Aquicultura Goias
Aquicultura Goias
Aquicultura Goias
862
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS DO REGULAMENTO ESTADUAL DE AQUICULTURA
Art. 2º Ficam reconhecidos como bens do Estado de Goiás todos os mananciais, fluentes ou
não, encontrados em seu território, ressalvados, na forma da lei, os de domínio da União.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
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II - sítio receptor: menor porção da UGR (Unidade Geográfica Referencial) para a qual exista
informação da ocorrência ou não da espécie que será objeto da introdução ou reintrodução;
V – área aquícola: espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado por ato normativo de
órgão competente, destinado a projetos de aquicultura, individuais ou coletivos;
VI – parque aquícola: conjunto delimitado de áreas aquícolas afins, em cujos espaços físicos
intermediários podem ser desenvolvidas outras atividades compatíveis com a prática de aquicultura;
VIII – espécie exótica: espécie ou híbrido que não tem ocorrência natural no sítio receptor ou
unidade de referência, incluindo indivíduos em qualquer fase de desenvolvimento;
X – formas jovens: alevinos, girinos, imagos, larvas, pós-larvas, náuplios e ovos de animais;
e esporos, sementes e mudas de algas e plantas aquáticas;
CAPÍTULO III
DA SUSTENTABILIDADE DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS NA AQUICULTURA
Seção I
Da Sustentabilidade do Uso dos Recursos Pesqueiros
I – os regimes de acesso;
Parágrafo único. Respeitado o disposto no caput deste artigo, devem ser consideradas as
peculiaridades e as necessidades da aquicultura familiar, visando garantir sua continuidade quando atestada a
sua veracidade, sem prejuízo da fauna aquática e do meio ambiente.
Seção II
Da Atividade Aquícola
Art. 7º O exercício da aquicultura somente poderá ser realizado mediante prévio ato
autorizativo obrigatório emitido pelo órgão ambiental competente, asseguradas:
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II – participação social;
CAPÍTULO IV
DA AQUICULTURA
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 11. As atividades para formação, expansão e terminação da aquicultura são aquelas
praticadas por pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades com finalidade de reprodução, criação,
engorda e abate de recursos pesqueiros com ou sem fins comerciais.
§1º A introdução de qualquer espécie exótica nos sítios receptores dentro das instalações de
cultivo no Estado de Goiás deverá ser licenciada pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do
Estado de Goiás -SEMARH-.
§2º As espécies exóticas que estejam ocorrendo fora das estruturas de cultivo ou devido a
acidente ambiental ocorrido pelo seu escape aos recursos hídricos naturais poderão ser exterminadas, por
deliberação da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos -SEMARH-, ouvido previamente o
Conselho Estadual do Meio Ambiente -CEMAm-.
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Seção II
Da Classificação dos Empreendimentos
Art. 12. O Porte de Empreendimentos Aquícola (PEA) será definido de acordo com a sua
área ou o seu volume, para cada atividade, conforme Tabela 1 do Anexo I.
Art. 13. O Potencial de Severidade das Espécies (PSE) será definido conforme a relação
entre a espécie utilizada e o tipo de sistema de cultivo utilizado pelo empreendimento, observados os critérios
estabelecidos na Tabela 2 do Anexo I.
§1º Nos empreendimentos aquícolas com cultivo de várias espécies prevalecerá, para fins de
enquadramento na tabela de que trata o caput, o caso mais restritivo em termos ambientais.
Art. 14. Os empreendimentos de aquicultura serão enquadrados em uma das seis classes
definidas na Tabela 3 do Anexo I deste Decreto, conforme a relação entre o porte do empreendimento aquícola
e o PSE, constantes das Tabelas 1 e 2 do Anexo I, respectivamente.
III – médio porte com baixo potencial de severidade da espécie/pequeno porte com alto
potencial de severidade da espécie: Classe 1,5;
IV – médio porte com médio potencial de severidade da espécie/grande porte com baixo
potencial de severidade da espécie: Classe 2;
VI – médio porte com alto potencial de severidade de espécie/ grande porte com alto
potencial de severidade da espécie: Classe 3.
Art. 16. O cadastro do empreendimento de aquicultura deverá ser preenchido por técnico
habilitado, com anotação de responsabilidade técnica, que entre outros deveres, será responsável pela
declaração fiel dos dados e das informações referentes ao empreendimento.
Parágrafo único. Empreendimentos Classes 0 e 0,5, cujas dimensões não ultrapassem 20%
do valor definido como pequeno porte, ficam dispensados de Anotação de Responsabilidade Técnica.
Art. 17. As alterações do índice de complexidade promovidas por este Decreto implicam a
incidência das normas pertinentes à nova classificação, desde que:
Seção III
Da Dispensa de licença
b) tanques cujo somatório de volume seja inferior a 1.000 m3 (mil metros cúbicos);
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II - ranicultura que ocupe área total de até 400 m2 (quatrocentos metros quadrados);
b) tanques cujo somatório de volume seja inferior a 1.000 m3 (mil metros cúbicos);
III - deverão adotar medidas para evitar a poluição das águas, do ar e do solo e a fuga de
espécimes alóctones ou exóticos.
Art. 19. Caso haja supressão de vegetação nativa ou intervenção em área de preservação
permanente, os empreendimentos a que se refere o art. 18 deverão obter a necessária autorização da
Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás- SEMARH.
Art. 20. A dispensa de licenciamento ambiental prevista no art. 18 não se aplica aos
empreendimentos localizados em área com:
III - floração recorrente de cianobactérias acima dos limites previstos na Resolução CONAMA
nº 357/2005, que possa influenciar a qualidade da água bruta destinada ao abastecimento público.
Art. 21. Nos casos em que, após a operação de empreendimentos inicialmente dispensados
do licenciamento, for constatado o descumprimento de dispositivos deste Decreto ou de outras normas
ambientais, a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás - SEMARH adotará as
medidas restritivas cabíveis.
Seção IV
Do Procedimento de Licenciamento para Aqüicultura
Art. 22. Os empreendimentos aquícolas de pequeno e médio porte, Classe 1,5, serão
licenciados por meio de procedimento simplificado, etapa única, com emissão de licença ambiental simples,
conforme documentação mínima constante do Anexo IV, desde que se enquadrem nas situações descritas nos
incisos I, II e IV do art. 18.
Art. 23. Ficam obrigados a requerer Licenciamento Ambiental Ordinário, nas modalidades de
Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Funcionamento, devendo apresentar, no mínimo, os
documentos constantes do Anexo IV:
I – os empreendimentos:
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b) de Classe 2 a 3;
e) de pesque e pague;
Art. 24. Para empreendimentos a serem instalados em área de posse será exigida a certidão
administrativa fornecida pelo órgão competente ou escritura pública de transmissão de direitos possessórios
devidamente reconhecidos pelos confinantes.
III - apresentação dos documentos e das informações pertinentes, referenciados nos Anexos
IV, V, VI e VII, de acordo com o enquadramento do empreendimento quanto à tipologia do licenciamento
ambiental a ser utilizada.
Art. 28. O uso de formas jovens na aquicultura somente será permitido quando:
III – se tratar de moluscos e algas obtidos por meio de fixação natural em coletores artificiais,
devidamente autorizado pelo órgão ambiental competente.
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§ 1º A hipótese prevista no inciso III somente será permitida quando se tratar de moluscos
bivalves, algas macrófitas ou, quando excepcionalmente autorizados pelo órgão ambiental competente, de
outros organismos.
§ 3º Nos casos de organismos provenientes de fora das fronteiras nacionais deverá ser
observada a legislação específica.
Art. 29. Para as etapas de licenciamento ambiental de unidades produtoras de formas jovens
de organismos aquáticos, deverá ser cumprido o disposto no termo de referência elaborado pelo órgão
ambiental licenciador, observadas as informações mínimas listadas nos Anexo IV, de acordo com a sua
pertinência, sem prejuízo de outras informações que sejam consideradas relevantes.
Seção V
Da Outorga de Uso de Água
§ 2º A outorga preventiva e de direito de uso de recursos hídricos poderá ser exigida na fase
de licença corretiva de funcionamento, nos casos de empreendimentos existentes em processo de
regularização.
Seção VI
Das Medidas de Segurança e Controle de Poluição
I - tanques de decantação com pelo menos 10% (dez por cento) do porte do empreendimento
aquícola;
III - para tanques rede será exigida a apresentação de análise da água, conforme legislação
específica.
I - tela metálica com malha de no máximo 8 mm (oito milímetros) entre nós, na saída do
tanque de decantação;
§ 2º Outras medidas poderão ser aceitas, desde que tenham sua eficácia comprovada e
aprovada previamente pelo órgão ambiental responsável. Será exigida a adoção de padrões construtivos viáveis
que reduzam as possibilidades de erosão e rompimento de taludes, em caso de empreendimentos aquícolas em
ambiente terrestre.
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Seção VII
Do Encerramento das Atividades
Art. 34. As atividades de aquicultura que foram instaladas e estão desativadas deverão
apresentar ao órgão ambiental um Plano de Desativação de acordo com a atividade exercida, a fim de dirimir o
impacto do empreendimento no meio ambiente, para emissão de Termo de Encerramento da Atividade.
Seção VIII
Da Regularização
I – instalação em curso d’água com vazão máxima de 3m³/s (três metros cúbicos por
segundo);
II – localização em um raio superior a 100m (cem metros) das nascentes e olhos d’água;
§ 2º Para os casos que não estejam de acordo com o inciso IV far-se-ão a despesca e
comercialização de toda produção, dentro do prazo de um ciclo de cultivo, devendo o plantel ser substituído em
sua totalidade por espécies nativas do sítio receptor em questão.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica aos barramentos com finalidade de geração de
energia elétrica como PCH, MCH, UHE e AHE.
Seção IX
Da Captura de Matrizes e Reprodutores e Peixamento
§ 2º A utilização de espécies alóctones e/ou exóticas como iscas vivas é considerado ato de
soltura.
Art. 40. O Poder Público utilizará, como medida de compensação ambiental ou ação
mitigatória em relativos ambientes aquáticos, o reflorestamento, a recomposição, regeneração ou recuperação
das Áreas de Preservação Permanentes e/ou a revitalização dos corpos d"água.
Parágrafo único. Fica proibida como medidas de compensação ambiental ou ação mitigatória
a prática de peixamento.
Seção X
Da Supressão de Vegetação em APP
Art. 41. A supressão de APP, quando permitida para atividades aquícolas, deverá respeitar o
estabelecido em legislação específica.
Seção XI
Das Validades das Licenças e das Autorizações
I – Licença Ambiental Simplificada (LAS): deverá ter, no mínimo, a validade estabelecida pelo
cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não
podendo ser superior a 4 (quatro) anos;
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II – Licença Prévia (LP): deverá ter, no mínimo, a validade estabelecida pelo cronograma de
instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos;
III – Licença de Instalação (LI) ou Licença Corretiva de Instalação (LCI) deverão ter, no
mínimo, a validade estabelecida pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo
ser superior a 6 (seis) anos;
Seção XII
Dos Aparelhos e Métodos
Seção XIII
Disposições Transitórias do Licenciamento da Aquicultura
Art. 46. O ato de despesca deverá estar previsto no procedimento de licenciamento e ser
informado no projeto técnico.
Seção XIV
Processamento, Transporte e Comércio dos Recursos Pesqueiros
Art. 47. Por intermédio de procedimentos visando à proteção dos recursos pesqueiros, o
transporte, a comercialização, o beneficiamento, a industrialização e o armazenamento do pescado das
espécies provenientes de aquicultura no Estado de Goiás deverão estar registrados na Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e/ou órgão ambiental competente, em conformidade com o Anexo II e
com a comprovação de origem.
Parágrafo único. Sem prejuízo das atribuições mencionadas no caput deste artigo, a
SEMARH promoverá o monitoramento e a fiscalização das atividades no que se refere à observância às normas
ambientais, devendo os organismos aquáticos vivos e pescado estar acompanhados de documento de origem.
Art. 49. O transporte intra e interestadual de organismos aquáticos vivos, em todo o seu
percurso, deverá estar acompanhado da Guia de Trânsito Animal (GTA) e atestado sanitário (emitido por médico
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veterinário da UF correspondente).
I - formas jovens;
IV - reprodutores e matrizes;
CAPÍTULO V
Seção I
Da Aquicultura Ornamental
§ 1º Exemplares vivos de espécies nativas não listadas no Anexo VIII estão proibidos de
qualquer exploração para fins ornamentais e de aquariofilia, salvo aqueles cujas espécies tenham
regulamentação federal própria, que permita a utilização para tais fins.
§ 2º Espécimes vivos de peixes de espécies listadas no Anexo VIII poderão ser cultivadas
para fins ornamentais, desde que sejam provenientes de cultivo devidamente licenciado, acompanhados de
comprovante de origem.
§ 3º Exemplares vivos de espécies nativas não listadas no Anexo VIII poderão ser utilizados
para fins didáticos, educacionais ou expositivos, desde que o uso seja autorizado pela SEMARH, onde se
realizará a atividade expositiva ou de estudo.
§ 4º Fica permitido expor, para fins de consumo alimentar, exemplares vivos de espécies não
listadas no Anexo VIII, que deverão estar acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA) e atestado sanitário
(emitido por médico veterinário da UF correspondente), ouvido previamente o órgão ambiental.
Seção II
Das Autorizações de Importação e Exportação
CAPÍTULO VI
DAS TAXAS
Art. 53. As taxas de registro, autorização e licenciamento para as atividades previstas neste
Decreto terão seus valores fixados em função de sua natureza, observados os seguintes critérios, conforme
enquadramento de classes previstas na Tabela 3 do Anexo I:
a) atacadista: R$ 3.000,00
b) varejista:
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II - aquiculturas:
4.3. W: 3 = R$ 1.872,00;
5.3. W: 3 = R$ 1.497,60;
6.3. W: 3 = R$ 3.369,60 ;
7.3. W: 3 = R$ 1.728,00;
8.3. W: 3 = R$ 3.225,60.
Parágrafo único. Os valores constantes deste artigo serão atualizados anualmente conforme
índice definido por ato do Chefe do Poder Executivo, mediante sugestão da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos.
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CAPÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 54. A fiscalização da aquicultura e das atividades contidas neste Decreto será exercida
pela SEMARH ou órgão ambiental competente.
Art. 55. O pescado ou organismos aquáticos vivos provenientes de apreensão poderão ser
destinados a doações para entidades beneficentes ou leiloado em hasta pública, desde que avaliadas as
condições sanitárias para consumo humano. Não havendo possibilidade do aproveitamento do produto nas
hipóteses supracitadas, deverá o mesmo ser incinerado publicamente em locais adequados.
Parágrafo único. Para a apreensão do produto será lavrado o auto competente, onde se
discriminará todo o pescado, fornecendo-se cópia ao infrator, com o recibo do pescado no verso.
Art. 56. Todos os materiais e equipamentos utilizados na pesca considerada não permitida ou
proibida deverão ser apreendidos, lavrando-se, na oportunidade, auto de apreensão.
Art. 59. Em caso de descumprimento das normas estabelecidas neste Decreto, ficam os
infratores sujeitos às sanções previstas na Lei estadual n. 13.025, de 13 de janeiro de 1997, e no Decreto
federal n. 6.514, de 22 de julho de 2008.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 60. Os estabelecimentos hoteleiros, bares, restaurantes e similares, assim como feiras
livres e ambulantes estarão sujeitos à ação fiscalizatória da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos –SEMARH-, no tocante ao cumprimento deste Decreto.
Art. 61. Todos os atos de defesa, instrução e julgamento concernentes às infrações lesivas
ao meio ambiente seguirão diretrizes previstas em legislação específica.
Art. 62. Todos os danos materiais previstos neste Decreto seguirão valores previstos em
legislação específica.
Art. 63. O Secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos é autorizado a baixar os
atos administrativos necessários à operacionalização deste Decreto, ficando ressalvada a aplicação supletiva de
norma federal ou demais regras pertinentes, nos casos omissos.
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ANEXO I
CRITÉRIOS DE PORTE E DE POTENCIAL DE SEVERIDADE DAS ESPÉCIES PARA
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS AQÜÍCOLAS
Atividade
Carcinicultura Carcinicultura de Ranicultura Malacocultura Algicultura
de água doce e água doce e Área (m2) Área (ha) Área (ha)
Piscicultura em Piscicultura em
viveiros tanques-rede ou
escavados tanque
Área (ha) revestido
Volume (m3)
Pequeno <5 < 1000 < 400 <5 < 10
(P)
Médio (M) 5 a 50 1000 a 5.000 400 5 a 30 10 a 40
Porte
a 1.200
Grande (G) > 50 > 5.000 > 1.200 > 30 > 40
Intensivo
Intensivo/ M* M* A* A*
Super-Intensivo
Legenda (**): 0 - pequeno porte com baixo potencial de severidade da espécie; 0,5-pequeno
porte com médio potencial de severidade da espécie 1,5- médio porte com baixo potencial de severidade da
espécie/ pequeno porte com alto potencial de severidade da espécie; 2 - médio porte com médio potencial de
severidade da espécie/ grande porte com baixo potencial de severidade da espécie; 2,5 - grande porte com
médio potencial de severidade da espécie; 3 - grande porte com alto potencial de severidade da espécie/ médio
porte com alto potencial de severidade da espécie.
ANEXO II
CADASTRO DO EMPREENDIMENTO DE AQUICULTURA - INFORMAÇÕES MÍNIMAS
A SEREM APRESENTADAS NAS SOLICITAÇÕES DE
LICENCIAMENTO DA AQUICULTURA
1. Dados cadastrais
1.1. Nome ou Razão Social: 1.2. CPF/CNPJ:
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ANEXO III
MANUAL DE PREENCHIMENTO
Individual
4.4.1 Código da Espécie Informe o código da espécie conforme o item 4.3.1
4.4.2 Área de cultivo (m2) Informe a área total a ser utilizada para a produção de formas jovens da
espécie em questão em metros quadrados, considerando inclusive o
espaço entre as estruturas.
4.4.3 Produção (milheiro/ano) Informe o valor da produção de formas jovens da espécie em questão
em milheiros por ano
4.4.4 Total Informe a área e a produção total esperados para o cultivo.
4.5 Formas a serem utilizadas Informar as formas a serem utilizadas para minimizar as perdas de ração
para minimização das para o ambiente durante o período de cultivo.
perdas de ração para o
ambiente
4.6 Quantidade aproximada de Informar a quantidade aproximada de resíduos sólidos a serem gerados
resíduos sólidos a serem por tonelada de organismos cultivados (fezes, restos de alimentos e outros
gerados por tonelada de que se fizerem necessários).
organismos cultivados
(fezes, restos de alimentos
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ANEXO IV
TERMOS DE REFERÊNCIA PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS PARA AQUICULTURA
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12. Quando couber, comprovação da origem das formas jovens (alevinos) introduzidas nos cultivos;
13. Relatório Ambiental Conforme Anexo V, com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – ART
(mapa e projeto);
PARA RENOVAÇÃO DE LAS*
1. Caso houver alteração no empreendimento com relação à ampliação, apresentar atualização de qualquer
documento que tenha sido alterado e preencher novo cadastro da atividade;
2. Comprovante de quitação da taxa (Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais – DARE);
3. Análise físico-química e bacteriológica das águas (destacando os parâmetros fósforo, nitrogênio amoniacal,
nitritos, nitratos, coliformes fecais e DBO) imediatamente à montante da captação e imediatamente à jusante
do local de descarga do efluente, para comprovar eficiência do sistema de tratamento e manutenção da classe
de qualidade da água, de acordo os parâmetros especificados na resolução 357/2005 do CONAMA e suas
atualizações. A análise deverá ser realizada por laboratório habilitado, que deverá emitir laudo conclusivo com
a interpretação dos resultados. Nova análise deverá ser realizada cada período de seis meses e os resultados
apresentados nesta secretaria.
Simplificada da JUCEG (com data de validade de 60 dias), +CNPJ (Apenas para Licença Corretiva de
Instalação).
7. Pessoa física: “cópia do RG/CPF” (Apenas para Licença Corretiva de Instalação);
8. Termo de Inscrição do Cadastro Ambiental Rural – CAR(Apenas para Licença Corretiva de Instalação);
9. Certidão de uso do solo, emitida pela Prefeitura Municipal para o local e o tipo de empreendimento ou
atividade a ser instalada em conformidade com o plano diretor “Lei de Zoneamento do Município” (Apenas para
Licença Corretiva de Instalação);
10. Certidão da Concessionária de Abastecimento Público do Município ou da Prefeitura Municipal declarando
se o manancial é ou não de abastecimento público. (Em caso afirmativo, declarar se a atividade requerida é ou
não prejudicial para o abastecimento público);
11. Outorga de uso da água ou Dispensa emitida pela Superintendência de Recursos Hídricos da SEMARH,
para a fonte de captação de água. Para abastecimento direto da rede pública, apresentar tarifa referente a
esse abastecimento.Excetua-se do disposto neste item as atividades de tanque-rede, onde a deverá ser
ouvida a Superintendência de Recursos Hídricos da SEMARH.
12. Croqui de localização e acesso ao local (desenhado e descritivo), a partir da sede municipal, informando os
pontos de referências e as coordenadas do local;
13. Cópia da Licença da barragem, nos casos em que esta existir;
14. Estudo ambiental do empreendimento (Plano de Controle Ambiental), conforme Anexo VI (Apenas para
Licença Corretiva de Instalação);
3° ETAPA- LICENÇA DE FUNCIONAMENTO (LF) OU LICENÇA CORRETIVA DE FUNCIONAMENTO (LCF)
1. Cadastro do empreendimento segundo anexo II on-line, com a descrição do objeto solicitado e com os
quadros das áreas corretamente preenchidos e atualizados;
2. Comprovante de quitação da taxa (Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais – DARE);
3. Cópia da Licença de Instalação – LI ou LCI – (para a solicitação da 1ª Licença de Funcionamento)
4. Publicações originais referentes ao requerimento do licenciamento (Resolução CONAMA 006/1986);
5. Pessoa jurídica: Apresentar Estatuto (nos casos de Associações de Pescadores, ONGs) ou Certidão
Simplificada da JUCEG (com data de validade de 60 dias), +CNPJ (Apenas para Licença Corretiva de
Funcionamento);
6. Pessoa física: “cópia do RG/CPF” (Apenas para Licença Corretiva de Funcionamento);
7. Cópia da certidão de registro do imóvel com validade igual a 90 dias da data de emissão, referente à área
do empreendimento e Contrato de Locação / Arrendamento (Apenas para Licença Corretiva de
Funcionamento);
8. Apresentar outorga de uso da água ou dispensa emitida pela Superintendência de Recursos Hídricos da
SEMARH, para a fonte de captação d’água. Para abastecimento direto da rede pública, apresentar tarifa
referente a esse abastecimento. Excetua-se do disposto neste item as atividades de tanque-rede, onde a
deverá ser ouvida a Superintendência de Recursos Hídricos da SEMARH. (Apenas para Licença Corretiva de
Funcionamento);
9. Programa de monitoramento ambiental - Anexo VII;
10. Comprovante de quitação da Taxa Fiscalização Ambiental – TFAGO, segundo Lei específica, quando
aplicável.
RENOVAÇÃO DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO (LF) OU LICENÇA CORRETIVA DE FUNCIONAMENTO
(LCF)
1. Caso houver alteração no empreendimento com relação à ampliação, apresentar atualização de qualquer
documento que tenha sido alterado e preencher novo cadastro da atividade;
2. Comprovante de quitação da taxa (Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais – DARE);
5. Cópia da Licença de Funcionamento – LF ou LCF
6. Comprovante de quitação da Taxa Fiscalização Ambiental – TFAGO, segundo Lei específica, quando
aplicável;
7. Publicações originais referentes ao requerimento da renovação da licença (Resolução CONAMA 006/1986);
8. Quando couber, Pessoa Jurídica, apresentar cópia da última alteração contratual;
• PARA TODAS AS CLASSES DE EMPREENDIMENTOS EM AQUICULTURA:
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ANEXO V
(Em casos de L.A.S. – Classe 1,5)
ANEXO VI
(Em casos de LP, LI e LF- Classes 2 a 3)
EMPREENDIMENTOS AQÜÍCOLAS *
A) DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
1 - Identificação do empreendedor e do responsável técnico do empreendimento
2 - Localização do empreendimento:
I- Para empreendimentos de médio e grande porte: planta de localização do empreendimento, delimitando sua
poligonal em Coordenadas, com indicação de APP, Corpos Hídricos e Acessos.
II - Croqui de localização e acesso ao local (desenhado e descritivo), a partir da sede municipal, informando os
pontos de referências e as coordenadas geográficas do local;
III - Planta de localização da área do empreendimento, em escala adequada, com indicação das intervenções
nas Áreas de Preservação Permanente.
3 - Características técnicas do empreendimento (descrever todo manejo produtivo)
- Métodos de controle da disseminação dos espécimes mantidos sob cultivo, quando couber
- Cronograma da atividade
4 - Diagnósticos Ambientais:
I - Descrição do meio físico abrangendo: (i) descrição da topografia do local; (ii) variáveis físico-químicas e
biológicas, com base na Resolução CONAMA no 357, de 2005: pH, temperatura, transparência, oxigênio
dissolvido, fósforo total, compostos nitrogenados, DBO, coliformes termotolerantes; entre outros aspectos.
II - Descrição do meio biótico: identificação da fauna aquática; caracterização da flora do local e do entorno;
indicação de intervenção em APP; entre outros aspectos.
III - Descrição do meio sócio-econômico: uso e ocupação atual da área proposta e do entorno, bem como
possíveis conflitos de uso.
5 - Impactos ambientais:
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II - Medidas Mitigadoras e compensatórias: com base na avaliação dos possíveis impactos ambientais do
empreendimento deverão ser propostas as medidas que venham a minimizá-los, maximizá-los, compensá-los
ou eliminá-los, podendo ser consubstanciadas em Programas Ambientais.
C) PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA
1. Projetos de Controle da Poluição Hídrica:
I - Descrever o sistema de tratamento das águas efluentes dos tanques da piscicultura, para atender os
parâmetros de lançamento especificados na Lei 8544 de 17 de outubro de 1978, da Resolução Nº357/2005 do
CONAMA e Resolução Nº 413/2009 do CONAMA e suas atualizações;
II - Comprovação da eficiência do sistema de tratamento das águas efluentes dos tanques da piscicultura
mediante a realização de análise físico-química e bacteriológica, realizada por laboratórios habilitados, que
deverão emitir laudo conclusivo com a interpretação dos resultados a cada período de seis meses e
apresentado a SEMARH;
III - Informar as formas a serem utilizadas para minimizar as perdas de ração para o ambiente durante o
período de cultivo;
IV - Informar a quantidade aproximada de resíduos sólidos a serem gerados por tonelada de organismos
cultivados (fezes, restos de alimentos e outros que se fizerem necessários);
V - Informar quanto ao uso de substâncias de valor profilático ou terapêutico, com registros legais durante o
cultivo;
VI - Informar as técnicas de contingenciamento para controle de pragas e doenças que serão usadas no
cultivo.
2. Técnicas de preparo, manejo e conservação do solo (curva de nível, gramíneas etc).
3. Projetos de revegetação (Quando necessário)
* II - Método de plantio;
a) Todos os documentos técnicos apresentados (MAPAS, CROQUIS, PLANTAS, IMAGENS, etc.) devem estar
assinados pelo responsável técnico;
b) Para o cultivo cuja espécie conste ou passe a constar em listas oficiais de espécies sobreexplotadas,
ameaçadas de sobrexplotação, de extinção, ou no Apêndice I da Convenção Internacional sobre Comércio das
Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES , deve ser apresentada nota fiscal de
compra dos alevinos, comprovando a procedência de criatórios credenciados.
c) Nos casos de ampliação, concernente ao Estudo Ambiental deverá ser anexado somente informação
referente à parte a ser ampliada, caso o empreendimento já tenha sido cadastrado anteriormente na SEMARH.
d) Deverão ser respondidos todos os itens do Estudo Ambiental. Quando não existir a informação solicitada em
determinado item responder = não tem, e justificar.
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- No ponto de captação;
- Ponto central da área aquícola e monitoramento ao longo do sentido predominante das correntes, antes e
depois do ponto central.
2 - Parâmetros de Coleta
Temperatura (°C); Salinidade (ppt); OD (mg/l); DBO, pH; Amônia-N; Nitrito-N; Nitrato-N (mg/l);
Nota 1: Os dados de monitoramento devem estar disponíveis quando solicitados pelos órgãos
competentes;
Nota 2: Dependendo da análise dos dados apresentados, outros parâmetros hidrobiológicos podem ser
acrescentados ou retirados do plano de monitoramento, a critério do órgão ambiental competente.
3 - Cronograma
- Apresentar os relatórios técnicos dos parâmetros hidrobiológicos com todos os dados analisados e
interpretados, de acordo com a frequência estabelecida pelo órgão ambiental competente, no qual deverão
constar as principais alterações ambientais, decorrentes do empreendimento, bem como fazer comparações
com as análises dos licenciamentos anteriores. Os relatórios devem estar acompanhados de respectiva
anotação de responsabilidade técnica.
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ANEXO VIII
LISTA DE ESPÉCIES DE PEIXES ORNAMENTAIS PASSÍVEIS DE SEREM UTILIZADOS EM AQUICULTURA
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