Apresentação 6007 Corrente Continua

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Electricidade e Electrónica

UFCD 6007

Corrente Contínua

Professor: Jorge Moreira


Potencial eléctrico.
Diferença de potencial.
Potencial eléctrico. (Definição)
 Quando um corpo se encontra carregado electricamente,

diz-se que possui um determinado potencial eléctrico V que


se expressa em volts (V), no Sistema Internacional de
Unidades (S.I.).

 O potencial eléctrico de um corpo é, dito de uma forma

simples, a capacidade que esse corpo tem de fornecer ou


receber electrões de outro corpo.
Diferença de potencial. (Definição)
 Diferença de potencial é a diferença do nível de energia entre
uma carga unitária colocada em cada um dos dois pontos.
 Observando a figura, o corpo A tem o potencial eléctrico VA
positivo, pois a carga é positiva; o corpo B tem o potencial
eléctrico VB negativo, pois a carga é negativa. Diz-se então
que entre os dois corpos A e B existe uma diferença de
potencial (d.d.p.) VA -VB.

 A diferença de potencial também se dá o


nome de tensão eléctrica. A diferença de
potencial ou tensão eléctrica é expressa em
volts (V).
Corrente eléctrica
 O que acontece, então, se ligarmos dois corpos, A e
B, diferentemente carregados, por meio de um fio
condutor?
Corrente eléctrica (cont)
 Ao movimento orientado dos electrões, do potencial
eléctrico negativo para o positivo, dá-se o nome de corrente
eléctrica i.
 A corrente eléctrica cessa (deixa de existir) quando os dois
potenciais eléctricos se igualam.

 Conclusão: Só existe corrente eléctrica entre dois corpos


(dois eléctrodos, dois terminais, etc.) quando há diferença de
potencial entre eles.
Tipos de corrente.
Corrente contínua
Força Electromotriz

 Um gerador é, por definição, um aparelho que mantém constante


a diferença de potencial U aos seus terminais.
 O gerador tem exactamente a função de repor novamente a
diferença de potencial original, deslocando internamente cargas
positivas, do terminal negativo para o positivo, mantendo assim
constante a diferença de potencial ou tensão eléctrica U.
Força Electromotriz. (Definição)

 A força que desloca internamente as cargas eléctricas de


forma a manter a diferença de potencial dá-se o nome de
força electromotriz E.

 A força electromotriz é, também, expressa em volts (V).


Força Electromotriz. (Cont)
 A força electromotriz E de um gerador é igual à tensão
eléctrica ou diferença de potencial U aos seus terminais,
quando está em vazio, isto é, quando não fornece corrente
eléctrica ao circuito.

Gerador Gerador E=U, quando a


Electrodinâmico Electroquímico corrente é nula
Intensidade de Corrente Eléctrica
 Define-se intensidade de corrente eléctrica I como a
quantidade de electricidade Q que passa na secção do
condutor em cada unidade de tempo t:

Q
I = ou Q = I • t
t
 I — intensidade de corrente (amperes — A)
 Q — quantidade de electricidade (coulombs — C)
 t — tempo (segundos — s)
Submúltiplos e múltiplos
Exemplos de submúltiplos
 1A = 1 microampere= ?
 1A= 0,000001 A

 1 mA = 1 miliampere=?
 1mA= 0,001 A

 0,00001 A = ?
 0,00001 A = 10 A

 0,1 A = ?
 0,1 A = 100 mA
Exemplos de múltiplos
 1 kV = 1 quilovolt = ?
 1 kV = 1000 V

 1 MV = 1 megavolt = ?
 1 MV = 1 000 000 V

 3450 V = ?
 3450 V = 3,45 kV

 45 000 000 V = ?
 45 000 000 V = 45 MV
Resistência eléctrica
 A que se deve a resistência eléctrica de cada
material?
 Quando os electrões se deslocam num condutor ou num
receptor, chocam (colidem) com os átomos circundantes, o que
prejudica o fluir normal da corrente, constituindo um obstáculo
ao seu percurso.
 Materiais diferentes têm, evidentemente, estruturas atómicas e
moleculares diferentes entre si e, portanto, também diferentes
‘resistências eléctricas’.
Resistência eléctrica
 Conclusão:
 A resistência eléctrica R de um condutor depende
essencialmente de três factores:
 natureza do condutor (resistividade eléctrica )
 comprimento do condutor (l)
 secção do condutor (S)

 É uma característica do material, sendo directamente


proporcional à sua resistividade, ao comprimento do condutor
e inversamente proporcional à sua secção.
Resistência e condutividade eléctrica.
Fórmulas
l 1
R= =
S 
 R — resistência eléctrica (ohms — )
  — resistividade eléctrica (ohms por metro — .m-1)
 l— comprimento do condutor (metros — m)
 S — secção do condutor (metros quadrados — m2)
  — condutividade eléctrica (ohms por metro — -1.m-1 )

Visto que as tabelas indicam normalmente a secção em milímetros quadrados (mm2),


então utilizam-se como unidades práticas, na fórmula anterior:
 S — secção (milímetros quadrados — mm2)
  — resistividade eléctrica (ohms. milímetros quadrados / metro — . mm2/ m
Resistividade eléctrica
 A resistividade eléctrica de um condutor define-se como o
valor da sua resistência eléctrica quando o comprimento l e a
secção S são unitários ( 1 metro e S = 1 metro quadrado).

 A tabela apresentada no próximo diapositivo, refere-se a


valores da resistividade eléctrica (a 20 ºC) de alguns
condutores mais utilizados.
Tabela - 1
Tabela - 2
Variação da resistência eléctrica com a
temperatura
 A resistência eléctrica depende essencialmente de três
factores:
 Resistividade;
 Comprimento;
 Secção.

 Como sabemos, da física e da química, que, quando a


temperatura de um condutor aumenta, também aumenta a
agitação térmica das suas estruturas atómica e molecular. Nos
condutores, esta maior agitação térmica conduz a um maior
número de choques entre electrões e átomos, o que
corresponde a um aumento da sua resistência eléctrica.
Variação da resistência eléctrica com a
temperatura. (Cont)
 Em suma, quanto maior for a temperatura de um
condutor, maior será a sua resistência eléctrica.
 Esta relação é expressa, matematicamente, através da seguinte
expressão:
R2 = R1 1 +  (t2 − t1 ) 

 R2 — resistência final (ohms), à temperatura final


 R1 — resistência inicial (ohms), à temperatura inicial
 t2 — temperatura final (°C)
 t1 — temperatura inicial (°C)
_
  — coeficiente de temperatura (ºC 1)
Coeficiente de temperatura
 O coeficiente de temperatura  é uma constante para
cada material e depende apenas da sua estrutura atómica e
molecular.

 Deve dizer-se ainda que a resistência eléctrica aumenta com a


temperatura porque a sua resistividade eléctrica também
aumenta, através de uma forma semelhante:

 2 = 1  1 +   (t2 − t1 ) 
Resistência – Simbologia
Símbolo Convenções
x i

+  -
Medida/Especificação de resistências
Medida/Especificação de resistências
Medida/Especificação de resistências

Castanho = 1, Preto = 0, Vermelho = 102 Dourado = ±5%

10 x 102 ± 5% = 1000 ± 50 = 950 Ω ↔ 1050 Ω


Problemas – Resistência eléctrica
1. Uma bobina tem 600 metros de fio de cobre de secção igual
a 1,5 mm2. Calcule:
a) A resistência eléctrica do fio da bobina (a 20ºC).
b) A resistência eléctrica que este fio teria se estivesse submetido
a uma temperatura de 45 ºC.
Solução:
a) 6,8  (a 20 ºC)
b) 7,48 
Problemas – Resistência eléctrica
2) Uma resistência eléctrica de constantan tem o valor de
250 . Sabe-se que o fio tem uma secção de 1 mm2.
a) O comprimento do fio.
b) O valor da resistência eléctrica a 50 ºC.

3) A resistência eléctrica de um condutor de alumínio é de


1,68 . Sabendo que o comprimento do fio é de 150
metros, calcule:
a) A secção do fio.
b) A resistência eléctrica do fio a 60ºC.
Soluções
 2a) 500 metros

 2b) 250,075 

 3a) 2,5 mm2

 3b) 1,95 
Circuito eléctrico
 Um circuito eléctrico é constituído por um ou mais
geradores eléctricos que alimentam os seus receptores, com a
respectiva aparelhagem de ligação, corte, comando,
protecção e medida.
Fontes de alimentação ou geradores
Condutores e isoladores eléctricos
Aparelhos de protecção
Elementos de um circuito
Aparelhos de corte e comando
eléctrico
Aparelhos de medição e contagem
Aparelhos de regulação
Receptores eléctricos
Esquema eléctrico multifilar

I 0

 Diz-se que um circuito está aberto (interruptor K desligado)


quando não há passagem de corrente (I = 0).
 Diz-se que um circuito está fechado (interruptor K ligado)
quando há passagem de corrente(I  0 ).
Elementos que constituem o circuito eléctrico
 Um gerador G que fornece uma corrente constante ao circuito.
 Dois receptores (uma lâmpada L e um motor M) que recebem
energia da fonte de alimentação (gerador G).
 Três aparelhos de medição: um voltímetro V, um
amperímetro A e um wattímetro W. O voltímetro mede a
tensão aplicada ao circuito e fornecida pelo gerador. O
amperímetro mede a intensidade de corrente I que percorre o
circuito. O wattímetro mede a potência eléctrica no circuito (mais
tarde, definiremos potência eléctrica).
 Um corta - circuitos fusível F para proteger o circuito.
 Um interruptor K para comandar (ligar e desligar) o circuito.
 Condutores de ligação.
Gerador
 A função do gerador é manter constante a tensão aplicada ao
circuito, de forma que os receptores sejam alimentados por
uma corrente constante.
 Existem diferentes tipos de geradores: geradores
electrodinâmicos e geradores electroquímicos.
 O gerador electrodinâmico, como o dínamo e o alternador,
transforma energia mecânica em energia eléctrica. O dínamo
fornece corrente contínua; o alternador fornece corrente
alternada. São máquinas rotativas.
 O gerador electroquímico, como a pilha e a bateria
(associação de pilhas), transforma energia química em energia
eléctrica. Ambos fornecem corrente contínua. São geradores
estáticos.
Condutores e isoladores
 O condutor eléctrico é um elemento indispensável em
qualquer circuito eléctrico ou instalação eléctrica, por mais
simples que sejam. Estabelece a ligação entre a alimentação e
os receptores.

 Visto que será percorrido pela corrente que alimenta o


receptor, o condutor deve ter uma resistência eléctrica mais
reduzida possível, para evitar que se perca (ou dissipe) muita
energia durante o trajecto desde o gerador
Condutores Eléctricos
Isoladores
 Os condutores são normalmente revestidos por um material
isolador eléctrico (geralmente o policloreto de vinilo —
PVC) que tem a função de proteger o condutor, mas também
as pessoas, de contactos eléctricos que podem ser perigosos
em determinadas circunstâncias.

 Como materiais isoladores são também utilizados


frequentemente: a borracha, polietileno, a porcelana, a
baquelite, o papel, o óleo mineral, o ar, etc.
Isoladores
Aparelhos de protecção
 As instalações devem ser protegidas por aparelhos de
protecção destinados a impedir ou a limitar os efeitos
perigosos ou prejudiciais da energia eléctrica.
 A função do aparelho de protecção é proteger não só a
instalação eléctrica, mas também o utilizador, sempre que há
um defeito no circuito.
 Num circuito eléctrico, podem ocorrer os seguintes defeitos:
 Sobrecargas;
 curtos-circuitos;
 Fugas de corrente;
 sobretensões e subtensões.
Aparelhos de protecção
 Os principais aparelhos de protecção utilizados são:
 os corta-circuitos fusíveis;
 os disjuntores (electromagnéticos, magnetotérmicos,
diferenciais, etc.)
 os relés térmicos.
Sobrecarga
 Uma sobrecarga consiste num aumento de corrente num
receptor ou numa instalação eléctrica, geralmente não muito
elevado em relação ao valor usual (valor nominal), durante
um período relativamente prolongado.
 Por exemplo, um circuito protegido por um disjuntor de 16 A
pode ser percorrido por uma intensidade de 18 A durante
algum tempo, sem o disjuntor disparar — diz-se que o circuito
está em sobrecarga.
 A protecção dos circuitos contra sobrecargas é geralmente feita
por disjuntores magnetotérmicos.
Curto-circuito
 Um curto-circuito consiste num contacto acidental entre
os condutores positivo e negativo (em corrente continua) ou
entre a fase e o neutro (em corrente alternada) ou entre duas
ou mais fases (em sistema trifásico).
 O curto-circuito corresponde a um aumento muito
acentuado da corrente eléctrica numa instalação,
bruscamente, isto é, num espaço de tempo muito curto. Os
efeitos do curto-circuito são sempre mais prejudiciais do que
os da sobrecarga.
Curto Circuito

A protecção contra curtos-circuitos pode ser feita por corta-circuitos


fusíveis ou por disjuntores magnetotérmicos.
Corrente de fuga
 As fugas de corrente ocorrem quando há deficiências de
isolamento nos circuitos eléctricos. Quando isso acontece, o
utilizador pode apanhar um ‘choque eléctrico’.

 Para o evitar, os circuitos devem estar protegidos por


interruptores diferenciais ou por disjuntores
diferenciais e o condutor de protecção deve fazer parte
desses circuitos.
Sobretensões
 As sobretensões são subidas bruscas da tensão eléctrica na
rede. São causadas, na maior parte dos casos, por descargas
eléctricas, de origem atmosférica, sobre as linhas eléctricas;
mas também provocadas por falsas manobras na rede.
 As linhas são normalmente protegidas por pára-raios, os
quais nem sempre actuam com toda segurança.
 Em qualquer dos casos, apercebemo-nos em casa,
frequentemente, de que houve um aumento de tensão
momentâneo, o qual pode ser prejudicial principalmente para
o material informático ligado à rede.
Aparelhos de Comando
 Qualquer circuito eléctrico necessita sempre de aparelhos de
comando ou de corte, os quais permitem ligar e desligar o
circuito eléctrico, a partir de um ou de vários locais.
 Os aparelhos de comando e corte mais usuais são:
 o interruptor (de diversos tipos e modelos);
 o comutador de lustre;
 o comutador de escada;
 o contactor;
 o telerruptor;
 o automático de escada, etc.
Aparelhos de Comando
Aparelhos de medição e contagem
 Como aparelhos de medição mais vulgares, temos:
 o voltímetro — mede a tensão eléctrica do circuito ou do
receptor e é ligado em paralelo com a alimentação ou
com o receptor;
 o amperímetro — mede a intensidade de corrente no
circuito e é ligado em série com os receptores;
 o wattímetro — mede a potência eléctrica absorvida pelo
receptor;
 o multímetro — pode medir diferentes grandezas (tensão,
intensidade, resistência eléctrica, capacidades, etc.),
desde que convenientemente ligado.
 o contador de energia - é o aparelho que totaliza (em
quilowatt.hora) a energia eléctrica consumida numa instalação.
Amperímetro

Medição de intensidade com amperímetro.


O amperímetro liga-se em série com o receptor.
Voltímetro

Medição de tensão com voltímetro.


O voltímetro liga-se em paralelo com o receptor.
Aparelhos de regulação
 Os aparelhos de regulação permitem variar ou regular as

grandezas para valores predeterminados. Nos nossos


laboratórios, utilizam-se bastante dois aparelhos que
permitem regular intensidade e a tensão eléctrica nos
circuitos, que são: o reóstato o potenciómetro.
Aparelhos de regulação
Receptores
 Um receptor é um aparelho que transforma a energia eléctrica em
outras formas de energia. Temos, portanto, diferentes tipos de
receptores.

 Receptores de aquecimento — transformam a energia eléctrica em


energia calorífica (irradiadores, ferros de engomar, torradeiras, etc.).
 Receptores de iluminação — transformam a energia eléctrica em
energia luminosa e também em energia calorífica (lâmpadas de
incandescência, fluorescentes, etc.).
 Receptores de força-motriz — transformam a energia eléctrica em
energia mecânica (máquinas de lavar, aspiradores, ventiladores, etc.).
 Receptores electroquímicos — transformam a energia eléctrica em
energia química (acumuladores, cubas de electrólise, etc.).
Lei de ohm
 Esta lei só se aplica a receptores ditos resistivos e lineares.
 Um receptor resistivo é aquele que apresenta apenas
‘resistência eléctrica’ (mais tarde, veremos que há receptores que
têm reactância indutiva, reactância capacitiva, etc.).
 São exemplos de receptores resistivos:
 o reóstato, o potenciómetro, a resistência propriamente dita, o
irradiador, etc.
 Um receptor diz-se linear quando mantém constantes as suas
características, em toda a sua extensão e independentemente da
corrente que o percorre e da tensão aplicada.
Lei de Ohm
Lei de Ohm
 Ligando o interruptor K, aplicámos sucessivos valores de
tensão, tendo registado as leituras de tensão U e de corrente I
indicadas no Quadro.
Lei de Ohm
 Verifica-se, imediatamente, que a intensidade I vai aumentando
com a tensão U aplicada. Ao efectuarmos quociente U / I entre a
tensão U aplicada ao receptor e a intensidade I que o percorre, nos
diferentes ensaios, constatámos que a razão era constante, isto é:

 Georg Simon Ohm chegou exactamente a esta conclusão em


1827, tendo enunciado a seguinte lei, à qual dado mais tarde o seu
nome.
 Lei de Ohm — É constante o quociente entre a tensão aplicada a
um condutor linear (ou a um receptor resistivo e linear) e a
intensidade de corrente que o percorre. A esta constante de
proporcionalidade dá-se o nome resistência eléctrica R.
Lei de Ohm
 A lei de Ohm é traduzida matematicamente por:

U
R=
I

 R — resistência eléctrica (em ohms — )


 U — tensão aplicada (em volts —V)
 I — intensidade de corrente (em amperes — A)
Problemas da Lei Ohm
1) Uma resistência linear é percorrida por uma intensidade de 0,3 A,
quando submetida a uma tensão de 24 V. Calcule:
a) O valor da resistência.
b) O valor da intensidade que ela absorveria se lhe aplicássemos uma
tensão de 15 V.
2) Uma resistência eléctrica absorve 3 A, quando ligada a 230 V.
Calcule o valor da tensão que lhe é aplicada quando ela absorve
1,2 A
3) Uma dada resistência de aquecimento de 50  é normalmente
ligada a 230 V. Calcule o valor da resistência que deveria ser
acrescentada de modo que ela absorvesse 3 A da rede.
Problemas da Lei Ohm
4) Fez-se um ensaio laboratorial com uma resistência
eléctrica, a partir do qual construímos o quadro ao lado.
Complete o quadro

U (V) I (A) R()


12 0,2 ?

15 ? ?

? 0,5 ?
Problemas da Lei Ohm
5) Um reóstato tem indicado na sua chapa de características
os seguintes valores: 200  e 1,3 A. Calcule:
a) A tensão máxima que se lhe pode aplicar.
b) A intensidade que absorve, se lhe aplicarmos 120 V.
c) O valor da tensão que se lhe deve aplicar para que ele absorva
0,4 A.
6) Uma dada resistência eléctrica absorve 0,5 A. Ao
aumentarmos a resistência total para 100 , esta passou a
absorver 0,2 A. Calcule:
a) A tensão aplicada.
b) A resistência inicial.
Soluções
 1a) 80 ; 1b) 0,19 A
 2) 92 V
 3) 26,7 
 4) U (V) I (A) R()
12 0,2 60
15 0,25 60
30 0,5 60

 5a) 260V; 5b) 0,6 A; 5c) 80 V


 6a) 20 V; 6b) 40 
Força electromotriz do gerador
 Como referido anteriormente um gerador é um
aparelho que se caracteriza por manter
sensivelmente constante a diferença de
potencial aos seus terminais, de forma alimentar
os receptores a tensão constante.
 O gerador tem, por isso, uma força
electromotriz interna que lhe permite manter
sempre constante a diferença de potencial aos
seus terminais,
 A força electromotriz E do gerador é medida
com um voltímetro aos seus terminais, quando
não alimenta qualquer receptor (I = 0 ), isto é,
quando se encontra em vazio.
Resistência interna do gerador
 Qualquer gerador (electrodinâmico ou electroquímico)
possui sempre um determinado valor de resistência
interna r.
 No gerador electrodinâmico, esta resistência interna
corresponde essencialmente à resistência eléctrica dos
próprios enrolamentos, pelo que pode ser medida
directamente com um ohmímetro ou com um
multímetro.
 No caso dos geradores electroquímicos, a resistência interna
é provocada pelo próprio electrólito e eléctrodos
respectivos, pelo que a resistência interna não pode ser
medida directamente, mas antes calculada.
Resistência interna do gerador
 Quando um gerador alimenta um receptor R, isto é, quando lhe
fornece uma intensidade I, verifica-se uma queda de tensão interna
no gerador AU, que, de acordo com a lei de Ohm, é calculada
pela expressão:
AU=r.I
 AU — queda de tensão interna do gerador (volts — V)

 r — resistência interna do gerador (ohms — )

 I — intensidade de corrente (amperes — A)


Gerador em Carga
 Diz-se que um gerador está em carga quando alimenta um
dado receptor fornecendo-lhe um determinado valor de
intensidade I.

 k aberto  U=E; k fechado  U=E - rI


Gerador em Carga
 Quando o interruptor K está aberto, o gerador está em vazio e o voltímetro V
mede o valor da f.e.m. (força electromotriz) E do gerador. Assim, teremos:
U=E (Kaberto)
 Quando o interruptor K está fechado (ligado), então o circuito vai ser
percorrido por uma intensidade de corrente I. Esta corrente vai provocar uma
queda de tensão interna no gerador U = r.I, pelo que o voltímetro já não mede a
f.e.m. E, mas sim um valor inferior, a tensão U, que pode também ser calculada
por:
U = E-U = E-r.I (Kfechado)
 E — força electromotriz (volts)
 U — tensão em carga (volts)
 AU — queda de tensão interna (volts)
 r — resistência interna (ohms)
 I — intensidade de corrente (amperes)
 Isto quer dizer que a tensão aplicada ao receptor nunca é a f.e.m. E, mas a tensão
U, que é ligeiramente inferior.
Gerador em carga
 Segundo a lei de Ohm, aplicada agora ao receptor R, teremos
também que:
U=RI
 U — tensão aplicada ao receptor (volts)
 R — resistência eléctrica do receptor (ohms)
 I — intensidade que o percorre (amperes)
 Visto que a tensão U pode ser obtida por duas expressões (U=E-rI
e U=RI), se as igualarmos, obteremos
E
E − rI = RI  E = (r + R ) I  I =
R+r
 o que nos permite calcular a intensidade de corrente fornecida ao
receptor, conhecidos E, R e r.
 Conhecido o valor de I, podemos então calcular as restantes
grandezas: AU = r I e U = E - AU.
Associação de geradores

 Os geradores podem ser ligados, entre si, de


diferentes formas:
 em série;
 em paralelo;
 e em associação mista.
Associação em série
 Diz-se que dois ou mais geradores estão ligados em série
quando se liga o terminal positivo de um ao terminal
negativo de outro, e assim sucessivamente, tal como se
representa na figura.
Associação em série n geradores
 Esta associação é geralmente feita com geradores que possuem as
mesmas características (força electromotriz resistência interna r).
 O objectivo da associação em série é aumentar a força
electromotriz total e, portanto, a tensão total U a aplicar a um
circuito ou instalação eléctrica.
1. A força electromotriz total ET é a soma das forças
electromotrizes parciais:
ET = n E
2. A resistência interna total ri - é a soma das resistências internas
parciais:
rT = n r
3. A intensidade de corrente I é a mesma em todos os geradores.
Associação em paralelo
 Diz-se que dois ou mais geradores são ligados em paralelo
quando os seus terminais positivos são ligados entre si e os
seus terminais negativos também entre si, tal como se sugere
na figura.
Associação em paralelo de n geradores
 Normalmente ligam-se em paralelo geradores que possuem as mesmas
características.
 Esta associação é feita quando se pretende aumentar o valor da
intensidade de corrente I, isto é, quando o receptor R exige mais
corrente do que aquela que um só gerador consegue fornecer.
1. A força electromotriz total ET é igual à força electromotriz de cada
gerador:
ET = E
2. A resistência interna total rT é inferior à resistência interna de cada
gerador, sendo calculada por:
rT = r/n
3. A intensidade total IT fornecida é igual à soma das intensidades
fornecidas por cada gerador:
IT = nI
Associação mista
 A associação mista de geradores consiste em ligar em paralelo
duas ou mais associações - série, conforme se sugere na figura.
Esta tem, simultaneamente, as vantagens da associação - série e
as da associação - paralelo, isto é, permite aumentar a tensão
total, bem como a intensidade total.
Aplicações da associação de geradores
 Conforme foi já estudado, a associação-série de geradores possibilita a
obtenção de uma tensão mais elevada, o que permite responder às
necessidades diferentes dos receptores e electrodomésticos existentes no
mercado.
 Todos sabemos que são fabricadas pilhas de 1,5 V e baterias de 3 V, 4,5 V, 9 V,
12 V, 24 V, etc., que são associações de elementos (de 1,5 V ou 2 V) ligados
em série. Por exemplo, as baterias dos automóveis são associações de 6
elementos de 2 V ligados em série, perfazendo os 12 V.
 A associação-paralelo de geradores permite, conforme foi já visto, aumentar
a intensidade total fornecida, de forma a responder às necessidades de certos
receptores ou instalações que ‘consomem’ bastante corrente. Por exemplo,
as baterias utilizadas em redes de emergência ou de socorro são geralmente
associações em paralelo ou mistas, consoante as necessidades de tensão e
corrente.
 A associação mista permite não só aumentar a tensão como também a
intensidade fornecida, reunindo as vantagens das duas anteriores.
Problemas associação de geradores
1) Uma bateria, com uma f.e.m. de 12 V e uma resistência interna
de 0,1Ω, alimenta um receptor R com uma intensidade de 5 A.
Calcule:
a) A queda de tensão interna da bateria.
b) A tensão U aos terminais do receptor.
c) A resistência do receptor.
d) O valor que o receptor deveria ter para que U = 11 V.
2) Dispõe de 4 pilhas de 1,5 V cada e com uma resistência de 0,1 Ω
cada. Calcule:
a) Os valores de ET e rT, se as ligar em série.
b) Os valores de ET e rT, se as ligar em paralelo.
c) A tensão aplicada a um receptor, quando ligadas em série, sabendo que a
corrente fornecida é de 0,3 A.
d) A tensão aplicada a um receptor, quando ligadas em paralelo, sabendo que a
corrente fornecida é de 0,5 A.
Problemas associação de geradores
3) Três dínamos iguais, ligados em paralelo, alimentam um
conjunto de receptores. Os dínamos têm as seguintes
características individuais: E 230 V, r = 1,2 Ω. Sabe-se que a
tensão aplicada às cargas é de 220 V. Calcule:
a) As características do gerador equivalente (ET e rT)
b) A intensidade total fornecida.
c) A intensidade fornecida por cada gerador.
d) A queda de tensão interna de cada gerador.
e) A resistência RT dos receptores.
4) Um dínamo fornece 6,2 A a um conjunto de receptores cuja
resistência total é de 36,3 Ω. A resistência interna do dínamo é
de 1,1Ω. Calcule:
a) A tensão aplicada aos receptores;
b) A força electromotriz do dínamo;
c) A queda de tensão interna.
Problemas associação de geradores
5) Dez pilhas iguais ligadas em série, com 1,5 V de f.e.m. cada,
alimentam um receptor de 33 Ω com uma intensidade de
0,4 A. Calcule:
a) A f.e.m. do gerador equivalente.
b) A tensão aplicada ao receptor.
c) A queda de tensão total e a queda de tensão de cada pilha.
d) A resistência interna de cada pilha.
Solução:
1) a) 0,5 V; b) 11,5 V; c) 2,3 Ω; d) 1,1 Ω
2) a) ET=6 V; rT=0,4 Ω; b) ET=1,5 V; rT=0,025 Ω; c) 5,88 V; d) 1,49 V
3) a) ET=230 V; rT=0,4 Ω; b)25 A; c)8,33 A; d)10 V; e)8,8 Ω
4) a) 225 V; b) 231,8 c) 6,8
5) a) 15 V); b) 13,2 V; c) 1,8 V; 0,18; d)0,45 Ω
Receptores
 Define-se receptor ou aparelho de utilização como o aparelho que transforma a
energia eléctrica numa outra forma de energia. Compreende-se, portanto, que
haja diferentes tipos de receptores, com finalidades diversas.
 Receptores térmicos — Transformam a energia eléctrica em energia
calorífica. Temos como exemplos: a torradeira, o ferro de engomar, o
irradiador, etc.
 Receptores luminosos — Transformam a energia eléctrica em energia
luminosa. Temos a lâmpada de incandescência, a lâmpada fluorescente, a
lâmpada de néon, etc. Estes receptores, para além de energia luminosa,
também produzem energia calorífica.
 Receptores químicos — Transformam a energia eléctrica em química.
Temos o acumulador que armazena energia eléctrica, sob a forma química.
 Receptores de força contra-electromotriz — São receptores especiais,
como é o caso do motor eléctrico, do acumulador e da cuba de electrólise,
que, ao serem alimentados, produzem uma força contra-electromotriz,
conforme iremos ver adiante.
Associação de receptores
 Os receptores, assim como os geradores, também podem ser
ligados entre si em série, em paralelo e em associação
mista.
 Diz-se que dois ou mais receptores são ligados em série
quando são percorridos pela mesma intensidade de
corrente. Na figura representa-se a associação em série de três
lâmpadas incandescentes L1, L2 e L3.
Associação de receptores
 Diz-se que dois ou mais receptores são ligados em paralelo
quando são submetidos à mesma tensão eléctrica da rede U.
Na figura, representam-se três receptores diferentes — uma
resistência R, um motor M e uma lâmpada L — submetidos à
mesma tensão U.
Associação de receptores
 A associação mista de receptores consiste em ligar uns receptores
em série e outros em paralelo, das mais diversas formas.
Associação em série
Uma associação em série de duas ou mais resistências é
caracterizada pelas seguintes condições:
1) A intensidade de corrente é comum às diferentes resistências.
2) Cada resistência fica submetida a uma tensão inferior à tensão
total aplicada.
Associação em série
 R1=50 Ω e R2=100 Ω e U=15 V.
 O quadro seguinte apresenta o resultado de um ensaio laboratorial do
circuito do diapositivo anterior.
U (V) U1(V) U2(V) I(A)
15 5 10 0,1

 Da análise do quadro, tirámos as seguintes conclusões:


1) U=U1+U2 5V+10V  15V=15V
A tensão total aplicada U é igual à soma das tensões parciais
U1+U2.
U1 5
2) = R1  = 50  50  = 50 
I 0,1
Confirma-se a lei de Ohm aplicada ao receptor R1.
Associação em série
3) U 2 = R  10 = 100  100  = 100 
2
I 0,1

Confirma-se a lei de Ohm aplicada ao receptor R2.

U 15
4) = RT  = 150  150  = 150 
I 0,1

Verifica-se que R1+R2=50+100=150 Ω.


Conclui-se, experimentalmente, que RT=R1+R2
Visto que a corrente I é a mesma em todo o circuito, então esta, ao
percorrer R1 e R2, provoca em cada uma delas uma ‘queda de tensão’
que é expressa, de acordo com a lei de Ohm, por:
U1=R1•I e U2=R2•I
Associação em série
Conclusões associação em série
Em resumo, são as seguintes as características de uma
associação em série:
1) A intensidade é a mesma em todas as resistências.
2) A tensão total aplicada é igual à soma das tensões parciais em
diferentes resistências:
U=U1+U2+...+Un
3) A resistência total equivalente é igual à soma das resistências
parciais:
RT=R1+R2+...+Rn
4) As tensões parciais em cada resistência são, de acordo com a lei
de Ohm, directamente proporcionais aos valores das
resistências:
U1=R1•I , U2=R2•I e Un=Rn•I
Aplicações da associação em série
A associação em série de resistências é utilizada com diversas finalidades)
servindo de base ao princípio de funcionamento de alguns aparelhos.
1) Aumento (extensão) do campo de medida de voltímetros
Cada voltímetro tem os seus campos de medida próprios, isto é,
valores máximos de tensão que cada um pode medir. Suponhamos,
por exemplo, um voltímetro que mede tensões até 250 V e que esse
voltímetro tem uma resistência interna de 20 kΩ. Então, se ligarmos
em série uma resistência de igual valor, o voltímetro poderá medir
tensões até ao dobro: UT = 250 + 250 = 500 V.
2) Divisores de tensão e potenciómetros
Frequentemente, necessitamos de aplicar a um receptor uma tensão
U’ inferior à tensão de que dispomos. Vamos supor que temos uma
bateria de 12 V, mas só necessitamos de 8 V. Como faríamos?
Divisores de tensão

R2 R1
U2 =  U e U1 = U
RT RT
Problemas associação de resistências em série
1) Três resistências de 6 Ω, 9 Ω e 15 Ω são ligadas em série,
sob uma tensão total de 24 V. Calcule:
a) A resistência equivalente da associação (RT).
b) A intensidade de corrente no circuito.
c) A tensão aos terminais de cada resistência.
2) Quatro resistências iguais são ligadas em série, sob 48 V.
Sabendo que RT = 30 Ω, calcule:
a) A resistência eléctrica de cada uma.
b) A tensão aplicada a cada uma.
3) Três resistências ligadas em série, percorridas por uma
intensidade de 1,2 mA, têm aos seus terminais as tensões
U1= 2,4 V, U2 = 3,6 V e U3=6 V. Calcule:
a) O valor de cada resistência.
b) A tensão aplicada ao circuito.
Problemas associação de resistências em série
4) Quatro resistências são ligadas em série. Sabe-se que R1=3 Ω,
R2 = 2 x R1, R3 = 3 x R2 e R4 = 1,5 x R3. Sabendo que a
intensidade de corrente é de 500 mA, calcule:
a) Os valores de R2, R3 e R4.
b) A resistência total equivalente.
c) A tensão aplicada a cada resistência.
d) A tensão total aplicada.
5) Um cabo (com dois condutores) em cobre, com 40 metros de
comprimento, com secção (por condutor) de 4 mm2 alimenta
um conjunto de receptores, sob uma tensão UR = 220 V.
Sabendo que a intensidade no circuito é de 16 A, calcule:
a) A resistência total do cabo.
b) A queda de tensão no cabo (∆U).
c) A tensão no início do cabo (Ui).
d) A queda de tensão no cabo, em percentagem de Ui.
Problemas associação de resistências em série
6) Pretende-se construir um divisor de tensão que forneça
as tensões de 4 V, 8 V e 12 V. A corrente fornecida deve ser
de 20 mA. Calcule:
a) A tensão total da fonte.
b) O valor de cada resistência do divisor de tensão.
c) A resistência total equivalente.

Soluções
1) a) 30 Ω; b) 0,8 A; c) U1=4,8 V; U2=7,2 V; U3=12 V
2) a) 7,5 Ω; b) U1=U2=U3=U4 =12 V;
3) a) 2 kΩ; 3 kΩ; 5 kΩ; b) 12V
4) a) 6 Ω; 18 Ω; 27 Ω; b) 54 Ω; 1,5 V; 3 V; 9 V; d) 27 V
5) a) 340 mΩ; b) 5,44 V c) 225,44 V; d) 2,41%
6) a) 24 V b) 200 Ω; 400 Ω; 600 Ω; c) 1,2 k Ω
Associação de resistências em paralelo
 Uma associação de resistências em paralelo é caracterizada
por se encontrarem todas submetidas à mesma tensão
eléctrica, tal como se sugere na figura.
Associação de resistências em paralelo
 Se ligássemos, individualmente, cada uma das resistências à
rede de tensão U, então a resistência R1 absorveria uma
corrente de valor I1 e a resistência R2 absorveria uma
corrente de valor I2. Ligando-as, simultaneamente, à mesma
tensão U, é fácil de concluir que as duas resistências
absorvem em conjunto uma intensidade total I = I1 + I2, que
é a soma das intensidades parciais em cada ramo.
U(V) I1(A) I2(A) I(A)
10 0,1 0,05 0,15
Associação de resistências em paralelo
Segundo a lei de Ohm, aplicada a cada resistência, obtemos:

U U
I1 = e I2 =
R1 R2

Substituindo cada uma destas expressões na fórmula I = I1 + I2,


obtemos:

U U 1 1  I 1 1
I = I1 + I 2  I = + = U  +   = +
R1 R2  R1 R2  U R1 R2
Associação de resistências em paralelo
Se repararmos, o quociente I / U é o inverso da resistência total da
associação , pois U / I = RT:
I 1
=
U RT
Então, para duas resistências em paralelo:
1 1 1
= +
RT R1 R2
Se, em vez de duas, tivermos n resistências em paralelo, será:
1 1 1 1
= + + ..... +
RT R1 R2 Rn
Conclusões resistências em paralelo
1) A tensão é igual em todas as resistências: U1 = U2 = ... = Un
2) A intensidade total é igual à soma das intensidades parciais:
I=I1 + I2 + ... + In
3) O inverso da resistência total é igual à soma dos inversos das
resistências parciais.
4) A resistência total equivalente é sempre menor do que a menor
das resistências parciais (confirme esta afirmação, atribuindo
valores).
Problemas associação de resistência em paralelo
1) Três resistências de 20 Ω, 30 Ω e 60 Ω são ligadas em paralelo,
sob 24 V. Calcule:
a) A resistência total equivalente.
b) A intensidade absorvida por cada resistência.
c) A intensidade total fornecida.
2) Pretende-se construir um divisor de corrente que forneça as
correntes de 10 mA, 15 mA e 30 mA, a partir de uma fonte de
24 V. Calcule:
a) O valor que deveria ter cada resistência a ligar em paralelo.
b) A intensidade total.
c) A resistência total equivalente.
Problemas associação de resistência em paralelo
3) Quatro resistências iguais são ligadas em paralelo, sob 10 V.
Sabendo que a resistência equivalente é de 3 kΩ, calcule:
a) A resistência de cada uma delas.
b) A intensidade absorvida por cada uma.
c) A intensidade total.
4) Três resistências são ligadas em paralelo, absorvendo uma
intensidade total de 3 A. Sabendo que R2 = 2 x R1, R3 = 3 x R2 e
que a resistência equivalente é igual a 12 Ω, calcule:
a) O valor de cada resistência.
b) A tensão aplicada ao circuito.
c) A intensidade absorvida por cada resistência.
Problemas associação de resistência em paralelo
5) A uma fonte de tensão de 220 V foram ligadas, sucessivamente, 3
lâmpadas incandescentes. Quando se ligou a primeira, o
amperímetro geral indicou 0,45 A; quando se ligou também a
segunda, o mesmo amperímetro indicou 1,35 A; quando se ligou
também a terceira, o mesmo amperímetro indicou 2 A. Calcule:
a) A resistência do filamento de cada lâmpada.
b) A resistência total equivalente do circuito.
Soluções:
1a) 10 Ω; b) 1,2 A; 0,8 A; 0,4; c) 2,4 A
2a) 2,4 kΩ; 1,6 kΩ; 800 Ω; b)55 mA; c) 436,4 Ω
3a) 12kΩ; b) 0,83 mA; c) 3,32 mA
4a) 20 Ω; 40 Ω; 120 Ω; b) 36 V; c) 1,8 A; 0,9 A; 0,3 A
5a) 488,9 Ω; 244,4 Ω; 338,5 Ω; b) 110 Ω
Associação mista de resistências
 A associação mista de resistências não é mais do que a associação de
resistências em que umas estão ligadas em paralelo e outras em
série.
 Este tipo de associação existe em aparelhagem electrónica, em que
os circuitos têm bastantes componentes, nomeadamente em
circuitos impressos de aparelhagem diversa.
Associação mista de resistências
 Cada problema deve ser resolvido aplicando sucessivamente as
leis da associação em série e as da associação em paralelo.
 No caso particular do esquema apresentado, utiliza-se a sequência
de procedimentos que se segue:
1. Faz-se a associação em série de R1 com R3, originando um valor
a que chamamos Rs.
2. Faz-se a associação em paralelo de R2 com Rs, a que chamamos
Rp.
3. Faz-se a associação em série de R4 com Rp., a que chamamos RT.
4. A intensidade total deste circuito será, finalmente, I = U / RT.
Problemas Associação mista de resistências
1. Na figura representa-se uma associação mista de
resistências, em que R1 =8 Ω, R2 = 6 Ω, R3 = 4 Ω,
R4 = 5 Ω. Calcule:
a) A resistência equivalente.
b) A intensidade indicada pelo amperímetro.
c) As tensões indicadas pelos dois voltímetros.
d) As intensidades em R2, R3 e R4.
2. Observe a figura.
a) Supondo que ligava uma fonte entre A e B, com
UAB= 6 V, calcule:
I. A resistência equivalente ‘vista’ de A,B.
II. O valor indicado por A1
b) Supondo que ligava uma fonte entre C e D, com
UCD=6 V, calcule:
I. A resistência total equivalente ‘vista’ de C,D.
II. O valor indicado por A2.
Problemas Associação mista de resistências
3) Observe a figura. Calcule a resistência
equivalente vista dos terminais A e B.
4) Na figura, representa-se um potenciómetro R
cuja resistência máxima é de 600 Ω/Imax=0,8A,
a alimentar uma carga de valor Rc =85 Ω. A
tensão aplicada ao potenciómetro é de 80 V. A
posição do cursor do potenciómetro é tal que
R1=50 Ω e R2=550 Ω .
a) Calcule os valores medidos por cada um dos
aparelhos de medição, quando K está aberto.
b) Calcule os valores medidos por cada um dos
aparelhos de medição, quando k está fechado.
c) Admitindo que R1=10 Ω e R2=590 Ω , verifique se haverá o risco de o potenciómetro
se queimar.
Problemas Associação mista de resistências
5) Na figura representa-se um divisor de tensão, em que
R1=40 Ω e R2=500 Ω. A resistência de carga é R = 60 Ω e
a tensão U é 50 V.
a) Calcule a tensão indicada pelo voltímetro quando K está aberto.
b) Calcule a tensão indicada pelo voltímetro quando K está fechado.
c) Compare os dois valores e conclua.
Problemas Associação mista de resistências
6) Pretendemos medir a resistência equivalente do circuito
representado, com a ajuda de um ohmímetro. Primeiro,
ligamos o ohmímetro entre os terminais A e B; depois,
ligamo-lo entre os terminais C e D. As resistências têm os
seguintes valores: R1=5 Ω, R2=6 Ω, R3=4 Ω, R4=10 Ω e
R5=3 Ω. Calcule:
a) A resistência medida pelo ohmímetro Ω1.
b) A resistência medida pelo ohmímetro Ω2.
Solução dos problemas associação mista
1a) 11, 3 Ω; b) 1,77 A; c) 5,8 V; d) 1,16 A.
2a1) 3,43 Ω; a2) 1,75 A; b1)2,86 Ω; b2)2,1 A
3a ) 6 Ω
4a) 0,13 A; 0,13 A; 0 A; 71,5 V; b) 0,647 A; 0,087 A; 0,56 A; 47,7 V
4c) Sim porque, I1=0,85 A >Imax =0,8 A, a corrente I1 percorrerá as
primeiras espiras (10 Ω) do potenciómetro, podendo queimá-las;
5a) 46,3 V; b) 28,6 V
6a) 2,31 Ω; b) 3,07 Ω
Receptores com força contra-electromotriz
 Os exemplos mais vulgares de receptores com força contra-
electromotriz são o motor eléctrico e o acumulador.
 Vimos já que o gerador é caracterizado por possuir uma força
electromotriz (f.e.m.), que é a ‘força’ que impede os electrões,
em movimento contínuo, no circuito eléctrico.
 A força contra-electromotriz do motor ou do
acumulador é uma ‘força’ de sentido contrário ao do
movimento dos electrões, constituindo, por isso, uma oposição à
circulação da corrente. Isto é, a tensão U que lhes vai ser
aplicada pela rede tem de vencer esta força contra-
electromotriz, ou seja, tem de ser mais elevada do que ela.
Força contra-electromotriz
 Daquilo que ficou dito, compreende-se que a força contra-
electromotriz tem, em cada circuito, o sentido contrário ao da
força electromotriz e, portanto, ao da corrente eléctrica.
Força contra-electromotriz
 Visto que é a rede que vai alimentar o motor e o acumulador, a
tensão U aplicada tem de ser mais elevada do que a f.c.e.m. E’ de
cada um dos receptores, verificando-se então a seguinte relação:
U=E’+r’•I
 com: U — tensão aplicada ao receptor (volts)
E’ — força contra-electromotriz (volts)
r’ — resistência interna do receptor (ohms)
I — intensidade absorvida (amperes)
r’ • I — queda de tensão interna no receptor (volts)
Deduza a expressão para calcular a corrente?
Gerador versus receptor de f.ce.m
U = E - r. I — fórmula aplicada ao gerador
U = E’ + r’• I — fórmula aplicada ao receptor de f.c.e.m.
 Não há dúvida de que as duas fórmulas são muito semelhantes.
Com efeito, ambas se aplicam aos mesmos dispositivos, que são a
bateria/acumulador e o dínamo/motor. Na verdade, ambos
podem funcionar ora como gerador ora como motor.
 A bateria tem f.e.m. e fornece corrente quando funciona como
gerador; tem f.c.e.m. e absorve corrente quando funciona como
acumulador de energia.
 O dínamo tem f.e.m. e fornece corrente, mas também pode
funcionar como motor, com f.c.e.m., se lhe fornecermos
corrente.
Gerador versus receptor de f.ce.m

 Funcionando como gerador, verifica-se que E = 12,5 V é maior do que a


tensão U:
U= E-r • I= 12,5—0,05 x6= 12,2 V
 Funcionando como acumulador, verifica-se que a tensão U aplicada é maior
do que a f.c.e.m. E’, sendo:
U=E’+r’ • I=12,5+0,05x6=12,8V
 Repare-se também que a corrente I e a f.e.m. E têm o mesmo sentido, os quais
são contrários ao da f.c.e.m. E’.
Exercícios receptores com f.c.e.m
1) Uma bateria com f.c.e.m. E’ = 10 V e r’ = 0,2 Ω é carregada por uma fonte
de corrente cuja tensão é U = 12 V. Calcule:
a) A intensidade absorvida pela bateria.
b) A queda de tensão na bateria.
c) A resistência R a ligar em série com a bateria, para limitar a corrente a 4 A.
2) Um motor eléctrico, que absorve 8 A, apresenta as seguintes características:
E’=214 V e r’ = 1,2 Ω. Calcule:
a) A tensão aplicada ao motor.
b) A queda de tensão no enrolamento do motor.
3) Com uma dada bateria, foram efectuados dois ensaios em carga que nos
forneceram as seguintes leituras:
1.º ensaio: U1 = 12 V, I1 = 10 A
2.º ensaio: U2 = 11,25 V, I2 = 25 A
a) Calcule a resistência interna da bateria.
b) Calcule a sua f.e.m.
c) Calcule a tensão aos seus terminais, se estivesse a fornecer 30 A.
Exercícios receptores com f.c.e.m
4) Um motor eléctrico, cuja tensão nominal é de 110 V, é ligado a
uma rede de corrente contínua de 220 V. Sabendo que a sua
resistência interna é de 2,5 Ω e que a sua intensidade nominal
é de 5 A, calcule:
a) A resistência eléctrica que é necessário ligar em série com o
motor, para que ele fique a funcionar em regime nominal.
b) A sua f.c.e.m.
c) A queda de tensão interna.
Solução:
1a) 10 A; b) 2 V; c) 0,3 Ω
2a) 223,6 V; b) 9,6 V
3a) 0,05 Ω; b) 12,5 V; c) 11 V
4a) 22 Ω; b) 97,5 V; c) 12,5 V
Energia eléctrica
O que é a energia?
 Com efeito, a energia de um corpo é a capacidade que este
possui de produzir trabalho. Um corpo sem energia não pode
produzir trabalho. Existem muitas situações em que se verifica que
houve produção de trabalho. Por exemplo, quando serramos uma
tábua, levantamos um peso, construímos uma casa, etc.
 No fim de contas, o que acontece, em cada um dos exemplos
apresentados, é a verificação de transferência de energia ou
transformação energética.
Energia eléctrica
Temos, por exemplo, as seguintes transformações energéticas:
1) De energia eléctrica em energia mecânica.
2) De energia mecânica em eléctrica.
3) De energia química em eléctrica.
4) De energia eléctrica em química.
5) De energia eléctrica em calorífica.
6) De energia eléctrica em magnética, etc.
Em qualquer dos casos, verifica-se sempre a lei da conservação da
energia, que diz o seguinte: ‘Num sistema energético, não há criação nem
destruição de energia, mas apenas transformação e transferência de
energia; se o sistema for isolado (fechado), a energia total mantém-se
constante.’
Evidentemente que, em qualquer transformação energética, existem
sempre perdas próprias da transformação, as quais são sempre
contabilizadas, de acordo com a lei da conservação da energia:
Energia inicial = Energia final + Perdas
O efeito de Joule
 O efeito térmico ou calorífico não é mais do que a transformação de
energia eléctrica em energia calorífica, num condutor ou num receptor
térmico. A este efeito calorífico da corrente eléctrica dá-se o nome de
efeito de Joule, em homenagem ao físico inglês James bule que primeiro o
estudou.
 O efeito de Joule nos condutores e nos receptores resulta de choques
entre os electrões livres e os átomos das substâncias constituintes dos
condutores e dos receptores, sempre que é aplicada ao circuito uma
determinada tensão eléctrica. De cada choque resulta, como é fácil de
compreender, alguma libertação de calor. Em virtude de serem muitos os
electrões em movimento, calor libertado num condutor ou num receptor
pode ser considerável.
 A questão que é importante analisar neste momento consiste em saber se
o efeito de Joule é uma vantagem ou um inconveniente, ou ambos.
Vantagens e inconvenientes do efeito de joule
 Assim, se pretendermos obter calor para aquecimento ambiente,
aquecimento de águas, aquecimento numa estufa, etc., então o
efeito de Joule será, evidentemente, uma vantagem.
 Se não pretendemos ou não queremos aproveitar o calor que é
libertado numa dada transformação energética, então o efeito de
Joule respectivo será um inconveniente. É o caso, por exemplo,
do calor libertado nos condutores quando percorridos por
corrente, o qual aquece os condutores, originando perdas de
energia; é o caso do calor que se liberta em qualquer aparelhagem
eléctrica, de áudio, de vídeo, etc.
A lei de Joule
 Esta lei, enunciada por James Prescott Joule, em 1841, diz o seguinte:
 Lei de Joule: «A energia eléctrica que se transforma em energia
calorífica num receptor (ou num condutor) é directamente
proporcional à resistência eléctrica deste, ao quadrado da intensidade de
corrente e ao tempo de passagem da corrente.» É traduzida
matematicamente pela expressão:
W = R I2 t
 com: W — energia eléctrica transformada em calorífica (joules — j)
R — resistência eléctrica (ohms — Ω)
I — intensidade de corrente (amperes — A)
t — tempo de passagem da corrente (segundos — s)
Energia e Potência
 Define-se então o conceito genérico de potência P como a
energia absorvida ou fornecida na unidade de
tempo. É expressa pela relação:

W
P=
t
 com: P — potência (J/s ou watts —W)
W — energia (joules — J)
t — tempo (segundos — s)
Unidades de energia e potência
 Vimos já que, no Sistema Internacional de Unidades (S. I.), a energia é
expressa em Joules (J) e a potência em watts (W) ou joules/segundo (J/s).
 Como unidade prática de energia, utiliza-se frequentemente o watt-
hora (Wh) e o quilowatt-hora (kWh).
 Um watt-hora é a energia fornecida por um gerador ou absorvida por um
receptor, com a potência de 1 watt, durante 1 hora:
W = P. t 1 Wh = 1 W x 1h
1 watt-hora = 3600 Joules
 1 quilowatt-hora é, obviamente, igual a 1000 watt-hora.
 Nos motores eléctricos, utiliza-se com frequência como unidade prática de
potência o cavalo-vapor (C.V.), com a seguinte equivalência:
1 cavalo-vapor = 735,5 watts
 Não confundir o cavalo-vapor (C.V.) com o horse-power (H.P.), que também
é utilizado (principalmente em Inglaterra) e que vale 746 watts.
Potência eléctrica. Energia eléctrica
 A potência eléctrica útil de um gerador em carga é definida
como o produto da tensão U pela intensidade I fornecida. Se
desprezarmos as perdas nos condutores de ligação do circuito,
então esta potência é toda entregue ao receptor, sendo também a
potência eléctrica do receptor, isto é:
P = Ul
 Visto que, pela lei de Ohm, temos a relação I = U / R, obtemos
então: U U2
P =U I =U  P=
R R
 Visto que, pela lei de Ohm, temos a relação U=R I, obtemos
então:
P = U  I = ( RI ) I = RI 2  P = RI 2
Máxima transferência de potência
 Conforme sabemos, qualquer gerador, qualquer receptor ou
mesmo os condutores de ligação têm sempre ‘resistência
eléctrica’, onde se verificam perdas de energia.
 Em determinadas situações práticas, como por exemplo na
área das telecomunicações, as potências em jogo são
reduzidas — da ordem dos miliwatts ou alguns watts —,
sendo então importante saber que valor deverá ter a
resistência de carga R de modo a receber da fonte respectiva
a potência máxima possível (PR máx), isto é, de modo a
verificar-se a máxima transferência de potência (do gerador
para a carga).
Máxima transferência de potência
 Suponhamos que o gerador tem as seguintes características: E 6 V, r
0,8 Ω. Supondo ainda que vamos variar a resistência de carga R
entre 0,2 Ω e 1,4 Ω (por exemplo), de 0,2 Ω em 0,2 Ω,
obtivemos a seguinte tabela de valores:
R (Ω) PR=RI2 (W) Pe=EI (W) =PR/Pe (%)
0,2 7,2 36,0 20,0
0,4 10,0 30,0 33,3
0,6 11,0 25,7 42,8
0,8 11,25 22,5 50,0
1,0 11,1 20,0 55,5
1,2 10,8 18,0 60,0
1,4 10,4 16,4 63,4

em que Pe é a potência eléctrica total fornecida pelo gerador e PR é a


potência eléctrica transmitida à carga R.
Máxima transferência de potência
 Com esta tabela de valores, construímos os gráficos das funções PR (R), Pe
(R) e  (R), representados na figura.

 Por análise do gráfico, podemos concluir que:


1) A carga R recebe da fonte a máxima potência (PR) quando se verifica R = r.
No caso presente, temos PR = 11,25 W quando R = r = 0,8 Ω.
2) Na situação de máxima transferência, verifica-se obviamente que o
rendimento é de 50%.
O que se conclui desta experiência?
 Conclui-se que este gerador (com esta f.e.m. e esta resistência
interna) não pode entregar a uma carga mais do que 11,25 W e,
para entregar esse valor máximo, a carga tem de ter uma
resistência igual à da resistência interna do gerador (R = r).
Quando se verifica que R = r, diz-se que há uma
adaptação da fonte à carga e isso verifica-se quando há
máxima transferência de potência para a carga.
 Para efeitos de transferência da máxima potência, não interessa
que o rendimento não seja máximo, pois para termos o máximo
rendimento (63,4 %, segundo a tabela) a potência transmitida PR
seria apenas de 10,4 W.
Potência e energia eléctricas de um
conjunto de receptores

1) A potência eléctrica total dos receptores é igual à soma das


potências individuais:
P=P1+P2+ ...+Pn
2) A energia total consumida pelos receptores é igual à soma
das energias consumidas por cada um:
Wt = W1 + W2+ ... + Wn
Perdas. Rendimento
 Define-se rendimento de um receptor ou de um gerador como o quociente
entre a energia útil (fornecida) e a energia absorvida:
 com:  — rendimento (sem unidades)
Wu
Wu — energia útil (joules) =
Wa — energia absorvida (joules) Wa
 A energia de perdas será: Wp = Wa — Wu
 O rendimento pode também vir expresso em função das potências:
 com:  — rendimento (sem unidades)
Pu — potência útil (watts) Pu
Pa — potência absorvida (watts) =
 A potência de perdas será: Pp = Pa — Pu
Pa
 O rendimento vem normalmente expresso em percentagem, da seguinte
forma: Wu Pu
= 100(%) ou  =  100(%)
Wa Pa
Formulário geral
1) Cálculo de R
U U U2 P
R= = = ou R = 2
I P P I
U
2) Cálculo de I
P P
P = RI 2 → I = ou I =
R U
3) Cálculo de P
U U2
P =U I =U = ou P = RI 2
R R

4) Cálculo de U
P P PR
U= = =  U 2 = P  R  U = P.R ou U=R  I
I U U
R
Problemas Lei de Joule e Rendimento.
1) Uma torradeira tem as seguintes características: 750 W, 230 V.
Calcule:
a) A intensidade que ela absorve.
b) O valor da sua resistência eléctrica.
c) A energia eléctrica que consome (em kWh) durante 20 minutos.
d) A intensidade e a potência absorvidas, se a ligássemos a 150 V.
2) Duas resistências eléctricas de 30 Ω e 50 Ω são ligadas a 24 V.
a) Admitindo que se encontram ligadas em série, calcule:
i. As potências dissipadas em cada uma.
ii. A potência total dissipada.
iii. A energia consumida em 3/4 de hora.
b) Admitindo que se encontram ligadas em paralelo, calcule:
i. As potências dissipadas em cada uma.
ii. A potência total dissipada.
iii. A energia consumida em 3/4 de hora.
Problemas Lei de Joule e Rendimento
3) Um motor eléctrico absorve, de uma rede, 5 A quando
alimentado a 220 V. Calcule:
a) A potência eléctrica absorvida pelo motor.
b) A potência mecânica (útil) do motor, sabendo que o seu rendimento
é de 80%.
c) As perdas totais do motor.
4) Um receptor térmico absorve 1200 W quando é alimentado a
230V. Supondo que lhe aplicamos 180 V, calcule:
a) A resistência eléctrica.
b) A intensidade absorvida.
c) A potência absorvida.
d) A energia consumida durante 35 minutos.
Problemas Lei de Joule e Rendimento
5) Uma resistência eléctrica de baixa potência tem as seguintes
características: 10 kΩ e 1/4 W. Calcule:
a) A intensidade máxima que ela suporta sem se danificar.
b) A tensão máxima que se lhe pode aplicar.
6) Pretende-se construir uma resistência eléctrica para um aquecedor
de 500 W / 220 V. Utiliza-se fio cromo-níquel de secção igual a
0,4 mm2. Calcule:
a) A resistência do fio, a quente.
b) O comprimento do fio.
c) A intensidade absorvida.
d) A resistência do fio, a frio (20ºC) sabendo que a quente atingiu
500°C.
Problemas Lei de Joule e Rendimento
Soluções:
1a) 3,26 A; b) 70,55 Ω; c) 0,25 kWh; d) 320 W
2a1) 4,5 W; a2) 7,2 W a3) 5,4 Wh; b1) 19,2 W; 11,52 W;

2b2) 30,72 W; b3) 23,04 Wh

3a) 1100 W; b) 880 W; c) 220 W

4a) 44,1 Ω; b) 4,08 A; c) 734,4 W d) 428,1 Wh


5a) 5mA; b) 50 V

6a) 96,8 Ω; b) 35,5 m; c) 2,27 A; d) 94,5 Ω

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