Polaridade de Ligação e de Molécula
Polaridade de Ligação e de Molécula
Polaridade de Ligação e de Molécula
Olá alunos, na proposta de hoje vocês deverão ler o texto com muita atenção observando cada
informação dada para entender essas informações tenha em mãos a Tabela Periódica dos elementos e
também precisarão do conceito de eletronegatividade, do conceito de ligação covalente normal e ligação
covalente dativa, assim como, da habilidade de reconhecer a geometria molecular das moléculas.
Tanto no corpo do texto como no seu final você terá questões para responder, respondendo a essas
questões você vai tendo no decorrer da leitura um feedback do seu aprendizado. As respostas a essas
questões deverão ser feitas em seu caderno.
Estarei em sintonia com vocês para sanar as de dúvidas, caso venham a ter.
Polaridade de Ligação
Até o momento, a ligação covalente foi definida como sendo o compartilhamento de elétrons entre dois átomos,
sem levar-se em conta a natureza deles. Existe, no entanto, diferenças marcantes neste compartilhamento.
Se for considerada a molécula do hidrogênio, onde dois átomos de hidrogênio compartilham um par de elétrons,
tem-se este par sendo atraído com a mesma intensidade pelos dois núcleos. O mesmo acontece no caso da
molécula de cloro.
Por outro lado, quando átomos diferentes estão ligados, nem sempre este compartilhamento será feito de forma
simétrica. Por exemplo, considere a molécula do cloreto de hidrogênio, HCl. Nesta molécula tem-se um átomo de
hidrogênio ligado a um átomo de cloro, sendo o par de elétrons atraído por ambos os núcleos. A grande diferença
na eletronegatividade destes átomos resulta numa maior força de atração do par de elétrons pelo núcleo de cloro.
Desta maneira, a nuvem eletrônica que forma a ligação estará distorcida, gerando uma falta de elétrons
(densidade eletrônica positiva) em torno ao hidrogênio e um excesso deles (densidade eletrônica negativa) em
torno ao cloro.
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Pode-se então classificar as ligações covalentes em dois tipos: aquelas onde a nuvem eletrônica não está
polarizada, formada com átomos com eletronegatividades semelhantes (ligação apolar), e aquelas onde ela se
encontra polarizada, no caso de núcleos com eletronegatividades marcadamente diferentes (ligação polar). Estes
dois tipos de ligação covalente são conhecidos como ligação covalente polar e ligação covalente apolar.
HCl H-Cl
Ligação Covalente
Pode ser
Polar ..............
Estabelecida entre Estabelecida entre
Polaridade de moléculas
A polaridade das moléculas é um tópico importante no estudo da Química, pois nos ajuda a entender como as
moléculas de uma ou mais substâncias interagem, o que pode determinar a solubilidade ou o ponto de fusão e
ebulição dessas substâncias.
A partir da análise da polaridade das moléculas, por exemplo, podemos explicar o fato de encontrarmos a
substância dióxido de carbono (CO2) no estado gasoso, à temperatura ambiente, e a água (H2O) no estado líquido.
Outra importância de analisar a polaridade das moléculas é entender por que a água apresenta uma grande
facilidade em dissolver o cloreto de hidrogênio HCl, enquanto o mesmo não ocorre com o dióxido de carbono.
A polaridade das moléculas está relacionada com o fato de o composto apresentar ou não áreas com cargas
diferentes (positiva e negativa). As moléculas com polos são denominadas polares, e as que não os apresentam são
as apolares.
Vejamos o caso do cloreto de hidrogênio, HCl. Como resultado da polarização da ligação covalente, tem-se a
formação de um dipolo elétrico, ou seja, a molécula apresenta dois polos um positivo e um negativo, dizemos
então que a molécula é polar. No caso do cloreto de hidrogênio, pode-se representar a formação deste dipolo
elétrico conforme a figura abaixo.
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O vetor resultante ( ) representado acima é denominado vetor momento dipolar e é representado pela letra
e nesse caso é diferente de zero ( ≠0), isso porque o átomo de cloro atrairá com mais intensidade os elétrons
participantes da ligação, dizemos então que a molécula é polar.
A formação de dipolos elétricos em moléculas, como no caso do HCl, pode facilmente ser verificado
experimentalmente. Ao aplicar um campo elétrico, as moléculas irão girar de forma a alinhar-se com este campo,
conforme mostrado no esquema abaixo
Considere-se, por exemplo, a molécula do CO2. Neste composto, o carbono apresenta uma ligação covalente dupla
com cada oxigênio. Desta maneira, a geometria da molécula é linear, com ângulo de 180° entre as duplas ligações.
Dada a maior eletronegatividade do oxigênio em relação ao carbono, serão formados nesta estrutura dois dipolos
elétricos, conforme o esquema abaixo. Se os vetores que representam estes dipolos forem somados, ver-se-á que
a resultante é nula, =0. Em outras palavras, a molécula do CO2, mesmo sendo formada por ligações polares,
será apolar.
µ1 µ2 µ1+µ2 = =0
2- Escreva quais os passos que você deve seguir para classificar uma molécula quanto a sua polaridade.
3- Dadas as fórmulas moleculares, escreva a fórmula estrutural e classifique as moléculas quanto a sua
polaridade.
A figura abaixo mostra que a distribuição simétrica de dipolos elétricos ao redor de um átomo central resulta em
=0. A classificação das moléculas é observada não só no dióxido de carbono (CO2), de geometria linear, mas,
também no tetracloreto de carbono (CCl4), de estrutura tetraédrica; e no trióxido de enxofre (SO3), disposto na
forma plana.
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Na molécula da água, H2O, o átomo de oxigênio apresenta dois pares de elétrons isolados e os outros dois elétrons
formam ligações covalentes simples com os átomos de hidrogênio. A geometria da molécula é angular, com um
ângulo de 104,5°, os dois dipolos são então formados devido a grande diferença de eletronegatividade entre estes
dois átomos e são representados pelos vetores momento dipolar como mostra a figura abaixo.
Analisando esses vetores observa-se que eles não se anulam, mas sim, apresentam um vetor resultante obtido pela
somatória vetorial dos momentos de dipolo. Esse somatório é realizado utilizando os vetores, para tal, deve-se
transpor todos os vetores que representam os dipolos elétricos existentes na molécula, mantendo-se a inclinação
original, de tal forma que o início de um coincida com o final do outro.
O vetor somatório, que representa a polarização resultante na molécula, é então obtido como mostrado abaixo. Na
figura abaixo, esta operação é exemplificada para a molécula da água.
Vetor resultante ≠0
O somatório destes dipolos não é nulo ( ≠0), o que significa que a molécula da água apresenta uma polaridade
resultante, conforme pode ser visualizado no esquema abaixo.
A figura abaixo mostra exemplos das moléculas, dióxido de enxofre (SO2) de geometria angular; do tricloro metano
(CHCl3) de geometria tetraédrica e do gás amônia (NH3) de geometria piramidal, em que a distribuição de carga não
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é uniforme, havendo maior densidade de carga negativa sobre um dos átomos da molécula. Nesse caso, sempre
teremos que o vetor resultante que representa o momento dipolar da molécula, , é diferente de zero ( ≠0).
≠0 ≠0 ≠0
Generalizando podemos classificar as moléculas em polar (exemplos molécula do HCl e molécula do H2O), ou apolar
(exemplos da molécula do H2 e do CO2) sempre utilizando para essa classificação o resultado somatório vetorial dos
momentos de dipolo (vetor resultante do momento dipolar da molécula).
4- Apesar de a eletronegatividade do carbono ser 2,5 e a do flúor ser 4,0, a molécula do CF4 é apolar. Explique
por quê.
5- Dentre as substâncias a seguir, indique aquela que apresenta molécula mais polar. Justifique sua resposta.
Moléculas mais complexas, que não apresentam um único átomo central, isto é, ligado a todos os demais átomos
da molécula, também podem ser analisadas por meio da análise do vetor momento de dipolo .
A medida que o grau de complexidade da molécula aumenta, a análise se torna mais difícil, veja alguns exemplos
mais complexos.
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C2H6
6- Para os compostos apresentados, indique a ordem crescente (do menor para o maior) de polaridade. Mostre seu
raciocínio.
7- Entre as espécies apresentadas, indique as que apresentam momento dipolar diferente de zero?
8- Mostre através da análise do vetor momento dipolar que as espécies indicadas são polares.
Bibliografia
1. SOLOMONS, T.W.G., Fryhle, Craig B. - Snyder, Scott A.“Química Orgânica”,1, 12.ed; Rio de Janeiro: LTC,
2018.
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https://brasilescola.uol.com.br/quimica/polaridade-das-moleculas.htm. Acesso em 15 de maio de 2020.
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4. ANTUNES, MURILO TISSONI. Ser protagonista: Química,1° ano: ensino médio/obra coletiva. São Paulo:
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5. CISCATO, C. A. M.; CHEMELLO, E.; PEREIRA, L. F.; PROTI, P. B. Química. São Paulo: 1. Ed. Moderna, 2016.