NBR ISO 22313 - Orient GRisco - Draft 2015
NBR ISO 22313 - Orient GRisco - Draft 2015
NBR ISO 22313 - Orient GRisco - Draft 2015
APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos
(ABNT/CEE-063), com número de Texto-Base 063:000.002-002, nas reuniões de:
b) É Previsto para ser idêntico à ISO 22313:2012, que foi elaborada pelo Technical
Committee Security (ISO/TC 292), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005;
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
Participante Representante
© ABNT 2015
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Prefácio Nacional
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
A ABNT NBR ISO 22313 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos
(ABNT/CEE-063). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a
XX.XX.XXXX.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 22313:2012, que
foi elaborada pelo Technical Committee Security (ISO/TC 292), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This Standard for business continuity management systems provides guidance based on good international
practice for planning, establishing, implementing, operating, monitoring, reviewing, maintaining and
continually improving a documented management system that enables organizations to prepare for,
respond to and recover from disruptive incidents when they arise.
It is not the intent of this Standard to imply uniformity in the structure of a BCMS but for an organization to
design a BCMS that is appropriate to its needs and that meets the requirements of its interested parties.
These needs are shaped by legal, regulatory, organizational and industry requirements, the products and
services, the processes employed, the environment in which it operates, the size and structure of the
organization and the requirements of its interested parties.
This Standard is generic and applicable to all sizes and types of organizations, including large, medium
and small organizations operating in industrial, commercial, public and not-for-profit sectors that wish to:
c) make a self-determination and self-declaration of compliance with this International Standard.
This Standard cannot be used to assess an organization’s ability to meet its own business continuity
needs, nor any customer, legal or regulatory needs. Organizations wishing to do so can use the
Projeto em Consulta Nacional
ABNT NBR ISO 22301 requirements to demonstrate conformance to others or seek certification
of its BCMS by an accredited third party certification body.
Introdução
Generalidades
Esta Norma fornece orientação, onde apropriado, sobre os requisitos da ABNT NBR ISO 22301:2013
Projeto em Consulta Nacional
e fornece recomendações (“convém que”) e permissões (“pode”) em relação a eles. Não é a intenção
desta Norma fornecer orientações gerais sobre todos os aspectos da continuidade de negócios.
Esta Norma inclui os mesmos títulos que a ABNT NBR ISO 22301, mas não repete os requisitos
para sistemas de gestão de continuidade de negócios e seus termos e definições relacionados. As
organizações que desejam ser informadas destas, portanto, devem consultar a ABNT NBR ISO 22301
e a ISO 22300.
Para fornecer mais esclarecimentos e explicação de pontos-chave, esta Norma inclui uma série
de figuras. Todas essas figuras são apenas para fins ilustrativos e o texto relacionado no corpo desta
Norma tem precedência.
—— implementar e operar controles e medidas para a gestão da capacidade geral de uma organização
para gerenciar incidentes de interrupção;
O SGCN, como qualquer outro sistema de gestão, inclui os principais componentes a seguir:
1) política;
2) planejamento;
6) melhoria.
O ciclo Plan-do-check-act
Esta Norma adota o modelo “Plan-do-check-act” (PDCA) para planejar, estabelecer, implementar,
operar, monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar continuamente a eficácia do SGCN de uma
organização.
A Figura 1 ilustra a forma como o SGCN leva requisitos das partes interessadas como insumos para
a gestão de continuidade de negócios (GCN) e, por meio das ações necessárias e processos, produz
resultados de continuidade de negócios (por exemplo, gestão de continuidade de negócios) que
atendem a esses requisitos.
Estabelecer
(Plan)
Manter e Implementar
melhorar e operar
(Act) (Do)
Monitorar e
Requisitos para a revisar
(Check) Continuidade de
continuidade de negócios
negócios gerenciada
Do
Implementar e operar a política de continuidade de negócios, controles,
(Implementar e
processos e procedimentos.
operar)
Check Monitorar e analisar criticamente o desempenho em relação aos objetivos e
(Monitorar e política de continuidade de negócios, reportar os resultados para a direção
revisar) para análise crítica, e definir e autorizar ações de melhorias e correções.
Act Manter e melhorar o SGCN tomando ações corretivas e preventivas, baseadas
(Manter e nos resultados da análise crítica da direção e reavaliando o escopo do SGCN
melhorar) e as políticas e objetivos de continuidade de negócios.
Existe uma relação direta entre o conteúdo da Figura 1 e as seções desta Norma:
Continuidade de negócios
do negócio e é sobre a preparação de uma organização para lidar com incidentes de interrupção que
poderiam impedi-la de atingir seus objetivos.
Colocar a GCN dentro de uma estrutura e disciplinas de um sistema de gestão cria um sistema
de gestão de continuidade de negócios (SGCN) que permite que a GCN possa ser controlada, avaliada
e melhorada continuamente.
Nesta Norma, a palavra negócio é usada como um termo abrangente para as operações e serviços
realizados por uma organização em busca de seus objetivos, metas ou missão. Como tal, é igualmente
aplicável a organizações grandes, médias e pequenas que operam em setores industrial, comercial,
público e sem fins lucrativos.
Qualquer incidente, grande ou pequeno, natural, acidental ou deliberado tem o potencial de causar
grande interrupção para as operações da organização e sua capacidade de fornecer produtos
e serviços. No entanto, a implementação de uma gestão de continuidade de negócios antes que
um incidente de interrupção ocorra, ao invés de esperar que isso aconteça, vai permitir que
a organização retome suas operações antes que surjam níveis de impacto inaceitáveis.
A GCN envolve:
a) ser claro sobre os principais serviços e produtos-chave da organização e as atividades que os
suportam;
c) ter uma compreensão clara das ameaças a essas atividades, incluindo suas dependências, e
compreendendo os impactos de uma não retomada;
d) ter implementado arranjos testados e confiáveis para retomar essas atividades após um incidente
de interrupção, e
e) certificar-se que estes acordos são analisados criticamente e atualizados de forma rotineira, de
modo que eles sejam eficazes em todas as circunstâncias.
A continuidade de negócios pode ser eficaz em lidar tanto com incidentes repentinos de interrupção
(por exemplo, explosões) como aqueles graduais (por exemplo, pandemias de gripe).
As atividades são interrompidas por uma grande variedade de incidentes, muitos dos quais são difíceis
de prever ou analisar. Ao concentrar-se sobre o impacto da interrupção e não a causa, a continuidade
de negócios identifica as atividades em que a organização depende para a sua sobrevivência,
e permite que a organização determine o que é necessário para continuar a cumprir as suas obrigações.
Através da continuidade de negócios, a organização pode reconhecer o que precisa ser feito para
proteger os seus recursos (por exemplo, pessoas, instalações, tecnologia e informação), cadeia
de suprimentos, as partes interessadas e reputação, antes que um incidente de interrupção ocorra.
Com esse reconhecimento, a organização é capaz de ter uma visão realista sobre as respostas que
possam vir a ser necessárias, caso e quando uma interrupção ocorra, e assim esteja confiante para
gerenciar as consequências e evitar impactos inaceitáveis.
Uma organização que tenha implementado uma gestão de continuidade de negócios adequada
também pode tirar vantagem das oportunidades que de outro modo poderiam ser consideradas como
de risco muito alto.
Nenhuma escala de tempo específica está implícita pela distância relativa entre as fases descritas
em qualquer diagrama.
Tempo objetivado de
Incidente
recuperação
Tempo para que os impactos
se tornem inaceitáveis
2. Interrupção encurtada
Com continuidade
de negócios
Tempo
Figura 2 – Ilustração da gestão da continuidade de negócios sendo eficaz para a
interrupção súbita
Incidente
Tempo objetivado de
Nível de operações
recuperação
Projeto em Consulta Nacional
Aviso
Tempo para que os impactos
se tornem inaceitáveis
2. Interrupção encurtada
Resposta
controlada
Com continuidade de negócios
Tempo
Figura 3 – Ilustração da gestão de continuidade de negócios sendo eficaz para o rompimento
gradual (por exemplo, pandemia se aproximando) O ciclo Plan-do-check-act
1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional
Esta Norma para sistemas de gestão de continuidade de negócios fornece orientação com base em
boas práticas internacionais para o planejamento, criação, implantação, operação, monitoramento,
análise crítica, manutenção e melhoria contínua de um sistema de gestão documentado, que permite
que as organizações se prepararem para responder e recuperar-se de incidentes de interrupção
quando eles surgirem.
Não é a intenção desta Norma impor uniformidade na estrutura de um SGCN mas permitir que uma
organização projete um SGCN que seja adequado às suas necessidades e que atenda aos requisitos
de suas partes interessadas. Essas necessidades são formadas por requisitos legais, regulatórios,
organizacionais e industriais, pelos produtos e serviços, processos empregados, o ambiente no qual a
organização opera, seu tamanho e estrutura assim como os requisitos das suas partes interessadas.
Esta Norma é genérica e aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações, incluindo grandes,
médias e pequenas que operam em setores industrial, comercial, público e sem fins lucrativos que
desejam:
Não é possível utilizar esta Norma para avaliar a capacidade de uma organização para atender
às suas necessidades de continuidade de negócios próprios, nem qualquer cliente, necessidades
legais ou regulamentares. As organizações que desejam fazê-lo podem usar os requisitos da
ABNT NBR ISO 22301 para demonstrar conformidade para outros ou buscar a certificação de seu
SGCN por um organismo de certificação terceiro acreditado.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, somente a edição citada se aplica. Para referências não datadas, aplica-se a
última edição do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 22301, Segurança da sociedade ─ Sistemas de gestão de continuidade de negócios
– Requisitos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam os termos e definições da ISO 22300 e da
ABNT NBR ISO 22301.
4 Contexto da organização
4.1 Entendendo a organização e seu contexto
Esta seção é sobre a compreensão do contexto que uma organização tem em relação à instalação
e gestão do SGCN. A instalação e a gestão da GCN são cobertas em 8.1.
Projeto em Consulta Nacional
Convém que a organização avalie e compreenda os fatores internos e externos que são relevantes
para a sua finalidade e operações. Convém que esta informação seja considerada quando
do estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria do SGCN da organização e atribuição
de prioridades.
Convém que a avaliação do contexto externo da organização inclua, quando relevante, os seguintes
fatores:
—— apreciação de estudos internos sobre os riscos, tendo em conta outros sistemas de informação
relevantes de gestão e mais genericamente qualquer informação de gestão do conhecimento;
Convém que a avaliação do contexto interno da organização inclua, quando relevante, os seguintes
fatores:
4.2.1 Generalidades
Ao estabelecer o SGCN, convém que a organização assegure que as necessidades e requisitos das
partes interessadas sejam levados em consideração.
Projeto em Consulta Nacional
Convém que a organização identifique todas as partes interessadas que são de relevância para seu
SGCN e com base em suas necessidades e expectativas, determine os seus requisitos. É importante
identificar não apenas os requisitos obrigatórios e definidos, mas também os que estão implicados.
NOTA A organização precisa estar ciente de todos aqueles que têm um interesse na organização, como
a mídia, o público nas proximidades, concorrentes e assim por diante.
Ao planejar e implementar o SGCN, é importante identificar ações que sejam apropriadas em relação
às partes interessadas, mas diferenciar entre as diferentes categorias. Por exemplo, embora possa
ser apropriado se comunicar com todas as partes interessadas na sequência de um incidente
de interrupção, pode não ser apropriado se comunicar com todas as partes interessadas quando
da criação e gerenciamento da GCN (8.1.1).
Parte interessadas
A organização
Cidadãos Concorrentes
Gestão
Alta direção Mídia
Clientes
Aqueles que estabelecem políticas e
Distribuidores objetivos para o SGCN Comentaristas
Convém que todos os sistemas de gestão operem no âmbito da estrutura jurídica e ambiente regulatório
em que a organização opera. Convém que a organização identifique e acomode em seu SGCN tudo
que seja relevante, aplicável legalmente, requisitado na forma regulatória e que esteja vinculado
às necessidades das partes interessadas.
Convém que a informação relativa a esses requisitos seja documentada e mantida atualizada. Novos
requisitos ou variações legais, regulamentares e em outros requisitos convém que sejam comunicados
aos empregados afetados e outras partes interessadas.
interessadas.
Convém que a organização assegure que o seu SGCN contempla e suporta as suas obrigações legais
e requisitos relevantes de partes interessadas.
d) riscos: requisitos operacionais relacionados aos materiais perigosos armazenados no local.
NOTA Organizações operando em diversas localidades frequentemente têm que satisfazer as exigências
de diferentes jurisdições.
4.3.1 Generalidades
Convém que a organização determine o escopo de aplicação do SGCN e garanta que ele possa ser
adequadamente comunicado às partes interessadas. É importante que os limites e aplicabilidade do
SGCN sejam claramente visíveis e que o escopo leve em consideração as questões identificadas em
4.1 e 4.2.
Convém que a organização, em uma forma e termos adequados à dimensão, natureza e complexidade
da organização, defina e documente o escopo do SGCN.
c) identifique os produtos e serviços da organização de forma que todas as atividades relacionadas,
recursos e cadeia de suprimentos possam identificados e
Projeto em Consulta Nacional
—— incluir uma indicação da escala do incidente que o SGCN irá abordar e o apetite de risco da
organização, e
—— identificar como o SGCN se encaixa na estratégia global de gestão de riscos da organização (se
houver).
Quando parte de uma organização é excluída do escopo do seu SGCN, convém que a organização
documente e explique a exclusão.
Esta é a referência normativa à ABNT NBR ISO 22301:2013, que especifica os requisitos para
um SGCN. Nenhuma orientação é fornecida.
5 Liderança
5.1 Liderança e comprometimento
Convém que a alta direção forneça evidência do seu comprometimento com o desenvolvimento
e implementação do SGCN e melhore continuamente a sua eficácia:
a) cumprindo com as exigências legais aplicáveis e com outros requisitos aos quais a organização
subscreve (ver 4.2.2);
d) apontando uma ou mais pessoas com a autoridade apropriada e as competências para
ser responsável pelo SGCN e responsável por sua operação eficaz (consultar 5.4);
i) assegurando de que as auditorias internas do SGCN sejam conduzidas (ver 9.2);
5.3 Política
Convém que a alta direção defina a política de continuidade de negócios em termos de objetivos
da organização e as suas obrigações e certifique-se de que:
—— inclui compromissos claros com relação aos requisitos aplicáveis, incluindo obrigações legais e
regulamentares e a melhoria contínua do SGCN;
Convém que as disposições apropriadas sejam feitas para aprovar a política, reter a informação
documentada nela e revê-la periodicamente (por exemplo, anualmente), e sempre que as mudanças
significativas aos fatores internos ou externos ocorrerem (por exemplo, mudança na alta direção
ou na introdução de nova legislação). A conformidade de tais disposições dependerá do tamanho,
da complexidade, da natureza e da extensão da organização.
—— inclua referências às normas, às diretrizes, aos regulamentos ou às políticas que convém que o
SGCN considere ou cumpra.
—— termos-chaves;
—— compromisso de financiamento
Convém que a alta direção da organização assegure a atribuição e a comunicação das responsabilidades
e das autoridades dentro do SGCN.
Convém que um membro da alta direção tenha a responsabilidade total pelo SGCN.
Convém que a alta direção da organização aponte os representantes específicos da gerência que,
independentemente de outras responsabilidades, convém que tenham papéis, responsabilidades e
autoridade definidos para:
—— assegurar a eficácia dos procedimentos desenvolvidos para reação à interrupção, mas não
necessariamente em sua implementação durante um incidente.
—— residir em muitas áreas de uma organização segundo seu tamanho, escala e complexidade.
Os representantes de cada função ou lugar da organização podem ser identificados para apoiar
na implementação do programa de continuidade do negócio. Convém que seus papéis, capacidade
de prestar contas, responsabilidades e autoridades sejam integrados nas descrições de funções
e nos conjuntos de habilidades que podem ser reforçados, incluindo os de avaliação da organização,
na recompensa e na política do reconhecimento.
A alta direção pode apontar outros organismos, como um comitê da direção, para supervisionar a
implementação do programa de continuidade do negócio.
Convém que todos os papéis, responsabilidades e autoridades da GCN sejam definidos e documentados
e sujeitos a auditoria.
Projeto em Consulta Nacional
6 Planejamento
6.1 Ações para direcionar riscos e oportunidades
Convém que a organização determine como quaisquer questões identificadas em 4.1 e requisitos em
4.2 serão tratadas.
—— assegurar de que a informação documentada esteja disponível para avaliar se as ações foram
eficazes (ver 7.5).
Convém que um plano para instalação e gestão da GCN (conforme definido na Seção 8) seja desenhado
e inclua a identificação de responsabilidades e a definição de metas realísticas e apropriadas para
a conclusão de tarefas. Convém que o plano seja baseado em objetivos de continuidade que tenham
sido estabelecidos e comunicados para as funções e níveis relevantes na organização. Convém que
o progresso do plano seja monitorado e documentado.
Convém que este plano seja analisado criticamente e pode ser que precise ser atualizado regularmente
na medida que o SGCN evolui.
A seguir são apresentados exemplos de objetivos de continuidade de negócios que podem, em certas
circunstâncias, atender aos requisitos especificados na ABNT NBR ISO 22301:
—— “implantar um SGCN que seja consistente com a ABNT NBR ISO 22313, por data”;
7 Suporte
7.1 Recursos
7.1.1 Generalidades
Projeto em Consulta Nacional
Convém que a organização determine e forneça os recursos necessários para o SGCN que irão:
Ao identificar os recursos exigidos para executar e manter o SGCN, convém que a organização faça
a provisão adequada para:
c) tecnologia da informação e comunicações (TIC), incluindo as aplicações que dão suporte à gestão
de programa eficaz e eficiente;
Convém que os recursos e sua alocação sejam revistos periodicamente, a fim de garantir a sua
adequação. Pode ser apropriado para envolver a alta administração nesta revisão.
Convém que a organização nomeie colaboradores para respostas a incidente com a responsabilidade,
a autoridade e a competência necessárias para administrar um incidente.
Convém que o pessoal de resposta a incidente forme um grupo que seja responsável por administrar
qualquer incidente de interrupção que significativamente impacte ou tenha o potencial de impactar
significativamente a organização.
Os colaboradores podem ser atribuídos às equipes de acordo com a sua competência demonstrada
de lidar com os diferentes aspectos da resposta a incidentes, como por exemplo:
—— comunicações (8.4.4.3.2);
Projeto em Consulta Nacional
Convém que todos os funcionários que estejam nesses grupos tenham responsabilidades e autoridades
claramente definidas que sejam aplicadas antes, durante e após um incidente.
7.2 Competência
Convém que a gerência determine as competências exigidas para todos os papéis e responsabilidades
do SGCN e a consciência, conhecimento, compreensão e habilidades necessários para cumpri-
los. Convém que todas as pessoas com papéis atribuídos dentro da organização demonstrem as
competências exigidas e recebam treinamento, educação, desenvolvimento e qualquer outro suporte
necessário. Isto pode ser referido como um programa de desenvolvimento da competência que possa
incluir:
—— partilha do conhecimento;
—— partilha de trabalho;
Convém que a organização tenha um processo para identificar e entregar os requisitos de treinamento
da continuidade do negócio de todos os participantes e avaliar a eficácia de sua entrega.
O tipo de treinamento que pode ser apropriado para papéis específicos é como a seguir:
4) habilidades de comunicações;
2) evacuação e abrigo no local de gestão, incluindo processos de “check-in” para contar
empregados;
A demonstração da participação ativa pode ser feita em uma ou mais das seguintes maneiras:
—— participação ativa dos usuários do negócio e da Alta Direção nos treinamentos, exercícios e
testes.
7.3 Conscientização
Convém que as pessoas que trabalham sob o controle da organização tenham a consciência apropriada
do SGCN.
Estas pessoas podem incluir os colaboradores, contratantes, sócios, fornecedores. Convém que eles
estejam cientes da política da continuidade do negócio e:
Convém à organização construir, promover e incorporar uma cultura dentro da organização a qual:
—— atribuição de responsabilidades;
—— conscientização;
—— treinamento de habilidades; e
7.4 Comunicação
Convém que a organização tenha procedimentos eficazes de comunicação e consulta para a troca
de informação com as partes interessadas.
a) comunicação interna entre as partes interessadas, incluindo empregados dentro da organização;
b) comunicação externa com os clientes, fornecedores, comunidade local, e outras partes
interessadas, incluindo a mídia;
Projeto em Consulta Nacional
g) teste de funcionamento e de recursos de comunicações para uso durante uma interrupção de
comunicações normais.
A organização pode convidar quaisquer recursos externos que podem ser envolvidos em uma reação
– como os bombeiros, a polícia, a saúde pública e os fornecedores terceirizados – para rever com a
direção partes relevantes de seus procedimentos de continuidade do negócio.
A organização pode incluir referências a seu SGCN e arranjos da continuidade do negócio nos boletins
de notícias e informações do fornecedor e do cliente.
Convém à organização prover uma comunicação externa eficaz como parte de seu programa de
conscientização (ver 7.3) e depois de um incidente (ver 8.4).
7.5.1 Generalidades
O termo “procedimento” significa uma maneira especificada de realizar uma atividade ou um processo.
Um “procedimento documentado“ significa que convém que o procedimento seja estabelecido
e mantido em qualquer meio.
—— competência (7.2);
Projeto em Consulta Nacional
Além disso, a informação documentada cobrindo as seguintes informações pode ser necessária para
garantir a eficácia do SGCN:
—— programa de conscientização;
—— programa de exercícios;
—— convém que formatos aceitáveis sejam especificados (por exemplo, linguagem, versão
do software, gráficos) e mídia (por exemplo, papel eletrônico) para a captura e apresentação
de informações documentadas claramente indicadas;
Convém que a captação e a apresentação incluam o formato a ser usado (por exemplo, linguagem,
versão de software, gráficos) e os meios a serem usados (por exemplo, papel, documento eletrônico)
A extensão da informação documentada para o SGCN pode diferir de uma organização a outra devido à:
—— tamanho da organização, dos seus produtos e serviços e do tipo de atividades que empreende;
Há vários níveis de acesso e combinações que podem ser concedidos, por exemplo, somente leitura,
leitura e alteração e leitura restringida.
Convém que um procedimento documentado seja estabelecido para definir os controles necessários
para:
b) fornecer o acesso (o acesso inclui, por exemplo, as permissões e a autoridade para ver ou mudar
a informação documentada);
e) assegurar que as mudanças e o estado atual da revisão dos documentos estejam identificados;
f) assegurar que as versões relevantes de documentos aplicáveis estejam disponíveis em pontos
do uso;
h) assegurar-se de que os documentos da origem externa determinados pela organização como
Projeto em Consulta Nacional
i) impedir o uso não intencional de documentos obsoletos e para aplicar-lhes a identificação
apropriada se são retidos para a finalidade qualquer;
8 Operação
8.1 Planejamento e controle operacional
Estas ações podem ser combinadas para criar um programa para assegurar que a continuidade de
negócios da organização é gerida de forma adequada e sua eficácia mantida.
Convém que a organização estabeleça mecanismos de controle dentro do programa, que incluam:
a) decidir como convém que essas ações sejam determinadas, planejadas, executadas e controladas,
por exemplo através da criação de um plano de implementação e adotando uma metodologia
adequada para a implementação da GCN;
b) assegurar que os controles sobre essas ações são executados de acordo com as decisões
tomadas, por exemplo, definir os marcos do projeto e especificar resultados necessários, e
c) manter informação documentada para demonstrar que os processos foram realizados como
planejado.
Convém que a organização assegure que as mudanças planejadas são controladas, as alterações
não intencionais são analisadas criticamente e que sejam tomadas medidas adequadas.
Análise de impacto
Projeto em Consulta Nacional
de negócios e
avaliação de riscos
Estabelecimento e
implementação de
procedimentos de
continuidade
de negócios
Estes elementos e onde são referidos nesta Norma são como a seguir:
NOTA Convém que as estratégias escolhidas levem em conta qualquer tratamento de riscos que já esteja
em vigor na organização (8.3.3).
Convém que cada componente do arranjo da GCN de uma organização, incluindo a documentação,
seja revisado regularmente, exercitado e atualizado. Convém que estes acordos também sejam
revisados e atualizados sempre que houver uma mudança significativa no ambiente operacional
da organização, estrutura, locais, pessoas, processos ou tecnologia, ou quando um exercício
ou incidente destacarem deficiências.
A organização pode adotar um método de gerenciamento de projeto reconhecido para garantir que
o programa GCN seja gerido de forma eficaz.
Exemplos de indicadores que podem ser utilizados para a medição de eficácia incluem:
—— atividades e recursos que sejam recuperáveis dentro de seu tempo objetivado de recuperação
(RTO) e a informação é da moeda requerida (ponto objetivado de recuperação);
—— as competências requeridas para responder e gerenciar incidentes que têm sido demonstradas.
8.1.5 Resultados
a) uma capacidade de gerenciamento de incidentes ser habilitada e oferecer uma resposta eficaz;
c) o exercício regular garantir que os funcionários sejam treinados para responder eficazmente
a um incidente ou interrupção;
d) os requisitos das partes interessadas serem entendidos e capazes de ser entregues;
8.2.1 Generalidades
organização a partir da BIA e avaliação de risco fornece a base para uma continuidade de negócios
eficaz.
Uma organização alcança o seu objetivo oferecendo seus produtos e serviços aos clientes. É importante,
portanto, para criar um entendimento do impacto negativo ao longo do tempo, que a interrupção
destes produtos e serviços (e as atividades associadas) teria sobre os objetivos e funcionamento
Projeto em Consulta Nacional
Produto/serviço Produto/serviço
Produto/serviço
Atividade Clientes
Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade
Atividades
de apoio
Dependências e
atividades de apoio
Atividades
de apoio
Ativos e recursos
Por meio da compreensão, a organização é capaz de garantir que a sua continuidade do negócio se
alinha com a sua finalidade, deveres e obrigações legais para as suas partes interessadas.
O entendimento é alcançado por meio dos processos de análise de impacto nos negócios e avaliação
de riscos. Estes processos fornecem a informação de que a organização precisa determinar e
selecionar estratégias de continuidade de negócios (8.3.1).
Convém que a BIA e a avaliação de risco permitam a organização identificar medidas que:
Convém que o contexto, critérios de avaliação e formato do resultado da BIA e avaliação de risco sejam
definidos e acordados com antecedência. Convém que as informações coletadas sejam analisadas
criticamente regularmente, especialmente durante os períodos de mudança.
Convém que a organização estabeleça um processo de avaliação formal para determinar prioridades
da continuidade e da recuperação, objetivos e alvos.
A finalidade da BIA é:
Projeto em Consulta Nacional
a) identificação das atividades que dão suporte à entrega dos produtos e dos serviços-chave
da organização – “chave” significa aqueles incluídos no escopo do SGCN;
b) avaliação dos impactos potenciais ao longo do tempo das interrupções resultantes dos eventos
descontrolados, não específicos nestas atividades. Convém que ao avaliar impactos, a organização
primeiramente considere aqueles em relação a seus objetivos de negócio e objetivos e suas
partes interessadas. Estes podem incluir:
NOTA 1 A interrupção das atividades pode causar que a entrega dos produtos e dos serviços seja
interrompida indiretamente. Por exemplo, a perda da capacidade para pagar fornecedores pode danificar
a reputação da organização e resultar que fornecedores se recusem a fornecer os bens, o que então
impede que os produtos que estão sendo fabricados ou os serviços sejam entregues.
NOTA 2 Atividades geralmente sofrem variações e podem ser naturalmente cíclicas. Existem variações
sazonais e níveis de atividade mais altos associados com fins do prazo ou datas de entrega do projeto
semanais, mensais ou anuais. Supor que a interrupção ocorre no pior momento durante estes ciclos
garante que o máximo impacto possível está avaliado.
c) cálculo de quanto tempo levaria para que os impactos associados com a perturbação das
atividades da organização se tornem inaceitáveis;
NOTA 3 O tempo tomado para que os impactos se tornem inaceitáveis pode variar entre segundos
e diversos meses segundo a natureza da atividade. Atividades que são sensíveis ao tempo em que
ocorrem necessitam poder ser especificadas com um grande grau de precisão, por exemplo, ao minuto
ou à hora. Menor precisão será aceitável para atividades menos sensíveis ao tempo.
NOTA 4 O tempo que tomaria para que os impactos se tornem inaceitáveis pode ser referido como “o
período tolerável máximo de interrupção”, “o período tolerável máximo” ou “a indisponibilidade aceitável
máxima”. O nível mínimo do produto ou serviço que é aceitável à organização pode ser expressado
como o objetivo mínimo de continuidade de negócios (OMCN).
as atividades da organização; e
f) identificação de dependência de cada atividade sobre os recursos de apoio, incluindo fornecedores
e outras partes interessadas relevantes.
O prazo priorizado para retomar uma atividade pode ser referido como Tempo Objetivado para
Recuperação (RTO). O RTO pode ter em conta as dependências das atividades interrelacionadas e
do tempo em que os impactos de não reiniciar a atividade seria inaceitável [referem-se a c) acima].
NOTA 5 A partir deste ponto em diante nesta Norma, o termo “tempo objetivado de recuperação” ou sua
abreviatura “RTO” será usado em vez de “prazo priorizados”.
Convém que o resultado da análise de impacto nos negócios seja documentado e inclua a identificação de:
—— prioridades de recuperação;
—— entrevistas;
—— questionários;
—— oficinas; e
Convém que a organização estabeleça um processo formal da avaliação de risco que sistematicamente
identifique, analise e avalie o risco de interromper as atividades prioritárias e os processos da
organização, sistemas, informação, pessoas, recursos, sócios externos e os outros recursos que lhes
dão suporte.
d) Há quaisquer fatores que mitiguem a consequência do risco ou que reduzem a probabilidade do
risco?
Convém que a organização selecione um método apropriado para identificação, análise e avaliação
de riscos que poderiam conduzir às interrupções. A ABNT NBR ISO 31000 expõe os princípios
de gestão de riscos e de diretrizes associadas. Convém que os elementos sejam incluídos no contexto
desta Norma são como a seguir:
—— ameaças específicas, que podem ser descritas como eventos ou ações que poderiam em
algum momento interromper as atividades e recursos (por exemplo, ameaças como incêndio,
inundação, falta de energia, perda de colaboradores, absenteísmo do pessoal, vírus e falha
de hardware); e
NOTA Se qualquer outra análise de risco for feita pela organização ou por organismos externos, isto pode
fornecer informações úteis que sejam relevantes para o processo de avaliação de risco.
8.3.1.1 Generalidades
Convém que as opções para proteger atividades prioritárias sejam selecionadas de acordo com:
—— (opcionalmente) a urgência da atividade – uma vez que haverá menos tempo para resolver a
situação; e
Quando a organização estimar que uma ameaça seja “extremamente improvável” ou o custo
de proteger uma atividade prioritária for proibitivamente caro, a mesma pode optar por aceitar o risco
e reavaliá-lo como parte de sua avaliação contínua do desempenho do SGCN (Seção 10).
a) Realocação da atividade: Transferir algumas ou todas as atividades tanto internamente a uma
outra parte da organização, quanto externamente a um terceiro, independentemente ou por meio
de um acordo de auxílio recíproco ou mútuo;
Projeto em Consulta Nacional
d) Substituição do recurso e das habilidades: Reforçar as habilidades das pessoas, incluindo
a multiplicidade de habilidades do pessoal-chave ou criando o acesso à capacidade adicional
com terceirização. Os recursos de substituição são fornecidos por um terceiro ou pelo estoque
guardado remotamente pela organização, ou pelo estabelecimento de acordos de auxílio mútuo
com organizações externas e partes interessadas-chave para fornecer o acesso provisório à
capacidade adicional;
e) Ação alternativa provisória: Algumas atividades podem adotar uma maneira diferente de trabalho
que fornece resultados aceitáveis por um período limitado. É provável que a ação alternativa
seja mais demorada e/ou mais laboriosa (por exemplo, uma operação manual ao contrário de
um sistema automatizado). Por estas razões, convém que uma a ação alternativa somente seja
considerada para estender o período antes que um retorno ao normal esteja exigido; e
f) Quando consideradas as localidades para retomar uma atividade, convém que as opções
da continuidade do negócio incluam os locais danificados/afetados e locais alternativos não
danificados.
Para garantir que as atividades possam ser retomadas dentro de seus objetivos de tempo
de recuperação (RTO), também poderão ser definidos objetivos de tempo de recuperação para suas
dependências e recursos de apoio. Para a definição desses objetivos de tempo de recuperação pode
ser necessário considerar:
—— soluções alternativas (como processos manuais), que podem adiar a necessidade de retomar a
dependência de recursos de apoio;
Convém que a organização avalie todas as opções de estratégia para determinar se estas medidas
introduzem novos riscos inerentes a essas.
a) Seguro: A compra de seguro pode fornecer alguma recompensa financeira para algumas perdas,
mas não atenderá todos os custos (por exemplo, eventos sem seguro, marca, reputação, valor
Projeto em Consulta Nacional
c) Gestão de reputação: Desenvolver uma capacidade efetiva de alertar e comunicar (8.4.3)
e estabelecer procedimentos efetivos de comunicação (8.4.4.3.2).
Convém que a organização assegure que a continuidade de negócios de fornecedores seja avaliada.
A organização pode querer concentrar os seus esforços sobre os fornecedores cuja falha na entrega
interromperia rapidamente as atividades priorizadas. Técnicas podem incluir:
8.3.2.1 Generalidades
a) equipes apropriadas ou, para organizações menores, indivíduos com a devida autoridade para
supervisionar a prontidão, reação e recuperação do incidente;
d) objetivos da gestão de recurso para tempos de resposta, pessoal, equipamentos, treinamentos,
instalações, financiamento, seguro, controle de responsabilidades, conhecimento especialista,
materiais e períodos de tempo dentro dos quais cada um será necessário pelos recursos
da organização e de qualquer fornecedor; e
e auxílio mútuo.
8.3.2.2 Pessoas
Convém que a organização identifique medidas apropriadas para manter e ampliar a disponibilidade
de habilidades e conhecimento centrais caso o incidente conduza à redução da disponibilidade
de pessoal. Convém que estas medidas incluam os empregados, os autônomos e as outras partes
interessadas que possuam habilidades e conhecimentos especializados extensivos. As técnicas para
proteger ou aprimorar essas habilidades podem incluir:
—— uso de terceiros;
—— planejamento de sucessão; e
—— acomodação;
—— instalações de alimentação;
—— segurança;
—— logística de transporte; e
—— bem-estar e emergência.
Convém que a informação vital à operação da organização seja protegida e recuperável de acordo com
os períodos de tempo identificados dentro da BIA. Convém que o armazenamento e a recuperação
de dados sejam aderentes à legislação vigente.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 1 Orientações adicionais sobre a validade de dados eletrônicos são dadas na ABNT NBR 27031.
A ABNT NBR 27002 fornece orientações para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade
dos dados em curso.
Convém que qualquer informação requerida para permitir que a organização responda e recupere
tenha a devida:
—— disponibilidade: que a informação esteja disponível tão rapidamente como a atividade a exige.
Uma informação requerida durante a resposta pode ser exigida imediatamente enquanto outros
dados podem não ser exigidos por algum tempo após o incidente; e
—— atualidade: tão atualizada quanto necessário para permitir a atividade de se operar - embora
dados perdidos no incidente possam ter de ser recriados.
Em todos os casos, convém que a informação requerida para uma atividade esteja adequadamente
atualizada. Esta atualização pode ser referida como o objetivo do ponto de recuperação (RPO).
Quando dados são copiados, vários métodos podem ser usados, incluindo backups eletrônicos
ou de fita, microfichas, fotocópias, cópias duplas criadas no tempo da produção.
NOTA 2 Se a informação copiada for armazenada muito próxima à original, o incidente de interrupção pode
comprometer sua integridade ou impedir o acesso a ela. No entanto, uma longa distância pode impedir que
ela esteja disponível quando for necessária. É adequado documentar evidências de como essas questões
conflitantes foram resolvidas.
—— informações de contato;
—— outros documentos dos serviços (por exemplo, contratos e acordos de nível de serviço).
As estratégias do local de trabalho podem variar significativamente e uma gama de opções pode estar
disponível. Diferentes tipos de incidente ou de ameaça podem requerer a implementação de locais
de trabalho em opções diferentes ou múltiplas. As táticas apropriadas serão determinadas em parte
pelo tamanho, pelo setor e pela propagação das atividades da organização, pelas partes interessadas
Projeto em Consulta Nacional
e pela base geográfica. Por exemplo, as autoridades públicas precisarão manter o fornecimento
da linha da frente de seus serviços em suas comunidades, enquanto algumas organizações poderiam
operar a partir de um país ou de um continente diferente.
Convém que a organização elabore uma estratégia para reduzir o impacto da indisponibilidade
de seus locais de trabalho normais. Isto pode incluir um ou mais do seguinte:
b) instalações alternativas fornecidas por outras organizações (sejam ou não acordos recíprocos);
Convém que os locais alternativos sejam selecionados com cuidado, levando em consideração que
uma área geográfica possa ser afetada pelo mesmo incidente. Um incidente como uma catástrofe
natural pode causar danos em vastas áreas e afetar serviços essenciais como eletricidade, gás, água
e comunicação. Se tal risco é esperado, convém que as instalações alternativas estejam distantes
de uma possível zona afetada.
Se os colaboradores podem ser movidos para locais alternativos, estes locais podem ser próximos
o bastante que o colaborador possa estar disposto e capaz de se deslocar para o local, considerando
quaisquer dificuldades possíveis causadas pelo incidente. Contudo, não é permitido que os locais
alternativos sejam tão próximos que seja haja probabilidade de serem afetados pelo mesmo incidente.
Convém que o uso de locais alternativos para finalidades de continuidade tenha o suporte de uma
indicação clara sobre se os recursos exigidos nos locais alternativos são para o uso exclusivo
da organização. Se os locais alternativos forem compartilhados com outras organizações, convém
desenvolver e documentar um plano para mitigar a indisponibilidade desses locais.
Em algumas situações (por exemplo, uma linha de fabricação ou um centro de atendimento), pode
ser apropriado mover a carga de trabalho ao invés do pessoal. Isto pode requerer a capacidade
de reserva no local alternativo ou recursos adicionais (seja através de horas extras ou de recrutamento)
e outros disponíveis para operar a atividade.
Convém que a organização identifique e mantenha um inventário dos suprimentos essenciais que dão
suporte a suas atividades prioritárias.
Algumas instalações e a maquinária exigidas por uma atividade podem ser difíceis de adquirir,
ser muito caras (requerendo muito tempo para autorizações) ou ter longo prazo de entrega.
As soluções para fornecer esses recursos podem precisar considerar essas questões. Mudar práticas
operacionais, como o controle de estoque ou a gestão de prédios pode fornecer soluções.
Quando as atividades são realocadas, convém verificar se os fornecedores são capazes de prover os
produtos ou serviços de forma eficaz no lugar alternativo.
Em muitas organizações, não é possível realizar as atividades sem sistemas de TIC, e esses precisam
ser restabelecidos antes que as atividades possam ser retomadas. Onde for possível e prático, a
organização pode precisar implementar operações manuais, enquanto seus serviços de TIC estão
sendo restabelecidos.
Técnicas para fornecimento de sistemas de TIC exigidos por atividades priorizadas podem incluir:
Devido à complexidade das tecnologias que os suportam, os sistemas de TIC têm frequentemente
necessidade de arranjos complexos para assegurar que eles possam ser recuperados tempestivamente.
Convém, portanto, considerar:
—— definir os objetivos de tempo de recuperação (RTO) para sistemas de TIC que permitem que
as atividades priorizadas sejam retomadas dentro de seus RTO;
—— conceder especial atenção para as localidades de sítios de tecnologia e da distância entre eles;
—— fornecer instalações adequadas para o aumento do número de usuários com acesso remoto;
—— configurar sítios sem equipe (dark sites), bem como sítios com equipes;
—— fornecer “failover” automático em vez de exigir uma intervenção manual para redirecionar
o fornecimento de TIC;
Se uma técnica de “failover” for adotada de um local a outro, pode-se considerar a distância do
trajeto de rede entre os dois locais. Caso haja uma longa distância entre esses, pode ocorrer lentidão
na resposta do sistema e tornar os sistemas de TIC ineficientes.
Se uma organização abriga seus sistemas de TIC em mais de um sítio, pode haver a oportunidade
de implementar uma “estratégia mútua de TIC”, de modo que cada sítio seja dimensionado para
acomodar a capacidade combinada de TIC em mais de um sítio.
Se uma organização utilizar tecnologias muito especializadas ou personalizadas, com longo tempo
de espera para recuperação, pode ser necessário elevar a proteção de seus TIC ao fazer provisões
especiais para substituição ou restauração.
NOTA Orientação adicional na continuidade para a TIC pode ser encontrada nas ABNT NBR ISO 27031,
ABNT NBR ISO 27001 e ABNT NBR ISO 20000 (ambas as partes).
8.3.2.7 Transporte
Convém que a organização determine antecipadamente as opções para fornecer meios alternativos
de transporte que possam ser necessários na sequência de um incidente de interrupção. Esses podem
incluir:
Projeto em Consulta Nacional
—— identificar cenários possíveis de interrupções logísticas que podem ser causados diretamente por
um incidente e por situações pouco usuais;
8.3.2.8 Finanças
Convém que a organização determine as opções para garantir que o financiamento necessário esteja
disponível durante e após um incidente de interrupção. Isso pode incluir:
Para se proteger contra abusos ou facilitar avisos de sinistro, pode ser necessário para demonstrar
controles financeiros efetivos, como por exemplo, o registro formal das despesas durante e após um
incidente de interrupção.
8.3.2.8.1 Fornecedores
Para os riscos identificados que requeiram tratamento e alinhamento com a atitude geral ao risco,
convém que a organização considere maneiras de reduzir a probabilidade, diminuindo o período e
limitando os impactos da interrupção.
Convém que a organização coloque em prática e documente procedimentos que forneçam controle
total da resposta a um incidente de interrupção e retome as atividades dentro de seus objetivos
de tempo de recuperação. Convém que os procedimentos de continuidade de negócios estabeleçam
os protocolos de comunicação interna e externa apropriados e que sejam:
a) específicos – no que diz respeito aos passos imediatos, os quais convém que sejam seguidos
durante uma interrupção;
b) flexíveis – de modo que possam ser usados para responder aos cenários não antecipados de
ameaça e condições internas e externas em mudança;
c) focalizados – convém que sejam claramente relacionados ao impacto dos eventos que poderiam
potencialmente interromper operações e desenvolvido com base em pressupostos indicados e
em uma análise de interdependências; e
Projeto em Consulta Nacional
Convém que a organização implemente procedimentos e uma estrutura de gestão que permitirá se
preparar para mitigar e responder efetivamente aos incidentes de interrupção.
—— recursos para identificar os pontos iniciais do impacto que justifiquem a iniciação da resposta
formal;
—— recursos para implantar medidas para prover o bem-estar das que foram afetadas;
—— recursos disponíveis para dar suporte aos processos e os procedimentos necessários para gerir
um incidente de interrupção ou minimizar o impacto; e
Convém que a estrutura de resposta seja simples e capaz de ser formada rapidamente. Ao determinar
a estrutura, convém considerar:
—— ter uma ou mais pessoas competentes disponíveis para estabelecer as ramificações do incidente
e avaliar o impacto ou o potencial impacto do incidente em sua escala de tempo;
—— ser capaz de mobilizar equipes para tomar o controle, conter o incidente e iniciar a resposta
apropriada; e
As organizações maiores ou complexas podem usar uma abordagem em níveis para a resposta
ao incidente e podem estabelecer equipes distintas com foco na resposta ao incidente, na gestão
do incidente, nas comunicações, no bem-estar e na retomada do negócio. Em organizações menores,
todos os aspectos de resposta ao incidente podem ser tratados por uma equipe, mas convém nunca
serem de responsabilidade de um único indivíduo. Convém que cada equipe tenha procedimentos
para controlar um incidente de acordo com suas responsabilidades. Competências individuais
e de equipes podem ser demonstradas por treinos e exercícios.
8.4.3.1 Generalidades
k) registar informação vital sobre o incidente, as ações tomadas e as decisões feitas; e
Uma organização pode ter de decidir se quer ou não e em que ponto se comunicar com partes
interessadas externas sobre o seus alertas e procedimentos de comunicação. Convém que
a segurança de vida seja a primeira consideração ao tomar essa decisão. Convém que a decisão
e as razões para isso sejam documentadas.
Por exemplo, uma organização que realiza atividades perigosas que podem ameaçar a segurança
dos vizinhos mais próximos pode precisar certificar-se de que os vizinhos sejam notificados do perigo
potencial. Isso pode significar que eles necessitam entender como os alarmes são emitidos e como
respondê-los.
Convém que a organização tenha procedimentos efetivos e instalações para rápida emissão de avisos,
alertas e comunicação externa. Um regime especial pode ser necessário para as partes interessadas
com necessidades específicas, por exemplo, os idosos e demais portadores de necessidades
especiais. Convém que o sistema de alerta e comunicação seja regularmente exercitado. Para obter
orientação sobre exercício, ver 8.5.
Uma vez que o incidente tenha iniciado, convém que a organização desenvolva procedimentos que
garantam:
Projeto em Consulta Nacional
—— gravação de informação vital sobre o incidente, as ações tomadas e decisões feitas – por parte
dos indivíduos que as fizeram ou por uma pessoa designada em cada equipe.
Procedimentos também são necessários para facilitar a comunicação eficaz de duas vias entre as
partes interessadas, como clientes e a mídia.
Convém que a organização mantenha comunicação com essas partes até o retorno das operações
normais quando a comunicação que marca o fim do incidente possa ser apropriada.
Estes procedimentos podem ser facilitados pelo uso uma instalação de comunicações dedicada
ou ad hoc. Convém que isto fique situado suficientemente longe do local afetado tal que sua operação
não seja impedida pelo incidente.
Convém que o equipamento de comunicações disponível reconheça que o incidente possa ter afetado
o desempenho de comunicações normais assim que uma variedade de alternativas possam estar
disponíveis como:
—— rádios bidirecionais.
8.4.4.1 Generalidades
Convém que estes procedimentos abordem todos os aspectos da resposta a um incidente com
especial atenção às questões de segurança à vida e as necessidades de todos aqueles que irão usá-
los. Para determinar os requisitos, pode ser vantajoso:
Convém que prazos e níveis de desempenho sejam baseados na informação recolhida durante
a análise de impacto nos negócios (8.2.2) e da estratégia selecionada de continuidade de
negócios (8.3.1).
Convém que seja identificado de forma clara dentro de cada plano o seguinte:
—— finalidade e escopo;
—— procedimentos de implementação;
—— requerimentos de recursos; e
Ao lidar com um incidente de interrupção, há um número de ações que precisam ser consideradas.
Convém que essas ações sejam incluídas em procedimentos documentados (8.4.4.2 e 8.4.4.3) e
abordem:
2) Quais as partes da organização e que as partes interessadas foram ou poderiam ter sido
afetadas?
b) avaliar o incidente contra critérios de ativação para cada um dos procedimentos;
c) declarar um incidente e ativar os procedimentos quando os critérios de ativação forem cumpridos;
f) priorizar questões e atividades a serem realizadas na gestão do incidente e seus impactos;
k) desativar planos e retornar à rotina de gestão conforme for restabelecida a capacidade sustentável;
Para conseguir a retomada rápida da entrega de produtos e serviços da organização, convém que
os procedimentos documentados para retomar cada atividade:
Para assegurar que o funcionamento dos procedimentos não seja afetado pela mesma interrupção,
a organização pode tomar precauções, por exemplo, separando os colaboradores e as TIC em múltiplas
localidades. No entanto, a separação total para todas as escalas e tipos de incidente não é possível,
e convém que esta limitação seja identificada e acordada com a alta direção. Esta limitação pode ser
expressa em termos de distância, pessoal mínimo ou com a gravidade e pode ser determinada pela
resposta das autoridades civis a um incidente grave e/ou generalizado.
Convém que a finalidade, escopo e objetivos de cada procedimento sejam definidos e compreensíveis
para aqueles que irão colocá-lo em prática. Qualquer relação a outros procedimentos relevantes
documentados convém que sejam claramente referenciados e o método de obtenção de acesso
a eles descrito.
Dentro dos planos de continuidade do negócio, convém ser claramente identificável (ver também
8.4.4.3):
1) papéis, responsabilidades e autoridades definidas para pessoas e equipes que usarão
os planos de continuidade do negócio. Se o plano de continuidade do negócio contempla mais
2) orientações e critérios sobre quem tem a autoridade de invocar os procedimentos e sob quais
circunstâncias – isso pode seguir alçadas definidas.
Projeto em Consulta Nacional
2) um processo para desmobilizar equipes uma vez que o incidente se passou; e
iii. meios para registrar as principais informações sobre o incidente, as ações tomadas e
decisões feitas.
1) detalhes de contato para os membros da equipe e outras pessoas com funções e
responsabilidades - onde se aplica a legislação local de proteção de dados, convém que
informações de contato sejam armazenadas de acordo com essa; e
2) detalhes da resposta da organização à mídia após um incidente, incluindo a sua estratégia,
a interface preferida de comunicação com a mídia, orientações ou modelos para elaboração
de declarações e de identificação de porta-vozes apropriados.
Convém que o procedimento forneça a base para controlar todas as questões possíveis, incluindo
aquelas relativas às partes interessadas, que a organização enfrenta durante um incidente.
Convém que a organização identifique um local, uma sala ou um espaço de onde um incidente
será controlado. Uma vez estabelecido, convém que este local seja o ponto focal para a resposta
da organização. Convém também, que um ponto de reunião alternativo em um local diferente seja
nomeado caso o acesso ao local preliminar seja negado. Convém que cada local tenha o acesso
aos recursos apropriados pelos quais a equipe diretiva do incidente pode iniciar as atividades eficazes
da gestão do incidente sem demora.
O local pode ser tão simples quanto uma sala de hotel ou a casa de um membro dos colaboradores. Pode
ser tão complexo quanto de “um centro de comando dedicado” com computadores, videoconferência
e telefones múltiplos. Inicialmente, pode ser necessário realizar uma reunião virtual ou fora do local,
por exemplo por meio de telefone, teleconferência ou videoconferência, de modo que as decisões-
chave possam ser tomadas prontamente.
Há uma necessidade de controlar e coordenar ativamente muitas comunicações que serão entregues
e recebidas durante o incidente. Convém que este procedimento contenha:
A informação pré-preparada pode ser especialmente útil nas fases iniciais de um incidente. Permite à
organização fornecer detalhes sobre a organização e seu negócio enquanto os detalhes do incidente
ainda estão sendo estabelecidos.
—— estabelecer um local de encontro apropriado para dar suporte à ligação com a mídia, ou outros
grupos de partes interessadas;
—— preparar o material de fundo sobre a organização e suas operações (convém que esta informação
seja pré-concordada para liberação).
A pressão ou os grupos de ação comunitária que têm coletivamente o poder ou a influência sobre
a organização podem também ser considerados.
Convém que um processo para identificar e dar a prioridade a comunicações com outras partes
interessadas-chaves seja incluído. Pode ser necessário desenvolver um procedimento separado para
administrar partes interessadas, fornecer critérios para ajustar prioridades e fazer disposições para
atribuir pessoas a cada parte interessada ou grupo de partes interessadas.
As organizações têm uma responsabilidade direta de proteger o bem-estar dos empregados, dos
contratantes, dos visitantes e dos clientes onde um incidente levanta um risco direto à vida, à
subsistência e ao bem-estar. É necessário que atenção especial seja prestada a quaisquer grupos
com inabilidades ou outras necessidades específicas (por exemplo, gravidez, inabilidade provisória
devido a ferimento etc.). O planejamento adiantado para cumprir estes requisitos pode reduzir o
risco e tranquilizar as pessoas afetadas. Os impactos a longo prazo dos incidentes não podem ser
subestimados. Desenvolver estratégias apropriadas a favor do bem-estar humano pode diretamente
promover recuperação física e emocional dentro da organização e convém levar em consideração
aspectos sociais e culturais relevantes.
—— serviços de tradução
Convém que quaisquer recursos exigidos especificadamente sejam identificados. Convém que
um recurso esteja disponível em tempo oportuno e convém que se tenha a capacidade para fazer
sua função pretendida. Convém que a limitação no uso do recurso seja tomada em consideração,
e convém que a aplicação do recurso não incorra em mais responsabilidade do que deixar de usar
o recurso. Convém que o custo do recurso não aumente o benefício.
Os recursos que podem ser exigidos para uma reação pelo bem-estar incluem, mas não são limitados
a, o seguinte:
—— sistemas de comunicações;
—— alimento e água;
—— informação técnica;
—— roupa e abrigo;
Convém que cada procedimento detalhe, quando apropriado, os recursos exigidos em pontos
diferentes a tempo para conseguir os objetivos. Isto pode incluir:
—— números do recurso;
—— habilidades e qualificações;
—— equipamento técnico;
—— instalações de telecomunicações; e
Caso a falta de um serviço ou de um recurso ameace a retomada de atividades, convém que ações
de escalonadas sejam definidas. Estas ações podem incluir:
—— localização de instalações de armazenamento, que estão sendo usadas pela organização fora
da área;
—— locais alternativos;
NOTA Outras orientações podem ser encontradas na ABNT NBR ISO 27031.
8.4.5 Recuperação
Convém que a organização tenha procedimentos documentados para restaurar e retomar as operações
comerciais das medidas temporárias adotadas para dar suporte aos requisitos de negócios normais
depois de um incidente. Convém que estes atendam aos requisitos de governança corporativa e auditoria
relevante.
A decisão sobre a melhor forma de “voltar ao normal” terá que ser tomada com base na gravidade dos
Projeto em Consulta Nacional
danos causados pelo incidente e as estimativas de quanto tempo isso pode levar para o estabelecimento
das instalações necessárias.
Convém que os procedimentos documentados exigidos prevejam uma avaliação detalhada da situação
e de seu impacto e a determinação das tarefas, das etapas ou das atividades necessárias para a
recuperação. Durante a recuperação, a organização pode precisar:
Convém que os procedimentos documentados para a recuperação incluam uma provisão para a
retomada de todas as atividades e não apenas aquelas identificadas como atividades prioritárias. Isto
reconhece que as atividades com uma baixa prioridade precisam ser retomadas em algum ponto no
tempo e têm as necessidades de recursos (8.3.2).
8.5.1 Generalidades
Não importa o quão bem desenvolvido e discutido um procedimento parece ser, uma série de exercícios
Projeto em Consulta Nacional
Convém que um programa de exercícios seja consistente com o escopo dos procedimentos
de continuidade do negócio, dando a consideração devida a qualquer legislação e regulamentação
relevantes.
Convém que um programa de exercícios seja planejado de forma que, durante um período de tempo,
conduza à garantia objetiva de que os procedimentos e acordos trabalharão conforme antecipado
se necessário. Convém ao programa:
c) exercitar os arranjos e a infraestrutura da continuidade do negócio (que incluem por exemplo,
locais de gestão de incidentes e áreas de trabalho); e
Convém que a escala e a complexidade dos exercícios sejam apropriadas aos objetivos de continuidade
de negócios da organização.
Convém que exista um cronograma planejado de exercícios, cuja frequência convém que dependa
das necessidades da organização, o ambiente em que atua e os requisitos das partes interessadas.
No entanto, convém que o programa de exercícios seja flexível, tendo em conta as mudanças dentro
da organização e os resultados de exercícios anteriores. Uma mudança significativa na organização
pode desencadear o agendamento de um exercício para examinar as disposições revistas.
Convém que o programa de exercícios considere os papéis de todas as partes, incluindo os principais
provedores de terceira parte, fornecedores e outros que seriam esperados para participar de atividades
de recuperação. Uma organização pode incluir estas partes em seus exercícios e pode participar
em exercícios que elas organizam.
Convém que o escopo e o detalhe dos exercícios amadureçam com um programa baseado
na experiência, nos recursos, e nas capacidades da organização. Em estágios iniciais de
maturidade, o exercício e os testes podem estar limitados ao uso de listas de verificação e exercícios
de conscientização. Conforme o programa amadurece, isto pode incluir exercícios de simulação,
simulações em tempo real, em larga escala.
Os exercícios são atividades projetadas para examinar a capacidade dos colaboradores para reagir,
recuperar e continuar eficazmente a executar funções de negócio atribuídas quando enfrentados com
cenários de interrupção específicos. Convém que a organização faça uso de exercícios e de resultados
documentados destes para assegurar a eficácia e a prontidão de seus planos de continuidade
de negócios.
Convém que cada exercício e teste tenham metas e objetivos claramente definidos e sejam baseados
em um cenário apropriado para conhecê-los.
Os exercícios podem:
antecedência; e
Convém que os exercícios sejam realísticos, planejados com cuidado e acordados com as partes
interessadas, de modo que haja um risco mínimo de interrupção aos processos de negócios
e de um incidente que ocorra por um resultado direto do exercício. Isto pode ser conseguido
empreendendo o exercício dentro de um ambiente controlado e isolado contanto que este
não comprometa a integridade dos objetivos que estão sendo testados.
Convém que a organização projete cenários do exercício que satisfaçam aos objetivos do exercício
e possam usar ameaças identificadas na avaliação de risco ou em outros eventos apropriados.
A eficácia de alguns aspectos dos arranjos da GCN exigirá que os indivíduos particulares ou aquelas
posições específicas de ocupação tenham o conhecimento, habilidades e compreensões particulares.
Convém que estes sejam colocados antes do exercício permitindo que os participantes apliquem
estes aos cenários e às simulações relevantes.
Convém que os exercícios sejam projetados e conduzidos de modo que forneçam um ou mais
do seguinte:
a) verificação de que os tempos objetivados de recuperação (RTO) são realizáveis (8.3.1);
b) confiança de que as informações exigidas pelas atividades são apropriadamente atuais (8.3.2.3);
j) uma identificação das necessidades e práticas anteriores utilizadas na gestão de um incidente
ou interrupção que não foram documentadas;
k) uma oportunidade para identificar quaisquer outras insuficiências nos procedimentos
de continuidade de negócios escritos e sua implementação;
Os exercícios podem ter uma variedade de diferentes formatos. A decisão a respeito da adequação do
Projeto em Consulta Nacional
tipo de exercício dependerá do contexto para a GCN, dos objetivos para o exercício, da disponibilidade
do orçamento e dos participantes e da tolerância da organização à interrupção operacional causada
pela execução do exercício.
Os tipos principais de exercício são descritos na ISO 22398 (Societal security – Guidelines for exercises
and testing).
Como parte do exercício, convém que uma revisão seja programada com todos os participantes para
discutir questões e lições aprendidas. Convém que esta informação seja documentada e atualizações
sejam feitas nos procedimentos em caso de necessidade.
Convém que a organização empreenda uma discussão e análise após o exercício que considere
a realização dos alvos e objetivos do exercício. Convém que um relatório após o exercício seja
produzido contendo recomendações e um cronograma para sua implementação.
Convém que as lições dos exercícios e dos incidentes reais experimentados sejam reexaminadas
durante os exercícios futuros. Convém que os exercícios que mostram deficiências ou irregularidades
sérias nos procedimentos sejam reexecutados depois que as ações corretivas forem concluídas.
9 Avaliação de desempenho
9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação
9.1.1 Generalidades
Convém que os procedimentos para o desempenho e a eficácia do SGCN incluam o ajuste da métrica
do desempenho; avaliação da proteção de atividades prioritárias; confirmação da conformidade
com requisitos, exame da evidência histórica e uso da informação documentada para facilitar ações
corretivas subsequentes. Convém que procedimentos também façam referência à política e objetivos
da continuidade de negócios.
a) definição de métricas de desempenho, incluindo medições qualitativas e quantitativas que sejam
apropriadas às necessidades da organização;
d) avaliação de desempenho dos processos, procedimentos e funções que protejam as atividades
priorizadas;
e) medidas proativas de desempenho que monitorem o cumprimento do SGCN com a legislação
aplicável, os requisitos estatutários e regulamentares;
f) medidas reativas de desempenho para monitorar falhas, incidentes, não conformidades (incluindo
quase acidentes e alarmes falsos) e outras evidências históricas de desempenho deficiente do
SGCN e
g) registro de dados e resultados do monitoramento e medição suficientes para facilitar a subsequente
análise da ação corretiva.
Convém que o SGCN forneça dados de medição e monitoramento para identificar padrões e obter
informações sobre o seu desempenho. Convém que estes dados sejam usados para garantir que
a política e os objetivos da organização sejam alcançados, bem como identificar as ações corretivas
e as áreas de melhoria.
Convém que a organização seja capaz de demonstrar que identificou, avaliou e cumpriu os requisitos
legais e outros requisitos aos quais tenha subscrito.
Convém que os registros de todas as avaliações periódicas e seus resultados sejam mantidos.
Convém que a organização realize avaliações de seus processos de continuidade de negócios, a fim
de assegurar a sua contínua adequação e eficácia.
Convém que as avaliações sejam endereçadas à necessidade possível para mudanças de política,
de estratégia, de objetivos e de outros elementos do sistema de gestão da continuidade do negócio
à vista de coisas como resultados do exercício, circunstâncias em mudança e o compromisso
à melhoria contínua.
Convém que uma avaliação dos procedimentos de continuidade do negócio da organização verifiquem
Projeto em Consulta Nacional
que:
a) todos os produtos básicos e serviços e suas atividades e recursos dando suporte foram identificados
e incluídos na estratégia da continuidade do negócio da organização;
—— assegurar que quaisquer mudanças (internas ou externas) que impactam a organização estejam
revistas com relação à gestão da continuidade do negócio;
—— identificar quaisquer produtos e serviços novos e suas atividades dependentes que precisam ser
incluídos no programa da gestão da continuidade do negócio;
NOTA Se há mudanças grandes no negócio, convém que a organização faça uma nova avaliação
da análise de impacto do negócio referida em 8.2.2. Os outros componentes do programa de continuidade
do negócio podem precisar ser alterados para tomar em consideração estas mudanças.
—— comparar os impactos reais com aqueles considerados durante a análise de impacto nos negócios
(8.2.2); e
Convém que a organização conduza auditorias internas em intervalos planejados de modo que possa
se certificar de que o SGCN está em conformidade com seus próprios requisitos e com os requisitos
desta Norma.
É essencial conduzir auditorias internas do SGCN para assegurar-se que de que o SGCN esteja
conseguindo seus objetivos, que se conforma a seus arranjos planejados e foi corretamente executado
e mantido, e para identificar oportunidades para melhoria. Convém que as auditorias internas
do SGCN sejam conduzidas em intervalos planejados para determinar e fornecer a informação à alta
direção sobre a conveniência e a eficácia do SGCN assim como para fornecer uma base para ajustar
objetivos para a melhoria contínua do desempenho SGCN.
Convém que a organização estabeleça um programa de auditoria (ver ABNT NBR ISO 19011 para
a orientação) para dirigir o planejamento e a conduta das auditorias, e identifique as auditorias
necessárias para atender os objetivos do programa. Convém que o programa seja baseado
na natureza das atividades da organização, em termos de sua avaliação de risco e análise de impacto,
os resultados de auditorias passadas, e outros fatores relevantes.
Projeto em Consulta Nacional
Convém que um programa de auditoria interna seja baseado no objetivo completo do SGCN,
contudo, cada auditoria não precisa cobrir imediatamente o sistema inteiro. As auditorias podem ser
divididas em partes menores, contanto que o programa da auditoria se assegure de que todas as
unidades de organização, as funções, as atividades e os elementos de sistema e o objetivo completo
do SGCN estejam auditados no programa de auditoria dentro do período de auditoria designada pela
organização.
Os resultados de uma auditoria interna SGCN podem ser fornecidos sob a forma de um relatório
e ser usados para corrigir ou impedir nãoconformidades específicas e para prover entrada à conduta
da revisão da gestão.
As auditorias internas do SGCN podem ser executadas por colaboradores de dentro da organização
ou por colaboradores externos selecionados pela organização, trabalhando em seu nome. Em qualquer
dos casos, convém que as pessoas que conduzem a auditoria sejam competentes e em uma posição
a fazê-la imparcial e objetivamente. Em organizações menores, a independência do auditor pode
ser demonstrada por um auditor que está livre da responsabilidade para a atividade que está sendo
examinada.
Convém que a alta direção analise criticamente o SGCN da organização, em intervalos planejados,
para assegurar sua conformidade, suficiência e eficácia de continuação incluindo a operação eficaz
de seus procedimentos e capacidades da continuidade.
—— das mudanças na organização e seu contexto (4.1) que possam afetar o sistema de gestão, e
A análise crítica da gestão fornece à alta direção a oportunidade de avaliar a conformidade, suficiência
e eficácia do sistema de gestão. Convém que a análise crítica da gestão envolva o escopo do SGCN,
embora não seja necessário rever todos os elementos de uma só vez e o processo de análise possa
ser estabelecido ao longo de um período de tempo.
Convém que a revisão da implementação e dos resultados do SGCN pela alta direção seja programada
e avaliada regularmente. Sendo aconselhável a análise crítica contínua de sistema, convém que
a análise crítica formal seja estruturada e apropriadamente documentada e programada em uma base
apropriada. Convém que as pessoas que são envolvidas em implementar o SGCN e em atribuir seus
recursos sejam envolvidas na análise crítica pela direção.
Além das análises críticas do sistema de gestão regularmente programadas, os seguintes fatores
podem provocar uma análise crítica e convém que sejam examinados uma vez que a análise crítica
é programada:
b) Exigências regulamentares: novas exigências regulamentares podem requerer a análise crítica
do SGCN; e
c) Experiência em incidente: Convém que a análise crítica seja feita após uma resposta
a um incidente de interrupção independentemente do procedimento de resposta ter sido ativado
ou não. Se ativado, convém que a análise crítica leve em conta a história do procedimento
de resposta, como funcionava, por que foi ativado etc. Se o procedimento de resposta não foi
ativado, convém que análise crítica examine por que e se isso era ou não uma decisão adequada.
Convém que a análise crítica pela direção resulte em melhorias para a eficiência e desempenho do
SGCN e nas seguintes alterações:
—— variações no escopo;
Convém que a organização retenha a informação documentada como evidência dos resultados das
análises críticas e convém que:
10 Melhoria
10.1 Não conformidade e ação corretiva
Convém que a organização identifique não conformidades, tome ações para controlar, conter e
corrigi-las, arque com suas consequências e avalie a necessidade para que a ação elimine suas
causas.
Convém que não conformidades sejam identificadas e tratadas em tempo hábil assim como
as ações corretivas para tratá-las. A ação corretiva pode se originar a partir de uma declaração de não
conformidade bem definida que estabeleça claramente o problema e que seja compreendida.
Quando qualquer não conformidade é identificada, convém que uma investigação em sua causa-
raiz seja conduzida e um plano da ação corretiva seja desenvolvido imediatamente referindo-se ao
problema. Convém que o plano de ação seja projetado para mitigar quaisquer consequências e para
identificar as mudanças a serem feitas para corrigir a situação, recuperar as operações normais e
para eliminar a(s) causa(s) a fim de impedir que o problema retorne. Convém que a natureza e o
sincronismo das ações sejam apropriados à escala e à natureza da não conformidade e de suas
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consequências potenciais.
Um problema potencial pode ser identificado, mas nenhuma não conformidade real existe. Os
problemas potenciais podem ser extrapolados das ações corretivas para não conformidades reais,
ser identificados durante o processo interno de auditoria do SGCN ou análise de tendências da
indústria e os eventos. A identificação de não conformidades potenciais pode também fazer parte de
responsabilidades rotineiras das pessoas cientes da importância de notar e de comunicar problemas
potenciais ou reais.
Estabelecer procedimentos, tratar as não conformidades reais e potenciais e tomar ações corretivas em
uma base contínua ajuda a assegurar a confiança e a eficácia do SGCN. Convém que os procedimentos
definam responsabilidades, autoridade e etapas a serem seguidas no seu planejamento e execução
da ação corretiva. Convém que a alta direção da empresa assegure-se de que as ações corretivas
sejam implementadas e que há um acompanhamento sistemático para avaliar sua eficácia.
A melhoria contínua opera em todos os níveis dentro do ciclo PDCA e convém que seja impulsionada
pela política de continuidade de negócios e objetivos, resultados de auditorias, análise de eventos
monitorados, ações corretivas e análises críticas da gestão.
Convém que a implementação de ações corretivas seja validada como eficaz. Convém que cada
ação tenha uma data estimada de conclusão. Após essa data, convém que a organização assegure
que a ação prescrita foi realizada e efetiva. Se a revisão revela que a ação não teve sucesso como
planejado, convém que uma nova data para a ação seja definida.
Convém que o processo de melhoria contínua siga o mesmo processo básico, usado para ações
corretivas e incluam o seguinte:
Ações corretivas tratam deficiências no SGCN e garantem que ele funcione conforme o esperado,
enquanto a melhoria contínua leva o SGCN para um maior nível de eficiência e eficácia.
Bibliografia
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continuity management
Projeto em Consulta Nacional
[2] BS 25999-1:2006, Business continuity management – Code of practice, BSI British Standards
[5] SI 24001:2007, Security and continuity management systems – Requirements and guidance for
use, Standards Institution of Israel
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[8] Business continuity guideline, Central disaster management council, Cabinet Office, Government
of Japan, 2005
[12] Bravener, Lee C. (1999). The road to continuous improvement. Quality digest, May 1999
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