Manual de Bolso - Atmosfera Explosiva
Manual de Bolso - Atmosfera Explosiva
Manual de Bolso - Atmosfera Explosiva
páginas.
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4
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 7
OBJETO E OBJETIVOS .............................................................................................................................. 9
ESCOPO ...................................................................................................................................................... 10
1 INFORMAÇÕES BÁSICAS .............................................................................................................. 11
1.1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELATIVA A SEGURANÇA E A ÁREAS
CLASSIFICADAS ................................................................................................................................ 11
1.2 A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS “NORMAS Ex” E A RESPONSABILIDADE
CIVIL/CRIMINAL DOS PROFISSIONAIS Ex .............................................................................. 13
1.3 NORMAS Ex DISPONÍVEIS .................................................................................................... 13
2 ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES, VAPORES, POEIRAS E FIBRAS ........................... 17
2.1 O QUE DEVE SER ENTENDIDO COMO “ÁREA CLASSIFICADA” .............................. 17
2.2 PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS E ZONEAMENTOS ............................ 17
2.3 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA GASES E VAPORES .................................... 18
2.4 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA POEIRAS E FIBRAS .................................... 19
2.5 O QUE É O DESENHO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS .............................................. 19
2.6 DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS CLASSIFICADAS ................................................................ 19
2.7 EXEMPLO DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ........................................................... 20
3 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS ........... 21
3.1 CONCEITOS DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 21
3.2 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DO GRUPO .................................... 21
3.3 ESCOLHA EM FUNÇÃO DA CLASSE DE TEMPERATURA ........................................... 23
3.4 GRAU DE PROTEÇÃO APLICADO A EQUIPAMENTOS ................................................ 24
3.5 APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EX EM FUNÇÃO DO ZONEAMENTO .............. 26
3.6 NÍVEL DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - “EPL” ...................................................... 27
3.7 A IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Ex (MARCAÇÃO) ........................................ 28
4 OS TIPOS DE PROTEÇÃO .............................................................................................................. 31
4.1 A PROVA DE EXPLOSÃO Ex-d .............................................................................................. 31
4.2 SEGURANÇA AUMENTADA Ex-e ........................................................................................ 31
4.3 SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex-i (ia ou ib) ......................................................................... 31
4.4 PRESSURIZAÇÃO Ex-p ............................................................................................................ 32
4.5 NÃO ACENDÍVEL Ex-n (nA; nR; nC; nL) ............................................................................ 32
4.6 EQUIPAMENTO IMERSO EM ÓLEO Ex-o ......................................................................... 32
4.7 EQUIPAMENTO IMERSO EM AREIA Ex-q ......................................................................... 32
4.8 PROTEÇÃO POR INVÓLUCRO Ex-t .................................................................................... 33
4.9 EQUIPAMENTO ENCAPSULADO EM RESINA Ex-m ..................................................... 33
4.10 EQUIPAMENTOS ESPECIAIS Ex-s ...................................................................................... 33
5 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS Ex DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO
(até agosto/2010) ............................................................................................................................ 35
6 MÉTODOS DE INSTALAÇÃO ........................................................................................................ 39
6.1 EM ELETRODUTOS COM UNIDADES SELADORAS (AMERICANO)
(Extraído do catálogo Legrand ATX) ......................................................................................... 39
6.2 EM CABOS MULTIFILARES COM PRENSA CABOS (IEC) ............................................ 39
(Extraído do catálogo Legrand ATX) ......................................................................................... 39
6.3 A IMPORTÂNCIA DA SELAGEM (UNIDADES SELADORAS) E DOS
PRENSA-CABOS ............................................................................................................................... 41
5
7 FONTES DE IGNIÇÃO ..................................................................................................................... 45
8 ELETRICIDADE ESTÁTICA ............................................................................................................... 47
AS CAUSAS ......................................................................................................................................... 49
A GERAÇÃO DA ELETROSTÁTICA E SEUS EFEITOS .............................................................. 50
9 POEIRAS COMBUSTÍVEIS (EXPLOSIVAS) ................................................................................. 57
9.1 RELAÇÃO PARCIAL DE EXPLOSÕES POR PÓ ................................................................. 58
9.2 INDÚSTRIAS SUJEITAS AO RISCO DE EXPLOSÕES COM PÓ ................................... 59
9.3 PROCESSOS INDUSTRIAIS CAUSADORES DE EXPLOSÕES ...................................... 59
9.4 PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNS PRODUTOS COMUNS ............. 60
10 INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS ..................................................... 61
10.1 TIPOS DE INSPEÇÃO ............................................................................................................. 61
10.2 SISTEMAS Ex-d, Ex-e, Ex-n e Ex-i ..................................................................................... 63
11 O NOVO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ................................................................................ 69
12 CARACTERÍSTICAS FISICO/QUIMICAS DE GASES E VAPORES MAIS COMUNS
NA INDÚSTRIA .................................................................................................................................. 71
13 SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS A RISCOS DE EXPLOSÕES ................................. 73
13.1 POR GASES E VAPORES INFLAMÁVEIS .......................................................................... 73
13.2 POR POEIRAS E FIBRAS COMBUSTÍVEIS ....................................................................... 73
14 AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE EXPLOSÃO ....... 75
14.1 EM RELAÇÃO COM A CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ................................................... 75
14.2 EM RELAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ....................................... 75
14.3 EM RELAÇÃO COM A REGULARIZAÇÃO DOS SISTEMAS ...................................... 76
15 PROGRAMAS DE TREINAMENTO PARA PROFISSIONAIS Ex ........................................... 79
15.1 CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex CONFORME NR-10 ................................... 79
15.2 QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex ......................................................................... 80
15.3 CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex ........................................................................... 80
16 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICADA A SISTEMAS ELETROELETRÔNICOS Ex ........ 81
16.1 A COMPULSORIEDADE DA CERTIFICAÇÃO OBRIGA A UTILIZAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS “CERTIFICADOS” ..................................................................... 81
16.2 A INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DEFINE O PROFISSIONAL
Ex COMO POSSÍVEL “RESPONSÁVEL” EM CASO DE ACIDENTE .................................... 81
16.3 A INTERPRETAÇÃO DA NR-10 NAS AREAS CLASSIFICADAS:
O QUE É E O QUE DEVEMOS FAZER ........................................................................................ 81
16.4 A INTERPRETAÇÃO DAS ENTIDADES AMBIENTALISTAS ......................................... 82
16.5 AS EXIGÊNCIAS DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO (ANP) ........................ 83
16.6 A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA SEGURADOR ......................................................... 83
17 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA COMPARADA COM A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL ......... 85
18 DE QUE FORMA A NR-10 ATINGE AS INDÚSTRIAS COM RISCOS DE EXPLOSÃO? ....... 87
19 CENTRO INTERNACIONAL DE TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE
PROFISSIONAIS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS - CITAPAC .............................................. 93
20 OS PROGRAMAS DE TREINAMENTO OFERECIDOS PELO CITAPAC ............................. 95
21 DICAS E MACETES ........................................................................................................................... 97
21.1 EM RELAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ............................................................... 97
21.2 EM RELAÇÃO À CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Ex ........................................ 98
22 A RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O MANUAL DE BOLSO E O CADERNO
DE EXPLOSÕES ................................................................................................................................. 99
6
INTRODUÇÃO
7
Hoje estes assuntos são de incumbência de legislação fede-
ral, estadual, municipal, meio ambiente e dos seguros, por-
tanto, ante as muitas novidades apresentamos este traba-
lho para ajudar o profissional Ex nos seus afazeres diários.
Como toda esta legislação está em processo de constantes
mudanças, este Manual precisa também ser atualizado roti-
neiramente. Cientes da necessidade de revisar constante-
mente os conceitos aqui emitidos, a ABPEx colocou a dispo-
sição de todos o Caderno de Explosões, mensalmente em
papel agora formando parte da revista Potencia (*), e tam-
bém em versão digital que divulga “todas as novidades” da
legislação e de normalização que deve ser seguida pelo pro-
fissional (mais informações em www.abpex.com.br). Esta re-
visão foi feita por nossos especialistas, orientados pelo nos-
so amigo Ivo Rausch, a quem agradecemos de público. Bom
trabalho a todos e até a próxima edição.
Nelson M. Lopez
Diretor da Project-Explo
IMPORTANTE
Esta versão digital do Manual de Bolso tem alguns
acrécimos que não aparecem na versão em papel, sendo
que todos estes aparecem destacados em azul, como
este bloco.
8
OBJETO E OBJETIVOS
IMPORTANTE
Por se tratar de uma edição anual, a desatualização do Ma-
nual de Bolso ao longo desse período torna-se inevitável,
já que as normas técnicas estão em constante alteração,
surgindo também nesse período novos equipamentos e so-
luções. É com o Caderno de Explosões, que é o nosso veí-
culo editorial da ABPEx, que trata de prevenção de explo-
sões, agora formando parte mensalmente da revista
Potencia(*), que o usuário deste Manual de Bolso terá
o suporte necessário para driblar essa defasagem, fi-
cando ainda por dentro das últimas novidades do
universo Ex.
9
ESCOPO
10
1 INFORMAÇÕES BÁSICAS
12
1.2 A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS “NORMAS
EX” E A RESPONSABILIDADE CIVIL/CRIMINAL DOS
PROFISSIONAIS EX
A “compulsoriedade da certificação” levou todas as normas Ex a
partir do momento da publicação da Portaria INMETRO Nº 179/00
à condição de “obrigatórias”, ou seja, foram consideradas “leis”,
assim sendo, todas as normas passaram ao campo do direito.
A) Do direito do trabalho e previdenciário (em caso de aciden-
te do trabalho)
B) Do Direito Civil (em caso de acidente sem vítimas)
C) Do Direito Penal (em caso de acidente com vítimas)
D) Do Direito Ambiental (em caso de acidente ambiental)
Isto, porque as entidades ambientais entendem que a falta de
segurança em industrias Ex pode ser a origem de acidentes.
13
Normas para procedimentos
ABNT NBR IEC Procedimentos
60079-10-1 Parte 10-1: Classificação de áreas -
Atmosferas explosivas de gás
60079-14 Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas
60079-17 Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações
elétricas
60079-19 Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de
equipamentos
60079-20 TR Parte 20: Dados de gases ou vapores inflamáveis
referentes à utilização de equipamentos elétricos
14
60079-26 Parte 26: Equipamento com nível de proteção
de equipamento (EPL) Ga
60079-27 Parte 27: Conceito de Fieldbus intrinsecamente
seguro (FISCO)
60079-28 Parte 28: Proteção de equipamentos e de
sistemas de transmissão que utilizam radiação
óptica
60079-29-1 Parte 29-1: Detectores de gás - Requisitos de
desempenho de detectores para gases inflamáveis
15
16
2 ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES,
VAPORES, POEIRAS E FIBRAS
18
Zona 1 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente em
forma ocasional e em condições normais de operação, sendo
normalmente gerada por fontes de risco de grau primário.
Zona 2 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente
somente em condições anormais de operação e persiste somente
por curtos períodos de tempo, sendo gerada normalmente por
fontes de risco de grau secundário.
24
Não totalmente vedado
Protegido contra poeira contra poeira, mas se
5 contato a partes internas penetrar, não prejudica a
ao invólucro operação do equipamento
Totalmente protegido contra Não é esperada nenhuma
6 poeira e contato a parte penetração de poeira no
interna interior do invólucro
26
IMPORTANTE!
A CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Ex
Conforme Portaria INMETRO Nº 176/00, posteriormente
substituída pela de Nº 83/06 e a partir de 05/2010 pela de
Nº 179/10, todos os equipamentos elétricos para uso em
áreas classificadas devem ser “certificados”. Esta certificação
somente pode ser concedida por entidades credenciadas
pelo INMETRO, sendo que até agosto/2010 as entidades
brasileiras credenciadas correspondiam à CERTUSP, CEPEL-
LABEX, UL do Brasil, BVC, NCC Certificações, IEX e TUV
Rheinland. Desta forma, todo equipamento elétrico instala-
do em área classificada deve ser acompanhado do certifi-
cado correspondente e identificado com sua marcação no
corpo do mesmo e claramente visível. Para maiores deta-
lhes ver o capítulo 11, onde o assunto é tratado mais
detalhadamente.
Ex d IIC T6 EPL Gb
Ex - Significa que o equipamento possui algum tipo de proteção
para área classificada (atmosfera potencialmente explosiva).
d - Especifica o tipo de proteção que esse equipamento possui,
podendo ser alguns dos seguintes:
28
t = proteção por invólucro s = especial
IIC - Especifica o Grupo para o qual o equipamento foi construído,
podendo ser:
Grupo I,
Grupo IIA, Grupo IIB, Grupo IIC,
Grupo IIIA, Grupo IIIB, ou Grupo IIIC.
T1 - 450º C T4 - 135º C
T2 - 300º C T5 - 100º C
T3 - 200º C T6 - 85º C
Aplicável em Zonas 1 e 2
Aplicável em Zonas 1 e 2
31
4.4 PRESSURIZAÇÃO Ex-p
Equipamento que foi fabricado para operar com pressão positiva
interna de forma a evitar a penetração da mistura explosiva no
interior do invólucro.
Aplicáveis em Zona 2
Aplicável em Zonas 1 e 2
Aplicável em Zonas 1 e 2
32
4.8 PROTEÇÃO POR INVÓLUCRO Ex-t
Tipo de proteção onde todas as fontes de ignição são protegidas
por um invólucro para evitar a ignição de uma camada ou nuvem
de poeira, baseado no grau de proteção, resistência mecânica e
máxima temperatura de superfície.
35
• Fike, fabricante de sistemas de proteção contra explosões
(discos de ruptura, janelas de explosão, supressão de explosões e
proteção contra incêndios).
36
• Protego-Leser, empresa fabricante de sistemas de segu-
rança contra explosões em equipamentos de processo que
inclue válvulas de pressão e vácuo, alívio, etc.
37
38
6 MÉTODOS DE INSTALAÇÃO
40
6.3 A IMPORTÂNCIA DA SELAGEM (UNIDADES
SELADORAS) E DOS PRENSA-CABOS
43
Prensa-cabo com selantes Prensa-cabo com
elastoméricos que vedam Composto selante:
os condutores individuais:
44
7 FONTES DE IGNIÇÃO
45
Os métodos de instalação conforme NEC e IEC, assim
como detalhes de montagem e manutenção, montagem e
especificação de unidades seladoras e prensa cabos, etc,
são abordados no Programa de Qualificação e Certificação
de profissionais Ex, desenvolvidos pela ABPEx/
Project-Explo em conjunto com ABENDI.
46
8 ELETRICIDADE ESTÁTICA
AS CAUSAS
Essas incômodas descargas são provocadas pela eletricidade
estática, um fenômeno físico que você não vê, mas sente. Ela con-
tribui para uma perda de produção, de tempo, de matéria-prima,
podendo ainda criar incêndios, explosões, choques em ope-
radores e causar graves danos aos componentes eletrônicos
sensíveis. Os materiais são constituídos por átomos que têm
cargas elétricas positivas e negativas em igual número. Por isso,
estão eletricamente neutras. É, no entanto, possível eletrizá-los,
49
de forma que f iquem com excesso de cargas positivas ou
negativas, diminuindo ou aumentando o número de elé-
trons (cargas negativas), que são as cargas móveis, já que as
cargas positivas, existentes no núcleo dos átomos, são fixas.
Há várias formas de produzir este desequilíbrio de cargas:
no revestimento utilizado nos bancos dos nossos carros,
nos tecidos das roupas que usamos e principalmente a ca-
pacidade que cada indivíduo tem de captar a energia. Sabe-
se, por exemplo, que o emprego excessivo de tecidos sinté-
ticos é favorável à ocorrência dessas pequenas descargas.
Locais de clima muito seco (o ar seco favorece a separação
das cargas - eletrização -, enquanto o ar úmido favorece
a sua aproximação com a conseqüente neutralização da carga
elétrica em excesso) propiciam a ocorrência desse fenômeno.
Na manipulação de líquidos:
• Evitando agitação violenta
• Mantendo índices de fluxo tão baixos quanto possível, por exemplo:
abaixo de 1 m/s para líquidos com condutibilidade < 1000 pS/m
• Usando aditivos anti-estáticos para solventes com condutibili-
dade <1000 pS/m
• Evitando aerossóis (também de líquidos com alta
52
condutibilidade)
• Evitando a queda livre (por exemplo: > 1m)
Na manipulação de pós / sólidos não-condutivos:
• Evitando agitação violenta e turbulência
• Mantendo índices de fluxo baixos, exemplo: abaixo de 25 ton/h
para pós Poliméricos com tamanhos particulares entre 1000µm
ou 4 ton/ h para granulado
• Aumentando a umidade relativa do ar
• Usando aditivos antiestáticos (durante a preparação da matéria-
prima)
Na manipulação de gases:
• Evitando a presença de partículas líquidas ou sólidas.
NOTA:
Em áreas classificadas, onde essas condições não pos-
sam ser cumpridas e, como conseqüência, se forma a
eletricidade estática, medidas como “aterramento”,
“jampeamento” e procedimentos operacionais, são pré-
requisito para garantir uma operação segura.
Aditivos antiestáticos
Pela suas baixas condutibilidades, solventes tais como hidrocar-
bonetos não polares, são particularmente suscetíveis ao acúmulo
de carga estática. Nesse caso, a condutibilidade deverá ser au-
mentada.
Se aditivos são usados (exemplo: stadis 450), precisam estar presentes
em todos os solventes aromáticos e alifáticos (hidrocarbonetos)
isolantes.
A água pode reduzir a eficiência de aditivos antiestáticos. Portanto,
os tanques devem estar limpos e secos antes do uso. A presença
de água nas matérias-primas deve ser verificada.
A contaminação de matérias-primas com água durante os processos
deve ser evitada.
Sistemas de tubulação:
A eletricidade estática é gerada quando líquidos fluem nas tubu-
lações. Para reduzir eficazmente os índices de geração estática,
deverá ser observado o seguinte:
53
a) Manter índices de fluxos tão baixos quanto possível, atra-
vés do controle do tamanho das tubulações e a velocidade
das bombas. A velocidade máxima aceitável é de 1m/s para
solventes com baixa condutibilidade.
b) Verificar a continuidade elétrica nas tubulações com co-
nexões e juntas metálicas de flange que possa isolar as vári-
as seções da tubulação. Nesses casos, será necessário fazer
a ligação, perpendicularmente, às flanges e juntas.
c) Válvulas esféricas com vedação em PTFE (teflon) podem apre-
sentar algum problema específico. Neste caso, será necessário
fazer a ligação perpendicularmente à válvula.
d) Filtros, medidores ou outras obstruções em tubulações acentuam
a geração de carga estática.
e) Onde forem utilizadas mangueiras flexíveis, essas deverão ser
construídas para garantir a continuidade elétrica. A condutibilidade
das mangueiras deverá ser verificada mensalmente.
Containers plásticos:
A crescente utilização de plásticos para sacos e tambores e os
próprios containeres plásticos, tem aumentado o perigo da
formação de carga estática na superfície desses containeres, onde
possíveis tipos de plásticos antiestáticos deverão ser usados.
Deverá ser observado o seguinte:
a) Se for viável, a matéria-prima deverá ser retirada dos containers
de plásticos ou sacos plásticos, fora das áreas onde líquidos
altamente inflamáveis são usados. O conteúdo deverá ser trans-
ferido para sacos de papel ou containers de metal, antes de serem
54
levados às áreas de produção. Embora esse procedimento possa
reduzir a velocidade do descarregamento de matéria-prima seca,
a geração de nuvens de pó em misturas de vapor/ar solvente de-
verá ser evitada tanto quanto possível.
b) As recomendações do fornecedor, no que se refere ao despejo
de nitro celulose umedecido com solvente ou álcool, de containers
revestidos com plástico, devem ser seguidas à risca.
c) Da mesma forma, o uso de materiais plásticos para embalagem
de matéria-prima e containeres vazios, pode aumentar o risco da
geração de estática. Os invólucros deverão ser removidos antes
que os materiais ou containeres sejam transferidos para as áreas
de produção.
d) Revestimentos plásticos em recipientes de mistura móveis deverão
ser retirados do recipiente fora das áreas onde líquidos altamente
inflamáveis são processados.
e) O uso de recipientes plásticos para solventes inflamáveis deve
ser evitado.
Roupas de funcionários:
Cargas estáticas podem ser geradas e acumuladas por seres hu-
manos. Para evitar sua formação excessiva e assegurar que não
sejam uma fonte de risco em áreas onde concentrações inflamá-
veis de vapor possam ocorrer, deverá ser observado o seguinte:
a) Os operadores não deverão usar macacões 100% sintéticos.
Os macacões aprovados para uso em ambientes antiestáticos
deverão conter no mínimo 60% de algodão. Deverá ser exigido dos
fornecedores desses macacões que confirmem as propriedades
antiestáticas de seus produtos.
b) Macacões, malhas, etc., não deverão ser despidos em áreas
onde vapores inflamáveis possam estar presentes.
c) Um operador poderá acumular uma perigosa carga eletrostática
se isolado, principalmente sob condições de baixa umidade.
A descarga de eletricidade estática de uma pessoa fica favorecida
com a utilização de material condutor em seu calçado. Nas áreas
de produção o uso de sapatos antiestáticos é compulsório para
os colaboradores diretamente envolvidos no processo produtivo.
57
9.1 RELAÇÃO PARCIAL DE EXPLOSÕES POR PÓ
58
9.2 INDÚSTRIAS SUJEITAS AO RISCO DE EXPLOSÕES
COM PÓ
PROCESSOS
Armazenamento 21,3%
Moagem 13,1%
Transporte 11,0%
Filtragem 11,0%
Secagem 8,6%
Combustão 6,2%
Mistura 5,2%
Polimento e 5,2%
revestimento
Outros 18,6%
59
9.4 PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNS
PRODUTOS COMUNS
60
10 INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E
ELETRÔNICOS
61
Esta inspeção deverá ser feita de forma inicial, após a implanta-
ção da instalação ou revisões em paradas gerais da unidade.
62
10.2 SISTEMAS Ex-d, Ex-e, Ex-n e Ex-i
63
APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-n
Verificar Ex-d Ex-e Ex-n
Grau de Inspeção
DAV DAV DAV
A) EQUIPAMENTO
15. Os dispositivos de desligamento em *
invólucro vedado e dispositivos
hermeticamente selados não estão
satisfatórios
16. O invólucro com restrição gás-vapor *
está satisfatório
17. Os ventiladores de motores têm * * *
afastamento suficiente em relação ao
invólucro da tampa
B) INSTALAÇÃO
1. O tipo de cabo é adequado * * *
2. Não há dano visível nos cabos *** *** ***
3. A selagem de passagens, dutos, tubos *** *** ***
e/ou eletrodutos é satisfatória
4. As unidades seladoras e a selagem de *
cabos estão corretamente preenchidas
5. A integridade do sistema de eletrodutos e a * * *
interface com o sistema misto estão mantidas
6. As conexões de aterramento, inclusive
ligações à terra suplementares, estão
satisfatórias, isto é, as conexões estão
apertadas e os condutores possuem
suficiente seção reta
- verificação física * * *
- verificação visual ** ** **
7. Impedância de falta (sistema TN) ou * * *
resistência de aterramento (IT) está satisfatória
8. A resistência de isolamento é satisfatória * * *
9. Os dispositivos de proteção elétrica * * *
automáticos operam dentro dos limites
permitidos
10. Os dispositivos de proteção elétrica * * *
automáticos estão calibrados corretamente
(não é permitido rearme automático em Zona 1)
64
APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-n
Verificar Ex-d Ex-e Ex-n
Grau de Inspeção
DAV DAV DAV
B) INSTALAÇÃO
11. Condições especiais de uso (se aplicáveis) * * *
estão conforme
C) AMBIENTE
1. O equipamento está devidamente protegido * * * * * * * * *
contra corrosão, intempérie, vibração e outros
fatores adversos
2. Não há acúmulo indevido de poeira *** *** ** *
ou sujeira
3. O isolamento elétrico está limpo e seco * *
66
Historicamente a primeira tentativa de se tornar compul-
sória a certificação de equipamento para atmosferas ex-
plosivas ocorreu com a Portaria INMETRO, Nº 164/1991.
Diversas portarias subseqüentes foram publicadas in-
centivando um gradativo avanço na técnica e na cultura
de fabricantes e usuários, até a publicação da Portaria
Inmetro Nº 176, de 17 de julho de 2000.
Há um consenso que esta portaria foi um “divisor de
águas” com relação à compulsoriedade da certificação
(essa portaria foi substituída pela de Nº179/10).
Portanto para instalações após o ano de 2000, deve-se
exigir e arquivar os certificados de todos os equipamen-
tos Ex. Para instalações anteriores , pode-se obter docu-
mentos de fabricantes ou laudos de profissionais habili-
tados que atestem que os equipamentos instalados não
ofereçam risco à área. Este laudo pode ser emitido após
uma inspeção dos equipamentos elétricos em questão.
67
Todos os assuntos relativos a Inspeção de siste-
mas Ex são abordados no programa para Qua-
lificação e Certificação de Inspetores Técnicos
de sistemas elétricos, desenvolvidos pela
ABPEx/Project-Explo junto com a
certificadora ABENDI.
68
11 O NOVO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
DE IGNIÇÃO (ºC)
TEMPERATURA
TEMPERATURA
VAPOR (AR=1)
LIMITES DE
FULGOR (ºC)
DENSIDADE
CLASSE DE
PONTO DE
INFLAMABILIDADE
GRUPO
(% VOLUME)
SUBSTÂNCIA
INFERIOR SUPERIOR
TEMPERATURA
VAPOR (AR=1)
LIMITES DE
FULGOR (ºC)
DENSIDADE
CLASSE DE
PONTO DE
INFLAMABILIDADE
GRUPO
(% VOLUME)
SUBSTÂNCIA
INFERIOR SUPERIOR
IMPORTANTE
As informações aqui apresentadas foram extraídas de
literatura genérica, devendo ser confirmadas nas Fichas de
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
72
13 SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS A
RISCOS DE EXPLOSÕES
73
Além da necessidade de certificar equipamen-
tos, proximamente será necessário certificar os
profissionais que lidam com assuntos Ex. Par-
ticipe dos programas organizados pela ABPEx/
Project-Explo em conjunto com ABENDI.
74
14 AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA
INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE EXPLOSÃO
75
Todos os “certificados de conformidade” correspondentes a cada
um dos equipamentos instalados nas diferentes áreas deverão
formar parte também do Prontuário exigido por esta NR.
77
Seja um profissional qualificado para poder par-
ticipar dos processos de projetos, montagem, ma-
nutenção e reparos em áreas classificadas. Par-
ticipe dos programas organizados pela ABPEx/
Project-Explo em conjunto com ABENDI.
78
15 PROGRAMAS DE TREINAMENTO PARA
PROFISSIONAIS EX
o
com
e
O QUE FAZER PARA CONTRATAR O SEGURO
DE EXPLOSÃO/INCÊNDIO
Informações: www.project-explo.com.br
84
17 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA COMPARADA
COM A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL
85
86
18 DE QUE FORMA A NR-10 ATINGE AS
INDÚSTRIAS COM RISCOS DE EXPLOSÃO?
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Porque se Qualificar/Certificar como profis-
sional Ex?
Além de hoje ser um diferencial de competência
e qualidade profissional, nos próximos anos
será obrigatório participar nesse processo. As-
sim, seja um dos primeiros a participar disto.
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19 CENTRO INTERNACIONAL DE TREINAMENTO
E AVALIAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ÁREAS
CLASSIFICADAS - CITAPAC
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proteção mais comuns como são os “a prova de explosão”, “segurança
aumentada”, “segurança intrínseca”, “pressurização”, etc. Ainda,
conta com transporte até alojamentos e hotéis conveniados da
região para atender os treinandos que chegam de fora de São
Paulo. Os recursos áudio/visuais incluem uma exposição permanente
de equipamentos elétricos, de instrumentação, de comunicações,
etc normalmente encontrados em campo, que foram fornecidos
pelos fabricantes, todos associados da ABP-Ex, assim como
também filmes e slides, não existindo apenas apostilas, mas con-
forme o interesse do treinando, a adoção de livros guia em portu-
guês e espanhol.
Todos os programas são destinados a atender as exigências da
normalização internacional para qualificação e certificação, da
Petrobrás e das suas subsidiarias e as atuais exigências da NR-10
que agora obrigam ao treinamento específico dos trabalhadores
das empresas sujeitas a riscos de explosões, como são as indústrias
químicas, petroquímicas, do petróleo, farmacêuticas, alimentos, etc.
sendo todos os programas apresentados por uma equipe de
especialistas que possuem o mesmo perfil exigido pelas entida-
des de treinamento européias.
O programa para a Certificação está dividido em duas partes:
1. A Qualificação do profissional, envolvendo as partes teórica
e prática do programa, feito nas instalações do CITAPAC e
2. A “avaliação” do profissional, envolvendo os exames de
qualificação teórica e prática.
Assim, o interessado poderá participar opcionalmente do programa
completo (treinamento e avaliação) ou apenas do processo de
avaliação (exames teórico e prático). A certificação será concedi-
da pelo Organismo de Certificação ABENDI (entidade de reco-
nhecido prestígio) para ambientes Ex, sendo que estes traba-
lhos já estão a disposição das empresas.
Maiores informações poderão ser solicitadas diretamente a
ABPEx pelo telefone: 11-5071-1324 ou pelo e-mail:
[email protected]
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20 OS PROGRAMAS DE TREINAMENTO
OFERECIDOS PELO CITAPAC
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21 DICAS E MACETES
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21.2 EM RELAÇÃO À CERTIFICAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS Ex
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22 A RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O MANUAL DE
BOLSO E O CADERNO DE EXPLOSÕES
Edição nº 28 Edição nº 29
Julho/Agosto 2009 Setembro/Outubro 2009
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Edição nº 30 Edição nº 31
Novembro/Dezembro 2009 Janeiro/Fevereio 2010
Edição nº 32 Edição nº 33
Março/Abril 2010 Maio/Junho 2010
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A partir de Outubro/11 todos os assuntos Ex onde são
analizados no Caderno de Explosões passam a ser
detalhados na revista Potencia, da Editora Grau 10,
que é de circulação naciona, sendo distribuida
gratuitamente para todos os usuários deste Manual
MBIEAEX.
Para fazer o download deste Manual MBIEAEX assim
como também receber de graça a revista Potencia que
analizará em detalhes todos os assuntos do Caderno,
é necessário apenas preencher a Ficha Cadastral na
seção de download do site do Manual. Na parte
superior da Ficha são seus dados, logo a seguir, são
os dados da sua empresa e no fim o local onde deve
ser entregue a revista Potencia sem custo.
Presidente da ABPEx
Nelson M. Lopez
Diagramação
Andréa Vieira
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Nós, da ABPEx formamos parte da turma
que acredita que "tudo é possível de ser me-
lhorado", portanto, é nosso propósito estar
permanentemente melhorando este Manual de
Bolso. Também acreditamos que os profissio-
nais Ex, cada um deles, poderia ter sugestões
para melhorias...e como estamos abertos a crí-
ticas construtivas, solicitamos a cada um de
vocês, leitores e usuários desta modesta cartilha,
que nos ajudem a aperfeiçoá-la.Contamos com
a compreensão de todos ante possíveis erros,
que com certeza passaram, assim como também
com a colaboração de nossos incondicionais
amigos...
Boa leitura e bom trabalho para todos!
Nelson M. Lopez
Presidente ABPEx
São Paulo, setembro de 2010
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Este canal de comunicação da ABPEx conhecido como
“Informativo Caderno de Explosões”, que já existe
há mais de 06 anos, passa a ter um contato direto e
diário com os profissionais que lidam com riscos de
explosões, disponibilizando-o em forma digital para
todos eles e iniciando com isto uma nova fase da
existência desta associação.
O Informativo, que era em papel e é bimestral,agora
digital e mensal, complementa todas as informações
deste Manual de Bolso, que tem uma edição anual,
informando em cada número todas as novidades
desse período relativas a legislação, normas, solu-
ções, casos, equipamentos, cursos seminários e con-
gressos, etc, acabando de vez com os tabus e o mis-
ticismo das áreas classificadas.
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Prezado Colega Ex:
Temos certeza que gostou desta versão digital, do
Manual de Bolso que poderá ser usada quando estão
trabalhando na frente do computador.
Para ajudár-lo em suas tarefas em campo, se quiser,
também pode ter a versão em papel tamanho de bolso
(10 x 15 cm). Para comprar-lo, solicite-o em nosso email
([email protected]), e precisa pagar apenas
R$ 5,00 completando o formulario no site do Manual na
seção de download, assim receberá seu Manual por
correio.
Divulgue nosso site também para seus colegas que
trabalham em areas classif icadas.
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