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VELÓRIO DO JUCA TORTO

[Intro] Em C7 B7 Em B7 Em C7 B7 Em B7 Em

Em
Fui no velório do querido Juca Torto, Eu era intimo do morto
C7 B7
Pero mucho mas da viúva
Babava água pesos de raio e trovão, Entrei de chapéu na mão
Em
E poncho encharcado da chuva
D G
Tomei um trago de canha meio sem jeito,
D G E7
É que tenho esse defeito de gostar de coisa triste
Am Em
E quem resiste a um vélório com cachaça
C7 B7 Em
com rapadura, bolacha e umas véia pra dizer um xiste
D G D
Varei a sala arrastando as nazarenas, Corri o zóio na morena
G E7
Chorando embaixo de um véu
Am Em
Tinha um gaiteiro vaqueano das horas brabas
C7 B7 E E7
Que floriava uma pianada pedindo as bençãos pra o céu
A F#m
Não chora linda, não chora minha querida,
B7 E Cº
Porque a saudade é um mal que o tempo cura
C#m F#m
Não chora linda, não chora minha querida
B7 E
Que nessas voltas da vida agente acha o que procura
A F#m
Não chora linda, não chora minha querida
B7 E Cº
Porque a saudade é um mal que o tempo cura
C#m F#m
Não chora linda, não chora minha querida
B7 Em
Que nessas voltas da vida agente acha o que procura
Em
Eu tinha um lenço bordado com as inicial,
C7 B7
E ofereci muy cordial tapado de sentimento
Não te preocupa que os amigos são pra isso
Em
Fica aqui meu compromisso te amparar neste momento
D G
Vendo a quietude que negasiava o ambiente
D G E7
Fui pra o lado de um parente falando o que era preciso
Am Em
Me deem licença que eu conhecia o finado
C7 B7 E
Sei que ia querer o coitado que eu cantasse de improviso

"Juntei o sombreiro ao peito E saquei um verso da guela


E B7 E
Sentido eu faço este verso Em respeito ao falecido
B7 E
Que era muito meu amigo Desde os tempos de guri
B7 E
Se agora me encontro aqui, Pra te dizer por inteiro
A7 B7 E
Pode ir te embora parceiro, Que a viúva eu cuido pra ti"
DEPOIS DA LIDA
C G C
No ranchito já me espera a companheira, Com um amargo bem cevado só pra mim
G C
E na estrada quando ela vê a poeira, Fica feliz porque meu dia chega ao fim

G C
Me recebe com um sorriso cristalino, E já indaga como está o meu cansaço
G C
(Então eu digo que me sinto um menino, Quando estou no aconchego dos seus braços

F
(E me beija perguntando do meu dia
C
E me diz em um segundo o que fez
D7
A saudade é tanta que parecia
G7
Que ela não me via há mais de um mês

F
A noite quente vem chegando sorrateira
C
E seu olhar já atiça os meus sentidos
A7 D7
Ela insinua que existe uma mulher
G C
Toda minha dentro do vestido)

[Solo] F C A7
D7 G C

C G C
Prometo tanta coisa pra minha linda, Até arco-íris cheio de cor
G C
Mas ela sabe que minha fortuna, Se resume só no meu amor

G C
A melodia seresteira das aguadas, Pede garupa no lombo do vento
G C
E nos faz uma serenata campeira, Quando entra pelo rancho a dentro

F
E me beija perguntando do meu dia
C
E me diz em um segundo o que fez
D7
A saudade é tanta que parecia
G7
Que ela não me via há mais de um mês

F
A noite quente vem chegando sorrateira
C
E seu olhar já atiça os meus sentidos
A7 D7
(Ela insinua que existe uma mulher
G C
Toda minha dentro do vestido)
LA NA FRONTEIRA
D
Lá donde o campo enfrena o dia, abrindo o peito
A7
No velho jeito de tirar zebú da grota
Em Em/D A/C#
Se ata espora pra um torrão de fundamento
A7 D
Passando um tento, embaixo do taco da bota

Lá donde o touro mais veiaco tem costeio


F#m Bm
Um par de arreio é ferramenta de valor
A7 G D
A vaca xucra esconde a cria na macega
A7 D (bis)
E cavalhada não nega, que por lá hay domador

D
/Lá donde as penas se transformam em melodias
A7
Na campeira sinfonia de coscorra e nazarenas
Em Em/D A/C#
Almas antigas rondam galpões nas estâncias
A7 D
Pois são grandes as distâncias e as saudades tão pequenas)

Lá donde ainda ecoa forte um venha, venha


F#m Bm
Chamando a tropa, no reponte das auroras
A7 G D
A bagualada segue atrás da égua madrinha
A7 D (bis)
Na velha estrada da linha, serpenteando tempo afora

A7 D
Lá na fronteira, os tajãs por contingêngia
A7 D
Contrabandeiam querência, ora pra um lado ora pra outro
A7 D
Se ganha a vida a casco e braço nos varzedos
A7 D
Se aprende cedo a ensiná a lida pra um potro

F#7 Bm
Lá na fronteira, na amplidão das invernadas
E7 A7
Se termina a campereada, quando o sol apaga as brasas
G D
Então se volta, a trotezito, assoviando
A7 D (bis)
Pra matear junto da china num jardim defronte as casa
PRA BAILAR DE COLA ATADA
E B7 E
De vereda me acomodo, se "dum" baile sinto cheiro
B7 E
Sacudo o pó da mangueira lá no açude do potreiro
A E B7 E
Encharco de amor gaúcho a estampa dum peão campeiro
A E B7 E
Porque sei que na minha terra da pra confiar nos gaiteiros.

B7 E
Pra baila de cola atada campeio a volta do mouro
B7 E
E um par de esporas prateadas, saio beliscando o couro
B7 E
Levo na alma esperança de hoje enfrená um namoro
A E
e um "três oitão" das "confiança" pra "causo" algum desaforo. BIS (B7, E)

B7 A E
(Vou tira a china mais linda pra baila de cola atada
B7 A E
E se não souber dançar, ensino e não cobro nada
B7 E
Depois que meto o cavalo seja lá o que deus quiser
A E B7 E
Pois sou do tempo que os "home" ainda gostavam de mulher.) > BIS

B7 E
A "cordeona" dá um gemido, a "polvadeira" levanta
B7 E
E eu já de pala encardido, arrasto o pé na "bailanta"
A E B7 E
Vou cochichando no ouvido meus segredos pra "percanta"
A E B7 E
E bem "campante" convido pra toma um samba com Fanta.

B7 E
Se "debrucemo" na copa e ali "troquemo" uns carinhos
B7 E
Com juras de amor eterno ninguém quer morrer sozinho
B7 E
Não me "tenteia" morena porque tu és flor cheia de espinho
A E
e eu to loco de vontade de te arrasta pro meu ninho. BIS (B7, E)

Refrão
C
Eu sou cria do passado e trago o hoje nas veias
G
De raça ordeira e pacata, mas que jamais cabresteia
F C
Da tradição não me aparto, mas gosto das novidades
G C
E sigo domando potros nas folgas da faculdade

C
As mesmas mãos do teclado do novo computador
G
São do bocal e das rédeas, do laço e do maneador
F C
As "guria" acham bem lindo e alguma até se apavora
G C
Quando eu apeio na praça de tirador e de espora.

C G C
Sei dos segredos das luas pro pingo ser enfrenado
G C
Me orgulho quando apresento um potro bem arreglado
C7 F
Uso a ciência dos livros e a faculdade me alcança
Fm C Am7 Dm G7 C
Mesclada com a experiência que o campo deixa de herança.

G C
Quero marcar o meu tempo e tudo que ele me soma
G C
A estrada só me interessa num pingo da minha doma
C7 F
Me gusta ser arreglado como os cavalos que encilho
Fm C Am7 Dm G7 C
A vida nunca é o bastante pra quem não anda nos trilhos.

F G C
Seja rodeio crioulo, nas festas ou CTG
C7 F
Eu mostro a pátria que eu tenho, timbrada pra quem me vê
Fm C Am7
Me vou pilchado pra aula, um tento atando os "caderno"
Dm G C
Que eu sou o próprio Rio Grande cruzando o mundo moderno.

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