7 - Lista de Exercícios - 2021-TABELA

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Curso: Técnico Em Edificações Disciplina: Química

Turma: 1812 Data: 04/05//2021


Professora: Joseina M Tavares
Estudantes: Caíque Pereira Britto

Lista de exercícios

1 ª questão: Responda os itens abaixo:

a) Para que um átomo neutro de cálcio se transforme em Ca2+, ele deve perder ou ganhar elétrons??
E em relação a S -2 ?
Para que um átomo Ca neutro (carga = 0) se torne o cátion Ca2+ ele necessita perder duas
cargas negativas ou seja perder 2 elétrons, já que não podemos alterar o número de cargas
positivas (prótons)
b) Caracterize Isóbaros, isótopos, Isótonos e isso eletrônicos
Isótopos = São átomos com o mesmo número de PRÓTONS.
Isóbaros = São átomos com o mesmo número de MASSA
Isótonos = São átomos com o mesmo número de NÊUTRONS
isoeletrônicos = São os que possuem o mesmo número de Elétrons

2ª questão. O que vc entende sobre Tabela Periódica?


A tabela periódica dos elementos químicos é a maneira como os elementos se encontram dispostos na tabela
tendo em conta as suas características químicas: o numero de massa e numero atômico, bem como o raio
atômico

3ª questão. Como são distribuídos os elementos químicos na Tabela Periódica?


Assim, a Tabela Periódica atual é organizada em ordem crescente de números atômicos. Os elementos estão
organizados indo da esquerda para a direita, aumentando uma unidade no número atômico. ... Esses elementos
também aparecem organizados em linhas verticais que são denominadas de famílias ou grupos dos elementos

4ª questão. Caracterize
a) Calcogênio= É todo e qualquer elemento químico do grupo da Tabela Periódica 16 (antigo VIB).
Juntos compõem a série química de mesmas propriedades químicas. Este grupo é formado por: Oxigénio
(O), Enxofre (S), Selênio (Se), Telúrio (Te), Polônio (Po) e Livermório (Lv). O nome tem origem no grego
"Khalkos", que significa cobre ou minério (visto que vários minérios são na forma de óxidos ou sulfetos),
e "genos", aquilo que dá origem, assim "calcogênio" significa “originário do cobre” ou "que vem do
minério". Todos os elementos deste grupo são não metais e o polônio é o único deles que é radioativo e
tem características de metal. Eles são caracterizados pela configuração electrônica , ns2 np4 da sua
camada de valência(tendo assim, 6 elétrons nessa camada); formam compostos com metais e com
hidrogênio quando o número de oxidação é -2. Os números de oxidação +2, +4 e +6 ocorrem quando os
elementos do grupo formam compostos com outros elementos do seu próprio grupo, ou com os
elementos do grupo 17 (7A), os halogênios.

b) Halogênio= Os halogênios são todos os elementos químicos pertencentes à família VIIA ou grupo
17 da Tabela Periódica. Esses elementos recebem essa denominação porque são formadores de diversos
sais inorgânicos.

Os halogênios são:

Flúor (F), número atômico 9


Cloro (Cl), número atômico 17
Bromo (Br), número atômico 35
Iodo (I), número atômico 53
Astato (At), número atômico 85
Un-un-septium (Uus), número atômico 117

Os halogênios são elementos químicos que, de uma forma geral, não são muito abundantes na natureza.
São geralmente encontrados em sais presentes na água do mar, principalmente o flúor, que é encontrado
em grande abundância, e o cloro. Já o iodo, o bromo e o astato aparecem na natureza em quantidades
extremamente pequenas.

c) Metais de Transição = A maioria dos elementos de transição possui características semelhantes a


dos outros metais representativos: boa condutibilidade térmica e elétrica, brilho (geralmente prateado ou
dourado); e, apesar de apresentarem ampla variação de dureza e pontos de fusão/ebulição (com o
tungstênio o metal mais difícil de mudar de estado físico com Pf = 3410°C e Pe = 5660°C), tendem a ser
mais duros e possuírem maiores Pf e Pe do que os metais alcalinos e alcalino-terrosos, além de
conseguirem formar ligações covalentes entre átomos de mesma espécie (e não apenas metálicas) pela
presença de orbitais d incompletos. Em relação à densidade, esta varia desde 2,99g/cm³ do escândio, até
22,4g/cm³ do irídio e 22,6g/cm³ do ósmio (o metal que apresenta os átomos mais densos de toda tabela,
devido aos seus tamanhos e arranjo cristalino quando em estado sólido).

d) Grupo A = As famílias “A” da Tabela Periódica são os grupos 1, 2, 13, 14, 15, 16, 17 e 18, ou seja,
as duas primeiras colunas verticais e as seis últimas colunas verticais existentes na Tabela. Elas são
representadas e nomeadas da seguinte forma:
IA- Metais alcalinos
IIA- Metais alcalinos terrosos
IIIA- Família do boro
IVA- Família do carbono
VA - Família do nitrogênio
VIA- Calcogênios
VIIA - Halogênios
VIIIA - Gases nobres

Os elementos das famílias “A” são chamados de representativos, e os subníveis mais energéticos que os
representam sempre são o s ou o p. Vale ressaltar que no subnível s cabem, no máximo, dois elétrons, e
no subnível p cabem seis elétrons. Quando somamos os dois elétrons do subnível s com os seis elétrons
do p, temos um total de oito, valor que corresponde exatamente ao número de famílias “A”. Assim, cada
uma das famílias A possui um subnível mais energético com uma quantidade particular de elétrons que
representa a família

e) Grupo B= Já as famílias B são compostas pelas colunas de 3 a 12. É importante observar que
temos um total de 10 colunas que formam as famílias B. Por que então só consideramos oito famílias? Os
elementos químicos que compõem as colunas 8 (coluna do ferro), 9 (coluna do cobalto) e 10 (coluna do
níquel) apresentam características semelhantes e, por isso, consideramos essas três colunas como
sendo uma única família. Sendo assim, cada uma das colunas recebe a seguinte indicação:

coluna 3 = Família IIIB


coluna 4 = Família IVB
coluna 5 = Família VB
coluna 6 = Família VIB
coluna 7 = Família VIIB
coluna 8, 9 e 10 = Família VIIIB
coluna 11 = Família IB
coluna 12 = Família IIB
f) Período= Período ou série é cada uma das 7 linhas da tabela periódica, e indica o número de níveis
ocupados pelos elétrons. Por exemplo: o Gálio está localizado no 4° período, ou seja, ele possui 4 níveis
eletrônicos. Na tabela periódica, o gálio contém seguinte distribuição eletrônica: 2 - 8 - 18 - 3. Ou seja, no
primeiro nível, há 2 elétrons, no segundo 8, e assim por diante. Com exceção do primeiro período, todos
os demais começam com um metal alcalino e terminam com um gás nobre.

Os níveis de energia, são nomeados pelas letras de K até Q, sendo K o 1º, e Q o 7° (último).

Cada nível pode suportar um número máximo de elétrons:

K = 2; L = 8; M = 18; N = 32; O = 32; P = 18; Q = 8

O primeiro período da tabela periódica contém 2 elementos químicos, o segundo e o terceiro contém 8, o
quarto e o quinto contém 18, e o sexto e o sétimo contém 32.

Os elementos do primeiro período correspondem a 98% da massa de todo o Universo, com o hidrogênio
correspondendo a 75% e o hélio a 23%.

Tem as seguintes propriedades:

Densidade
Ponto de fusão e ebulição Energia de Ionização Afinidade eletrônica Eletropositividade
Eletronegatividade
Raio atômico.

g) Família= Uma das formas que os elementos químicos são organizados é através de famílias, que
correspondem as sequências verticais da tabela periódica. As 18 colunas da tabela agrupam os
elementos de acordo com as semelhanças nas propriedades químicas.Organizar os elementos químicos
em famílias foi uma maneira prática de estruturar as várias informações encontradas e apresentá-las de
maneira simples.

Para facilitar a localização de um elemento químico, as famílias foram designadas em números de 1 a 18


como vemos a seguir:

Famílias da Tabela Periódica

Pela contribuição de muitos cientistas e de várias tentativas de arranjar os dados, a tabela periódica
evoluiu, estabelecendo uma ordem para dispor os elementos.

Nomenclatura das famílias:


As famílias da tabela foram divididas em A (representativos) e B (transição), sendo identificadas por
letras e números.
Os elementos representativos correspondem as famílias 0, 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A e 7A.
Os elementos de transição correspondem as famílias 1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B e 8B.
Por determinação da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), as famílias passaram a ser
identificadas em grupos de 1 a 18.

5ª questão Qual é o período mais curto da Tabela Periódica? Quais são os períodos mais longos?
Os períodos diferem em comprimento, variando de 2 elementos, no primeiro período, o mais curto, a 32
elementos no sexto período, o mais longo.

6ª questão Pesquise sobre os seguintes itens:

a) Período
Período ou série é cada uma das 7 linhas da tabela periódica, e indica o número de níveis ocupados pelos
elétrons. Por exemplo: o Gálio está localizado no 4° período, ou seja, ele possui 4 níveis eletrônicos. Na tabela
periódica, o gálio contém seguinte distribuição eletrônica: 2 - 8 - 18 - 3.

b) Família
As famílias da tabela periódica são os grupos 1, 2, 13, 14, 15, 16, 17 e 18, dispostos de acordo com os
respectivos números atômicos e as propriedades físicas e químicas dos elementos. Esses grupos correspondem
às duas primeiras colunas verticais e as seis últimas colunas, também verticais, existentes na organização.

c) Organização de uma Tabela Periódica


A Tabela Periódica é organizada em ordem crescente de número atômico, sendo que as colunas são as famílias
e as linhas horizontais são os períodos. ... Por isso, a Tabela Periódica atual é organizada em linhas horizontais
em ordem crescente de número atômico.

d) Gases Nobre e informe a sua família


Os gases nobres são os elementos químicos pertencentes ao grupo 18 da Tabela Periódica, isto é, da família do
hélio. Todos são gasosos e possuem baixa reatividade. ... Esses elementos são: hélio (He), neônio (Ne), argônio
(Ar), criptônio (Kr) xenônio (Xe) e radônio (Rb).

e) Calcogênio, Halogêneo, metais alcalinos, Metais alcalinos Terrosos. Metais de Transição


Calcogênio é todo e qualquer elemento químico do grupo da Tabela Periódica 16 (6A). Juntos compõem a série
química de mesmas propriedades químicas. Este grupo é formado por: Oxigénio (O), Enxofre (S), Selênio (Se),
Telúrio (Te), Polônio (Po) e Livermório (Lv)

A série química dos halógenos é o grupo 17 da tabela periódica dos elementos, formado pelos seguintes
elementos: Flúor, Cloro, Bromo, Iodo(I), Astato e Tenesso. A palavra 'halógeno' provém do grego antigo e
significa aquilo que forma ou dá origem a sal

Os metais alcalinos são elementos químicos presentes no primeiro grupo da tabela periódica, chamado de
família 1A. Recebem esse nome pois eles reagem facilmente com a água, formando substâncias alcalinas

A série química dos metais alcalino terrosos (denominada de metais alcalinos-terrosos por livros mais antigos)
são os elementos químicos do grupo 2 (antiga família 2A) da tabela periódica, sendo formada pelos seguintes
elementos: Berílio (Be), Magnésio (Mg), Cálcio (Ca), Estrôncio (Sr), Bário (Ba) e Rádio (Ra)

Os elementos de transição ou metais de transição são definidos pela IUPAC como "Um elemento cujo átomo
possui um subnível d incompleto ou que possa vir a formar cátions com um subnível d incompleto" e são
representados na tabela pelo bloco D (grupo 3 ao 12)

7 ª questão. Preencha a Tabela abaixo:

Para realizar a distribuição deve

Existem 7 períodos e cada período podem possuir camadas

Exemplo de distribuição eletrônica H Z=1 1 🡪 K=1 somente possui 1 camada no 1 período


He Z=2 🡪 k= 2
K- 1 período 1 camada elementos químicos  H; He

K L 2 período 2 camadas🡪 Be Z=4 🡪 K-2 L -2 🡪 2 2

KL M 3 PERÍODO 3 CAMADAS 🡪 Na 🡪 Z= 11🡪 2 8 1


K L M N 4 PERÍODO 4 CAMADAS🡪 Ca 🡪 2 8 8 2
20

KLMNO 5 PERÍODO

KLMNOP 6 PERIODO 6 CAMADAS

KLMNOPQ 7 PERIODO 7 CAMADAS

Elemento Z- Número Período Família Peso Estado Distribuição GRUPO


químico atômico Grupo Atômic Físico Eletrônica
/Nome o
(g)

Na 11 3 1A 23 Sólido K=2 L=8 M=1 A


K 4 1A 39 Sólido K=2 L=8 M=8 A
19 N=1
Ca 4 2A 40 Sólido K=2 L=8 M=8 A
20 N=2
Cs 6 1A 133 Sólido K=2 L=8 M=18 A
55 N=18 O=8 P=1
As 33 4 5A 75 Sólido K=2 L=8 M=18 A
N=5

Mg 3 2A 24 Sólido K=2 L=8 M=2 A


12

Sr 38 5 2A 88 Sólido K=2 L=8 M=18 A


N=10
Kr
36 36 4 8A 84 Gasoso K=2 L=8 M=18
N=8
Xe 5 8A 131 Gasoso K= 2 L=8 A
54 M=18 N=18
O=8
Fe 26 4 8B 56 Sólidos B
Não Faz
Distribuição

Cr 24 4 6B 52 Sólido B
Não Faz
Distribuição

Hg 80 6 2B 200 Líquido Não Faz B


Distribuição

I 5 7A 127 Sólido K=2 L=8 A


53 M=18 N=18
0=7
Xe 5 8A 131 Gasoso K= 2 L=8 A
54 M=18 N=18
O=8
Ba 7 2A 137 Sólido K= 2 L=8 A
56 M=18 N=18
O=8 P=2

8 a Questão
(Cesgranrio-RJ) Dados os elementos de números atômicos 3, 9, 11, 12, 20, 37, 38, 47, 55, 56 e 75, a opção que só
contém metais alcalinos é:
a) 3, 11, 37 e 55 b) 3, 9, 37 e 55 c) 9, 11, 38 e 55 d) 12, 20, 38 e 56
e) 12, 37, 47 e 75

(Letra A)

9 a Questão
Assinale a única alternativa em que todos os elementos possuem propriedades semelhantes:
a) He, Ar, Rn. b) Li, Ni, Bi. c) Ba, Ra, Rn. d) Au, Hg, C?. e) C, Cs, Cd.

(Letra A)

10 a Questão
Na classificação periódica, os elementos Ca (cálcio, Z = 20), Br (bromo, Z = 35) e S (enxofre) são conhecidos,
respectivamente, como sendo das famílias dos:
a) Halogênios, calcogênios e gases nobres.
b) Metais alcalinos, metais alcalino terrosos e calcogênios.
c) Metais alcalinos, halogênios e calcogênios.
d) Metais alcalino terrosos, halogênios e calcogênios.
e) Halogênios, calcogênios e metais alcalinoterrosos.

(Letra D)

11a Questão
Faça a associação correta com respeito às famílias ou grupos da Tabela Periódica:
1. Metais Alcalinos A. Grupo 18 (7)

2. Metais Alcalino terrosos B. Grupo 17 (4)

3. Calcogênios C. Grupo 16 (3)

4. Halogênios D. Grupo 15 (7)

5. Família do Carbono E. Grupo 14 (5)

6. Família do Nitrogênio F. Grupo 1 (1)

7. Gases Nobres G. Grupo 2 (2)

8 ª questão.
Pesquise a toxicidade dos elementos químicos abaixo:
Metais Cr, H, Al, Hg Fe, Ni Zn
Cr-> A toxicidade das ligas e compostos de cromo varia significativamente. O metal cromo não tem
toxicidade. Compostos bi e trivalentes do cromo tem toxicidade de baixo nível. A exposição à poeira de
cromita ou de ligas de ferro-cromo pode causar doenças pulmonares, incluindo a pneumoconiose e
fibrose pulmonar.
Entre todos os compostos do cromo, apenas os sais hexavalentes são importantes riscos para a saúde.
O Cr6 + é mais facilmente assimilado pelas células do que qualquer outro estado de valência do metal. A
exposição ocupacional a estes compostos pode causar úlcera, dermatite, perfuração dos septos nasais e
lesões renais. Causa reações de hipersensibilidade na pele e necrose tubular renal. Exemplos de sais
hexavalentes são os cromatos e dicromatos de sódio, potássio e de outros metais. Os sais de cromo
hexavalentes solúveis em água são absorvidos pela corrente sanguínea através da inalação. Muitos
compostos de cromo (VI) são carcinogênicos, causando câncer pulmonar em animais e seres humanos, a
carcinogenicidade pode ser atribuída à conversão intracelular do Cr6 + para Cr3 +, que é biologicamente
mais ativo. O íon Cr trivalente pode se ligar ao ácido nucleico e assim iniciar a carcinogênese.

H -> O hidrogênio não é tóxico. No Brasil o anexo número 11 da Norma Regulamentadora 15 (NR 15),
considera o produto como asfixiante simples e não impõe limites de exposição, entretanto, no ambiente
de trabalho, deve-se garantir que a concentração mínima de oxigênio seja de 18% em volume. Mesmo
sem considerar o enorme risco de explosão, as situações na qual a concentração de oxigênio estiver
abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente. Em caso de super exposição ao
produto, ele pode causar asfixia e neste caso os sintomas são: náuseas, pressão na testa e nos olhos,
podendo ainda causar perda de consciência e morte.

Al -> A toxicidade ao alumínio é considerada um dos mais importantes problemas de toxicidade de


metais em solos ácidos com pH £ 5,0 (FOY et al., 1978; ANIOL, 1990; BENNET & BREEN, 1991), por
representar um fator limitante de crescimento para as plantas (FOY & FLEMING, 1976). Desde que,
praticamente, a metade dos solos aráveis não irrigados no mundo são ácidos, a toxicidade ao alumínio
representa um sério problema para a produção agrícola (MOUSTAKAS et al., 1993). Em solos tropicais e
subtropicais úmidos, com altas precipitações pluviométricas, nutrientes solúveis como cálcio, magnésio,
potássio e outros elementos básicos são lixiviados. Quando a remoção de cátions básicos é maior que
sua taxa de liberação pelas intempéries, o pH do solo diminui. A mineralização da matéria orgânica por
microorganismos do solo resulta na liberação de nitrato e hidrogênio, ocasionando a diminuição do pH.
Em pH baixo, o hidrogênio (H+) atua sobre os minerais liberando íons alumínio (Al3+) que ficam
predominantemente retidos pelas cargas negativas das partículas de argila do solo, em equilíbrio com o
Al3+ em solução. Assim, a quantidade de Al+3 em solução aumenta com a acidez do solo (BOHNEN,
1995). O Al3+, por sua vez, é um dos componentes mais importantes da acidez potencial do solo porque
reage com a água, liberando íons H+. A acidez potencial devido ao Al trocável é observada em pH £ 5,5.
Em solos com pH acima de 5,5, o Al encontra-se em formas precipitadas (JONES, 1979; BOHNEN, 1995).
O processo natural de acidificação do solo é muitas vezes intensificado por práticas agrícolas, pela
mineração e por práticas de descarte de resíduos (FOY et al., 1978; RAO et al., 1993). No que se refere aos
efeitos da agricultura, pode-se salientar que todos resíduos de plantas orgânicas, fertilizantes a base de
nitrogênio-fósforo-potássio e materiais nitrogenados são fontes de acidez (JONES, 1979; BOHNEN, 1995).
Problemas de acidificação do solo podem ser corrigidos por calagem, num processo que neutraliza os
íons H+ e Al3+. Entretanto, a aplicação de calcário na superfície do solo não soluciona os problemas de
acidez nas camadas inferiores e a calagem a grandes profundidades geralmente não é possível por
apresentar problemas técnicos e econômicos. Por estas razões, o uso de cultivares tolerantes ao Al
torna-se a estratégia mais efetiva para a produção de culturas economicamente importantes em solos
ácidos (FOY, 1984). A alta acidez dos solos do Sul do Brasil, associada a uma grande concentração de
alumínio, representa um sério problema para a adaptação de diferentes cereais. Por ser um problema
regional, este assunto não tem merecido a atenção destacada de pesquisadores do hemisfério norte. A
correção do solo por calagem vem sendo realizada, e têm auxiliado bastante na redução dos efeitos
deletérios do Al. Entretanto, para algumas culturas, como é o caso da cevada, anos em que ocorre
redução da precipitação pluviométrica, especialmente no período da granação e imediatamente anterior, a
impossibilidade das plantas de ultrapassarem a relativamente fina camada do solo em busca de água tem
causado acentuadas quebras de safra. Por esse motivo, os efeitos da toxidez do Al, o estabelecimento de
metodologias adequadas para a avaliação de genótipos tolerantes e o controle genético da tolerância a
este metal têm sido amplamente estudados em plantas de interesse agronômico para o Sul do Brasil, na
tentativa de se obter cultivares tolerantes a esse metal (PRIOLI et al., 1985; CAMBRAIA & CAMBRAIA,
1995; DORNELLES et al., 1996, 1997).
Hg -> O mercúrio sob forma liquida é extremamente volátil e quando inalados, podem facilmente
atravessar a membrana alveolar até atingir a circulação sanguínea. No sangue, fígado e rins o mercúrio e
oxidado a forma divalente (mercúrio iônico) pelo complexo chamado hidrogênio peróxido catalise. Este
tipo de mercúrio representa a maior fonte de intoxicação verificada em laboratórios industriais e de
pesquisa. Esta forma e também liberada por evaporação na boca de pacientes que possuem amalgamas
dentários preparados com mercúrio, o que pode resultar em uma intoxicação. Além disto, dentistas e
pessoas ligadas a odontologia podem também se contaminar quando o amalgama de mercúrio.

Dentre os compostos de mercúrio orgânico, o metilmercurio é o mais tóxico que as formas metálicas,
sendo responsável pelos danos mais importantes a saúde, observados em humanos. Isto se deve,
provavelmente, a sua lenta eliminação. Vários estudos têm demonstrado os efeitos neurotóxicos do
metilmercurio em populações expostas a este contaminante. Como exemplo podemos citar os resultados
obtidos em uma população ribeirinha da Bacia Amazônica, vivendo na localidade de Brasília Legal,
exposta ao metilmercurio. Avaliando-se as funções visuais e motoras de tais indivíduos, através de uma
bateria de testes neurofuncionais sensíveis, observou-se um decréscimo de tais funções relacionado
com um aumento nos níveis de mercúrio no cabelo, sendo que estas manifestações se fizeram presentes
com níveis de mercúrio abaixo de 50 mg/g.

Apesar dos distúrbios neurológicos estarem mais relacionados a contaminação por mercúrio orgânico
(principalmente metilmercurio), alguns estudos tem demonstrado uma relação do mercúrio metálico com
sintomas neurológicos, como a insônia. A insônia e reconhecida entre um dos sintomas de contaminação
crônica do mercúrio há vários anos e desde os primeiros estudos ela vem sendo relacionada a
irritabilidade, dificuldade na concentração, perda de memória, apatia e baixa estima acentuada.
Acredita-se que estas alterações no ciclo de sono possam ser explicadas por um severo prejuízo
neuropatológico, incluindo múltiplos circuitos neurais, associados com a absorção e a ação do mercúrio
pelo sistema nervoso central.

Evidencias em um numero grande de fontes indicam que a exposição crônica a baixas concentrações de
metais pesados, incluindo o mercúrio, resulta em disfunções imunológicas. Tais disfunções podem gerar
deficiências imunoregulatorias, portanto, o mercúrio pode ser capaz de desencadear doenças
imunológicas (como doença auto-imune) ou promover infecção crônica, além do mais, existe a
possibilidade de que a disfunção imune possa influenciar no desenvolvimento e progressão do câncer.

Fe -> O ferro em excesso é tóxico. O ferro reage com peróxido produzindo radicais livres. A reação mais
importante é:
Fe2+ + H2O2 → Fe3+ + OH- + OH·
Porém esta mesma reação pode ter aplicação científica e industrial, na chamada Reação de Fenton.

Quando o ferro se encontra nos níveis normais, os mecanismos antioxidantes do organismo podem
controlar este processo. A dose letal de ferro em crianças de 2 anos é de 3 gramas. 1 grama pode
provocar um envenenamento importante. O envenenamento por ferro é denominado hemocromatose. O
ferro em excesso se acumula no fígado, provocando danos neste órgão.

Ni-> A exposição ao metal níquel e seus compostos solúveis não deve superar aos 0,05 mg/cm³, medidos
em níveis de níquel equivalente para uma exposição laboral de 8 horas diárias e 40 horas semanais.

O níquel tetracarbonilo (Ni(CO)4), gerado durante o processo de obtenção do metal, é um gás


extremamente tóxico.

As pessoas sensíveis podem manifestar alergias ao níquel. A quantidade de níquel admissível em


produtos que podem entrar em contato com a pele está regulamentada na União Europeia. Apesar disso,
a revista Nature publicou em 2002 um artigo em que os pesquisadores afirmaram haver encontrado em
moedas de 1 e 2 euros níveis superiores aos permitidos.
Zn -> Embora o zinco seja um requisito essencial para uma boa saúde, o excesso dele pode ser
prejudicial. Absorção excessiva de zinco suprime a absorção de cobre e de ferro. O zinco metálico não é
considerado tóxico, porém alguns de seus compostos, como o óxido e o sulfeto, são nocivos.

Na década de 40 observou-se que na superfície do aço galvanizado formava-se, com o tempo, pelos de
zinco (zinc whiskers) que, liberados ao ambiente, provocavam curtos-circuitos e falhas em componentes
eletrônicos. Estes pelos se formam após um período de incubação que pode durar dias ou anos, e
crescem num ritmo da ordem de 1 mm por ano.

Envenenamento

Moeda de um cent (1982)


Em 1982, a Casa da Moeda dos Estados Unidos começou a cunhar moedas de um centavo revestidas de
cobre, mas feitas principalmente de zinco. Com as moedas de zinco novas, há o potencial para a
intoxicação por zinco, que pode ser fatal. Um caso relatado da ingestão crônica de 425 moedas de um
centavo (mais de 1 kg de zinco) resultou em morte por sepse bacteriana e fúngica gastrointestinal,
enquanto outro paciente, que ingeriu 12 gramas de zinco, só mostrou letargia e ataxia (falta grave de
coordenação dos movimentos dos músculos). Vários outros casos foram relatados de seres humanos
que sofreram intoxicação pela ingestão de moedas de zinco.

As moedas de pequeno porte são, por vezes, ingeridas por cães, resultando na necessidade de
tratamento médico para remover o corpo estranho. O teor de zinco de algumas moedas pode causar
intoxicação por zinco, que é comumente fatal em cães, pois causa uma anemia hemolítica grave, e
também causa danos no fígado ou nos rins. Vômitos e diarreia são sintomas possíveis. O zinco é
altamente tóxico em papagaios e o envenenamento pode muitas vezes ser fatal.

Não Metais Br, Cl, F, I

Br -> O bromo é altamente tóxico e em pequenas quantidades (10 ppm), tanto por via dérmica como
inalado, pode causar problemas imediatos de saúde ou morte. É muito irritante tanto para os olhos como
para a garganta; em contato com a pele ocasiona inflamações dolorosas. Seu manuseio impróprio pode
supor um sério risco a saúde, requerendo máxima precaução de segurança quando do seu manejo.

CI -> O cloro é um gás altamente tóxico e corrosivo na presença de umidade, agindo principalmente nos
olhos e sistema respiratório, exercendo uma ação corrosiva e causando grande irritação. Mesmo em
baixa concentração sua presença no ar é imediatamente detectada devido ao seu odor irritante e
penetrante. A exposição ao cloro em concentrações baixas, causa irritação dos olhos, nariz e garganta,
tosse, dificuldades respiratórias e coceira na pele. podem ocasionar forte irritação dos olhos e pálpebras,
inflamação e congestão dos sistemas respiratórios e cardiovasculares. No Brasil o anexo número 11 da
Norma Regulamentadora 15 (NR 15), impõe um limite de 0,8 ppm (2,3 mg/m3) para até 48 horas de
exposição semanais; considerando ainda o grau máximo de insalubridade em caso de sua
caracterização.

F -> Flúor em excesso pode se acumular nos dentes e ossos, causando fluorose. Água potável contendo
> 10 ppm é a causa comum. Dentes permanentes que se desenvolvem durante alta ingestão de flúor têm
mais probabilidade de serem afetados. A exposição deve ser muito maior para afetar dentes decíduos.

Os primeiros sinais da toxicidade de flúor são:

Manchas giz-branco irregularmente distribuídas na superfície do esmalte


Essas manchas se tornam amarelas ou marrons, produzindo uma aparência característica matizada. A
toxicidade grave enfraquece o esmalte, marcando sua superfície. Mudanças ósseas como osteosclerose,
exostose da espinha e joelho valgo podem se desenvolver, mas apenas em adultos, depois de um longo
período de ingestão de flúor. O tratamento da toxicidade de flúor envolve redução da ingestão de flúor; p.
ex., em áreas em que água contém alto nível de flúor, os pacientes não devem tomar água fluoretada nem
suplementos com flúor. As crianças devem ser ensinadas a não engolir as pastas de dente.
I -> O limite superior recomendado de ingestão de zinco para adultos é de 40 mg/dia; o limite superior é
mais baixo para pessoas jovens. A toxicidade é rara. Ingestões de 100 a 150 mg/dia por períodos
prolongados interferem no metabolismo do cobre e ocasionam níveis baixos desse elemento no sangue,
microcitose de eritrócitos, neutropenia e imunidade deficiente; doses mais altas só devem ser
administradas por períodos curtos e o paciente deve ser bem monitorado. A ingestão de grandes
quantidades (200 a 800 mg/dia), geralmente consumindo alimentos ou bebidas ácidas de um recipiente
galvanizado (revestido com uma camada de zinco), pode causar vômitos e diarreia. Toxicidade crônica
pode resultar em deficiência de cobre e pode causar danos nos nervos. A febre por fuligem de metal,
também chamada de febre dos fundidores de metal ou tremores por zinco, é causada pela inalação de
fuligem industrial de óxido de zinco e resulta em febre, dispneia, náuseas, cansaço e mialgias. O início
dos sintomas geralmente ocorre entre 4 e 12 h após a exposição. Os sintomas desaparecem depois de 12
a 24 h em um ambiente livre de zinco.

O diagnóstico da toxicidade do zinco geralmente baseia-se no período de tempo e história de exposição.

O tratamento da toxidade do zinco consiste na eliminação da exposição ao zinco; não há antídotos


disponíveis.

Boa sorte!

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