O Existencialismo

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REPÚBLICA DE ANGOLA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO OMBAKA

O EXISTENCIALISMO
Elaborado por: Grupo nº06
Turma: A / tarde
1º Ano
Curso de Linguística Portuguesa
Disciplina: Filosofia da Educação

DOCENTE

________________________
Lic. Jeremias Carlos Avelino

BENGUELA/2021
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO OMBAKA

O EXISTENCIALISMO
Elementos do Grupo:
 Bernarda Mangueira Caterça
 Elisa Luvinga Kalandula
 Monteiro Alberto Domingos
 Isaac Ernesto Adriano
 Rosa Milena Caliongo Vasco
AGRADECIMENTO

A
DEUS
E A HUMANIDADE
PENSAMENTO

O importante não é aquilo que fazem de


nós, mas o que nos mesmos fazemos do que os
outros fazem de nós.

(Sartre)
ÍNDICE

AGRADECIMENTO ............................................................................... 3

PENSAMENTO...................................................................................... 4

INTRODUÇÃO....................................................................................... 6

EXISTENCIALISMO .............................................................................. 7

CARACTERÍSTICAS DO EXISTENCIALISMO ..................................... 9

LIBERDADE A PARTIR DO EXISTENCIALISMO............................ 10

RESPONSABILIDADE A PARTIR DO EXISTENCIALISMO ............ 10

ENFLUÊNCIA DO EXISTENCIALISMO .............................................. 12

PRINCIPAIS FILÓFOS EXISTENCIALISTAS ..................................... 12

O EXISTENCIALISMO NA EDUCAÇÃO ............................................. 15

CONCLUSÃO ...................................................................................... 17

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................... 18


INTRODUÇÃO
Existencialismo é uma filosofia contemporânea que busca
compreender a existência humana em seus aspectos afectivo, concreto e
singular, valorizando a liberdade de ser, as singularidades, as emoções e as
possibilidades de transformação de cada indivíduo.
O existencialismo foi uma doutrina filosófica e um movimento
intelectual surgido na Europa, no final do século XIX, mas ganhou notoriedade
no século XX, a partir do desenvolvimento do existencialismo francês.
Está pautado na existência metafísica, donde a liberdade é seu maior
mote, reflectida nas condições de existência do ser.
Com Paris livre dos nazistas desde Agosto de 1944, tendo a Segunda
Guerra Mundial encerrada um ano depois, em 1945, a liberdade reconquistada,
a cidade viu-se em meio às intensas polémicas ideológicas, lógicas e
intelectuais. Reuniram-se, por mais condições objectivas para que o
existencialismo “explodisse” no cenário parisiense, ganhando parte do mundo a
partir dali.

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EXISTENCIALISMO
O existencialismo é o conceito que sustenta a psicoterapia existencial.
O existencialismo se concentra em conceitos universalmente aplicáveis
à existência humana, incluindo morte, liberdade, responsabilidade e significado
da vida.
Ao invés de considerar as experiências humanas
como ansiedade e depressão como presença de uma doença mental, a
psicoterapia existencial vê essas experiências como estágios naturais em um
processo normal de desenvolvimento e amadurecimento do ser humano.
O Existencialismo é um movimento na Filosofia e na Literatura que
enfatiza a existência individual, a liberdade e o livre arbítrio. Iniciado em
meados do século XIX, o ápice do movimento existencialista ocorreu em
meados do século XX, na França. O Existencialismo se fundamenta no
conceito de que os seres humanos definem o significado de sua vida e tentam
tomar decisões racionais apesar de viverem em um universo irracional.
O foco do Existencialismo é a questão da existência humana e o
sentimento de que não há propósito ou explicação no cerne da existência. O
Existencialismo acredita que os indivíduos têm total liberdade e que devem
assumir responsabilidade pessoal. Ensina que a acção, a liberdade e o poder
de tomar decisões são fundamentais para que o ser humano supere a condição
essencialmente absurda da humanidade. O Existencialismo acredita que a
responsabilidade leva à profunda angústia ou ao temor e que a vida é
caracterizada pelo sofrimento e pela inevitabilidade da morte.
Os conceitos existencialistas de liberdade e valor derivam da forma
como esse movimento filosófico encara o indivíduo: já que, essencialmente,
todos os seres humanos são sozinhos – ilhas isoladas de subjectividade
habitando um mundo objectivo – todos têm absoluta liberdade sobre sua
natureza interna.
Para o Existencialista, a situação humana é caracterizada pelos
seguintes conceitos:
1. Facticidade: Vivemos em um mundo que não criamos e que é
indiferente às nossas preocupações. Os seres humanos se encontram em um
mundo que não controlam e que não escolheram.

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2. Ansiedade: Os seres humanos se defrontam com a falta de uma
fonte externa de valores e determinismo. Enfrentam a responsabilidade de
escolher sua própria natureza e valores por meio de suas escolhas.
3. Desespero: Os seres humanos, ao perceberam o contraste entre o
mundo em qual habitam – e sobre o qual não exercem controlo – e a liberdade
absoluta que possuem para se auto criarem, devem desistir do determinismo e
se restringir ao que está sob seu controle.
Muitos filósofos existencialistas não se identificavam com o movimento
e nunca utilizaram o termo “existencialismo”. O filósofo dinamarquês Soren
Kierkegaard (século XIX) e o filósofo alemão Friedrich Nietzsche são
considerados filósofos pré-existencialistas, tendo sido os precursores do
movimento.
Kierkegaard e Nietzsche se interessam pelo fato de as pessoas
ocultarem a falta de significado da vida e utilizarem distracções para fugir
da monotonia.
Alguns existencialistas, como Nietzsche, proclamaram a “morte de
Deus”, afirmando que o conceito de Deus estava obsoleto. Outros, como
Kierkegaard, eram profundamente religiosos. O conceito mais importante para
os existencialistas era o livre arbítrio. Por exemplo, o direito que o homem tem
de escolher acreditar em Deus ou não.
O Existencialismo amadureceu em meados do século XX, graças às
obras eruditas e fictícias de existencialistas franceses, como Jean-Paul Sartre
(1905-1980), Albert Camus (1913-1960) e Simone de Beauvoir (1908-1986). As
obras de tais pensadores popularizam temas existencialistas, como o pavor, a
monotonia, a alienação, a ansiedade, o sofrimento e o absurdo.
Escritores como o russo Fiodor Dostoievski (1821-1881) e o tcheco
Franz Kafka (1883-1924) exerceram grande influência sobre o movimento.

Podemos dizer que o existencialismo, tomado tanto na sua aceção lata


como enquanto corrente filosófica propriamente dita, se manifesta sobretudo
naqueles momentos em que uma crise social, de algum tipo, se manifeste; foi o
que aconteceu com o despoletar da Primeira Grande Guerra em que o Homem
se confrontou com a morte em grande escala, o que o levou a questionar-se

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sobre algo que lhe parecia inquestionável até então: o progresso optimista da
ciência e o desenvolvimento da técnica.

CARACTERÍSTICAS DO EXISTENCIALISMO
O existencialismo sofreu influência da fenomenologia (fenómenos do
mundo e da mente), cuja existência precede a essência, sendo dividido em
duas vertentes:
• Existencialismo ateu: negam a existência de uma natureza
humana.
• Existencialismo cristão: essência humana corresponde um
atributo de Deus.
Para os filósofos existencialistas, a essência humana é construída
durante sua vivência, a partir de sua experiência no mundo e de suas escolhas,
uma vez que possui liberdade incondicional.
Em outras palavras, a corrente existencialista prega que o ser humano
é um ser que possui toda a responsabilidade por meio de suas acções. Assim,
ele cria ao longo sua vida, um sentido para sua própria existência.
Para os existencialistas, a vida humana é baseada na angústia, no
absurdo e na náusea causada pela vida não possuir um sentido para além da
própria existência.
A partir da autonomia moral e existencial, fazemos escolhas na vida e
traçamos caminhos e planos. Nesse caso, toda escolha implicará numa perda
ou em várias, dentre muitas possibilidades que nos são postas.
Assim, para os existencialistas, a liberdade de escolha é o elemento
gerador, no qual ninguém e nem nada pode ser responsável pelos
encaminhamentos da vida. Os indivíduos são seres "para-si", livres e
plenamente responsáveis.

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LIBERDADE A PARTIR DO EXISTENCIALISMO
Estamos acostumados a entender a liberdade como a possibilidade de
se fazer o que quiser, ou como a possibilidade de ter coisas, no sentido de
adquirir produtos, bens e serviços, ou ainda como não precisar fazer alguma
actividade que gera desgosto ou desconforto, como não precisar ir ao trabalho
ou não ter de limpar a casa.
Entender a como fazer o que quiser sem se importar com as
consequências não tem nada a ver com o existencialismo. Do mesmo modo a
liberdade no sentido de ter, como quando a pessoa possui dinheiro para
comprar o que deseja, e se sente livre comprando coisas e fazendo actividades
que o dinheiro proporciona, como viajar, comprar uma casa ou um carro.
Antes de tudo gostaria de deixar claro que não existe um significado
único do termo liberdade, mas coexistem diferentes conceitos e definições
sobre o que é liberdade, de acordo com o lugar, o período histórico e o ponto
de vista filosófico.
Segundo a concepção existencialista de Jean-Paul Sartre (1905-1980),
a liberdade esta relacionada com as escolhas que fazemos. Ele entende que
toda pessoa é livre, pois fazemos escolhas a todo momento, e não há como
não ser livre pois não há como não escolher.
Para o existencialismo a liberdade não é entendida como uma coisa,
ou um objecto, que num momento se tem e em outro não se tem mais. A
liberdade é constitutiva da existência humana, para Sartre, o homem é
liberdade. E essa liberdade consiste justamente na possibilidade e também na
constante necessidade de fazer escolhas a todo momento.

RESPONSABILIDADE A PARTIR DO EXISTENCIALISMO


O que resta, portanto, ao homem que não tem uma moral predefinida
pela qual se deva guiar em seu dever no mundo enquanto sociedade? Os
cristãos de sua época provavelmente alegariam sem hesitar que resta a mera
gratuidade, os comunistas, talvez, que faltaria engajamento à responsabilidade
humana segundo seu dever com as acções sociais. Todavia, o que Sartre
enfatiza em decorrência disto é que resta apenas a liberdade criadora do
homem. Sartre estabelece uma espécie de relação entre a moral e a estética,
trazendo à tona a constatação de que os procedimentos estéticos numa obra
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de arte se assemelham aos procedimentos humanos em sua conduta ordinária
da qual emerge uma moralidade. Pois, não existem valores estéticos a priori
que condicione o modo de ser da arte do artista.
A conduta existencialista implica em o sujeito questionar-se a todo
instante acerca de sua responsabilidade com a humanidade, ou seja, “a
pergunta que sempre deve ser feita é: “O que aconteceria se todos agissem do
mesmo modo?” (SARTRE, 2014, p. 29). E aqui se encontra o ponto-chave para
compreensão de como se torna possível uma conduta ética em relação aos
outros, pois, toda a acção realizada por um sujeito cria um homem escolhido,
desejado e eleito por ele, onde o homem cria uma imagem do homem. E, ao
criar esta imagem, o indivíduo cria uma imagem de mundo a partir de suas
escolhas, o que lhes faz responsável por sua individualidade e por toda a
humanidade. Conforme foi visto, sabe-se que em toda tentativa de burlar essa
responsabilidade, com qualquer género de desculpas, o homem se acomete
em má-fé, pois, é impossível para o homem lidar com suas escolhas isento do
inquietante sentimento de angústia. Com isso assimila-se que, o homem que
age de má-fé por dissimular sua responsabilidade perante a humanidade, é
alguém que não se encontra adequado com sua consciência.
Mas, na verdade, a pergunta seria: „O que aconteceria se todos
agissem do mesmo modo?‟ E não como escapar desse pensamento
inquietante sem uma espécie de má-fé. Aquele que mente e se escusa
dizendo nem todo mundo age assim é alguém que não está bem à
vontade com sua consciência, pois, o fato de mentir implica um valor
universal atribuído à mentira (SARTRE, 2014, p. 29).

O que implica disto é o fato de que para Sartre todo o homem é


responsável, pois, ser livre é sinónimo de ser responsável. Há, portanto, uma
tríade de sinonímia (homem, liberdade e responsabilidade) que significa que
ser homem implica necessariamente em ser livre, que por decorrência implica
em ser responsável. Disto, emite-se por conclusão que é impossível que o
homem sartreano não seja inteiramente responsável, pois, não ser responsável
significaria afirmar que o homem não é livre.
Ser responsável origina a constatação de que o homem está
constantemente comprometido com os valores que ele cria. E ele cria porque é
o fundamento de todos os valores, o que acarreta em assumir que o homem é
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o fundamento central de toda a ética. E aqui, este trabalho defende que a
essência da ética sartreana se dissolve na responsabilidade existencial: “Pode-
se dizer que o eixo central que domina a ética sartreana é a responsabilidade
do homem, que decorre do compromisso permanente que o homem tem de se
fazer” (BUENO, 2007, p. 108 apud ALLES, p. 187). Isto porque a moral
sartreana se funda na liberdade, pelo qual o projecto da existência humana
responsabiliza inteiramente o homem pelo sentido que o desvela ao mundo e
por tudo que faz e é. Deste modo, os valores éticos permeiam toda a teoria
sartreana, entendendo que, para o filósofo, o homem se caracteriza pela
liberdade que fundamenta toda possibilidade ética.

ENFLUÊNCIA DO EXISTENCIALISMO
A tentativa de analisar a situação do ser humano no mundo em que se
encontra também teve ramificações na literatura e nas artes em geral.
Elementos do pensamento existencialista são encontrados nas obras de André
Malraux e Albert Camus, e muitos consideram Franz Kafka e Fiodor
Dostoievski como escritores precursores de noções existencialistas. O
existencialismo também influenciou a teologia, em especial, o teólogo Paul
Tillich.

PRINCIPAIS FILÓFOS EXISTENCIALISTAS


Soren Kierkegaard
Considerado o “Pai do Existencialismo”, Sören Kierkegaard (1813-
1855) foi um filósofo dinamarquês. Fez parte da linha do existencialismo
cristão, no qual defende, sobretudo, o livre-arbítrio e a irredutibilidade da
existência humana.
Da mesma maneira que outros existencialistas, Kierkegaard focou na
preocupação pelo indivíduo e pela responsabilidade pessoal. Segundo ele:
Ousar é perder o equilíbrio
momentaneamente. Não ousar é perder-
se.

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Martin Heidegger
A partir da obra de Kierkegaard e da crítica à história da filosofia,
Heidegger (1889-1976) vai desenvolver a ideia de que o ser humano pode
experimentar uma existência autêntica ou inautêntica.
O que determinará esta existência será sua atitude face à morte e as
escolhas que tomará diante a finitude de sua vida.
O ser humano não é o senhor dos
seres, mas o pastor do ser.
Jean-Paul Sartre
Um dos maiores representantes do existencialismo, Sartre (1905-1980)
foi filósofo, escritor e crítico francês. Para ele, estamos condenados a ser livres:
Condenado porque não se criou
a si próprio; e, no entanto, livre,
porque uma vez lançado ao mundo, é
responsável por tudo quanto fizer.

Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir (1908-1986) foi filósofa, escritora, professora e
feminista francesa nascida em Paris.
Personalidade ousada e libertária para sua época, Simone cursou
filosofia e enveredou pelos caminhos do existencialismo e da defesa da
liberdade feminina. Segundo ela:
Não se nasce mulher: torna-se.

Essa frase corrobora sua tendência existencialista, cuja existência


precede a essência, essa última sendo algo que se constrói durante a vida.
Em sua obra fundamental, o livro O Segundo Sexo (1949), a filósofa
desenvolve as bases do pensamento feminista do século XX. Ela critica o
pensamento tradicional que associa o ser humano ao masculino, relegando à
mulher um papel de subalternidade, como seres humanos de segunda classe.

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Albert Camus
Filósofo e romancista argelino, Camus (1913-1960) foi um dos
principais pensadores do “absurdismo”, uma das ramificações teóricas do
existencialismo. Foi amigo de Sartre com quem discutiu muito sobre os
aspectos e a essência do ser.
Em seu ensaio filosófico “Mito de Sísifo” (1941) aborda sobre os
diversos absurdos da vida, segundo ele:
Como deve viver o homem absurdo?
Claramente, não se aplicam regras éticas, como
todas elas são baseadas em poderes sobre
justificação.
“Integridade não tem necessidade de
regras”.
“"Tudo é permitido" não é uma explosão
de alívio ou de alegria, mas sim, um amargo
reconhecimento de um fato.”
Albert Camus ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, em 1957.

Merleau-Ponty
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) foi filósofo e professor francês.
Fenomenólogo existencialista, junto a Sartre, fundou a revista filosófica e
política “Os Tempos Modernos”.
Centrou sua filosofia na existência humana e no conhecimento. Para
ele,
A Filosofia é um despertar para
ver e mudar o nosso mundo.
Karl Jaspers
Filósofo existencialista, professor e psiquiatra alemão, Karl Theodor
Jaspers (1883-1969), acreditava na fusão entre a fé filosófica e a crença
religiosa.
De acordo com ele, a fé é a expressão máxima da liberdade humana,
sendo o único caminho que leva à certeza existencial e à transcendência do
ser.

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A filosofia busca tornar a existência
transparente a ela mesma.
Suas principais obras são: A Fé Filosófica, Razão e Existência,
Orientação Filosófica do Mundo, Filosofia, Explicação da Existência e
Metafísica.

O EXISTENCIALISMO NA EDUCAÇÃO
Toda concepção de educação tem um fundo filosofo que da
sustentação a esta maneira de pensar.
As principais características iniciam depois da 1ª guerra mundial em
meios a grandes crises históricas e mundiais. Interessa-se pelo homem como
ser existente.
A existência, esta no sujeito, é um modo de ser finito e é possibilidade,
ou seja, poder ser. O homem é o que decidiu ser. Ele próprio se faz.
Três pontos principais: centralidade da existência como modo ser
daquele entre finito que é o homem.
Transcendência do ser (o mundo/Deus) com qual a existência se
relaciona;
Possibilidade como modo de ser constitutivo da existência, sem a qual
não se pode analisar a existência;
Martin Heidegger (1889-1976), um dos principais e mais conhecido
filosofo da existência
A Questão do ser: o homem se pergunta sobre o sentido do ser. O
homem é o dasein, o ser-aí. Ele esta sempre em uma situação concreta e é
activo nela. Ele não aceita ser uma simples presença, ele é o ente o qual as
coisas estão presentes. A essência do ser-aí é a sua existência.

O SER NO MUNDO: a existência é transcendência que para Heidegger


é superação. O homem é projecto e as coisas do mundo são originalmente
utensílios em função do projecto humano. O homem não é um espectador do
mundo mas, esta nele e envolvido por ele.
Estar no mundo é estar com o outro, não existe sujeito isolado. A
minha existência é eu e o outro, é um coexistir.

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O SER PARA MORTE: a única coisa da minha existência que não
posso deixar de fazer é morre: a morte é uma possibilidade permanente que
tornaram as outras possibilidades impossíveis. A morte não deixa me deixa
acomodar-se em um projecto, da sentido a vida e nos indica a aceitação da
finitude.
Com tudo, o existencialismo declara que o homem é livre e ele constrói
a sua existência. Ele é autêntico, não deve ser aquilo que a sociedade deseja,
a escola não pode ser modeladora de pessoas, mas ajudar o individuo a
desenvolver sua personalidade livre e criadora.
O educador não pode impor princípios morais, mas levar o aluno a
fazer escolhas responsáveis.
Ele deve desenvolver no educando a coragem de ser ele próprio.
A importância da educação não reside no quanto os alunos podem
aprender, mas na maneira como aprendem e o representa para eles.
O existencialismo propõe que a finalidade da educação é desenvolver
ao máximo a criatividade do aluno, levando a ter ideias próprias, num clima de
liberdade, mas com responsabilidade.

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CONCLUSÃO
O conceito primordial que frutificou a análise deste trabalho e que
permitiu uma resposta bem fundamentada acerca dos problemas levantados
acima, foi o existencialismo, por qual se almejou escalpelar conceitos para
demonstrar como os principais filósofos do movimento existencialista
entendiam que era possível se pensar numa humanidade moralizada perante
os novos paradigmas ontológicos propostos por este existencialismo. Com
isso, foi necessário exprimir a visão antropológica de Sartre e não so, para
fornecer os elementos básicos constitucionais do homem. Ser condenado a ser
livre quer dizer nada mais, nada menos, que o homem tem total
responsabilidade sobre sua existência.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVES, Élida Karla; PESSOA, Maria Vera Lúcia. Considerações sobre


algumas críticas ao existencialismo de Sartre. Trilhas Filosóficas, Caicó, ano
VI, n. 2, p. 47 – 56, jul.-dez. 2013.
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Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia e Ciências
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CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.
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HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo (1927), Partes I e II, tradução de Marcia Sá
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MERLEAU-PONTY, Maurice. (1945). Fenomenologia da percepção (C.
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Contemporânea – Revista de Ética e Filosofia Política, Caruaru, v. 1, n. 1, p. 1
– 21, jul/dez. 2015.
SARTRE, Jean-Paul. O Ser e o Nada (1943). 13ª ed. Petrópolis: Vozes,
2005

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