicações.

REPULHO
COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL
O colar cervical é um equipamento destinado a promover a imobilização do pescoço da vítima
impedindo o agravamento da lesão de coluna vertebral ou de medula espinhal.

Permite uma imobilização de cerca de 40 a 60%, portanto, enquanto não for adicionado o apoio
lateral de cabeça para a completa fixação da vítima à prancha longa, auxilie com a imobilização
manual.

Como saber o tamanho do colar cervical?

 A escolha do tamanho ideal para o paciente é feita calculando-se a distância entre uma
linha imaginária no ombro, onde o colar ficará apoiado, e a base do queixo.
 A medida exata do colar é a distância entre o ponto de referência (botão) e a borda
inferior do plástico rígido, e não até o emborrachado de espuma.

Como colocar o colar cervical: (vítima deitada)

 Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima


 Examinar pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical
 Socorrista 1: faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve
tração para cima.
 Na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra de
elevação da mandíbula
 Na vítima consciente, realizar manualmente o apoio lateral de cabeça.
 Socorrista 2: Escolhe o colar cervical de tamanho apropriado
 Passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima
 Coloca a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítima de forma que
seja apoiado firmemente.

REPULHO
 Ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o colar e
o pescoço da vítima
 Socorrista 1: Mantém a imobilização lateral da cabeça até que se coloque um recurso
material para tal (imobilizador lateral de cabeça)

Como colocar o colar cervical: (vítima sentada)

 Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima.


 Examinar pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical.
 Socorrista 1: Faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve
tração para cima
 Na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra de
elevação da mandíbula
 Na vítima consciente, realizar o apoio lateral de cabeça
 Socorrista 2: Escolhe o colar cervical de tamanho apropriado
 Coloca o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o tórax
da vítima até que seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar
 Passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima até se encontrar com a
parte anterior
 Ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o colar e
o pescoço da vítima
 Socorrista 1: Mantém a imobilização lateral da cabeça.

REPULHO
MOVIMENTAÇÃO E
TRANSPORTE DE VÍTIMAS
INTRODUÇÃO
• A estratégia de transporte varia conforme a
situação enfrentada pela equipe de resgate.
• A presença de perigos no local, o número de
socorristas disponíveis, o diagnóstico, a
gravidade da vítima e a cena do resgate
influenciam o tipo de transporte.
• Quando se utilizam técnicas incorretas, a vítima
pode sofrer um segundo trauma e o próprio
socorrista pode sofrer lesão muscular ou de
coluna vertebral, queimaduras ou choque
elétrico.
NOÇÕES DE MECÂNICA
• Os músculos mais fortes do corpo humano
são os da coxa, desse modo, estes devem ser
os músculos utilizados quando se deseja
elevar um objeto pesado.
• Não se deve usar os músculos das costas,
que são fracos e mais propensos a lesões, é
importante dobrar os joelhos antes de elevar o
peso, mantendo a coluna reta.
NOÇÕES DE MECÂNICA
• Ao elevar uma prancha ou maca do solo,
deve-se ficar de joelhos bem próxima a vítima.
• Os movimentos devem ser sincronizados com
os do outro socorrista.
• Em hipótese alguma o socorrista deve tentar
erguer um peso superior aos seus limites
físicos. É importante que os serviços de
resgate mantenham um programa de
treinamento físico e de exercícios regulares
para os socorristas.
RETIRADA
• Consiste na retirada da vítima de um local, de
onde ela não pode sair por seus próprios
meios.
• Esta definição abrange, além dos casos de
vítimas em situações de confinamento, várias
outras situações como: inconsciência, risco de
lesões secundárias pelo uso dos próprios
músculos ou por uma combinação destes
fatores.
RETIRADA
• As manobras de retirada requerem pessoal
treinado, experiente e equipamento especial.
• No caso de confinamento, em acidentes de
trânsito ou desabamentos, o objetivo é retirar
ferragens e escombros da vítima e não o
contrário.
• Existem duas técnicas de retirada, e a
escolha entre elas é feita de acordo com as
condições do local e a gravidade da vítima.
RETIRADA
• A primeira, ou técnica padrão é utilizada em
locais seguros e em vítimas estáveis.
Emprega equipamentos de imobilização,
sendo mais cuidadosa e demorada.
• A segunda, ou técnica rápida está indicada
em pacientes instáveis ou na presença de
riscos no local. Utiliza pouco ou nenhum
equipamento para ser realizada com maior
rapidez.
RETIRADA
• Exceto na presença de uma situação que
represente perigo imediato tanto à vida da
vítima quanto à do próprio socorrista, a
manipulação do acidentado deverá ser
ordenada e efetuada com calma, de modo a
não lhe causar maiores lesões ou ainda,
agravar as condições originais.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
• O transporte da vítima traumatizada deve ser
efetuado com dispositivos de imobilização,
que mantenham a estabilidade de toda a
coluna vertebral.
• O decúbito dorsal horizontal é a posição
indicada, pois permite boa estabilização da
coluna, ao mesmo tempo em que se adotam
medidas de suporte básico de vida durante o
transporte.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
• O colar cervical, utilizado de forma isolada,
oferece imobilização parcial no sentido
anteroposterior do pescoço, portanto, para
evitar a movimentação lateral da cabeça é
necessário o emprego do apoio lateral de
cabeça.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
Prancha longa
• As pranchas longas são muito úteis no
transporte de vítimas em serviços de
atendimento pré-hospitalar e salvamento.
• As pranchas longas medem, em geral, 45
centímetros de largura e 180 centímetros de
comprimento, com dois trilhos finos na
superfície inferior que são essenciais para
suspendê-las com facilidade.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
• É o equipamento indicado para remover
vítimas traumatizadas.
• Adicionalmente é utilizada como suporte
secundário para pacientes imobilizados com o
colete imobilizador dorsal.
• Pode ser empregada também em retirada
rápidas de veículos e em resgates aquáticos.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
• A imobilização da vítima na prancha é
realizada no mínimo com três cintos de
segurança.
• Os cintos são colocados na altura das axilas,
da cintura e joelhos da vítima.
• A cabeça deve ser estabilizada no dispositivo
por intermédio de um imobilizador especial
(apoio lateral de cabeça) ou de modo
improvisado com ataduras, talas moldáveis ou
fita adesiva.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• As manobras para colocação da vítima sobre
a prancha longa devem respeitar a
estabilização da coluna, movimentando a
vítima em monobloco.
• As manobras mais utilizadas são: Rolamento
90º e 180º graus e Elevação a Cavaleiro.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
Rolamento de 90º
• Utilizado para vítimas encontradas em
decúbito dorsal.
• Um dos socorristas (Auxiliar da equipe de
resgate) fica ajoelhado por trás da cabeça da
vítima, estabilizando-a.
• O socorrista que avalia a vítima (Comandante
da equipe de resgate) aplica o colar cervical.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Deve-se posicionar a prancha do lado oposto
ao do rolamento, paralelamente ao corpo da
vítima.
• O Comandante da equipe de resgate se
ajoelha do mesmo lado para onde será
movimentado o acidentado, na altura dos
ombros e segura a vítima com uma das mãos
posicionada na coxa e a outra sob o ombro
oposto do acidentado.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• O outro socorrista auxiliar (Motorista) se
ajoelha logo abaixo no nível dos quadris e
segura a vítima com uma das mãos
posicionada na cintura e a outra logo abaixo
do joelho do acidentado.
• Ao comando previamente determinado pela
equipe, a vítima é rolada em bloco, para o
lado onde estão os socorristas, ficando neste
momento em decúbito lateral.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Neste momento o socorrista posicionado junto
aos ombros da vítima aproveita para
inspecionar o dorso em busca de ferimentos
ou outras irregularidades, utilizando a mão
antes posicionada na coxa da vítima, mas
mantendo o apoio da outra mão no ombro da
vítima. Esta mesma mão puxa a prancha para
junto da vítima até tocar seu corpo.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Após outro comando do socorrista-líder, a
vítima é devolvida em bloco ao decúbito
dorsal sobre a prancha. Caso a vítima não
esteja bem centrada sobre a prancha, após o
comando do socorrista-líder, é feito o ajuste
com deslizamento em bloco do paciente.
• Mantendo sempre a estabilização manual da
cabeça e do pescoço.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• A cabeça da vítima posteriormente deve ser
fixada com dispositivo próprio (apoio lateral de
cabeça) ou de modo improvisado com
ataduras, talas moldáveis ou fita adesiva.
• Os cintos da prancha são então fixados nos
locais determinados (nível das axilas, cintura
e joelho).
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
Rolamento de 180º
• Empregado para vítimas encontradas em
decúbito ventral.
• Nesta manobra o socorrista auxiliar se
posiciona ajoelhado atrás da cabeça da
vítima, fazendo a estabilização manual
• A prancha é posicionada no lado para o qual a
vítima será rolada
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Manter uma distância que permita que após o
rolamento ela fique centralizada na prancha,
em geral, esta distância é equivalente a 10 a
12 cm.
• Os demais socorristas (comandante e auxiliar)
posicionam se ajoelhados sobre a prancha, do
mesmo lado da vítima, ao nível de seus
ombros e quadris.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Após o comando, a vítima é rolada em bloco
para o lado da prancha, ficando em decúbito
lateral.
• Os auxiliares saem da prancha, ajoelhando-se
no solo.
• O líder comanda um novo rolamento da vítima
sobre a prancha e depois da complementação
da avaliação inicial da vítima é colocado o
colar cervical.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
Manobra de elevação a cavaleiro
• Indicada em vítimas encontradas em decúbito
dorsal em áreas estreitas.
• Sempre será necessária a participação de 4
socorristas para executar esta missão.
• A vítima deve ser avaliada e o colar cervical
deve ser aplicado.
• A prancha longa deve ser posicionada ao lado
da vítima.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• O socorrista auxiliar se posiciona ajoelhado
atrás da cabeça da vítima, fornecendo
estabilização manual da cabeça e pescoço.
• O Cmt da Guarnição se posiciona a cavaleiro
na altura dos ombros da vítima e a sustenta
com as mãos posicionadas sob seus ombros.
Um de seus pés está ao lado da vítima e o
outro ao lado da prancha.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• O outro socorrista se posiciona a cavaleiro na
altura dos quadris e a sustenta com as mãos
posicionadas logo abaixo da linha da cintura.
• O socorrista voluntário a auxiliar a equipe de
resgate depois de ser orientado previamente
se posiciona junto aos pés da vítima e a
sustenta com as mãos posicionadas logo
acima dos seus tornozelos.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Após comando verbal, a vítima é elevada à
cerca de um palmo do solo. Depois de outro
breve comando a vítima é pousada sobre a
prancha longa.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
Imobilização do acidentado em pé
• Indicada em vítimas de traumas encontradas
em pé ou andando na cena de emergência.
• Muitas destas vítimas apresentam lesão de
coluna cervical sem danos neurológicos, no
entanto, poderá haver evolução do trauma
ocasionando lesão ou compressão medular.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• A abordagem executada pela equipe de
resgate deve ser feita de frente para a vítima,
evitando que se mova ou movimente a cabeça
em sua direção.
• O primeiro socorrista deve explicar os
procedimentos para a vítima convencendo-a
da necessidade de ser imobilizada naquela
posição.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• O primeiro socorrista deve estabilizar
manualmente a cabeça da vítima até que o
segundo socorrista se posicione por trás da
vítima e assuma a estabilização.
• O primeiro socorrista aplica o colar cervical.
• O terceiro socorrista insere a prancha longa
diagonalmente entre os braços do segundo
socorrista, colocando-a por trás da vítima
apoiando seus pés e escápulas.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Nesse momento, o primeiro e terceiro
socorristas com o antebraço correspondente à
lateral da prancha sob as axilas da vítima
segura a prancha pelo vão imediatamente
superior ao ombro da vítima.
• Sob comando único efetuam a descida da
prancha em 3 passos consecutivos, sempre
apoiando a cabeça da vítima até que a
prancha toque o solo.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
Técnica de elevação de vítimas
• Elevação de vítimas com quatro socorristas:
• Número de socorristas ideal quando houver a
necessidade de movimentar a vítima em longa
distância para maior segurança da vítima e
redução de esforços físicos por parte dos
socorristas.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Elevação de vítimas com três socorristas:
• Número mínimo de socorristas exigidos em
qualquer movimentação de acidentados.
• Ideal quando houver apenas a necessidade
de elevar a vítima do solo para colocação na
maca da ambulância ou para movimentação
da vítima em curta distância e não houver
outras pessoas para auxiliar a equipe de
resgate.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Posicione-se
adequadamente e sob
comando apóie a
prancha longa sobre os
joelhos.
MANOBRA DE MOVIMENTAÇÃO DE
VÍTIMAS
• Sob comando, eleve-se
se apoiando sobre os
calcanhares e fique de
pé, erguendo a vítima.
Uso da Tala KED
• KED: Dispositivo imobilizador de toda a
coluna.
• O KED é um colete que é aplicado ao
dorso do paciente e possui duas abas laterais
para a estabilização da cabeça e do tronco.
• O tronco do paciente é fixado ao dispositivo
através de cintos coloridos, a cabeça e o
pescoço são fixados através de uma tira
mentoniana e uma tira frontal.
INFORMAÇÕES SOBRE SEGURANÇA
DO APARELHO
• a) Imobilização incorreta do uso do KED, pode causar
ferimentos no resgatado.
• b) Usar peças, substituição de cintos e demais, sem
garantia da fábrica, poderá causar também, danos ao
resgatado.
• c) Os profissionais de resgate, bem como os médicos,
terão de se proteger contra doenças transmissíveis
pelo sangue, como: HIV, hepatites, etc.
• d) O aparelho deverá ser usado com luvas e demais
equipamentos necessários recomendado por médicos
e profissionais da área.
ESPECIFICAÇÕES DO APARELHO (ADULTO)

• Peso: 2,800 a 3,200 kg


• Limite de peso do paciente: 120 kg
• Comprimento: 82 cm
• Largura: 82 cm
• Largura enrolado: 24 cm
• Espessura enrolado: 12 cm
TREINAMENTO DO USUÁRIO

• É necessário treinamento na área de resgate Civil ou Militar


para o uso correto do KED.
• Necessária também, habilidade e força física para ajudar e
socorrer o paciente (mínimo 02 ou 03 pessoas).
• Sempre reciclar os conhecimentos e treinamento do KED.

• ANTES DO USO DO KED

• Usar somente por profissionais bem treinados e quando


estiver em bom estado, limpo, desinfetado.
• Usar outros componentes para quando for necessário
transferir o paciente com segurança.
KED – PACIENTES GRÁVIDAS
• PACIENTES GRÁVIDAS
• Deixe o abdômen da paciente exposto,
devendo para isto dobrar 02 tiras (seções) na
parte ao peito para dentro, evitando assim,
aperto na gestante, na área do abdômen;
posicione cuidadosamente o colete e aperte
os cintos, colocando proteção para as
gestantes (cobertores ou espuma).
PARA SOCORRER PACIENTE COM
QUADRIL FRATURADO
• Vire o KED de cabeça para baixo (tiras para a
cabeça em direção dos pés do socorrido).
Centralize o KED em volta da cintura segure as
tiras para o peito com os cintos para o mesmo.
Use os outros cintos para testa e queixo,
fixando-os.
Utilização do Colete Imobilizador
Dorsal
• Equipamento destinado à imobilização do
segmento da coluna vertebral (cérvico-dorsal)
em vítimas de traumas que se encontrem
sentadas e sua condição clínica estável (está
consciente e orientada, e não apresenta
problemas respiratórios, circulatórios ou
comprometimento neurológico que exijam
transporte imediato).
Sequência de Procedimentos
• Verifique se a vítima está sentada e se ABCD
estão estáveis
• Socorrista 1: Realiza estabilização da coluna
cervical, liberando vias aéreas;
• Socorrista 2: Realiza a colocação do colar
cervical e prepara o colete imobilizador
• Socorrista 3: Estabiliza o tronco da vítima
colocando as duas mãos espalmadas no tórax
da vítima
Sequência de Procedimentos
• Socorrista 2:
• Passa a mão nas costas da vítima procurando
alguma irregularidade, em seguida coloca o
colete imobilizador entre a vítima e o encosto,
centralizando-o;
• Socorrista 2 e 3:
• ajustar abas laterais sob as axilas passar
tirante(Abdominal/Pélvico/Torácico*/ Tirantes
membros Inferiores*
Sequência de Procedimentos
• colocar almofada entre a cabeça e o colete
corrigindo a distância existente entre eles.
• fixar a cabeça com tira mentoniana e uma tira
frontal.
• coloque duas talas flexíveis para ocupar
espaço anatômico entre os membros
inferiores, fixando com bandagens
• restringir os punhos da vítima com bandagem
triangular, antes de removê-la;
Sequência de Procedimentos
• Revisar tirantes
• Ajustar o tirante torácico
• Efetuar a movimentação da vítima com
cautela.
Ked – Prancha Longa.
• Preparar prancha longa, com 3 tirantes, sendo
um na altura da axila, outro das cristas ilíacas
e outro dos joelhos.
• Apoiar a extremidade dos pés da prancha
longa sobre o estribo do carro e a outra
extremidade(cabeça) é apoiada pelo
socorrista 3
KED – Prancha Longa
KED - PRANCHA
Remoção do colete imobilizador
dorsal
• O colete imobilizador pode ser tirado pelos
socorristas ainda antes do transporte, logo
após a colocação da vítima na prancha longa
ou para ser empregado na remoção de outra
vítima.
• Os tirantes do colete devem ser removidos e
puxados para a lateral enquanto que a cabeça
da vítima está sendo imobilizada
manualmente.
Remoção do colete imobilizador
dorsal
• Enquanto um socorrista suporta a cabeça e
com seus antebraços os ombros da vítima, o
outro socorrista que está posicionado de
frente para a cabeça dela traciona o colete
tangenciando a prancha longa e o remove.
Remoção do colete imobilizador
dorsal
Bebê – Tala Ked
Bebê – Tala Ked
Bebê – Tala Ked
O sistema esquelético é feito
de 206 ossos e proporcionam
apoio, possibilitam movimento
e protegem os órgãos internos
do corpo
FRATURAS
DEFINIÇÃO
• Fratura é o rompimento do tecido do tecido
ósseo.
• Fraturas podem ser classificadas de acordo
com sua exteriorização e com a lesão no osso
afetado.
FRATURAS
• Fechada: São as fraturas nas quais os ossos
quebrados permanecem no interior do
membro sem perfurar a pele.
• Entretanto, pode romper um vaso sanguíneo
ou cortar um nervo, causando uma lesão
interna.
FRATURAS
• Exposta: São as fraturas em que os ossos
quebrados saem do lugar, rompendo a pele e
deixando exposta uma de suas partes, que
pode ser produzida pelos próprios fragmentos
ósseos ou por objetos penetrantes.
• Este tipo de fratura pode causar infecções.
FRATURAS
• Fratura em fissura: São aquelas em que as
bordas ósseas ainda estão muito próximas,
como se fosse uma rachadura ou fenda.
FRATURAS
• Fratura em “galho verde”: É a fratura
incompleta que atravessa apenas uma parte
do osso.
• São fraturas geralmente com pequeno desvio
e que não exigem redução; quando exigem, é
feita com o alinhamento do eixo dos ossos.
• Sua ocorrência mais comum é em crianças e
nos antebraços (punho).
FRATURAS
• Fratura completa: É a fratura na qual o osso
sofre descontinuidade total.
FRATURAS
• Fratura cominutiva: É a fratura que ocorre
com a quebra do osso em três ou mais
fragmentos.
FRATURAS
• Fratura impactada: É quando as partes
quebradas do osso permanecem comprimidas
entre si, interpenetrando-se.
FRATURAS
• Fratura espiral: É quando o traço de fratura
encontra-se ao redor e através do osso.
• Estas fraturas são decorrentes de lesões que
ocorrem com uma torção.
FRATURAS
• Fratura oblíqua: É quando o traço de fratura
lesa o osso diagonalmente.
FRATURAS
• Fratura transversa: É quando o traço de
fratura atravessa o osso numa linha mais ou
menos reta.
ENTORSE
• O entorse é uma lesão dos ligamentos de
uma articulação sem deslocamento das
superfícies articulares.
• Em caso de entorse, o raio de ação normal de
uma articulação é ultrapassado com o efeito
do impacto e causa um dano, porém sem
desarticular por completo.
LUXAÇÃO
• Luxação é o deslocamento repentino, parcial
ou completo, das extremidades dos ossos que
compõem uma articulação.
• Isso quer dizer que um osso se separa do
outro e desaparecem os pontos de contato
entre eles, o que pode provocar lesões nas
estruturas próximas (ligamentos, vasos
sanguíneos, etc.).
LUXAÇÃO
• Luxação é diferente da fratura e da fissura,
porque o osso sai do lugar, mas não se
quebra nem racha.
• Ao contrário, permanece inteiro.
• No entanto, o fato de haver uma luxação, não
exclui a possibilidade de também existir uma
fratura naquele osso.
AVISO AOS PAIS
SINAIS
• Incapacidade total ou parcial de movimentos
• Dificuldade e dor aos movimentos
• Observação de inchaço na área atingida
• Posição anormal do membro atingido
• Obs.: Esses sinais poderão ser observados
tanto nas fraturas como nas luxações e nos
entorses.
TRATAMENTO
Fratura fechada em membros inferiores:
• Visualizar a fratura
• Retirar o calçado, sempre em dois socorristas
• Não tentar alinhar a fratura (imobilizar do jeito
que encontrar)
• Escolher adequadamente o material
TRATAMENTO
• Utilizar no mínimo três talas, sendo uma por
baixo e as outras dos lados
• Usar sempre o lado macio da tala voltado
para a vítima
• Imobilizar uma articulação antes e uma após a
fratura
• Iniciar a fixação (amarração) da extremidade
TRATAMENTO
• Fixar pelo menos três pontos
• Não amarrar sobre a fratura
• Atentar para não apertar em demasia
• Ao final checar pulso distal e perfusão capital,
caso esteja ausente, afrouxar a amarração.
TRATAMENTO
Fratura fechada em membros superiores:
• Visualizar a fratura
• Não tentar alinhar a fratura (imobilizar do jeito
que encontrar)
• Escolher adequadamente o material
TRATAMENTO
• Utilizar no mínimo duas talas, sendo uma por
baixo e a outra por cima
• Usar sempre o lado macio da tala voltado
para a vítima
• Imobilizar uma articulação antes e uma após a
fratura
• Iniciar a fixação (amarração) da extremidade
TRATAMENTO
• Fixar pelo menos três pontos
• Não amarrar sobre a fratura
• Atentar para não apertar em demasia
• Ao final checar pulso distal e perfusão capital,
caso esteja ausente, afrouxar a amarração.
TRATAMENTO
• No caso de imobilização de fraturas expostas,
o procedimento será o mesmo, porém, antes
da fixação das talas, deve-se tratar o
ferimento.
TIPOS DE IMOBILIZADORES
BANDAGEM TRIANGULAR
IMOBILIZADOR DE CORPO INTEIRO
Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa,
isto é, sangue que escapa de artérias, veias ou vasos
capilares. As hemorragias podem ser definidas como
uma considerável perda do volume sanguíneo
circulante. O sangramento pode ser interno ou
externo e em ambos os casos são perigosos.
FUNÇÕES DO SANGUE

Transporte dos gases: oxigênio e gás carbônico


através da ligação com a hemoglobina;
Nutrição: transporte de nutrientes através do
plasma;
Excreção: de substâncias nocivas ao organismo;
Proteção: através dos glóbulos brancos;
Regulação: distribuição de água e eletrólitos para os
tecidos;
Temperatura: controle de temperatura corporal.
MECANISMOS CORPORAIS
DE CONTROLE DE HEMORRAGIAS

1. Vasoconstrição: que é um mecanismo reflexo que


permite a contração do vaso sanguíneo lesado
diminuindo a perda sanguínea;

2. Coagulação: que consiste em um mecanismo de


aglutinação de plaquetas no local onde ocorreu o
rompimento do vaso sanguíneo, dando início à
formação de um verdadeiro tampão, denominado
coágulo, que obstrui a saída do sangue.
TIPOS DE HEMORRAGIAS

Externa: o sangue arterial ou venoso flui através de


um ferimento, é visível.

Interna: não é tão óbvia de se constatar, pois não


pode ser detectada visualmente.
Pode-se suspeitar avaliando o mecanismo da lesão,
constatando a presença de sinais e sintomas de
choque.
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA SANGUÍNEA
Grau I Grau II Grau III Grau IV
Perda
700 ml 750 - 1500 ml 1500 - 2000 ml > 2000 ml
sanguínea
Volume de
Sangue Até 15% 15 -30% 30-40% > 40%
perdido
Frequência Entre 100 -
< 100 >120 > 140
Cardíaca 120
Pressão PAS < abaixo PAS < abaixo de 50
Normal Normal
Arterial de 100 mmHg mmHg
Frequência
14-20 20-30 30-40 >35
Respiratória

Assintomático Sudorese, Agonizante, cianose,


Ansiedade,
Elevação pele fria, semiconsciente ou
agitação,
Outros sinais moderada FC; sede, inconsciente, FR
palidez, pele
e sintomas pele ansiedade, aumentada,
úmida e
ligeiramente aumento FR, ausência de pulso
pegajosa.
fria, tontura. pulso fino. palpável.
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS
(quanto à origem)
Hemorragias Arteriais
O sangue é vermelho vivo e sai em jato, simultâneo
com cada contração do coração. É uma hemorragia
abundante e muitas vezes de difícil controle.
Hemorragias Venosas
O sangue é vermelho escuro e sai de forma regular
(de forma constante).
Hemorragias Capilares
Tem uma cor intermediária entre vermelho vivo e
escuro, o sangue sai lentamente.
Estas hemorragias são de fácil controle, podendo
parar espontaneamente.
SINAIS E SINTOMAS GERAIS
• Saída evidente de sangue (hemorragias externas)
• Pulso fraco e rápido;
• Pele pálida e fria;
• Vômitos com sangue;
• Perfusão capilar lenta ou nula;
• Pressão arterial baixa;
• Respiração curta e rápida;
• Alteração do nível de consciência ou inconsciência;
• Ansiedade e agitação;
• Tremores e arrepios do corpo;
• Cianose;
• Sudorese.
ACESSÓRIOS PARA
CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS
Compressa de gaze;
Bandagem triangular;
Atadura de crepe.
MÉTODOS PARA CONTROLE DAS
HEMORRAGIAS EXTERNAS

1.Compressão direta sobre a lesão:


Aplicar uma gaze estéril seca sobre o ferimento.
Comprimir manualmente o local ou utilizar uma
bandagem triangular ou atadura de crepe para a
fixação do curativo, exercendo pressão direta sobre a
área lesada. Se a compressa de gaze estéril saturar
de sangue e a hemorragia persistir, não a remova,
aplique outra compressa sobre a primeira e exerça
maior pressão.
2. Aplicação de Torniquete:
Só deve ser utilizado em situações de extremas
quando os procedimentos anteriores já foram
tentados e falharam.
Deve-se utilizar uma bandagem triangular em forma
de gravata, posicionada 5 cm antes da lesão,
protegendo a pele com compressas de gaze
envolvendo o membro antes de sua aplicação.
ATENÇÃO

• Nunca soltar o torniquete até chegar ao hospital.


• Lembrar que o torniquete priva os tecidos de
oxigênio e também comprime os nervos, podendo a
vítima perder o membro em decorrência deste
procedimento, portanto o transporte até o hospital
deve se iniciar precocemente.
• O torniquete é usado apenas como último recurso
para controlar uma hemorragia que não cessou com
os procedimentos anteriores.
HEMORRAGIAS INTERNAS

De difícil diagnóstico, exigem que o socorrista tenha


um bom nível de treinamento para pesquisar a
história do acidente relacionado o mecanismo do
trauma com a possibilidade de lesões ocultas e para
realizar um exame secundário detalhado.
Suspeitar de hemorragia interna quando:
• Ferimentos penetrantes no crânio;
• Sangue ou fluídos sanguinolentos drenando pelo nariz ou
orelha;
• Vômito ou tosse com sangue;
• Hematomas ou traumas penetrantes no pescoço;
• Hematomas no tórax ou sinais de fraturas de costelas;
• Ferimentos penetrantes no tórax ou abdome;
• Abdome aumentado ou com áreas de hematoma;
• Abdome rígido, sensível;
• Sangramento retal ou vaginal;
• Fraturas de pelve, ossos longos da coxa e braço.
Nunca obstrua a saída de sangue através dos orifícios
naturais: boca, nariz, orelha, ânus, vagina.
Tratamento pré-hospitalar para
hemorragia interna
Ao atender uma vítima com suspeita de hemorragia
interna, deve acionar, de imediato, o serviço de
emergência ou priorizar o transporte.
De qualquer forma, sempre será aconselhável a
adoção das seguintes medidas:
1. Priorizar o transporte para um hospital;
2. Manter a vítima em repouso, deitá-la de costas,
afrouxando-lhe as vestes;
3. Manter as vias aéreas abertas;
4. Prevenir o estado de choque, mantendo a vítima
aquecida;
5. Estar alerta para a presença de vômito;
6. Não administrar nada pela boca,
7. Monitorar os sinais vitais.
CHOQUE
Conjunto de alterações orgânicas devido a
uma inadequada perfusão e consequentes
falta de oxigenação dos órgãos e tecidos,
denominado choque hemodinâmico.
PERFUSÃO
• Inicialmente devemos entender o termo
“perfusão”, ou seja, a circulação de sangue
dentro de um órgão.
• Dizemos que um órgão tem uma adequada
perfusão quando o sangue oxigenado está
chegando pelas artérias e saindo pelas
veias.
PERFUSÃO

• A perfusão mantém viva as células do corpo


através do suprimento de nutriente e
eliminação dos produtos da degradação
gerados por eles.
• Se a perfusão é deficitária o órgão entra em
sofrimento e morre.

27
SINAIS E SINTOMAS DO ESTADO DE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
• Taquipneia: respiração rápida e superficial;
• Taquicardia: pulso rápido e filiforme (fraco);
• Pele fria, pálida e úmida;
• Face pálida e posteriormente cianótica;
• Sede intensa;
• Hipotensão: queda da pressão arterial;
• Sudorese;
• Ansiedade, confusão mental;
• Fraqueza muscular, distúrbios visuais (visão
escura).
TRATAMENTO
• Efetuar a avaliação da vítima e tratar os
problemas em ordem de prioridade;
• Manter a permeabilidade das vias
aéreas e alinhamento da coluna cervical;
• Posicionar e transportar a vítima em
decúbito dorsal horizontal (DDH);
TRATAMENTO
• Expor a vítima e prevenir hipotermia;
• Não dar nenhum líquido para a vítima, e
• Monitorar os sinais vitais constantemente.

30
FERIMENTOS
• Podem ser definidos como uma agressão à

integridade tecidual.
• Dependendo da localização, profundidade

e extensão, podem representar risco de


vida para a vítima pela perda sanguínea
que podem ocasionar ou por afetar órgãos
internos.
Os ferimentos podem ser classificados em:
• Ferimento aberto: é aquela onde existe

uma perda de continuidade da superfície


cutânea, ou seja, onde a pele está aberta.
• Ferimento fechado ou contusão: a lesão

ocorre abaixo da pele, porém não existe


perda da continuidade na superfície, ou
seja, a pele continua intacta.
FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES REGRAS GERAIS
• 1. Verificar o mecanismo de lesão.

• 2. Identificar lesões que ameaçam a vida.

• 3. Verificar a localização do ferimento, pois pode sugerir que


houve lesão interna de órgãos, com ou sem hemorragia.

• 4. Expor o ferimento:

 4.1 Não retirar objeto encravado, exceto quando este se


encontrar na bochecha comprometendo as vias aéreas;

 4.2 Retirar somente corpos estranhos grosseiros


(pedaços de roupa, grama, por exemplo) superficiais e
soltos utilizando gaze seca;
 4.3 Não lavar o ferimento;

 4.4 No caso de objetos encravados ou transfixados,


estabilizar e proteger o objeto de movimentação;

• 5. Avaliar a função neurovascular distal ao ferimento (antes


e após a confecção do curativo);

• 6. Fazer curativo compressivo na presença de sangramento


(exceto nos ferimentos penetrantes de crânio onde o
curativo deve ser oclusivo);

• 7. Cobrir o ferimento com compressa de gaze seca.


O curativo poderá ser:

• Compressivo – é aquele aplicado sobre o ferimento com a


finalidade de controlar um sangramento, sendo necessária
a pressão.

• Oclusivo – aplicado com a finalidade de proteger o


ferimento sem exercer pressão ou com finalidades
específicas; como nos casos de ferimentos abertos no

tórax, eviscerações ou ferimentos no olho.


IMPORTANTE
• Deve-se utilizar compressas de gaze
secas na confecção do curativo.
• A umidificação é indicada nos seguintes
casos:
• Evisceração abdominal;
• Oclusão de globo ocular protruso.
FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE

• Ferimentos de couro cabeludo podem ser


difíceis de tratar pelos numerosos vasos
sanguíneos encontrados nessas regiões.
• Muitos destes vasos estão na superfície da
pele e produzem sangramentos profusos
mesmo em pequenas feridas.
FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE

• Problemas adicionais surgem se os


ferimentos envolvem os ossos do crânio, vias
aéreas e pescoço.
• Deve o socorrista oferecer apoio emocional
às vítimas, pois estes ferimentos tendem a
ser muito dolorosos, produzem sangramentos
que as assustam e estão em uma região
onde todos se preocupam com as possíveis
cicatrizes e deformidades.
12
FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE
Tratamento
• Verificar a permeabilidade das vias aéreas,
mantendo a coluna cervical alinhada na posição
neutra.
• Adotar cuidados especiais para:
 Não retirar objetos encravados ou transfixantes,
exceto aqueles transfixantes na bochecha que
comprometam a permeabilidade das vias
aéreas.
 Nos ferimentos com fratura de mandíbula
utilizar a cânula orofaríngea nas vítimas
inconscientes para manter a via aérea
permeável.
• Aplicar curativo compressivo sem exercer forte
pressão, exceto em ferimentos penetrantes de
crânio, quando deverá ser feito curativo oclusivo.
• Utilizar para o curativo compressa de gaze e fixar
com bandagem triangular ou atadura de crepe.
• Estabilizar o objeto encravado com auxílio de
compressa de gaze, atadura de crepe e bandagem
triangular.
• Estar atento aos sinais e sintomas de traumatismo
craniano.
FERIMENTOS NOS OLHOS

• Impressionam pelo aspecto da lesão;

• Não se descuidar das prioridades devido à lesão;

• Suspeitar de lesões mais severas associadas à


lesão ocular.
IMPORTANTE

NÃO aplique pressão direta no globo ocular


traumatizado. Há fluido gelatinoso (humor vítreo e
aquoso) no globo ocular, insubstituível. Neste caso,
utilize curativo absorvente não compressivo para
auxiliar na formação de coágulos sanguíneos e no
controle do sangramento.
Tratamento

• Retirar somente corpos estranhos grosseiros superficiais e


soltos com gaze seca na superfície externa das pálpebras.
 Não retirar nenhum corpo estranho do globo ocular.
• Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que
somente um olho tenha sido lesionado, para limitar os
movimentos.
 Não fazer pressão sobre o globo ocular;
 Não tentar recolocar o globo ocular protruso no lugar.
• Irrigar com soro fisiológico por aproximadamente 10
minutos no caso de queimadura química.
• Fazer a irrigação do centro para o canto externo do olho;
 Fazer a irrigação continuamente durante o transporte.
FERIMENTOS NO NARIZ
SANGRAMENTO NASAL
(Origem traumática)

Tratamento
• Manter as vias aéreas permeáveis.
• Observar se há saída de sangue e/ou líquor
e não obstruir a sua saída; proteger o local
com gaze.
SANGRAMENTO NASAL (EPISTAXE)
(Origem clínica)
• Manter as vias aéreas permeáveis.
• Manter a vítima calma e sentada e a cabeça em posição
neutra.
• Orientá-la para que respire pela boca, não forçando a
passagem de ar pelas narinas e também para não engolir o
sangue.
• Pinçar com o dedo indicador e polegar, as narinas na sua
parte cartilaginosa durante cinco minutos, transportando a
vítima na posição sentada:
 Se persistir o sangramento, exercer novamente a
pressão com os dedos;
 Pode ser usada compressa fria sobre a narina que está
sangrando.
AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA
Tratamento
• Conter hemorragias.
• Prevenir o choque.
• Localizar o segmento amputado.
• Conduzir o segmento amputado juntamente com a
vítima.
• Envolver o segmento amputado com plástico
protetor esterilizado.
• Colocar o segmento amputado, envolvido com
plástico esterilizado, em um recipiente com gelo, se
possível.
ATENÇÃO

• Considerar a possibilidade da ocorrência de choque


nas grandes amputações e/ou avulsões.
• Não colocar o segmento amputado em contato
direto com gelo, água, soro fisiológico ou outra
substância.
• Caso haja grande perda de sangue ou sinal de
choque, não perder muito tempo em procurar o
membro amputado ou providenciar gelo.
OBJETO CRAVADO
• Tipos de acidentes mais comuns:
Ex: lança de grade de portão, agressão à faca etc.
Tratamento
• Estancar a hemorragia, colocando-se gaze em torno
do objeto;
• Evitar movimentação do objeto enquanto se efetua o
procedimento;
• Estabilizar o objeto utilizando bandagem triangular,
esparadrapo, blocos de gaze, etc.
• Somente remover objetos que estejam na bochecha
e com risco absoluto de obstruir as vias aéreas.
EVISCERAÇÃO ABDOMINAL

• Lesão na qual a musculatura do abdômen é


rompida em decorrência de violento impacto ou lesão
de objeto perfurante, cortante ou contundente,
expondo o interior da região abdominal exteriorizando
vísceras e provocando contaminação.
• Protrusão de vísceras através de abertura na
cavidade abdominal provocada por traumas (ferida
aberta).
Tratamento

• Cobrir as vísceras expostas com plástico


esterilizado ou, na ausência, compressas de gaze
algodoadas estéreis umedecidas constantemente
com soro fisiológico.
• Proteger o local com curativo oclusivo.
• Prevenir estado de choque.
ATENÇÃO

• Estar preparado para ocorrência de vômitos.


• Não recolocar as vísceras no interior do abdome.
• Não lavar com soro fisiológico ou qualquer outra
substância.
• Não utilizar gaze de dimensões 7,5 x 7,5 cm para
efetuar curativo, pois podem cair na cavidade
abdominal.
TRAUMA DE TÓRAX

• 1.Penetrantes: as forças de impacto são


distribuídas sobre uma pequena área.
Ex: ferimentos por arma branca; ferimentos por
arma de fogo ou queda sobre objeto perfurocortantes
Qualquer estrutura ou órgão pode ser lesada.
• 2. Contusos: as forças são distribuídas sobre uma
grande área, e muitas lesões podem ocorrer por
desaceleração e compressão.
Condições como pneumotórax, ruptura de aorta
deve ser suspeitada quando o mecanismo de trauma
envolve desaceleração rápida.
CONDUTA NO TRAUMA
PENETRANTE DE TÓRAX
• Controlar sangramentos externos;
• Verificar se o ferimento é soprante e nesse caso:
 Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões
(expiração forçada);
 Se a vítima estiver inconsciente: observe os
movimentos respiratórios; na expiração faça o
curativo;
 Aplicar no ferimento um curativo oclusivo de
formato quadrado, utilizando o plástico protetor de
evisceração, vedando suas bordas em três lados
com esparadrapo e deixando a parte inferior
aberta.
• Verificar se há objeto encravado:
 se não estiver encravado, transportar a vítima de
DDH;
 se estiver encravado:
• Não retirá-lo;
• Estabilizá-lo;
• Transportar a vítima em DDH, exceto que o
objeto esteja encravado na região dorsal; neste
caso a vítima deverá ser transportada em
decúbito lateral (DL) do lado não afetado,
mantendo a imobilização manual da coluna.
• Priorizar o transporte e transportar monitorando sinais
vitais.
QUEIMADURAS
Definição
• Queimaduras são lesões nos tecidos
orgânicos em decorrência de trauma de
origem térmica resultante da exposição ou
contato com chamas, líquidos quentes,
eletricidade, substâncias químicas, atrito ou
fricção.

REPULHO
QUEIMADURAS
Anatomia da Pele
• A pele recobre aproximadamente 1,5 a 2
metros quadrados em um adulto médio e é
constituída por três camadas: epiderme,
derme e hipoderme (tecido subcutâneo).

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
Funções da Pele
• Proteção contra elementos ambientais,
funciona como uma barreira protetora.
• Regulação da temperatura, pela
vasoconstrição e vasodilatação da derme.
• Função sensitiva, as terminações nervosas
captam e transmitem ao sistema nervoso
central informações.
REPULHO
QUEIMADURAS
Causas das Queimaduras:
• Térmica
• Química
• Elétrica
• Radiantes (resultam da exposição a luz solar)
• Luz intensa (atingem principalmente os olhos)
• Biológicas (ser vivo, taturana, agua viva, etc.)

REPULHO
QUEIMADURAS
Características das queimaduras:
• Provocar uma queimadura é semelhante a
fritar um ovo, quando o ovo é quebrado em
uma chapa quente, inicialmente, o líquido é
transparente e com a exposição a altas
temperaturas se torna opaco e solidifica.
• Um processo quase idêntico ocorre com o
tecido humano

REPULHO
QUEIMADURAS
• Em uma queimadura, temperatura elevada
(ou de congelamento), irradiação ou agente
químico fazem com que as proteínas da pele
sejam gravemente danificadas, levando a sua
desnaturação como ocorre com o ovo frito.

REPULHO
QUEIMADURAS
Classificação das queimaduras:
• As queimaduras são classificadas de acordo
com a extensão e profundidade da lesão.
• A gravidade depende mais da extensão do
que da profundidade, uma queimadura de 1º e
2º grau em todo o corpo é mais grave que
uma queimadura de 3º grau de uma pequena
extensão.

REPULHO
QUEIMADURAS
Classificação de acordo com a profundidade:
• As queimaduras se classificam-se em Graus,
de 1º a 3º:
• Queimadura de 1º Grau:
• Atinge somente a epiderme, caracteriza-se
por dor local e vermelhidão da área atingida.

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
• Queimadura de 2º Grau:
• Atinge a epiderme e porções variadas da
derme.
• Na queimadura de segundo grau, os vasos se
dilatam mais e parte do líquido em seu interior
escapam, provocando bolhas.

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
• Queimadura de 3º Grau:
• Atinge a epiderme e a derme, são ferimentos
espessos, secos, esbranquiçados, com
aparência semelhante a couro (escaras).

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
Classificação de acordo com a extensão:
• Regra dos nove, é uma maneira de mensurar
aproximadamente a extensão em
porcentagem (%), a qual pode variar de
acordo com o tamanho de cada região.
• Obs.: a região genital equivale a 1%.

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
Conduta do socorrista nos casos de
queimaduras:
Térmicas:
• Caso haja fogo nas vestes, este deve ser
apagado com água em grande quantidade e
sem pressão.
• O corpo da vítima no local da queimadura
deve ser resfriado com soro fisiológico ou
água limpa em temperatura ambiente.
REPULHO
QUEIMADURAS
• Retire as vestes soltas com delicadeza, sem
arrancá-las, cortando-as com tesoura.
• Não arrancar o tecido que esteja aderido a
pele, apenas resfriá-los com soro ou água na
temperatura ambiente.
• Se a vítima estiver usando adornos (anel,
pulseira, etc.) estes deverão ser removidos.

REPULHO
QUEIMADURAS
• Não permitir que a vítima corra e abafar as
chamas da cabeça em direção aos pés,
evitando com isso que os gases aquecidos
atinjam a face da vítima.
• Caso tenha queimaduras nas mãos e pés, os
dedos devem ser separados por gazes ou
panos limpos e umedecidos com soro ou água
limpa em temperatura ambiente.

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
• Caso tenha queimaduras nos olhos, deverá
irrigar a lesão com soro fisiológico ou água
limpa e em seguida cobrir os dois olhos com
gaze estéril.

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
• Caso a queimadura ultrapasse 10% da área
corpórea, o que já é considerado uma
queimadura grave, deve-se adotar os
seguintes procedimentos:
• Cobrir a área queimada com plástico estéril
• Cobrir a vítima com manta térmica, inclusive a
cabeça deixando somente a face exposta
• Transporte imediato ao hospital de referência.
REPULHO
QUEIMADURAS
Atenção!
• Nunca esfregue a área atingida
• Nunca passe qualquer substância no local da
lesão

REPULHO
QUEIMADURAS
Química:
• Antes de manipular qualquer vítima que ainda
esteja em contato com o agente agressor, o
socorrista deve proteger-se com EPI adequado.
• Se possível identificar o agente agressor.
• Retirar as vestes da vítima que estiver
impregnada pelo produto e irrigar a pele com
água corrente e abundante por pelo menos 10
minutos, antes de embarcar para transporte.
REPULHO
QUEIMADURAS
• Se o produto for seco (forma granulada ou pó)
retirá-lo manualmente sem friccionar (com
pano seco ou escova) irrigar o local com água
limpa ou soro.
• Se a lesão for nos olhos, lateralizar a cabeça
(para não contaminar o outro lado) e irrigar
por pelo menos 10 minutos com água ou soro
antes do transporte.

REPULHO
QUEIMADURAS

REPULHO
QUEIMADURAS
Elétrica:
• Segurança é primordial, portanto, não
esqueça de desligar a fonte de energia antes
de iniciar o atendimento
• Vítimas de queimaduras elétricas são
consideradas graves, passíveis de parada
respiratória ou cardiorrespiratória, além de
danos no sistema nervoso e lesões em órgãos
internos.
REPULHO
QUEIMADURAS
• Procurar por pontos de entrada e pontos de
saída, cobrindo-os com gaze ou pano limpo.
• Queimaduras elétricas podem ser mais graves
do que aparentam, então faça um exame
detalhado para o atendimento e priorize o
transporte para um hospital especializado.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Principais causas de obstrução das vias
aéreas superiores:
• Obstrução causada pela língua: principal
causa em vítimas inconscientes devido ao
relaxamento da língua
• A base da língua retrocede ocluindo a
cavidade oral.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Neste caso em especial, basta corrigir a
posição da vítima utilizando a técnica de
liberação das VAS adequadamente.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Trauma:

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Obstrução por corpos estranhos (OVACE):
engasgamento por restos alimentares, corpos
externos introduzidos pela boca e/ou nariz,
próteses quebradas, etc.
• Também chamado de engasgo, que em casos
mais severos pode levar a vítima à morte por
asfixia em apenas quatro minutos
• Nessa situação deve-se agir rápida e
precisamente para evitar complicações
REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• As principais diferenças de abordagem se dão
de acordo com:
• A faixa etária do paciente (adulto, crianças e
bebês)
• Se gravidez ou obesidade mórbida
• Se a vítima está consciente ou não

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Existem dois tipos de obstrução:
• Obstrução parcial, onde a vítima ainda
consegue respirar com dificuldade falar, emitir
sons, tossir ou chorar
• Obstrução total, perde por completo a
capacidade de respirar e emitir qualquer tipo
de som

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Sinais de obstrução das VAS
• Para que o socorrista faça qualquer
intervenção devem estar presentes os
chamados “sinais universais de asfixia”, caso
contrário , incentive a vítima a continuar
tossindo para expulsar o corpo estranho.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Sinais Universais de
Asfixia:
• Mãos na garganta
• Incapacidade de tossir ou
falar
• Tosse fraca ou ineficiente
• Pergunte: você está
engasgada?
• Se a vítima apenas
acenar que sim com a
cabeça, considere que é
obstrução total

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Uma manobra pode ser salvadora neste
momento, conhecida como “Manobra de
Heimlich”, foi descrita em 1974 por Henry
Heimlich.
• Inicialmente reconhecida pela Cruz Vermelha,
e posteriormente adotada e difundida
mundialmente como uma manobra salvadora
de vidas.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• É uma tosse “artificial” ou “auxiliada”, com o
intuito de expelir o objeto ou alimento da
traqueia da pessoa.
• É imprescindível que o socorrista conheça
essa manobra e saiba aplica-la corretamente.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Técnica de compressão abdominal para
vítima consciente – manobra de Heimlich:
• Posicionar-se atrás da vítima
• Posicionar sua mão fechada com a face do
polegar encostada na parede abdominal,
entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Com a outra mão espalmada sobre a primeira,
como se fosse movimento em forma de “J”,
comprima o abdome de vítima num
movimento rápido direcionado para si e para
cima
• Repetir a compressão até a desobstrução ou
a vítima tornar-se inconsciente, quando então
será executada a manobra correspondente

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Técnica de compressão abdominal para
vítima inconsciente – compressão abdominal:
• Assim que a vítima ficar inconsciente,
coloque-a em DDH e inicie a manobra de
compressão abdominal
• Tente por duas vezes, executando 5
compressões

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
Atenção:
• Caso não obtenha êxito na manobra anterior.
• Inicie a Reanimação Cardiopulmonar.

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Observar que nos casos de vítimas obesas ou
gestantes no último trimestre, a compressão
deverá ser realizada no esterno na mesma
posição em que se realiza a compressão
torácica da RCP

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Nos casos de desobstruções em crianças:
• Posicione-se por trás da vítima
• Execute a compressão dois dedos acima da
cicatriz umbilical
• Faça quantas vezes for necessário

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Variação da manobra de desobstrução em
crianças:

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Manobra de desobstrução em bebês:
• Posicione com a face voltada para baixo
• Efetue 5 pancadas (leves) na região entre os
omoplatas
• Gire sem elevar o tronco
• Efetue 5 massagens na linha dos mamilos

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
• Abra a boca da vítima
• Inspecione a cavidade oral
• Retire qualquer corpo estranho
• Caso não seja possível reinicie a manobra

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS

REPULHO
OBSTRUÇÕES DAS VAS
Observações finais:
• Depois da desobstrução mantenha a vítima
que esteja inconsciente ou que apresente
vômito, na posição de recuperação.

REPULHO
Obstrução das VAS - Material de apoio
A obstrução das vias aéreas causadas por corpo estranho (OVACE) é um evento raro. Trabalhos
recentes mostram que nos Estados Unidos, o índice de óbito causado por OVACE é de 1,2 em
100.000 habitantes. Estes dados também são observados em outros países. Compare-se este
índice com o de óbito causado por doenças coronarianas: 198 em 100.000. Dados estatísticos
atuais mostram que adultos inconscientes apresentam normalmente obstrução sem a presença de
corpo estranho. A incidência de OVACE é muito menor em adultos quando comparados às
crianças. A principal causa de obstrução em adultos inconscientes é o relaxamento da língua, que
dificulta a passagem do ar na faringe. É fundamental entender que as manobras de desobstrução
podem salvar a vida por meio de procedimentos elementares. Por exemplo, as manobras manuais
de tração do queixo liberam as vias aéreas ao deslocarem anteriormente a língua. Porém, em
situações em que o engasgamento total não pode ser resolvido com a manobra de Heimlich, é
altamente recomendável iniciar compressões torácicas contínuas.
Principais causas de obstrução das vias aéreas superiores:
 Obstrução causada pela língua: principal causa em vítimas inconscientes devido ao
relaxamento da língua
 Obstrução em glote: edema local por inalação de gases aquecidos, anafilaxia sistêmica,
trauma causado por tentativas de intubação traqueal sem sucesso
 Obstrução causada por hemorragia: epistaxe, ferimentos em cavidade oral, traumas cervical
e de face, hemorragia digestiva alta
 Obstrução causada por meio fluido: água, secreções, líquido de estase proveniente do
estômago
 Obstrução por corpos estranhos (OVACE): engasgamento por restos alimentares, corpos
externos introduzidos pela boca e/ou nariz, próteses quebradas, etc.
 Obstrução por trauma: trauma cervical ou de face
 Obstrução por enfermidades: doenças da tireoide, neoplasias (câncer), epiglotite aguda
infecciosa na criança.
Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE): consiste na obstrução de vias aéreas
causada por aspiração de corpo estranho, geralmente localizado na laringe ou traqueia.
A aspiração de corpo estranho é a quinta principal causa de morte nos EUA, com risco aumentado
em pacientes idosos, porém, 90% das mortes por aspiração de corpo estranho ocorrem em crianças
menores de cinco anos.
Líquidos, alimentos e pequenos objetos são os principais responsáveis pelas obstruções. Nos
casos leves, o paciente ainda consegue tossir e emitir alguns sons ou chiado, o que não ocorre nos
casos graves.

REPULHO
Em vítimas conscientes, o alimento é a principal causa de obstrução das vias aéreas. Quando esse
acidente ocorre, a vítima fica muito nervosa e agitada pela impossibilidade de respirar e
caracteristicamente vai segurar o pescoço e abrir amplamente a boca. Tentará falar e não
conseguirá.

Ao prestar atendimento a uma pessoa com OVACE, o socorrista deve classificar o grau de
obstrução e em seguida realizar manobras de desobstrução conforme a faixa etária.

Classificação da obstrução:

Obstrução leve: capacidade de responder, tossir e respirar preservadas;


Obstrução severa: vítima consciente ou inconsciente, não consegue respirar ou apresenta
ruídos à respiração e/ou tosse silenciosa.

Conduta do socorrista em casos de obstrução leve:

1. Acalmar a vítima;
2. Instruir a vítima a realizar tosses vigorosas;
3. Se possível, monitorar oxigenação;
4. Se possível, suplementar oxigênio;
5. Não colocar a mão na boca da vítima enquanto ela mostrar-se nervosa;
6. Em casos de obstrução por espinha de peixe, retirar com pinça.

Conduta do socorrista em casos de obstrução severa com responsividade:

1. Posicionar-se de pé atrás da vítima;


2. Executar a manobra de “HEIMLICH”;
3. Abraçá-lo na altura da crista ilíaca;
4. Posicionar uma mão com o punho cerrado abaixo do apêndice xifoide e a outra espalmada
sobre a primeira;
5. Realizar compressões rápidas e firmes, para dentro e para cima, em movimento que
lembre um J;
6. Repetir manobra até sucesso na desobstrução ou até o paciente perder a consciência.

REPULHO
Observar que nos casos de vítimas obesas ou gestantes no último trimestre, a compressão deverá ser
realizada no esterno na mesma posição em que se realiza a compressão torácica da RCP.

Conduta do socorrista nos casos de obstrução severa com responsividade em crianças:


1. Posicione-se por trás da vítima
2. Execute a compressão dois dedos acima da cicatriz umbilical
3. Faça quantas vezes for necessário

REPULHO
Variação da conduta de desobstrução em crianças:

Conduta do socorrista nos casos de obstrução severa com ou sem responsividade em bebês:
1. Posicione com a face voltada para baixo
2. Efetue 5 pancadas (leves) na região entre as omoplatas
3. Gire sem elevar o tronco
4. Efetue 5 massagens na linha dos mamilos

5. Abra a boca da vítima


6. Inspecione a cavidade oral
7. Retire qualquer corpo estranho
8. Caso não seja possível reinicie a manobra

REPULHO
Devemos observar o seguinte:
• Técnica de compressão abdominal para vítima inconsciente – compressão abdominal:
• Assim que a vítima ficar inconsciente, coloque-a em DDH e inicie a manobra de compressão
abdominal
• Tente por duas vezes, executando 5 compressões

Atenção:
 Caso não obtenha êxito na manobra anterior.
 Inicie a Reanimação Cardiopulmonar.

 Se a vítima da obstrução for a própria pessoa a fazer a manobra, devem utilizar-se do


espaldar (encosto) de uma cadeira.

REPULHO
Observações finais:
• Depois da desobstrução mantenha a vítima que esteja inconsciente ou que apresente
vômito, na posição de recuperação.

REPULHO
MANOBRAS DE LIBERAÇÃO DAS VAS

A Elevação da Mandíbula é a manobra recomendada para


ser empregada em vítimas com suspeita de lesão na
coluna cervical.

Para vítimas não traumatizadas utilizar:

1. Manobra de Tração do Queixo

2. Manobra de Extensão da Cabeça


TÉCNICA DE LIBERAÇÃO DAS VIAS
AÉREAS
ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA
TRAÇÃO DO QUEIXO
MANOBRA DE EXTENSÃO DA CABEÇA
VÍTIMAS COM OBSTRUÇÃO PARCIAL
Observar se a vítima pode respirar, tossir, falar ou
chorar
Em caso positivo:
- Orientar para continuar tossindo e não interferir.
- Deixar que a vítima encontre uma posição de conforto
ou mantenha em decúbito elevado (semi-sentado).
- Em caso negativo, tratar a vítima como obstrução total.
VÍTIMA COM OBSTRUÇÃO TOTAL CONSCIENTE
(Técnica utilizada para vítimas com idade acima de 01 ano)

Observar se a vítima pode respirar, tossir, falar ou chorar

Em caso negativo:
Realizar repetidas compressões abdominais, até a desobstrução
das vias aéreas. Caso a vítima se torne inconsciente adotar as manobras
de desobstrução correspondente.
Observar que nos casos de vítimas obesas ou gestantes
no último trimestre, a compressão deverá ser realizada no
esterno na mesma posição em que se realiza a compressão
torácica da RCP.
MANOBRA DE COMPRESSÃO TORÁCICA PARA
DESOBSTRUÇÃO DAS VAS EM VÍTIMAS INCONSCIENTES
COM IDADE SUPERIOR A 01 ANO

1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal horizontal numa


superfície rígida;
2. Inicie as 30 compressões torácicas (sem necessidade de checar
o pulso), abra as vias aéreas e cheque se há presença de corpo
estranho (não faça busca cega), se possível retire-o;
3. Faça 2 (duas) ventilações, e
4. Reavalie a vítima, caso seja necessário, continue com os ciclos
de RCP até que o objeto seja expelido.
OVACE EM VÍTIMAS COM IDADE ABAIXO
DE 01 ANO (consciente)

Obstrução parcial

Se o bebê estiver consciente, poderá chorar, tossir e possuirá


movimentos respiratórios eficazes, devendo ser realizados os
seguintes procedimentos:
- Não interfira e observe sinais de obstrução total;
- Conduza ao hospital.
OBSTRUÇÃO TOTAL DE VIAS AÉREAS
Bebê consciente:
1. posicionar o bebê em decúbito ventral sobre o antebraço do socorrista
apoiado em sua coxa, inclinado o corpo do bebê de forma que sua
cabeça fique ligeiramente abaixo da linha de seu tórax.
2. efetuar até 5 (cinco) tapas de expulsão nas costas do bebê (entre as
escápulas), sendo que na sequencia, deverá posicionar o bebê em
decúbito dorsal no outro braço (também inclinado com a cabeça abaixo
da linha do tórax) e realizar até 5 (cinco) compressões torácicas
(frequência aproximada de uma por segundo), repetindo este ciclo até
haver sucesso ou o bebê se tornar inconsciente;
Efetuar 5 (cinco) pancadas, com a região
tênar e hipotênar da palma de sua mão,
entre as escápulas da vítima.

Manter a cabeça da vítima em


nível inferior ao próprio tórax,
apoiando o braço sobre a coxa.
Efetuar 5 (cinco) compressões
esternais.
Bebê inconsciente:
1. Inicie a RCP começando pelas compressões torácicas
(sem necessidade de checar o pulso) e após 30 (trinta)
compressões, abra as vias aéreas e cheque se há
presença de corpo estranho (não faça busca cega); e
2. Faça 2 (duas) ventilações e continue com os ciclos de
RCP até que o objeto seja expelido.
PARADA RESPIRATÓRIA COM PULSO

1. Constatar ausência de respiração (movimentos respiratórios ineficazes ou


ausentes).
2. Checar pulso central (carotídeo ou braquial) e, se presente, liberar vias
aéreas, e efetuar 02 (duas) ventilações, preferencialmente com máscara de
bolso (socorrista isolado) ou ventilador manual (2 socorristas);
3. Não havendo expansão torácica reposicione a cabeça na tentativa de
melhorar a abertura das vias aéreas;
4. Melhore a vedação da máscara contra a face sem que ocorra pressão
excessiva, pois pode prejudicar a permeabilidade das vias aéreas;
5. Efetuar 01 (uma) ventilação a cada:
• 5 segundos (12 ventilações/minuto): vítimas com idade acima de 08 anos;
• 3 segundos ( 20 ventilações/minuto): vítimas com idade entre 28 dias e 08
anos;
• 2 segundos (30 ventilações/minuto): vítimas com idade abaixo de 28 dias.
6. Checar pulso central a cada 02 minutos,
6.1 Pulso presente: se a respiração é ausente ou ineficaz, mantenha as
ventilações;
6.2 Pulso ausente: inicie RCP.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR - RCP
A RCP é um procedimento de emergência aplicado
quando constatamos que a vítima teve uma parada das
atividades do coração e do pulmão. Quando isso ocorre
é possível ao socorrista, através da combinação de
compressões torácicas com ventilação de resgate,
manter artificialmente a circulação e a respiração da
vítima até que haja um socorro médico adequado.
DEFINIÇÃO DE MORTE

MORTE CLÍNICA: Uma vítima está clinicamente morta,


quando cessa a respiração e o coração deixa de bater.

MORTE BIOLÓGICA: Uma vítima esta biologicamente


morta, quando as células do cérebro morrem.
Corresponde a morte encefálica.
SINAIS EVIDENTES DE MORTE
1. Decapitação;

2. Esmagamento completo de cabeça e tórax com PCR;


3. Calcinação ou carbonização extensa (cabeça e/ou tronco);
4. Estado de putrefação ou decomposição;
5. Rigidez cadavérica (rigor mortis),
6. Secção do tronco.
7. Manchas de hipóstases.
Em termos legais, somente um profissional médico poderá
atestar que uma pessoa está definitivamente morta.
CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA

Conceito da American Hearth Association sobre reanimação


cardiopulmonar que estabelece uma sequência de procedimentos
realizadas no menor tempo possível viabilizando a sobrevida após
uma parada cardiorrespiratória. Mostra a importância da integração
dos diferentes elos, em especial a RCP e a desfibrilação precoce.
ERROS MAIS FREQUENTES NA APLICAÇÃO DA RCP
1. A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida;
2. A vítima não está em posição horizontal;
3. Não se executa adequadamente a manobra de liberação das vias
aéreas;
4. A máscara não está perfeitamente selada e o ar escapa;
5. As mãos estão colocadas incorretamente ou em local inadequado
sobre o tórax;
6. As compressões estão sendo realizadas muitas profundas ou
demasiadamente rápidas;
7. A razão entre as ventilações e compressões está incorreta;
8. A RCP deixa de ser executada por mais de 10 segundos
CASOS DE INTERRUPÇÃO DA RCP
1. A vítima recuperar e manter o pulso espontaneamente (providenciar
ventilação, quando necessária);
2. Durante a substituição ou troca de posição de socorristas ou para a
movimentação da vítima (não exceder 10 segundos);
3. Durante a verificação do pulso e respiração (entre os ciclos a cada 2
minutos);
4. A vítima é entregue aos cuidados da equipe médica (Hospital ou
Suporte Avançado);
5. Determinação de interrupção da RCP por médico no local.
Quando não for iniciada ou for interrompida definitivamente a
RCP, o caso deverá constar em relatório, inclusive com o nome e
CRM do médico, se for o caso.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM VÍTIMAS
ACIMA DE 8 ANOS
1. Confirmar a PCR constatando:
1.1. Inconsciência;
1.2. Ausência de movimento respiratório; e
1.3. Ausência de pulso central (artéria carotídea)
2. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida.
3. Efetuar 30 compressões torácicas, no ritmo de no mínimo
100 a 120 compressões por minuto.
4. Efetuar 2 ventilações.
5. Manter as compressões e ventilações na frequência 30:2.
6. Verificar o pulso central a cada 2 minutos
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PARA VÍTIMAS
ENTRE 1 E 8 ANOS
1. Confirmar a PCR constatando:
1.1. Inconsciência;
1.2. Ausência de movimento respiratório; e
1.3. Ausência de pulso central (artéria carotídea).
2. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida.
3.Efetuar 30 compressões torácicas (quando for apenas um
socorrista) , no ritmo de no mínimo 100 a 120 compressões por
minuto ou 15 compressões (quando forem dois socorristas).
4. Efetuar 2 ventilações.
5. Manter as compressões e ventilações na frequência 30:2 ou
15:2.
6. Verificar o pulso central a cada 2 minutos
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PARA VÍTIMAS
ABAIXO DE 1 ANO
1. Confirmar a PCR constatando:
1.1. Inconsciência;
1.2. Ausência de movimento respiratório; e
1.3. Ausência de pulso central (artéria braquial).
2. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida.
3.Efetuar 30 compressões torácicas (quando for apenas um
socorrista) , no ritmo de no mínimo 100 a 120 compressões por
minuto ou 15 compressões (quando forem dois socorristas).
4. Efetuar 2 ventilações.
5. Manter as compressões e ventilações na frequência 30:2 ou
15:2.
6. Verificar o pulso central a cada 2 minutos
Adultos Crianças Bebe Neonato
Componentes Acima de 08 anos Entre 01 e 08 anos Entre 28 dias e 01 ano Abaixo de 28 dias

Segurança do local Verifique se o local é seguro para os socorristas e para a vítima

Reconhecimento da Verifique se a vítima responde


PCR Ausência de respiração ou apenas gasping
Ausência de pulso

Checagem do Pulso Palpar pulso carotídeo Palpar pulso braquial

Ventilações no caso
de Parada Respiratória 5 segundos 3 segundos 2 segundos

Relação compressão x 01 ou 02 socorristas 01 socorrista 30:2


ventilação 30:2 02 socorristas 15:2

Frequência das 100 a 120 por minuto


compressões
No mínimo 1/3 do Pelo menos 1/3 do diâmetro do tórax (cerca de
Profundidade da No mínimo 5 cm diâmetro do tórax 4 cm)
compressão (cerca de 5 cm)

02 mãos Utilizar 01 ou 02 mãos 01 socorrista: técnica dos dedos indicador e


Posicionamento das Metade inferior do Metade inferior do médio
mãos esterno esterno 02 socorristas: utilizar a técnica dos dedos
polegares
Logo abaixo da linha dos mamilos
URGÊNCIA MÉDICA
• Doença pode ser entendida como um
desequilíbrio das funções que mantém a vida
de um organismo, cujas manifestações
apresentam-se como sinais e sintomas.
• Entendem-se como sintomas as queixas da
vítima.
• Sinais são evidências que podem ser
detectados por meio da observação, audição
ou palpação.
URGÊNCIA CLÍNICA
• São as condições de desequilíbrio do
organismo que não envolvem a violência
como causas que as originaram, cujos sinais
e sintomas identificam a necessidade de
atenção médica precoce.
• O desequilíbrio ocorre por intermédio das
infecções causadas por outros organismos
(vírus, bactérias, vermes, protozoários,
insetos, etc.).
URGÊNCIA CLÍNICA
• Também ocorre por meio da perda ou
alteração da função dos órgãos e dos
sistemas, decorrente de distúrbios
hereditários (herdados dos pais), alterações
ambientais (por exemplo, o câncer de pele),
intoxicações, etc.
EMERGÊNCIAS
CARDIOVASCULARES
• As emergências cardiovasculares são a
principal causa de morte em todo o mundo.
• Reconhecê-las rapidamente, bem como
instituir as primeiras condutas, são essenciais
ao profissional da equipe de atendimento pré-
hospitalar (APH).
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
• É a morte do músculo cardíaco decorrente da
privação de oxigênio fornecido por meio do
sangue proveniente das artérias coronárias.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Fisiopatologia
• O infarto agudo do miocárdio ocorre pela
obstrução aguda das artérias coronárias,
responsáveis pelo suprimento de sangue ao
coração.
• A obstrução ocorre após a fissura de uma
placa de ateroma (colesterol) existente na
coronária “doente”.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
• Sinais e sintomas:
• Dor precordial, do tipo queimação, em peso
(opressão), ardência podendo irradiar para os
membros superiores ou áreas vizinhas.
• A dor pode não ser precordial, podendo
localizar-se na região epigástrica,
submentoniana(debaixo do queixo), no
pescoço, nos ombros, cotovelos, punho(como
se fosse uma pulseira)
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
• Fatores para doenças cardiovasculares
associados com a queixa do paciente:
• Tabagismo (fumo)
• Sedentarismo (falta de exercícios físicos
regulares)
• Dislipidemias (dieta irregular com excesso de
gorduras)
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
• “Stress” (Estresse)
• Antecedentes familiares
• Doenças associadas (hipertensão arterial,
diabetes mellitus)
ANGINA PECTORIS
• Dor precordial (no peito), de curta duração,
usualmente menor do que 15 minutos, que se
apresenta quando o coração não recebe uma
quantidade suficiente de oxigênio
• É agravada ou produzida pelo exercício ou
por episódios emocionais e é aliviada pelo
repouso ou por meio de medicamentos
vasodilatadores
ANGINA PECTORIS
• Pode ser classificada em estável ou instável:
• A angina estável está associada ao exercício
físico que origina a dor, a vítima normalmente
sabe quando apresentará a dor.
• A angina instável não é um episódio previsível
como a estável, pois ocorre abruptamente
com a fissura da placa de ateroma, como já
foi comentado na fisiopatologia do IAM.
CRISE HIPERTENSIVA
• A hipertensão arterial sistêmica pode ser
caracterizada pela elevação súbita da pressão
arterial a níveis superiores ao considerado
normal (140x90 mmHg nos pacientes
examinados ou 130x80 mmHg em pacientes
diabéticos e renais crônicos).
• A hipertensão arterial pode aumentar o risco de
ocorrer emergências cardiovasculares,
representa ainda um risco para a ocorrência do
infarto agudo do miocárdio e acidente vascular
cerebral.
CRISE HIPERTENSIVA
• Sinais e sintomas:
• Cefaleia
• Dor em outras regiões(tórax,abdome,membro)
• Náuseas
• Escotomas (distúrbios visuais – pontos
brilhantes coloridos)
CRISE HIPERTENSIVA
• Hemorragia nasal (epistaxe)
• Taquicardia
• Parestesia (formigamento) em segmento do
corpo
TRATAMENTO
Angina/Infarto/Hipertensão
• Manter as vias aéreas permeáveis
• Ministrar oxigênio
• Afrouxar as vestes
• Manter a vítima em repouso absoluto, na posição
mais confortável para ela
• Acalmar a vítima
• Prestar apoio psicológico e emocional
• Transportar para o hospital
• Monitorar a pressão arterial, a respiração e o
nível de consciência durante o transporte
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Fisiopatologia:
• O coração é um músculo formado por duas
metades, a direita e a esquerda, quando uma
dessas cavidades falha como bomba, não
sendo capaz de enviar adiante todo o sangue
que recebe, falamos que há insuficiência
cardíaca
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• A insuficiência cardíaca (IC) não é uma
doença do coração por si só.
• É uma incapacidade do coração efetuar as
suas funções de forma adequada como
consequência de outras enfermidades, do
próprio coração ou de outros órgãos
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Sinais e sintomas:
• Falhando o ventrículo esquerdo;
• O território que congestiona é o pulmonar.
• Isso explica a falta de ar, que de início surge
aos grandes esforços, depois aos médios,
terminando pela falta de ar mesmo em
repouso.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• Com a piora surge a ortopnéia, a falta de ar
quando deitado.
• A pessoa pode acordar durante a noite devido
à falta de ar o que a obriga a sentar para obter
algum alívio.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• Falhando o ventrículo direito;
• Surge o edema, ou o inchaço, principalmente
das pernas e do fígado, além de outros
órgãos, tudo provocado pelo acúmulo de
líquidos nesses órgãos.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
TRATAMENTO
• Manter as vias aéreas permeáveis
• Ministrar oxigênio
• Afrouxar as vestes
• Manter a vítima em repouso absoluto, na posição
mais confortável para ela
• Acalmar a vítima
• Prestar apoio psicológico e emocional
• Transportar para o hospital
• Monitorar a pressão arterial, a respiração e o
nível de consciência durante o transporte
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
• Qualquer órgão do encéfalo (cérebro,
cerebelo e tronco cerebral) pode ser atingido
por um acidente vascular e sofrer as
consequências de uma isquemia ou redução
do fluxo sanguíneo.
• O mais afetado é o cérebro, por isso, ser mais
comum a expressão “acidente vascular
cerebral”.
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
Definição:
• Dano no tecido cerebral produzido por falha
na irrigação sanguínea em razão de obstrução
ou rompimento de artéria cerebral.
• O efeito compressivo, ou seja, de aumento da
pressão intracraniana também manifestam
sinais e sintomas e podem causar situações
de risco de morte.
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
Classificação:
• Hemorrágico
• Isquêmico
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
• Hemorrágico:
• é a interrupção de um vaso sanguíneo,
havendo então o extravasamento do sangue
no cérebro
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
• Isquêmico:
• É a interrupção de um vaso sanguíneo sem
chegar a ter um extravasamento do sangue,
podendo ser trombose(coágulo de sangue) ou
embolia(substâncias orgânicas, gorduras).
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
Sinais e sintomas:
• Escala pré-hospitalar de Cincinnatti;
• A escala de Cincinnati permite o
reconhecimento do AVE com rapidez,
mantendo a especificidade e a sensibilidade.
• São avaliadas três condições: simetria facial,
verificação da perda da força muscular ao se
estender os membros superiores, e alteração
da fala (disfasia).
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
• Os sinais e sintomas dependem da área
atingida, os mais frequentes são:
• Dor de cabeça (cefaléia)
• Inconsciência
• Confusão mental
• Parestesia (formigamento), paresia
(diminuição da força muscular), paralisia
muscular, usualmente das extremidades e da
face
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
• Dificuldade para falar (disartria)
• Dificuldade respiratória (dispnéia)
• Alterações visuais (escotomas, amaurose,
diplopia)
• Convulsões
• Pupilas desiguais (anisocoria)
• Perda do controle urinário ou intestinal
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
Tratamento
• Realizar a avaliação da vítima e tratar os
problemas em ordem de prioridade
• Priorizar o transporte (transporte imediato)
• Proteger as extremidades paralisadas
• Dar suporte emocional
• Evitar conversação inapropriada frente à
vítima inconsciente
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVE)
• Transportar a vítima para o hospital
monitorando os sinais vitais
• Manter a vítima em repouso, na posição de
recuperação.
VERTIGEM
• Quando uma pessoa sente um mal estar e a
impressão de girar, ela pode estar tendo uma
vertigem, que pode ter várias causas,tais com:
• Alturas elevadas, mudança brusca de pressão
atmosférica, ambientes abafados, movimentos
giratórios rápidos, mudança brusca de
posição, etc.
VERTIGEM
• É frequente a vertigem vir acompanhada de
náuseas, a pessoa acometida de vertigem
dificilmente perde os sentidos, mantendo-se
consciente.
DESMAIO
• Caracteriza-se pela perda temporária e
repentina da consciência, causada pela
diminuição de sangue no cérebro.
• A pessoa apresenta fraqueza, tontura, além
de palidez e suor frio, pode ocorrer ainda o
escurecimento das vistas e falta de controle
muscular.
DESMAIO
• Normalmente, o desmaio não passa de um
acidente leve passageiro.
DESMAIO
• Tratamento:
• Pode ser indício da existência de outro
distúrbio mais grave.
• Se não estiver associado a outro distúrbio, e
não possuir lesão, colocá-la sentada com a
cabeça entre as pernas
• Tratar estado de choque e fornecer oxigênio
HIPERVENTILAÇÃO
• Desequilíbrio orgânico das concentrações dos
gases sanguíneos (CO2 e O2) devido a
respirações rápidas e profundas.
• CAUSAS MAIS COMUNS:
• Alterações metabólicas: diabetes;
• Fenômenos emocionais: ansiedade, angústia
e excitação mental.
HIPERVENTILAÇÃO
• TRATAMENTO:
• Posicionar a vítima sentada ou semi-sentada
e tranquilizá-la;
• Fazer a vítima respirar dentro de um saco de
papel, durante alguns minutos a fim de
equilibrar a quantidade de gás carbônico no
sangue.
CONVULSÕES
• Contrações violentas, incoordenadas e
involuntárias de parte ou da totalidade dos
músculos, provocadas por diversas doenças
neurológicas e não neurológicas.
• São expressões de doenças orgânicas e não
de doença mental.
CONVULSÕES
• Causas:
• Febre alta em crianças (convulsões febris)
• Traumatismo crânio cefálico
• Doenças infecciosas, inflamatórias ou
tumores cerebrais
• Acidente vascular cerebral
• Intoxicações
• Epilepsia
EPILEPSIA
• Doença neurológica convulsiva crônica.
• Manifesta-se por perda súbita da consciência,
geralmente acompanhada de convulsões
tônicoclônica
• Composta por quatro fases distintas:
• Aura: Sensação premonitória ou de advertência
experimentada no início de uma crise.
• Fase tônica: Extensão da musculatura corporal
(rigidez, dentes cerrados);
EPILEPSIA
• Fase clônica: Espasmos sucessivos,
salivação, perda ou não do controle
esfincteriano anal ou urinário.
• Fase pós-convulsiva: a vítima pode
apresentar sonolência, confusão mental,
cefaleia e perda da memória momentânea.
EPILEPSIA
• A epilepsia é uma enfermidade orgânica que
pode apresentar-se de diversas formas.
• Iremos enfocar especificamente dois tipos
mais comuns de epilepsia:
• Grande Mal:
• Caracterizada por perda da consciência
seguida por convulsão tônicaclônica
generalizada.
EPILEPSIA
• Pequeno Mal:
• Caracterizada por breves lapsos da
consciência sem atividade motora tônico -
clônica.
• Um episódio convulsivo epiléptico pode
repetir-se muitas vezes e não é contagiosa.
EPILEPSIA
• Sinais e sintomas:
• Perda da consciência. A vítima poderá cair e
sofrer um trauma
• Rigidez do corpo, especialmente do pescoço
e extremidades. Outras vezes, desenvolvem
um quadro de leves tremores ou sacudidas de
diversas amplitudes denominadas convulsões
tônicos-clônicas.
EPILEPSIA
• Pode ocorrer cianose ou até parada
respiratória. Em algumas ocasiões, há perda
do controle dos esfíncteres urinário e anal.
• Depois das convulsões a vítima recupera o
seu estado de consciência lentamente. Pode
ficar confuso por um certo tempo e ter
amnésia do episódio.
EPILEPSIA
• Tratamento:
• Conduta durante a crise convulsiva;
• Proteger a vítima de qualquer perigo,
afastando objetos ao seu redor
• Proteger a cabeça da vítima
• Posicionar imediatamente a vítima em
decúbito lateral, evitando que aspire
secreções
• Afrouxar as vestes.
EPILEPSIA
• Conduta na fase pós convulsiva:
• Efetuar avaliação detalhada da vítima
• Tratar eventuais ferimentos
• Prevenir hipotermia
• Ministrar oxigênio
• Dar suporte emocional
• Providenciar o transporte em posição de
recuperação monitorando seus sinais vitais.
INTOXICAÇÃO
• A intoxicação ou envenenamento ocorre
quando o indivíduo entra em contato, ingere
ou aspira substâncias tóxicas de natureza
diversa, que possam causar distúrbios
funcionais ou sintomáticos.
• A gravidade depende da suscetibilidade do
indivíduo, da quantidade, tipo e toxidade da
substância introduzida no organismo e tempo
de exposição.
INTOXICAÇÃO
• Vias de acesso:
• Pele; contato direto com plantas ou
substâncias tóxicas ( absorção).
• Boca: ingestão de qualquer tipo de substância
tóxica, química ou natural (ingestão).
• Vias respiratórias; aspiração de vapores ou
gases emanados de substâncias tóxicas
(inalação).
INTOXICAÇÃO
• Identificação
• Sinais evidentes na boca, pele ou nariz de
que a vítima tenha introduzido substâncias
tóxicas para o organismo, tais como:
• Hálito com odor estranho, dor, queimação,
sonolência, confusão mental, lesões na pele,
queimaduras, etc.
INTOXICAÇÃO
Tratamento
• Pele: para substâncias líquidas, lavar o local
afetado com água corrente. Substâncias
sólidas devem ser retiradas do local sem
friccionar a pele, lavando em seguida com
água corrente
INTOXICAÇÃO
• Ingestão:
• Libere as vias aéreas
• Afrouxe as vestes
• Não provocar vômito, e caso já tenha
vomitado recolher e levar junto ao hospital
• Iniciar RCP se for o caso
• Ministrar oxigênio
• Transportar o mais rápido possível.
INTOXICAÇÃO
• Inalação de gases:
• Retirar a vítima do local gaseado
• Liberar as vias aéreas
• Ministrar oxigênio
• Transportar urgente ao hospital.
INTOXICAÇÃO
• Orientações finais:
• Em uma situação de vitima de
envenenamento, busque no local restos de
venenos ou drogas, embalagens ou
recipientes utilizados para aplicação, etc.
• Recolha todo esse material e leve junto com a
vítima para o hospital.
DIABETES MELLITUS
• O diabetes mellitus é uma doença sistêmica
causada pelo excesso de glicose na
circulação sanguínea (hiperglicemia).
• A falta de tratamento ou o tratamento
inadequado pode resultar em complicações
agudas ou crônicas.
• O tratamento adequado pode retardar o
aparecimento das complicações.
DIABETES MELLITUS
FISIOPATOLOGIA
• O excesso de glicose na circulação sanguínea
(hiperglicemia) leva ao fenômeno denominado
glicosilação.
• A glicose circulante em excesso acaba
impregnando os tecidos dos sistemas
circulatório, nervoso, entre outros, causando
alterações funcionais em cada sistema.
DIABETES MELLITUS
• Desta forma, originam-se as complicações
crônicas no paciente diabético:
• Sistema circulatório: as lesões vasculares
atingem principalmente os órgãos alvos
(coração, rins, olhos) e aumentam as chances
de IAM, insuficiência renal, cegueira, AVE.
DIABETES MELLITUS
• Sistema nervoso: as lesões neurológicas
causam neuropatias com alteração da
sensibilidade em extremidades (parestesia em
aspecto de bota e luva) e aumentam a chance de
ferimentos complexos (pé diabético).
• O excesso de glicose ocorre por causa da falta
de insulina, que é um hormônio produzido no
pâncreas. Sem insulina suficiente, a glicose não
pode ser transportada para o interior da célula.
DIABETES MELLITUS
• Hiperglicemia (falta de insulina).
• Reconhecimento:
• Sede intensa, boca seca, cansaço acentuado,
dor abdominal e vômitos, dificuldade
respiratória, pulso rápido e fraco, pele
vermelha, quente e seca, odor característico
de acetona, os sinais e sintomas perduram
por dias.
DIABETES MELLITUS
• Tratamento:
• Manter a vítima em repouso
• Se inconsciente ou vomitando, transporte na
posição de coma
• Transporte para o hospital
• Obtenha informações médicas da vítima
DIABETES MELLITUS
• Hipoglicemia (excesso de insulina)
• Reconhecimento:
• Tontura e cefaleia, vítima hostil e agressiva,
salivação abundante e fome, pele pálida,
úmida e fria, pulso forte e rápido, não há
odores característicos os sinais e sintomas se
instalam rapidamente
DIABETES MELLITUS
• Tratamento:
• Mantenha a vítima em repouso
• Não de na para beber
• Trate estado de choque
• Coloque a vítima em posição de repouso
• Transporte imediatamente para o hospital
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• O atendimento emergencial para os casos de
distúrbios de comportamento pode variar de
uma simples assistência psicológica à vítima
até uma complexa operação numa tentativa
de suicídio, na qual a correta intervenção
poderá significar a diferença entre a vida e a
morte.
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• Em alguns casos, a situação será crítica e
colocará em risco a vida daqueles que estão
tentando ajuda-la.
• Por essa razão, não se deve menosprezar o
atendimento desse tipo ocorrência, pois a
vítima possui uma doença como outra
qualquer, mas requer cuidados especiais por
parte do socorrista.
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• Como Socorrista, sempre considere a saúde
emocional e mental da vítima, da família e de
amigos, afetados pela situação.
• Sinais extremos de depressão, medo, mágoa
e histeria podem evoluir, logo que você
começa a se comunicar com a vítima.
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• Sequência de procedimentos:
• Chegar no local de forma discreta(sirene
desligada)
• Analisar a situação
• Isolar o local
• Averiguar a necessidade de apoio
• Designar uma equipe de abordagem(2
bombeiros), somente um destes irá verbalizar
• O segundo será o de apoio(coleta de
informações)
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• No contato inicial, tentar convencer a vítima,
adquirindo a sua confiança, fazendo com que
desista da ideia.
• Conversar de forma pausada, firme, clara e de
tom de voz adequado à situação
• Procure descobrir o principal motivo de sua
atitude.
• Após a desistência da ideia de suicídio, continuar
tratando a vítima com respeito e consideração,
conduzindo para o hospital.
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• O bombeiro que realizou a abordagem deverá
ir, juntamente com a vítima, dentro da
Unidade de Resgate.
• Nunca deixar a vítima sozinha em local de
risco ou com objetos que possa utilizar para
ferir.
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• Se a ocorrência Envolver:
• Arma de Fogo: Isolar e permanecer na área
fria, deixando a negociação e ação tática a
cargo da equipe de policiamento;
• Arma Branca: abordar a vítima mantendo
distância segura;
• **Não atenda as exigências do suicida e
nunca traga familiares ou outras pessoas com
vínculo afetivo para a sua presença.
DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO
• **Ação tática deverá ser executada como
método de exceção, ou seja, apenas quando
a abordagem técnica estiver totalmente
exaurida e não houver mais a possibilidade de
reatar o diálogo com a vítima.
• **Nos locais de alto risco(alta tensão) os
socorristas não devem acessar o local
enquanto não houver garantia de
segurança(desligar/aterrar)
TRIAGEM
• Processo utilizado em situações onde a
emergência ultrapassa a capacidade de
resposta da equipe de socorro.
• Utilizado para alocar recursos e hierarquizar o
atendimento de vítimas de acordo com um
sistema de prioridades, de forma a possibilitar
o atendimento e o transporte rápido do maior
número possível de vítimas
TRIAGEM
INTRODUÇÃO:
• O primeiro socorrista que chega numa cena
da emergência com múltiplas vítimas enfrenta
um grande problema.
• A situação é diferente e seus métodos usuais
de resposta e operação não são aplicáveis.
• Este profissional deve modificar sua forma
rotineira de trabalho buscando um novo
método de atuação que lhe permita responder
adequadamente a situação.
TRIAGEM
• Estes socorristas não estarão sendo
eficientes se voltarem sua atenção para a
reanimação de uma ou mais vítimas, já que,
outras vítimas viáveis poderão morrer se não
forem atendidas.
• Racionalmente, o ideal é conseguirmos, ao
final, o maior número possível de
sobreviventes, portanto investindo
inicialmente nos críticos viáveis.
TRIAGEM
TRIAGEM
• Portanto, logo que chegam na cena, esses
primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir
reforços adicionais e assegurar o local para,
só então, dedicarem-se a seleção das vítimas
enquanto as novas unidades de socorro
deslocam-se para o local da emergência.
TRIAGEM
• Esses socorristas aproveitam assim o seu
tempo da melhor maneira iniciando um
processo de triagem.
• Este é o primeiro passo para a organização
dos recursos na emergência
TRIAGEM
• Podemos conceituar a triagem, como sendo
um processo de seleção vítimas e priorização
no seu atendimento pré-hospitalar, realizado
numa emergência em que a quantidade
destas vítimas ultrapassa a capacidade de
resposta da equipe de socorro.
TRIAGEM
• Este processo facilita a alocação de recursos
e hierarquização de vítimas de acordo com
um sistema de prioridades, de forma a
possibilitar o atendimento e o transporte
rápido do maior número possível de vítimas.
TRIAGEM
• Em resumo, o processo de triagem é usado
quando a demanda de atenção supera nossa
capacidade de resposta e, portanto, devemos
direcionar nossos esforços para salvar o
maior número de vítimas possível, escolhendo
aquelas que apresentam maiores
possibilidades de sobrevivência.
• O primeiro a chegar na cena deve dedicar-se
à seleção das vítimas, enquanto chegam as
unidades de apoio.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Sistema de triagem criado pelo “Hoag
Memorial Hospital” e o Corpo de Bombeiros
de Newport Beach da Califórnia.
• Atualmente é o modelo adotado pela
Associação de chefes de bombeiros do
estado da Califórnia nos EUA.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• “S. T. A. R. T.”
• É a abreviatura de “Simple Triage And Rapid
Treatment” , no português, triagem simples e
tratamento rápido.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• As características deste processo de triagem
são:
• Sistema simples e possível para um socorrista
de nível básico a avançado; e
• Permite fazer a triagem de uma vítima em
menos de um minuto.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Esse método foi desenvolvido para
ocorrências com múltiplas vítimas, permitindo
a rápida identificação das vítimas críticas, seu
pronto atendimento e a prioridade de
transporte destes feridos.
• Tais prioridades são diferenciadas por cores,
da seguinte maneira:
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Cor VERMELHA
• Significa primeira prioridade:
• São as vítimas que apresentam sinais e
sintomas que demonstram um estado crítico e
necessitam tratamento e transporte imediato.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Cor AMARELA
• Significa segunda prioridade:
• São as vítimas que apresentam sinais e
sintomas que permitem adiar a atenção e
podem aguardar pelo transporte.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Cor VERDE
• Significa terceira prioridade:
• São as vítimas que apresentam lesões
menores ou sinais e sintomas que não
requerem atenção imediata e podem se
locomover (deambular).
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Cor PRETA
• Significa que a vítima possui lesões fatais ou
está em morte clínica (sem sinais vitais).
• Só haverá tentativa de reanimação, se houver
a chegada suficiente de mais socorristas.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
CRITÉRIOS DE TRIAGEM
• O método START utiliza quatro critérios de
avaliação, que são:
• Condição de locomoção
• Condição da respiração
• Condição da circulação
• Condição neurológica
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Condição de locomoção:
• As vítimas que podem andar até o ponto de
concentração ou posto médico avançado, são
consideradas vítimas leves, pelo menos no
início da avaliação.
• A capacidade de locomoção indica
inicialmente que não há graves problemas
respiratórios, circulatórios e neurológicos,
tornando esta vítima não prioritária.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Condição da respiração:
• A frequência respiratória não poderá ser superior
a 30mrm (movimentos por minuto), pois estaria
indicando um problema grave, já que, para o
adulto, a respiração normal em repouso é de 12
a 18 m.r.m.
• Havendo frequência superior a 30 m.r.m., é certa
a presença de sérios problemas no sistema
respiratório, sendo esta vítima prioritária.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Condição da circulação:
• A condição da circulação do sangue, será
avaliada pela checagem da perfusão capilar
ou da presença de pulso radial.
• A nulidade ou lentidão do reenchimento
sanguíneo nas extremidades das mãos e dos
pés ou a falta de pulso radial, revela
deficiência do sistema hemodinâmico,
podendo tratar-se de hemorragia, obstrução,
estado de choque, entre outros.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• A vítima que possuir um tempo de perfusão
capilar superior a 2 segundos ou ausência de
pulso radial, será classificada na cor
vermelha.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
Condição neurológica:
• Esta condição é medida por intermédio da
resposta que a vítima dá ao estímulo do
socorrista, que será uma ordem de fácil
cumprimento.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Uma ordem simples, como por exemplo,
“levante o braço, pisque os olhos, olhe para
mim “ que não seja cumprida pela vítima,
indica um sério problema neurológico,
gerando a classificação da vítima na cor
vermelha.
• Se a vítima executa corretamente as ordens
simples, será classificada na cor amarela.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
PASSOS DE APLICAÇÃO DO START
1º Passo:
• O socorrista entra na área quente e ordena o
deslocamento das vítimas que podem andar,
a uma área segura para concentração (lona
verde).
• Estas vítimas serão identificadas na cor
verde, posteriormente, já que a prioridade é a
triagem das mais graves.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
2º Passo:
• Será iniciada a avaliação das vítimas que
permaneceram na área quente e não
apresentaram condições de caminhar.
• Será avaliado se há respiração, e se for
ausente, as vias aéreas serão reposicionadas
para confirmação.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Confirmando a ausência de respirações, será
feita classificação na cor preta, não se
perdendo tempo na tentativa de reanimação
da vítima.
• Os casos de morte evidente também
receberão a classificação na cor preta.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Estando presente a respiração, mas sendo
sua frequência, superior a 30 movimentos
respiratórios por minuto, será classificada na
cor vermelha.
• Caso a respiração seja normal, não superior a
30 m.r.m., será realizado o terceiro passo.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
3º Passo:
• Será verificada a perfusão capilar por meio da
observação do reenchimento sanguíneo nas
extremidades dos dedos.
• Após a compressão e soltura destas
extremidades, o socorrista solta e observa,
fazendo a contagem do tempo de retorno do
sangue.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Se o enchimento capilar é superior a
2 segundos, ou nulo, então, a vítima será
classificada na cor vermelha.
• Se o enchimento capilar é inferior a 2
segundos, iremos para o quarto passo.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Poderá ainda, ser utilizado o pulso radial
como parâmetro de avaliação da circulação, e
se for ausente, a classificação será vermelha,
mas se estiver presente, iremos para o quarto
passo.
• OBS.: Hemorragias graves serão estancadas
neste momento.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
4º Passo:
• Verifique o estado neurológico da vítima.
• Se a vítima não consegue executar ordens
simples do socorrista, será classificada na cor
vermelha.
• Executando corretamente as ordens simples,
será classificada na cor amarela.
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
ESTABILIZAÇÃO DO ATENDIMENTO:
• Assim que chegarem os reforços solicitados
para o atendimento da ocorrência com
múltiplas vítimas e a demanda for compatível,
os procedimentos de priorização de vítimas
seguirão nova avaliação, sendo:
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Priorizar o atendimento das vítimas realizando
a análise primária observando-se ABCD,
quando o número de vítimas não superar os
recursos disponíveis
• Atender e estabilizar inicialmente as vítimas
que tenham comprometimento das vias
aéreas (A), priorizando seu transporte
MÉTODO DE TRIAGEM “START”
• Atender e estabilizar, como segunda prioridade,
as vítimas com comprometimento da respiração
(B), assim como o seu transporte
• Atender e estabilizar, como terceira prioridade,
as vítimas com comprometimento circulatório (C),
assim como seu transporte
• Atender e estabilizar, como quarta prioridade, as
vítimas com comprometimento neurológico (D),
assim como seu transporte

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