TCC 2015-1 Matheus Willinghoefer
TCC 2015-1 Matheus Willinghoefer
TCC 2015-1 Matheus Willinghoefer
Matheus Willinghoefer
2015.1
Matheus Willinghoefer
Orientadora
Professora Doutora Nadia Bernardi Bonumá
FLORIANÓPOLIS – SC
JULHO/2015
iii
iv
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Williinghoefer, Matheus
Avaliação do Risco de Rompimento da Barragem de uma
Pequena Central Hidrelétrica na Bacia do Rio do Peixe /
Matheus Williinghoefer ; orientadora, Nadia Bernardi
Bonumá - Florianópolis, SC, 2015.
86 p.
Inclui referências
v
vi
viii
Dedico este trabalho aos meus
pais, por dedicarem à minha
vida, grande parte das suas.
ix
x
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, pois foi a Ele que eu recorri nos
momentos mais difíceis desta caminhada e onde sempre encontrei suporte
para continuar em frente. Por mais que por vezes os caminhos por Ele
traçados sejam tortuosos e que os obstáculos pareçam intransponíveis, é
a superação destas dificuldades que me fortalece e me torna cada vez
melhor.
Agradeço a minha família, pois sem eles nada disso seria possível!
Aos meus pais, José Rogério Willinghoefer e Leania Fröhlich
Willinghoefer, obrigado pelo amor incondicional, por toda a fé e
confiança que vocês depositaram em mim, pelas palavras de carinho e
incentivo e, principalmente, por terem me ensinado os valores e a ética
que eu levarei, não apenas na minha profissão, mas por toda a minha vida.
Do fundo do coração, muito obrigado. À minha irmã, Gabriela
Willinghoefer, por todos os momentos de companheirismo e de alegria.
Você é meu orgulho.
À minha namorada, Anna Paula Brancher, que vivenciou cada
momento desta conquista e que esteve sempre ao meu lado me apoiando,
trazendo calma e lucidez nos momentos mais difíceis! Obrigado pelo
companheirismo, pelos ensinamentos, pelas revisões no meu TCC, enfim,
obrigado por ser meu porto seguro, espero que eu consiga retribuir à altura
tudo o que fizeste por mim.
À minha orientadora, Professora Nadia Bernardi Bonumá, por me
indicar os melhores caminhos no desenvolvimento deste trabalho,
agradeço pela orientação e pelos conhecimentos transmitidos.
Agradeço à empresa Engera pelos dados fornecidos para
elaboração destes estudo e a todos os colegas que por lá passaram durante
meus dois anos de estágio. Se hoje me sinto pronto para dar início à
carreira profissional, foi graças aos conhecimentos adquiridos durante
este período.
E por fim, agradeço aos amigos que fiz nestes anos de graduação,
dentro e fora da UFSC, vocês tornaram esta parte da minha vida
inesquecível.
xi
xii
RESUMO
A construção de barragens traz inúmeros benefícios para os seres
humanos, desde o seu uso para a geração de energia elétrica até a
regularização das vazões para fins de abastecimento e irrigação.
Entretanto, há um elevado risco associado a obras deste porte. O
rompimento de uma barragem pode trazer impactos catastróficos, que
afetam o meio ambiente e a sociedade em geral, causando perdas de
ordens social e econômica de grande magnitude. O presente trabalho tem
o objetivo de simular, por meio da utilização do modelo unidimensional
HEC-RAS, a ruptura de uma barragem situada na divisa entre os
municípios de Ouro e Capinzal, no Oeste de Santa Catarina. Com isso,
buscou-se avaliar os impactos causados pela propagação da onda de cheia
no vale a jusante, com base nas características de uso e ocupação do solo
desta região. Foram simulados dois cenários e, em ambos, considerou-se
a ruptura total e instantânea. O primeiro cenário é referente a uma
condição extrema, em que o rompimento da barragem ocorre durante um
pico de vazão com tempo de retorno de 1000 anos. Já na segunda hipótese,
a vazão do rio no instante da ruptura é a própria vazão média de longo
termo do rio do Peixe, o que caracteriza uma condição de dia seco. De
maneira geral, concluiu-se que a onda resultante da ruptura da PCH Águas
de Ouro não altera de forma significativa as condições de jusante. No
cenário 1, ocorre uma elevação de pouco mais de um metro no nível da
lâmina d’água. Já no cenário 2, a onda de cheia não extrapola a calha do
rio do Peixe. Assim, classificou-se a estrutura como sendo de risco e dano
potencial associado baixos. Os resultados obtidos com a aplicação desta
metodologia podem ser utilizados na elaboração de um plano de ação
emergencial, que vise mitigar os efeitos resultantes de eventos desta
natureza e, com isso, proporcionar uma maior segurança às populações
adjacentes.
xiii
xiv
ABSTRACT
Dams provide several benefits to human beings, from electricity
generation to flow regularization for supply and irrigation purposes.
However, its collapse may cause catastrophic impacts to the environment
and society, causing large social and economic losses. The present study
aims to simulate, with the one-dimensional model HEC-RAS, the rupture
of a dam located by the cities of Ouro and Capinzal, Santa Catarina,
Brazil. Based on the region land use, it was possible to evaluate the
impacts caused by the flood wave propagation in the downstream valley.
Two scenarios were simulated, both considering total and instantaneous
failure. The first scenario is related to an extreme condition, in which the
dam-break occurs during a flow peak with 1000 years return period. In
the second case, applies the long-term average flow of Peixe River as the
flow rate at the time of the dam-break, configuring a sunny day dam
failure. Results show that the dam-break wave does change not
significantly the downstream conditions. In scenario 1, there is a rise of a
bit more than one meter in the water level. In the second scenario, the
flood wave does not overpass the main channel of Peixe River. Therefore,
the structure was classified as low risk and low associated potential
damage. The results may be used for the elaboration of an Emergency
Action Plan (EAP), to mitigate the effects of dam break events and
provide greater security for the surrounding populations.
xv
xvi
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 - Grandes barragens inauguradas a cada década .................. 32
Figura 3.2 - Barragem de Malpasset antes e depois da ruptura. ............ 34
Figura 3.3 - Barragem de Valmont após a passagem da onda de cheia. 35
Figura 3.4 - Barragem de Orós após a reconstrução ............................. 36
Figura 3.5 - Orifício que provocou o esvaziamento do reservatório. .... 37
Figura 3.6 - Imagem aérea da UHE Campos Novos após o acidente. ... 38
Figura 4.1 - Arranjo ilustrativo da PCH Águas de Ouro ....................... 47
Figura 4.2 – Perspectiva da barragem da PCH Águas de Ouro ............. 48
Figura 4.3 - Localização da PCH Águas de Ouro ................................. 49
Figura 4.4 - Localização da Estação fluviométrica Rio Uruguai .......... 51
Figura 4.5 – Área de drenagem da PCH Águas de Ouro ....................... 52
Figura 4.6 - Condição topográfica a jusante do barramento.................. 53
Figura 4.7 - Distribuição das seções topobatimétricas .......................... 54
Figura 4.8 - Curva cota x volume do reservatório ................................. 56
Figura 4.9 - Uso e ocupação do solo na área diretamente afetada ......... 57
Figura 4.10 - Uso e cobertura do solo na área diretamente afetada. ...... 58
Figura 4.11 - Hidrograma inserido no Cenário 1, com Tempo de Retorno
de 1000 anos .......................................................................................... 61
Figura 4.12 - Curva-chave da Estação Rio Uruguai .............................. 62
Figura 4.13 - Plano de ruptura proposto para a PCH Águas de Ouro ... 63
Figura 4.14 - Sequência de ferramentas aplicada para obtenção da mancha
de inundação.......................................................................................... 64
Figura 5.1 - Comparação entre as curvas-chave da estação e do modelo
HEC-RAS .............................................................................................. 65
Figura 5.2 - Hidrograma gerado na simulação de ruptura da PCH Águas
de Ouro – TR 1000 ................................................................................ 67
Figura 5.3 - Níveis de água no início da simulação (área preenchida) e no
momento do pico de vazão (tracejado).................................................. 68
Figura 5.4 - Hidrograma gerado na simulação de ruptura da PCH Águas
de Ouro – Sunny day ............................................................................. 69
Figura 5.5 - Níveis de água no início da simulação e no momento do pico
de vazão ................................................................................................. 70
Figura 5.6 - Variação do nível de água nos primeiros 30 minutos após a
ruptura ................................................................................................... 71
Figura 5.7 - Condição do rio no momento da ruptura (esquerda) e 73 horas
após a ruptura (direita) .......................................................................... 72
Figura 5.8 - Condição do rio no momento do pico de vazão (esquerda) e
20 minutos após a ruptura (direita)........................................................ 73
xvii
Figura 5.9 - Condição do rio do Peixe 5 minutos após a ruptura,
juntamente com a condição topográfica do vale a jusante. ....................74
Figura 5.10 - Condição inicial do rio (esquerda) e após a completa
dissipação da onda de ruptura da PCH Águas de Ouro (direita) ............75
Figura 5.11 - Condição do rio no momento do pico de vazão (esquerda) e
30 minutos após a ruptura (direita) ........................................................76
Figura 5.12 - Condição do rio do Peixe 5 minutos após a ruptura,
juntamente com a condição topográfica do vale a jusante. ....................77
xviii
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 - Vazões de referência ......................................................... 53
Tabela 4.2 - Cota x Volume do reservatório.......................................... 55
Tabela 5.1 - Classificação quanto a categoria de risco da PCH Águas de
Ouro. ..................................................................................................... 78
Tabela 5.2 - Classificação quanto ao dano potencial associado ............ 78
xix
xx
LISTA DE QUADROS
Quadro 3.1 - Classificação das barragens de acumulação de água........ 45
Quadro 4.1 - Classificação quanto ao dano potencial associado - DPA
(Acumulação de água) ........................................................................... 59
xxi
xxii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xxiii
xxiv
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 27
2. OBJETIVOS .................................................................................... 29
OBJETIVO GERAL ............................................................................. 29
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................... 29
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................... 31
BARRAGENS: ASPECTOS GERAIS E CONTEXTO HISTÓRICO . 31
SEGURANÇA DE BARRAGEM: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE O
TEMA ....................................................................................... 33
3.2.1. Ruptura de barragem: conceitos básicos e casos históricos ............. 33
3.2.2. Legislação de segurança de barragens: uma visão a nível mundial e a
situação no Brasil ....................................................................................... 38
3.2.3. Plano de Ação Emergencial: conceitos básicos e situação no cenário
atual brasileiro............................................................................................ 40
SIMULAÇÃO HIDRODINÂMICA: CONCEITOS BÁSICOS E
APRESENTAÇÃO DO MODELO ............................................................. 41
3.3.1. HEC-RAS .......................................................................................... 42
AVALIAÇÃO DO RISCO: ASPECTOS GERAIS .............................. 43
4. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................... 47
DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................. 47
DADOS HIDROLÓGICOS ................................................................. 50
BASE CARTOGRÁFICA E GEOMETRIA DO MODELO ................ 53
COTA X VOLUME .............................................................................. 55
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .......................................................... 56
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO E DANO POTENCIAL ASSOCIADO ..
....................................................................................... 58
APLICAÇÃO DO MODELO HEC-RAS ............................................. 60
4.7.1. Determinação dos cenários de ruptura ............................................. 60
4.7.2. Calibração do modelo ....................................................................... 61
4.7.3. Simulação hidrodinâmica ................................................................. 62
4.7.4. Geração da mancha de inundação.................................................... 63
5. RESULTADOS ................................................................................ 65
CALIBRAÇÃO DO MODELO ........................................................... 65
SIMULAÇÃO HIDRODINÂMICA .................................................... 66
5.2.1. Cenário 1 – QTR=1000 anos.............................................................. 66
5.2.2. Cenário 2 – Sunny Day ..................................................................... 68
xxv
MANCHAS DE INUNDAÇÃO ........................................................... 72
5.3.1. Cenário 1 – QTR = 1000 anos ............................................................ 72
5.3.2. Cenário 2 – Sunny Day ..................................................................... 74
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO E DANO POTENCIAL ASSOCIADO ..
....................................................................................... 77
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................79
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................81
xxvi
1. INTRODUÇÃO
28
2. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
29
30
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1
O ICOLD (International Comission on Large Dams) classifica
grandes barragens como aquelas com altura superior a 15 metros, ou aquelas
com altura entre 5 e 15 metros e reservatório com mais de 3 km².
31
Figura 3.1 - Grandes barragens inauguradas a cada década
32
SEGURANÇA DE BARRAGEM: CONCEITOS BÁSICOS
SOBRE O TEMA
33
Carmo (2009) complementa esta divisão, através da classificação
da ruptura de acordo com a temporalidade de ocorrência do evento, sendo
elas:
Ruptura total e rápida (ou instantânea);
Ruptura parcial e usualmente rápida;
Ruptura parcial e lenta.
35
(MCCULLY, 2001 apud VERÓL, 2010). A Figura 3.4 apresenta a
barragem de Orós após a reconstrução.
36
Figura 3.5 - Orifício que provocou o esvaziamento do reservatório.
37
Figura 3.6 - Imagem aérea da UHE Campos Novos após o acidente.
40
IV – estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades
potencialmente afetadas em situação de emergência.
Para devida orientação durante a construção do Plano de Ação
Emergencial, o Manual de Segurança e Inspeção de Barragens
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2002) possui um
modelo que engloba todas as obrigações constantes na Lei nº 12.334, de
maneira a exemplificar as etapas de desenvolvimento do PAE, ações para
diferentes tipos de acidente, medidas de ação preventiva e atribuição de
responsabilidades. Ainda segundo o Plano, é necessária a realização de
mapas de inundação, onde serão apresentadas as áreas que serão
inundadas e o respectivo tempo de chegada da onda de cheia até essas
áreas, de forma a facilitar a execução dos planos de evacuação.
No ano de 2012 a Agência Nacional de Águas publicou a
Resolução nº 91, que estabelece a periodicidade de atualização, a
qualificação do responsável técnico, o conteúdo mínimo e o nível de
detalhamento, tanto do Plano de Segurança de Barragem, quanto da
Revisão Periódica (ANA, 2012). Além de regulamentar a Lei nº 12.334,
a Resolução é mais restritiva, uma vez que exige a elaboração de Planos
de Segurança de Barragem mesmo em empreendimentos de baixo risco e
dano potencial associado.
3.3.1. HEC-RAS
onde:
t = variável independente relativa ao tempo (s);
x = variável independente relativa à direção do escoamento (m);
u = velocidade média do escoamento (m/s);
g = aceleração da gravidade (m/s²);
h = espessura da lâmina líquida (m);
S0= declividade média da calha fluvial ou do fundo do canal (m/m); e
Sf= declividade média da linha de energia (m/m), equivalente ao termo
de perda de carga unitária por atrito.
Além de tratar o escoamento de forma unidimensional, aplicar as
equações (1) e (2) ainda traz outras hipóteses simplificadoras, como a
distribuição hidrostática de pressões, que assume a inexistência de
componentes de aceleração no sentido longitudinal. Neste caso,
Mascarenhas (1990) afirma que em situações de escoamento em que haja
um ressalto hidráulico negativo, cria-se uma região com fortes
acelerações verticais, invalidando a hipótese em questão.
Lauriano et al. (2009) cita ainda a perda de carga estimada pela
equação de Manning, a declividade do fundo do canal pequena, o fato do
fluido se tratado como incompressível e homogêneo (massa específica
constante) e a criação de um perfil uniforme de velocidade na seção
transversal do canal, como hipóteses simplificadoras da aplicação das
equações (1) e (2) no estudo da propagação de uma onda de cheia
proveniente da ruptura de uma barragem.
43
avaliação do risco associado à segurança de barragens é um processo
destinado a identificar, simultaneamente, a extensão e a possibilidade das
consequências associadas a acidentes de barragens ou de seus
componentes.
De maneira geral, o risco ao vale a jusante de barragens pode ser
calculado como a probabilidade de ocorrência de um evento adverso
(PEVENTO), como uma cheia extraordinária, por exemplo, combinada com
a probabilidade de ruptura dada a ocorrência deste evento
(PRUPTURA/EVENTO). Assim, no caso específico de barragens, a
quantificação do risco é expressa pela equação (3) (VISEU; ALMEIDA,
2011).
𝑅𝑉𝐴𝐿𝐸 = 𝑃𝐸𝑉𝐸𝑁𝑇𝑂 𝑥 𝑃𝑅𝑈𝑃𝑇𝑈𝑅𝐴 𝑥 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 (3)
𝐸𝑉𝐸𝑁𝑇𝑂
CATEGORIAS CRI
DE RISCO
Faixas de ALTO ≥ 60 OU EC* ≥ 8
Classificação (*)
MÉDIO 35 a 60
BAIXO ≤ 35
(*) Pontuação maior ou igual a 8 em qualquer coluna de Estado de Conservação
(EC) implica automaticamente CATEGORIA DE RISCO ALTA e necessidade de
providências imediatas pelo responsável da barragem
47
Figura 4.2 – Perspectiva da barragem da PCH Águas de Ouro
48
Figura 4.3 - Localização da PCH Águas de Ouro
49
sistema de emergência eficiente, visando a mitigação dos impactos de
ordem social e econômica.
DADOS HIDROLÓGICOS
50
Figura 4.4 - Localização da Estação fluviométrica Rio Uruguai
51
corresponde à vazão igualada ou superada pelo menos uma vez em um
intervalo de 1000 anos.
Para a obtenção das vazões máximas, foram utilizadas as máximas
vazões anuais do registro histórico de dados. Esta opção tem como
justificativa elevar a vazão obtida na distribuição de Gumbel e,
consequentemente, aumentar o fator de segurança.
Além das vazões máximas, foi calculada a vazão média de longo
termo (QMLT), ou seja, a média de todas as vazões registradas no rio no
período em que há observações, de forma a representar estatisticamente a
condição média do rio.
52
Tabela 4.1 - Vazões de referência
Valor calculado para a Vazão corrigida para a área
Vazão de
Estação Rio Uruguai drenagem da PCH Águas de Ouro
referência
(m³/s) (m³/s)
QMLT 119,14 112,80
QTR2 1403,15 1328,52
QTR1000 5347,35 5062,94
53
Figura 4.7 - Distribuição das seções topobatimétricas
54
COTA x VOLUME
55
Figura 4.8 - Curva cota x volume do reservatório
56
Silvicultura: locais destinados ao cultivo agroflorestal ou
reflorestamento;
Solo exposto: áreas desprovidas de cobertura vegetal.
Vegetação arbórea: áreas cobertas por vegetação de porte
arbóreo;
Vegetação rasteira: locais naturalmente recobertos por
vegetação rasteira e/ou arbustiva;
57
Figura 4.10 - Uso e cobertura do solo na área diretamente afetada.
58
Quadro 4.1 - Classificação quanto ao dano potencial associado - DPA
(Acumulação de água)
Volume total
do Potencial de perdas de vidas Impacto
Impacto Ambiental (c)
Reservatório humanas (b) socioeconômico (d)
(a)
SIGNIFICATIVO
(Área afetada da
INEXISTENTE
INEXISTENTE barragem não representa
(Não existem
(Não existem pessoas área de interesse
PEQUENO quaisquer instalações
permanentes/residentes ou ambiental, áreas
≤ a 5 milhões e serviços de
temporárias/transitando na protegidas em legislação
m³ navegação na área
área afetada a jusante da específica ou encontra-
(1) afetada por acidente
barragem) se totalmente
da barragem)
(0) descaracterizada de suas
(0)
condições naturais)
(3)
BAIXO
(Existe pequena
MUITO concentração de
POUCO FREQUENTE
SIGNIFICATIVO instalações
(Não existem pessoas
(Área afetada da residenciais e
MÉDIO ocupando permanentemente a
barragem apresenta comerciais, agrícolas,
5 milhões a 75 área afetada a jusante da
interesse ambiental industriais ou de
milhões m³ (2) barragem, mas existe estrada
relevante ou protegida infraestrutura na área
vicinal de uso local)
em legislação específica) afetada da barragem
(4)
(5) ou instalações
portuárias ou serviços
de navegação) (4)
ALTO
(Existe grande
FREQUENTE
concentração de
(Não existem pessoas
instalações
ocupando permanentemente a
residenciais e
área afetada a jusante da
comerciais, agrícolas,
GRANDE barragem, mas existe rodovia
industriais, de
75 milhões a municipal, estadual, federal
- infraestrutura e
200 milhões m³ ou outro local e/ou
serviços de lazer e
(3) empreendimento de
turismo na área
permanência eventual de
afetada da barragem
pessoas que poderão ser
ou instalações
atingidas)
portuárias ou serviços
(8)
de navegação
(8)
EXISTENTE
(Existem pessoas ocupando
MUITO
permanentemente a área
GRANDE
afetada a jusante da
> 200 milhões - -
barragem, portanto, vidas
m³
humanas poderão ser
(5)
atingidas)
(12)
Fonte: CNRH (2012).
59
Altura da barragem;
Comprimento;
Material de construção da barragem;
Tipo de fundação;
Idade da barragem;
Vazão de projeto.
60
Figura 4.11 - Hidrograma inserido no Cenário 1, com Tempo de Retorno de
1000 anos
61
Figura 4.12 - Curva-chave da Estação Rio Uruguai
62
declividade zero, conforme o recomendado pela literatura supracitada.
Entretanto, para o tempo de ruptura optou-se por uma situação
catastrófica, onde a completa formação da brecha leva apenas 1 minuto.
A Figura 4.13 apresenta o plano de rompimento inserido no modelo HEC-
RAS.
Figura 4.13 - Plano de ruptura proposto para a PCH Águas de Ouro
63
Figura 4.14 - Sequência de ferramentas aplicada para obtenção da mancha de
inundação
64
5. RESULTADOS
CALIBRAÇÃO DO MODELO
65
SIMULAÇÃO HIDRODINÂMICA
𝑉𝑤 .∆𝑇
𝐶= ≤1 (4)
∆𝑋
onde:
C = número de courant;
Vw = velocidade da onda;
∆T = passo tempo;
∆x = distância média entre as seções.
67
Figura 5.3 - Níveis de água no início da simulação (área preenchida) e no
momento do pico de vazão (tracejado)
68
Figura 5.4 - Hidrograma gerado na simulação de ruptura da PCH Águas de
Ouro – Sunny day
69
Figura 5.5 - Níveis de água no início da simulação e no momento do pico de vazão
70
Figura 5.6 - Variação do nível de água nos primeiros 30 minutos após a ruptura
71
MANCHAS DE INUNDAÇÃO
73
Figura 5.9 - Condição do rio do Peixe 5 minutos após a ruptura, juntamente com
a condição topográfica do vale a jusante.
74
Figura 5.10 - Condição inicial do rio (esquerda) e após a completa dissipação da
onda de ruptura da PCH Águas de Ouro (direita)
75
Figura 5.11 - Condição do rio no momento do pico de vazão (esquerda) e 30
minutos após a ruptura (direita)
76
Figura 5.12 - Condição do rio do Peixe 5 minutos após a ruptura, juntamente
com a condição topográfica do vale a jusante.
77
Tabela 5.1 - Classificação quanto a categoria de risco da PCH Águas de Ouro.
Características
PCH Águas de Ouro Pontuação
Técnicas
Altura da barragem
10,0 metros 0,0
(a)
Comprimento (b) 192,0 metros 2,0
Material de
construção da Concreto 1,0
barragem (c)
Tipo de fundação (d) Rocha sã 1,0
Idade da barragem
< 5 anos 4,0
(e)
Vazão de projeto (f) Milenar 5,0
∑ (a até f) 13,0
78
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
79
Estão previstos diversos aproveitamentos hidrelétricos para o
trecho do rio do Peixe analisado neste estudo, assim, recomenda-
se a avaliação de uma possível ruptura em cadeia e a influência
da onda de cheia resultante de tal evento.
O trecho analisado ficou limitado em função da disponibilidade
de dados como ortofotos, topografia e topobatimetria. Para se ter
a dimensão exata do impacto causado pela ruptura, o ideal seria
estender a área de abrangência do modelo até a divisa entre os
núcleos urbanos dos municípios de Ipira e Piratuba a 25 km do
eixo do barramento.
A calibração do modelo foi feita de forma aproximada, uma vez
que não existem medições de cota x vazão próximas à PCH
Águas de Ouro. Para uma calibração mais efetiva, o ideal seria
realizar o levantamento das informações na área de abrangência
do modelo, para então proceder com a análise de sensibilidade,
ajustando os parâmetros necessários para a simulação.
A forma como se deu a ruptura, de forma total e instantânea,
representa uma situação catastrófica. Para que a simulação
represente uma condição mais próxima da realidade, o ideal seria
realizar uma avaliação estrutural, que aponte as áreas mais
prováveis de ocorrência da ruptura e a forma de progressão da
brecha ou do ponto de falência da estrutura.
80
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
81
BRASIL, Lucas Samuel Santos et al. Modelagem Unidimensional de
Onda de Cheia Proveniente de Ruptura Hipotética de Barragem: Estudo
de Caso: Barragem de Rio de Pedras, Minas Gerais, Brasil.. In:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 16., 2005, João
Pessoa. Anais... . Belo Horizonte: UFMG, 2005. p. 1 - 20.
BRASIL. Secretaria de Infraestrutura Hídrica. Ministério da Integração
Nacional. Manual de Segurança e Inspeção de Barragens. Brasília:
Cartaz, 2002. 148 p.
BRUEL, Frank. La catastrophe de malpasset en 1959. Disponível em:
<http://ecolo.org/documents/documents_in_french/malpasset/malpasset.
htm>. Acesso em: 28 set. 2014.
CARMO, José Simão Antunes do. Modelação em Hidráulica Fluvial e
Ambiente. 2. ed. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009.
358 p.
CBDB - COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS. Main brazilian
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1982, 653 p.
CNRH - CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS.
Resolução nº 143, de 10 de julho de 2012. Estabelece Critérios Gerais
de Classificação de Barragens Por Categoria de Risco, Dano
Potencial Associado e Pelo Volume do Reservatório, em Atendimento
Ao Art. 7° da Lei N° 12.334, de 20 de Setembro de 2010.. Brasília, DF,
04 set. 2012.
COLLISCHONN, Walter; TUCCI, Carlos E. M.. Análise do
Rompimento Hipotético da Barragem de Ernestina. RBRH - Revista
Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p.191-206,
jul./dez. 1997. Semestral.
CUNGE, J.A., HOLLY, F.M., VERWEY, A., 1980. Practical Aspects
of Computational River Hydraulics. Boston: Pitman. 420p.
DARU, Rubem Luiz et al. Propagação de ondas de ruptura e Plano de
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