A teoria de Eysenk

 Traços da Personalidade
 Importância da Biologia
 Quais os traços que constituem a personalidade?

Traços da Personalidade: De acordo com Eysenk, existem dois conceitos

fundamentais para a descrição da personalidade: o traço de personalidade e o
tipo de personalidade. São eles que conferem as reconhecidas propriedades de
congruência e consistência do comportamento. O traço é utilizado para explicar
comportamentos que servem como base para o conceito de traços em primeiro
lugar. Embora ele tenha reconhecido a importância do ambiente no
comportamento, ele acreditava que traços de personalidade são desenvolvidos a
partir de origens principalmente biológicas. Para Eysenck existem 3 dimensões:
 Extroversão- Inversão
 Neuroticismo
 Psicoticismo

A dimensão de extroversão representa uma importante organização de

diferenças individuais no funcionamento comportamental que está enraizado em
diferenças herdadas do funcionamento biológico. Este traço avalia a quantidade
e intensidade de interações interpessoais, nível de atividade, necessidade de
estimulo e capacidade de se alegrar. Indivíduos com resultados altos de
extroversão tendem a ser, sociais, ativos, divertidos. Indivíduos com baixos
níveis, tendem a ser, reservados, desinteressados e quietos.

Segundo Eysenck, pessoas com níveis elevados de neuroticismo tendem a ser

emocionalmente instáveis e frequentemente sofrem de ansiedade, sendo algumas
hipocondríacas. São indivíduos propensos a perturbações psicológicas, ideias
irrealistas, necessidades ou ansias excessivas a respostas mal-adaptativas.
Indivíduos com resultados baixos tentem a ser calmos, descontraídos, e seguros.

O grau de psicoticismo de uma pessoa reflete seu nível de vulnerabilidade a

comportamentos impulsivos, agressivos ou de baixa empatia. Essas pessoas são
muitas vezes insensíveis, desumanas, antissociais, violentas, agressivas e
extravagantes. Se sua pontuação for alta, ela está relacionada a vários
transtornos mentais, como a psicose.Ao contrário das outras duas dimensões, o
psicoticismo não tem um extremo oposto ou inverso porque é um componente
presente em diferentes níveis da pessoa.
 Teoria de Roger:

A teoria fenomenológica de Rogers originalmente não era sobre a personalidade, no

entanto, mais tarde a partir da teoria da terapia desenvolveu-se uma teoria da
personalidade. O que esta abordagem fenomenológica de Rogers defendia era que o ser
humano pode e deve ser compreendido em relação à maneira como se vê a si mesmo e o
mundo à sua volta; que se deve centralizar o conceito de “self”; a pessoa é mais do que
as suas partes; o ser humano é criativo, tem livre-arbítrio e responsabilidade; e também
porque ela permite combinar a intuição clinica com a pesquisa empírica. Teoria da
Personalidade de Carl Rogers A teoria Rogeriana da personalidade tem como base
estrutural o conceito de “self”, que se traduz num conjunto de vivências do individuo,
ou seja, o indivíduo ao perceber os objetos externos vai através dessas perceções formar
o campo fenomenal, e essas partes do campo fenomenal vistas pelo individuo como
“eu” é que vão formar o “self”, sendo que este vai estar disponível à consciência, ou
seja, pode ser tornado consciente, caso contrário não poderia ser estudado de maneira
objetiva. E o padrão organizado dessas perceções vai representar o autoconceito do ser
humano. No entanto, existe ainda um outro conceito relacionado com o “self “que é o
“self” ideal que é o conjunto de padrão de perceções e significados que o individuo
gostaria de possuir pois ele, pois são altamente valorizados pelo individuo. E cabe ao
sujeito resolver isso, normalmente com a ajuda do terapeuta. De acordo com Rogers,
nós experimentamos um estado de incongruência quando existe uma discrepância entre
o “self” percebido e a experiência real. Quando esta incongruência existe e o individuo
não está ciente disso, ele pode sofrer de ansiedade (uma discrepância entre a experiência
e a perceção do “self”). Finalmente temos o conceito da necessidade de aceitação, que
envolve a busca de afeto, amor, respeito, simpatia e aceitação, e é observada na
necessidade que o bebê tem de amor e afeição. Para Rogers, o foco central estava no
processo terapêutico, era perceber de que maneira a mudança na personalidade iria
ocorrer. Rogers vai então propor uma ideia que vai ser criticada por outras correntes,
que é a ideia de que: O ser humano tem capacidade para resolver os seus próprios
problemas

A perspetiva Cognitivista de Bandura:

Esta teoria já encontra o seu inico na teoria de aprendizagem tradicional, ficando

conhecida com a teoria da aprendizagem social. Embora ela tenha evoluído, e
nos dias de hoje ela é conhecida com a teoria cognitivista, enfatiza origens
socais do comportamento e a importância de processos de pensamento
cognitivos em todos os aspetos do funcionamento humano-motivação, ação e
emoção.

As estruturas de personalidade enfatizadas pela teoria sociocognitiva envolvem

principalmente processos cognitivos. Três conceitos estruturais são
particularmente dignos de menção: expectativas-crenças, competências-
capacidades e objetivos. A Teoria sociocognitiva enfatiza as expectativas que as
 pessoas têm com relação aos eventos e as crenças que elas têm com a relação em
si mesmas. O conceito sociocognitivo de self refere-se aos processos que fazem
parte do funcionamento psicológico da pessoa. De certo modo a pessoa, não
possui uma estrutura denominada “o self”, mas processos do self que fazem
parte da pessoa. Além disso, os primeiro conceitos foram criados de uma forma
global, aliás até de mais. Um dos aspetos particulares do Self que chamou a
atenção de Bandura foi a auto-eficácia ou a capacidade percebida de lidar com
determinadas situações, este conceito está ligado com os julgamentos que as
pessoas fazem em relação á sua capacidade de agir de um determinado modo
numa determinada tarefe ou situação. Segundo Bandura os julgamentos
influenciam as atividades das quais decidimos participar, quanto esforço iremos
dedicar aquela situação, quanto tempo gastamos e quanto nos envolvemos nela.

Compare a teoria de Freud com a de Jung, ideias centrais dos respetivos modelos.

Freud começou por fazer a hipnose clínica, que mais tarde evoluiu para Psicanálise, que
tinha como objetivo estudar o psíquico do individuo. No centro desta visão psicanalítica
estava a crença de que o ser humano é um sistema energético e de que os humanos são
movidos por instintos ou pulsões sexuais e agressivas. - A teoria psicanalítica confere
um papel proeminente à interação entre forças no comportamento humano
(nomeadamente aqueles comportamentos determinados por forças inconscientes). Nesta
teoria o comportamento é o resultado de lutas e concessões entre motivos, pulsões,
necessidades e conflitos.

Teoria das Instâncias Mentais (Inconsciente, Pré-consciente e Consciente)

- E assim Freud viria a dar início à sua teoria, a Teoria Psicanalítica, cuja a vida
psíquica pode ser descrita em relação ao grau em que estamos conscientes dos
fenómenos: o consciente relaciona-se com fenômenos dos quais estamos conscientes
num dado momento (funciona segundo o princípio da realidade); o pré-consciente, que
são aspetos do inconsciente que normalmente são poucos que passam para a consciência
(podemos estar conscientes deles se estivermos com atenção); e finalmente o
inconsciente que relaciona-se com fenômenos dos quais nós não estamos conscientes,
exceto em circunstâncias especiais (princípio do prazer).

Teoria do Icebergue (ID, Ego e Superego)

- Foi em 1923 que Freud desenvolveu um modelo estrutural mais formal para a
psicanálise (que iria substituir o primeiro, mas não na totalidade) que englobava três
diferentes conceitos – Id, ego e superego – estes referiam-se a diferentes aspetos do
funcionamento das pessoas.

- Freud começa então por falar-nos no ID, que representa a fonte de toda a energia da
pulsão, busca a libertação da excitação e energia, existe, mas desenvolve-se,
constituindo a parte inconsciente do psiquismo.
- Depois como contraste ao ID têm-se o superego, que representa o ramo moral do
nosso funcionamento, contendo os ideias pelos quais lutamos e as punições que
esperamos receber ao violar o código ético. Este não existe inicialmente, mas vai-se
desenvolver a partir daquilo que é interiorizado pelos pais, chamamos a isto, as
interdições parentais.

- Por último temos a terceira estrutura integrada nesta teoria, o ego (maioria é
consciente e uma pequena parte é inconsciente), que de acordo com Freud esta era uma
estrutura fraca que servia as outras. Este não existe inicialmente, mas vai-se
desenvolver, pois o ser humano tem um ego e essa é a parte consciente do psiquismo.

Os mecanismos de defesa: A ansiedade

- Na teoria psicanalítica a ansiedade é uma experiência emocional dolorosa que

representa uma ameaça ou um perigo para a pessoa. É tão dolorosa, que nós somos
incapazes de tolerá-la durante muito tempo. Aqui entram os mecanismos de defesa, que
são mecanismos que desenvolvemos inconscientemente, e são utilizados pelo ego para
lutar, e excluir sentimentos da consciência (por exemplo a angústia, que pode ser criada
pelo ego). Este é resultado de todo um processo de desenvolvimento. Os seres humanos
têm acesso a todos, mas não os usam todos. - Temos então vários tipos de mecanismos
de defesa. Um deles é a projeção, que é um dos mais primitivos, aqui tudo o que é
interno. - Outro mecanismo de defesa é a negação, que é o ato de negar algo, negar a
realidade que é visto quando as pessoas tentam evitar reconhecer o grau de uma dada
ameaça, remete para acontecimentos externos, ou seja, para situações e não sentimentos
(ao contrário da repressão), para situações que não percecionamos como ameaçadoras. -
Depois temos o isolamento, em que a pulsão, o pensamento ou o ato não implicam
negar o acesso à consciência, mas negar a emoção que normalmente os acompanha. Os
indivíduos que utilizam este isolamento, também normalmente usam a anulação. - Na
formação reativa, o individuo defende-se contra a expressão de um impulso inaceitável
somente expressando e reconhecendo o seu oposto. A racionalização, é muito frequente
nos estudantes, aqui temos uma ação que é percebida, mas o motivo subjacente não é,
ou seja, o que é ameaçador/desconfortável é aceitar que alguma coisa que nós queremos
obter, não está ao nosso alcance. Temos também a repressão, que é o principal
mecanismo de defesa primário em que o pensamento, a ideia ou o desejo é descartado
da consciência. Ainda outro mecanismo importante para expressar uma pulsão livre de
ansiedade, é a sublimação.

Após Jung cortar relações com Freud, este desenvolveu a sua própria escola de
pensamento, a Psicologia Analítica. Jung vai então dizer que: a sexualidade é muito
importante, mas não é fulcral; ao contrário de Freud que diz que a sexualidade está na
base de tudo. Jung acreditava no inconsciente proposto por Freud, mas viria a
acrescentar outro, o inconsciente coletivo. Este servia como armazenador das
experiências cumulativas das gerações passadas das pessoas. Este ao contrário do
inconsciente pessoal de Freud, é compartilhado por todos os humanos como resultado
da sua ascendência comum. Uma parte importante deste inconsciente coletivo são as
imagens ou símbolos universais, as organizações simbólicas conhecidas como
arquétipos. Os arquétipos são vistos em sonhos, mitos e em alguns pensamentos
psicóticos. Estes arquétipos podem ser representados nas nossas próprias imagens de
pessoas, demônios, animais, forças naturais e objetos. para Jung a tarefa importante da
vida é harmonizar e integrar estas e outras forças opostas. A integração de muitos
aspetos opostos da nossa personalidade no self é uma luta de toda a vida. É de notar que
foi Jung que introduziu este “self” que se constrói com tempo, à base de transcendentes
à união dos opostos.

Parte Prática:

O João tem 25 anos, e ultimamente está a ter uns comportamentos estranhos segundo a
avaliação dos seus amigos, ele não está feliz, sente algo, não está bem com a sua vida.

 A luz dos escritores Erikson, Maslow e Skinner analise a situação apresentada,

aplicando e explicando os conceitos relevantes para cada um destes .

Erickson diz-nos que o desenvolvimento da personalidade é feito através de oito

estádios psicossociais. O João está no estádio de jovem adulto (20-40), em que o
conflito básico é a intimidade vs isolamento, em que nos diz que unir-se, sem
idealização, com diferenciação, a resolução positiva será o amor.

Um dos pontos fortes é que os conceitos básicos são originais e inteligíveis e combina a
perspetiva freudiana com forte componente antropológica.

A crítica é que há falta de cientificidade/justificação nos construtos utilizados.

Maslow afirma que os indivíduos são fundamentalmente bons, conscientes e racionais. A

pirâmide de Maslow é constituída por 5 niveis, sendo eles os de Fisiologia, segurança,
pertença, estima, realizações pessoais. Segundo Maslow a maioria das pessoas fica-se pelo
terceiro nível o da pertença que , esse tipo de necessidade é aquela que está associada aos
fatores que um indivíduo precisa ter para viver em sociedade, ou seja, ligado a termos sociais
e aspectos relacionados à emoção do indivíduo. Faz parte da existência humana se sentir
aceito e fazer parte de uma ou mais comunidades., que é onde o João ficou.
Skinner : Quando falamos em Skinner falamos sempre na “caixa negra”

Aprendizagem: envolve a associação de respostas a eventos que ocorrem no ambiente.

Condicionamento operante: controlo do comportamento através da manipulação efetuada no
ambiente.

Um repertório de comportamentos externos e observáveis, determinados por um conjunto.

de contingências (experiências de vida) A personalidade:

• Enfatiza a especificidade situacional vs. predisposições amplas

• Minimiza a importância de predisposições biológicas e genéticas

• Negligencia a estrutura e enfatiza o conceito de processo

• Não somos livres senhores dos nossos comportamentos, pois estes são, em grande medida,
função do ambiente em que evoluímos.

Na psicopatologia o indivíduo desenvolve um repertório de comportamentos inadequados

que irão dar origem a resposta inapropriada aos estímulos, devido à história de reforço…

• Depressão: possível efeito da ausência de reforços

• O excesso de punição pode fazer aumentar comportamentos. indesejáveis

• Rejeita noção de inconsciente e de personalidade patológica

 Ultimamente diz que os amigos andam com raiva dele. Que mecanismos de
defesa poderá estar a utilizar?

Projeção