Fichamento História Social Hebe Castro
Fichamento História Social Hebe Castro
Fichamento História Social Hebe Castro
Fichamento
A autora coloca que referenciar o movimento dos intelectuais da Escola dos Annales
se faz necessário porque este surge como resposta a uma historiografia factualista,
que tinha como foco os grandes acontecimentos, jogos de poder, principalmente
entre os grandes, que acabava, segundo Bloch e Febvre – fundadores da revista e o
movimento -, se tratando de uma história de análise pobre por ignorar que além dos
grandes havia estruturas, grupos e indivíduos que acabavam sendo deixados de
lado. Ademais, História Social e Annales passam a ser relacionados por ter sido a
História Social um conceito muito utilizado pelos fundadores da escola dos Annales
para contrapor com a História tradicional.
“[...] a história social passa a ser encarada como perspectiva de síntese, como
reafirmação do princípio de que, em história, todos os níveis de abordagem estão
inscritos no social e se interligam.” (p.46).
“Foi nas décadas de 1950 e 1960, entretanto, que uma história social, enquanto
especialidade, tendeu a se constituir no interior desta nova postura historiográfica,
que começava a se tornar hegemônica.”
(p.48).
“Do ponto de vista metodológico, a história social, nas décadas de 1960 e 1970,
esteve fortemente marcada, como de resto toda a historiografia, por uma crescente
sofisticação de métodos quantitativos para a análise das fontes históricas [...] A
demografia histórica, tomada como método pela história social, daria dimensão até
então inusitada à história da família.” (p.51).
O método de reconstituição de famílias na frança, de Louis Henry, e o método de
analise da composição das unidades domésticas (households) na Inglaterra, de
Peter Laslett, mesmo que seus resultados tenham sido questionados, abriram
questionamentos bastante reflexivos, fundamentais para uma posterior evolução da
disciplina.
No Brasil, por volta dos anos 30, os institutos históricos e geográficos foram campos
muito privilegiados de atuação, neles foi desenvolvidas abordagens historiográficas
clássicas, que seriam oposição em relação a historiografia tradicional.
Aqui Hebe Castro abordará temas como o movimento operário e cindical, suas
relações com o Estado, com as massas trabalhadoras e com o ambiente urbano,
como também devidas considerações sobre o cotidiano dos operários na construção
de uma identidade operária.