Melhorias e Substituição PSV Balanceada
Melhorias e Substituição PSV Balanceada
Melhorias e Substituição PSV Balanceada
alternativas ao uso
Colaboraram:
Juvêncio Vieira Santos, Fernando Teixeira Gazini e Edemir Bressan da Petrobras
1. Introdução
Válvulas de segurança e alívio de pressão são dispositivos de segurança, contra o aumento
excessivo da pressão interna em equipamentos e sistemas de tubulações.
As Válvulas de alívio (“PRVs-Pressure Relief Valves”) são utilizadas para o alívio de
líquidos;
As Válvulas de segurança são usadas para o alívio de gases, vapores e ar; e
As Válvulas de alívio e segurança (“PSVs-Pressure Safety Valves”) são empregadas
para o alívio de fluido líquido, gás, vapor e ar.
Neste trabalho se vai referir às válvulas de alívio PSVs, de forma geral, mas a abordagem se
aplica as demais válvulas.
Cada uma dela tem seu campo de aplicação específico, conforme a tabela resumo:
As válvulas PSV balanceada com fole são dispositivos indicados para situações especiais de
serviços, onde os fluidos descartados são corrosivos, muito sujos, tóxicos ou letais, e o fole
tem a função de proteger e preservar os internos da válvula contra o ataque do fluido. Além
disso, impede o vazamento para o ambiente, em caso de problema na vedação entre o disco
e a sede da válvula.
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No entanto, as válvulas balanceadas apresentam problemas de mau funcionamento devido a
falhas do fole, normalmente rompimento, trincas e furos, prejudicando a continuidade e a
segurança operacional, com prejuízo para as instalações.
2. Objetivo
Propor alternativas ao uso de válvulas de alívio de pressão com fole de balanceamento, tendo
em vista os inconvenientes causados pela falha do fole, e propor medidas adicionais de
confiabilidade quando for necessário o uso dessas válvulas.
O propósito maior é especificar PSV balanceada somente quando estritamente necessário e
listar os requisitos para auferir mais confiabilidade para essas válvulas.
3. Referências
ASME Boiler & Pressure Vessel Code VIII Division 1 - RULES FOR CONSTRUCTION
OF PRESSURE VESSELS
API STANDARD 520 Sizing, Selection, and Installation of Pressure-relieving Devices
in Refineries Part I—Sizing and Selection
API RECOMMENDED PRACTICE 520 Sizing, Selection, and Installation of Pressure-
Relieving Devices in Refineries Part II—Installation
API STANDARD 521 Pressure-relieving and Depressuring Systems
4. Definições
4.1. Características das Válvulas de Segurança e Alívio de Pressão
Válvula de alívio é uma válvula de alívio de pressão atuada pela pressão estática à
entrada que abre na proporção do aumento da pressão acima da pressão de abertura.
É a indicada para fluidos líquidos.
Válvula de segurança é uma válvula de alívio de pressão atuada pela pressão estática
à entrada e caracterizada pela abertura rápida ou ação “pop”.
É a indicada para fluido gasoso, vapor e ar.
Válvula de alívio e segurança é a válvula de alívio de pressão caracterizada pela
abertura rápida ou ação “pop” ou ainda pela abertura proporcional ao aumento da
pressão acima da pressão de abertura, dependendo da aplicação.
Pode ser usado para qualquer fluido, líquido, gás, vapor e ar.
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4.5. Curva de abertura de uma válvula de alívio de pressão
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A contrapressão presente na saída da PSV, por ex. no coletor de um sistema fechado,
quando esta é obrigada a abrir, é definida como contrapressão superimposta, que pode ser
constante ou variável.
É constante quando a saída da válvula PSV está conectada a um vaso de pressão ou a um
sistema fechado que é mantido em pressão constante.
É variável quando resultante da pressão na tubulação ou coletor, do sistema fechado, devido
a outras fontes, como as descargas de outras válvulas PSVs.
Na maioria dos casos a contrapressão superimposta é variável devido à variação das
condições existentes no sistema de coleta da descarga das PSVs conectadas.
No entanto, em algumas situações o fluxo obstruído ou “choked flow” pode ocorrer na saída
de tubo que descarrega diretamente para a atmosfera, o que resulta em alta contrapressão
desenvolvida.
Por este motivo a contrapressão desenvolvida deve ser sempre avaliada, não importando se
a descarga é para atmosfera ou sistema fechado.
A contrapressão desenvolvida excessiva pode levar a válvula PSV a operar de maneira
instável e esta instabilidade pode ocorrer como flutter ou chatter.
• Chatter: fenômeno que se traduz como movimento cíclico anormalmente rápido do
disco da PSV sobre o bocal ou sede.
• Flutter: fenômeno é similar ao charter exceto que o disco não tem contato com o bocal
ou sede durante a ciclagem.
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As válvulas PSV piloto operadas também requerem um CDTP quando utilizados em alta
temperatura e/ou contrapressão. O fabricante da válvula deve ser consultado sobre os limites
de contrapressão e temperatura e o fator de correção CDTP.
Válvula com fole balanceado: válvula com o mesmo projeto de válvula de alívio e
segurança convencional exceto que um fole é adicionado, que impede o contato dos
internos do corpo do com a corrente de fluido do aliviado.
Válvula com fole balanceado e pistão auxiliar balanceado: nesta válvula além do fole
balanceado, se insere o pistão auxiliar também balanceado, que assegura o
desempenho adequado da válvula, compensando a contrapressão no caso de falha do
fole.
4.13.1. Válvula PSV balanceada com fole (“balanced pressure relief valve”)
A válvula PSV balanceada com fole utiliza um fole para eliminar o efeito da contrapressão
superimposta sobre a pressão de ajuste “set pressure” de abertura da válvula.
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Pb: contrapressão ou pressão do coletor de
tocha;
PV: pressão interna do sistema protegido
pela PSV
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4.14. Fole de balanceamento
O fole é um importante componente de uma válvula balanceada.
Ele possui uma área que cobre a parte superior do suporte do disco, que é igual à área do
disco, e é essa equalização de áreas que anula a força axial devido à contrapressão sobre o
disco, com isto a pressão de ajuste não é afetada.
O fole também é utilizado como barreira de proteção em casos de produtos muito viscosos,
ácidos ou corrosivos.
Quando ocorre a falha do fole (rompimento, trinca ou furo), a PSV não abre na pressão de
ajuste, devido à contrapressão da linha de descarga sobre toda a área do disco, que se soma
à força da mola, o que coloca em risco o equipamento ou sistema, pois, a válvula só se abrirá
em uma pressão mais elevada que a pressão de ajuste (“set pressure”).
Outro problema é que haverá vazamento do fluido para o ambiente pelo furo sentinela.
O local seguro deve permitir fácil e ampla visibilidade, portanto não instalar sob grades de
canaletas, pois impedem a visualização.
Essas linhas devem ser documentadas nos fluxogramas e isométricos.
Há certas condições operacionais da PSV, que inviabilizam o descarte para "local seguro":
a- temperatura alta da descarga;
b- produto inflamável.
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5. Aplicação da PSV convencional
Na PSV convencional a contrapressão desenvolvida não deve exceder 10% da pressão de
ajuste, respeitando-se os 10% da sobrepressão admissível.
Uma contrapressão maior pode ser admitida para sobrepressão superior a 10% (a ser
informada pelo fabricante), desde que a contrapressão desenvolvida não exceda esta nova
sobrepressão admissível.
Quando a contrapressão superimposta é constante, a carga da mola pode ser reduzida para
compensar o valor da sobrepressão sobreposta.
Verificar a necessidade de aplicar o fator de correção CDTP- Cold Differential Test Pressure,
para levar em conta as condições de contrapressão e/ou temperatura de operação.
Quando se espera que a contrapressão ultrapasse estes limites especificados, uma PSV
balanceada ou piloto operada deve ser especificada.
As válvulas balanceadas apresentam problemas de mau funcionamento e baixa
confiabilidade, devido às falhas do fole, prejudicando a continuidade e a segurança
operacional, com prejuízo para as instalações.
Assim, para maior segurança e confiabilidade operacional, é preciso ampliar as alternativas
de aplicação das PSVs convencionais, analisando as normas aplicáveis e as soluções
estabelecidas pelos fabricantes.
O propósito maior é especificar PSV balanceada somente quando estritamente necessário.
Na aplicação das válvulas PSV com fole de balanceamento há um fator de correção da vazão
chamado de fator de correção de contrapressão desenvolvida, para levar em conta a redução
do fluxo de vazão que a contrapressão desenvolvida acarreta.
Típicos fatores de correção devido à contrapressão podem ser obtidos na API STD 520-I
Figure 30, para fluido compressível (ar, gás e vapor) e API STD 520-I Figure 31 para fluido
incompressível (líquido), em caso de não ser informado pelos fabricantes.
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7. Aplicação da PSV balanceada com fole e pistão auxiliar balanceado
Ex. de aplicação de válvula PSV fabricada pela Crosby.
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8. Aplicação de PSV piloto operada
Quando a contrapressão desenvolvida excede aproximadamente 50% da pressão de ajuste,
as válvulas PSVs piloto operadas devem ser utilizadas.
Na realidade nas PSVs piloto operadas nem a pressão de ajuste nem a capacidade de vazão
de alívio são afetadas pela contrapressão desenvolvida, podendo ser especificadas para
qualquer situação, no entanto são de funcionamento mais complexo, de maior custo e sujeitas
a problemas, dependendo da qualidade e limpeza do fluido.
Para valores de contrapressão superiores a 50% da pressão de ajuste, somente pode ser
usada a válvula do tipo piloto operada e, especificamente, nas seguintes condições:
a) Contrapressões variáveis elevadas que impossibilitam o dimensionamento de válvula
balanceada;
b) Pressão de operação muito próxima da pressão de ajuste, que pode dificultar o fechamento
completo da válvula após sua abertura;
No entanto, não devem ser utilizadas válvulas piloto operada com fluidos contendo partículas
sólidas em suspensão.
Estudos indicam que o fole é um dos componentes que mais apresentam problemas em
válvulas balanceadas.
Os principais tipos de falha verificados são furo, trincas, descontinuidade em soldas, defeito
de fabricação, corrosão sob tensão, fadiga, colapso ou golpe mecânico (esmagamento por
contrapressão excessiva ou golpe de martelo hidráulico) que levam a vazamentos pelo furo
sentinela ou “vent” do castelo.
A causa mais comum de falha do fole é a ocorrência de trinca provocada por fadiga, iniciada
no gomo do fole e propagada em toda a espessura, por efeito de tração cíclica.
A causa básica da falha normalmente é a pressão de operação muito próxima à pressão de
abertura (set pressure), causando abertura frequente da PSV e o efeito chattering.
Por outro lado, a fadiga pode não estar relacionada à abertura da PSV, mas somente à
variação de contrapressão, assim, a fadiga pode ser causada por abertura repetida ou por
variação da contrapressão;
Há, pois, certas condições operacionais da PSV, que inviabilizam o emprego de PSV
balanceada com fole:
a- temperatura alta da descarga (afetando a resistência do material do fole);
b- fluido tóxico (presença de H2S ou benzeno na área);
c- fluido gás inflamável (risco de fogo na área);
d- exigência de alta confiabilidade em caso de sistemas de fornecimento comercial de
produtos a terceiros.
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O código ASME Sec VIII Div 1, no Apêndice M parágrafo M-7 estabelece que a perda de
carga na linha de descarga não pode superar 10% da pressão de abertura “set pressure” para
válvulas convencionais.
Para outros modelos de válvulas, que têm diferentes graus de tolerância à contrapressão,
devem ser seguidas as recomendações dos fabricantes.
11. Conclusões
As falhas dos foles das válvulas balanceadas são, relativamente, comuns e as consequências
as piores possíveis, desde o risco de pressurização do equipamento ou do sistema até a
contaminação ambiental e o risco de incêndio.
Também pode acarretar perdas financeiras e prejuízos a clientes.
A solução passa por especificações técnicas mais confiáveis para a fabricação de fole e
cuidados adicionais para que a PSV não seja exposta a condições operacionais fora dos
limites apropriados, como martelo hidráulico e elevadas contrapressões, de transientes de
partida, parada e emergências.
A não ser a fabricação de fole mais confiável, capaz de ser obtida com especificações
adequadas, as condições de operação são imponderáveis que não se tem controle absoluto.
Portanto, a solução mais viável é estender o uso da válvula PSV convencional, respeitando-
se os limites estabelecidos pelas normas e fabricantes.
Válvulas PSVs convencionais são uma boa solução para fluidos tóxicos, inflamáveis
ou letais, por terem o castelo fechado (sem furo sentinela), desde que seus materiais
sejam adequados, resistentes à corrosão e que não sofra deterioração ou travamento
dos internos pela ação dos fluidos descartados.
As válvulas PSVs convencionais podem ser eficazes em aplicações com
contrapressão superimposta constante e mesmo variável, desde que se possa
compensar o pico da sobrepressão variável, assegurando que a pressão de abertura
não ultrapasse a PMTA do equipamento e que seja respeitado o limite de acumulação
permitido para o equipamento.
Conclui-se que as PSVs ou PRVs balanceadas só devem ser utilizados onde é
indispensável pelas características específicas de projeto do local de instalação e se
respeitando as recomendações dos fabricantes e das normas.
12. Recomendações
12.1. Assegurar que na etapa de projeto seja feita uma avaliação criteriosa dos valores
de contrapressão desenvolvida e superimposta, de modo a maximizar o uso de válvulas
convencionais.
12.2. Especificação técnica adequada, com materiais resistentes à corrosão, para a
fabricação do fole e requerer dos fabricantes o fornecimento de foles com maior
confiabilidade, respeitando-se os dados da especificação no Anexo 4 Bellows requirements
for Balanced Pressure Relief and Safety Valves, deste documento.
12.3. Determinar que a vida útil do fole seja compatível ao menos com a campanha
operacional prevista da unidade.
12.4. Nas manutenções fazer inspeção cuidadosa dos foles, utilizando líquido penetrante ou
outros ensaios não destrutivos que permitam detectar pequenos defeitos, que potencialmente
levem a falhas na próxima campanha operacional.
12.5. Para os casos mais críticos, manter fole sobressalente e substituir preventivamente os
foles nas manutenções das válvulas PSVs.
12.6. Deve-se ter em mente, durante à etapa de projeto de seleção do tipo de válvula PSV,
que as PSVs balanceadas possuem a menor confiabilidade comparativamente às válvulas
PSVs não balanceadas.
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Os foles são um componente frágil do sistema e apresenta maior taxa de falhas.
12.7. Promover o uso opcional de PSVs com pistão suplementar de balanceamento de
contrapressão, que mantém as características funcionais da válvula PSV, mesmo após o
rompimento do fole.
ANEXOS
Anexo 1
Detecção da falha do furo sentinela
1.1. Discussão da inviabilidade de uso de manômetro
Já se aventou a possibilidade de uso de manômetro instalado diretamente no furo sentinela.
O uso de um manômetro instalado no furo sentinela é um artifício, que evita o vazamento, no
caso da falha do fole, e também permite identificar a falha do fole, pelo monitoramento.
A questão é se garantir a eficácia desse monitoramento e a confiabilidade da leitura desse
instrumento.
Para monitoramento se deve criar rotina de inspeção dos manômetros, instalados nas PSVs
balanceadas, com rota e periodicidade, ou colocar cada um deles no SDCD (aparentemente
inviável).
Quanto à confiabilidade da leitura, no caso do rompimento do fole, o manômetro indicará o
valor da contrapressão.
Nos serviços em que a contrapressão é relativamente alta, o manômetro trabalhará em uma
faixa de medição razoável.
Já para os sistemas de baixa contrapressão, a indicação do manômetro será praticamente a
pressão atmosférica, não atendendo ao objetivo de alertar quando da falha do fole.
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O próprio API sugere o uso de dispositivo que possibilite a indicação visual para o evento da
falha do fole.
API STD 520 Part II - 7.3 BALANCED BELLOWS VALVES
The bonnet vent may also provide a visual indication in the event of a bellows failure.
Anexo 2
Recomendações práticas para descarte de “vent” de válvula PSV balanceada com fole
Colaboração do Engº Cláudio Cunha da Petrobras
Utiliza-se a opção de direcionar através de tubo OD “tubing” líquidos perigosos com
potencial de vazar pelo orifício sentinela devido à falha mecânica de foles, como é o caso de
válvulas balanceadas em sistemas que operam com ácido, por exemplo, (sistemas de
tratamento de água), ou seja, naqueles casos em que o vazamento pode expor as pessoas a
um risco de acidente grave.
Do mesmo modo, em se tratando de risco potencial de emissão de gases tóxicos para a
atmosfera, recomenda-se direcionar estes vazamentos para locais elevados, não próximos a
passagem de pessoas e que possuam boas características relativas a facilidade de
dispersão, sendo recomendável neste caso avaliar a existência de detector de gás nas
proximidades.
Recomenda-se a instalação de uma malha de tela fina na extremidade do tubing para impedir
que insetos possam fechar o diâmetro interno de passagem.
Para os demais casos de menor risco, uma prática que se tem adotado com sucesso é fazer
um furo em um bujão “plug” a ser instalado no orifício sentinela, com o objetivo de reduzir a
vazão de vazamento de produto, no
caso de falha do fole. Neste caso, é
importante uma rotina de inspeção
nestes pontos (impedir o
tamponamento do orifício por insetos
ou poeira).
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Linha de descarga de furo sentinela de PSV balanceada
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Anexo 3
Principais problemas resultantes da falha do fole
As válvulas PSV balanceada com fole operam normalmente em sistemas fechados, ou seja,
com descarte para sistema de tocha (caso de gases) ou para “pump-out” (caso de líquidos).
Nelas, o castelo é do tipo fechado e a norma API STD 520-II requer que haja um respiro
“vent” aberto para a atmosfera, de modo a denunciar vazamento que ocorre quando o fole
fura ou rasga.
A pressão dentro fole deve ser igual à atmosférica, de modo que a força de fechamento sobre
o disco do bocal seja exclusivamente a pressão exercida pela mola.
Quando ocorre a falha do fole (rompimento, trinca ou furo), a válvula PSV não abre mais na
pressão de ajuste, devido à contrapressão da linha de descarga ou coletor, que penetra no
fole e atuando sobre o disco se soma à força da mola, de forma que a pressão de alívio
aumenta, colocando em risco o sistema, ou seja, o equipamento fica desprotegido.
Isso leva à necessidade de monitoramento constante do furo sentinela ou “vent” para verificar
a integridade do fole, pois, a falha do fole incorre em risco ao sistema protegido, pelo
aumento da pressão de alívio do equipamento ou sistema.
Se essa contrapressão, que é a pressão do fluido do coletor da descarga da PSV for próxima
à pressão atmosférica, a válvula abrirá em uma pressão ligeiramente maior, o que pode ser
tolerado, quando há uma diferença relativamente grande entre a pressão de ajuste
(normalmente a pressão interna de projeto) e a PMTA - Pressão Máxima Admissível de
Trabalho do equipamento. Caso contrário, ao se manter o equipamento ou o sistema
operando, se cria uma situação perigosa, de risco potencial de sobrepressão no equipamento
ou sistema protegido pela válvula e possível falha estrutural.
Por isso, é estritamente proibido fechar o furo sentinela ou “vent”, pois se impede a
identificação do vazamento e a falha do fole, se criando a situação potencial de sobrepressão.
API STD 520 Part II - 7.3 BALANCED BELLOWS VALVES
The bonnets of balanced bellows pressure-relief valves must always be vented to
ensure proper functioning of the valve.
Anexo 4
Bellows requirements for Balanced Pressure Relief and Safety Valves
1 Purpose
This specification sets forth the requirements for design, fabrication and testing of metallic
bellows to be used in Balanced type Pressure Relief and Safety Valve.
2 Materials
The following materials are permissible to manufacture the bellows.
3 Scope
This specification specifies type testing, examination, and acceptability for the purpose of
qualifying bellows to be used in balanced safety valve.
A safety valve includes Relief Valves (for liquid); Safety Valves (for gas and vapor) and Safety
and Relief Valves (for liquid, gas and vapor).
4 General requirements
4.1 The bellows are the expandable metal parts that act as a seal preventing the fluid from
discharge piping be in contact with the disc and seat of the valve.
A bellows assembly includes the bellows and related end fittings attached to the bellows by
welding.
4.2 Each bellows assembly design and each bellows material shall be qualified by type testing.
Type testing includes both ambient temperature and high-temperature testing.
The ambient temperature tests shall be carried out at a pressure at least equal to the rated
valve pressure for 100 °F (38 °C).
The high-temperature tests shall be carried out at a pressure at least equal to the rated valve
pressure for the maximum temperature for which the bellows is designated.
4.3 A successful qualification requires that three bellows assemblies of the same design and
material be type tested at ambient conditions and three more be tested at the high
temperature conditions, and that all six meet the qualification acceptance requirements.
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The six bellows assemblies for testing shall be randomly selected from a regular bellows
assembly production lot.
5 Test procedures
5.1 Pretest Examination
5.1.1 The bellows assemblies to be tested shall be cleaned.
5.1.2 The unrestrained (free) height of each bellows shall be measured and recorded along
with the compressed and extended heights for which the qualification applies.
The compressed and extended ratios shall be the ones recorded in the test report.
5.1.3 All bellows assembly welds shall be examined using a liquid dye penetrant.
Any indication of a crack or any other weld defect shall be cause for rejection.
5.2.2 The pressure test fluid shall be water containing less than 50 ppm of chlorides.
5.2.3 For the pressure test, the bellows shall be positioned at its compressed design height
corresponding to the valve full open position.
Positioning may be either in a valve assembly or in a test fixture duplicating the intended valve
assembly.
5.2.4 The test fluid pressure shall be applied in the same direction (externally or internally) for
which the bellows assembly is to be qualified.
5.2.5 The test fluid pressure shall be not less than 1.5 times the rated pressure of the valve at
100 °F (38 °C), according to API Standard 526, Flanged Steel Pressure-relief Valves.
5.2.7 Any pressure decreasing or visually detectable leakage over the test duration shall be
cause for rejection.
5.3.3 The frequency of cycling shall not exceed one cycle per second.
5.3.4 One complete cycle is defined as movement of the bellows from the design compressed
position to the design extended position and return to the compressed position corresponding
to the valve open-closed-open positions.
5.3.5 The ambient cycle test cycling shall be carried out at ambient temperature and with the
bellows subjected to a water pressure, as a minimum, equal to the 100°F (38°C) intended
valve pressure rating.
The high-temperature cycle test shall be carried out at a temperature at least the maximum
bellows assembly rated temperature, and with the bellows subjected to a pressure, as a
minimum, equal to the intended valve pressure rating at the test temperature.
The test fluid for the high temperature test may be liquid or gas, at the manufacturer's option.
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5.3.7 The minimum number of test cycles required for qualification for each bellows assembly
shall be 10000.
6 Acceptability
Acceptance of the bellows assembly design and construction shall be based on all six
assemblies meeting the qualification test requirements.
7 Test report
A test report shall be prepared and be available at the valve manufacturer's facility for review
upon purchaser request when such provision is included in the purchase order.
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