Resumo Criminologia - Mege
Resumo Criminologia - Mege
Resumo Criminologia - Mege
CRIMINOLOGIA – PONTO 01
SUMÁRIO
1. CONCEITO DE CRIMINOLOGIA ............................................................................ 4
2. CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA ............................................. 5
2.1. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................ 14
3. LINHA DO TEMPO DO PENSAMENTO CRIMINOLÓGICO .................................... 21
3.1 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................. 32
4. TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE ................................................... 37
4.1 QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................. 53
2
MENSAGEM
Analisando os editais mais recentes, notamos que a maioria dos pontos são
comuns a quase todos, porém, cada banca gosta de cobrar alguns pontos específicos
para prova que aplica.
Soma-se a esses, Marcos Rolim, com sua obra A síndrome da rainha vermelha:
policiamento e segurança pública no século XXI. Marcos Rolim também crítica a relação
atual entre polícia e direitos humanos, enxergando na Criminologia Crítica um caminho
3
mais adequado para a Segurança Pública.
Pode-se dizer que a Criminologia não trabalha com “dogmas”, “exatidão”, mas
sim com probabilidade. Isso porque todo trabalho de reunião de dados (empirismo)
deve ser analisado e transformado em uma informação provável.
Bom exemplo dessa relação foi a questão cobrada pelo CESPE e considerada
errada na prova para o cargo de Delegado de Polícia para a PCSE e, 2018:
Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia,
compete a esta facilitar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação
em preceitos normativos, incumbindo-se de converter a experiência criminológica em
proposições jurídicas, gerais e obrigatórias.
Objeto da Criminologia
Crime
Criminoso
Vítima
Controle Social
Ressaltamos que esse conceito, delimitando esses objetos, pertence ao “atual”
entendimento sobre Criminologia. Essa observação é importante, pois ao longo da
evolução criminológica, seus objetos foram discutidos entre escolas. Para esse material
não aprofundaremos esse debate, mas será mencionado quando tratarmos da “Linha
do Tempo” da Criminologia.
Crime
Infrator
Escola Clássica
O infrator era visto para a escola Clássica com um indivíduo dotado de livre
arbítrio, que optava por desviar-se e adotar o caminho do pecado.
Escola Positivista
Por ser adepta da teoria do conflito, entendia a sociedade como uma luta de
classe entre os dominantes e os dominados, assim, o indivíduo desviante era visto como
uma vítima do capitalismo, marginalizado pelo mercado.
Criminologia Moderna
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Vítima
1º - “Período de Ouro”
3º - “Revalorização da Vítima”
Controle Social
Importante destacar que o Controle Social Formal deve atuar somente quando
o controle social informal se mostra insuficiente em enquadrar os indivíduos conforme
as Normas Sociais.
Exemplos de Controle Social Formal: Polícia, Ministério Público, Poder
Judiciário, sistema prisional. Etc.
Método da Criminologia
Dessa maneira, mais uma vez, constatamos que não cabe no estudo
criminológico intuições ou subjetivismos.
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Classificação da Criminologia
Criminologia Geral
Criminologia Clínica
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
c) Etimologia é o estudo das origem das palavras. A Criminologia tem entre seus
estudos a etiologia, que é a causa do comportamento criminoso.
d) Correta.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
c) Ao contrário da alternativa “a”, esse item inverteu a visão das escolas quanto
ao criminoso. É a Escola Positivista que atribui o comportamento criminoso à fatores
biológicos, psicológicos e sociais.
d) A Teoria do Labeling Approach será objeto de estudo no nosso próximo
ponto (QUESTÃO CORRETA)
----------------------
COMENTÁRIOS:
--------------------
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
17
- - - - - - - - - - - - - -- - - -
a) Poder Judiciário
b) Polícia
c) Sistema Penitenciário
d) Ministério Público
e) Escola
GABARITO: E
COMENTÁRIOS:
----------------------
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
-------------------------------------
07) FUMARC – 2018 – Escrivão de Polícia – PCMG (ADAPTADA)
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
21
(imagem 1) (imagem 2)
Livro “A Criminologia” (imagem 1) publicado por Rafael Garófalo (imagem 2)
Criminologia Pré-Científica
(imagem 6) (imagem 7)
(“Malleus Maleficarum” - Martelo das Bruxas) e (Imagem de julgamento
secular)
24
Tivemos como marcantes nomes da Criminologia Brasileira, Raimundo Nina
Rodrigues (1862-1906), fiel seguidor de Lombroso, chegou a ser chamado de “Lombroso
dos Trópicos).
Escola Clássica
A Escola Clássica surge na Europa no século XVII, período que ficou marcado
por diversas revoluções, dentre elas a mais destacada: Revolução Francesa. Encontrava-
se em ápice nesse período no Continente Europeu o Iluminismo. Esse marco de
pensamento destacou-se como um período de pensamentos libertários que dominou a
Europa no século XVII e teve como principais nomes Voltaire, Montesquieu e Rosseau.
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A Escola Clássica tinha uma visão própria dos atuais objetos e demais pontos
da criminologia:
Delito:
Delinquente:
Um ser normal dotado de “Livre Arbítrio”. Optava pelo mal.
Pena:
“O mal tem que ser pago com outro mal”. Por essa premissa a escola clássica
também é chamada de “retribucionista”.
Método:
Escola Positivista
Delito:
Delinquente:
Método:
Racional Indutivo-Experimental
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Criminoso Nato;
Criminoso de Ocasião
Criminoso de Paixão.
Assassinos;
Violentos/Enérgicos
Possuem senso moral, mas falta compaixão, ou é tão escassa a ponto de querer
justificar o delito como um exagero de amor próprio ou paixão ou ainda preconceitos.
Ladrões/Neurastêmicos
Cínicos
Cometem crimes contra dignidade sexual
Para Ferri, o delito não se limitava a fatores antropológicos, era mesclado com
outros, tais como físicos externos (clima, estação, temperatura, etc.) e sociais
(densidade populacional, família, religião, miserabilidade, etc). Desses, os fatores
sociais eram os preponderantes na determinação do crime.
Criminoso Nato;
Criminoso Louco
Criminoso de Ocasião
Criminoso de Paixão.
-----------------
31
3.1 QUESTÕES COMENTADAS
a) Enrico Ferri
b) Cesare Lombroso
c) Adolphe Quetelet
d) Emile Durkheim
e) Cesare Bonesana
32
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
33
a) Incorreta. A afirmativa é justamente o contrário do que defende Lombroso,
que os criminosos possuem um determinismo biológico.
d) Correta. O livre arbítrio era base da Escola Clássica, que foi sucedida pela
Escola Positivista de Lombroso
- - - - - - - - - -- - - --
d) Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado
um autor da escola positivista, que possui viés médico e antropológico.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Para Escola Positivista a pena era um meio de defesa social antes
os criminosos natos.
- - - - - - - - - -- - - --
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
----------------------
35
Após superar os equívocos das primeiras abordagens sobre o homem delinquente,
exemplificadas nos estudos de Lombroso, a criminologia moderna mantém em seu
conceito o estudo do criminoso.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
------------------
COMENTÁRIOS:
36
4. TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE
Teorias do Consenso
Escola de Chicago;
Teoria da Anomia;
Teorias do Conflito
TEORIA DO CONSENSO
PERÍODO: DÉCADAS DE 20 E 30 38
Essa Teoria, destacada por Robert Park,
teve seu marco em 1925 quando o autor
publicou sua obra “The city – Suggestion for
theinvaestigationofHumanBahavior in the City
Environment.”
(Robert Park)
Escola de Chicago é uma das teorias do consenso que surgiu nas décadas de 20
e 30 nos Estados Unidos, mais precisamente na Universidade de Chicago com o estudo
nomeado “sociologia das grandes cidades”. É considerada o “berço da moderna
criminologia americana”.
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(Ernest Burgess)
Zonas Concêntricas de Ernest
Burgess(http://www.cidadesturismo.com/2016/02/a-cidade-como-objeto-de-
estudo_20.html) 40
Explicando melhor as Zonas Concêntricas de Ernest Burgess, utilizamos os
ensinamentos de Wagner Cinelli de Paula Freitas (Espaço urbano e criminalidade –
Lições da Escola de Chicago. São Paulo):
A Zona V: Denominada exurbia, fica além dos limites da cidade e contém áreas
suburbanas e ‘cidades-satélites’. É habitada por pessoas que trabalham no centro e
dependem um tempo razoável no trajeto entre casa e trabalho. Esta área não é
caracterizada por residências proletárias. Ao contrário, normalmente é composta de
casas de classe média-alta e alta.
Explosão Demográfica
Industrialização
Migrações
Conflitos Culturais
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Deterioração da Família
Relações Superficiais
Alta Mobilidade
Falta de Raízes
Crise de Valores
Desorganização Social
“Park pregava que a sociologia não estava interessada em fatos, mas em como
as pessoas reagiam a eles. Nesse compasso, a experiência prática era considerada
fundamental, visto que a melhor estratégia de pesquisa era aquela em que o
pesquisador participava diretamente do objeto de seu estudo. Este método inovador e
cuja introdução na pesquisa se deve à Escola de Chicago é o da observação participante.
Nesse método, o observador toma parte no fenômeno social que estuda, o que lhe
permite examiná-lo da maneira como realmente ocorre.Assim, o conhecimento tem por
base não a experiência alheia, mas a própria experiência do pesquisador.” (FREITAS,
Wagner Cinelli de Paula. Espaço urbano e criminalidade – Lições da Escola de Chicago.
São Paulo)
Teoria Espacial
Essa Teoria decorre da Escola de Chicago e da Teoria Ecológica. Teve seu ápice
na década de 1940 e defendia a influência arquitetônica e urbanística das grandes urbes
como meio de prevenir o crime.
42
PERÍODO: DÉCADAS DE 30 E 40
A criminologia usou a expressão
“Crimes do Colarinho Branco” pela primeira vez
em 1940 por ocasião de um artigo de autoria de
Edwin Hardin Sutherland, da Universidade de
Indiana, nominado “White Collar Criminality”
publicado na American Sociological Reiew. Esse
estudo foi baseado no pensamento de Gabriel
(Gabriel Tarde) Tarde, jurista e sociólogo francês.
(Edwin Sutherland)
A premissa básica dessa Teoria assevera que o comportamento desviante era
aprendido por associação, combatia a ideia de que se tratasse de algo hereditário. Não
se trata especificamente de uma ligação entre criminosos e não criminosos, mas sim de
fatores favoráveis ou desfavoráveis ao delito.
TEORIA DA ANOMIA
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(Émile Durkhein)
INOVAÇÃO: Para a Anomia, aqui reside o indivíduo desviante, pois ele aceita as
metas impostas pela sociedade, mas não enxerga os meios institucionais disponíveis
para alcançá-las, assim, ele rompe com as normas (A-nomia) para buscar a “felicidade”.
Dessa maneira, a adesão aos fins culturais sem o respeito aos meios
institucionais levaria ao comportamento criminoso (Ex. Propagandas onde incutem que
a “felicidade” só pode ser alcançada mediante aquisição de determinado bem). Assim,
o indivíduo que não aceita o grupo social em que está inserido sem condições de “ser
feliz”, opta pelo comportamento criminoso.
(Propaganda atrelando o produto à felicidade)
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TEORIA DO CONSENSO
49
PERÍODO: DÉCADA DE 50
Teoria desenvolvida por Albert K. Cohen
marcada pela sua obra “Deliquent Boys” – 1955.
Para o autor, todo grupo humano possui suas
normas, condutas, filosofia própria que muitas
vezes não corresponde aos padrões gerais da
sociedade.
(Albert K. Cohen)
Essa teoria é contrária à noção de uma ordem social, ofertada pela criminologia
tradicional. Identificam-se como exemplos as gangues de jovens delinquentes, em que
o garoto passa a aceitar os valores daquele grupo, admitindo-os para si mesmo, mais
que os valores sociais dominantes. Assim, o crime acaba por se tornar sinônimo de
protesto ou forma de “aparecer”, de ter status e adquirir respeito diante da
comunidade.
Albert Cohen enumera 3 (três) fatores específicos para sua teoria: não
utilitarismo da ação, malícia e negativismo:
Não Utilitarismo da Ação: muitos crimes não possuem motivação prática (ex.
jovens subtraem bens que não vão usar).
TEORIA DO CONFLITO 50
PERÍODO: DÉCADA DE 60
Considerada uma das mais
importantes Teorias do Conflito. Surgiu nos
anos 60 através do estudo de Erving Goffman
e Howard Becker. Seu estudo deixou de lado o
delito em si e dedicou atenção à Reação
Social, ou seja, à interação entre a sociedade
e o crime. Para o Labelling Approach, o
indivíduo acaba assumindo a "etiqueta" de
(Erving Goffman) criminoso que a sociedade lhe impõe
passando a adotar uma conduta desviante.
(Howard Becker)
Para essa teoria, o ponto central da criminalidade não é uma característica do
comportamento humano, mas sim a consequência de um processo de estigmatização
do indivíduo como criminoso. Logo, o delinquente só se diferencia do homem comum
pela “etiqueta” que lhe é atribuída.
Para Raul Eugênio Zaffaroni, a tese central desta teoria pode ser definida, em
termos gerais, pela afirmação de que “cada um de nós se torna aquilo que os outros
vêem em nós” e, de acordo com essa mecânica, a prisão cumpre função reprodutora,
ou seja, a pessoa rotulada como delinquente assume o papel que lhe é consignado,
comportando-se de acordo com o mesmo.
Há uma corrente mais radical que entende que entende que “as etiquetas” são
impostas pelas instituições do Controle Formal: polícias, promotores, juízes, etc.
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Citando os ensinamentos da professora Monica Gamboa (Criminologia, matéria
básica): “Essa teoria Consolidou-se ao criticar as posturas tradicionais da teoria do
consenso, eis que, ancorada no pensamento marxista, acredita ser o modelo econômico
adotado em determinado local o principal fator gerador da criminalidade.”
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01) FCC– 2018 – Defensor Público – DPE-AM
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
a) Correta. Outro marco da Escola de Chicago foi a aplicação do empirismo, pois
os indivíduos da comunidade eram “interrogados” por uma equipe especial a fim de
desenhar um gráfico da criminalidade em relação a cada região da metrópole. Outro
método muito empregado para se conhecer o real índice de criminalidade foi o emprego
dos “Inquéritos Sociais” (social surveys).
---------------------
COMENTÁRIOS:
b) Correta, ainda que o termo “áreas naturais” possa ter sido mal formulado,
tendo sido mais adequado “áreas urbanas”.
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03) FCC– 2017 – Defensor Público – DPE-PR
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS: