Apoio Basquetebol 20 - 21

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Documento de Apoio de Basquetebol

I – HISTÓRIA DO BASQUETEBOL

A história do basquetebol tem praticamente origem com o aparecimento do homem


na terra. A sua sobrevivência resultou dos meios que dispunha: a caça e a pesca. Mas para
o conseguir o homem teve de correr, nadar e arremessar. Estes devem ter sido os primeiros
exercícios físicos de natureza individual, que através dos tempos se foram desenvolvendo e
aperfeiçoando até chegarem às formas colectivas, surgindo como uma forma de preparação
na defesa das comunidades. A partir deste momento terão aparecido os jogos (Costa,
2002).
Foi nos Estados Unidos, no Instituto Técnico de Springfield, que em 1891 surgiu o
basquetebol. Situada numa zona muito fria, Springfield, encontra-se coberta a maior parte
do ano por gelo e neve, tendo a prática dos desportos ao ar livre restrita a um curto período
de verão. Com o objectivo de ultrapassar esse inconveniente, e porque notava que os
alunos do seu Instituto sentiam pouca predisposição para os trabalhos de ginásio, o director
da secção de educação física deste estabelecimento Dr. Luther Halsey Gulick, recomendou
aos seus colaboradores que tomassem uma providência para solucionar o problema.
O novo desporto a ser criado deveria servir para um grande número de alunos,
constituir um exercício completo, atraente e com a capacidade de se adaptar a qualquer
espaço.
Coube ao Dr. James A. Naismith, professor da cadeira de Anatomia do
Internacional “Young Men’s Cristian Association College”, depois de grandes estudos,
solucionar o problema.
Depois de uma pesquisa sobre diversos jogos, Naismith chegou às seguintes
conclusões:
 Para um novo jogo, a bola deveria ser grande e leve, de modo a que não pudesse ser
escondida pelos jogadores;
 O jogo deveria ser praticado durante o Inverno, entre o Futebol Americano e o
Basebol;
 Deveria ser um jogo de espírito colectivo e de grande poder emocional, mas evitando
simultaneamente a violência;
 O jogo deveria ser de inspiração puramente americana, isto é, corresponder ao espírito
de livre iniciativa (influenciado pela personalidade do homem da época do
“pioneirismo”).

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Os cinco princípios que implantaram um primeiro regulamento de jogo que, de


alguma forma permitiu a criação de condições para o desenvolvimento da modalidade,
foram os seguintes:
1. A bola só podia ser jogada com as mãos;
2. Os jogadores podiam apoderar-se da bola em qualquer momento;
3. Não era permitido correr com a bola nas mãos;
4. As equipas jogam juntas no espaço de jogo, mas os contactos entre os jogadores eram
proibidos;
5. O alvo deveria estar na horizontal sobre um plano elevado (deveria ser de pequena
dimensão para privilegiar a precisão em detrimento da força e da potência).

O primeiro jogo, em Dezembro de 1891, no Springfield College nos Estados


Unidos, foi um êxito. Este, tendo sido arbitrado pelo seu próprio inventor, foi disputado
com nove homens de cada lado, com o objectivo de marcação de pontos através do
arremesso da bola sobre um cesto de pêssegos, colocados um de cada lado do campo a
uma altura de três metros.
Um aluno, Frank Mahan, propôs ao Professor James Naismith, o nome de
“basketball”, pelo facto de ser jogado com cestos e bola; tendo obtido a sua concordância.
Apesar desta rápida expansão do jogo, só em 18 de Julho de 1932 é fundada a
F.I.B.A. no 1º Congresso Internacional de Basquetebol realizado em Genebra. A F.I.B.A.
impôs a pouco e pouco a sua identidade. Em 1935 organizou em Genébra os primeiros
campeonatos da Europa de basquetebol. O seu reconhecimento traduziu-se por uma
admissão do basquetebol nos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.
Actualmente, é a F.I.B.A. que gere o basquetebol por todo o mundo. As grandes
competições internacionais antigamente reservadas apenas a amadores, são dirigidas,
depois de 1992, também a profissionais. Foi assim que a selecção americana que participou
nos Jogos Olímpicos de Barcelona – Dream Team -, constituída pelas grandes vedetas
desse país, constituiu um factor essencial de explosão do basquetebol por todo o mundo.
Em Portugal, o basquetebol foi introduzido em 1913 pela Associação Cristã da
Mocidade. Sendo um jogo de competição, foi aceite com entusiasmo e bem depressa os
clubes e escolas o integraram nos seus programas de Cultura Física. Porém, só em 1936
conseguiu alargar o âmbito acanhado em que viveu, para o que muito contribuiu a

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fundação das Associações do Porto, Coimbra e Lisboa. Esta organização ficou


oficialmente constituída, com a fundação em 1927 da Federação Portuguesa de
Basquetebol.
Em 1933 teve lugar o primeiro campeonato de Portugal, de que saiu vencedor o
Sport Clube Conimbricense.
De então para cá, o basquetebol integrou-se definitivamente no quadro geral dos
desportos praticados no nosso País, sendo hoje em dia, após o futebol, o desporto que mais
praticantes tem em Portugal.

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II – C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D O J O G O
O Basquetebol é um jogo desportivo colectivo praticado por duas equipas, cujos
objectivos são introduzir a bola no cesto da equipa adversária e evitar que seja introduzida
no próprio cesto, de acordo com as regras do jogo.

10 por cada equipa: 5 iniciam o jogo e


Número de jogadores
mais 5 suplentes
Dimensões do campo 28 m x 15m
Perímetro: 75 cm a 78 cm; Peso: 567 gr. a
Dimensões da bola
650 gr.
Altura do cesto 3,05 metros
40 Minutos (4 períodos de 10 minutos com
intervalos e 2 minutos entre o 1º e 2º
Duração do jogo
períodos e 3º e 4º períodos. Entre o 2º e 3º
períodos o intervalo é de 15 minutos)
32 Árbitros, 1 cronometrista, 1 marcador e 1
Equipa de juizes
operador de 24 segundos

Imagem 1 – Terreno de jogo

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III – R E G R A S M A I S I M P O R T A N T E S

3.1 – Começo do jogo


- O jogo inicia-se com bola ao ar no círculo central;
- A bola só pode ser tocada com as mãos depois de atingir o ponto mais alto;
- Nenhum dos saltadores pode agarrar a bola ou tocar nela mais de duas vezes;
- Os restantes jogadores devem estar fora do círculo central;
- As situações anteriores repetem-se no início de cada um dos períodos.

3.2 – Obtenção de pontos


- Os pontos são obtidos através da concretização de lançamentos de campo ou lances
livres;
- A bola tem que entrar no cesto pela sua parte superior, caindo através da rede;
- Os lançamentos de campo são os que se efectuam no decorrer normal do jogo e em
qualquer local do campo. Os lances livres são executados como penalização ao
adversário e efectuados com o cronómetro parado atrás da linha de lançamento
livre;
- 2 pontos – lançamento convertido de qualquer local em cima ou à frente da linha de
6,25m;
- 3 pontos – lançamento convertido de qualquer local atrás da linha de 6,25 m;
- 1 ponto – lançamento livre convertido.

3.3 – Como se pode jogar a bola


- A bola é jogada exclusivamente com as mãos, podendo ser passada, lançada ou
driblada em qualquer direcção;
- É uma violação correr com a bola, pontapeá-la ou socá-la;
- Não é permitido dar mais que dois passos com a bola na mão;
- Um drible começa quando o jogador em posse de bola faz com que esta ressalte ou
role no chão e termina quando este a segura com uma ou duas mãos. Um novo
drible só pode ser executado um passe a um companheiro, recuperação da bola pelo
adversário, ou após lançamento ao cesto;
- Na acção de drible não é ainda permitido:
- Bater a bola com as duas mãos simultaneamente;

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- Driblar, controlar ou segurar a bola com uma ou duas mãos e voltar a


driblar;
- Acompanhar a bola com a mão no momento do drible (transporte de
bola).

3.4 – Bola fora


- As linhas que delimitam o terreno de jogo não fazem parte dele;
- A bola está fora quando:
- Toca as linhas finais ou laterais ou o solo para além destas;
- Um objecto ou jogador que esteja em cima das linhas laterais ou finais e
para além destas;
- Um jogador em posse de bola pisa as linhas limites ou fora destas;
- A bola é reposta em jogo no local onde saiu do terreno de jogo.

3.5 – Faltas
a) Pessoais
- Um jogador não pode agarrar, empurrar, nem impedir um movimento do adversário
com os membros superiores e/ou inferiores;
- Faltas cometidas sobre um jogador que não está em acto de lançamento:
- Não dão direito a lances livres excepto se a equipa que comete a falta já
tiver atingido a 4ª falta;
- Faltas cometidas sobre um jogador em acto de lançamento:
- Faltas cometidas sobre um jogador em acto de lançamento desde o
momento que salta para lançar até que cai novamente;
- São penalizadas da seguinte forma:
- É assinalada falta ao jogador faltoso;
- O jogador que sofre a falta tem direito a executar o
seguinte n.º de lances livres, de acordo com a pontuação
do lançamento:
1 – quando lança e converte com falta;
2 – quando lança e não converte o lançamento de 2
pontos com falta do adversário;
3 – quando lança e não converte o lançamento de 3
pontos com falta.

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- Quando a falta não dá direito a lances livres, a bola é reposta na linha lateral
perpendicular ao ponto de ocorrência da infracção.

b) Dupla
- Quando dois jogadores de equipas adversárias fazem faltas simultaneamente, o
árbitro assinala falta aos dois jogadores e o jogo começa com bola ao ar.

c) Técnicas
- Atitudes anti-desportivas, como linguagem ou gestos ofensivos e desrespeito pelas
indicações do arbitragem, serão penalizadas com faltas técnicas.

d) Anti-desportivas
- São as faltas cometidas deliberadamente por um jogador sobre o adversário,
“fugindo” claramente ao carácter desportivo.

e) Desqualificantes
- Sempre que um comportamento incorrecto do jogador seja considerado grave,
justificando-se o seu afastamento.

3.6 – Limites de faltas


- O jogador que cometer 5 faltas de qualquer tipo (excepto faltas desqualificantes)
deverá abandonar o jogo.

3.7 – Lance livre


- Nenhum jogador pode entrar na área restritiva antes de a bola ter saído das mãos do
lançador;

3.8 – Regra dos 3 segundos


- Nenhum atacante pode permanecer no interior da área restritiva adversária mais de
3 segundos consecutivos, quando a sua equipa está de posse de bola.

3.9 – Regra dos 24 segundos

- A equipa com posse de bola dispõe de 24 segundos para lançar ao cesto e de 8


segundos para passar do seu meio campo para o meio campo do adversário.

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3.10 – Bola presa


- Quando a bola é segura simultaneamente por um jogador de cada equipa, e não se
define a posse de bola, os árbitros assinalam bola presa, recomeçando o jogo com
bola ao ar no círculo mais próximo do local de ocorrência.

3.11 – Substituições
- Durante um jogo qualquer jogador pode ser substituído e regressar ao jogo
posteriormente.

IV – SITUAÇÕES ESPECIAIS DAS REGRAS DO JOGO


4.1 – Lançamento de bola ao ar

O lançamento de bola ao ar é efectuado entre dois jogadores, um de cada equipa


que tentam tocar a bola na direcção dos respectivos companheiros. Realiza-se no início de
cada um dos períodos do jogo (no círculo central), bolas presas entre dois jogadores e em
situações de dúvida da arbitragem (no círculo mais próximo do local de ocorrência das
situações).

Imagem 2 – Lançamento de bola ao ar

4.2 – Reposição da bola em jogo na linha lateral e na linha final

O jogador que repõe a bola não pode pisar as linhas. Quando as reposições
surgirem após falta ou violação das regras do jogo, o jogador executa a reposição na linha
mais próxima não podendo deslocar-se desse local, e dispõe de 5 segundo para efectuar a
reposição.
Na reposição pela linha final após cesto sofrido, o jogador que efectua a reposição
pode movimentar-se sem restrições ficando no entanto sujeito às restantes restrições
anteriormente focadas.

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Imagem 3 – Reposição da bola em jogo na linha lateral e na linha final

4.3 – Lance livre

É executado pelo lançador que sofreu a falta, o qual deve estar colocado atrás da
linha de lançamento livre, sem a pisar. Para efectuar este lançamento dispõe de 5 segundos.
Ao longo da área restritiva existem 5 espaços marcados, 3 de um lado e 2 do outro, que
serão ocupados da seguinte forma:
1. Os dois espaços mais próximos do cesto são ocupados pelos defensores;
2. Os dois intermédios são ocupados pelos atacantes;
3. O terceiro defesa coloca-se num dos lados e mais próximo do lançador.

Estes 5 jogadores só podem movimentar-se após a saída da bola da mão do


lançador. Os restantes jogadores devem colocar-se fora da linha de 3 pontos, e para trás do
prolongamento da linha de lançamento livre, até que a bola toque o aro.

Imagem 4 – Lance livre

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V- CRITÉRIOS DE ÊXITO DOS ELEMENTOS TÉCNICOS


1- PARAGEM A UM E DOIS TEMPOS

Estes elementos técnicos são utilizados quando pretendemos interromper a progressão


em drible, quando recebemos uma bola após trabalho de recepção, desmarcação,
interrupção da corrida, entre outras.
Paragem a um e dois tempos
Descrição do Gesto
Paragem a um tempo
Apoio simultâneo dos dois pés (paralelos);
Flexão dos M.I. ao entrar em contacto com o solo, ficando o corpo ligeiramente atrasado a fim
de contrariar a velocidade de deslocamento existente;
Baixar o centro de gravidade;
Ganhar a posição básica ofensiva no final da acção, avançando a bacia e o tronco para cima dos
apoios de forma controlada;
Qualquer pé pode ser usado como “pé eixo” para a rotação.
Paragem a dois tempos
Paragem mais natural;
Agarrar a bola, efectuando dois apoios (2 tempos);
Aquando da paragem, flectir os M.I. baixando o centro de gravidade, mantendo as costas
direitas;
Ganhar a posição básica ofensiva no final da acção;
O pé apoiado em primeiro lugar, é obrigatoriamente o “pé eixo”.
Tabela 1 – Descrição e erros mais comuns da paragem a um e dois tempos

Imagem 5 – Ilustração da paragem a um e dois tempos

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2- POSIÇÃO BÁSICA OFENSIVA

A posição básica ofensiva do jogador atacante sem bola é uma condição indispensável
(ponto de partida) para que este realize com eficácia, as principais tarefas motoras
(movimentos) a que se propõe no decorrer do jogo.
Posição Básica Ofensiva
Descrição do Gesto
Pés afastados à largura dos ombros (com
um apoio ligeiramente avançado em
relação ao outro);
M.I. semi-flectidos;
Peso distribuído igualmente pelos dois
apoios;
Tronco ligeiramente inclinado à frente;
Cabeça levantada, campo visual dominando
a maior área possível de jogo. Imagem 6 – Posição Básica Ofensiva

Tabela 2 – Descrição e erros mais comuns da Posição Básica Ofensiva

3- ROTAÇÕES
Rotações
Descrição do Gesto
Determinação do pé eixo;
Distribuição do peso do corporal sobre o pé eixo;
Rodar sobre a parte anterior da planta do pé;
O pé móvel não deve elevar-se muito acima do solo, realizando rotações de pequena amplitude
Manter sempre a posição básica ofensiva;
Tabela 3 – Descrição e erros mais comuns das rotações

Imagem 7 – Ilustração das rotações

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4- DRIBLE
O drible é um elemento preponderante do basquetebol, e a sua utilização nunca deve estar
dissociada das finalidades a que se destina. Assim em situação de jogo o drible serve para :
- o portador da bola sair de uma zona muito aglomerada de jogadores;
- fugir de uma grande pressão defensiva;
- para progredir para o cesto, sempre que não existir um companheiro em
melhores condições para finalizar;
- criar uma linha de penetração para o cesto;
- para garantir a posse de bola.

O DRIBLE É COMO OS DOCES: AGRADÁVEL EM PEQUENAS DOSES, MAS


MUITO MAU QUANDO USADO EM EXCESSO
(Jack Donohue)
4.1-DRIBLE DE PROGRESSÃO
Este tipo de drible é utilizado em deslocamentos de grande velocidade sendo um
drible relativamente alto e como o próprio nome indica serve para progredir com bola no
terreno de jogo.
Drible de Progressão
Descrição do Gesto
posição do corpo elevada;
drible pela cintura;
drible ao lado e à frente do corpo,
contacto da mão com a bola por trás;
um batimento de bola por 2, 3 apoios.
Tabela 4 – Descrição e erros mais comuns do drible de progressão

Imagem 8 – Ilustração do drible de progressão

4.2- DRIBLE DE PROTECÇÃO


Este tipo de drible caracteriza-se por uma menor velocidade de deslocamento do
jogador e por ser mais baixo que o drible de progressão. Utiliza-se preferencialmente para
“fugir” a situações de aglomeração e de grande pressão defensiva.

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Drible de Protecção
Descrição do Gesto
drible baixo, raramente ultrapassando a altura do joelho;
cabeça levantada;
interposição do braço e da perna do lado do defesa;
baixar centro de gravidade;
bola deve ressaltar no solo no meio dos pés do jogador;
mão sobre a bola e movimento enérgico do pulso;
Tabela 5 – Descrição e erros mais comuns no drible de protecção

Imagem 9 – Ilustração do drible de protecção

6- PASSE DE PEITO

De entre todos os elementos técnicos do basquetebol, o PASSE é aquele que de


forma mais objectiva traduz a comunicação entre 2 jogadores da mesma equipa,
correspondendo igualmente à manifestação extrema do colectivismo do jogo. As
qualidades que se pretendem num passe são a sua eficácia, ou seja, chegar nas melhores
condições ao jogador que recebe a bola, e o “tempo” da sua realização, ou seja, a sua
execução no momento óptimo, o que obriga necessariamente a uma boa coordenação do
passador com movimentos de quem recebe
Passe de Peito
Descrição do Gesto
Partir da posição básica ofensiva, com olhar fixo para onde se vai passar a bola;
Bola segura com as duas mãos;
Cotovelos colocados naturalmente ao lado do corpo;
Bola à altura do peito, dedos para cima, polegares na parte posterior da bola;
Extensão dos M.S. na direcção do alvo e rotação externa dos pulsos (terminar com as palmas
das mãos viradas para fora e os polegares a apontar para o solo);
Avanço de um dos apoios na direcção do passe;
Trajectória da bola tensa, dirigida ao alvo.
Tabela 6 – Descrição e erros mais comuns do passe de peito

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Imagem 10 – Ilustração do passe de peito

7- PASSE PICADO

Passe Picado
Descrição do Gesto
Partir da posição básica ofensiva;
Bola segura com as duas mãos;
Cotovelos colocados naturalmente ao lado do corpo;
Bola à altura do peito, dedos para cima, polegares na parte posterior da bola;
Extensão dos M.S. na direcção do solo e para a frente;
Bola ressalta no solo a 3/4 da distância a percorrer;
O ressalto da bola terá um objectivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão alvo do colega
ou as zonas próximas do peito;
Avanço de um dos apoios na direcção do passe.
Rotação externa dos pulsos (terminar com as palmas das mãos viradas
para fora e os polegares a apontar para dentro e para baixo);
Tabela 7 – Descrição e erros mais comuns no passe picado

Imagem 11 – Ilustração do passe picado

8- RECEPÇÃO
Recepção
Descrição do Gesto
Olhar dirigido para a bola;
Assinalar a mão alvo;
Mãos em forma de concha com os dedos bem afastados;
Ir ao encontro da bola, flectindo os M.I. e inclinando o tronco com as mãos à frente do corpo;
Dirigir os M.S. em extensão na direcção da bola;
No momento do contacto com a bola efectuar uma flexão dos M.S. (para amortecer a bola);
Recepção da bola na sua parte posterior, sem as palmas das mãos entrarem em contacto com
ela;
Os dedos polegares funcionam como um “travão” da bola;
Após a recepção, proteger a bola através da rotação do tronco.
Tabela 8– Descrição e erros mais comuns na recepção

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Imagem 12- ilustração da recepção

9- LANÇAMENTO AO CESTO
O lançamento ao cesto é, certamente, o elemento técnico mais importante no jogo
de basquetebol, pois é em função dele que se definem os principais objectivos do jogo:
marcar cesto e não deixar o adversário marcar. O lançamento ao cesto é assim a finalidade
última de todas as acções individuais e colectivas, de uma equipa com posse de bola,
constituindo ao mesmo tempo a preocupação final dos defesas, uma vez que ele
(lançamento ao cesto) a acção que é preciso dificultar ou mesmo impedir.

Saber lançar bem pode compensar algumas deficiências noutras


áreas. Lançar mal, porém, não vai permitir que as outras
acções, apesar de bem executadas, possam ter o fruto
desejado.
(Jorge Adelino)
9.1- LANÇAMENTO EM APOIO
Lançamento em Apoio
Descrição do Gesto
Enquadrado com o cesto, e com o olhar dirigido para o mesmo;
Pernas flectidas, com os pés afastados à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que lança
ligeiramente avançado;
Mão lançadora colocada por baixo da bola com os dedos bem afastados, ao passo que a outra
mão se encontra colocada ligeiramente ao lado e à frente da bola;
Cotovelo colocado por baixo da bola (braço e antebraço formam um ângulo de 90º);
Movimento continuo de extensão dos membros inferiores e superiores;
A bola só deve sair da mão quando o braço que a impulsiona atinge a extensão total;
Lançamento da bola por cima e à frente da cabeça;
Flexão completa do pulso no momento final do contacto com a bola.
Tabela 9– Descrição e erros mais comuns no lançamento na passada

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Imagem13- Ilustração do Lançamento em Apoio

9.2- LANÇAMENTO NA PASSADA


Lançamento na Passada
Descrição do Gesto
A corrida em drible é oblíqua em relação ao cesto;
Realização de 2 apoios (direito-esquerdo do lado direito e esquerdo-direito do lado esquerdo);
O primeiro apoio é longo, sendo o segundo apoio mais curto;
Elevação do joelho da perna livre;
O lançamento é executado em suspensão e realizado com a mão oposta à perna de impulsão;
Bola projectada contra a tabela;
O movimento do braço lançador é igual ao lançamento parado e em suspensão;
Recepção no solo com os dois apoios.
A partir do momento em que se realiza o segundo apoio, deve-se fixar o ponto onde se vai lançar a
bola na tabela;
Tabela 10– Descrição e erros mais comuns no lançamento na passada

Imagem14- Ilustração do Lançamento na Passada

11- DESMARCAÇÃO
Desmarcação
Descrição do Gesto
Ver sempre a bola;
Não se “esconder” atrás do adversário;
Explorar a linha jogador/cesto quando esta é deixada livre pelo defesa;
Aproximar do defesa e depois afastar-se dele rapidamente, de modo a fixá-lo;
Aumento da velocidade de deslocamento (para surpreender o adversário e ganhar situação de
vantagem numérica ou criar linhas de passe);
Mostrar a mão alvo, para receber a bola;
As trajectórias do deslocamento raramente devem ser curvas.
Tabela 11– Descrição e erros mais comuns na Desmarcação

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Figura 15- Ilustração da Desmarcação

1 3 - D E F E S A IN D I V I D U A L
Defesa Individual
Descrição do Gesto
Reagir rápido à iniciativa do atacante, ganhando espaço;
Acompanhar o atacante sem fazer falta e continuando enquadrado com este;
Desviar o atacante para as zonas laterais do campo;
Reduzir o número de soluções ofensivas.
Tabela 12– Defesa Individual

Figura 16- - Ilustração da Defesa Individual

14- POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA

Posição Básica Defensiva


Descrição do Gesto
Pés afastados à largura dos ombros (com um apoio ligeiramente avançado em relação ao outro);
Peso distribuído igualmente pelos dois apoios (parte anterior do pé);
M.I. ligeiramente flectidos;
Joelhos e pés dirigidos para a mesma direcção;
M.S. semi-flectidos, palma das mãos viradas para a frente e dedos afastados;
Tronco ligeiramente inclinado à frente;
Cabeça levantada, campo visual dominando a maior área possível de jogo.
Tabela 13– Posição Básica Defensiva

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Figura 17- Ilustração Posição Básica Defensiva

1 5 - D E F E S A IN D I V I D U A L

Defesa Individual
Descrição do Gesto
Realiza passe de peito quando não tem oposição directa;
Realiza passe picado se tem oposição directa;
Se tem posse de bola e não há defesas entre ele e o cesto, então dribla até conseguir lançar;
Em posse de bola, um aluno passa perante a presença de um defesa e dribla para o cesto se não
tem oposição
Sempre que entra em posse de bola enquadra com o cesto adversário
Tabela 14– Situação de Jogo

Figura 18- Situação de Jogo

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VI – BIBLIOGRAFIA

Costa, M. & Costa, A. (2001). Na Aula de Educação Física 7.º, 8.º, e 9.º Anos.
Areal Editores.
Costa, M. & Costa, A. (2002). Educação Física 10.º, 11.º, 12.º. Areal Editores.
Costa, J. (2002). Jogo Limpo 7.º, 8.º, 9.º. Porto editora.

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