Livro Texto - Unidade II
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Livro Texto - Unidade II
Unidade II
5 FUNÇÕES
Nesse tópico, alguns conceitos preliminares ao estudo de funções serão apresentados, tais como:
plano cartesiano e relações entre conjuntos.
O plano cartesiano é formado por duas retas reais perpendiculares, denominadas eixo x e y. O ponto
de cruzamento dessas retas é denominado origem dos eixos, pois representa o início da contagem dos
eixos x e y e tem o zero como marcador.
Os eixos x e y dividem o plano em quatro áreas, os quadrantes, que são organizados no sentido anti-
horário e numerados em ordem crescente, com início em 1.
2º quadrante 1º quadrante
Ponto de origem
3º quadrante 4º quadrante
Figura 32
53
Unidade II
Observação
Um par ordenado (a;b) representa um único ponto no plano cartesiano e vice-versa. O par ordenado
pode ser representado matematicamente da seguinte forma:
b P=(a; b)
0 a x
Figura 33
Observação
3 A
C 2
1 B
–2 0 1 2 x
–2
E
D –3
Figura 34
54
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
O produto cartesiano de AxB é o conjunto de todos os pares ordenados (x;y), tal que x pertença ao
conjunto A e y ao B, sendo que A e B não podem ser dois conjuntos vazios.
Existem diversas formas de representar o produto cartesiano, tais como a notação de conjuntos, o
diagrama de flechas e o próprio plano cartesiano. Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 1
AxB
A B
0
–2
1
3
3
Figura 35
55
Unidade II
–3 –2 –1 0 1 2 3 x
–1
–2
–3
Figura 36
Lembrete
Exemplo 2
BxA
B A
0
–2
1
3
3
Figura 37
56
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
–3 –2 –1 0 1 2 3 x
–1
–2
–3
Figura 38
Exemplo 3
AxB
A B
–2 –2
3 3
Figura 39
57
Unidade II
–3 –2 –1 0 1 2 3 x
–1
–2
–3
Figura 40
5.1.4 Relações
A relação de A em B é qualquer subconjunto do produto cartesiano AxB, sendo que A e B não podem
ser dois conjuntos vazios. Uma relação R de A em B é denotada pelo símbolo R: A → B.
Por exemplo:
Dados os conjuntos A = {-2;3} e B = {0;1;3}, temos AxB = {(-2;0), (-2;1), (-2;3), (3;0), (3;1), (3;3)},
sendo R1, R2 e R3, descritas a seguir, relações de A em B:
R2: A→B
A B
1 1
2 2
3 3
4 4
5
Figura 41
• 0 é a imagem de 1;
• 4 é a imagem de 2;
• 6 e 8 são imagens de 4.
Note ainda que o elemento 3 do conjunto A não está associado a qualquer elemento de B e que o 2
do conjunto B não é imagem de nenhum elemento do conjunto A.
• imagem de R ou Im(R) é o conjunto de todos os elementos de B que são imagens de pelo menos
um elemento de A: Im(R) = {0, 4, 6, 8}.
Função é uma relação entre dois conjuntos A e B definida por uma regra de formação f na qual
cada elemento de A é relacionado a apenas um elemento de B. A função é denotada pela notação
f: A → B.
59
Unidade II
Exemplo 1
R1: A→B
A B
1
1
2
2
3
3
4
4
5
Figura 42
Ao adotar o conjunto A como o de partida das setas e o B como o conjunto de chegada das setas,
temos que:
Porém, observe que R1 não é uma função de A em B, pois o elemento 3 do conjunto A não está
associado a qualquer elemento de B, assim, R1 é apenas uma relação.
Exemplo 2
R3: A→B
A B
1
1
2
2
3
3
4
4
5
Figura 43
60
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Note ainda que R2 também não é uma função de A em B, uma vez que o elemento 4 do conjunto A
está associado a dois elementos de B, o 4 e o 5, assim, R2 é apenas uma relação.
Exemplo 3
R3: A→B
A B
1
1
2
2
3
3
4
4
5
Figura 44
Atente para o fato de que R3 é uma função de A em B, pois cada elemento do conjunto A está
relacionado a um único elemento do conjunto B.
Lembrete
61
Unidade II
A imagem de f é o conjunto de todos os valores possíveis de f(x) quando x varia por todo o domínio.
Essa variação também é chamada de variação de f.
5,0
4,0
Imagem
3,0
2,0
1,0
Figura 45
Uma curva no plano cartesiano só é um gráfico de uma função se nenhuma reta vertical cortar a
curva mais de uma vez.
y y
x x
0 0
Figura 46
O domínio é constituído por todos os valores reais de x para os quais seja possível o cálculo da
imagem. Vejamos mais alguns exemplos:
62
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Exemplo 1
2
f x
x 1
O domínio da função é D=R-{1}, pois o valor x = 1 faz com que o denominador seja zero.
Exemplo 2
f x x 1
Aqui, D = [1, ∞], pois, para x < 1, o radicando é negativo e não existe raiz quadrada de número
negativo.
Exemplo 3
f(x) = x2 + 2x
Uma função f:A → B pode ser representada por uma lei, como y = f(x), que estabelece um critério
na associação dos pares ordenados (x,y) ∈ AxB.
Exemplo 1
Dados os conjuntos A = {1; 2; 3} e B = {0; 2; 4; 6; 8}, nos quais a relação de f:A → B é definida pela
função f(x) = 2x (com (x,y) ∈ A x B e também representada por y = 2x), temos:
Tabela 1
63
Unidade II
Figura 47
y
8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 x
Figura 48
Exemplo 2
Tabela 2
64
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
f: A→B
A B
0 1
1 3
2 5
3 7
4 9
5 11
Figura 49
11
10
0 1 2 3 4 5 6 7 x
Figura 50
65
Unidade II
Uma função do 1o grau é toda função f: R → R definida pela regra y = f(x) = ax + b, com a e b ∈ R
e sendo a e b constantes denominadas coeficientes da função.
• quando a constante a for positiva (a > 0), a função é crescente, ou seja, quanto maior o valor de
x, maior será o valor de y;
• quando a constante a for negativa (a < 0), a função é decrescente, ou seja, quanto maior o valor
de x, menor será o valor de y;
• quando a constante a for nula (a = 0), a função é constante, ou seja, para qualquer valor de x, o
valor de y é sempre o mesmo;
• quando a constante b for igual a zero, o gráfico sempre passará pela origem dos eixos;
66
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
6,0 y=x+1
5,0
y=x
4,0
y=x–2
3,0
+1
2,0
1,0
–2
–3,0 –2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0
–1,0
–2,0
Figura 51
Já a constante a afeta a inclinação da reta. Quanto maior for o valor de a, mais distante a reta ficará
do eixo x, ou seja, o ângulo formado pelo eixo x e a reta aumenta. Observe:
y = 5x
6,0
y = 3x
y=x
5,0
y = 2x
4,0
3,0
2,0 y = 0,5x
1.0
y = 0,25x
–5,0 –4,0 –3,0 –2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
–1,0
–2,0
Figura 52
Exemplo 1
Dada a função y = f(x) = 2x + 6, nota-se que f é uma função crescente, já que a = 2 > 0.
67
Unidade II
y = 2x + 6
y = 2.0 + 6 = 6
y = 2x + 6
0 = 2x + 6
–6 = 2x ⇒ 2x = –6
6
x 3
2
3o passo: inserir os dois pontos no diagrama cartesiano e traçar uma reta que passe por eles
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 53
68
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
O gráfico da função intercepta o eixo x (ou horizontal) em -3 e intercepta o eixo y (ou vertical) em 6.
f(x) = 2x + 6
f(–2) = 2.(–2) + 6 = –4 + 6 = 2
f(–1) = 2.(–1) + 6 = –2 + 6 = 4
Essa é a taxa de crescimento da função, fornecida por meio do coeficiente a. Nesse exemplo, a = 2,
o que indica um aumento de 2 unidades em y a cada 1 unidade aumentada em x.
Exemplo 2
Dada a função y = f(x) = –2x + 6, observa-se que f é uma função decrescente, já que a = -2 < 0.
y = – 2x + 6
y=–2.0+6=6
y = –2x + 6
0 = –2x + 6
–6 = –2x ⇒ –2x = –6
6
x= = 3
2
3º passo: inserir os dois pontos no diagrama cartesiano e traçar uma reta que passe por eles:
69
Unidade II
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 54
Observe que o gráfico da função intercepta o eixo x (ou horizontal) em 3 e o eixo y (ou vertical) em 6.
f(x) = –2 + 6
f(1) = –2.(1) + 6 = –2 + 6 = 4
f(2) = –2.(2) + 6 = –4 + 6 = 2
Atente para o fato de que, nesse exemplo, em que a = -2, ou seja, a < 0, há um decréscimo de 2
unidades em y a cada 1 unidade aumentada em x.
Exemplo 3
70
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
y = 0x + 6
y = 0.0 + 6 = 6
y = 0x + 6
y = 0.1 + 6 = 0 + 6 = 6
3º passo: inserir os dois pontos no diagrama cartesiano e traçar uma reta que passe por eles:
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 55
O gráfico da função não intercepta o eixo x (ou horizontal) e intercepta o eixo y (ou vertical) em 6.
f(x) = 0x + 6
f(1) = 0.(1) + 6 = 6
f(2) = 0.(2) + 6 = 6
71
Unidade II
Nesse exemplo, a = 0, o que indica que não há aumento de unidades em y quando 1 unidade é
aumentada em x.
Exemplo 4
Dada a função y = f(x) = 2x, observa-se que f é uma função crescente, já que a = 2 > 0.
y = 2x
y = 2.0 = 0
y = 2x
y = 2.1 = 2
3º passo: inserir os dois pontos no diagrama cartesiano e traçar uma reta que passe por eles
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 56
72
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Observe que o gráfico da função intercepta tanto o eixo horizontal como o eixo vertical no zero,
ou seja, ele passa pela origem (0,0). Além disso, ao aumentarmos 1 unidade em x, a função diminuirá 2
unidades em y:
f(x) = 2x
f(1) = 2.(1) = 2
f(2) = 2.(2) = 4
Exemplo 1
y 2x 5
y x 1
Tracemos os gráficos das duas funções em um mesmo sistema de coordenadas, apontando o ponto
de intersecção entre elas:
para x = 0, temos:
y = –2 . 0 + 5 = 5
portanto, P1 = (0;5)
para y = 0, temos:
0 = –2x + 5
2x = 5
b
xv
2a 5 b
x V 2.,5
2 2a 4a
yv
4a 73
Unidade II
portanto, P2 = (2,5;0)
para x = 0, temos:
y = 0 –1 = –1
portanto P1 = (0;–1)
para y = 0, temos:
0=x–1
x=1
portanto, P2 = (1;0).
3º passo: obter o ponto de intersecção. Para isso, basta igualar as duas equações
–2x + 5 = x – 1
–2x – x = –1 – 5
–3x = –6
6
x 2
3
y = x –1
y = 2 –1 = 1
74
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
–2,0
Figura 57
Função do 2o grau é toda função f: R → R definida pela regra y = f(x) = ax2 + bx + c, com a e b ∈ R
e a ≠ 0, sendo a, b e c denominados coeficientes da função.
• quando o coeficiente a for positivo (a > 0), o gráfico da função tem concavidade voltada
para cima;
• quando o coeficiente a for negativo (a < 0); o gráfico da função tem concavidade voltada
para baixo.
75
Unidade II
5,0
10x2
4,0
5x2
2x2
3,0
x2
0,5x2
0,25x2
2,0
0,1x2
1,0
–5,0 –4,0 –3,0 –2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
Figura 58
A constante c da função do 2º grau, por sua vez, afeta o deslocamento vertical do gráfico. Veja:
4,0
3,0
x2+1 2,0
x2
x2-2
1,0
+1
–2
–1,0
–2,0
Figura 59
76
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Figura 60
Calcule ∆ = b2 – 4ac e analise o resultado: se ∆ > 0, a função admite duas raízes reais e diferentes,
que podem ser obtidas pelas fórmulas:
b b
x’ x"
2a 2a
Porém, se ∆ > 0, a parábola intercepta o eixo x (horizontal) em dois pontos diferentes (x’ e x”):
a>0 a<0
x’ x”
x’ x”
(A) (B)
Figura 61
77
Unidade II
Se ∆ = 0, a função admite duas raízes reais e iguais que podem ser obtidas pela fórmula:
b
x x’ x"
2a
Além disso, se ∆ = 0, a parábola intercepta o eixo x (horizontal) em um único ponto (x’ = x”). Observe:
a>0 a<0
x’ = x”
(A) x’ = x” (B)
Figura 62
Por fim, se ∆ < 0, a função não admite raízes reais e a parábola nunca interceptará o eixo x (horizontal).
a>0 a<0
(A) (B)
Figura 63
b
xv
2a b
V ,
2a 4a
yv
4a
78
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
4o passo: calcular o ponto que intercepta o eixo y (vertical). Para isso, calcule o valor de y para x = 0
y = a.02 + b.0 + c
y=c
Exemplo 1
Como a = 1 > 0, o gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para cima.
Como ∆ = 36 > 0, a função admite duas raízes reais e diferentes, calculadas a seguir:
b 4 36 4 6 10
x’ 5
2a 2. 1 2 2
b 4 36 4 6 2
x" 1
2a 2. 1 2 2
b ( 4 ) 4
xv x v 2
2a b 2.1 2
V , → V 2, 9
2a 4a 36 36
yv y v 9
4a 4.1 4
79
Unidade II
4º passo: obter o ponto que o gráfico intercepta no eixo y. Para isso, calcule o valor de y para x = 0.
Assim, o ponto que intercepta o eixo y é (0, –5)
1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
–6,0
–7,0
–8,0
–9,0
Figura 64
Exemplo 2
a = (–1) b = 6 c = (–9)
Como a = -1 < 0, o gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para baixo.
80
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
b 6 6
xv xv 3
2a b 2.( 1) 2
V , → V 3, 0
2a 4a 0 0
yv yv 0
4a 4.( 1) 4
4º passo: obter o ponto que o gráfico intercepta no eixo y. Para isso, calcule o valor de y para x = 0. Assim,
o ponto que intercepta o eixo y é (0, –9)
1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
–6,0
–7,0
–8,0
–9,0
Figura 65
81
Unidade II
Exemplo 3
Como a = 1 > 0, o gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para cima.
Como ∆ = - 8 > 0, a função não admite raízes reais, portanto, não intercepta nem toca o eixo x.
b 2
xv x v 1
2a b 2. 1
V , → V 12
,
2a 4a ( 8)
yv yv 2
4a 4.1
4º passo: obter o ponto que o gráfico intercepta no eixo y. Para isso, calcule o valor de y para x = 0.
Assim, o ponto que intercepta o eixo y é (0,3)
82
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 66
Ao determinar e representar um ponto de intersecção entre retas e parábolas num mesmo sistema
de coordenadas, temos, por exemplo, o seguinte sistema de equações:
y 2x 5
2
y x 4 x 4
Façamos os gráficos das duas funções em um mesmo sistema de coordenadas e apontemos o ponto
de intersecção entre elas.
para x = 0, temos:
y = –2.0 + 5 = 5
portanto, P1 = (0;5)
83
Unidade II
para y = 0 temos:
0 = –2x + 5
2x = 5
5
x 2, 5
2
portanto, P2 = (2,5;0).
a = (–1) b = 4 c = 4
Como a = - 1 < 0, o gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para baixo.
Como ∆ = 32 > 0, a função admite duas raízes reais e diferentes, calculadas a seguir:
4 32 4 5, 66 1, 66
x’ 0, 83
2. 1 2 2
4 32 4 5, 66 9, 66
x" 4, 83
2. 1 2 2
A parábola intercepta o eixo horizontal (eixo x) em dois pontos diferentes: -0,83 e 4,83.
b (4 ) 32
V , , 2, 8
2a 4a 2. 1 4. 1
84
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
3º passo: obter o ponto de intersecção. Para isso, é preciso igualar as duas equações
–x2 + 4x + 4 = –2x = 5
–x2 + 4x + 4 + 2x – 5 = 0
–x2 + 6x –1 = 0
6 32 6 5, 66 1166
,
x" 5, 83
2. 1 2 2
y’ = 2x’ + 5
y’ = 2.(0,17) + 5 = 4,66
y” = – 2x” + 5
y” = –2(5,83) + 5 = 6,66
Portanto, os pontos de intersecção entre a reta e a parábola são (0,17; 4,66) e (5,83; -6,66).
85
Unidade II
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
–6,0
-7,0
Figura 67
Uma equação exponencial é aquela que apresenta a incógnita no expoente em pelo menos uma
potência da expressão. Para resolver uma equação exponencial, é necessário reduzir ambos os lados da
equação a potências de mesma base a (a > 0 e a ≠ 1) e aplicar a seguinte propriedade:
ax = ax → x1 = x2
1 2
86
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Exemplo 1
2x = 23
x=3
S = {3}
Exemplo 2
2x = 16
2x = 24
x=4
S = {4}
Exemplo 3
42x = 4x+1
2x = x + 1
2x – x = 1
x=1
S = {1}
Exemplo 4
x
1
81
3
(3–1)x = 34
3–x = 34
x = –4
S = {–4}
87
Unidade II
Exemplo 5
2
x
64
x
1111 xxx
66
2222222 22266
x
=6
2
x = 12
S = {12}
Exemplo 6
(3x)x+1 = 729
2
3x + x = 36
x2 + x = 6
x2 + x – 6 = 0
Exemplo 7
22x+1.43x+1 = 8x–1
22x+1.(22)3x+1 = (23)x–1
22x+1.26x+2 = 23x–3
28x+3 = 23x–3
8x + 3 = 3x – 3
6
x
5
6
S
5
88
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Uma função exponencial é toda função f de R em R dada pela regra f(x)=ax, onde a é um número
real positivo e diferente de 1.
11,0
10,0
9,0
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 68
Verifique que:
89
Unidade II
• o eixo x é assíntota horizontal, uma vez que, quando x diminui, y se aproxima de zero;
• a função y = ax, para a > 1, é crescente, uma vez que x1 > x2 → ax1 > ax2.
A seguir, é apresentado o gráfico da função y = 2-x. Essa função é semelhante à função y = 2x.
A diferença entre elas é o expoente negativo:
13,0
12,0
11,0
10,0
9,0
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 69
Note que o gráfico da função y = 2-x é obtido por meio do espelhamento no eixo y do gráfico da
função y = 2x.
90
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
x
Observe o gráfico da função y , ilustrado a seguir:
1
2
11,0
10,0
9,0
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
Figura 70
Verifique que:
• o eixo x é assíntota horizontal, uma vez que, quando x aumenta, y se aproxima de zero;
• a função y = ax, para 0 < a < 1, é decrescente, uma vez que x1 > x2 → ax1 < ax2.
91
Unidade II
• para a > 1, temos uma função exponencial crescente e, para 0 < a < 1, temos uma função
exponencial decrescente.
Na ilustração a seguir, encontra-se o gráfico da função y = -2x. O que ocorrerá se a função exponencial
com base maior que 1 (a > 1) for multiplicada por um número negativo?
1,0
–6,0 –5,0 –4,0 –3,0 –2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0
–1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
–6,0
–7,0
–8,0
–9,0
–10,0
–11,0
–12,0
Figura 71
Verifique que:
• como y = -ax < 0, ou seja, y < 0 para todo x, então o gráfico de y = -ax está localizado no 3º e no
4º quadrante;
92
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
• o eixo x é assíntota horizontal, uma vez que, quando x diminui, y se aproxima de zero;
• a função y = -ax para a > 1 é decrescente, uma vez que x1 > x2 → ax1 < ax2.
x
Na ilustração a seguir, encontra-se o gráfico da função y . Observe o que acontece se a
1
2
função exponencial com base entre 0 e 1 (0 < a < 1) for multiplicada por um número negativo:
1,0
–6,0 –5,0 –4,0 –3,0 –2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
–1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
–6,0
–7,0
–8,0
–9,0
–10,0
–11,0
–12,0
Figura 72
Verifique que:
• como y = -ax < 0, ou seja, y < 0 para todo x, o gráfico de y = -ax se localizará no 3º e no
4º quadrante;
93
Unidade II
• o eixo x é assíntota horizontal, uma vez que, quando x diminui, y se aproxima de zero;
• a função y = -ax, para 0 < a < 1, é crescente, uma vez que x1 > x2 ax1 > ax2.
Se uma grandeza com valor inicial y0 crescer a uma taxa constante k, após um tempo x ela será
expressa pela seguinte fórmula:
y = y0(1 + k)x
Por exemplo, daqui a 10 anos, qual será o número aproximado de habitantes de uma cidade que hoje
tem 10.000 habitantes e cresce a uma taxa de 5% ao ano?
• x = 10 (período em anos).
y = 10.000 (1 + 0,05)10
y = 10.000 (1,05)10
y = 10.000.1,629
y = 16.290
94
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
5.8 Logaritmos
loga b = x ⇔ ax = b, a e b ∈ R+
• a é base do logaritmo;
• b é o logaritmando;
• x é o logaritmo.
Observação
log2 8 = 3, pois 23 = 8
log3 9 = 2, pois 32 = 9
1 1
log2 2
, pois 22
4 4
log5 5 = 1, pois 51 = 5
log4 1 = 0, pois 40 = 1
1
1
log3 3 = , pois 32 = 3
2
3
1
log 1 8 3, pois 8
2
2
95
Unidade II
• o logaritmo da própria base, qualquer que seja ela, é igual a 1: loga a = 1, pois a1 = a
log5 23 = 3 . log5 2
1
log10 2 = log10 2 2 .log10 2
1
log2 log2 33 3.log2 3
27
log b
• mudança de base: loga b = 0 . Por exemplo:
log0 a
log10 3 0, 4771
log2 3 1, 59
log10 2 0, 3010
log10 7 0, 8451
log1000 7 0, 28
log10 1000 3
Uma cidade tem 10.000 habitantes e cresce a uma taxa de 5% ao ano. Daqui a quantos anos aproximadamente
essa cidade terá 20.000 habitantes, ou seja, o dobro do que tem hoje? (Dado: log1,05 2 ≅ 14,2067).
96
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
• x = ? (período em anos).
20.000
1, 05
x
10.000
2=(1,05)x
2 = (1,05)x ⇔ log1,05 2 = x
A função logarítmica de base a é uma função de R +* em R dada pela regra f(x) = loga x, com a sendo
um número real (0 < a ≠ 1). Exemplos: y = log2 x, y = log10 x, y = log0,5 x etc.
97
Unidade II
4,0
3,0
2,0
f1(x) = log2 x
1,0
–2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0
–1,0
–2,0
–3,0
Figura 73
4,0
3,0
2,0
f2 x log 1 x
2
1,0
–2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0
–1,0
–2,0
–3,0
–4,0
Figura 74
98
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
5,0
4,0
f3(x) = –log2 x
3,0
2,0
1,0
–2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0
–1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
Figura 75
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
–2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0
–1,0
–2,0
f4 x log 1 x
–3,0 2
–4,0
–5,0
Figura 76
A partir da função f(x) = b . loga x, onde b é um número real, as propriedades das funções logarítmicas,
por sua vez, são:
99
Unidade II
Saiba mais
E também:
<http://ecalculo.if.usp.br/>.
Uma função de grau n é denominada função polinomial se f(x) = a0xn + a1xn–1 + a2xn–2 + ... + an–1x1 + an,
em que a0, a1, a2, ... , an são todos números reais com a0 ≠ 0.
100
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Função racional é toda função expressa por um quociente de dois polinômios, com denominador
não nulo. O domínio da função racional são todos os valores de x, tais que Q(x) ≠ 0. Assim, com P(x) e
Q(x) sendo polinômios e com Q(x) ≠ 0:
P x
f x
Q x
Veja alguns exemplos de funções racionais:
f x
x 32
x 2 2x 9
x 2
f x
x2
1
f x
x 3
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
–6,0 –5,0 –4,0 –3,0 –2,0 –1,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
–1,0
–2,0
–3,0
–4,0
–5,0
101
Unidade II
Saiba mais
6 SISTEMA DE EQUAÇÕES
6.1 Introdução
Chama-se sistema de equações um conjunto de equações com duas ou mais incógnitas. Para sua
resolução, há diversos métodos, sendo o método de substituição e o de adição os mais comuns.
2x y 2z 0
• x y z 0 é um sistema linear com três equações e três incógnitas;
2x y 5z 0
2x y z 4w 1
• é um sistema linear com duas equações e quatro incógnitas.
x y 3z 2w 7
102
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
A solução de um sistema é expressa por uma sequência ordenada (x1, x2, ... xn). Por exemplo, a solução
xy5
do sistema é o par ordenado (4,1), pois, ao substituir as incógnitas pelos valores em questão,
x y 3
as equações do sistema são verdadeiras. Assim, substituindo x = 4 e y = 1, temos:
x y 5 4 1 5
x y 3 4 1 3
Ou seja, o par ordenado (4,1) satisfaz as duas equações do sistema.
x y z 10
Já a solução do sistema x y z 4 é a tripla ordenada (5,3,2) pois, substituindo x = 5, y = 3 e
z = 2, temos: x y z 0
x y z 10 5 3 2 10
x y z 4 5 3 2 4
x y z 0 5 3 2 0
Quando dois sistemas possuem o mesmo conjunto solução, eles são denominados sistemas
equivalentes. Por exemplo:
x y 10 3x 2y 26
e
x y 2 2x 5y 8
O conjunto solução desses dois sistemas é o par ordenado (6,4), portanto, eles são sistemas
equivalentes.
Um sistema pode ser possível ou impossível, ou seja, se tiver solução é possível, caso contrário,
é impossível.
Se o sistema for possível e tiver apenas uma solução, ele é determinado. Se ele for possível e tiver
mais de uma solução, é indeterminado. Veja a seguir:
103
Unidade II
Possível
Figura 78
x y 5
O par ordenado (1,6) é a única solução do sistema . Logo, ele é um sistema possível
e determinado (SPD). 3x y 3
5x 5y 5z 10
O sistema apresenta infinitas soluções, por exemplo: (1,1,2), (0,2,4), (1,0,1) etc.
x y z 2
Consequentemente, ele é um sistema possível e indeterminado (SPI).
x y 3
O sistema não apresenta solução alguma, assim, ele é um sistema impossível (SI).
x y 5
Saiba mais
104
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Como mencionamos, existem vários métodos utilizados para solucionar um sistema de equações.
As equações a seguir formam um sistema de duas equações e duas incógnitas. Nosso objetivo é
encontrar um par ordenado (x,y) de números reais que satisfaça as duas equações simultaneamente.
10x y 11
5x 3y 2
1º passo: multiplicar a segunda equação por (-2). A ideia é gerar um termo que, ao ser somado com
o correspondente da outra equação, resulte em zero
10x y 11 10x y 11
x 2
5x 3y 2 10x 6 y 4
10x y 11
10x 6 y 4
7y 7
7
y= = 1
7
4º passo: retornar ao sistema original e substituir o valor de y por 1 em uma das equações, para
encontrar x
10x y 11
10x 1 11
10x 11
10
x 1
10
105
Unidade II
A conclusão a que chegamos é de que x = 1 e y = 1 e, portanto, a solução do sistema é o par ordenado (1,1).
1° passo: escolher uma das equações do sistema e isolar o y ou o x. No exemplo, a equação escolhida
foi a primeira, e a incógnita isolada será o y
10x y 11
10x 6 y 4
10x + y = 11
y = 11 – 10x
2° passo: substituir o resultado na outra equação. No exemplo, o y será substituído na segunda equação:
–10x + 6y = –4
–10x + 6(11 – 10x) = –4
–10x + 66 – 60x = –4
–10x – 60x = –4 – 66
–70x = –70
70x = 70
70
=
x = 1
70
y = 11 – 10x
y = 11 – 10.1 = 11 – 10 = 1
Exemplo 1
Pedrinho comprou duas coxinhas e um refrigerante pelos quais pagou R$ 7,00. Seu irmão
Joãozinho comprou uma coxinha e um refrigerante a mais, pagando R$ 11,50. Qual o preço do
refrigerante e da coxinha?
2C + R = 7 → Equação I
3C + 2R= 11,50 → Equação II
106
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Utilizando o método da adição, podemos multiplicar a primeira equação por (-2) para eliminar a
variável R:
−4C − 2R =−14
3C + 2R =11,50
−C =−2,50
x( −1)
−C = −2,50 → ∴ C = R$2,50
O valor de C pode ser substituído tanto na equação I como na equação II. Escolhendo a equação I, temos:
2C + R = 7
2 . (2,50) + R = 7 ∴ R = R$ 2,00
Desta forma, o preço correspondente ao refrigerante e a coxinha são R$ 2,00 e R$ 2,50 respectivamente.
Exemplo 2
Uma empresa A tem 5 anos a mais de mercado que uma empresa B. A soma da idade de ambas é
igual a 39 anos. Qual é a idade de cada uma?
A = B + 5 → Equação I
Modelando o problema:
A + B = 39 → Equação II
Se escolhermos o método da substituição, devemos substituir o valor de A na equação II:
A + B = 39
(B + 5) + B = 39
2B + 5 = 39 ∴ B = 17
A=B+5
A = 17 + 5 ∴ A = 22
107
Unidade II
Sistemas com três variáveis podem ser resolvidos através dos processos já conhecidos e estudados:
substituição ou adição.
As equações a seguir formam um sistema de três equações e três incógnitas. Nosso objetivo é encontrar
os valores das incógnitas (x, y e z) de números reais que satisfaçam as três equações simultaneamente.
x + 2y + z = 12 → Equação I
x − 3y + 5z =→1 Equação II
2x − y + 3z = 10 → Equação III
1° passo: para resolver um sistema desse tipo devemos escolher uma das equações e isolar uma das
incógnitas. Escolhendo a equação I, temos:
x = 12 - 2y - z
2° passo: substituir o resultado nas outras duas equações. No exemplo, o x será substituído nas
equações II e III, formando em seguida as equações IV e V:
x - 3y + 5z = 1
(12 - 2y - z) - 3y + 5z = 1
12 - 2y - z - 3y + 5z = 1
-5y + 4z = - 11 → Equação IV
2x - y + 3z = 10
2 . (12 - 2y - z) - y + 3z = 10
24 - 4y - 2z - y + 3z = 10
-5y + z = - 14 → Equação V
3° passo: as equações IV e V constituem um sistema linear com duas variáveis que pode ser resolvido
pelos métodos de adição ou substituição
−5y + 4z =−11
−5y + z =−14
108
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Utilizando o método da adição, podemos multiplicar a primeira equação por (-1) para eliminar a
variável y
5y − 4z =11
−5y + z =−14
−3z = −3
x( −1)
− z = −3 → ∴ z = 1
O valor de z pode ser substituído tanto na equação IV como na equação V. Escolhendo a equação
IV, temos:
-5y + 4z = -11
- 5 y + 4(1) = -11 ∴ y = 3
x = 12 - 2y - z
x = 12 - 2(3) - (1) ∴ x = 5
10 1
D 10. 3 1.5 30 5 35
5 3
109
Unidade II
Para cada incógnita que se quer determinar, calcula-se um novo determinante, que é o da matriz
obtida, substituindo-se, na matriz dos coeficientes, a coluna dos coeficientes da incógnita a ser
determinada pela coluna dos termos independentes. Veja:
11 1
Dx (para det er min ar x ) 11. 3 1.2 33 2 35
2 3
10 11
Dy (para det er min ar y ) 10. 2 11. 5 20 55 35
5 2
O valor de cada incógnita é quociente (razão ou divisão) de cada um desses determinantes por D:
Dx 35
x 1
D 35
Dy 35
y 1
D 35
Para utilizar a regra de Cramer em sistemas com três equações e três incógnitas, precisamos primeiro
entender a regra de Sarrus para então resolver o determinante.
Podemos aplicar a regra de Sarrus para calcular o determinante de uma matriz do tipo 3x3, .
Para entender como é feito o cálculo do determinante com essa regra, considere a seguinte matriz
A de ordem 3:
110
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Em seguida, os elementos da diagonal principal são multiplicados. Esse processo deve ser feito
também com a diagonal que está à direita da diagonal principal para que seja possível somar os produtos
dessas três diagonais.
O mesmo processo deve ser realizado com a diagonal secundária e as demais diagonais à sua direita.
x + 2y + z = 12 → Equação I
x − 3y + 5z =→1 Equação II
2x − y + 3z = 10 → Equação III
111
Unidade II
1 2 1
=
D 1 −3 5
2 −1 3
1 2 1 1 2
D= 1 −3 5 1 −3= (1. ( −3) .3) + ( 2.5.2) + (1.1. ( −1) ) −
2 −1 3 2 −1
[(2.1.3) + (1.5.( −1)) + (1.( −3).2)] =
15
Para cada incógnita que se quer determinar, calcula-se um novo determinante, que é o da matriz
obtida, substituindo-se, na matriz dos coeficientes, a coluna dos coeficientes da incógnita a ser
determinada pela coluna dos termos independentes.
Veja:
12 2 1
Dx (para determinar=
x ) 1 −3 5
10 −1 3
12 2 1 12 2
D=
x 1 −3 5 1 −=3 (12. ( −3) .3) + ( 2.5.10) + ((1.1.( −1)) −
10 −1 3 10 −1
[(2.1.3) + (12.5.( −1)) + (1.( −3).10)] =
75
112
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
1 12 1
Dy (para determinar y ) = 1 1 5
2 10 3
1 12 1 1 12
Dy = 1 1 5 1 1 = (1.1.3) + (12.5.2) + (1.1.10) −
2 10 3 2 10
[(12.1.3) + (1.5.10) + (1.1.2)] =
45
1 2 12
Dz (para determinar=
z ) 1 −3 1
2 −1 10
1 2 12 1 2
Dz= 1 −3 1 1 −3= (1.( −3).10) + ( 2.1.2) + (12.1.( −1) −
2 −1 10 2 −1
[(2.1.10) + (1.1.( −1)) + (12.( −3).2)] =
15
O valor de cada incógnita é quociente (razão ou divisão) de cada um desses determinantes por D:
Dx 75
=
x = = 5
D 15
Dy 45
=
y = = 3
D 15
DZ 15
=
z = = 1
D 15
Exemplo 1
A relojoaria do sr. Joaquim consegue vender 10 relógios a um preço de U$ 80,00. Desejando aumentar
a venda, ele resolveu reduzir o preço em 75% do valor inicial e verificou que a quantidade de relógios
vendidos duplicou. Utilizando a regra de Cramer, determine a função demanda, admitindo que seja uma
função linear.
113
Unidade II
A função demanda pode ser escrita como uma função linear do tipo y = ax + b onde y representa o
preço e x a quantidade (p = aq + b)
P Q
80,00 10
60,00 20
10a + b =80
20a + b =60
Calculando o determinante:
10 1
D= =
10 − 20 =−10 ⇒ Determinante ≠ 0
20 1
80 1
Da = = 80 − 60 = 20
60 1
10 80
Db = = 600 − 1.600 =
−1.000
20 60
Determinando os valores de a e b
Da 20 Db −1.000
a= == −2 e b = = = 100
D −10 D −10
Exemplo 2
Na feira, uma dona de casa verificou que as barracas A, B e C tinham preços diferentes por quilo do
produto, conforme a tabela a seguir:
114
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
Tabela 3
Comprando x quilos de tomate, y quilos de batatas e z quilos de cebolas, tanto na barraca A quanto
na barraca B, a dona de casa gastaria a mesma quantia: R$ 260,00; comprando as mesmas quantidades
na barraca C, ela economizaria R$ 10,00. Determine x + y + z.
O primeiro passo é montar a matriz (3x3) dos coeficientes, que chamaremos de D, e calcular o valor
do determinante:
40 50 30
D = 50 40 40
50 40 30
40 50 30 40 50
D = 50 40 40 50 40 = 48.000 + 100.000 + 60.000 −
50 40 30 50 40
(75.000 + 64.000 + 60.000) =
9.000
260 50 30 260 50
Dx = 260 40 40 260 40 = 312.000 + 500.000 + 312.000 −
250 40 30 250 40
(390.000 + 416.000 + 300.000) = 18.000
115
Unidade II
40 260 30 40 260
Dy = 50 260 40 50 260 = 312.000 + 520.000 + 375.000 −
50 250 30 50 250
(390.000 + 400.000 + 390.000) = 27.000
40 50 260 40 50
Dz = 50 40 260 50 40 = 400.000 + 650.000 + 520.000 −
50 40 250 50 40
(625.000 + 416.000 + 520.000) = 9.000
Determinando os valores de x, y e z:
Dx 18.000
=
x = = 2
D 9.000
Dy 27.000
=
y = = 3
D 9.000
DZ 9.000
=
z = = 1
D 9.000
Logo, as quantidades são x= 2 kg de tomate, y = 3 kg de batata e z = 1 kg de cebola.
Resumo
Exercícios
Questão 1. (Enade 2011) Suponha que um instituto de pesquisa de opinião pública realizou um
trabalho de modelagem matemática para mostrar a evolução das intenções de voto, nas campanhas dos
candidatos Paulo e Márcia ao Governo do Estado, durante 36 quinzenas. Os polinômios que representam,
em porcentagem, a intenção dos votos dos eleitores de Paulo e Márcia na quinzena x são, respectivamente,
Em que 0 ≤ x ≤ 36 representa a quinzena, P(x) e M(x) são dados em porcentagens. De acordo com
as pesquisas realizadas, a ordem de preferência nas intenções de voto de Paulo e Márcia sofreram
alterações na quinzena:
A) 6.
B) 12.
C) 20.
D) 22.
E) 30.
P(x) = M(x)
- 0,010x2 - 0,1x + 6 = 0
118
MATEMÁTICA PARA ECONOMIA
0,1 + 0,5
x1 = = −30
−0,02
0,1 − 0,5
=x2 = 20
−0,02
A raiz x = 20 pertence ao domínio da função. A representação gráfica é dada a seguir:
40
30
P(x)
M(x)
20
10
0 10 20 30
x
Questão 2. (Enade 2014) Em uma loja de material escolar, as mercadorias caneta, lápis e borracha,
de um único tipo cada uma, são vendidas para três estudantes. O primeiro comprou uma caneta, três
lápis e duas borrachas pagando R$ 10,00; o segundo adquiriu duas canetas, um lápis e uma borracha
pagando R$ 9,00; o terceiro comprou três canetas, quatro lápis e três borrachas pagando R$ 19,00.
119
Unidade II
Os estudantes, após as compras, sem verificarem os valores de cada mercadoria, procuraram resolver
o problema: a partir das compras efetuadas e dos respectivos valores totais pagos por eles, qual o
preço da caneta, do lápis e da borracha? Para isso, montaram um sistema de equações lineares cujas
incógnitas são os preços das mercadorias.
B) Impossível, pois saber os totais das compras não garante a existência de solução.
C) Possível determinado, podendo admitir como solução o valor do preço da caneta, do lápis e da
borracha.
D) Possível indeterminado, de forma que a soma dos valores possíveis da caneta, do lápis e da
borracha é igual a cinco vezes o preço do lápis subtraído de R$ 9,00.
E) Possível indeterminado, de forma que a soma dos valores possíveis da caneta, do lápis e da
borracha é igual a 1/5 da adição do preço da borracha com R$ 28,00.
120