Apostila Da UC 09 Técnicas de Produção de Frutas
Apostila Da UC 09 Técnicas de Produção de Frutas
Apostila Da UC 09 Técnicas de Produção de Frutas
PRODUÇÃO DE FRUTAS
Técnicas de Produção de Frutas
Formação Técnica
Técnicas de Produção
de Frutas
CDU 634
Tópico 9: Agricultura 4.0 - uso de inteligência artificial, deep learning, Big Data,
drones, entre outros, na otimização dos processos e na redução de resíduos
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Capacidades Técnicas
Ao final desta Unidade, você vai desenvolver as capacidades
técnicas, de gestão, e os conhecimentos relacionados aos
tratos culturais, às adubações e/ou à fertirrigação, ao controle
fitossanitário, bem como ao que diz respeito aos resíduos e
seus tipos, para o manejo adequado dos processos de produção
de frutas e de acordo com as legislações.
Com carga horária de 100 horas, a Unidade foi organizada em quatro temas, diversos
tópicos e subtópicos relevantes para a sua formação profissional.
4.1 Tutoramento
5.1 Tipos
5.2 Espécies de insetos
polinizadores
5.3 Morfologia floral das
plantas frutíferas
Tópico 5: Polinização
5.4 Ninhos racionais de insetos
polinizadores
5.5 Espécies silvestre usadas
no pastejo de insetos
polinizadores
Tópico 3: Classificação e
destinação dos resíduos da -
agricultura
Tópico 4: A cadeia da
fruticultura e a segurança -
alimentar
Tópico 7: Resíduos
Tema 4: indiretamente ligados à -
cadeia da fruticultura
Resíduos
Tópico 8: A eficiência
energética aplicada à
cadeia produtiva como -
um agente de redução da
geração de resíduos
Além disso, para fixar seu conhecimento, você vai encontrar atividades que vão permitir
a você colocar em prática o que aprendeu imediatamente após passar pelos conceitos
e teorias.
Comentários do autor
Todas as atividades buscam respeitar seu ritmo de aprendizagem
e são coerentes com o que você será capaz de fazer a partir
dos assuntos abordados.
Ao final desta apostila, é disponibilizado um gabarito para que você verifique suas
respostas.
Bons estudos!
A fruticultura é o conjunto de
técnicas e práticas com o objetivo
de explorar plantas que produzem
frutas comestíveis. O conceito de
fruta e fruto é variável: o primeiro
termo é uma designação comum às
de sabor adocicado e o segundo,
o órgão vegetal gerado das flores
após o desenvolvimento do ovário.
Capacidades Técnicas
Espera-se que, ao final deste tema, você tenha desenvolvido
as seguintes capacidades:
• identificar os instrumentos adequados aos tratos culturais;
• interpretar informações sobre o uso adequado dos
equipamentos;
• definir os tipos de tutoramento dos cultivos;
• definir as técnicas de podas das lavouras;
• identificar os cuidados na utilização dos tratos culturais
para não afetar a qualidade da fruta;
• aplicar mantas, telas ou plásticos, conforme a cultura;
• identificar técnicas e equipamentos para capina manual,
mecanizada ou química;
• identificar técnicas e equipamentos de utilização dos
defensivos agrícolas;
• interpretar informações e aplicar técnicas de manejo
integrado de plantas daninhas;
• identificar a característica do herbicida;
• definir as práticas culturais de controle de plantas
daninhas;
• identificar a evolução da resistência de plantas daninhas a
herbicidas;
• identificar a interação entre herbicida e ambiente;
• identificar a importância das plantas daninhas no manejo
integrado;
• identificar a biologia e o potencial competitivo da espécie
infestante da cultura;
• visualizar os prejuízos que a planta daninha pode causar se
não manejada corretamente;
Além disso, dentro de cada espécie, existem inúmeras variedades ou cultivares com
características específicas e adaptações a cada condição ambiental.
Monocotiledôneas Dicotiledôneas
Leitura Complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, para conhecer as principais plantas frutíferas da classe
das monocotiledôneas e da classe das dicotiledôneas.
A estrutura de uma planta frutífera é composta pelo sistema radicular e pela parte
aérea. No sistema radicular, as raízes e os pelos absorventes garantem a sustentação
e a absorção de água e nutrientes. Já a parte aérea é formada por caule, folhas, flores
e frutos.
a) Raízes
Os tipos mais comuns de raízes são as pivotantes ou axiais, típicas das dicotiledôneas,
e as fasciculadas, ou em cabeleira, típicas das monocotiledôneas. As raízes pivotantes
tendem a atingir maior profundidade no solo, enquanto as fasciculadas são mais
superficiais.
b) Caule
O caule e os ramos formam o esqueleto das plantas e sustentam folhas, flores e frutos.
Embora a maioria das plantas frutíferas seja mais lenhosa, existe uma variação quanto
ao hábito vegetativo. Podem ser classificadas como:
c) Folhas
d) Flores
e) Frutos
Epicarpo ou exocarpo
Endocarpo
Leitura Complementar
Saiba mais sobre as raízes, as folhas e os frutos, acessando o
material complementar, disponível na biblioteca do AVA.
Atividades de aprendizagem
1. As frases a seguir se referem às plantas frutíferas da classe das monocotiledôneas,
exceto:
Tópico 2: Roçagem
A roçagem está dividida em alguns tipos:
Comentários do autor
Nesse processo, pode ser mais difícil conseguir mão de obra
no momento adequado de controle, além de se tornar muito
caro em casos de propriedades maiores, o que inviabiliza sua
adoção.
Também existem roçadeiras mecânicas costais, que podem ser usadas em áreas mais
declivosas e para uma limpeza mais próxima, na linha de plantio, sempre com muito
cuidado para não atingir as plantas.
Comentários do autor
A roçagem mecanizada não permite o controle eficiente
de daninhas na linha da cultura (o que pode ser feito com
roçagem manual) e é também ineficiente quando o solo está
molhado ou infestado de plantas que se reproduzem por partes
vegetativas. Nesse caso, o mais adequado é a realização da
roçagem química.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atenção
Nesse último caso, deve-se tomar o cuidado de não atingir
as plantas do pomar, usando protetores, como o pingente ou
o “chapéu-de-napoleão”, que atuam diminuindo a deriva e
aproximando o produto do alvo, e assim, aumentam a eficiência
da aplicação e minimizam riscos de intoxicação da cultura.
Dica
Outro fato importante é que, por se moverem dentro das
plantas, alguns herbicidas sistêmicos não podem ser aplicados
quando se está próximo da colheita.
A cultura plantada nas entrelinhas exerce efeito supressor nas daninhas presentes na
área, o que dificulta sua emergência e contribui para amortizar o custo de implantação
do pomar. Isso acaba diminuindo a necessidade do emprego de outros métodos de
controle e, consequentemente, gera economia, ainda que indiretamente.
Dica
Ao adotar esse sistema, lembre-se de utilizar tecnologias
recomendadas para cada cultura. Caso a cultura intercalar não
seja possível, você pode utilizá-la como cultura de cobertura,
pois terá o mesmo efeito supressor de daninhas. O retorno
econômico não será direto, com a venda do produto colhido,
mas indireto, com a economia no controle das plantas que
infestam o pomar.
Exemplos de culturas que podem ser implantadas nas entrelinhas são: mucuna-
preta (Stizolobium aterrimum), lab-lab (Dolichos lablab), feijão-de-porco (Canavalia
ensiformis), feijão-caupi (Vigna unguiculata), entre tantas outras.
Fonte: Shutterstock.
Por isso, é possível considerar o manejo das plantas daninhas em um pomar em longo
prazo, mantendo constantemente a integração dos métodos de controle e alternando,
sempre que possível, os métodos de controle de plantas daninhas de modo a diminuir
o aparecimento de espécies resistentes a herbicidas.
Lembre-se sempre de que o herbicida é uma molécula com enorme potencial de danos
ao ambiente. Características de cada produto, como persistência, volatilidade, potencial
de lixiviação, entre outras, devem ser muito bem entendidas de modo a conhecer seu
destino.
Glossário
Lixiviação: No caso do solo, refere-se ao processo erosivo
provocado a partir da lavagem da camada superficial do solo
pelo escoamento das águas superficiais. Geralmente, acontece
em solos sem a cobertura vegetal protetora, o que diminui, em
elevado grau, a sua fertilidade ao longo do tempo.
O uso de herbicidas com a capacidade de ficar fortemente retidos no solo pode levar
a um período residual muito longo que, por sua vez, pode prejudicar a cultura no
futuro ou até outras culturas que venham a ser plantadas em sucessão. Por outro
lado, herbicidas com baixa retenção no solo podem acabar sendo lixiviados, atingindo,
assim, o lençol freático ou até corpos d’água que estiverem próximos.
Vale ressaltar que não existe método de controle ideal, mas sim o método mais
adequado a cada situação e a cada momento. A combinação, por exemplo, de controles
preventivo, cultural e químico tem dado bons resultados, já que consideram o herbicida
apenas como uma ferramenta a mais e não o único método para controlar daninhas
em um pomar.
Ela ainda devolve nutrientes que foram absorvidos pelas plantas daninhas para as
plantas da cultura, em função da sua degradação pelos microrganismos do solo. Além
disso, costuma apresentar uma relação custo-benefício melhor do que a da roçagem
mecânica e se adequa melhor a áreas com terrenos declivosos.
• aumentar a fitotoxicidade;
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize as atividades de aprendizagem a seguir.
4.1 Tutoramento
Atenção
A maioria das espécies frutíferas é vigorosa, mas no início,
as plantas ainda estão frágeis, não conseguem se sustentar
sozinhas e podem quebrar facilmente, principalmente com a
ocorrência de ventos fortes. A movimentação das plantas pode
ocasionar rompimento das raízes em formação e prejudicar o
estabelecimento das mudas em campo.
Gestão de pessoas
Os funcionários devem ser treinados e capacitados
constantemente, utilizando as ferramentas mais adequadas e
afiadas.
a) Formação
b) Frutificação
c) Limpeza
A poda de limpeza é leve e tem por objetivo eliminar ramos fracos, mal localizados,
doentes, secos ou quebrados. Normalmente, é realizada em períodos de baixa atividade
fisiológica da planta, no momento de repouso vegetativo de inverno.
d) Rejuvenescimento
Com isso, espera-se que a planta reative sua produção plena de forma mais rápida do
que se fosse implantar novamente plantas advindas de mudas recém-formadas.
e) Podas em verde
A desbrota deve ser realizada desde o início do cultivo, com o surgimento de brotos no
porta-enxerto, chamados “ladrões”. Na poda de formação, todos os brotos em excesso
deverão ser eliminados e deixadas apenas as pernadas ou os ramos principais. Na
sequência da poda de formação, o mesmo procedimento deverá ser adotado, bem como
a desbrota, periodicamente. Durante a frutificação, também devem ser eliminados os
brotos indesejáveis.
Desfolhar
Atenção
• Folhas localizadas muito próximas aos frutos podem
ocasionar danos por atrito com eles ou mesmo impedir boa
coloração e, por isso, devem ser eliminadas.
Desnetar
Despontar
Glossário
Meristema apical: Meristema apical ou promeristemas são
tecidos vegetais que fazem parte do meristema e dão origem
aos tecidos primários e formam o corpo primário ou estrutura
primária do vegetal.
Extrair perfilhos
Dica
Recomenda-se que a operação da extração de perfilhos seja
realizada quando eles atingirem uma altura entre 25 cm e 90
cm. Deve-se eliminar totalmente a gema apical de crescimento,
para evitar a rebrota do perfilho.
Sexagem
Desbastar
Ralear frutos
O raleio de frutos é a técnica utilizada para reduzir o número de frutos das plantas, o
que permite aos remanescentes ficarem maiores. Isso normalmente confere melhor
qualidade comercial e, consequentemente, atinge melhores preços.
O raleio pode ser manual ou com o uso de produtos químicos – como etefon, ácido
giberélico ou auxinas. A ação desses reguladores depende de espécie, variedade,
estágio de desenvolvimento das plantas, condições climáticas, entre outros fatores.
Leitura Complementar
Confira no material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, outras informações importantes sobre o tutoramento e as
técnicas de poda.
A prática da indução floral consiste no uso de técnicas e produtos específicos para cada
planta frutífera, com o objetivo de uniformizar o florescimento e direcionar a produção
de frutos em épocas de melhores preços.
Atividade de aprendizagem
1. Na cultura da bananeira, descreva como deve ser a desbrota, também chamada
extração de perfilhos.
Tópico 5: Polinização
Polinização é o processo de transferência do grão de pólen das anteras (parte masculina
da flor) para o estigma (parte feminina), que pode ocorrer na mesma flor, de flor a flor
na mesma planta ou de uma flor para outra de outra planta. O objetivo é a formação
das sementes, que estimulam o crescimento da polpa e a consequente formação
completa dos frutos.
Natural
Leitura Complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, para saber mais sobre a polinização cruzada.
Na polinização do maracujazeiro, a
transferência dos grãos de pólen de flor a
flor é feita com os dedos ou com auxílio
de dedeiras de feltro. Normalmente, as
flores do maracujazeiro se abrem no
período da tarde, momento propício para
a polinização artificial.
No caso das anonáceas, deve-se utilizar pincéis com cerdas macias ou bombinhas
polinizadoras. O tamanho dos pincéis varia conforme o tamanho da flor.
Mão na terra
No dia anterior à polinização das anonáceas, algumas flores
no estágio feminino devem ser retiradas das plantas para que,
no dia seguinte, no início da manhã, os grãos de pólen sejam
coletados e depositados em recipientes, com adição de 20% de
talco ou fécula de mandioca. Esses recipientes com os grãos de
pólen são levados ao campo e, com o auxílio do pincel ou da
bombinha polinizadora, depositados no estigma das flores em
estágio feminino.
Plantas com recursos menos atraentes podem ter insetos visitantes mais específicos,
o que pode estar ligado à morfologia das flores, que pode promover ou inibir a visita
dos polinizadores.
Cada placa de madeira tem, em cada um de seus lados, uma lâmina de vidro, através
da qual é possível observar o interior das galerias construídas pela fêmea de Xylocopa,
bem como o conteúdo das células. O número de ninhos de Xylocopa presente em cada
caixa depende do espaço interno com capacidade para abrigar as placas de madeira.
Dica
A cobertura dos ninhos racionais, com uma estrutura que
proteja da chuva e da luz solar diretamente incidente, pode
permitir que as abelhas nidifiquem mais facilmente.
Por esse motivo, torna-se importante preservar tais plantas nativas nas proximidades
do cultivo do maracujazeiro.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atenção
As boas práticas agrícolas são imprescindíveis para a
obtenção de frutos de qualidade, principalmente do ponto de
vista de contaminação por produtos químicos e de natureza
microbiológica.
A área de colheita deve ser roçada para facilitar o deslocamento das máquinas e dos
colhedores. Dessa forma, o pomar fica também mais arejado e permite uma melhor
visualização dos frutos.
Tópico 7: Fitorreguladores
O uso de reguladores vegetais, ou fitorreguladores, no cultivo das plantas frutíferas
tem diversas finalidades, como:
• induzir o florescimento;
• estimular o enraizamento;
• estimular a brotação;
• raleá-los;
7.1 Auxinas
As auxinas têm a função de fazer crescer o caule e as raízes das plantas. As principais
auxinas são:
• AIA (ácido indolacético);
7.2 Giberelinas
7.3 Citocininas
O ácido abscísico (ABA) regula a abertura dos estômatos, a dormência das plantas,
e retarda, na maioria dos casos, seu crescimento e desenvolvimento. Nas plantas de
clima temperado, pode ser utilizado no raleio químico de frutos, quando tiverem de 5
a 15 mm de diâmetro, na dosagem de 300 a 6.000 mg/L.
Dica
O ABA pode ser utilizado também no aumento da coloração
vermelha das frutas, com aplicação 30 dias antes do ponto de
colheita, na dosagem de 400 a 600 mg/L.
7.6 Paclobutrazol
A dosagem recomendada varia entre 0,7 a 2 g de PBZ por metro linear de diâmetro
de copa e deve ser maior nos casos de maior vigor da variedade, solos mais arenosos,
épocas de temperaturas mais elevadas, maior umidade no solo, maior teor de nitrogênio
foliar, entre outros fatores.
7.7 Etileno
O produto químico mais utilizado para liberar etileno é o etefon (ácido 2-cloroetilfosfônico).
Embora o etileno seja um gás, o etefon (produto comercial Ethrel) é líquido e aplicado
via pulverização.
O aumento da coloração vermelha dos frutos pode ocorrer com a aplicação de 100 a
150 mg/L de etefon, cerca de 20 a 30 dias antes da maturação. A maturação dos frutos
pode ser antecipada e uniformizada pela aplicação de baixas concentrações de etileno,
que pode ser feita em câmaras semi-herméticas.
Atenção
As concentrações de etileno são bastante variáveis entre as
espécies e as variedades. Podem ser usados 10 ppm no abacate
e 1.000 ppm na banana.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. No cultivo das plantas frutíferas, o uso de reguladores e fitorreguladores tem
diversas finalidades, como induzir o florescimento, estimular o enraizamento
e a brotação, aumentar o tamanho dos frutos, entre outras. Para realizar essa
atividade, são utilizados muitos produtos. Analise as sentenças a seguir e marque
com V (verdadeiro) as que correspondem a fitorreguladores e F (falso) as que não
correspondem:
b) F, F, V, V, V.
c) F, F, F, V, V.
d) V, V, V, F, F.
e) V, F, V, F, V.
Por exemplo, se na área de 100 m² foram gastos 6 litros de água, aplicando a equação,
chega-se a um volume de calda igual a 600 L/ha.
Para determinar o volume de aplicação, para pulverização em 1 ha, multiplique por 100
o volume pulverizado nos 100 m².
• colete o volume pulverizado por alguns bicos durante o tempo necessário para
que o pulverizador percorra a distância de 50 m. O volume de calda, em litros por
hectare, pode ser determinado com um copo calibrador graduado (disponível em
lojas agrícolas). Para isso, realiza-se a leitura no copo, na coluna correspondente
ao espaçamento entre bicos utilizado. Repita a operação na maioria ou em todos
Dica
Se a recomendação do produto é de 2 L/ha, a capacidade total
do tanque pulverizador é de 600 L e o volume de calda (taxa
de aplicação) é de 300 L/ha, a quantidade de produto a ser
adicionada ao tanque será (600 L / 300 L) x 2 L = 4 L de
produto por tanque.
Antes de finalizar este tópico, que tal fixar os seus conhecimentos? Realize as atividades
de aprendizagem a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. A fruticultura brasileira faz uso de muitos equipamentos para a aplicação de
defensivos. Com base no tema, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas questões
apresentadas a seguir.
( ) É muito importante verificar a bula do produto comercial para verificar se a calda
utilizada está dentro dos limites.
b) F, F, V, V, V.
c) V, V, V, F, F.
d) F, V, V, V, V.
e) V, V, V, V, F.
Encerramento do tema
Nesse tema, você revisou conceitos de botânica e fisiologia vegetal, aprendeu os
principais métodos de roçagem e as técnicas de manejo integrado de plantas daninhas.
Também conheceu as técnicas de condução da lavoura, os cuidados adotados antes da
colheita, os mecanismos de polinização, os fitorreguladores, além de instruções de uso
de equipamentos em operações mecanizadas.
Você vai encontrar, nesse tema, tópicos que abordam, de forma geral, os principais
danos causados por pragas e doenças, as condições de ambiente que poderão
potencializá-los e a forma de amostrá-los e quantificá-los. Serão descritos também, de
forma breve, os principais métodos de controle de doenças e pragas.
Glossário
Sistemas: O termo “sistema” significa “combinar”, “ajustar”,
“formar um conjunto”. De modo geral, pode-se dizer que
um sistema é um grupo de elementos interdependentes que
formam um grupo maior.
Glossário
Estágio fenológico da planta: As plantas apresentam diversos
estágios de crescimento e de desenvolvimento, em diferentes
épocas de ocorrência e com diferentes características.
Além disso, alguns danos provocados por pragas e sintomas de doenças nas culturas
podem ser confundidos com os efeitos provocados nas plantas, pela ação de fatores
abióticos como estresse hídrico, excesso de umidade, chuva de granizo, fitotoxidez
causada pela aplicação de herbicida, deficiência ou toxidez provocada por nutrientes.
Atenção
Identificar tais ocorrências na área de cultivo se torna de
extrema importância, pois evita possíveis erros de diagnose
no campo.
Os fitopatógenos causadores de
doenças em plantas podem infectar
um ou mais órgãos da mesma planta,
causando sintomas característicos e
com severidade que, geralmente, varia
de uma região para outra, a depender
do inóculo existente no campo, das
condições climáticas e do manejo das
culturas.
Fonte: Shutterstock.
Glossário
Severidade: Proporção ou porcentagem de área ou volume
de tecido coberto por sintomas. A severidade é utilizada para
quantificar doenças foliares, por meio de chaves descritivas,
escalas diagramáticas, análises de imagem de vídeo por
computador e sensoriamento remoto.
• morte de plântulas;
• murchas vasculares;
• manchas foliares; e
Atenção
As pragas causam danos diretos, quando atacam os produtos
a serem colhidos, ou indiretos, quando atacam as partes da
planta que não serão comercializadas. O ataque da praga afeta
estruturas de modo a alterar os processos fisiológicos, o que se
reflete na produção.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
a) Insetos mastigadores
b) Minadores e broqueadores
A forma larval da praga ataca folhas, talos, frutos e tronco e constrói galerias.
Lepidoptera
Fonte: Shutterstock.
Coleoptera
Abacaxi - caruncho-do-abacaxi
(Parisoschoenus ananasi).
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
c) Vetores de doenças
Fonte: Shutterstock.
Abacaxi - Cochonilha-do-abacaxi (Dysmicoccus brevipes).
d) Insetos raspadores-sugadores
Exemplo:
Thysanoptera
Fonte: Shutterstock.
e) Insetos perfuradores-sugadores
Exemplo:
Hemiptera
Fonte: Shutterstock.
Alimentam-se de vegetais. Perfuram e sugam a seiva de diversas partes da planta,
causando danos nem sempre aparentes. O maior perigo representado pelos insetos
dessa ordem é que alguns são vetores de doenças.
Glossário
Substrato: Base que serve de suporte aos organismos vivos,
ou seja, que a planta utiliza como meio de crescimento.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Comentários do autor
Vários patógenos, como fungos e bactérias, causam manchas
foliares. Para essas doenças, de um modo geral, a umidade
é o fator mais crítico, pois, com a umidade adequada (filme
de água sobre o tecido vegetal ou umidade relativa elevada),
a doença pode ocorrer numa faixa relativamente ampla de
temperatura.
Atenção
Os fatores climáticos, como temperatura e umidade do ar
ou solo, podem afetar a biologia das pragas e seus inimigos
naturais, bem como afetar o crescimento do vegetal e deixar
as plantas mais suscetíveis a populações e insetos.
A tomada de decisão para evitar a ocorrência de danos nas culturas pode ser orientada
por duas abordagens: uma que leva em conta o nível de dano econômico e outra, o
período crítico de infecção (PCI).
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize as atividades de aprendizagem a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. Em um pomar de frutíferas, quais tipos de danos os insetos-praga podem provocar?
a) Desfolham as plantas:
b) Sugam seiva:
d) Atacam as raízes:
Hábitos:
a) Mastigador desfolhador
d) Raspador-sugador
Espécies de inseto-praga
Nível de equilíbrio
O momento de controle, isto é, o período e o local para efetuar o controle, deve ser
alicerçado:
• no valor da produção (qualquer produto mensurável de valor econômico de uma
plantação);
Fonte: Shutterstock.
Comentários do autor
Após a aplicação de um determinado método de controle,
a depender do ciclo da praga e do período crítico para sua
incidência, normalmente reiniciam-se as amostragens em um
período de 7 dias para doenças e 15, para os insetos, que
devem ser continuadas até que a cultura não sofra mais risco
de ataque, o que, normalmente, acontece após a colheita.
Informação Extra
Alguns sistemas de amostragem de doenças de frutíferas em
sistemas de produção integrada podem ser utilizados como
base para tomadas de decisão. O tamanho dos talhões, órgãos
e os números de avaliação são bastante variáveis e podem ser
encontrados nos sites da Embrapa.
Propõe-se que a área a ser amostrada seja dividida em talhões que serão constituídos
pela cultura de mesmo genótipo, idade, espaçamento, sistema de condução, tipo de
solo e topografia. Nesses talhões, deverão ser determinados pontos de amostragem a
ser realizada na época de maior ocorrência da praga e de acordo com a fenologia da
frutífera.
Dica
A frequência de amostragem deve ser quinzenal, em períodos
de baixa incidência da praga, e semanal, na época de maior
intensidade de ataque.
Para isso, são propostos alguns níveis de controle de pragas de frutíferas tropicais
cultivadas no Brasil baseados nos diferentes tipos de praga existentes como:
Fonte: Shutterstock.
Esses níveis de controle são determinados de modo a reduzir os impactos que a doença/
praga poderá causar no retorno financeiro da cultura.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. O manejo integrado de pragas e doenças é uma estratégia de controle múltiplo de
infestações que se fundamenta no controle ecológico e nos fatores de mortalidade
naturais. (Fonte: https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_
impactos2/agricultura/agr_acoes_resultados/controlando_pragas_de_maneira_
ambientalmente_correta/. Acesso em: 19 abr. 2021.).
b) Para realizar o diagnóstico de pragas e doenças que ocorrem nas áreas de cultivo,
conhecer o histórico é desnecessário.
o valor da produção;
Para a redução de populações de pragas no campo, pode-se lançar mão de uma série
de práticas: controle químico, controle biológico, controle comportamental, variedade
resistente, controle genético, controle cultural, controle físico e controle mecânico.
Os métodos de controle de pragas podem ser de diferentes tipos. A seguir, você vai
conhecê-los.
Atenção
Deve-se observar alguns aspectos, como seletividade de
inseticidas, rotação de produtos, uso de espalhantes adesivos
na calda, emprego de equipamento de proteção individual pelos
aplicadores, descarte correto de embalagens, armazenamento
adequado dos produtos, prevenção e cuidados para se evitar
intoxicações e treinamento dos aplicadores.
b) Controle biológico
c) Controle comportamental
e) Controle genético
Fonte: Shutterstock.
f) Controle cultural
g) Controle físico
Informação Extra
O uso de tratamento hidrotérmico para eliminação de larvas
de moscas-das-frutas nos frutos é uma prática exigida para a
exportação de manga para países como os EUA, onde existe
controle de espécies quarentenárias dessa fruta. O método
consiste na imersão dos frutos em água aquecida a uma
temperatura fixa, por determinado tempo, a depender do seu
peso.
h) Controle mecânico
Trata-se do uso de técnicas que possibilitem a eliminação direta das pragas (ovos,
larvas ou ninfas e/ou insetos adultos facilmente visíveis, como pulgões e lagartas).
É uma prática de uso limitado, restrita a pequenas áreas e pomares com plantas
de pequeno porte, em função da mão de obra disponível. São usadas barreiras que
possam impedir ou dificultar o acesso do inseto ao interior de instalações de viveiros.
a) Controle químico
Dica
Nematicidas são produtos químicos utilizados no controle de
nematoides fitopatogênicos e aplicados diretamente no solo.
Saiba mais
Os defensivos agrícolas são registrados no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e podem ser
acessados na área “Agrofit” do site www.agricultura.gov.br.
b) Controle biológico
Fonte: Shutterstock.
Comentários do autor
Os produtos biológicos são registrados no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por alvo biológico
(patógenos) e não por cultura. São aptos a todas as culturas e
assumem grande importância nos casos em que não existem
produtos químicos registrados para o controle de doenças em
várias culturas.
c) Controle genético
Fonte: Shutterstock.
d) Controle cultural
Existem várias práticas culturais que os produtores realizam antes, durante ou após
o plantio de frutíferas que podem reduzir o desenvolvimento da doença, das quais
destacam-se:
Quebra-ventos
Adubação equilibrada
Drenagem
Poda/desfolha
A poda pode ser feita com o objetivo de aumentar a aeração na copa das plantas
e, com isso, desfavorecer o microclima para os patógenos. Também objetiva
retirar ramos, galhos e ponteiros doentes para retirar o inóculo inicial. A poda de
ramos doentes e secos é uma medida adotada em citros para o controle de cancro
cítrico, clorose variegada dos citros (CVC), melanose, rubelose, leprose e podridão
peduncular.
e) Controle físico
Tratamento hidrotérmico
Para doenças que ocorrem na pós-colheita e afetam a qualidade dos frutos que
serão consumidos no Brasil. Frutos que serão exportados devem ser submetidos ao
tratamento hidrotérmico ou químico, que consiste em introduzir os frutos em tanques
com água, que deve ser mantida em um binômio tempo x temperatura ideal para
matar o patógeno nos frutos e não alterar suas características fisiológicas.
Refrigeração
Glossário
Chilling: Também conhecido como friagem, é uma perturbação
fisiológica nos frutos, que ocorre em temperaturas inferiores a
12 °C e prejudica os tecidos, principalmente os da casca.
Leitura Complementar
No material complementar, disponível na biblioteca do AVA,
aproveite para conhecer diferentes pragas e doenças que
atacam o abacaxizeiro, além de técnicas de manejo integrado
para cada caso.
Atividades de aprendizagem
1. Sobre as medidas de controle biológico, cultural e físico, marque F (falso) ou V
(verdadeiro) para as seguintes afirmativas:
b) ( ) A utilização de ceras e filmes plásticos para envolver frutas é uma técnica que
altera a concentração de gases e, dessa maneira, retarda o amadurecimento e a
senescência dos frutos e, indiretamente, controla as doenças.
III. Os fungicidas mesosistêmicos são substâncias biocidas que podem formar uma
camada protetora e atuar como um fungicida protetor e, ao mesmo tempo, serem
absorvidos e distribuídos pela planta de modo a atuar como fungicida sistêmico,
capaz de matar o fungo após a infecção ter sido iniciada.
a) I e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
Encerramento do tema
Nesse tema, você conheceu as pragas e as doenças que podem prejudicar toda a
plantação, reduzir a produtividade e a qualidade dos frutos, aumentar os custos e
depreciar o valor de mercado. Aqui, você também aprendeu, brevemente, os principais
métodos de controle de doenças e pragas.
Um resultado de análise laboratorial suspeito pode ser verificado por meio da repetição
da análise, mas não há possibilidade de corrigir os erros da amostragem.
Solo
Os solos são normalmente heterogêneos. Por essa razão, deve-se dividir a propriedade
em glebas uniformes, de modo a levar em consideração cor, posição no relevo, textura,
histórico da área (calagem e adubações), erosão, drenagem etc. Uma orientação muito
comum é a de coletar 20 amostras simples por amostra composta, de modo aleatório,
na área.
Amostra 1
Tecido vegetal
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. A análise de solo visa à realização de um diagnóstico de sua fertilidade. E quanto
à análise foliar? Que tipo de informações ela fornece?
Fonte: Shutterstock.
Comentários do autor
Ressalta-se que o sintoma visual de deficiência ou toxidez
é o último passo de uma série de problemas metabólicos,
irreversíveis. Quando aparecem, de maneira geral, a produção
já foi comprometida.
Pode haver situações em que o crescimento e a produção são limitados, sem que a
sintomatologia se manifeste. Trata-se então da chamada “fome ou toxidez oculta”, que
ocorre quando a carência ou o excesso são mais leves (FAQUIN, 2002).
Os sintomas de origem nutricional podem se confundir com outros, gerados por fatores
não nutricionais, o que dificulta o diagnóstico. Fatores bióticos e abióticos podem
induzir sintomas parecidos com os nutricionais, tais como os relacionados a pragas
e doenças, os climáticos (sol, ventos frios, seca), os físicos do solo (compactação,
afloramento de rocha, alagamento) e a toxidez por produtos químicos (herbicidas,
defensivos) (FAQUIN, 2002).
Glossário
Bióticos e abióticos
• Componentes bióticos são todos os seres vivos que atuam
em determinado ecossistema, como os animais e os
vegetais.
Na diagnose foliar, são analisados os teores dos nutrientes nas folhas – em períodos
definidos da vida da planta – e comparados com padrões nutricionais da literatura. O
entendimento da relação entre o teor foliar e o crescimento ou produção da planta é
essencial para a interpretação dos resultados da análise foliar.
O gráfico a seguir é uma representação geral típica de todas as situações que podem
ocorrer, tendo em vista que tanto o teor foliar quanto a produção são em função da
fertilidade do solo ou da dose de adubo (FAQUIN, 2002).
SINTOMAS IV SINTOMAS
V
Crescimento ou produção
VISUAIS DE VISUAIS DE
DEFICIÊNCIA TOXIDEZ
III
VI
FAIXA ADEQUADA
II
FAIXA DE CONSUMO DE LUXO
DEFICIÊNCIA
LEVE
I FAIXA DE TOXIDEZ
Atenção
Segundo Faquin (2002), a medição indireta da clorofila afere
maior ou menor intensidade de cor verde, e o uso do aparelho
exige a atenção para algumas condições que podem alterar os
resultados:
Atividade de aprendizagem
1. Os sintomas de origem nutricional podem se confundir com outros, gerados por
fatores não nutricionais, bióticos (ataque de pragas ou doenças) ou abióticos (sol,
vento, frio, seca ou calor). Quais características devem ser observadas nas plantas
para se considerar o sintoma como de deficiência nutricional? Cite e explique.
• Boro (B)
• Cloro (Cl)
• Cobre (Cu)
• Nitrogênio (N)
• Ferro (Fe)
• Fósforo (P)
• Manganês (Mn)
• Potássio (K)
• Molibdênio (Mo)
• Cálcio (Ca)
• Níquel (Ni)
• Magnésio (Mg)
• Zinco (Zn)
• Enxofre (S)
• Carbono (C)
• Hidrogênio (H)
• Oxigênio (O)
Nitrogênio
Fósforo
Enxofre
Informação Extra
Informações sobre as características físicas e a concentração
dos principais fertilizantes utilizados no Brasil podem ser
encontradas na publicação Fertilizantes: cálculo de fórmulas
comerciais, dos pesquisadores Paulo Espíndola Trani e André
Luis Trani, do Instituto Agronômico (IAC).
Glossário
Solubilidade: Propriedade física das substâncias de se
dissolverem, ou não, em um determinado líquido.
Atividade de aprendizagem
1. Hoje a nutrição das plantas é baseada larga ou exclusivamente no emprego de
adubos minerais ou químicos, embora não se negue o valor dos adubos orgânicos,
usados sempre que viável técnica e economicamente. Como regra geral, emprega-
se, em uma cultura comercial, adubos nitrogenados, fosfatados e potássicos.
Muitas vezes, são necessários também adubos que contenham enxofre, magnésio
e micronutrientes. Assinale a alternativa que indique 2 fertilizantes que contenham
N, P e K, respectivamente.
Tópico 4: Calagem
Segundo Lopes et al. (1990), no Brasil, entre os vários métodos para recomendação de
calagem, são utilizados principalmente três, além de algumas variações locais.
Em que:
Esse método foi adotado inicialmente no estado de São Paulo e, mais recentemente,
no Paraná, por constituir um critério com maior embasamento teórico e por ser
mais flexível. Baseia-se na relação existente entre pH e saturação por bases.
100
Em que:
NC = necessidade de calcário;
f = 100/PRNT.
A calagem fornece Ca e Mg, eleva o pH, reduz o teor de Al+3, Mn+2 e Fe+3, aumenta a
disponibilidade de N, P, K, Mg, S e Mo, melhora a atividade da microbiota, diminui a
fixação do P e aumenta a eficiência de fertilizantes, a capacidade de troca de cátions
do solo e a produtividade das culturas.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Fonte: Shutterstock.
A primeira informação necessária é sobre a proporção de N, P2O5 e K2O que deve ser
misturada. Em segundo lugar, é necessário saber quais adubos podem ser misturados,
conforme mostra a imagem a seguir:
Adubos orgânicos
C C C Nitrocálcio I Incompatíveis
C C C C Nitrato de amônio
C C C C C Sulfato de amônio
C C C I I C Ureia
C C C C C C C Farinha de ossos
C C C C C C C C Fosfatos naturais
C C C C C C CL C C Superfosfatos simples
C C C C C C CL C C C Superfosfatos triplo
C C C C C C C C C C C MAP
C C C C C C C C C CL CL C DAP
I C CL I I I I I I I I I I Escórias
I C CL I I I I I I I I I I C Termofosfato
C C C C C C C C C C C C C CL CL Cloreto de Potássio
C C C C C C C C C C C C C CL CL C Sulfato de potássio
C C C C C C C C C C C C C I I C C Sulfato de potássio e magnésio
I C CL I I I I I I I I I I C C CL CL I Cal virgem, hidratada e calcários calcinados
I C CL I I I I I I I I I I C C CL CL C C Calcários
Compatibilidade entre fertilizantes e corretivos para misturas a serem aplicadas no solo.
Fonte: Adaptado de Silva e Lopes (2012).
Nem sempre a adubação resulta nas produções esperadas. Alguns fatores relacionados
ao solo, ao adubo e à prática da adubação podem ser apontados como causadores
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Para serem atendidas as necessidades das plantas, são empregados macro e
micronutrientes na adubação. Sobre esse assunto, analise as sentenças a seguir e
as classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F).
b) V, V, V, V, F.
d) F, V, F, V, F.
e) V, V, F, F, V.
Trata-se de uma ferramenta eficaz de manejo que possibilita identificar, por meio da
observação dos caracteres morfológicos da planta, o momento fisiológico ao qual se
encontram associadas as necessidades nutricionais do vegetal.
No que tange à época da adubação, é preciso ter atenção aos seguintes conceitos:
Dica
Os micronutrientes podem ser aplicados, na maior parte
das vezes, no solo (Zn e B) ou via foliar (Cu, Mn e Mo). Sua
eficiência será em função da fonte utilizada (quelato, sulfato
ou óxido) e de fatores ligados à prática da aplicação.
Tópico 7: Distribuição
Existem, basicamente, três formas de aplicação de fertilizantes:
a) Adubação de cobertura
Dica
Em se tratando de mudas, o adubo deve ser bem misturado
com a terra do sulco.
Deve-se aplicar o material em faixas cuja largura é igual ao raio da copa, todo ele sob
a copa, ou saia, ou 2/3 embaixo e 1/3 para fora da copa.
b) Adubação de base/formação/produção
c) Adubação foliar
a) Lanço/área total
b) Localizada/sulco/coroa/circular
Utilizada como adubação de cobertura, quando as plantas estão com sistema radicular
desenvolvido. É mais comum para nutrientes com pouca mobilidade no solo, como o P.
c) Adubação foliar
Comentários do autor
Nessa forma de aplicação, os nutrientes aplicados não sofrem
com os inúmeros processos de perda, como no solo; além de
haver maior aproveitamento dos nutrientes e distribuição mais
uniforme.
d) Fertirrigação
Leitura Complementar
Para ampliar seus conhecimentos, no material complementar
disponível na biblioteca do AVA, há um glossário com as
principais palavras abordadas nesse tema. Não deixe de
conferir.
Antes de finalizar este tópico, que tal fixar os seus conhecimentos? Realize a atividade
de aprendizagem a seguir.
a) Adubação de cobertura:
b) Adubação de base/formação/condução:
c) Adubação foliar:
Encerramento do tema
Nesse tema, você estudou técnicas de coleta e interpretação de amostras do solo. Além
disso, conheceu as principais formas de adubação, os principais nutrientes usados na
agricultura, e entendeu como é realizada a diagnose nutricional e a preparação de
misturas para obter melhores resultados no desenvolvimento das plantas.
Antes de adentrar qualquer discussão sobre esse tema, é muito importante abordar de
forma preliminar alguns aspectos que o embasam do ponto de vista mais amplo. Dessa
forma, pode-se abordar essa preleção sob duas óticas complementares e, somente
após, abordar com a devida contextualização o tema.
Capacidades Técnicas
Espera-se que, ao final do tema, você tenha desenvolvido as
seguintes capacidades:
• identificar os tipos de resíduos;
Agora, que tal entender como a humanidade chegou até a Revolução Industrial? Veja:
1.3 Globalização
Após a Revolução Industrial, a população cresceu, ficou mais exigente e passou, cada
vez mais, a consumir. Assim, as necessidades aumentaram e, com isso, a pressão
sobre o meio ambiente e seus recursos naturais também cresceu.
Há, hoje, uma maior necessidade de energia para a produção, e os resíduos começam a
se tornar um problema, tanto no que diz respeito ao seu destino quanto ao desperdício
e à ineficiência nos processos.
Finalmente, a globalização, que foi a derrubada das fronteiras entre países, criou, a
partir do século XX, um mundo onde o comércio, a economia, a cultura e o conhecimento
não são limitados por fronteiras.
Dessa forma, se, por um lado, a globalização aumenta o consumo de recursos, por
outro, cria uma forte rede de interação entre conhecimentos mundiais e de técnicas
para redução dos impactos causados pela exploração dos recursos naturais. Nesse
ambiente, surge o tema “sustentabilidade” e, englobada por ele, a preocupação com
os resíduos.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. A agricultura passou por muitos eventos na história e todos foram bastante
significativos. Com base nas informações do tema, analise as afirmativas a seguir:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) III e IV.
d) I e II.
Os resíduos podem ter diversas definições diferentes, como resto da produção, aquilo
que não é aproveitado, sobra dos processos, rejeito de atividades humanas e
animais, entre outras, mas você conhece os conceitos definidos em lei?
Saiba mais
A Lei nº. 12.305, de 2010, que institui a Política Nacional dos
Resíduos Sólidos, é um material relevante para aqueles que
pretendem atuar em processos produtivos da fruticultura. Você
pode acessá-la no AVA.
A norma que classifica os resíduos sólidos é a NBR nº. 10.004 - Resíduos Sólidos –
Classificação, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 2004,
que tem como objetivo a classificação quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente
e à saúde pública, de forma a permitir o mais eficiente gerenciamento desses resíduos.
Segundo a NBR nº. 10.004, os resíduos sólidos são classificados em Resíduos Classe
I – Perigosos e Resíduos Classe II – Não perigosos.
São aqueles que não se enquadram em nenhum dos resíduos da classe I ou da classe
II B, conforme a NBR nº. 10.004. Resíduos não inertes podem ter propriedades,
tais como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
São aqueles que não têm nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade de água, com exceção de aspecto, cor,
turbidez, dureza e sabor, conforme a norma.
Dica
Os conceitos de classificação de resíduos apresentados
são preliminares para fins de embasamento e devem ser
aprofundados e detalhados para sua completa compreensão.
Por isso, busque se aprofundar na Norma ABNT NBR nº.
10.004, de 2004, com tabelas, parâmetros e anexos que
detalham as especificações de cada tipo de resíduo aqui
apresentado e constituem-se em leitura obrigatória para seu
total entendimento.
Pesa ainda o fato de o Brasil ser um país com dimensões continentais, o que implica
em diversidade ainda maior, pois os fatores edafoclimáticos (solo e clima) variam
fortemente. Com isso, variam também as características das cadeias produtivas, como
as frutas de clima tropical, subtropical e temperado.
Comentários do autor
Diante da dificuldade em determinar todos os resíduos desse
grande setor, a melhor forma de abordar o tema é trabalhar
genericamente, para que se construa um conhecimento básico
e, posteriormente, os interessados possam se aprofundar na
cultura de interesse.
Plantio
Irrigação
Poda e raleio
Colheita e pós-colheita
Resíduos gerados:
• resíduos da construção civil (RCC);
Atenção
Se o terreno é coberto por vegetação florestal nativa, é
necessário se certificar de que todas as premissas legais e
ambientais sejam atendidas para não correr o risco de operar
na ilegalidade.
Resíduos gerados:
• resíduos vegetais da supressão da vegetação;
c) Plantio
Em geral, esse processo é manual e feito com o auxílio de ferramentas simples, como
plantadeiras, enxadas e cavadeiras, mas, eventualmente, pode ser mecanizado.
Resíduos gerados:
• mudas descartadas;
d) Irrigação
Resíduos gerados:
• aparas e pedaços de mangueiras;
De forma menos usual, existe também a pulverização aérea executada por aeronaves.
f) Poda e raleio
Em muitas das culturas de frutas, a poda é uma forma de conduzir a planta, para que
sua arquitetura, fisiologia e sanidade se adequem a um perfil de máxima produtividade.
Resíduos gerados:
• resíduos orgânicos vegetais resultantes da poda;
• caixotaria descartada;
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Resíduos são gerados durante todo o processo de produção na fruticultura, do
preparo do solo até a comercialização. Com base nessas informações, considere:
I. mudas descartadas;
Para facilitar o entendimento dessa classificação, uma tabela foi criada com o resultado
da análise. Acompanhe:
Aparas de tubos,
conexões,
Restos de
aspersores e Reciclagem ou
tubulação plástica Classe II B
gotejadores de aterro sanitário.
de irrigação
material plástico
rígido.
Aquelas que
Mudas fora da estiverem
conformidade ou contaminadas
Mudas Classe II B
infectadas por proceder a queima;
patógenos. as demais,
compostagem.
Embalagens
de um ou mais
Embalagens
componentes
plásticas de Reciclagem ou
do substrato e Classe II B
fertilizantes ou aterro sanitário.
nutrientes para
substratos
preparo de calda
para fertirrigação.
Massa vegetal
composta da
Resíduos vegetais Material lenhoso:
vegetação original
de supressão da Classe II B energia de
do terreno contendo
vegetação biomassa material.
galhos, caules,
folhas e raízes.
Recipientes de óleos
Recipientes de Aterros
de motor, óleos
insumos das Classe I industriais ou
hidráulicos, graxas
máquinas (trator) coprocessamentos.
etc.
Fumaça da Resultado da
Manutenção
combustão dos combustão dos -
preventiva.
motores motores.
Peças irrecuperáveis
Peças dos motores e Aterros
inutilizadas dos implementos Classe I industriais ou
equipamentos de máquinas e coprocessamentos.
equipamentos.
Óleo hidráulico,
Aterros
Óleos, graxas e óleo lubrificante,
Classe I industriais ou
combustíveis graxa e líquidos
coprocessamentos.
para arrefecimento.
Marmitas de
alumínio, copos
descartáveis, latas,
Lixo doméstico
caixas longa-vida,
(gerado pela Classe II B Aterro sanitário.
cigarros, garrafas
equipe)
de plástico, restos
de comida, papel
higiênico etc.
Restos de fiação e
Peças oriundas fita isolante e peças Aterros
de manutenção irrecuperáveis do Classe I industriais ou
de bombas motor elétrico e da coprocessamentos.
bomba.
Embalagens de
Embalagens plástico rígido
vazias de de herbicidas,
Classe I Logística reversa.
defensivos pesticidas,
agrícolas fungicidas,
inseticidas etc.
Resíduos
orgânicos Material lenhoso:
Folhas e galhos da
vegetais Classe II B energia de
cultura.
resultantes da biomassa material.
poda
Frutas danificadas,
Frutas com partes
descartadas ou deterioradas, Compostagem ou
Classe II B
impróprias para atacadas por incineração.
consumo doenças e/ou
insetos.
Caixas de
Caixotaria acondicionamento Energia de
Classe II B
descartada das embalagens de biomassa.
frutas danificadas.
Massa orgânica
Restos orgânicos vegetal composta Material lenhoso:
de erradicação de de troncos, raízes, Classe II B energia de
culturas galhos e folhas da biomassa material.
cultura.
Atenção
Caso o gerador do resíduo classe I não tenha possibilidade
de incinerá-lo, existem empresas especializadas em coleta
e tratamento desses resíduos que, posteriormente, emitem
certificados de neutralização de produtos perigosos.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Os resíduos sólidos são classificados em Classe I e Classe II B de acordo com a
Norma ABNT NBR nº 10.004, de 2004. Com base nessas informações, analise as
afirmativas a seguir:
a) II e III.
c) I e IV.
d) II.
e) I, III e IV.
Uma vez entendido que as boas práticas de produção geram menos resíduos
e os tratam de forma menos nociva ao meio ambiente, o contrário também
é verdadeiro, pois práticas inadequadas geram maiores volumes de resíduos com
maiores riscos ambientais.
Leitura Complementar
Para que você tenha maior intimidade com esse tema e possa
entendê-lo no contexto da gestão ambiental, com enfoque
nos resíduos, acesse o material complementar, disponível na
biblioteca do AVA, e leia o tópico “A cadeia da fruticultura e a
segurança alimentar”.
Glossário
Profilaxia: O termo significa “prevenção” e é muito utilizado
nas áreas médicas, como o conjunto de medidas de prevenção
de doenças. Na agricultura e, por consequência, na fruticultura,
o termo deve ser entendido como as ações que devem ser
implementadas como forma de prevenção à disseminação de
doenças e substâncias indesejadas à saúde e ao meio ambiente.
Para falar de profilaxia, é preciso, antes, desenvolver o conceito de “boas práticas”, que
são aquelas mais adequadas à produção, comercialização, manipulação e higiene em
torno de um produto.
A seguir, serão feitas algumas considerações quanto aos procedimentos para profilaxia
de áreas e equipamentos. Também será abordada a questão “higiene”, com base
no Manual de Boas Práticas Agrícolas, do Programa Alimento Seguro (PAS), editado
em 2004 por um grupo de instituições importantes em todas as etapas das cadeias
agropecuárias, dentre elas o Senai, o Senar, a Embrapa e o Sebrae.
b) Condição de saúde
Ainda de acordo com o Manual, pessoas com suspeita de contaminação por doença,
em que o agente é passível de ser transmitido por produtos agrícolas, não podem ficar
nas áreas de manuseio ou manusear o produto agrícola ou de outra forma, quando e
onde houver a possibilidade de contaminar o produto.
c) Higiene pessoal
Roupas, sapatos e acessórios não podem ser fonte de contaminação de perigos físicos
e biológicos (Manual de Boas Práticas Agrícolas e APPCC, 2004).
d) Comportamento pessoal
Atenção
Pulseiras, anéis, brincos e outros adornos, além de serem
uma fonte de contaminação, ainda correm o risco de se
desprenderem do corpo e contaminarem os alimentos, sem
falar do risco de segurança do trabalho, pois podem se prender
em peças móveis de máquinas e causar acidentes.
Além das especificações técnicas, indicadas pelo fabricante, por meio do seu manual
do proprietário ou da instrução de seus técnicos, algumas práticas são importantes no
sentido de se eliminar riscos de contaminação trazidos pelos equipamentos, tais como:
Se necessário, aplicação de
solução desinfetante
(hipoclorito, por exemplo).
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Fonte: Shutterstock.
Armazenamento Armazenamento de
de água no gelo água na atmosfera
Condensação
Escoamento
superficial
Evapotranspiração
Infiltração
Descarga do aquífero
Evaporação
Armazenamento de
água subterrânea Armazenamento de
água nos oceanos
Ciclo da água.
Fonte: Adaptado de Shutterstock.
Atenção
Adequar o agroquímico ao seu uso e conhecer as condições
ambientais são conhecimentos primários para a boa gestão
desses resíduos.
Diante disso, é possível analisar o gráfico a seguir, que apresenta as condições em que
se apresentam os resíduos de defensivos agrícolas para 12.051 amostras de alimentos
coletadas em todo o território nacional, executadas entre 2013 e 2015 pelo Programa
de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) (Anvisa, 2016).
Amostras com
resíduos ≤ Amostras sem
LMR 38,3% resíduos
detectados
42,0%
Amostras
insatisfatórias
19,7%
16,70%
15
10
5
1,68%
1,33%
0
Não autorizado > LMR > LMR e não
para a cultura autorizado
para a cultura
Repare que, das 19,7% das amostras consideradas irregulares, 16,7% estavam
contaminadas por produtos não autorizados para a cultura, indicador de que o problema
maior não foi a aplicação do produto em si, mas sim o comportamento do produtor que,
de forma equivocada, aplicou um produto não recomendado para a cultura analisada,
somando-se a ele 1,68% de amostras que, além de não serem recomendadas para
cultura, estavam acima do LMR, com apenas 1,33% acima do LMR efetivamente.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um órgão federal responsável
por normatizar o uso dos defensivos agrícolas e, para a realização desse trabalho,
faz uso de um parâmetro agronômico. Qual é esse parâmetro e ao que está
relacionado?
Nesse cenário, algumas considerações devem ser feitas. Veja, a seguir, quais são:
a) Embalagem
O produtor poderá optar por embalar suas frutas em recipientes (caixas ou bandejas) de
materiais mais amigáveis ao meio ambiente, como papel e madeira, além de substituir
b) Classificação
Parte das frutas que saem das fazendas não tem o aspecto atrativo para a venda nas
prateleiras do varejo. Essas frutas podem passar por um processo de classificação que
leva em conta suas características físicas como integridade, peso, dimensões e grau de
maturação para ir direto à mesa.
Frutas e partes de frutas que não estiverem aptas ao consumo in natura ou para
processamento na fazenda, nas Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasa) ou até
nas residências e empresas, em vez de irem direto ao aterro sanitário ou lixão, podem
ser direcionadas para a compostagem.
d) Energia da biomassa
Alguns tipos de material podem ser destinados à queima para produção de energia
na forma de calor. É importante que, para esse fim, a matéria esteja seca e tenha
características adequadas à queima, como baixo teor de sílica e elementos como sódio,
magnésio e cálcio.
Dica
Em geral, cascas e caroços secos têm alto poder calorífico e
podem ser queimados para a geração de calor em caldeira.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Ocorre na cadeia da fruticultura a produção de uma série de resíduos, mas há
aqueles específicos do produto fruta, que surgirá quando chegar no consumidor.
Nesse processo, é importante que o produtor realize ações que contribuam para a
sustentabilidade. A seguir, correlacione os elementos:
I. Embalagem
II. Classificação
III. Compostagem
( ) Tem relação com certos materiais, como cascas e caroços, que podem ser
queimados e gerar energia.
Comentários do autor
Para a ciência, energia é a capacidade de realizar trabalho
ou ação. Dessa forma, todo processo que otimize o gasto
energético para realizar determinado trabalho tende a ser mais
eficiente, o que reflete em menor perda e, consequentemente,
menor quantidade de resíduos gerados.
a) Cultivo mínimo
b) Plantio direto
Por vezes, terá maior suporte à cultura ali inserida, o que minimiza a necessidade de
intervenção com máquinas para manejar o solo. Ou seja, menos combustível, menos
c) Irrigação (recirculação)
A irrigação é outro processo importante para a fruticultura, e que pode ser mais
sustentável.
Sustentando ideias
Partindo do princípio do uso da água, que é o recurso natural
elementar para a agricultura, é possível reduzir e otimizar seu
uso ao trocar, por exemplo, em alguns casos, a aspersão pelo
gotejamento, no qual a deriva da água é muito menor e as
gotas vão diretamente para o solo adjacente à planta.
O preço dessa tecnologia vem caindo e o crédito para a obtenção, aumentando. Outra
vertente que ganha força é o conceito de PCH, pequenas centrais hidrelétricas, que
podem ser instaladas em pequenos reservatórios de água e permitem a venda da
energia excedente às concessionárias.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Nos dias atuais, é muito importante na cadeia produtiva da fruticultura realizar um
trabalho que gere a menor quantidade possível de resíduos, por isso há processos
que otimizam o gasto energético. Sobre essas questões, analise as sentenças a
seguir e as classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) A água é um recurso natural, sendo possível reduzir e otimizar seu uso por meio
do gotejamento.
( ) As estufas também são utilizadas como barreira à entrada de pragas e doenças,
diminuindo o uso de agroquímicos.
( ) O plantio direto protege o solo e preserva a umidade, pois a palha, ao se decompor,
incorpora nutrientes ao solo e evita a erosão.
a) F, F, F, F, V.
b) V, V, V, V, V.
c) F, V, F, V, F.
d) V, V, F, F, V.
e) V, F, V, F, V.
Fonte: Shutterstock.
Saiba mais
Para compreender melhor os conceitos da agricultura 4.0,
assista, no AVA, à reportagem Agricultura usa conceitos 4.0
para aumentar a produtividade, do Jornal da Globo.
Aqui, você pôde se aprofundar em diversos temas, como nos principais tratos culturais
realizados no processo de produção de frutas; entendeu, brevemente, a estrutura
das plantas e suas classificações quanto à taxonomia botânica e ao clima, além dos
diferentes processos de roçagem.
Seguindo seus estudos, você viu que a polinização é essencial para a atividade
reprodutiva das frutíferas e conheceu os principais fitorreguladores e as operações
mecanizadas. Além disso, compreendeu, de forma geral, os principais danos causados
por pragas e doenças, as condições de ambiente que podem potencializá-los e como
amostrá-los e quantificá-los.
Com isso, espera-se que você possa realizar as etapas do processo de produção de
frutas, e decida-se, dessa forma, pelas melhores estratégias de controle, com atenção
às boas práticas, às normas técnicas, às legislações e às necessidades do mercado.
AMORIM, L. et al. Manual de Fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. Vol. 2. 5ª.
edição. Ouro Fino: Ceres, 2016.
BRASIL. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Presidência da República, Departamento da Casa Civil. Brasília, DF, 2010.
LOPES, A. S.; SILVA, M. C.; GUILHERME, L. R. G. Acidez do solo e calagem. 3ª. edição.
São Paulo: ANDA, 1990. 22 p. Boletim Técnico 1.
PICANÇO, M. C. et al. Manejo Integrado das Pragas das Fruteiras Tropicais. In:
ZAMBOLIM, L. (ed.). Manejo Integrado: Fruteiras Tropicais. Viçosa: UFV, p. 513-578,
2002.
SCHURTLEFF, M.; AVERRE III, C. W. Gathering Information. In: Plant disease clinic and
field diagnosis of abiotic diseases. St. Paul: Aps Press, p. 37-46, 1997.
SILVA, A. A.; SILVA, J. F. Tópicos em manejo de plantas daninhas. Viçosa: UFV, 2007.
VENZON, M. et al. Manejo agroecológico das pragas das fruteiras. Informe Agropecuário,
Belo Horizonte, v. 37, n. 293, p. 94-103, 2016.
Tópico 2
Tópico 3
1) O excesso dos perfilhos da bananeira deve ser eliminado a fim de se evitar prejuízos
à planta principal. Deve-se selecionar o mais vigoroso a cada nova família e extrair
os demais, ficando na touceira a mãe, a filha e a neta. Recomenda-se que a operação
da extração dos perfilhos seja realizada quando atingirem altura entre 25 cm e 90
cm. Deve ser eliminada totalmente a gema apical de crescimento, a fim de evitar,
assim, a rebrota do perfilho.
Tópico 5
Tópico 7
Tópico 8
1) Destruição de folhas, sucção de seiva de células das folhas, dos botões florais,
dos ramos e dos frutos, broqueamento de hastes e ramos, ataque de raízes ou do
colo das plantas e transmissão ou facilitação da entrada de fitopatógenos (fungos,
bactérias, vírus, protozoários).
Tópico 4
Tópico 5
3) Porque, no solo, podem estar presentes nematoides como Radopholus similis, que
causam lesões nas raízes, galerias nos rizomas e reduzem a produção das plantas.
Na presença desse nematoide, deve-se realizar rotação de culturas com plantas não
hospedeiras para reduzir a população antes do plantio das mudas.
Tópico 2
Tópico 3
Tópico 4
1) Exportação de cátions básicos (Ca+2, Mg+2, K+, Na+); pobreza de cátions básicos
do material de origem, ou processos que favorecem a sua remoção; fornecimento
de fertilizantes nitrogenados amoniacais ou ureia, que, durante sua transformação
no solo pela microbiota, resulta em H+; dissociação natural de gás carbônico da
respiração dos organismos do solo, produzindo ácido carboxílico; e hidrólise do
alumínio, reação que produz H+.
Tópico 5
Tópico 7
Tópico 2
Tópico 3
Tópico 5
Tópico 6
Tópico 7
II. Classificação: refere-se às frutas que podem ser utilizadas para processamento
na fabricação de outros produtos como geleias, molhos, sucos, doces e desidratados;
IV. Energia de biomassa: tem relação com certos materiais, como cascas e caroços,
que podem ser queimados e gerar energia. A queima desses materiais tem alto
poder calorífico para caldeiras.
Tópico 8
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