Bope Material Didático Módulo III
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ÍNDICE
1) CONCEITO
2) Estrutura e Organização da Periodização de Treinamento
O MACROCICLO
Divisão do macrociclo
Período pré-preparatório
Fase do anteprojeto de treinamento
Fase diagnóstico
Período preparatório
Etapa de desenvolvimento I
Etapa de desenvolvimento II
Período de transição
OS MESOCICLOS
Mesociclo adaptação orgânica / ativação metabólica
Mesociclo força máxima
Mesociclo massa máxima
Mesociclo qualidade muscular
Mesociclo definição muscular
OS MICROCICLOS
Microciclo introdutório / recuperativo
Microciclo condicionante
Microciclo intermediário
Microciclo de controle e avaliação
3) Controle dos Microciclos no Diário de Treino
4) Projeção de Metas
Organizando o macrociclo
Calculando as metas finais
5) Cálculos Metabólicos
Taxa metabólica basal
Taxa de atividade ocupacional
Taxa média de atividade física
Exemplo de cálculos metabólicos
1) INTRODUÇÃO
2.1) O MACROCICLO
O macrociclo compreende o espaço de tempo total para o treinamento, encerrando-se no peak
(ápice) da forma física do trainee. No caso da Musculação, significando, uma melhor qualidade
muscular, um menor peso gordo (definição muscular) e dentro da melhor harmonia possíveis.
a) PERIODO PRÉ-PREPARATÓRIO
b) PERÍODO PREPARATÓRIO
c) PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Observação: Como esta divisão vem do treinamento para fisiculturismo, este apresenta ainda,
entre o Período Preparatório e o de Transição, o período de competição, que não será aqui
abordado.
A -PERÍODO PRÉ-PREPARATÓRIO:
Este período tem como objetivo um início correto para um treinamento plurianual, subdividindo-se
em duas fases:
Fase Diagnóstica
Nesta fase, os atletas serão cuidadosamente testados visando a aferição do estado atual de saúde
orgânica e músculo-articular do atleta. Sendo bastante comum a primeira fase do treinamento ser
utilizada para a recuperação de algumas lesões provocadas pelo treinamento pesado. Podendo
conter esta fase os seguintes exames:
Laboratoriais clínicos
o exames cardiológico, sangue (incluindo contagem hormonal), fezes, urina.
Indispensáveis principalmente no caso daqueles que utilizem ou que
pretendam utilizar esteróides anabólicos.
Biomecânicos
o onde avalia-se a integridade musculoarticular e postural do atleta/trainee.
Antropométricos
composição corporal
perímetros musculares
somatotipia
Um dos fatores que pode levar o atleta de fisiculturismo a desistir do treinamento ou até
mesmo se entregar precocemente à tentação dos esteróides anabólicos é a falta de metas
objetivas e plausíveis de treinamento. Lembrando que a ausência de tais metas também é
um dos fatores que podem induzir ao overtraining comportamental, inimigo número 1 de
qualquer atleta de qualquer esporte.
Até não muito tempo atrás, atletas mal instruídos, deixavam-se engordar demasiadamente
durante o período básico do treinamento, perdendo de vista, dessa maneira, sua proporção
e real desenvolvimento muscular. Atualmente esta prática foi substituída por um rígido
controle do percentual de gordura, onde durante o período básico de treinamento mantém-
se o percentual de gordura entre 10-14% para homens e de 12-16% para mulheres, para
que durante a fase específica, o(a) atleta não tenha que sofrer com uma dieta de restrição
calórica drástica ao ponto de perder preciosas gramas de massa magra junto, pois no fim
desta fase, atletas masculinos deverão atingir um percentual de gordura em torno de 4-6%
e atletas femininas em torno de 8-10%.
Assim sendo, o treinador, de posse do nível inicial da composição corporal, pode ao longo
de todo o treinamento, trabalhar com uma maior qualidade muscular e sem perder de vista
a proporção muscular do atleta, e não apenas durante a fase específica como era feito.
Sugestão de posições para a fita métrica durante a medida dos perímetros musculares:
Pescoço
Abaixo da glote.
Ombros
Sobre o terço médio dos Deltóides Médios.
Antebraço
Estendidos e palmas para cima
o sobre o ponto de maior perímetro.
Braços (abduzidos à 90º)
Estendidos e palmas para cima
o Sobre a inserção do Deltóide Médio.
Flexionados à 45º e contraindo os bíceps
o Sobre o ponto de maior perímetro.
Tórax (mãos na cintura)
Homens
o Sobre a linha dos mamilos.
Mulheres
o Sobre a linha subaxilar
Cintura (apenas mulheres)
Sobre o ponto de menor perímetro
Abdômen
Sobre a cicatriz umbilical.
Obs.: alguns indivíduos apresentam um maior acúmulo de gordura abaixo do
umbigo, nestes casos passa-se a fita métrica imediatamente acima das espinhas
ilíacas anterosuperiores.
Quadril
Sobre o trocânter maior de cada fêmur.
Culotes (apenas mulheres)
Abaixo da dobra glútea.
Coxas (contraídas)
Homens
o 10 e a 20 cm acima da borda superior da patela.
Mulheres
o 10 e a 25 cm acima da borda superior da patela
Panturrilhas
Ponto de maior perímetro.
A relevância dos biotipos para o fisiculturismo é que um treinamento se faz mais eficaz
quando o biotipo básico é reconhecido e aplica-se a dieta, o volume, a intensidade e os
exercícios mais adequados para tal. Consequentemente, pessoas com tendência a
obesidade não poderão usar a mesma dieta ou programa de treinamento que uma pessoa
cronicamente magra. O mesomorfo nasceu com grandes chances de sucesso no
fisiculturismo.
Mas é importante que se entenda que quase todos os seres humanos são combinações dos
três biotipos. Sheldon observou este fato, por isso subdividiu seus três biotipos em graus
(sistema dos três números). O biotipo básico é aquele que se apresenta caso não se
pratique uma atividade física. Por exemplo, a maioria dos fisiculturistas campeões
começaram magros e construíram a musculatura gradativamente. O biotipo destes é
consequentemente ecto-mesomorfo, o que literalmente traduz-se como pessoas magras e
musculosas. Isto significa que caso desistam do treinamento suas musculaturas
hipertrofiadas podem eventualmente atrofiar e mais uma vez voltarem a ser magros.
A mesma regra se aplica ao endo-mesomorfo, que pode reverter de volta à sua tendência à
obesidade caso não se exercite e mantenha uma dieta apropriada. Este fato explica o velho
mito dos "músculos virarem gordura". Músculos e gordura são tipos de tecidos distintos.
Um não pode se transformar no outro, do mesmo modo que ouro não pode se transformar
em diamante. Se uma pessoa com características endomórficas reduz sua atividade física e
continua a comer a mesma quantidade de calorias, seus músculos atrofiam enquanto a
gordura corporal aumenta. Assim sendo, leiga e erroneamente tem-se a impressão de que
os músculos estão se transformando em gordura.
Mesmo uma pessoa com um biotipo predominantemente mesomórfico, pode engordar caso
coma em excesso e não se exercite. A primeira lei da Termodinâmica diz que a energia não
pode ser criada ou destruída (BRAINUN, 1993). Em outras palavras, as calorias excedentes
A.3.1) O ECTOMORFO
O ectomorfo é o indivíduo magro clássico. Tendendo a serem magros e angulosos, com
uma composição corporal baixa tanto em gordura quanto em massa muscular. Seus ossos
são finos, quase sem diferença entre a largura dos ombros e dos quadris. De acordo com
Sheldon, os ectomorfos tendem aos ombros pronunciadamente caídos. O tronco é curto,
mas de membros longos. Não são necessariamente altos. O peito de um ectomorfo é plano
e raso com pequena caixa torácica. Sheldon observou que tais tipos têm normalmente
pernas e braços fracos, dificultando, deste modo, o desenvolvimento dessa musculatura.
Para a elaboração adequada de uma dieta de ganho de peso para um ectomorfo, deve-se
primeiro saber quantas calorias serão necessárias para manter o peso corporal atual deste.
A seguir estão algumas diretrizes aproximadas do número de calorias por quilograma de
peso corporal são necessárias para manter o peso atual:
Para ganhar meio quilo por semana, determina-se a necessidade calórica por atividade
ocupacional usando a lista acima, então some 500 calorias por dia. Para ganhar um quilo
por semana some 1.000 calorias por dia.
A proporção entre os nutrientes do total calórico é outro fator a ser considerado quando da
elaboração de uma dieta de ganho de peso. A recomendação nutricional geral para dar
suporte ao ganho de peso consiste de uma dieta que contenha em seu total calórico 20%
de proteína, 20% de gordura e 60% de carboidratos. Outro método é consumir de 1,5-2,0
gramas de proteína por quilograma de peso corporal, com 5 gramas de carboidratos por
quilograma de peso corporal.
Há aqueles que sugerem que a gordura deva ser cortada, mesmo para aqueles que tentam
ganhar peso, apontam que gordura cria mais gordura. Uma pesquisa recente confirma que
a gordura da alimentação parece fazer uma linha direta com os depósitos de gordura.
Outros estudos mostram que a gordura que se carrega na cintura é um reflexo do
conteúdo de gordura da dieta. Alguma gordura é necessária para ganhar peso, contudo
apenas um tipo de gordura chamada de ácido linoleico é necessária na sua dieta. Outra
pesquisa mostra que uma alta ingestão de gordura tem um efeito anticatabólico sobre a
musculatura por minimizar a liberação excessiva de cortisol, hormônio catabólico secretado
pelas glândulas adrenais. Pode-se obter o total diário necessário de gordura essencial
consumindo apenas três nozes.
As melhores fontes proteicas são as derivadas de fontes animais, tais como a clara de ovos,
peixe, frango, peru e as carnes vermelhas. São as melhores porque contêm um melhor
equilíbrio entre os seus aminoácidos. O que determina o valor biológico de um alimento
proteico é seu conteúdo em aminoácidos essenciais. Tais aminoácidos são chamados de
essenciais porque não podem ser produzidos pelo organismo como alguns outros
aminoácidos (os não-essenciais) e devem ser obtidos de outras fontes.
Aqueles que buscam aumentar a massa muscular devem se sentir à vontade em comer
carne vermelha várias vezes ao dia. Vários campeões do fisiculturismo comem a carne
vermelha todos os dias enquanto tentam ganhar massa muscular durante o período
preparatório. A carne vermelha contém um bom suprimento tanto calórico quanto de
proteico, ambos essenciais ao ganho de peso corporal. Contudo, optando sempre pelas
carnes vermelhas magras.
Refeições bem escalonadas também são vitais para o ganho de peso corporal. Aqueles que
facilmente queimam calorias (como os ectomorfos) precisam comer mais frequentemente
para contrabalançar esse rápido consumo calórico. Na prática, isso significa comer pelo
menos de cinco a seis refeições ao dia, em intervalos de duas horas e meia a três entre
cada. O não cumprimento disto acarreta no já difícil trabalho de aumentar o peso corporal
devido à interrupção. Esta, provavelmente, é a razão principal porque muitas pessoas
parecem não conseguir aumentar peso algum.
Mas inúmeras pessoas abaixo do peso alegam que devido ao apetite limitado que possuem
as impede de comer seis refeições ao dia. É aí que os suplementos alimentares para ganho
de peso podem ser extremamente valiosos. Misturar e beber um desses drinques pode
substituir uma refeição inteira. São convenientes devido ao fato de não ser necessário
cozinhá-los, e pode-se ter à mão uma refeição portátil bastando carregá-lo numa garrafa
térmica. Isto permite ter as refeições em intervalos regulares.
A maioria dos suplementos para ganho de peso contem proteínas de alta qualidade, um
alto percentual de carboidratos complexos, e pouca ou nenhuma gordura. Tais produtos
geralmente também oferecem um pleno complemento de vitaminas e minerais essenciais,
consequentemente qualificando o produto como um legítimo suplemento alimentar.
Pessoas extremamente magras são aconselhadas a misturar tais suplementos com leite
integral; outros são aconselhados a utilizar os leites ou com pouca ou nenhuma gordura, a
menos que sejam alérgicos aos laticínios.
O ideal é dividir a dieta em pequenas refeições ao longo do dia de modo a assegurar que o
organismo possa aproveitar todos os nutrientes ingeridos. Espaçando as refeições de
maneira que a comer a cada 2,5 - 3h. Aqueles que não conseguem comer tanto podem
substituir algumas refeições por suplementos de alta qualidade para ganho de peso, algum
pó de alta concentração proteica e de carboidratos complexos, mas baixo em gorduras
(menos de 10 gramas por serviço, sem contar com as gorduras do leite). Outros
suplementos auxiliares incluem os vitamínico-minerais de alta potência e mais as vitaminas
C, E e complexo B. O vitamínico-mineral com a primeira refeição, os outros com as demais
refeições.
A.3.2) O ENDORMOFO
O Endomorfo clássico tem um corpo de formas arredondadas devido a gordura. Estes
possuem uma estrutura óssea mediana com braços e pernas curtas. Seus quadris são mais
largos do que o dos outros dois biotipos, e não possuem muita massa muscular sob os
depósitos de gordura. Os endomorfos geralmente têm uma personalidade relaxada, são
tolerantes e normalmente boa companhia.
Mas as causas da obesidade são bem mais complexas do que um simples excesso
alimentar. Pessoas que ganham gordura facilmente geralmente possuem um metabolismo
mais lento. Não no sentido da queima calórica, mas sim na maneira como armazenam a
gordura. Novas pesquisas apontam para defeitos genéticos no mecanismo termogênico
como causa primária da obesidade.
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Isto significa que ao invés da rápida conversão do excesso calórico em calor, como as
pessoas magras fazem, as pessoas obesas convertem o excesso calórico em depósitos de
gordura. Conforme a gordura corporal aumenta, outros mecanismos orgânicos aumentam,
os quais perpetuam a deposição de gordura. Tais mecanismos incluem a liberação
excessiva de insulina e uma elevada atividade das enzimas que depositam a gordura, como
a lipase, uma lipoproteína.
As boas novas são que este mecanismo de deposição da gordura corporal pode ser
compensado através de dieta apropriada e exercícios físicos. A despeito de sua
predisposição genética, o indivíduo não precisa ser gordo, o problema está no fato de se
ter que controlá-la desde a infância, o que pode não ser uma tarefa fácil. Contudo, isto
então contraria a sugestão feita por vários dos pseudo-experts que alertam às pessoas
(particularmente as mulheres) que ir contra a natureza é um exercício da inutilidade. Isto é
totalmente sem fundamento.
Pessoas que facilmente acumulam gordura têm numerosas e grandes células de gordura.
As células de gordura são adicionadas ao corpo primariamente durante três estágios da
vida:
1) nos últimos três meses da gestação;
2) no primeiro ano de vida; e
3) durante a adolescência.
Um estudo mostrou que alimentar uma criança em seus primeiros anos de vida com uma
dieta de baixa gordura diminui a quantidade de tecido gorduroso marrom, o qual converte
calorias em calor. Uma deficiência desse tipo de gordura, especializada em produzir calor,
aumenta as chances de uma futura obesidade. Consequentemente, como se foi alimentado
quando criança poderá indicar uma futura obesidade.
A prescrição geral para aqueles que buscam por uma redução da gordura corporal é
diminuir o total calórico consumido durante um dia. Para perder meio quilo de gordura por
semana é necessário diminuir em 500 calorias por dia sua dieta atual. Isto é baseado no
fato de que meio quilo de gordura contem em torno de 3500 calorias. Para perder um quilo
de gordura por semana, reduza em 1000 calorias por dia sua dieta.
A maioria dos experts em nutrição aconselha a não tentar reduzir mais do que um quilo de
gordura por semana. Reduzir o peso muito rápido induz a um déficit em nutrientes devido a
um desequilíbrio das refeições. Além do mais, mesmo que não se coma nada, o corpo não
pode queimar mais do que um quilo e meio de gordura por semana. Qualquer perda de
peso adicional além disso será devido à redução de água e massa muscular.
Perder massa muscular, ou tecido magro, é um risco para quem está em dieta. Aqueles que
seguem dietas de restrição calórica, mas não se exercitam geralmente perdem mais massa
muscular do que gordura. Durante jejuns ou dietas de fome (dietas de menos de 900
calorias ao dia), perde-se meio quilo de proteína muscular para cada um quilo e meio de
A perda de peso muito rápida, como nas dietas de fome, desequilibra o organismo
tornando difícil manter-se a redução de peso. Reduzindo o peso gradualmente (de meio a
um quilo por semana), dá-se ao organismo a chance de ajustar o metabolismo em
proporção à redução de peso. A dieta sem exercícios físicos tem menos de 20% de chance
de sucesso.
Fisiculturistas que tentam reduzir gordura muito rápido via dietas de fome e exercícios
aeróbicos excessivos geralmente deslizam para um estado catabólico (isto é, metabolizam
proteína muscular). Quando do período de competição apresentam-se com pouco volume e
sem definição muscular. A perda da definição muscular é resultante do stress provocado
pelas dietas de fome. Estas causam a liberação de hormônios do stress (como o cortisol),
que entre outras coisas, provocam retenção hídrica.
Para qualquer um que busque reduzir a gordura corporal o treinamento com pesos é
fundamental. Nenhuma outra forma de exercícios preserva o tecido magro durante a dieta
melhor do que esta. Isto porque o músculo é mais ativo metabolicamente do que a
gordura. A cada meio quilo de massa muscular que se adquire queimará, 50 calorias a mais
por dia, mesmo em repouso. Apesar do treinamento com pesos utilizar a glicose circulante
e o glicogênio muscular ao invés da gordura como fontes primárias de energia, o ganho de
massa muscular resultante do treinamento com pesos aumenta o metabolismo bem mais
do que os exercícios aeróbicos, mesmo a despeito do fato de que a gordura é metabolizada
apenas na presença de oxigênio.
Como valores médios populacionais para um percentual de gordura normal para o sexo
masculino se encontra em torno de 15%. Para o sexo feminino é mais alto, em torno de
22% (valores para bioimpedância).
Como observado, pessoas obesas têm suas células adiposas três vezes mais largas do que
o normal, retendo em contrapartida 40% mais gordura do que os magros. Isto pode
parecer que o fisiculturismo competitivo para pessoas com tal inclinação genética seja uma
proposição inútil. Mas vários homens e mulheres têm provado ao contrário. Por exemplo, a
nossa campeã CINARA POLIDO quando começou a treinar era extremamente obeso.
Através de um programa de treinamento e alimentar rígidos, CINARA hoje apresenta um
dos físicos mais refinados do culturismo brasileiro. As mulheres têm mais dificuldade de
reduzir a gordura corporal, por duas razões. Primeira, elas possuem menos tecido muscular
que os homens, o qual resulta num metabolismo de repouso mais baixo. Segundo, seus
corpos são designados basicamente a reter mais gordura devido ao potencial à natalidade.
O principal hormônio feminino, o estrogênio, favorece a deposição da gordura sob a pele e
auxilia a manutenção dos depósitos específicos do sexo armazenados nos seios, quadris e
coxas.
Mas qualquer mulher, a despeito do seu nível de endomorfia, pode mudar sua forma
corporal dramaticamente. Várias fisiculturistas se envolveram com o esporte justamente
pelo desejo de reduzir a gordura corporal. Basta uma olhada casual por qualquer seção de
"antes e depois" de inúmeras revistas especializadas para evidenciar que a forma corporal é
fenômeno voluntário. É claro que a mulher leva mais tempo para reduzir a gordura do que
o homem, mas a perseverança recompensa qualquer diferença sexual.
Embora seja indubitavelmente verdade que as calorias da gordura sejam as que mais
contribuam para o aumento da gordura corporal, e que para se perder peso é necessário a
redução das calorias totais ingeridas, as dietas mais recomendáveis para tal não são as
ideais para o fisiculturismo.
Uma dieta rica em carboidratos promove uma maior liberação de insulina, a qual deprime a
liberação de ácidos graxos livres da gordura corporal, inibe a liberação do hormônio do
crescimento (este mobiliza os ácidos graxos dos adipócitos), e promove o armazenamento
do excesso calórico em gordura.
A resposta para este problema parece estar numa dieta pobre em carboidratos. Estudos
recentes mostraram que se um indivíduo fizer uma atividade aeróbica, tão logo se levante
pela manhã e em jejum, queimará muito mais gordura do que o normal. Os cientistas
atribuem isto aos baixos níveis de glicogênio orgânico encontrados pela manhã, levando o
organismo a recorrer dos depósitos de gordura mais rapidamente quando da atividade
física. O ponto é que os carboidratos, incluindo o glicogênio, são os combustíveis preferidos
pelo organismo. O cérebro e o sistema nervoso central são movidos quase que
exclusivamente pelos carboidratos. Mas se é fornecida uma grande quantidade de
carboidratos pela dieta, porque o organismo necessitaria utilizar os depósitos de gordura?
Compreendendo isto, mais o fato que pessoas obesas secretam insulina demais, levou as
dietas pobres em carboidratos à popularidade na década de 60. Mas, efeitos colaterais
associados a tais dietas como desequilíbrio mineral, fadiga e problemas cardíacos,
eventualmente causaram a perda da popularidade.
Mas uma característica associada a dieta de restrição de carboidratos que era considerada
uma deficiência é atualmente uma vantagem para aqueles que buscam perder gordura e
manter o tecido muscular. Tais dietas aumentam substâncias chamadas de cetonas, as
quais são produtos intermediários da degradação das gorduras pelo organismo. As cetonas
podem ser utilizadas como fonte de combustível pelo cérebro após dois dias de dieta de
restrição de carboidratos. As cetonas também podem até certo ponto ser utilizadas pela
musculatura. Pesquisas recentes mostram que as cetonas poupam a musculatura sob
condições normais de catabolismo. De fato, elas são uma forma de autodefesa utilizada
pelo organismo para prevenir uma excessiva perda muscular.
Os carboidratos são necessários quando se está em atividade física, mas quando fornecê-
los é vital para o propósito de redução da gordura corporal. Os carboidratos devem ser
consumidos principalmente antes da atividade física, e dentro de duas horas após esta. Os
carboidratos consumidos antes da atividade física fornecerão energia, mas serão
metabolizados durante a atividade. Para repor as reservas de glicogênio após a atividade
física (necessárias para a recuperação e o crescimento tecidual), é sugerida uma ingestão
de 150 gramas de carboidratos dentro de duas após esta. Estudos comprovam que
qualquer carboidrato consumido dentro deste intervalo de tempo será levado diretamente à
musculatura a fim de repor as reservas de glicogênio.
Estudos também mostram que ingerindo 2 gramas de carboidratos por quilo de peso
corporal imediatamente após a atividade física aumenta a síntese de glicogênio em 300%
acima dos níveis basais durante as duas primeiras horas após a atividade física. Retardar a
ingestão de carboidratos além de duas horas após a atividade física resulta numa síntese
de glicogênio em torno de 47% mais lenta que a normal. O efeito funciona devido aos
níveis de insulina, os quais estão deprimidos durante a atividade física, reboteando
imediatamente após a atividade física. A insulina estimula a atividade da enzima
responsável pela síntese do glicogênio, a chamada glicogênio sintetase. Por esta razão, os
melhores tipos de carboidratos para após uma atividade física são os simples
(especialmente a frutose), por promoverem uma alta liberação de insulina.
TOTAL DE SÉRIES P/
TOTAL DE SÉRIES P/ GRANDES
NÍVEL PEQUENOS GRUPOS
GRUPOS MUSCULARES
MUSCULARES
INICIANTE
3 A 6 SÉRIES 1 A 3 SÉRIES
(até 6 meses)
INTERMEDIÁRIO
10 A 12 SÉRIES 6 A 8 SÉRIES
(de 6 a 24 meses)
AVANÇADO
15 A 20 SÉRIES 10 A 12 SÉRIES
(mais de 24 meses)
(BRAINUN, 1993)
Apesar de algumas pessoas ainda defenderem exercícios abdominais com altas repetições
para aqueles que buscam uma cintura mais fina, isto é literalmente uma perda de tempo. A
redução da gordura localizada pelo exercício localizado é um mito. Quando o organismo
queima a gordura, esta queima é sistêmica, não apenas de uma área. O trabalho
abdominal condiciona e tonifica a musculatura do abdômen, e é só. Portanto, deve-se
trabalhar o abdômen de duas a quatro vezes na semana em três série de 20-30 repetições
para cada exercício.
O tipo de trabalho aeróbico é mais uma questão de preferência pessoal. Pode-se utilizar
uma máquina de simulação de escadas, esteiras rolantes, máquinas de ski cross-country,
e/ou bicicletas estacionárias. O que importa é a frequência, intensidade e duração do
exercício.
De acordo com Mentzer, o qual adaptou suas teorias a partir de Arthur Jones (criador do
sistema Nautilus), o organismo possui uma capacidade limitada de recuperação, e o quanto
menos se ultrapassar esta capacidade, maior os ganhos serão.
DIA 1 DIA 2
EXERCÍCIOS SÉRIE EXERCÍCIOS SÉRIES
PEITO COXAS
Crucifixo 2 Extensão de joelhos 2
Supino 2 Agachamento 2
COSTAS Flexão de joelhos 2
Pullover reto c/ halter 2 BÍCEPS
Remada curvado 2 Rosca direta 2
OMBROS Puxada fechada sup. 2
Elevação lat. braços 2 TRÍCEPS
Desenvolv. p/ trás 2 Tríceps testa 2
Crucifixo invertido 2 Megulho na paralela 2
ABDÔMEN PANTURRILHAS
Supra 3 Panturrilha máquina 3
Todos os exercícios devem ser executados em forma de supersérie. As repetições entre 6 e 12, mas todas
as séries devem atingir a total fadiga muscular (utiliza-se repetições forçadas e negativas). Treina-se dois
dias e se descansa um, a fim de facilitar a plena recuperação.
Um aspecto importante não só deste bem como qualquer tipo de programa de musculação consiste em
concentrar-se em executar a fase negativa da contração bem lentamente a cada repetição. Isto
significando, levar dois segundos na fase positiva e quatro segundos na fase negativa.
* Conclusão
A despeito do biotipo que se manifeste, algumas regras de treinamento ainda se aplicam.
Estas incluem consistência e perseverança. A menos que se treine regularmente, nunca se
descobrirá o potencial real para o fisiculturismo. A paciência também entra no sentido de
que se leva tempo para construir e delinear um bom físico. Mesmo os mesomorfos de
ganhos fáceis devem treinar regularmente a fim de obter o melhor de seu potencial.
Um treinamento apropriado inclui uma boa forma de execução dos exercícios e uma
constante tentativa de aumentar a sobrecarga de trabalho, seja por aumento de pesos ou
repetições, ou ainda reduzindo os intervalos de recuperação. Descanso, recuperação e
práticas nutricionais, como as citadas, também são constituintes vitais de um programa de
treinamento eficaz.
B- PERÍODO PREPARATÓRIO
A composição dos mesociclos dentro do período preparatório, de uma maneira geral, caracterizará
o comportamento da evolução do trainee. A união destes mesociclos, formam blocos com
características peculiares em comum, formando as etapas de trabalho, onde cada qual
representa um momento específico no desenvolvimento do trainee.
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO I
Composta em sua maioria por mesociclos básicos e tem como finalidade:
propiciar ao trainee uma adaptação às atividades, métodos e técnicas de
treinamento a serem utilizados.
correção de vícios posturais e dismorfias;
melhoria da coordenação;
criação de hábitos de vida mais disciplinados, principalmente em nível alimentar.
Trata-se de uma etapa bastante delicada, pois a maior parte das pessoas quando inicia um
treinamento, apresenta baixos níveis de condicionamento, portanto esta etapa deverá ser
subdividida em duas fases:
o Fase de adaptação - onde não há preocupação com a melhoria do
volume muscular do trainee, mas sim com a real adaptação do organismo
como um todo às atividades e onde também os estímulos crescem em
ritmo lento.
o Fase de evolução - onde as intensidades já são mais fortes, entendendo-
se que já houve uma boa adaptação e consequente assimilação dos
estímulos iniciais.
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO II
Aqui se busca a potencialização das características físicas principais objetivadas (volume ou
qualidade e definição musculares). Também subdividida em duas fases:
o Fase especial - toda esta fase é composta preferencialmente de mesociclos
de preparação e tem como objetivo aprimorar as características físicas (força
e volume muscular) que serão pré-requisitos para as características físicas
finais objetivadas.
o Fase específica - nesta fase é dada ênfase no desenvolvimento das
características físicas finais (qualidade e definição musculares)
A duração de cada etapa dependerá do estado inicial do trainee, sendo de suma importância a
existência das duas fases, mas não adiantará em nada dividir em etapas um período preparatório
inferior a três meses.
C- PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Este período se inicia logo após a competição, mas devendo propiciar um momento de
estabilização (manutenção) daquilo que o atleta obteve durante o treinamento, para que quando
do início de novo macrociclo não seja necessário retroceder demasiadamente nos níveis de
volume e intensidade de treinamento. Normalmente é feito em sua quase totalidade através em
atividades generalizadas (diferentes as da musculação). Contudo, caso o atleta continue sua
atividade em musculação normalmente, o treinador deverá selecionar mesociclos básicos em que
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as intensidades são menores, desta forma, evitando uma saturação psicológica (inibição reativa)
do atleta.
Um período de transição pode durar de 2 a 4 semanas, mas quando bem conduzido
permitirá uma expressiva aceleração do ritmo do treinamento no reinício de um novo macrociclo,
uma vez que não se reduz substancialmente o nível de condicionamento já adquirido.
2.2) OS MESOCICLOS
Para que se aproveite sempre do fenômeno da supercompensação do estímulo aplicado, o
treinamento deve ter um caráter oscilatório de alternâncias entre os estímulos.
O mesociclo é o conjunto de microciclos (normalmente de 4 a 8) que possuem aspectos
dominantes de mesma natureza e se encontram na mesma fase ou período do macrociclo.
O mesociclo poderá caracterizar-se por:
a) Parâmetro preponderante na aplicação da sobrecarga
Mesociclo com preponderância no volume.
Mesociclo com preponderância na intensidade.
Mesociclo em que há substituição da preponderância do volume pela intensidade e vice-
versa.
b) Qualidade física visada
Resistência
Força
Hipertrofia
c) Alguma outra característica marcante
priorização de algum grupo muscular.
Mesociclos bem estruturados permitirão uma melhor definição dos objetivos intermediários,
maior homogeneidade no trabalho executado e uma oscilação das sobrecargas mais conveniente.
E como dito anteriormente, utilizaremos os mesmos mesociclos do fisiculturismo, sendo estes:
100
80
60
40
20
0
2a 4a 6a 2a 4a 6a 2a 4a 6a 2a 4a 6a 2a 4a 6a 2a 4a 6a
GRÁFICO 1.1
MESOCICLO BÁSICO - ADAPTAÇÃO/ATIVAÇÃO - 3X/S
100
80
60
40
20
0
2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a
GRÁFICO 1.2
MESOCICLO BÁSICO - ADAPTAÇÃO/ATIVAÇÃO 4X/S SPLIT
100
80
60
40
20
0
2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a
GRÁFICO 2.1
100
80
60
40
20
0
2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a
GRÁFICO 3.1
MESOCICLO MASSA MÁXIMA - 2 INTENSIDADES 4X/S SPLIT
80
60
40
20
0
2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a 2a 3a 5a 6a
GRÁFICO 4.1
MESOCICLO DE QUALIDADE MUSCULAR - 4X/S SPLIT - 1 GRUPO MUSCULAR POR SEMANA
100
80
60
40
20
0
2a 3a 4a 5a 6a sa 2a 3a 4a 5a 6a sa 2a 3a 4a 5a 6a sa 2a 3a 4a 5a 6a sa 2a 3a 4a 5a 6a as
80
60
40
20
0
2a 4a 6a 2a 4a 6a 2a 4a 6a 2a 4a 6a
2.3) OS MICROCICLOS
Compreendem um grupo de sessões de treinamento onde consegue-se organizar as
atividades respeitando os tipos de cargas e os momentos de recuperação ideal para propiciar ao
trainee a assimilação dos mais variados estímulos. O microciclo deve ser constituído de no mínimo
três e no máximo seis dias, dependendo do objetivo e da disponibilidade para a prática da
atividade.
No caso de microciclos de três sessões, os estímulos deverão ser distribuídos na semana de
modo que seus intervalos não ultrapassem um período superior a 48 horas, se a opção for um
microciclo de quatro ou cinco sessões deve-se programar as atividades de modo a propiciar uma
recuperação ativa.
Os microciclos podem se apresentar com intensidades que variam entre fraca, média e
forte, divididos ainda em microciclo introdutório/recuperativo, condicionante, intermediário e de
avaliação.
GRÁFICO 1 GRÁFICO 2
CARGA REGULAR - INTENSIDADE FRACA -3X/S CARGA REGULAR - INTENSIDADE MODERADA -4X/S
40% 40%
20% 20%
0% 0%
SEG QUA SEX SEG QUA SEX
GRÁFICO 3 GRÁFICO 4
CARGA CRESCENTE - 3X/S CARGA DECRESCENTE - 3X/S
GRÁFICO 5 GRÁFICO 6
CARGA CRESCENTE-DECRESCENTE - 4X/S CARGA DECRESCENTE-CRESCENTE - 4X/S
For For
100% 100%
Mod Mod Mod Mod
80% 80%
60% 60%
40% 40%
20% 20%
0% 0%
Seg Qua Sex Seg Qua Sex
GRÁFICO 7 GRÁFICO 8
CARGA REGULAR DECRESCENTE - 3X/S CARGA REGULAR CRESCENTE - 3X/S
60% 60%
40% 40%
20% 20%
0% 0%
Seg Ter Qui Sex Seg Ter Qui Sex
GRÁFICO 9 GRÁFICO 10
CARGA REGULAR CRESCENTE - 4X/S CARGA REGULAR DECRESCENTE - 4X/S
80%
Fra
60%
40%
20%
0%
Seg Qua Sex
GRÁFICO 11
CARGA DECRESCENTE-CRESCENTE - 3X/S
Micro Introdutório Micro Intermediáro Reg. Decresc. Micro Intermediáro Reg. Decresc.
Nº / Data 01 02 03 04 05 06 07 08 09
Ci R- Ci R- C= R= C= R+ C= R+ C= R= C = R+ C= R+ C= R=
Séries x reps
S IR - S IR - S= IR= S= IR- S= IR- S= IR+ S = IR- S= IR- S= IR+
Micro Intermediáro Reg. Decresc. Micro Intermediáro Reg. Descresc. Micro Intermediáro Reg. Decresc.
Nº / Data 10 12 12 13 14 15 16 17 18
C+ R+ C= R+ C= R= C = R+ C= R+ C= R= C + R+ C= R+ C= R=
Séries x reps
S= IR- S= IR- S= IR+ S = IR- S= IR- S= IR+ S = IR- S= IR- S= IR+
5) PROJEÇÃO DE METAS
Projetar metas, apesar de parecer simples cálculos matemáticos, traz em si um grande
risco; o de se tornar fator de stress e desmotivação para o cliente! As metas projetadas
deverão ser subestimadas SEMPRE, ou seja, o mínimo do mínimo que o cliente será capaz de
atingir, desde que mantenha também um mínimo de disciplina em termos alimentares, frequência
regular aos treinos e repousos adequados.
Cada biotipo, sexo e faixa etária apresenta um mínimo de evolução em relação ao ganho
de massa magra para os diferentes mesociclos. Quando pensamos em projetar metas, precisamos
de algum parâmetro para poder servir como guia do que se pretende atingir. Durante 15 anos o
autor coletou dados de mais de 25.000 avalições por bioimpedância a fim de elaborar a tabela
abaixo. Teríamos então como parâmetros:
Organizando o Macrociclo
Tendo conhecimento do que foi exposto acima, vamos agora organizar um macrociclo
semestral. O primeiro passo na projeção de metas será definir o macrociclo com seus
respectivos mesociclos dentro dos objetivos do cliente.
Vamos supor que tenhamos 27 semanas para o primeiro semestre de 2013, mas devemos
lembrar-nos de deixar de fora da composição do macrociclo 1 (uma) semana do carnaval e
1 (uma) semana para a Semana Santa, ou seja, teremos efetivamente 25 semanas de
treinamento.
Tomemos então como exemplo uma mulher de 35 anos, sedentária, 1,65m, 65kg de massa
corporal, 28% de percentual de gordura, 18,2kg de massa gorda e 46,8kg de massa
magra, cujo objetivo primário seja redução da gordura corporal.
Resumindo:
Massa Corporal Meta = 62,5kg
%Gordura Meta = 23,2%
Massa Gorda Meta = 14,5kg
Massa Magra Meta = 48,0kg
5) CÁLCULOS METABÓLICOS
A CALORIMETRIA INDIRETA é um exame utilizado para medir o GASTO CALÓRICO. O
organismo consome uma quantidade fixa de oxigênio por cada caloria oxidada. Pela diferença
entre a quantidade de oxigênio no ar inspirado e expirado, o aparelho calcula com precisão
quantas calorias o corpo está “queimando” naquele momento. Existe um equipamento portátil no
mercado para avaliações ultra precisas, mas que por seu alto custo é usado basicamente em
pesquisas. Assim sendo, em termos práticos podemos mensurar com alguma precisão a
NECESSIDADE CALÓRICA INDIVIDUAL, através de fórmulas, para que esta sirva como base para
o nutricionista elaborar a dieta o mais próximo possível da realidade de cada um, levando em
consideração suas limitações de horários e preferências de alimentos.
Primeiramente vamos entender os componentes do GASTO CALÓRICO MÉDIO DIÁRIO:
Calcular TMB
o [(0,048 x P)+2,448] x 239
o [(0,048 x 58) + 2,448] x 239
o [2,784 + 2,448] x 239
o 5,584 x 239
o TMB = 1.250 Kcal/dia
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36
Calcular TAO
o 1.250 x 10% = 125 kcal/dia
o Musculação
(5,5 x 1,25 x 58) / 60
398,75 / 60
6,6 Kcal/min
45’ x 6,6kcal/min = 292 kcal/dia x 2 dias = 584 kcal/semana
o Body Pump – 45’ x 6,3 kcal/min = 283 kcal/dia x 1 dia = 283 kcal
(5,5 x 1,25 x 58) / 60
398,75 / 60
6,6 Kcal/min
45’ x 6,6kcal/min = 292 kcal/dia x 1 dias = 292 kcal/semana
É sobre esse valor encontrado para o CCMD que o faremos o SUPERÁVIT CALÓRICO
(aumentando as calorias a serem ingeridas para um ganho de massa) este podendo variar de
300kcal/dia para um mesomorfo até 1.000kcal/dia para um ectomorfo ou o DÉFICIT CALÓRICO
(reduzindo as calorias a serem ingeridas para uma redução de gordura corporal) geralmente entre
optando entre 200 ou 300kcal/dia, mas sem que com isso invada-se a TMB ou provocar-se-á uma
desaceleração desta.
Como todos devem ter percebido, a TMB representa o maior componente no gasto
energético de um indivíduo e dentro desta a MASSA MUSCULAR tem um grande peso! Por isso é
tão importante a preservação e/ou mesmo um pequeno ganho de massa muscular durante o
processo de emagrecimento!
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