Fichamento de Enfermagem

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FICHAMENTO DE ENFERMAGEM
CENTRO DE EDUCAÇÃO POLO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

MARIA SIMONE FEITOSA SANTOS

SEGURANÇA DO PACIENTE

JARDIM – CE, DEZEMBRO DE 2021


2

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a segurança do paciente tem se tornado um dos assuntos


prioritários na área da saúde. É uma das principais metas almejadas pelas instituições de
saúde que buscam assegurar uma assistência de qualidade, livre de erros e eventos
adversos. É dever dos profissionais de saúde, em especial da equipe de enfermagem,
proporcionar uma assistência de qualidade, eficiente, eficaz e segura ao paciente.

Diante disso, torna-se importante refletir sobre as contribuições da enfermagem para a


prestação do cuidado seguro ao paciente. A enfermagem, pelas características
intrínsecas da profissão, que envolvem a realização de cuidados complexos,
procedimentos invasivos, permanência de 24 horas ao lado do paciente, torna-se
susceptível a erros.

As novas tecnologias no cuidado à saúde têm aumentado os custos do setor saúde e as


expectativas da população em relação aos serviços oferecidos. Existem falhas na
qualidade e segurança da assistência, com ocorrência de eventos indesejados,
prejudicando a imagem das organizações de saúde.1

Para tanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que gestores


considerassem as expectativas dos cidadãos na tomada de decisão, determinando que a
segurança do cliente pode ser alcançada por meio de três ações complementares: evitar
a ocorrência dos eventos adversos, torná-los visíveis se ocorrerem e minimizar seus
efeitos com intervenções eficazes.2

Estudos realizados nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Nova Zelândia,
Canadá, Holanda e Suécia constataram que 2,9 % a 16,6 % dos pacientes internados
foram vítimas de eventos adversos, sendo 50 % passíveis de prevenção. No Brasil, um
estudo realizado em um hospital universitário mostrou que 50 % dos pacientes em alta
hospitalar e 70 % dos que evoluíram a óbito sofreram pelo menos um evento adverso.3

Frente a esse cenário, a enfermagem deve buscar estratégias sólidas para prestar o
cuidado seguro, como membro proativo e participante direto e responsável pela garantia
da segurança do paciente, e da promoção de uma cultura de segurança, levando em
consideração algumas estratégias, como a comunicação entre a equipe, os erros como
oportunidade de aprendizado e a valorização do profissional através da educação
continuada.4

A segurança do paciente é relevante e atual, da qual emergem questões que perpassam o


cotidiano da prática do enfermeiro. O presente estudo tem como objetivo refletir sobre a
contribuição da enfermagem acerca da segurança do paciente na construção do cuidado
seguro.

MÉTODOS

Estudo descritivo, tipo análise teórico-reflexiva, construído a partir de leituras


correlacionadas com a área temática, disponíveis nos artigos científicos em bases
eletrônicas de dados. Essa produção teórica aproxima-se da abordagem qualitativa,
tendo em vista a interpretação e a análise dos elementos teóricos obtidos por meio do
levantamento bibliográfico realizado.5
3

DESARROLLO

A segurança do paciente e a qualidade do cuidado: conceitos, histórico e


estratégias

A segurança do paciente é o ato de evitar, prevenir ou melhorar os resultados adversos


ou as lesões originadas no processo de atendimento médico-hospitalar.6 A segurança é
uma importante dimensão da qualidade, definida como o direito das pessoas de terem o
risco de um dano desnecessário associado com o cuidado de saúde reduzido a um
mínimo aceitável.1

A preocupação com a segurança nos serviços de saúde, embora possa parecer um tema
contemporâneo, já existe desde o século 19. A segunda obra de Florence Nightingale,
Notas sobre Hospitais, merece destaque pela objetividade de defender e reivindicar
condições adequadas à posição das enfermeiras nos cenários hospitalares, sendo a
responsabilidade pela ambiência, pelas condições de trabalho e tudo o mais que
concerne às estratégias de prevenção de erros humanos no ambiente hospitalar. 7

Ações em prol da segurança do paciente tiveram um marco muito importante na última


década do século XX, principalmente em 1999, após a publicação do relatório To Err is
Human: building a safer health system pelo Institute of Medicine dos Estados Unidos,
que apontou que de 33,6 milhões de internações, 44 000 a 98 000 pacientes morriam a
cada ano em consequência de eventos adversos, em sua maioria, evitáveis. 3

A partir desse relatório, a OMS lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente,
em 2004, despertando os países membros, incluindo o Brasil, para o compromisso de
desenvolver políticas públicas e práticas voltadas para a segurança do paciente. 6

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2005, criou a Rede Internacional


de Enfermagem e Segurança do Paciente, com o objetivo de traçar tendências e
prioridades no desenvolvimento da enfermagem na área da Segurança do Paciente,
discutir a cooperação e o intercâmbio de informações entre os países e a necessidade de
fortalecimento do cuidado de enfermagem a partir de evidências científicas. 8

A Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP – surgiu


em maio de 2008, através da OPAS, onde é membro, e tem como um dos principais
objetivos a abertura de questionamentos no campo de segurança do paciente e à área de
Enfermagem, a fim de oportunizar discussões e atualizações, incentivar pesquisas e
melhorar a visibilidade com a divulgação de novos métodos e experiências.9

No Brasil, todas essas iniciativas culminaram com a elaboração do Programa Nacional


de Segurança do Paciente, em 2013, com os objetivos de envolver os pacientes e
familiares nas ações de segurança do paciente; ampliar o acesso da sociedade às
informações relativas à segurança do paciente; produzir, sistematizar e difundir
conhecimentos sobre segurança do paciente; fomentar a inclusão do tema segurança do
paciente no ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde.10

Como estratégia para a melhoria da segurança do paciente, é fundamental a implantação


de uma política institucional de cultura de segurança, sendo necessário realizar o
levantamento dos fatores da organização que dificultam a formação de uma cultura de
4

segurança. A medida de cultura de segurança da instituição fornece informações


importantes sobre o estado de segurança de um determinado grupo ou unidade de
trabalho e também da organização como um todo.11

O termo cultura de segurança foi utilizado pela primeira vez pelo Grupo Consultivo
Internacional em Segurança Nuclear ao publicar o relatório sobre o acidente nuclear de
Chernobyl em 1986, considerado o pior acidente na história da geração de energia
nuclear, que após uma explosão e um incêndio lançaram grandes quantidades de
partículas radioativas na atmosfera, que se espalhou por boa parte da União Soviética e
da Europa ocidental. O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria
nuclear e uma “cultura de segurança fraca” foi atribuída como principal causa do
acidente de acordo com a Internacional Atomyc Energy Agency. A partir desse
conhecimento recomendou-se às organizações que diminuíssem os acidentes e
incidentes de segurança através do desenvolvimento de uma “cultura de segurança
positiva”.12

A United Kingdom National Health Service, a Joint Commission for the Accreditation
of Healthcare Organizations, a Agency for Healthcare Research and Quality e o United
States National Quality Forum, em crescente preocupação com a segurança do paciente,
propuseram que as instituições de saúde adotassem modelos de Cultura de Segurança. 13

Cultura de segurança é definida como o resultado de um conjunto de atitudes e


percepções, individuais ou grupais, sobre as questões de segurança. Na área da saúde é
imprescindível a formação de uma cultura de segurança baseada em atitudes que
favoreçam o bem-estar do paciente. Para se estabelecer uma cultura de segurança em
uma organização de saúde, o primeiro passo é avaliar a cultura corrente. 11

Os resultados de estudos de avaliação da cultura de segurança auxiliam no planejamento


das instituições com o intuito de iniciar, manter ou adotar ações que levam a práticas
seguras, melhorias na comunicação, trabalho em equipe e compartilhamento de
conhecimentos. No Brasil, por não haver ainda um diagnóstico da situação de segurança
do paciente em hospitais, é relevante a realização de pesquisas nesse contexto. 14

Para avaliar o evento adverso (EA) e as estratégias voltadas para a melhoria da


qualidade do cuidado é necessário a identificação e o conhecimento das características e
dos fatores contribuintes para a ocorrência de EAs julgados evitáveis, não significando
que houve erro no cuidado com o paciente. Pacientes podem sofrer danos inerentes ao
cuidado de saúde que não podem ser evitados. Já o EA evitável representa o dano ao
paciente que está associado a uma falha ativa ou a uma condição latente, ou mesmo a
uma violação de normas e padrões.15

Erros, eventos adversos e ações para a promoção da segurança do paciente

A prática profissional de enfermagem é permeada pela vivência e percepção diária de


situações de risco, que podem subsidiar o gerenciamento do cuidado em relação à
segurança do paciente, sendo necessário que o trabalho se desenvolva em ambientes
cuja filosofia e recursos promovam e sustentem melhorias contínuas. 16

Ao se abordar a segurança do paciente, busca-se promover a melhor assistência


possível, no entanto, não se impede que falhas e acidentes ocorram durante a
assistência. Estudo reflexivo sobre as contribuições de James Reason para a segurança
5

do paciente, mostram que o erro é uma questão complexa, pois cada tipo de falha possui
causas e explicações intrínsecas, onde as ações planejadas não acontecem como
esperado ou o planejamento foi inadequado para atingir o objetivo pretendido.17

James Reason, professor de psicologia da Universidade de Manchester e membro da


Sociedade Britânica de Psicologia, em seus estudos desenvolvidos na busca do
entendimento dos mecanismos do comportamento humano na ocorrência do erro,
utilizou amplamente os conceitos fator humano e, posteriormente, erro humano. Ele
mostrou que um erro é fruto da falha de sistema e por isso deve ser abordado de forma
holística, que em 1990 publica Human Error, o primeiro da série de relatos sobre a
segurança do paciente, onde mostra que a abordagem individualizada do problema é
obsoleta e propõe a quebra deste paradigma.18

A compreensão dos fatores que ocasionam os EA na teoria de James Reason é


conhecida como a teoria do “queijo suíço”, que compara as vulnerabilidades do sistema
de saúde aos buracos de um queijo suíço. Cada “queijo suíço” representa uma etapa
desse sistema complexo, denominadas em: a) fonte do problema; b) falhas ativas e; c)
falhas latentes. Em hospitais, essas condições podem se relacionar ao ambiente de
trabalho, à supervisão inadequada, falta de treinamento ou formação deficiente, estresse,
sobrecarga de trabalho e sistemas de comunicação inadequados. Ao ocorrer o
alinhamento dos “buracos” dos “queijos suíços” o EA acometeu o paciente e a
segurança do paciente foi quebrada.19

As barreiras ou limitações do desenvolvimento da estratégia de segurança na


perspectiva de profissionais de enfermagem envolvem: a profissão como barreira
corporativa; a organização e infraestrutura da assistência hospitalar; variabilidade
clínica, escassez de protocolos e ausência de liderança; recursos materiais escassos;
inadequação de proporção de profissionais e falta de trabalho em equipe; pressão
assistencial e tempo; falta de incentivos e motivação; ausência de indicadores confiáveis
de segurança.20

As ocorrências de EAs trazem impactos negativos tanto para a família como ao


paciente, pois causa danos não intencionais e, em sua maioria, evitáveis, decorrentes do
cuidado prestado pelos profissionais de saúde. Tais danos podem ser temporários ou
permanentes, físicos, psicológicos ou sociais. Causam grande impacto na saúde e nos
gastos mundiais, relacionados às medicações, sondas, drenos e cateteres, quedas e
úlceras por pressão.3

Os serviços de saúde devem estruturar o sistema de forma segura para os profissionais


não cometerem erros. Na ocorrência de um incidente, o importante é a assimilação de
que a causa dos erros e EA é multifatorial e que os profissionais de saúde estão
suscetíveis a cometê-los quando os processos técnicos e organizacionais são complexos
e mal planejados. Todas as causas devem ser analisadas pelo serviço de gerenciamento
de risco para o desenvolvimento de ações corretivas, visando a prevenção e a redução
de EA.21

A Aliança Mundial para Segurança do Paciente criada pela OMS vem incentivando a
adoção das Metas Internacionais de Segurança do Paciente como uma estratégia para
orientar as boas práticas para a redução de riscos e eventos adversos em serviços de
saúde, a socialização dos conhecimentos e das soluções encontradas, por meio de
6

programas e iniciativas internacionais com recomendações destinadas a garantir a


segurança dos pacientes ao redor do mundo.22

As metas estabelecidas promovem melhorias específicas em áreas da assistência


consideradas problemáticas e possuem elementos de mensuração específicos que são
avaliados isoladamente em relação aos seguintes padrões: identificação correta dos
pacientes; melhoria na efetividade da comunicação entre os profissionais da assistência;
aperfeiçoamento da segurança no uso de medicações de alto risco; cirurgia segura;
redução dos riscos de infecção; prevenção de queda.20

A falta de informações sobre os EAs que ocorrem e sobre seus fatores causais, impede o
conhecimento, avaliação e a discussão sobre as consequências destes eventos para os
profissionais, usuários e familiares. Essa lacuna prejudica a ação dos gestores para
realização do planejamento e desenvolvimento de estratégias organizacionais voltadas
para a adoção de práticas seguras, minimização dos eventos e melhoria da assistência,
colocando em risco a segurança do paciente.23

O profissional da saúde deve atuar nas ações de promoção, proteção e recuperação da


saúde, garantindo a segurança do paciente, reduzindo ou eliminando o risco de danos
desnecessários associados com a saúde a um mínimo aceitável, e assim evitando a
ocorrência de eventos adversos no cuidado à saúde. Deve-se garantir a existência de
mecanismos para prevenção e minimização de erros, visando à promoção da segurança
do paciente e o estabelecimento da comunicação entre a equipe, os pacientes e as
instituições.24

As contribuições da enfermagem para a promoção da segurança do paciente

A Organização Mundial de Saúde (OMS) defini a Segurança do Paciente como a


ausência de dano potencial ou desnecessário para o paciente associado aos cuidados em
saúde, e a capacidade de adaptação das instituições de saúde em relação aos riscos
humanos e operacionais inerentes ao processo de trabalho, são o foco central desses
estudos, que têm como objetivo criar instrumentos para manejo do ato inseguro. 18

A segurança do paciente representa um dos maiores desafios para a excelência da


qualidade no serviço de saúde. O ambiente, as tarefas, a organização e a tecnologia são
elementos do sistema de trabalho que interferem na qualidade da assistência prestada ao
paciente. As condições de trabalho são fatores que comprometem a qualidade do
cuidado.25

O enfermeiro deve responsabilizar-se pelo planejamento das ações de enfermagem no


tocante à disponibilização de recursos materiais adequados e seguros, e também pela
capacitação da equipe e promoção de condições, tanto de trabalho como ambientais,
adequadas para a realização do cuidado, garantindo a segurança para o paciente.26

A enfermagem está diretamente relacionada à realização de eventos que estão


associados à ocorrência de erros na prática em saúde. Portanto, a prática da enfermagem
deve estar centrada no cuidado, com respaldo do conhecimento, no diálogo e no
estabelecimento de relações interpessoais satisfatórias, e embasada em atitudes e
habilidades na promoção de um ambiente seguro. A qualidade associada à segurança,
passa a ser estratégia essencial para a excelência do cuidado a ser prestado. 27
7

Assim, para se desenvolver estratégias capazes de eliminar ou reduzir as barreiras de


implementação da segurança do paciente, deve-se proporcionar condições de trabalho
para a equipe de enfermagem. As falhas cometidas pelos profissionais e que resultam
em danos aos pacientes podem ser decorrentes de negligência – ação divergente da
correta, oriunda da passividade ou omissão do profissional, imperícia – falta de
conhecimento ou habilidade para a execução de uma determinada função ou
imprudência – exposição do paciente a riscos desnecessários.3

O número adequado de profissionais é indispensável para o cuidado seguro, sendo


responsabilidade institucional prover condições favoráveis de recursos humanos nas
unidades. Afinal, a adequação quantitativa de profissionais, segundo as necessidades
dos pacientes, pode possibilitar não só menor risco aos pacientes como também menor
incidência de agravos à saúde dos trabalhadores.28

As condições atuais das instituições hospitalares brasileiras, principalmente das


públicas, são críticas, posto que dependem de financiamento do Sistema Único de
Saúde, que se apresenta insuficiente para arcar com as despesas tanto de recursos
humanos como materiais e insumos. Desse modo, os serviços hospitalares do sistema de
saúde, não favorecem à concepção nightingaleana do que se deva entender por
Enfermagem Hospitalar.7

Portanto, é de considerável relevância investir nos enfermeiros assistenciais, permitindo


sua participação nos processos de análise permanente das condições do serviço, para
continuarem identificando os riscos e incorporando práticas seguras e baseadas em
evidência na instituição.20 Além disso, a enfermagem deve se empenhar em promover a
comunicação rápida e efetiva das evidências, experiências e recomendações destinadas
a garantir a segurança dos pacientes ao redor do mundo. 23

As organizações de saúde devem estabelecer políticas e procedimentos específicos para


o relato e a divulgação de EAs. Considerando a necessidade de se desenvolver
estratégias, produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde
sobre segurança do paciente, que possibilitassem a promoção da segurança do paciente.
Além disso, há uma maior conscientização, a nível nacional, de que os profissionais
precisam ser educados em relação às providências a serem tomadas diante das falhas e
incentivados a assumir atitude honesta frente ao erro, sem medo de punições, e
envolvidos na busca de uma assistência segura aos pacientes. 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A segurança do paciente é uma temática inovadora voltada para uma assistência de


qualidade com vistas a reduzir os eventos adversos e/ou os erros das práticas inseguras
que colocam em risco a saúde dos pacientes. Os enfermeiros devem pautar-se na visão
holística do paciente, para que possa prestar um atendimento seguro.

As estratégias que desenvolvem as metas de segurança do paciente proporcionam uma


visão global da variação do nível da qualidade dos cuidados em saúde para uma efetiva
redução de lesões/eventos adversos nos pacientes.
8

Apesar da temática cultura de segurança do paciente no âmbito hospitalar está cada vez
mais presentes no meio científico, esse estudo teve como limitações, a não realização de
uma revisão sistemática, utilizou somente da literatura para apresentar um panorama
geral que busque a necessidade da realização de estudos que mensurem os erros, a
compreensão das causas das ocorrências de EA através de análises das situações que
contribuíram para a sua ocorrência e que desenvolvam soluções efetivas para tornar o
cuidado mais seguro.

Acredita-se que as reflexões ora realizadas possam contribuir para a ampliação das
discussões sobre a segurança do paciente e nortear ações para melhorar a assistência no
que se refere ao cuidado seguro. Dessa forma, esse estudo oferecerá subsídios para
novas reflexões que elucidem melhor as contribuições da enfermagem na segurança do
paciente, contribuindo para o ensino e a pesquisa em enfermagem.

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