Polimento de Rochas

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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE GEOLOGIA

FRANCISCO CHARLES FRANCISCO

ANÁLISE DA TÉCNICA DE POLIMENTO DE GRANITO


PARA APLICAÇÃO COMO ROCHA ORNAMENTAL:
ESTUDO DE CASO DA EMPRESA HELLIN MINING CO LDA

Beira

2021
FRANCISCO CHARLES FRANCISCO

ANÁLISE DA TÉCNICA DE POLIMENTO DE GRANITO PARA


APLICAÇÃO COMO ROCHA ORNAMENTAL: ESTUDO DE CASO DA
EMPRESA HELLIN MINING CO LDA

Monografia científica a ser apresentada ao


Curso de licenciatura em Geologia DA
Faculdade de Ciencias e Tecnologia, para a
obtenção do titulo de Licenciado em
Geologia com Habilitação em Mineração.
Supervisor: PHD: Osvaldo Rupias
Co- supervisor: dr. Pita Lucas

Beira

2021
II

Índice
Índice de Figura.................................................................................................................................... IV
Índice de tabelas ...................................................................................................................................... V
Índice de mapas ...................................................................................................................................... VI
Lista de abreviaturas ............................................................................................................................. VII
Declaração de Honra ............................................................................................................................ VIII
Dedicatória ............................................................................................................................................. IX
Agradecimento ........................................................................................................................................ X
Resumo ................................................................................................................................................... XI
Abstract ................................................................................................................................................. XII
Capitulo I: Introdução ........................................................................................................................... 13
Objectivos ............................................................................................................................................. 15
Objectivo geral .................................................................................................................................. 15
Objectivos específicos ....................................................................................................................... 15
Justificativa ........................................................................................................................................... 16
Problema em estudo .............................................................................................................................. 17
Delimitação e enquadramento do Tema ................................................................................................ 18
Enquadramento do tema ........................................................................................................................ 18
Capitulo II: Fundamentação teórica ...................................................................................................... 19
Conceitos básicos .............................................................................................................................. 19
Rochas Ornamentais.......................................................................................................................... 19
Tribologia .......................................................................................................................................... 19
Beneficiamento de rochas ornamentais ............................................................................................. 22
Beneficiamento Primário............................................................................................................... 22
Máquina multilámina .................................................................................................................... 23
Teares Multifio .............................................................................................................................. 24
Beneficiamento secundário ........................................................................................................... 25
Processos de beneficiamento secundário ...................................................................................... 25
Máquinas e Abrasivos ................................................................................................................... 26
MÁQUINAS ................................................................................................................................. 26
Politrizes Manuais ......................................................................................................................... 26
Capítulo III: Características Físicas da Área de Estudo ........................................................................ 35
Breve Caracterização do Distrito ...................................................................................................... 35
Localização da área de estudo ........................................................................................................... 36
Superfície .......................................................................................................................................... 36
III

Clima ................................................................................................................................................. 36
Hidrografia ........................................................................................................................................ 37
Vegetação e fauna ............................................................................................................................. 37
Solos .................................................................................................................................................. 38
Geomorfologia .................................................................................................................................. 38
Vias de acesso ................................................................................................................................... 38
Geologia local ................................................................................................................................... 38
Capitulo IV: Metodologias .................................................................................................................... 40
1. Levantamentos Bibliográficos ................................................................................................ 40
2. Trabalho de Campo ................................................................................................................ 40
2.1. Tipo de rocha ................................................................................................................... 40
2.2. Processo de corte ou serradura dos blocos .................................................................... 40
2.3. Processo de polimento ......................................................................................................... 42
2.3.1. Brilho ............................................................................................................................ 42
2.3.2. Rugosidade ................................................................................................................... 42
Componentes analisados ............................................................................................................... 43
2.4. Obtenção de dados .......................................................................................................... 48
3. Trabalho de Gabinete ............................................................................................................. 48
Capitulo V: Resultados e Discussões .................................................................................................... 49
1. Material rochoso estudado ..................................................................................................... 49
1.1. Descrição do Gabro ......................................................................................................... 49
2. Serradura ou corte .................................................................................................................. 50
3. Polimento ................................................................................................................................. 51
3.1. Abrasivo para polimento ................................................................................................ 51
Capitulo IV Conclusões e sugestões ..................................................................................................... 56
1. Sugestões .................................................................................................................................. 56
Velocidade do tapete ..................................................................................................................... 57
Velocidade da ponte ou da trave ................................................................................................... 57
Sequência abrasiva ........................................................................................................................ 57
Pode-se Caudal de água................................................................................................................. 57
Pressão........................................................................................................................................... 57
Bibliografia ........................................................................................................................................... 59
IV

Índice de Figura
Figura 1: Desgaste a dois (polimento) e a três (serragem) corpos (ZUM-GAHR, 1987). ....... 21
Figura 2: Sistema tribológico existente nas etapas de beneficiamento (Fonte: Adaptado pelo
Autor) ....................................................................................................................................... 21
Figura 3 Contexto tribológico do polimento de rochas ornamentais (Altoé & Silveira, 2014).
.................................................................................................................................................. 22
Figura 4: Tear multilamina (Fonte: Adaptado pelo Autor) ...................................................... 24
Figura 5: Fios adiamantado A, Corte de bloco através de tear multifio B (Fonte: Adaptado
pelo autor) ................................................................................................................................. 25
Figura 6: Placa de granito polido. (Fonte: Adaptado pelo autor) ............................................. 26
Figura 7: Politriz manual. (Fonte: Adaptado pelo autor).......................................................... 27
Figura 8: Politriz automática multicabecas. (Fonte: Adaptado pelo autor) .............................. 28
Figura 9: Satélites e esteira A, Satélites de lustro B. (Fonte: Adaptado pelo autor) ................ 28
Figura 10: A dinâmica da movimentação das sapatas no satélite, durante o desgaste abrasivo a
dois corpos de rochas, com o uso de abrasivos do tipo sector. Fonte: (SILVEIRA, 2007) ..... 29
Figura 11; Abrasivo magnesiano (A) e (D), Abrasivos adiamantados até o lustro de uma
politriz manual (B), Abrasivos adiamantados de politriz multicabecas (C). (Fonte: Adaptado
pelo Autor)................................................................................................................................ 30
Figura 12 Corte de bloco menor ............................................................................................... 41
Figura 13: Corte de blocos maior na maquina multifio ............................................................ 41
Figura 14: Politriz automática, Placa a entrar na maquina antes de ser polida A, os rebolos
abrasivos passam por cima da chapa B, chapa sai polida C e demostração da trave secundaria
com 11 cabeças D. .................................................................................................................... 44
Figura 15: Comando individual para cada satélite ou cabeçote A, Comando Central B ......... 45
Figura 16: Abrasivos magnesianos fixados no Rebolo A, Abrasivos pequenos pra cabeçote 1
B, Rebolo pra fixação de abrasivos pequenos C. ..................................................................... 46
Figura 17: Discos de corte dos blocos em chapas .................................................................... 50
Figura 18: Abrasivos usados na empresa para polimento ........................................................ 51
Figura 19 Placas menores já polidas, placa com baixa qualidade A e B, placa com boa
qualidade C ............................................................................................................................... 53
Figura 20: Placas maiores polidas: baixa qualidade A, boa qualidade B ................................. 54
V

Índice de tabelas

Tabela 1: Abrasivos Utilizados na politriz automática para polimento do granito na empresa


HM Lda .................................................................................................................................... 46
Tabela 2: Composição química ................................................................................................ 49
Tabela 3: Parâmetros analisados param cada amostra.............................................................. 52
VI

Índice de mapas

Mapa 1 Localização geográfica de Chimoio. ........................................................................... 35


Mapa 2 Localização da área de estudo ..................................................................................... 36
Mapa 3 Geologia de Chimoio................................................................................................... 39
VII

Lista de abreviaturas

HM Lda – Helin Mining Lda


JY – Jing Yow
VIII

Declaração de Honra

Eu Francisco Charles Francisco, declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, foi esforço e dedicação de
cada dia que si deu por concluído, obedecendo o regulamento que regem a elaboração dos
trabalho/monografias científicas da Universidade Licungo.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.

Beira, 30 de Outubro de 2021

_______________________

(FRANCISCO CHARLES FRANCISCO)


IX

Dedicatória

A Deus todo-poderoso, em especial ao meu pai Charles Francisco e a minha mãe Lídia Luta
que Deus a tenha, pela razão da minha existência.

Aos meus irmãos Simão, Alfredo, Joana, Anora, pelo apoio que me deram durante a minha
caminhada académica, pela força que tiveram durante a minha ausência devido a minha
jornada académica.

Aos meus Tios Aberto, Manuel, Fernando, Viegas, a tia Deolinda, e mais outros.

À toda família, que incentivou de forma incansável e aos demais que acreditaram nas minhas
Potencialidades académicas.
X

Agradecimento

A Deus todo-poderoso por me dar, a vida, o Dom da Sabedoria, a Fé, Perseverança e pela sua
protecção, nos momentos difíceis e bons que passei durante a Licenciatura.

Em segundo lugar agradecer aos meus pais que deram seu máximo para a minha formação,
graças a eles tudo aconteceu, pela motivação, encorajamento, que me proporcionaram.

Agradecer a Universidade pela oportunidade de fazer o curso, ao Departamento de Ciências e


Tecnologias, e ao elenco do curso.

Agradecer aos docentes pelo trabalho e dedicação para melhor aprendizado, são eles: ao
excelentíssimo dr. Ernesto Domingos Victorino, Msc Assane Pena, Msc Felisberto Lima,
Msc. Munuel Pedro Tomo Simbe, em especial ao meu supervisor PHD Osvaldo Rupias.

Aos colegas da classe Geo17, Geo15 e Geo16, pela motivação, dedicação e encorajamento,
não só formamos uma turma, mas sim família, em especial, António Samuel David, Bibiana,
João Mupungue, Edson Salane, Vicente, Tendai, Acácio, Leonardo, Elph pelo apoio que me
deram nos momentos baixos e momentos bons que compartilhamos durante a minha carreira
académica.

A todos que aqui que não foram mencionados, mas que contribuíram directa e indirectamente
para a conclusão deste trabalho os meus comprimentos e agradecimentos.
XI

Resumo

As rochas ornamentais são materiais naturais que passam por vários processos de
beneficiamento e são empregadas para fins estéticos. O polimento faz parte do processo de
beneficiamento e tem como objectivo reduzir a rugosidade da superfície do material para dar
um maior brilho a placa da rocha depois do corte.

A fase de beneficiamento de rochas ornamentais é de extrema importância neste ramo pois é a


fase de acabamento dos blocos das rochas lavradas nas minas onde emprega duas principais
fases a saber: beneficiamento primário (corte ou serradura dos blocos transformando-as em
placas ou chapas) e o beneficiamento secundário (polimento, corte, designer, etc.).

No entanto o processo de polimento de rochas ornamentais é caracterizada pela abrasão entre


a superfície rochosa (chapa serrada ou cortada) e rebolos abrasivos, sendo o elemento
cortante, na maioria das vezes, composto por diamante ou, carbeto de silício (SiC).

As interacções entre as propriedades das rochas como minerais e as características texturais e


estruturais da rocha com as propriedades do abrasivo (dureza, forma, tamanho, etc.),
juntamente com as variáveis operacionais da máquina de polir (tensão de carregamento,
velocidade de avanço, vazão de água, tempo, etc.) configuram um sistema denominado
tribossistema.

A qualidade de polimento é totalmente dependente das interacções que com configuram o


tribossistema, pois todas a variáveis bem entronizados geram um produto com maior
qualidade.

A intensidade do brilho e a baixa rugosidade são parâmetros importantes para quantificar a


qualidade do processo de polimento, pois a placa com mais brilho e menos rugosidade tem a
maior qualidade, no entanto para obter maior qualidade é importante que desde o tipo do
maciço, estruturas, qualidade, fracturas, método de extracção, qualidade de corte das chapas e
as variáveis operacionais (operador qualificado, condições da politriz) no polimento sejam
bem-feitos para que haja boa qualidade.

Palavras-chave: Rocha ornamental, Polimento, Tribologia.


XII

Abstract

Ornamental stones are natural materials that undergo various processing processes and are
used for aesthetic purposes. Polishing is part of the beneficiation process and aims to reduce
the roughness of the material surface to give a greater shine to the rock plate after cutting.

The ornamental stone processing stage is extremely important in this field as it is the finishing
stage of the stone blocks mined in the mines, where it employs two main stages, namely:
primary processing (cutting or sawing the blocks transforming them into slabs or plates) and
secondary processing (polishing, cutting, designer, etc.).

However, the ornamental stone polishing process is characterized by abrasion between the
rock surface (sawn or cut sheet) and abrasive grinding wheels, the cutting element being, in
most cases, composed of diamond or silicon carbide (SiC).

The interactions between the properties of rocks as minerals and the textural and structural
characteristics of the rock with the abrasive properties (hardness, shape, size, etc.), together
with the operational variables of the polishing machine (loading stress, feed rate , water flow,
time, etc.) configure a system called tribosystem.

The quality of polishing is totally dependent on the interactions that make up the tribosystem,
as all well-enthroned variables generate a product with higher quality.

Gloss intensity and low roughness are important parameters to quantify the quality of the
polishing process, as the slab with more brightness and less roughness has the highest quality.
, quality, fractures, extraction method, quality of cut plates and operational variables
(qualified operator, conditions of the polisher) in polishing are well done so that there is good
quality.

Keywords: Ornamental rock, Polishing, Tribology.


13

Capitulo I: Introdução
Moçambique é um pais em via de desenvolvimento com o passar dos anos todas áreas do pais
vem evoluindo gradualmente, sendo assim o ramo das construções não fica de fora mas
também a qualidade das mesmas com as novas tecnologias não ficam de trás por isso a
extrema importância o estudo das rochas industriais e ornamentais para o mercado interno e
externo na geração de receitas para o pais.

As rochas ornamentais são elementos da construção civil utilizadas para revestimento em


diversas aplicações (pisos, paredes, balcões, campas, etc.), buscando agregar beleza estética
ao ambiente.

No âmbito comercial elas são dois grandes grupos, a saber: granitos e mármores. Onde os
granitos são as rochas silicáticas com predominância de quartzo e feldspato, abrangendo
rochas homogéneas (granitos, sienitos, monzonitos, dioritos, charnoquitos, diabásios,
basaltos, gabros, e. g.) e heterogéneas (gnaisses e migmatitos, e.g.). Os mármores são as
rochas carbonáticas, incluindo calcários (sensu stricto) e dolomitos (Mattos, 2000).

As rochas ornamentais passam por três etapas de transformação: a explotação, os


beneficiamentos primário e secundário. A explotação se dá pela lavra do maciço rochoso
extraindo o bloco, enquanto no beneficiamento primário o bloco é serrado formando chapas e
no beneficiamento secundário acontece o polimento da chapa.

Dentre as diversas formas de aplicação, o principal modo de se utilizar as rochas ornamentais


é em chapa de dois centímetros de espessura. Sua superfície pode não receber nenhum tipo de
tratamento (conhecida como chapa bruta), porém pode ser polida, flameada, jateada, apicoada
ou escovada. Dessas alternativas a chapa polida é o tipo de acabamento mais utilizado.

Para Kaschner (1996, segundo Silveira, 2007), a etapa do polimento consiste em uma
sequência de operações que busca diminuir a rugosidade superficial com foco no aumento da
intensidade do brilho. Isso ocorre pelas características reflectivas do material, porém é
inversamente proporcional a rugosidade. Dessa forma, o brilho e lustro estão associados à
eliminação da rugosidade da chapa deixada pelo beneficiamento primário e o fechamento dos
minerais da rocha. Isso ocorre com o uso de abrasivos, de grãos decrescentes, que em atrito
com a chapa promove seu desbaste e aumenta seu brilho.

No caso do polimento de rocha, os constituintes minerais irão responder de modo diferente às


solicitações impostas pelo abrasivo e pelas condições operacionais, gerando diferentes graus
14

de rugosidade à superfície. Sendo assim, deve-se considerar, no caso das rochas, suas
características petrográficas como factor de fundamental importância para o resultado final. É
possível notar que não se pode evoluir tecnologicamente em relação ao polimento de rochas
ornamentais sem, primeiramente, estudar tal processo à luz da Tribologia, bem como sem
dispor de uma máquina que permita estudar o maior número de variáveis influentes neste
tribossistema, nem procurar desenvolver insumos em consonância com os preceitos da
sustentabilidade.
15

Objectivos

Objectivo geral

 Analisar a técnica de polimento de granito para aplicação como rocha ornamental na


empresa Helin Mining co Lda.

Objectivos específicos

 Descrever macroscopicamente os granitos processados na empresa, e também as


propriedades físicas e mecânicas das rochas;
 Examinar o processo de beneficiamento primário (serradura dos blocos) e
beneficiamento secundário (polimento) de granito para aplicação como rocha
ornamental na empresa Helin Mining co Lda;
 Identificar quais mecanismos que influem na qualidade do produto final no processo
de polimento das placas;
 Gerar conhecimentos que possibilitem condições operacionais ideais para o
melhoramento da qualidade do polimento.
16

Justificativa

Com a crescente utilização das rochas como materiais de revestimento na construção civil no
pais e no mundo e as exigências do mercado consumidor, da segurança e durabilidade das
construções, tem aumentado a necessidade de se caracterizar adequadamente a qualidade nas
rochas ornamentais que visa estudar todos processos envolvidos como: a rocha (tipo,
minerais, textura), lavra e beneficiamento.

A saber, Moçambique possui muitas variedades de rochas ornamentais para revestimento e


também vem crescendo a indústria de rochas ornamentais desde a pesquisa, lavra (extracção)
e o beneficiamento.

Actualmente, o ramo académico e industrial interno necessita de informações mais detalhadas


das características das rochas utilizadas como material de construção e quais técnicas de
processamento alavancaria a qualidade do nosso produto nacional pra não depender tanto do
mercado externo, pois muita das vezes a lavra dessas rochas é feita aqui mas o beneficiamento
acontece no estrangeiro.

O beneficiamento de rochas ornamentais pode ser analisado sob a óptica da Tribologia,


porque envolve uma sucessão de etapas de desgaste, desde a serragem dos blocos até o
polimento das placas. Então nesses processos ocorre o processo de desgaste que esta dentro
do tribossistema, no qual as propriedades da rocha, do abrasivo e das variáveis operacionais
são elementos activos no processo.

Então a compreensão desses fenómenos e essas técnicas enriquecerá a capacidade de


operações mais eficiente neste ramo para determinar a qualidade do produto final.
17

Problema em estudo

A fase de beneficiamento de rochas ornamentais é de extrema importância, pois é a fase de


acabamento dos blocos das rochas lavradas nas minas onde emprega duas principais fases a
saber: beneficiamento primário (corte ou serradura dos blocos transformando-as em placas ou
chapas) e o beneficiamento secundário (polimento, corte, designer, etc).

No entanto, o processo de polimento de rochas ornamentais é caracterizada pela abrasão entre


a superfície rochosa (chapa serrada) e rebolos abrasivos, sendo o elemento cortante, na
maioria das vezes, composto por diamante ou, secundariamente, carbeto de silício (SiC).

A constatação de que diferentes características petrográficas nas rochas irão responder de


modo específico às mesmas solicitações de um determinado processo industrial, comprova
que a rocha apresenta um carácter activo na interacção da mesma com as propriedades do
abrasivo e as variáveis operacionais do equipamento de polir. Tal abordagem abre um campo
de pesquisa que utiliza conceitos de Tribologia para dar uma melhor compreensão acerca do
processo de polimento de rochas ornamentais.

Durante o tempo de estágio, foi evidenciado que os blocos depois de serem lavrados, como
também placas não polidas eram exportados, o processo de polimento das placas não era
completo onde a qualidade não era com a qualidade desejada as placas depois de serem
polidas eram por vezes devolvidas para serem outra vez polidas, pois poucas eram às vezes
em que as placas polidas saiam das politrizes e directamente eram empacotadas pra vendas.
Pois Varias vezes as chapas passavam pelo processo de resinagem para ganhar um certo
brilho após o polimento.

Diante do exposto e constatado surge a seguinte questão: Será que A técnica de


processamento (POLIMENTO) de granitos usada na Helin Mining co Lda pode
influenciar na qualidade do produto final?
18

Delimitação e enquadramento do Tema

A presente pesquisa intitulada ―ANÁLISE DA TÉCNICA DE POLIMENTO DE GRANITO


PARA APLICAÇÃO COMO ROCHA ORNAMENTAL: ESTUDO DE CASO DA EMPRESA
HELLIN MINING CO LDA” abrange a empresa Hellin Mining co Lda na fábrica de
processamento de granitos.

Enquadramento do tema

O presente trabalho científico enquadra-se na área de geologia de processamento e também na


cadeira de Rochas Industriais e Ornamentais Leccionada no curso de Geologia nível 4 na
UniLicungo Extensão da Beira.

Relevância:

Esse tema em análise possui tripla relevância

a) Relevância científica: será uma obra de consulta;


b) Relevância pessoal: satisfação por poder contribuir de algum modo no crescimento
da empresa;
c) Relevância social: crescimento da economia nacional, maior procura do produto
nacional e abastecimento do mercado, mão-de-obra qualificada.
19

Capitulo II: Fundamentação teórica

Conceitos básicos

Rocha é definida como um corpo sólido natural, resultante de um processo geológico


determinado, formado por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as
condições de temperatura e pressão existentes durante sua formação. Também, podem ser
corpos de material mineral não cristalino, como o vidro vulcânico e materiais sólidos
orgânicos, como o carvão (Isaia, 2007).

Mineral é uma substância sólida natural, inorgânica e homogénea, que possui composição
química definida e estrutura cristalina característica. Os minerais formam-se na natureza, por
cristalização a partir de líquidos magmáticos ou soluções termais, pela recristalização em
estado sólido, ou, ainda, como produto de reacções químicas entre sólidos e líquidos. (Isaia,
2007).

Rochas Ornamentais

Segundo (SILVEIRA, 2007) rocha ornamental é todo material rochoso natural, submetido a
diferentes graus ou tipos de beneficiamento, utilizado para exercer uma função estética.

O Laboratório de Caracterização de Rochas Ornamentais – LABTEC Rochas (2013), cita


ainda que as rochas ornamentais podem ser aplicadas em monumentos, esculturas, arte
funerária, bancadas, colunas, edificações, etc. Toda rocha ornamental deve ser identificada
por um padrão estético, que leva em conta a cor, a textura e a presença ou não de estruturas
nessa rocha. Essas características por sua vez são determinadas pelos processos geológicos
responsáveis pela formação dessa rocha e pela presença de determinados minerais,
orientações e deformações, dentre outros aspectos.

Tribologia

A Tribologia é a ―Ciência e tecnologia de superfícies que se interagem em movimento


relativo das práticas a elas relacionadas‖ (ZUM-GAHR, 1987). Estuda a ocorrência de atrito e
degaste como resultado das propriedades operacionais de um dado processo.

A Tribologia envolve estudos do atrito e do desgaste de corpos e pode ser definida como a
ciência e a tecnologia de superfícies que interagem em movimento relativo.

O atrito e o desgaste não são propriedades intrínsecas dos materiais, mas sim características
da interacção desses materiais com variáveis operacionais do processo a que estão
20

submetidos, sendo estes responsáveis, respectivamente, por dissipações de energia e matéria.


O atrito é a resistência ao deslocamento e é gerado a partir da interacção de sólidos em
determinadas áreas de contacto; já o desgaste é a perda progressiva de material da superfície
de um corpo sólido, decorrente do contacto e do movimento relativo deste com outro corpo
sólido, líquido ou gasoso (ZUM-GAHR, 1987).

O beneficiamento de rochas ornamentais compreende uma sucessão de etapas de desgaste


abrasivo, que se inicia com a serragem dos blocos e vai até o polimento final das placas. A
abordagem de estudo dessas etapas, em diversos casos, pode ter o mesmo enfoque dado pela
Tribologia, ramo da engenharia mecânica que trata dos mecanismos de desgaste de ligas
metálicas. O desgaste, segundo tal enfoque, se insere no chamado tribossistema, cujo
resultado final retrata a interacção entre as propriedades intrínsecas da rocha, do abrasivo e
das variáveis operacionais do processo.

Para compreender adequadamente as interacções entre essas três variáveis, é conveniente


organizá-las de tal maneira que cada aspecto particular seja tratado como elemento de um
conjunto com determinado número de variáveis.

Dessa forma, têm-se envolvido os seguintes parâmetros: da rocha – mineralogia, textura, grau
de alteração, anisotropia e propriedades mecânicas; do abrasivo – dureza, parâmetros de
forma e tamanho; do processo – velocidade de avanço, carga aplicada, velocidade de corte e
tipo de movimento.

Os parâmetros relativos à rocha, principalmente no caso dos granitos, mostram grande


complexidade para a quantificação do desgaste, razão pela qual não há ensaios laboratoriais
que possam simulá-lo com fidelidade nas várias etapas do beneficiamento. A abordagem
desse assunto, sob a óptica da Tribologia, propicia maior conhecimento dos fenómenos
envolvidos no processo industrial e contribui para a diminuição do empirismo verificado
nesse sector produtivo.

Para (ZUM-GAHR, 1987), o desgaste por abrasão se caracteriza por movimento relativo entre
um corpo duro e uma superfície mais ―mole‖. Neste processo, tanto o corpo duro pode ser
fracturado como a superfície mais mole pode ser trincada e/ou deformada, sendo
posteriormente removidos da superfície, resultando em mensurável perda de volume. O
desgaste abrasivo pode ser de contacto a dois e a três corpos (Figura 1).
21

Figura 1: Desgaste a dois (polimento) e a três (serragem) corpos (ZUM-GAHR, 1987).

A resistência ao desgaste é considerada parte de um sistema tribológico, sendo influenciada


por vários parâmetros, dentre eles o tipo de abrasivo, as propriedades do material, as
características do projecto e as condições operacionais do equipamento de desgaste.

Para compreender as interacções existentes entre essas variáveis, é conveniente organizá-las


em torno do conceito de Sistema de Desgaste ou Tribossistema, de tal maneira que cada
aspecto particular seja examinado como elemento de um todo mais amplo. De maneira
esquemática, o tribossistema existente no beneficiamento de rochas ornamentais é mostrado
na Figura 2.

Abrasivo Rocha

Desgaste
Abrasivo

Processo

Figura 2: Sistema tribológico existente nas etapas de beneficiamento (Fonte: Adaptado pelo Autor)
22

Figura 3 Contexto tribológico do polimento de rochas ornamentais (Altoé & Silveira, 2014).

Beneficiamento de rochas ornamentais

O beneficiamento de rochas ornamentais visa basicamente a transformação dos blocos,


extraídos na fase de lavra, em produtos finais ou semiacabados. Desta forma, podem se
separar as fases de beneficiamento em primário, ou desdobramento, e secundário. O primeiro
compreende a preparação e serragem dos blocos em chapas de espessura variável, usualmente
dois ou três centímetros.

No segundo processo, as chapas são submetidas a acabamento superficial, com ou sem


resinagem, que pode ser um simples desbaste, polimento, escovado, flameado ou outros tipos
que serão vistos neste capítulo, assim como a produção de ladrilhos e outras peças.

A compreensão das etapas de beneficiamento de rochas ornamentais, mais especificamente a


serragem e o polimento, como sendo processos de desgaste de uma superfície em que existe
uma íntima relação entre as muitas variáveis envolvidas, ainda não é completa. As
características intrínsecas da rocha, os tipos de teares (multifio e multilâmina), talha-blocos,
serras adiamantadas e politrizes (automáticas e semiautomáticas), os tipos e formas de
abrasivos são alguns dos factores que influem no produto final e que são colocados, na
maioria dos casos, em segundo plano.

Beneficiamento Primário

O beneficiamento primário também é conhecido como serragem ou desdobramento e consiste


no corte dos blocos em chapas com espessuras bastante próximas do produto acabado
23

constitui a primeira etapa do processo de industrialização das rochas ornamentais. Isso é feito
com uso de equipamentos como teares multilâmina, tear monolâmina, talha-blocos de disco
adiamantado, teares multifio adiamantados ou monofio adiamantado.

As rochas são extraídas do maciço rochoso na forma de blocos (aproximadamente 3 m x 1,8


m x 1,8 m) que geralmente são serrados em teares (Figura 3), por meio da acção combinada
de lâminas de aço e da mistura abrasiva constituída de água, cal e granalha metálica,
distribuída por gotejamento intenso sobre o bloco. Essa mistura abrasiva é recolhida por um
escoadouro posicionado sob o tear e reutilizada por bombeamento contínuo em circuito
fechado (Ribeiro, Silveira, & Paraguassu).

Máquina multilámina

A serragem dos blocos, na sua grande maioria, é realizada com esses teares, que representam
um modelo mais tradicional e amplamente difundido para o desdobramento de granitos
comerciais.

Ela se dá pela acção de uma polpa abrasiva composta por água, granalha de aço ou ferro, cal
ou bentonita e o próprio pó da rocha, a qual é conduzida por um conjunto de lâminas
dispostas de maneira equidistante, fixadas e tencionadas num quadro que, se movimenta de
forma descendente sobre o bloco. Esse quadro é suportado por quatro colunas e acoplado à
um sistema de biela/manivela, que é accionado por um motor eléctrico. Esse mecanismo é
responsável pela movimentação do quadro porta lâmina, que entra em atrito com o bloco. A
velocidade de descida do quadro porta lâmina é conhecida como cala.

Sob a óptica tribológica do processo, abordada por Silveira (SILVEIRA, 2007), a etapa de
desgaste nos teares pendulares pode ser entendida como sendo um processo de desgaste entre
três corpos, onde o abrasivo (granalha), desliza entre duas superfícies (lâmina e a rocha a ser
serrada).
24

Figura 4: Tear multilamina (Fonte: Adaptado pelo Autor)

Teares Multifio

Os teares multifio representam uma evolução tecnológica idealizada a partir do sucesso do


uso do fio diamantado na lavra de rochas ornamentais. Eles são constituídos de uma estrutura
(armação) metálica, na qual se dispõem de forma equidistante e tensionados os fios
diamantados, que realizam um movimento circular em torno dela. Esse conjunto armação/fios
é suportado por duas ou quatro colunas (dependendo do fabricante e do modelo) e
movimentando-se verticalmente em sentido descendente, os fios diamantados entram em
contato com o bloco proporcionando o seu desdobramento em chapas. Chama-se cala
(velocidade de corte) à distância percorrida na descida do conjunto em função do tempo gasto
(Silveira & Bolonini, 2016).

A tecnologia de fio diamantado aplicada ao beneficiamento primário de granitos comerciais


melhora a produtividade, pois a cala do tear multifio é maior que à do tear multilâmina. O fio
diamantado é constituído por um cabo de aço sobre o qual são fixadas pequenas peças
cilíndricas diamantadas (pérolas), distanciadas entre si por um plástico/borracha especial
injetado a alta pressão. A pérola diamantada utilizada no fio apresenta, aproximadamente,
diâmetro inicial de 6,7mm, tendo sua utilização finalizada quando apresentar diâmetro de
5,2mm (Silveira & Bolonini, 2016).
25

A B

Figura 5: Fios adiamantado A, Corte de bloco através de tear multifio B (Fonte: Adaptado pelo
autor)

Beneficiamento secundário

Processos de beneficiamento secundário

O processo de polimento de rochas ornamentais configura-se como a etapa mais importante


dentre os tipos de beneficiamento secundário. Outras formas de acabamento superficial, como
a flamagem, apicoamento, escovação, entre outras, são também realizadas no material pétreo.
Esta seção mostrará essas formas de trabalho em chapas de rochas ornamentais.

O processo de polimento e lustro de placas de rochas ornamentais constitui-se de uma série de


operações que reduzem a rugosidade da superfície serrada para imprimir determinada
intensidade de brilho. É feito por meio de elementos abrasivos que, conduzidos em
movimentos de fricção sobre o material, vão desbastando-o até atingir o grau de polimento
desejado. A qualidade final do polimento de uma placa de rocha ornamental é determinada
apenas por métodos empíricos. Como regra geral, tal parâmetro é inferido pela granulometria
dos abrasivos utilizados durante as etapas de polimento (SILVEIRA, 2007)

Os equipamentos utilizados nessa operação são politrizes e rebolos abrasivos, fixados em


cabeçotes rotativos que, por sua vez, são aplicados sob pressão e em movimentos circulares
sobre a superfície das placas. Como as chapas provenientes do desdobramento de blocos
apresentam uma rugosidade elevada, o polimento deve ser realizado pela diminuição gradual
dessa rugosidade. Para tal, utilizam-se rebolos de grãos abrasivos de granulometrias
diferentes, em sequência decrescente. Para refrigeração do processo e escoamento dos
resíduos, utiliza-se um fluxo constante de água (Silveira & Bolonini, 2016)
26

O processo de polimento e lustro de mármores e granitos se traduz em uma série de operações


que reduzem a rugosidade da superfície trabalhada, dando-lhe o maior brilho possível
(SILVEIRA, 2007). A técnica utilizada consiste na abrasão da superfície, através do atrito
com elementos abrasivos (normalmente Carbureto de Silício) de dureza superior aos minerais
presentes nos mármores e granitos.

No equipamento utilizado, os rebolos abrasivos são fixados em cabeçotes rotativos que


circulam sobre a superfície com um fluxo constante de água. São usados rebolos de grãos
abrasivos em granulometrias diferentes, em ordem decrescente, identificando assim três
etapas do processo: desbaste, polimento e lustro.

O desbaste consiste principalmente em preparar a chapa para o polimento propriamente dito,


desbastando-se irregularidades existentes nas chapas provocadas pelo corte no tear. O
polimento e o lustro têm por função dar o brilho (figura a seguir) na superfície da rocha.

Figura 6: Placa de granito polido. (Fonte: Adaptado pelo autor)

Máquinas e Abrasivos

MÁQUINAS

Actualmente o sector industrial conta, para o polimento de diversas variedades litológicas,


com politrizes semiautomáticas e automáticas. (Azevedo, et al., 2014) dão uma noção de
quando surgiram e como são constituídos estes equipamentos e seus componentes.

Politrizes Manuais

São aquelas em que o operador exerce directamente controle sobre a movimentação, pressão e
tempo do polimento (Figura 7), o que pode induzir à baixa produtividade e variação na
27

qualidade do acabamento. Ainda é o equipamento utilizado no mundo todo, mas tende a ser
gradativamente substituído por equipamentos de maior desenvolvimento tecnológico.

Figura 7: Politriz manual. (Fonte: Adaptado pelo autor)

Politrizes automáticas ou multicabeças

Surgiram no final da década de 1970 apresentando um chassi de ferro fundido ou aço que
assenta uma bancada ou mesa perfeitamente plana, sobre a qual corre uma esteira de borracha
que transporta as chapas a serem polidas. Sobre esta esteira e disposta longitudinalmente a
ela, é montada uma trave que sustenta os conjuntos moto-redutor e cabeçote e realiza um
movimento transversal sobre a mesa.

A conjugação do movimento da esteira que conduz as chapas, com o movimento de rotação


dos cabeçotes e o movimento transversal da trave, proporciona todos os movimentos
necessários à acção dos abrasivos no processo de polimento.

Os abrasivos são colocados nos cabeçotes em sequência, do grão maior para o menor, no
sentido de movimentação das placas, de modo que ao sair no final da esteira o material esteja
polido. O processo de polimento de rochas ornamentais e para revestimento se dá,
principalmente, com o uso de dois dispositivos: satélites e pratos.

Utilizam de 5 a 20 cabeçotes, trabalhando na sequência adequada de rebolos abrasivos desde


o desbaste até o lustro final. A produtividade e qualidade são mais elevadas (figura 8).

Este equipamento é composto por um chassi de ferro fundido ou aço que assenta uma bancada
ou mesa perfeitamente plana, sobre a qual corre uma esteira de borracha que transporta as
28

chapas a serem polidas. Sobre esta esteira e disposta longitudinalmente a ela, é montada uma
trave que sustenta os conjuntos moto-redutor e cabeçote e realiza um movimento transversal
sobre a mesa. A conjugação do movimento da esteira que conduz as chapas, com o
movimento de rotação dos cabeçotes e o movimento transversal da trave, proporciona todos
os movimentos necessários à acção dos abrasivos no processo de polimento. Os abrasivos são
colocados nos cabeçotes em sequência, do grão maior para o menor, no sentido de
movimentação das placas, de modo que ao sair no final da esteira o material esteja polido
(SILVEIRA, 2007).

Os diversos modelos disponíveis no mercado oferecem configurações que vão de 8 a 20 ou


mais cabeçotes por equipamento. Quanto maior o número de cabeçotes maior a produtividade
para o determinado nível de qualidade do polimento (Figura 9).

Figura 8: Politriz automática multicabecas. (Fonte: Adaptado pelo autor)

A B

Figura 9: Satélites e esteira A, Satélites de lustro B. (Fonte: Adaptado pelo autor)


29

O nível de automação é muito elevado e oferece facilidades operacionais como, programação


das velocidades de esteira e trave, alarme indicando o fim dos rebolos abrasivos em cada
cabeçote e abastecimento e desabastecimento automático sem o manuseio do operador
(SILVEIRA, 2007).

Satélites

Nos satélites, são acoplados os rebolos abrasivos (de quatro a oito abrasivos, sendo seis a
quantidade de uso comum). Os satélites possuem braços ou sapatas onde os rebolos abrasivos
são acoplados e que realizam movimentos pendulares (Figura 10) que, devido a forma
convexa do abrasivo, permite que o mesmo fique com uma porção linear em contacto com a
superfície da rocha a ser polida (Vidal, Silveira, Castro, & Azevedo, 2014).

Figura 10: A dinâmica da movimentação das sapatas no satélite, durante o desgaste abrasivo a dois
corpos de rochas, com o uso de abrasivos do tipo sector. Fonte: (SILVEIRA, 2007)

ABRASIVOS

Segundo (Vidal, Silveira, Castro, & Azevedo, 2014), os abrasivos para polimento de rochas
ornamentais são divididos, basicamente, em dois grupos: abrasivos magnesianos e abrasivos
adiamantados. Entretanto, há ainda os abrasivos de lustro, em que os ligantes (em geral,
resinas epóxi) e elementos abrasivos (micronizados), ou seja, seus constituintes são mantidos
sob sigilo industrial.

Para o polimento de rochas graníticas utilizam-se os abrasivos do tipo sector ou tijolo e, para
polir rochas carbonáticas, os abrasivos no formato Frankfurt.
30

Abrasivos magnesianos: usam como ligante o óxido de magnésio (MgO) e como elemento
abrasivo o carbeto de silício (SiC). Estes abrasivos na figura xx são fabricados em todas as
granulometrias necessárias ao beneficiamento de chapas.

Estes abrasivos são fabricados em todas as granas necessárias ao beneficiamento de chapas,


do #16 ao #1200 mesh (figura 11). De tecnologia ultrapassada, estão sendo destinados àqueles
que utilizam máquinas de polimento manual ou semi-automáticas. As empresas possuidoras
de politrizes automáticas praticamente aboliram sua utilização nos primeiros satélites, que vão
da grana (mesh) 16 ao 120.

A B

C D

Figura 11; Abrasivo magnesiano (A) e (D), Abrasivos adiamantados até o lustro de uma politriz
manual (B), Abrasivos adiamantados de politriz multicabecas (C). (Fonte: Adaptado pelo Autor)

Abrasivos Adiamantados - Fabricados em liga de ferro e cobalto (ente outros metais) ou em


resina epoxídica, estes abrasivos são os que representam a maior evolução tecnológica dos
últimos anos referente a polimento de rocha. Utilizados a cerca de dez anos na Europa e a
cerca de 5 anos no Brasil, estes abrasivos trazem inúmeras vantagens na sua utilização em
máquinas multi-cabeças. Os principais ganhos que este material pode dar são: aumento de
produtividade e qualidade final, melhor qualidade da água reciclada, diminuição no consumo
31

de energia eléctrica, menor pressão de trabalho, redução do tempo morto, entre outras. Este
tipo de abrasivo é muito eficiente em remover marcas de chapas mal serradas (Azevedo, et al.,
2014).

Abrasivos de lustro - embora sua exacta composição seja mantida sob sigilo industrial, sua
função no processo de polimento é finalizar o fechamento da superfície com um acabamento
―mais fino‖, ou seja, diminuir ao máximo a rugosidade da superfície acabada correspondendo,
geralmente, à etapa final do polimento.

Brilho

A função da etapa de polimento de rochas ornamentais tem como função conferir brilho, além
de dar um fechamento maior dos poros e com isso evitar infiltração de água, evitando assim a
alteração da rocha por hidrólise. Serão apresentados a seguir alguns aspectos relacionados ao
brilho

Factores que influem no polimento de rochas ornamentais

Certas características inerentes à rocha e outras relativas aos processos de beneficiamento são
de fundamental importância para a melhor compreensão da etapa de polimento em rocha. Os
principais factores são detalhados a seguir:

1. Acabamento da “Serrada” – A etapa de beneficiamento primário irá imprimir à


superfície da placa uma determinada rugosidade. Esta rugosidade será função da
qualidade da serragem que o bloco de rocha sofreu. Quanto melhor for a qualidade da
serrada menos rugosa será a superfície da chapa, e por consequência menor também o
gasto de abrasivos nas primeiras etapas de polimento. De acordo com Cetemag (2003)
para se definir se a serrada foi de boa qualidade, deve-se fazer as seguintes análises:
a) Correr por toda a extensão da chapa, nas direcções vertical, horizontal e diagonal, com
o auxílio de uma régua de alumínio grande, para verificar se há empeno;
b) Observar a presença de canaletas e entradas de lâminas nas cabeceiras de chapas,
causadas por mal tensionamento de lâminas ou quebra de bico de lâminas inadequada.
2. Dureza da Rocha - Antes de começar o polimento, deve-se estabelecer a sequência
correta dos grãos abrasivos, em função do tipo de rocha que será polida, levando-se em
conta a sua dureza e o grau de dificuldade de fechamento entre as fases minerais
presentes. As rochas ornamentais são divididas em: duras, médias e macias. Os critérios
32

para esta divisão são puramente empíricos. Faz-se seguindo características operacionais
(tempo gasto na serrada, velocidade de polimento, etc.), não se tendo um real
entendimento de quais características das rochas que podem influir neste processo
(mineralogia, textura, estrutura, grau de alteração, etc.).
3. “Fechamento” do Polimento – A Indústria da Pedra convenciona chamar de fechamento
uma característica relacionada com espaços e depressões que algumas placas já polidas
podem apresentar. Tal factor está relacionado principalmente com a mineralogia: rochas
sem quartzo, granada e biotita, (os sienitos, por exemplo) tendem a apresentar bom
fechamento. Porém, não se deve esquecer da qualidade do processo a que a rocha foi
submetida. Muitas vezes a pressão de carregamento nos satélites pode ter superado a
resistência mecânica do mineral, levando-o assim ao quebramento e a abertura de poros.

As propriedades da rocha são influenciadas pela composição mineralógica, textura (tamanho e


forma), fabric (arranjo mineral e vazios) e grau de alteração. Especificamente em granitos, as
variáveis que mais influem nas propriedades mecânicas são: tamanho e forma dos grãos, grau
de imbricamento, tipo de contacto e composição mineralógica (SILVEIRA, 2007).

Um dos desafios no tocante ao polimento de rochas ornamentais é saber se o processo de


polimento, por si só, ajuda a criar novas fissuras ou interfere nas preexistentes, abrindo ou
fechando-as. Tal constatação poderá mudar a forma de ver o material pétreo como apenas um
coadjuvante do processo de beneficiamento (Azevedo, et al., 2014).

Todas as variáveis relacionadas à rocha, de certa forma, influem no seu comportamento


quando submetidas ao polimento, mas não se sabe, exactamente, quais, nem o quanto.

A agressão que o material pétreo sofre, desde a lavra até o lustro é, na maioria dos casos, não
levada em consideração. As características de resistência mecânica dos constituintes minerais
(ou fases minerais) são diferentes entre si. Logo, a melhor situação de beneficiamento da
rocha é aquela que contempla tais variáveis, sendo, dedutivamente, específica para cada tipo
litológico.

Algumas rochas, por motivos estéticos e/ou tecnológicos, são submetidas aos processos de
resinagem e telagem.

Resinagem

Resinagem: processo de recuperação e valorização de chapas pétreas contendo cavidades,


fissuras, fracturas ou outras irregularidades superficiais, que consiste na aplicação de uma
33

resina adesiva à base de epóxi, poliéster ou acrílico na face da placa e aguardar sua cura para
realização de polimento (ASTM, 2012).

Para se processar a resinagem, as rochas, já serradas, são submetidas aos processos de


desgaste com o intuito de atingir a rugosidade ideal para a realização da resinagem.

Material resinado ou telado: A aplicação da resina ou tela na placa/chapa é feita no material


levigado. Para a aplicação da resina, depois do material levigado, é retirado da politriz sendo
colocado para secar naturalmente. Depois de seco a chapa vai para o forno a 700ºC onde são
abertos os poros do granito para a resina penetrar (Hellin Mining co Lda, 2020).

O tempo em que a placa fica com a resina antes do polimento pode variar entre 24 horas, 48
horas ou até 72 horas, sendo que o tempo de 24 horas o material ficará com uma coloração
mais escura e o de 72 horas a coloração fica mais próxima do natural. A utilização da resina é
para materiais com fissuras, buracos ou trincas (este mais nos exóticos) (Hellin Mining co
Lda, 2020).

A resina serve somente para preenchimentos destes vazios, tornando o material impermeável
por causa da camada protectora formada na sua superfície, porém material não ficará mais
resistente. A tela é utilizada em materiais muito frágeis, principalmente nos exóticos. Ela
serve para fazer com que os materiais sejam mais resistentes. A tela é colada com a resina.
Depois de colada a tela, o material é resinado no outro lado dando continuidade ao processo
de polimento.

A B

Figura 18: A segunda pintura após o aquecimento com a segunda resina (A), chapa com resina depois
de todo processo de rresinagem (B). (Fonte: Adaptado pelo Autor)
34

A resinagem visa aumentar a resistência da rocha a agressões por intempéries e melhorar o


aspecto visual enquanto que a telagem é aplicada em rochas muito fracturadas e com baixa
resistência a esforços flectores.

Depois de aplicada a resina o material volta para a politriz para termina as duas etapas
faltantes do polimento (fino e brilho).
35

Capítulo III: Características Físicas da Área de Estudo

Breve Caracterização do Distrito

A Cidade de Chimoio está situada no Centro do Distrito de Gondola. O Distrito de Gondola


tem limite a norte com os Distritos de Macossa e Barué, a Oeste com o Distrito de Manica, a
Sul com os Distritos de Sussendenga e Búzi esta na Província de Sofala, e a nordeste com o
Distrito de Gorongosa também em Sofala.

Mapa 1 Localização geográfica de Chimoio.


(Fonte: Adaptado pelo Autor)
36

Localização da área de estudo

A área de estudo localiza-se na Zona e Témbwe, Cidade de Chimio, Província de Manica na


rodovia nacional N6, facilitando a conexão leste e oeste, com o objectivo de se tornar a maior
base de processamento e distribuição de pedra na África Austral.

Mapa 2 Localização da área de estudo

Superfície

A Cidade de Chimoio situa-se numa área de inclinação para todos os sentidos, o que favorece
o escoamento rápido das águas pluviais. O ponto mais alto localiza-se na serra Matama
(1551m), no limite Leste da cidade.

Clima

O clima de Chimoio é tropical húmido modificado pela altitude, que é um tipo de clima que
partilha, ao nível do País, apenas com algumas outras partes do interior das províncias de
Tete, Zambézia e Niassa. A precipitação média anual é de 1.044mm (no período de 1998 a
2007), na sua maioria concentrada na época chuvosa compreendida entre o mês de Outubro e
o mês de Março.
37

O mês mais chuvoso é Janeiro, mas tem-se registado grandes quedas pluviométricas em todos
os meses no período chuvoso, com precipitações máximas de entre 118 a 381mm/mês. As
variações na precipitação de um ano para outro são consideráveis, tornando a de certa forma
imprevisível.

A temperatura média anual é de 22.0ºC, com uma época quente de Outubro a Abril e uma
época fresca de Maio a Setembro. As temperaturas do Chimoio podem ser consideradas
amenas em relação a outras partes de Moçambique, com uma temperatura mínima de 10.8º C
e máxima de 32.1º C. Os meses mais quentes são Dezembro e Janeiro e o mais fresco o de
Julho.

Hidrografia

A rede hidrográfica depende das condições geológicas, do clima e do relevo da região. Na


área da cidade existem cinco rios, nomeadamente Mudzingadzi, Muenedze, Nhyamatsane,
Tembwe e Nymatui. Os caudais dos rios dependem fundamentalmente do clima. No período
chuvoso tem causado inundações junto às margens, tornando insalubres as áreas de sua
influência.

Actualmente, grande parte das áreas pantanosas, estão gradualmente sendo ocupadas para
construção de habitação e outras infra-estruturas socioeconómicas, facto que contribui para a
alteração da rede hidrográfica da cidade.

As águas subterrâneas estão ao nível não inferior a cinco metros de profundidade. No entanto
é possível abrir um poço de forma artesanal. Este facto atenua grandemente a falta de água em
determinados períodos, uma vez que a Barragem não abastece a cidade ao longo de todo o
ano.

Vegetação e fauna

A vegetação predominante da região de Chimoio é o do tipo Floresta Miombo Semi-Decíduo


de Alta Pluviosidade, onde a floresta de Brachystegia spiciformos se mistura com florestas
semi-decíduas de Pteleopsis, Erythrophleum e Newtonia. Este tipo de floresta oferece, duma
forma geral, potencialidades de exploração de material de construção, carvão e lenha, alguma
extracção de madeiras preciosas e a possibilidade de desenvolver a apicultura. A zona de
Chimanimani alberga ainda uma elevada biodiversidade, possuindo cerca de 1.000 plantas de
espécies vasculares, das quais 45 são endémicas. Também, podem ser observados aloés
(plantas com elevado índice medicinal).
38

Solos

Os solos do distrito de Chimoio mostram uma estreita relação com a geologia e o clima da
região e são localmente modificados pela topografia e o regime hídrico. Em geral, os solos
são desenvolvidos sobre materiais do Soco do Pré-câmbrico, rochas ácidas como granito e
gnaisse.

Sendo basicamente solos argilosos vermelhos óxidos ou castanhos avermelhados, profundos,


bem drenados, a topografia é suavemente ondulada; nos declives superiores e os cumes das
montanhas e nos afloramentos rochosos os solos são líticos, com textura franco arenoso,
pouco profundos e drenagem excessiva. As principais limitações para a agricultura são a
baixa fertilidade de solos, profundidade e risco de erosão.

Geomorfologia

O relevo é essencialmente montanhoso, inclui unidades pene planálticas, serras e montanhas,


indo de 1500-2000m de altitude. Quer do lado Oeste, quer a Norte, e junto à fronteira da área
de estudo com a República de Zimbabwe que se encontra as maiores elevações. Os cumes dos
montes apresentam-se geralmente rasos devido a acção prolongada da acção erosiva e nota-se
uma paisagem escarpada com vertentes gradualmente suaves em todas direcções para a área
de Maridza. (A. PAULO PASSELA 1996).

Vias de acesso

A região de Chimoio é servida como uma excelente via rodoviária operacional que liga a
cidade de gondola e a de Manica e a linha férrea que se estende paralelamente a via rodoviária
ligando a cidade portuária da Beira passando por Gondola a vila de Machipanda. A rede
rodoviária é caracterizada por picadas que ligam a cidade de Chimoio aos diferentes pontos de
interesse mineiro e agro-pecuário.

Geologia local

O Planalto de Chimoio faz parte da Província geológica de Manica com altitude de cerca de
750m e entre 500 a 1.000m, numa região caracterizada por quartzitos e xistos fortemente
deformados. Enquanto os quartzitos formam afloramentos rugosos e rochas escarpadas, os
xistos formam superfícies planas e arredondadas. Os solos predominantes são argilosos
vermelhos profundos de fertilidade média e com baixa susceptibilidade à erosão.
39

A zona é susceptível a abalos sísmicos, tendo-se registado vários terramotos entre nos últimos
anos, com o maior ocorrido no Distrito de Machaze em 23 de Fevereiro 2006 com a
magnitude de 7.5 na escala de Richter, jamais registada na África Austral. Este terramoto fez
se sentir em locais tão distantes como foi o caso de Maputo, Harare, Lusaka e Joanesburgo.

Mapa 3 Geologia de Chimoio

(Fonte: Adaptado pelo Autor)


40

Capitulo IV: Metodologias

Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa, baseando-se


em observações de campo efectuadas com visitas na área de estudo. A Metodologia adoptada
é embasada em conceitos de Tribologia, cujo enfoque permite obter uma visão abrangente dos
fenómenos que regem a interacção entre os elementos responsáveis por um sistema de
desgaste, onde foi feito a colecta de dados e informações, e em técnicas de geoprocessamento
para a compilação e análise dos dados empregados para atingir os objectivos traçados.

Para atingir os objectivos deste trabalho, a técnica de pesquisa foi o estudo de caso.

Quanto aos objectivos, a pesquisa enquadra-se na forma explicativa, pela necessidade de


levantamento bibliográfico como fonte de entendimento dos processos relacionados com o
beneficiamento de Rochas ornamentais e as experiências observadas.

1. Levantamentos Bibliográficos

A fase de revisão bibliográfica caracterizou-se por uma busca abrangente por trabalhos
relacionados com o processamento ou beneficiamento de rochas ornamentais desde a fase
primaria (serradura) e fase secundaria (polimento), nesta etapa foi reunido e confrontado
todos os dados bibliográficos disponíveis sobre a área de estudo, artigos, revistas.

2. Trabalho de Campo

Nessa etapa da pesquisa, fez-se uma visita a cidade de Chimoio, concretamente na empresa
Hellin Mining co Lda, localizada na zona de Tembwe, cidade de Chimoio, para mapear a área
de estudo, colecta de dados e presenciar todo processo de beneficiamento onde foram
observados no campo os seguintes aspectos importantes para a colecta de dados:

2.1. Tipo de rocha

Foram feitas as observações e descrições das rochas em seguintes aspectos da rocha: Classe,
local de cristalização, textura, mineralogia, grau de alteração, cor e por fim dar o nome.

2.2. Processo de corte ou serradura dos blocos

Neste processo de corte dos blocos em placas para polimento é feito por dois tipos de teares a
destacar multilamina e multifio.
Observou se os seguintes aspectos: abrasivo usado no corte, velocidade de avanço, carga
aplicada, velocidade de corte e tipo de movimento).
41

No que diz respeito a esta etapa foram seleccionados 2 tipos de blocos para serradura a saber:
i. Bloco menor: 3 m de comprimentos, 93 cm de largura e 90 cm de espessura;
O corte de blocos menores é feito por uma maquina multilamina, onde as lâminas são
colocadas conforme o comprimento exigido.

Figura 12 Corte de bloco menor

Fonte: Autor
ii. Bloco maior: 3 m3 de comprimentos e 2 m3 de largura.
O corte de blocos maiores é feito por máquina de corte multifio ou fio adiamantado, por conta
da largura das chapas precisadas

Figura 13: Corte de blocos maior na maquina multifio

Fonte: Autor
42

2.3. Processo de polimento


Segundo Silveira (2007), os principais parâmetros analisados no polimento de rochas
ornamentais são o brilho, a rugosidade e o desgaste.

Para este trabalho os parâmetros analisados foram o brilho e rugosidade.

2.3.1. Brilho

Brilho é a capacidade de reflexão da luz visível incidida, ou seja, o aspecto geral de uma
superfície quando reflecte a luz (DANA, 1956). Alguns autores como Erdogan (2000)
defendem a ideia de conciliar o processo de polimento com métodos de análise de imagens.
Este método consiste em um sistema que utiliza luz reflectida a 60 graus em uma chapa,
sendo o brilho captado por uma câmera de vídeo com alta definição, que conectada a um
computador transfere os dados para a obtenção de gráficos. Estes gráficos mostram os valores
de brilho sendo inversamente proporcionais à rugosidade das chapas, ou seja, quanto maior o
brilho menor a rugosidade.

O Glossmeter é o equipamento mais utilizado para a medição de brilho. Este aparelho foi
desenvolvido fundamentalmente através do procedimento ditado pela norma ASTM D 523-
94. Os medidores de brilho foram desenvolvidos para superfícies metálicas homogéneas,
sendo também muito utilizados actualmente no sector de rochas ornamentais.

Os aparelhos de medição de brilho têm a capacidade de medir até 100 pontos, onde o índice,
exigido pelo mercado, deve superar 70 pontos medidos na escala dos aparelhos e quanto
maior a desigualdade dos aspectos estéticos (movimentos) de uma rocha, maior o número de
medidas necessário para uma média representativa.

As variáveis do material que influenciam no brilho são: micro e macro-poros e fissuras de


borda de grãos, intracristalinas, intercristalinas e de clivagem.

O brilho final de uma placa de granito é influenciado também por factores não inerentes à
rocha a ser polida, como por exemplo, a escolha do abrasivo, a carga e a velocidade de
rotação das cabeças de polimento e a velocidade do avanço da placa, ou seja, as variáveis
operacionais (SILVEIRA, 2007).

2.3.2. Rugosidade

As rugosidades são imperfeições na superfície das placas, caracterizadas pelas micro-


irregularidades geométricas deixadas na superfície do material trabalhado, decorrentes da
43

etapa de beneficiamento primário. Estas micro-irregularidades geralmente são sobrepostas a


outras irregularidades, decorrentes dos erros de forma da superfície e da vibração relativa
entre o instrumento cortante e a peça (CARPINETTI, L.C.R,1996). Durante o processo de
polimento essas irregularidades vão sendo retiradas por meio do desgaste provocado pela
politriz.

De acordo com os mesmos autores, em mecânica de precisão, a rugosidade da superfície pode


vir a afectar propriedades físicas do material, tais como: desgaste, níveis de atrito, transmissão
de calor e resistência mecânica.

Em uma placa de rocha polida, quanto menor a rugosidade melhor as características do


produto final, portanto o controle da rugosidade, ao longo do processo de polimento, é um
óptimo indicador de qualidade em cada etapa de beneficiamento.

Por falta deste dispositivos electrónicos para a medição do brilho e rugosidade, neste trabalho
foram usados técnicas de medição que são empregados pelos técnicos que controlam o
processo na empresa como:

 Brilho: uso da luz natural e reflexão da mesma com a visão desarmada;


 Rugosidade: uso da mão passando por cima da chapa para definir este parâmetro.

De salientar que estes métodos não são científicos ou mesmo acreditados por isso a
necessidade desta pesquisa.

Componentes analisados

Foram identificados no processo os seguintes componentes actuantes: a Velocidade de esteira,


Velocidade de trave, Pressão nos cabeçotes, Vazão de água, a própria Rocha e os Abrasivos.

Para realização do polimento foi utilizada uma politriz automática Chinesa da marca JY-Jing
Yow modelo ISO0091:2008 (Figura 14). Esse tipo de politriz com esteira é o mais usado no
mercado actualmente. Seu funcionamento segue uma linha de produção, sendo rápida e
segura durante todo o processo de polimento.

Depois do processo de serragem, as chapas brutas são submetidas ao processo de polimento.


Elas são movimentadas dentro da politriz por uma esteira rolante com uma certa velocidade
para um certo tipo de rocha. A Figura 14A mostra o início do polimento, onde a chapa bruta
(antes de ser polida) é conduzida para dentro da politriz, enquanto 22 cabeçotes com seis
abrasivos cada um passam transversalmente sobre a chapa, como mostrado na (Figura 14B).
44

Esses cabeçotes são sustentados por mandris, acoplados em duas traves, cada uma com 11
cabeçotes (Figura 14D). No final do polimento a chapa sai polida pelo movimento da esteira e
um secador retira o excesso de água por cima da placa (Figura 14C).

A B

C D
Figura 14: Politriz automática, Placa a entrar na maquina antes de ser polida A, os rebolos abrasivos
passam por cima da chapa B, chapa sai polida C e demostração da trave secundaria com 11 cabeças D.

Fonte: Autor

As traves ficam suspensas pela base da politriz através do contacto de pastilhas de grafite de
alta dureza banhado em óleo. As traves proporcionam aos cabeçotes o movimento sobre a
chapa, sustentam os mandris, cabos eléctricos e as tubulações de água e ar que actua na
pressão. Já os mandris sustentam os cabeçotes ou os satélites com dínamos e o motor que o
faz girar. Com a principal função de fazer o movimento vertical (sobe e desce) dos cabeçotes
no início e no final de cada chapa. Seu accionamento ocorre através de válvulas pneumáticas.
A politriz possui 22 painéis (Figura 15A) de comando individual para cada cabeçote. Nos
painéis existem os comandos do motor: subir, descer; e um dos principais comandos para o
polimento que é o regulador da pressão, que fica visível em um manómetro analógico.

Outro comando essencial para o bom funcionamento da politriz é o painel de comando central
(Figura 15B). Esse computador marca e regula diversos parâmetros da máquina. A velocidade
45

da esteira e das traves, movimento das traves, desligar e ligar a maquina, o momento em que
os cabeçotes descem e sobem sobre a chapa, ligar água e outros, além de mostrar uma visão
geral da politriz em funcionamento com os cabeçotes que estão funcionando ou parados, as
medidas e a posição das chapas ao longo da esteira.

Figura 15: Comando individual para cada satélite ou cabeçote A, Comando Central B

Fonte: Autor
Os cabeçotes de polimento, também conhecidos na indústria por satélites, são da marca JY –
Jing You com encaixe de seis abrasivos cada um. Os abrasivos são divididos entre
adiamantados (ficam na primeira parte da politriz), resinóides e lustro (na segunda parte).
46

A B

Figura 16: Abrasivos magnesianos fixados no Rebolo A, Abrasivos pequenos pra cabeçote 1 B,
Rebolo pra fixação de abrasivos pequenos C.

Os grãos e tipos dos abrasivos com a sequência dos seus respectivos cabeçotes utilizados
durante o polimento estão indicados a seguir (Tabela 2).

Tabela 1: Abrasivos Utilizados na politriz automática para polimento do granito na empresa


HM Lda

Trave 1 Trave 2
o o
Satélite n Granulometria Tipo Satélite n Granulometria Tipo
1 #20 Diamantado 12 #600 Resinoide
2 #60 Diamantado 13 #600 Resinoide
3 #60 Diamantado 14 #800 Resinoide
4 #120 Diamantado 15 #1200 Resinoide
47

5 #120 Diamantado 16 #1200 Resinoide


6 #120 Diamantado 17 #1500 Resinoide
7 #120 Diamantado 18 #1800 Resinoide
8 #220 Resinoide 19 Lustro -
9 #320 Resinoide 20 Lustro -
10 #320 Resinoide 21 Lustro -
11 #400 Resinoide 22 Lustro -

Para este trabalho foram escolhidos dois tipos de amostras de placas de rochas a serem
polidos com as seguintes referências:

a) Placa menor (identificado por A)

Possui 3m de comprimentos e 90cm de largura e 1.80cm de espessura, o corte é feito pela


maquina de corte multilamina.

Figura 17: Placas menores prontos para serem polidas identificado por A.

Fonte: Autor
b) Placas maiores (identificado por B):

Essa placa ou mesmo chapa possuem 3m de comprimentos e 2m de largura e 1.8cm de


espessura, extraídas nos blocos maiores que são cortados pela máquina de corte multifio.
48

Figura 18: Placa menores prontos para serem polidas identificado por B.

Fonte: Autor

Para execução desta etapa foi necessário;


 Caderneta para tomada de notas;
 Câmera fotográfica;
 GPS- Para a marcação de pontos (coordenadas geográficas).
2.4.Obtenção de dados
Os dados da técnica de polimento apresentados neste trabalho de pesquisa científica foram
obtidos através observação no campo, colhidos em dias diferentes, por causa da verificação da
qualidade diferenciada nos dois dias observados para assim obter dados diferenciados.
3. Trabalho de Gabinete
Este foi elaborado após o trabalho de campo e consistiu na compilação da pesquisa e
produção dos mapas.
49

Capitulo V: Resultados e Discussões

1. Material rochoso estudado

A rocha ornamental utilizada nessa pesquisa é um granito preto ou granito negro nome no
ramo comercial e construção civil, mas petrograficamente é denominado Gabro.

1.1. Descrição do Gabro

Em sentido estrito o gabro é uma rocha ígnea plutónica composta principalmente por
plagioclase cálcica e piroxenas em proporções de volume similares. Em sentido mais amplo, o
termo gabro engloba as rochas gabroicas do diagrama QAPF, ou seja aquelas do grupo
anortosito-gabro-diorito que apresentam mais de 10% de mineras escuros e plagioclase
cálcica (An50-An100).

1.1.1. Descrição Macroscópica

Classe: Ígnea — intrusiva

Cor: Cinzento-escuro, preto

Textura: Intermédia a grosseira, fanerítica

Série ígnea: Subalcalina, alcalina (máfica).

Minerais essenciais: Plagioclase (labradorite a anortite), piroxenas (augite), olivina e


anfibola.

Minerais acessórios: Olivina (forsterite), magnetite, apatite e ilmenite.

Tabela 2: Composição química

Óxidos %
SiO2 42.2
Al2O3 16.2
Fe2O3 3.7
FeO 8.3
MgO 6.0
CaO 10.8
Na2O 3.4
K2O 1.7
50

P2O5 0.5
H2O 2.1
Outros 0.4

2. Serradura ou corte

Os abrasivos usados no corte são abrasivos diamantados que são fixados nos discos de aço
com um espaçamento uniforme.

Figura 19: Discos de corte dos blocos em chapas

A máquina multiserradora de disco possuem por sua vez três movimento:

 Movimento de pressão;
 Movimento de extensão e contracção;
 Movimento retro percussão.

Esses movimentos são condicionados por duas forças: força electromagnética e a força
hidráulica.

 A força hidráulica domina o movimento de extensão, contracção, e pressão;


 A forca electromagnética domina o movimento retro percussivo, ou o movimento
da rotação do disco.

Durante o processo do corte das placas na máquina do disco cortante é injectada a água, para
evitar o aquecimento do disco, evitar o levantamento de poeiras e resfriamento da própria
máquina.
51

3. Polimento

Mármores e Granitos respondem de maneira distinta aos estímulos de polimento devido a


diferenças em suas propriedades petrográficas. Por este motivo, os elementos abrasivos
utilizados no processo de beneficiamento desses dois tipos de rocha apresentam algumas
peculiaridades.

O processo de polimento na empresa HL Lda, é feito por uma máquina de polimento


automática de vinte e duas cabeçotes ou dínamos (22) onde cada cabeçote tem a sua função.

 O primeiro até ao quarto dínamo tem a função de remover as irregularidades;


 O quinto até ao décimo dínamo tem a função de dar o primeiro brilho a rocha.
 O décimo primeiro até ao décimo sétimo tem a função de fazer o acabamento.
 O décimo oitavo até ao vigésimo segundo tem a função de aquecimento e secagem.
3.1.Abrasivo para polimento

Os rebolos utilizados no polimento dos granitos são do tipo espatulante, que são acoplados em
uma cabeça do satélite de forma a permitir movimento oscilatório em torno de um eixo
longitudinal, garantindo um contacto linear entre o elemento abrasivo e a chapa e fornecendo
assim maior pressão específica sobre a rocha.

Para o polimento estudado, a granulometria dos abrasivos usados nos 22 cabeçotes foi:20, 60,
60, 120, 120, 120, 120, 220, 320, 320, 400, 600, 600, 800, 1200, 1200, 1500 e 1800 mesh,
com mais quatro cabeçotes com abrasivos de lustro no final.

Figura 20: Abrasivos usados na empresa para polimento


52

Tabela 3: Parâmetros analisados param cada amostra.

Dados obtidos
Parâmetros analisados Amostra A Amostra B
1ª Trave 2ª Trave 1ª Trave 2ª Trave
Vazão da água L/Min 660 660
Pressão do satélite sobre a Chapa kg/cm2 25-45 50-75 25-45 45-75
Velocidade da esteira M/min 30 á 45 15
Velocidade dos satélites M/min 45 46
Velocidade das traves de 11 cabeças cada 50 60 80 90
M/min
Tempo de polimento pra cada chapa min 10 16

A pressão para cada cabeça é directamente proporcional ao gasto dos abrasivos, pois com a
diminuição dos abrasivos aumenta a pressão sobre a chapa, por isso que existe esta variação
da carga.

A seguir são ilustrados em forma de imagens das chapas menores e maiores pós o polimento
com uma qualidade diferenciada. Dados obtidos em dias diferentes por causa da troca de
abrasivos e também de operadores diferentes.

A B
53

Figura 21 Placas menores já polidas, placa com baixa qualidade A e B, placa com boa qualidade C
54

Figura 22: Placas maiores polidas: baixa qualidade A, boa qualidade B

Mecanismos identificados na empresa que influem na qualidade do produto final no


processo de polimento das placas:

 Mão-de-obra não especializada;


 Falta de controle adequado dos mecanismos envolvidos na operação;
 Organização dos abrasivos na máquina;
 Troca tardia dos abrasivos;
55

 Olhar o processo de usinagem como solução;


 Uso de politrizes manuais.
56

Capitulo IV Conclusões e sugestões

É possível notar que o processo de polimento de rochas ornamentais, abordado neste trabalho,
apresenta um conjunto de variáveis que interagem entre si e constroem um sistema tribológico
no qual os principais actores que comparticipam são a rocha, a máquina de polir e o rebolo
abrasivo.

De acordo com as informações adquiridas nesta pesquisa constatou-se que a vários


componentes que são ignorados pela empresa que influenciam na qualidade do produto final
na fase de polimento.

É de considerar que a empresa não possui um operador especializado na área de polimento


oque directamente influencia no processo, pois a compreensão exacta das variáveis
operacionais que influem na qualidade do produto final porque o conhecimento destas
variáveis optimizam o trabalho ajudando assim na qualidade.

Também observou-se que na instituição ainda são usadas a politrizes manuais que, apesar de
serem as primeiras máquinas utilizadas para o polimento de placas de rocha, não são muito
eficientes para obter uma qualidade excelente porque dependem muito para todas operações.
Nas politrizes manuais, a pressão do cabeçote e a trajectória do seu movimento sobre a
superfície a ser polida dependem exclusivamente da acção directa do operador. Por este fato,
são frequentes as variações da qualidade do polimento ao longo de uma mesma chapa. Devido
às limitações em termos de qualidade do produto e produtividade, o uso destas politrizes é
bastante restrito, não sendo recomendadas para empresas de beneficiamento que desejam
trabalhar com produtos de alta qualidade e elevado nível de produção.

1. Sugestões

Para conferir um polimento de excelente qualidade às chapas ou ladrilhos de granito, ou seja,


um óptimo fecho do poro e um elevado brilho final, as polidoras de chapa automáticas
dispõem de 5 variáveis, que podemos alterar de acordo com a necessidade de cada caso:

1. Velocidade do tapete;
2. Velocidade da ponte;
3. Sequência abrasiva
4. Caudal de água
5. Pressão
57

Velocidade do tapete

A Velocidade do tapete deve ser diminuída em seguintes casos:

 Em granitos mal serrados;


 Em granitos pretos ou abertos;
 Quando o fecho do grão estiver imperfeito, o que irá também ocasionar um brilho final
insuficiente.

A Velocidade do tapete deve pode ser aumentada:

 Em granitos bem serrados, particularmente os macios e/ou fechados;

Velocidade da ponte ou da trave

 Deve ser sempre proporcional à velocidade do tapete, a fim de evitar espaços vazios
entre os movimentos de zig-zag. Portanto, quanto maior a velocidade do tapete, maior
também deverá ser a velocidade da ponte.

Sequência abrasiva

 Granitos duros exigem uma concentração maior de abrasivos grossos nas primeiras
cabeças.
 O consumo dos calços nessas primeiras cabeças será maior.
 Granitos macios necessitam de uma concentração maior de abrasivos nos grãos
intermédios (entre 120 e 400), para garantir um bom fecho do grão. Estes granitos são
abrasivos e o desgaste dos calços intermédios será sempre maior.
 Deverá ser de 20 litros/minuto por cabeça no mínimo, para os granitos em geral.
 Quando o granito for preto ou verde recomenda-se um caudal de água ainda maior,
para evitar riscos, em torno de 25 a 30 litros/minuto por cabeça.

Caudal de água

 Deverá ser de 20 litros/minuto por cabeça no mínimo, para os granitos em geral;


 Quando o granito for preto ou verde recomenda-se um caudal de água ainda maior,
para evitar riscos, em torno de 25 a 30 litros/minuto por cabeça.

Pressão

Pode-se aumentar a pressão:

 Nas cabeças iniciais quando se tratar de serragem má


58

 Nas últimas cabeças (800 – 1200 e brilho) de modo a elevar o brilho final.

Deve-se diminuir a pressão:

 Quando trabalharmos granitos delicados como, por exemplo, o preto, para evitar
riscos;
 Em chapas com espessura menor que 3 cm para evitar quebras.
59

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