Polimento de Rochas
Polimento de Rochas
Polimento de Rochas
CURSO DE GEOLOGIA
Beira
2021
FRANCISCO CHARLES FRANCISCO
Beira
2021
II
Índice
Índice de Figura.................................................................................................................................... IV
Índice de tabelas ...................................................................................................................................... V
Índice de mapas ...................................................................................................................................... VI
Lista de abreviaturas ............................................................................................................................. VII
Declaração de Honra ............................................................................................................................ VIII
Dedicatória ............................................................................................................................................. IX
Agradecimento ........................................................................................................................................ X
Resumo ................................................................................................................................................... XI
Abstract ................................................................................................................................................. XII
Capitulo I: Introdução ........................................................................................................................... 13
Objectivos ............................................................................................................................................. 15
Objectivo geral .................................................................................................................................. 15
Objectivos específicos ....................................................................................................................... 15
Justificativa ........................................................................................................................................... 16
Problema em estudo .............................................................................................................................. 17
Delimitação e enquadramento do Tema ................................................................................................ 18
Enquadramento do tema ........................................................................................................................ 18
Capitulo II: Fundamentação teórica ...................................................................................................... 19
Conceitos básicos .............................................................................................................................. 19
Rochas Ornamentais.......................................................................................................................... 19
Tribologia .......................................................................................................................................... 19
Beneficiamento de rochas ornamentais ............................................................................................. 22
Beneficiamento Primário............................................................................................................... 22
Máquina multilámina .................................................................................................................... 23
Teares Multifio .............................................................................................................................. 24
Beneficiamento secundário ........................................................................................................... 25
Processos de beneficiamento secundário ...................................................................................... 25
Máquinas e Abrasivos ................................................................................................................... 26
MÁQUINAS ................................................................................................................................. 26
Politrizes Manuais ......................................................................................................................... 26
Capítulo III: Características Físicas da Área de Estudo ........................................................................ 35
Breve Caracterização do Distrito ...................................................................................................... 35
Localização da área de estudo ........................................................................................................... 36
Superfície .......................................................................................................................................... 36
III
Clima ................................................................................................................................................. 36
Hidrografia ........................................................................................................................................ 37
Vegetação e fauna ............................................................................................................................. 37
Solos .................................................................................................................................................. 38
Geomorfologia .................................................................................................................................. 38
Vias de acesso ................................................................................................................................... 38
Geologia local ................................................................................................................................... 38
Capitulo IV: Metodologias .................................................................................................................... 40
1. Levantamentos Bibliográficos ................................................................................................ 40
2. Trabalho de Campo ................................................................................................................ 40
2.1. Tipo de rocha ................................................................................................................... 40
2.2. Processo de corte ou serradura dos blocos .................................................................... 40
2.3. Processo de polimento ......................................................................................................... 42
2.3.1. Brilho ............................................................................................................................ 42
2.3.2. Rugosidade ................................................................................................................... 42
Componentes analisados ............................................................................................................... 43
2.4. Obtenção de dados .......................................................................................................... 48
3. Trabalho de Gabinete ............................................................................................................. 48
Capitulo V: Resultados e Discussões .................................................................................................... 49
1. Material rochoso estudado ..................................................................................................... 49
1.1. Descrição do Gabro ......................................................................................................... 49
2. Serradura ou corte .................................................................................................................. 50
3. Polimento ................................................................................................................................. 51
3.1. Abrasivo para polimento ................................................................................................ 51
Capitulo IV Conclusões e sugestões ..................................................................................................... 56
1. Sugestões .................................................................................................................................. 56
Velocidade do tapete ..................................................................................................................... 57
Velocidade da ponte ou da trave ................................................................................................... 57
Sequência abrasiva ........................................................................................................................ 57
Pode-se Caudal de água................................................................................................................. 57
Pressão........................................................................................................................................... 57
Bibliografia ........................................................................................................................................... 59
IV
Índice de Figura
Figura 1: Desgaste a dois (polimento) e a três (serragem) corpos (ZUM-GAHR, 1987). ....... 21
Figura 2: Sistema tribológico existente nas etapas de beneficiamento (Fonte: Adaptado pelo
Autor) ....................................................................................................................................... 21
Figura 3 Contexto tribológico do polimento de rochas ornamentais (Altoé & Silveira, 2014).
.................................................................................................................................................. 22
Figura 4: Tear multilamina (Fonte: Adaptado pelo Autor) ...................................................... 24
Figura 5: Fios adiamantado A, Corte de bloco através de tear multifio B (Fonte: Adaptado
pelo autor) ................................................................................................................................. 25
Figura 6: Placa de granito polido. (Fonte: Adaptado pelo autor) ............................................. 26
Figura 7: Politriz manual. (Fonte: Adaptado pelo autor).......................................................... 27
Figura 8: Politriz automática multicabecas. (Fonte: Adaptado pelo autor) .............................. 28
Figura 9: Satélites e esteira A, Satélites de lustro B. (Fonte: Adaptado pelo autor) ................ 28
Figura 10: A dinâmica da movimentação das sapatas no satélite, durante o desgaste abrasivo a
dois corpos de rochas, com o uso de abrasivos do tipo sector. Fonte: (SILVEIRA, 2007) ..... 29
Figura 11; Abrasivo magnesiano (A) e (D), Abrasivos adiamantados até o lustro de uma
politriz manual (B), Abrasivos adiamantados de politriz multicabecas (C). (Fonte: Adaptado
pelo Autor)................................................................................................................................ 30
Figura 12 Corte de bloco menor ............................................................................................... 41
Figura 13: Corte de blocos maior na maquina multifio ............................................................ 41
Figura 14: Politriz automática, Placa a entrar na maquina antes de ser polida A, os rebolos
abrasivos passam por cima da chapa B, chapa sai polida C e demostração da trave secundaria
com 11 cabeças D. .................................................................................................................... 44
Figura 15: Comando individual para cada satélite ou cabeçote A, Comando Central B ......... 45
Figura 16: Abrasivos magnesianos fixados no Rebolo A, Abrasivos pequenos pra cabeçote 1
B, Rebolo pra fixação de abrasivos pequenos C. ..................................................................... 46
Figura 17: Discos de corte dos blocos em chapas .................................................................... 50
Figura 18: Abrasivos usados na empresa para polimento ........................................................ 51
Figura 19 Placas menores já polidas, placa com baixa qualidade A e B, placa com boa
qualidade C ............................................................................................................................... 53
Figura 20: Placas maiores polidas: baixa qualidade A, boa qualidade B ................................. 54
V
Índice de tabelas
Índice de mapas
Lista de abreviaturas
Declaração de Honra
Eu Francisco Charles Francisco, declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, foi esforço e dedicação de
cada dia que si deu por concluído, obedecendo o regulamento que regem a elaboração dos
trabalho/monografias científicas da Universidade Licungo.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.
_______________________
Dedicatória
A Deus todo-poderoso, em especial ao meu pai Charles Francisco e a minha mãe Lídia Luta
que Deus a tenha, pela razão da minha existência.
Aos meus irmãos Simão, Alfredo, Joana, Anora, pelo apoio que me deram durante a minha
caminhada académica, pela força que tiveram durante a minha ausência devido a minha
jornada académica.
Aos meus Tios Aberto, Manuel, Fernando, Viegas, a tia Deolinda, e mais outros.
À toda família, que incentivou de forma incansável e aos demais que acreditaram nas minhas
Potencialidades académicas.
X
Agradecimento
A Deus todo-poderoso por me dar, a vida, o Dom da Sabedoria, a Fé, Perseverança e pela sua
protecção, nos momentos difíceis e bons que passei durante a Licenciatura.
Em segundo lugar agradecer aos meus pais que deram seu máximo para a minha formação,
graças a eles tudo aconteceu, pela motivação, encorajamento, que me proporcionaram.
Agradecer aos docentes pelo trabalho e dedicação para melhor aprendizado, são eles: ao
excelentíssimo dr. Ernesto Domingos Victorino, Msc Assane Pena, Msc Felisberto Lima,
Msc. Munuel Pedro Tomo Simbe, em especial ao meu supervisor PHD Osvaldo Rupias.
Aos colegas da classe Geo17, Geo15 e Geo16, pela motivação, dedicação e encorajamento,
não só formamos uma turma, mas sim família, em especial, António Samuel David, Bibiana,
João Mupungue, Edson Salane, Vicente, Tendai, Acácio, Leonardo, Elph pelo apoio que me
deram nos momentos baixos e momentos bons que compartilhamos durante a minha carreira
académica.
A todos que aqui que não foram mencionados, mas que contribuíram directa e indirectamente
para a conclusão deste trabalho os meus comprimentos e agradecimentos.
XI
Resumo
As rochas ornamentais são materiais naturais que passam por vários processos de
beneficiamento e são empregadas para fins estéticos. O polimento faz parte do processo de
beneficiamento e tem como objectivo reduzir a rugosidade da superfície do material para dar
um maior brilho a placa da rocha depois do corte.
Abstract
Ornamental stones are natural materials that undergo various processing processes and are
used for aesthetic purposes. Polishing is part of the beneficiation process and aims to reduce
the roughness of the material surface to give a greater shine to the rock plate after cutting.
The ornamental stone processing stage is extremely important in this field as it is the finishing
stage of the stone blocks mined in the mines, where it employs two main stages, namely:
primary processing (cutting or sawing the blocks transforming them into slabs or plates) and
secondary processing (polishing, cutting, designer, etc.).
However, the ornamental stone polishing process is characterized by abrasion between the
rock surface (sawn or cut sheet) and abrasive grinding wheels, the cutting element being, in
most cases, composed of diamond or silicon carbide (SiC).
The interactions between the properties of rocks as minerals and the textural and structural
characteristics of the rock with the abrasive properties (hardness, shape, size, etc.), together
with the operational variables of the polishing machine (loading stress, feed rate , water flow,
time, etc.) configure a system called tribosystem.
The quality of polishing is totally dependent on the interactions that make up the tribosystem,
as all well-enthroned variables generate a product with higher quality.
Gloss intensity and low roughness are important parameters to quantify the quality of the
polishing process, as the slab with more brightness and less roughness has the highest quality.
, quality, fractures, extraction method, quality of cut plates and operational variables
(qualified operator, conditions of the polisher) in polishing are well done so that there is good
quality.
Capitulo I: Introdução
Moçambique é um pais em via de desenvolvimento com o passar dos anos todas áreas do pais
vem evoluindo gradualmente, sendo assim o ramo das construções não fica de fora mas
também a qualidade das mesmas com as novas tecnologias não ficam de trás por isso a
extrema importância o estudo das rochas industriais e ornamentais para o mercado interno e
externo na geração de receitas para o pais.
No âmbito comercial elas são dois grandes grupos, a saber: granitos e mármores. Onde os
granitos são as rochas silicáticas com predominância de quartzo e feldspato, abrangendo
rochas homogéneas (granitos, sienitos, monzonitos, dioritos, charnoquitos, diabásios,
basaltos, gabros, e. g.) e heterogéneas (gnaisses e migmatitos, e.g.). Os mármores são as
rochas carbonáticas, incluindo calcários (sensu stricto) e dolomitos (Mattos, 2000).
Para Kaschner (1996, segundo Silveira, 2007), a etapa do polimento consiste em uma
sequência de operações que busca diminuir a rugosidade superficial com foco no aumento da
intensidade do brilho. Isso ocorre pelas características reflectivas do material, porém é
inversamente proporcional a rugosidade. Dessa forma, o brilho e lustro estão associados à
eliminação da rugosidade da chapa deixada pelo beneficiamento primário e o fechamento dos
minerais da rocha. Isso ocorre com o uso de abrasivos, de grãos decrescentes, que em atrito
com a chapa promove seu desbaste e aumenta seu brilho.
de rugosidade à superfície. Sendo assim, deve-se considerar, no caso das rochas, suas
características petrográficas como factor de fundamental importância para o resultado final. É
possível notar que não se pode evoluir tecnologicamente em relação ao polimento de rochas
ornamentais sem, primeiramente, estudar tal processo à luz da Tribologia, bem como sem
dispor de uma máquina que permita estudar o maior número de variáveis influentes neste
tribossistema, nem procurar desenvolver insumos em consonância com os preceitos da
sustentabilidade.
15
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Justificativa
Com a crescente utilização das rochas como materiais de revestimento na construção civil no
pais e no mundo e as exigências do mercado consumidor, da segurança e durabilidade das
construções, tem aumentado a necessidade de se caracterizar adequadamente a qualidade nas
rochas ornamentais que visa estudar todos processos envolvidos como: a rocha (tipo,
minerais, textura), lavra e beneficiamento.
Problema em estudo
Durante o tempo de estágio, foi evidenciado que os blocos depois de serem lavrados, como
também placas não polidas eram exportados, o processo de polimento das placas não era
completo onde a qualidade não era com a qualidade desejada as placas depois de serem
polidas eram por vezes devolvidas para serem outra vez polidas, pois poucas eram às vezes
em que as placas polidas saiam das politrizes e directamente eram empacotadas pra vendas.
Pois Varias vezes as chapas passavam pelo processo de resinagem para ganhar um certo
brilho após o polimento.
Enquadramento do tema
Relevância:
Conceitos básicos
Mineral é uma substância sólida natural, inorgânica e homogénea, que possui composição
química definida e estrutura cristalina característica. Os minerais formam-se na natureza, por
cristalização a partir de líquidos magmáticos ou soluções termais, pela recristalização em
estado sólido, ou, ainda, como produto de reacções químicas entre sólidos e líquidos. (Isaia,
2007).
Rochas Ornamentais
Segundo (SILVEIRA, 2007) rocha ornamental é todo material rochoso natural, submetido a
diferentes graus ou tipos de beneficiamento, utilizado para exercer uma função estética.
Tribologia
A Tribologia envolve estudos do atrito e do desgaste de corpos e pode ser definida como a
ciência e a tecnologia de superfícies que interagem em movimento relativo.
O atrito e o desgaste não são propriedades intrínsecas dos materiais, mas sim características
da interacção desses materiais com variáveis operacionais do processo a que estão
20
Dessa forma, têm-se envolvido os seguintes parâmetros: da rocha – mineralogia, textura, grau
de alteração, anisotropia e propriedades mecânicas; do abrasivo – dureza, parâmetros de
forma e tamanho; do processo – velocidade de avanço, carga aplicada, velocidade de corte e
tipo de movimento.
Para (ZUM-GAHR, 1987), o desgaste por abrasão se caracteriza por movimento relativo entre
um corpo duro e uma superfície mais ―mole‖. Neste processo, tanto o corpo duro pode ser
fracturado como a superfície mais mole pode ser trincada e/ou deformada, sendo
posteriormente removidos da superfície, resultando em mensurável perda de volume. O
desgaste abrasivo pode ser de contacto a dois e a três corpos (Figura 1).
21
Abrasivo Rocha
Desgaste
Abrasivo
Processo
Figura 2: Sistema tribológico existente nas etapas de beneficiamento (Fonte: Adaptado pelo Autor)
22
Figura 3 Contexto tribológico do polimento de rochas ornamentais (Altoé & Silveira, 2014).
Beneficiamento Primário
constitui a primeira etapa do processo de industrialização das rochas ornamentais. Isso é feito
com uso de equipamentos como teares multilâmina, tear monolâmina, talha-blocos de disco
adiamantado, teares multifio adiamantados ou monofio adiamantado.
Máquina multilámina
A serragem dos blocos, na sua grande maioria, é realizada com esses teares, que representam
um modelo mais tradicional e amplamente difundido para o desdobramento de granitos
comerciais.
Ela se dá pela acção de uma polpa abrasiva composta por água, granalha de aço ou ferro, cal
ou bentonita e o próprio pó da rocha, a qual é conduzida por um conjunto de lâminas
dispostas de maneira equidistante, fixadas e tencionadas num quadro que, se movimenta de
forma descendente sobre o bloco. Esse quadro é suportado por quatro colunas e acoplado à
um sistema de biela/manivela, que é accionado por um motor eléctrico. Esse mecanismo é
responsável pela movimentação do quadro porta lâmina, que entra em atrito com o bloco. A
velocidade de descida do quadro porta lâmina é conhecida como cala.
Sob a óptica tribológica do processo, abordada por Silveira (SILVEIRA, 2007), a etapa de
desgaste nos teares pendulares pode ser entendida como sendo um processo de desgaste entre
três corpos, onde o abrasivo (granalha), desliza entre duas superfícies (lâmina e a rocha a ser
serrada).
24
Teares Multifio
A B
Figura 5: Fios adiamantado A, Corte de bloco através de tear multifio B (Fonte: Adaptado pelo
autor)
Beneficiamento secundário
Máquinas e Abrasivos
MÁQUINAS
Politrizes Manuais
São aquelas em que o operador exerce directamente controle sobre a movimentação, pressão e
tempo do polimento (Figura 7), o que pode induzir à baixa produtividade e variação na
27
qualidade do acabamento. Ainda é o equipamento utilizado no mundo todo, mas tende a ser
gradativamente substituído por equipamentos de maior desenvolvimento tecnológico.
Surgiram no final da década de 1970 apresentando um chassi de ferro fundido ou aço que
assenta uma bancada ou mesa perfeitamente plana, sobre a qual corre uma esteira de borracha
que transporta as chapas a serem polidas. Sobre esta esteira e disposta longitudinalmente a
ela, é montada uma trave que sustenta os conjuntos moto-redutor e cabeçote e realiza um
movimento transversal sobre a mesa.
Os abrasivos são colocados nos cabeçotes em sequência, do grão maior para o menor, no
sentido de movimentação das placas, de modo que ao sair no final da esteira o material esteja
polido. O processo de polimento de rochas ornamentais e para revestimento se dá,
principalmente, com o uso de dois dispositivos: satélites e pratos.
Este equipamento é composto por um chassi de ferro fundido ou aço que assenta uma bancada
ou mesa perfeitamente plana, sobre a qual corre uma esteira de borracha que transporta as
28
chapas a serem polidas. Sobre esta esteira e disposta longitudinalmente a ela, é montada uma
trave que sustenta os conjuntos moto-redutor e cabeçote e realiza um movimento transversal
sobre a mesa. A conjugação do movimento da esteira que conduz as chapas, com o
movimento de rotação dos cabeçotes e o movimento transversal da trave, proporciona todos
os movimentos necessários à acção dos abrasivos no processo de polimento. Os abrasivos são
colocados nos cabeçotes em sequência, do grão maior para o menor, no sentido de
movimentação das placas, de modo que ao sair no final da esteira o material esteja polido
(SILVEIRA, 2007).
A B
Satélites
Nos satélites, são acoplados os rebolos abrasivos (de quatro a oito abrasivos, sendo seis a
quantidade de uso comum). Os satélites possuem braços ou sapatas onde os rebolos abrasivos
são acoplados e que realizam movimentos pendulares (Figura 10) que, devido a forma
convexa do abrasivo, permite que o mesmo fique com uma porção linear em contacto com a
superfície da rocha a ser polida (Vidal, Silveira, Castro, & Azevedo, 2014).
Figura 10: A dinâmica da movimentação das sapatas no satélite, durante o desgaste abrasivo a dois
corpos de rochas, com o uso de abrasivos do tipo sector. Fonte: (SILVEIRA, 2007)
ABRASIVOS
Segundo (Vidal, Silveira, Castro, & Azevedo, 2014), os abrasivos para polimento de rochas
ornamentais são divididos, basicamente, em dois grupos: abrasivos magnesianos e abrasivos
adiamantados. Entretanto, há ainda os abrasivos de lustro, em que os ligantes (em geral,
resinas epóxi) e elementos abrasivos (micronizados), ou seja, seus constituintes são mantidos
sob sigilo industrial.
Para o polimento de rochas graníticas utilizam-se os abrasivos do tipo sector ou tijolo e, para
polir rochas carbonáticas, os abrasivos no formato Frankfurt.
30
Abrasivos magnesianos: usam como ligante o óxido de magnésio (MgO) e como elemento
abrasivo o carbeto de silício (SiC). Estes abrasivos na figura xx são fabricados em todas as
granulometrias necessárias ao beneficiamento de chapas.
A B
C D
Figura 11; Abrasivo magnesiano (A) e (D), Abrasivos adiamantados até o lustro de uma politriz
manual (B), Abrasivos adiamantados de politriz multicabecas (C). (Fonte: Adaptado pelo Autor)
de energia eléctrica, menor pressão de trabalho, redução do tempo morto, entre outras. Este
tipo de abrasivo é muito eficiente em remover marcas de chapas mal serradas (Azevedo, et al.,
2014).
Abrasivos de lustro - embora sua exacta composição seja mantida sob sigilo industrial, sua
função no processo de polimento é finalizar o fechamento da superfície com um acabamento
―mais fino‖, ou seja, diminuir ao máximo a rugosidade da superfície acabada correspondendo,
geralmente, à etapa final do polimento.
Brilho
A função da etapa de polimento de rochas ornamentais tem como função conferir brilho, além
de dar um fechamento maior dos poros e com isso evitar infiltração de água, evitando assim a
alteração da rocha por hidrólise. Serão apresentados a seguir alguns aspectos relacionados ao
brilho
Certas características inerentes à rocha e outras relativas aos processos de beneficiamento são
de fundamental importância para a melhor compreensão da etapa de polimento em rocha. Os
principais factores são detalhados a seguir:
para esta divisão são puramente empíricos. Faz-se seguindo características operacionais
(tempo gasto na serrada, velocidade de polimento, etc.), não se tendo um real
entendimento de quais características das rochas que podem influir neste processo
(mineralogia, textura, estrutura, grau de alteração, etc.).
3. “Fechamento” do Polimento – A Indústria da Pedra convenciona chamar de fechamento
uma característica relacionada com espaços e depressões que algumas placas já polidas
podem apresentar. Tal factor está relacionado principalmente com a mineralogia: rochas
sem quartzo, granada e biotita, (os sienitos, por exemplo) tendem a apresentar bom
fechamento. Porém, não se deve esquecer da qualidade do processo a que a rocha foi
submetida. Muitas vezes a pressão de carregamento nos satélites pode ter superado a
resistência mecânica do mineral, levando-o assim ao quebramento e a abertura de poros.
A agressão que o material pétreo sofre, desde a lavra até o lustro é, na maioria dos casos, não
levada em consideração. As características de resistência mecânica dos constituintes minerais
(ou fases minerais) são diferentes entre si. Logo, a melhor situação de beneficiamento da
rocha é aquela que contempla tais variáveis, sendo, dedutivamente, específica para cada tipo
litológico.
Algumas rochas, por motivos estéticos e/ou tecnológicos, são submetidas aos processos de
resinagem e telagem.
Resinagem
resina adesiva à base de epóxi, poliéster ou acrílico na face da placa e aguardar sua cura para
realização de polimento (ASTM, 2012).
O tempo em que a placa fica com a resina antes do polimento pode variar entre 24 horas, 48
horas ou até 72 horas, sendo que o tempo de 24 horas o material ficará com uma coloração
mais escura e o de 72 horas a coloração fica mais próxima do natural. A utilização da resina é
para materiais com fissuras, buracos ou trincas (este mais nos exóticos) (Hellin Mining co
Lda, 2020).
A resina serve somente para preenchimentos destes vazios, tornando o material impermeável
por causa da camada protectora formada na sua superfície, porém material não ficará mais
resistente. A tela é utilizada em materiais muito frágeis, principalmente nos exóticos. Ela
serve para fazer com que os materiais sejam mais resistentes. A tela é colada com a resina.
Depois de colada a tela, o material é resinado no outro lado dando continuidade ao processo
de polimento.
A B
Figura 18: A segunda pintura após o aquecimento com a segunda resina (A), chapa com resina depois
de todo processo de rresinagem (B). (Fonte: Adaptado pelo Autor)
34
Depois de aplicada a resina o material volta para a politriz para termina as duas etapas
faltantes do polimento (fino e brilho).
35
Superfície
A Cidade de Chimoio situa-se numa área de inclinação para todos os sentidos, o que favorece
o escoamento rápido das águas pluviais. O ponto mais alto localiza-se na serra Matama
(1551m), no limite Leste da cidade.
Clima
O clima de Chimoio é tropical húmido modificado pela altitude, que é um tipo de clima que
partilha, ao nível do País, apenas com algumas outras partes do interior das províncias de
Tete, Zambézia e Niassa. A precipitação média anual é de 1.044mm (no período de 1998 a
2007), na sua maioria concentrada na época chuvosa compreendida entre o mês de Outubro e
o mês de Março.
37
O mês mais chuvoso é Janeiro, mas tem-se registado grandes quedas pluviométricas em todos
os meses no período chuvoso, com precipitações máximas de entre 118 a 381mm/mês. As
variações na precipitação de um ano para outro são consideráveis, tornando a de certa forma
imprevisível.
A temperatura média anual é de 22.0ºC, com uma época quente de Outubro a Abril e uma
época fresca de Maio a Setembro. As temperaturas do Chimoio podem ser consideradas
amenas em relação a outras partes de Moçambique, com uma temperatura mínima de 10.8º C
e máxima de 32.1º C. Os meses mais quentes são Dezembro e Janeiro e o mais fresco o de
Julho.
Hidrografia
Actualmente, grande parte das áreas pantanosas, estão gradualmente sendo ocupadas para
construção de habitação e outras infra-estruturas socioeconómicas, facto que contribui para a
alteração da rede hidrográfica da cidade.
As águas subterrâneas estão ao nível não inferior a cinco metros de profundidade. No entanto
é possível abrir um poço de forma artesanal. Este facto atenua grandemente a falta de água em
determinados períodos, uma vez que a Barragem não abastece a cidade ao longo de todo o
ano.
Vegetação e fauna
Solos
Os solos do distrito de Chimoio mostram uma estreita relação com a geologia e o clima da
região e são localmente modificados pela topografia e o regime hídrico. Em geral, os solos
são desenvolvidos sobre materiais do Soco do Pré-câmbrico, rochas ácidas como granito e
gnaisse.
Geomorfologia
Vias de acesso
A região de Chimoio é servida como uma excelente via rodoviária operacional que liga a
cidade de gondola e a de Manica e a linha férrea que se estende paralelamente a via rodoviária
ligando a cidade portuária da Beira passando por Gondola a vila de Machipanda. A rede
rodoviária é caracterizada por picadas que ligam a cidade de Chimoio aos diferentes pontos de
interesse mineiro e agro-pecuário.
Geologia local
O Planalto de Chimoio faz parte da Província geológica de Manica com altitude de cerca de
750m e entre 500 a 1.000m, numa região caracterizada por quartzitos e xistos fortemente
deformados. Enquanto os quartzitos formam afloramentos rugosos e rochas escarpadas, os
xistos formam superfícies planas e arredondadas. Os solos predominantes são argilosos
vermelhos profundos de fertilidade média e com baixa susceptibilidade à erosão.
39
A zona é susceptível a abalos sísmicos, tendo-se registado vários terramotos entre nos últimos
anos, com o maior ocorrido no Distrito de Machaze em 23 de Fevereiro 2006 com a
magnitude de 7.5 na escala de Richter, jamais registada na África Austral. Este terramoto fez
se sentir em locais tão distantes como foi o caso de Maputo, Harare, Lusaka e Joanesburgo.
Para atingir os objectivos deste trabalho, a técnica de pesquisa foi o estudo de caso.
1. Levantamentos Bibliográficos
A fase de revisão bibliográfica caracterizou-se por uma busca abrangente por trabalhos
relacionados com o processamento ou beneficiamento de rochas ornamentais desde a fase
primaria (serradura) e fase secundaria (polimento), nesta etapa foi reunido e confrontado
todos os dados bibliográficos disponíveis sobre a área de estudo, artigos, revistas.
2. Trabalho de Campo
Nessa etapa da pesquisa, fez-se uma visita a cidade de Chimoio, concretamente na empresa
Hellin Mining co Lda, localizada na zona de Tembwe, cidade de Chimoio, para mapear a área
de estudo, colecta de dados e presenciar todo processo de beneficiamento onde foram
observados no campo os seguintes aspectos importantes para a colecta de dados:
Foram feitas as observações e descrições das rochas em seguintes aspectos da rocha: Classe,
local de cristalização, textura, mineralogia, grau de alteração, cor e por fim dar o nome.
Neste processo de corte dos blocos em placas para polimento é feito por dois tipos de teares a
destacar multilamina e multifio.
Observou se os seguintes aspectos: abrasivo usado no corte, velocidade de avanço, carga
aplicada, velocidade de corte e tipo de movimento).
41
No que diz respeito a esta etapa foram seleccionados 2 tipos de blocos para serradura a saber:
i. Bloco menor: 3 m de comprimentos, 93 cm de largura e 90 cm de espessura;
O corte de blocos menores é feito por uma maquina multilamina, onde as lâminas são
colocadas conforme o comprimento exigido.
Fonte: Autor
ii. Bloco maior: 3 m3 de comprimentos e 2 m3 de largura.
O corte de blocos maiores é feito por máquina de corte multifio ou fio adiamantado, por conta
da largura das chapas precisadas
Fonte: Autor
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2.3.1. Brilho
Brilho é a capacidade de reflexão da luz visível incidida, ou seja, o aspecto geral de uma
superfície quando reflecte a luz (DANA, 1956). Alguns autores como Erdogan (2000)
defendem a ideia de conciliar o processo de polimento com métodos de análise de imagens.
Este método consiste em um sistema que utiliza luz reflectida a 60 graus em uma chapa,
sendo o brilho captado por uma câmera de vídeo com alta definição, que conectada a um
computador transfere os dados para a obtenção de gráficos. Estes gráficos mostram os valores
de brilho sendo inversamente proporcionais à rugosidade das chapas, ou seja, quanto maior o
brilho menor a rugosidade.
O Glossmeter é o equipamento mais utilizado para a medição de brilho. Este aparelho foi
desenvolvido fundamentalmente através do procedimento ditado pela norma ASTM D 523-
94. Os medidores de brilho foram desenvolvidos para superfícies metálicas homogéneas,
sendo também muito utilizados actualmente no sector de rochas ornamentais.
Os aparelhos de medição de brilho têm a capacidade de medir até 100 pontos, onde o índice,
exigido pelo mercado, deve superar 70 pontos medidos na escala dos aparelhos e quanto
maior a desigualdade dos aspectos estéticos (movimentos) de uma rocha, maior o número de
medidas necessário para uma média representativa.
O brilho final de uma placa de granito é influenciado também por factores não inerentes à
rocha a ser polida, como por exemplo, a escolha do abrasivo, a carga e a velocidade de
rotação das cabeças de polimento e a velocidade do avanço da placa, ou seja, as variáveis
operacionais (SILVEIRA, 2007).
2.3.2. Rugosidade
Por falta deste dispositivos electrónicos para a medição do brilho e rugosidade, neste trabalho
foram usados técnicas de medição que são empregados pelos técnicos que controlam o
processo na empresa como:
De salientar que estes métodos não são científicos ou mesmo acreditados por isso a
necessidade desta pesquisa.
Componentes analisados
Para realização do polimento foi utilizada uma politriz automática Chinesa da marca JY-Jing
Yow modelo ISO0091:2008 (Figura 14). Esse tipo de politriz com esteira é o mais usado no
mercado actualmente. Seu funcionamento segue uma linha de produção, sendo rápida e
segura durante todo o processo de polimento.
Esses cabeçotes são sustentados por mandris, acoplados em duas traves, cada uma com 11
cabeçotes (Figura 14D). No final do polimento a chapa sai polida pelo movimento da esteira e
um secador retira o excesso de água por cima da placa (Figura 14C).
A B
C D
Figura 14: Politriz automática, Placa a entrar na maquina antes de ser polida A, os rebolos abrasivos
passam por cima da chapa B, chapa sai polida C e demostração da trave secundaria com 11 cabeças D.
Fonte: Autor
As traves ficam suspensas pela base da politriz através do contacto de pastilhas de grafite de
alta dureza banhado em óleo. As traves proporcionam aos cabeçotes o movimento sobre a
chapa, sustentam os mandris, cabos eléctricos e as tubulações de água e ar que actua na
pressão. Já os mandris sustentam os cabeçotes ou os satélites com dínamos e o motor que o
faz girar. Com a principal função de fazer o movimento vertical (sobe e desce) dos cabeçotes
no início e no final de cada chapa. Seu accionamento ocorre através de válvulas pneumáticas.
A politriz possui 22 painéis (Figura 15A) de comando individual para cada cabeçote. Nos
painéis existem os comandos do motor: subir, descer; e um dos principais comandos para o
polimento que é o regulador da pressão, que fica visível em um manómetro analógico.
Outro comando essencial para o bom funcionamento da politriz é o painel de comando central
(Figura 15B). Esse computador marca e regula diversos parâmetros da máquina. A velocidade
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da esteira e das traves, movimento das traves, desligar e ligar a maquina, o momento em que
os cabeçotes descem e sobem sobre a chapa, ligar água e outros, além de mostrar uma visão
geral da politriz em funcionamento com os cabeçotes que estão funcionando ou parados, as
medidas e a posição das chapas ao longo da esteira.
Figura 15: Comando individual para cada satélite ou cabeçote A, Comando Central B
Fonte: Autor
Os cabeçotes de polimento, também conhecidos na indústria por satélites, são da marca JY –
Jing You com encaixe de seis abrasivos cada um. Os abrasivos são divididos entre
adiamantados (ficam na primeira parte da politriz), resinóides e lustro (na segunda parte).
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A B
Figura 16: Abrasivos magnesianos fixados no Rebolo A, Abrasivos pequenos pra cabeçote 1 B,
Rebolo pra fixação de abrasivos pequenos C.
Os grãos e tipos dos abrasivos com a sequência dos seus respectivos cabeçotes utilizados
durante o polimento estão indicados a seguir (Tabela 2).
Trave 1 Trave 2
o o
Satélite n Granulometria Tipo Satélite n Granulometria Tipo
1 #20 Diamantado 12 #600 Resinoide
2 #60 Diamantado 13 #600 Resinoide
3 #60 Diamantado 14 #800 Resinoide
4 #120 Diamantado 15 #1200 Resinoide
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Para este trabalho foram escolhidos dois tipos de amostras de placas de rochas a serem
polidos com as seguintes referências:
Figura 17: Placas menores prontos para serem polidas identificado por A.
Fonte: Autor
b) Placas maiores (identificado por B):
Figura 18: Placa menores prontos para serem polidas identificado por B.
Fonte: Autor
A rocha ornamental utilizada nessa pesquisa é um granito preto ou granito negro nome no
ramo comercial e construção civil, mas petrograficamente é denominado Gabro.
Em sentido estrito o gabro é uma rocha ígnea plutónica composta principalmente por
plagioclase cálcica e piroxenas em proporções de volume similares. Em sentido mais amplo, o
termo gabro engloba as rochas gabroicas do diagrama QAPF, ou seja aquelas do grupo
anortosito-gabro-diorito que apresentam mais de 10% de mineras escuros e plagioclase
cálcica (An50-An100).
Óxidos %
SiO2 42.2
Al2O3 16.2
Fe2O3 3.7
FeO 8.3
MgO 6.0
CaO 10.8
Na2O 3.4
K2O 1.7
50
P2O5 0.5
H2O 2.1
Outros 0.4
2. Serradura ou corte
Os abrasivos usados no corte são abrasivos diamantados que são fixados nos discos de aço
com um espaçamento uniforme.
Movimento de pressão;
Movimento de extensão e contracção;
Movimento retro percussão.
Esses movimentos são condicionados por duas forças: força electromagnética e a força
hidráulica.
Durante o processo do corte das placas na máquina do disco cortante é injectada a água, para
evitar o aquecimento do disco, evitar o levantamento de poeiras e resfriamento da própria
máquina.
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3. Polimento
Os rebolos utilizados no polimento dos granitos são do tipo espatulante, que são acoplados em
uma cabeça do satélite de forma a permitir movimento oscilatório em torno de um eixo
longitudinal, garantindo um contacto linear entre o elemento abrasivo e a chapa e fornecendo
assim maior pressão específica sobre a rocha.
Para o polimento estudado, a granulometria dos abrasivos usados nos 22 cabeçotes foi:20, 60,
60, 120, 120, 120, 120, 220, 320, 320, 400, 600, 600, 800, 1200, 1200, 1500 e 1800 mesh,
com mais quatro cabeçotes com abrasivos de lustro no final.
Dados obtidos
Parâmetros analisados Amostra A Amostra B
1ª Trave 2ª Trave 1ª Trave 2ª Trave
Vazão da água L/Min 660 660
Pressão do satélite sobre a Chapa kg/cm2 25-45 50-75 25-45 45-75
Velocidade da esteira M/min 30 á 45 15
Velocidade dos satélites M/min 45 46
Velocidade das traves de 11 cabeças cada 50 60 80 90
M/min
Tempo de polimento pra cada chapa min 10 16
A pressão para cada cabeça é directamente proporcional ao gasto dos abrasivos, pois com a
diminuição dos abrasivos aumenta a pressão sobre a chapa, por isso que existe esta variação
da carga.
A seguir são ilustrados em forma de imagens das chapas menores e maiores pós o polimento
com uma qualidade diferenciada. Dados obtidos em dias diferentes por causa da troca de
abrasivos e também de operadores diferentes.
A B
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Figura 21 Placas menores já polidas, placa com baixa qualidade A e B, placa com boa qualidade C
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É possível notar que o processo de polimento de rochas ornamentais, abordado neste trabalho,
apresenta um conjunto de variáveis que interagem entre si e constroem um sistema tribológico
no qual os principais actores que comparticipam são a rocha, a máquina de polir e o rebolo
abrasivo.
Também observou-se que na instituição ainda são usadas a politrizes manuais que, apesar de
serem as primeiras máquinas utilizadas para o polimento de placas de rocha, não são muito
eficientes para obter uma qualidade excelente porque dependem muito para todas operações.
Nas politrizes manuais, a pressão do cabeçote e a trajectória do seu movimento sobre a
superfície a ser polida dependem exclusivamente da acção directa do operador. Por este fato,
são frequentes as variações da qualidade do polimento ao longo de uma mesma chapa. Devido
às limitações em termos de qualidade do produto e produtividade, o uso destas politrizes é
bastante restrito, não sendo recomendadas para empresas de beneficiamento que desejam
trabalhar com produtos de alta qualidade e elevado nível de produção.
1. Sugestões
1. Velocidade do tapete;
2. Velocidade da ponte;
3. Sequência abrasiva
4. Caudal de água
5. Pressão
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Velocidade do tapete
Deve ser sempre proporcional à velocidade do tapete, a fim de evitar espaços vazios
entre os movimentos de zig-zag. Portanto, quanto maior a velocidade do tapete, maior
também deverá ser a velocidade da ponte.
Sequência abrasiva
Granitos duros exigem uma concentração maior de abrasivos grossos nas primeiras
cabeças.
O consumo dos calços nessas primeiras cabeças será maior.
Granitos macios necessitam de uma concentração maior de abrasivos nos grãos
intermédios (entre 120 e 400), para garantir um bom fecho do grão. Estes granitos são
abrasivos e o desgaste dos calços intermédios será sempre maior.
Deverá ser de 20 litros/minuto por cabeça no mínimo, para os granitos em geral.
Quando o granito for preto ou verde recomenda-se um caudal de água ainda maior,
para evitar riscos, em torno de 25 a 30 litros/minuto por cabeça.
Caudal de água
Pressão
Nas últimas cabeças (800 – 1200 e brilho) de modo a elevar o brilho final.
Quando trabalharmos granitos delicados como, por exemplo, o preto, para evitar
riscos;
Em chapas com espessura menor que 3 cm para evitar quebras.
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Bibliografia
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR/ PRÉ – PROFISSIONAL REALIZADA NA
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