Desenvolvimento Pragmática

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• Instrumental - Voltada a satisfazer as

Estuda o funcionamento da linguagem em contextos necessidades, usa a linguagem como meio


sociais, situacionais e comunicativos, ou seja, trata-se do para que as coisas se realizem.
conjunto de regras que explicam ou regulam o uso Ex: ”eu quero”, “dá”
intencional da linguagem, considerando que se trata de
um sistema social compartilhado e com normas para a • Reguladora - utilização da llg como
instrumento de controle para regular o
correta utilização em contextos concretos.
comportamento dos demais.
Ex: ”faz o que eu te falo”; “não, não é você
agora, sou eu”.

• Interativa - Uso da llg como meio para


• Abordagem formal: Pragmática como relacionar-se com os outros. Ex: “vamos
componente da linguagem brincar juntos!”, “qué brincar?”
• Abordagem funcionalista: A pragmática é o núcleo
que determina e organiza os aspectos estruturais • Pessoal - A linguagem manifestando a
da linguagem individualidade, com a finalidade de expor a
própria personalidade.
Ex: Expressões como “iupi”, “essa não”,
“maneiro”

A Pragmática ou o uso da Linguagem se ocupa das • Heurística - Uso da linguagem como


intenções comunicativas do falante e da utilização que instrumento para investigar a realidade e
faz da linguagem para realizar essas intenções. aprender sobre as coisas.
Ex: ”por quê”? “o que é isso”? “serve pra
O estudo da Pragmática se concentra em dois aspectos: que”?

• Imaginativa - Linguagem utilizada de


forma lúdica.
Ex: “(...) era uma bruxa muito feia”

• Ritual - Linguagem das boas maneiras.


Ex: Obrigada, licença, desculpa, por favor

• Narrativa – desenvolvimento de uma


história
Ex: “era uma vez uma princesa”, “eu fui para
o shopping ontem e...”

Unidades amplas e abstratas que refletem a • Informativa - uso da linguagem para


intencionalidade comunicativa, a motivação e os transmitir informações.
objetivos comunicativos do falante. Ex: ” vou te contar um segredo”, “Vou te
contar uma coisa mas não fala pra minha
• É necessária uma análise que supere a descrição mãe... Você sabia que eu sou o batman(...).
formal que vá além das emissões, examinando também Ex: André: sabe o que é peido e bufa? Bufa
os comportamentos não-verbais e as características do é akela fumaça verde que sai do peido.
contexto que incidem no significado.
Segundo Halliday (1975):
Habilidades conversacionais:
• Usa recursos adequados para trocar o tema
da conversação.
• Autocorrige quando percebe que não foi
compreendido.
Funções comunicativas: faz uso da linguagem oral para • Conversa considerando o contexto e o
pedir, informar, perguntar, interagir. interlocutor: regula o que pode dizer, em que
lugar e com qual pessoa (sabe o que não
Habilidades conversacionais: pode falar)
• Inicia turnos
• Mantém a conversação (mas não por muitos turnos e
não se atem ao tópico da conversação)
• Conversa com as pessoas sobre temas concretos e
referentes presentes • Sequência de atos de fala ou como
• Não se autocorrige resultado de intercambio comunicativo,
entre dois ou mais interlocutores, inscrita
num contexto social e executada aplicando
certas habilidades específicas, isto é
Funções comunicativas: faz uso da linguagem oral
competência comunicativa.
para pedir, protestar, nomear, perguntar sobre
referentes ausentes e interagir. Usa expressões sociais.
ASPECTOS DA CONVERSAÇÃO
• Função predominante informativa.
1. Organização formal das conversações:
Habilidades conversacionais: Para manter a conversação em
• Inicia turnos
movimento a criança deve aprender o
• Mantém a conversação (turnos são inteligíveis e
papel de emissor e ouvinte, intervindo
coerentes com o turno anterior) quando for seu turno e deixando seu
• Não se autocorrige.
interlocutor falar, enquanto durar o turno
dele. Respeito aos turnos dialógicos.

2. Desenvolvimento da Capacidade para


Funções comunicativas: aprimora, intensifica o uso das manter o significado ou manter o tópico
funções já descritas. da conversação:
Para determinar o significado a criança
Habilidades conversacionais: deve ser capaz de concretizar a
• Mantém e inicia a conversação de forma equilibrada. informação compartilhada com seu
• Conversa com facilidade com mais de um interlocutor interlocutor. Quantidade e qualidade da
ao mesmo tempo sobre referentes ausentes e abstratos informação, relação ou relevância e
clareza.

Funções comunicativas: aprimora, intensifica o uso das 3. Capacidade da criança para adaptar-se
funções já descritas. Tem habilidades metalinguísticas aos participantes, papéis e situações
(definir palavras etc...) • A habilidade para adotar a perspectiva
do seu interlocutor está estreitamente
Habilidades conversacionais: relacionada ao caráter social da
• Mantém e inicia a conversação de forma equilibrada linguagem e com sua habilidade para
por muitos turnos. transmitir informações sobre referentes
• Conversa mais um pouco de facilidade com mais de precisos
um interlocutor ao mesmo tempo sobre referentes
ausentes e abstratos com turnos expansivos.

Funções comunicativas: aprimora, intensifica o uso das


funções já descritas.
• Passa a ser hábil para argumentar e persuadir.
• A criança deve dominar os recursos dêiticos para
funcionar como comunicadora.
Distinguem-se três modalidades de dêixis:

1. Dêixis de Pessoa - recurso linguístico que indicam


quem é o enunciador e quem é o ouvinte usado para
referir-se aos outros no ato comunicativo.
Ex: Pronomes (eu, meu, você, me) Nomes próprios
(Carmem, André), Nomes comuns (criança,
professor).

2. Dêixis de Lugar: recurso linguístico que indicam


onde estão o enunciador e o ouvinte no momento
do intercâmbio. ex: aqui, lá , ali, isto, esta...

3. Dêixis de Tempo: recurso linguístico que indicam


quando está acontecendo o intercâmbio. ex: agora,
depois, ontem.

4. Dêixis do discurso: remete-se a algo que se tenha


falado anteriormente

5. Dêixis de Função: recurso linguístico que marca a


relação social entre os interlocutores

• Estudos voltados ao desenvolvimento pragmático


afirmam que a evolução das funções linguísticas é em
grande parte, universal e relativamente precoce,
terminando antes de se completar o desenvolvimento
dos elementos estruturais da linguagem.

1. Os primeiros intercâmbios são ações simples


(chorar) e o adulto em resposta dá-lhe atenção,
progressivamente os intercâmbios evoluem
incluindo sequências vocais ou intercâmbio de
olhares.

2. Essas rotinas pré-verbais iniciam– se por volta dos 4


a 6 meses, o adulto desempenha papel fundamental.

• As primeiras vocalizações carecem de intencionalidade,


mas têm um efeito sobre os adultos e estes lhe atribuem
significado comunicativo e referencial. Conferindo à
criança papel de interlocutor e não apenas de receptor.

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