LIÇÕES Juizes
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INTRODUÇÃO AO LIVRO
OS JUÍZES
O título "juízes" é conferido às 16 pessoas que
presidiram os israelitas durante um período de quase 450
anos [Atos 13:20 “E, depois disto, por quase
quatrocentos e cinqüenta anos, lhes deu juízes, até
ao profeta Samuel.”], entre o falecimento de Josué e a
subida de Saul ao trono, como primeiro rei de Israel.
Plano do Livro
O autor sagrado, como é óbvio, tinha um plano bem
definido ao escrever o livro. O texto de Juízes 2.11-23
demonstra isso. Nessa passagem o autor explicita os
pontos principais de sua narrativa, segundo se vê a seguir:
Propósito do Livro
O autor do livro de Juízes ansiava por destacar idéias
espirituais e juízos morais, e tornou-se parte integrante de
suas narrativas, mas com o intuito de mostrar-nos que
certas coisas sucederam, ou não sucederam, em face das
condições espirituais do povo de Israel. Isto posto, o livro de
Juízes apresenta-nos uma história teológica, e não apenas
um relato sobre condições sociais e políticas.
1. A ira de Deus volta-se contra o pecador (Jz 2.11,14).
Israel era abençoado quando obedecia ao Senhor, mas
castigado quando se rebelava. A nação de Israel só podia
sobreviver, cercada como estava por poderosos
adversários, mediante a graça divina. Esforços de
cooperação que rendiam resultados positivos tinham de
estar alicerçados sobre a lealdade coletiva a Deus (Jz
5.8,9,16-18). Os juízos corretivos de Deus tocavam tanto
sobre cada indivíduo quanto sobre a sociedade israelita
como um todo.
2. O arrependimento produz a misericórdia divina (Jz 2.16).
As opressões de povos estrangeiros serviam de meios para
corrigir as condições de decadência moral, e isso tinha em
vista o bem de Israel (Jz 3.1-4).
3. O homem é, verdadeiramente, um ser decadente. Após
cada livramento descrito no livro de Juízes, Israel 4
escorregava novamente para a idolatria, o que exigia ainda
outro ato de juízo divino e outro libertador. Parece que essa
lição nunca foi absorvida, ou, então, que tinha de ser
aprendida de novo a cada geração. Ver Jz 2.19, que diz:
"Sucedia, porém, que, falecendo o juiz, reincidiam e
se tornavam piores do que seus pais, seguindo após
outros deuses, servindo-os e adorando-os; nada
deixavam das suas obras, nem da obstinação dos
seus caminhos". Uma sociedade individualista por
excelência estava repleta de erros, pessoais e coletivos.
"Naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual
fazia o que achava mais reto" (Jz 17.6 e 21.25).
4. Os sistemas centralizados no homem fracassam. Esta é
a lição geral ensinada pelo livro de Juízes. Na história
de Israel, apreende-se que a única esperança reside na
espiritualidade. Os políticos mostram-se corruptos, quando
não antes, pelo menos depois que galgam posições de
autoridade.