Questões ENEM - Linguagens
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“Nas discussões políticas, os robôs têm sido usados por todo o espectro partidário não
apenas para conquistar seguidores, mas também para conduzir ataques a opositores e
forjar discussões artificiais. Eles manipulam debates, criam e disseminam notícias falsas
e influenciam a opinião pública, postando e replicando mensagens em larga escala. O
estudo demonstra de forma clara o potencial danoso dessa prática para a disputa política
e o debate público”, diz o diretor da FGV/DAPP, Marco Aurélio Ruediger.
A) linguagens comuns.
B) diferentes redes sociais.
C) informações falsas.
D) opiniões políticas.
E) figuras públicas.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital
O gramático tem uma percepção muito estrita da língua. Ele se vê como alguém que tem
de defender a língua da mudança. O problema é que eles, ao se esforçarem para que as
pessoas obedeçam às normas da língua, não viram que estavam dando um cala-boca no
cidadão brasileiro. Como se dissessem: “Tem de falar e escrever de acordo com as
regras. Não fale errado!”. E as pessoas, com medo de não conseguir, falam e escrevem
pouco. O dono da língua é o falante, não o gramático. Aprendemos com o falante a
língua como ele fala e procuramos saber por que está falando de um jeito ou de outro.
Dizer que está falando errado não é uma atitude científica, de descoberta. A linguística
substituiu o cala-boca ao prazer da descoberta científica. Foi só com a linguística que se
ampliou o olhar e se passou a considerar que qualquer assunto é digno de estudo.
Entrevista de Ataliba de Castilho. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017 (adaptado).
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de luto, reuniu os negros no
pátio da casa-grande e falou para eles. A voz não era mais aquela voz mansa de outros
tempos. Agora Seu Lula era o dono de tudo. O feitor, o negro Deodato, recebera as suas
instruções aos gritos. Seu Lula não queria vadiação naquele engenho. Agora, todas as
tardes, os negros teriam que rezar as ave-marias. Negro não podia mais andar de reza
para S. Cosme e S. Damião. Aquilo era feitiçaria. [...]
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na modernidade e implicam a
convergência de uma série de elementos: as tecnologias, para tanto, vão se
desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos produtos e serviços voltados para o
corpo vai se expandindo; a higiene que fundamentava esses cuidados vai sendo
substituída pelos prazeres do “corpo”, implicação lógica do processo de secularização,
no qual há a identificação da personalidade dos indivíduos com sua aparência. Por todas
essas circunstâncias, o cuidado com o corpo transforma-se numa ditadura do corpo, um
corpo que corresponda à expectativa desse tempo, um corpo que seja trabalhado
arduamente e do qual os vestígios de naturalidade sejam eliminados.
SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo
arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em
nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo
predominantemente feminino. Homens que dançam são geralmente considerados
homossexuais, por não se enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de
gênero e sexualidade. Por outro lado, demonstram a não existência de um único tipo de
masculinidade, enfatizando que as identidades humanas são múltiplas e plurais. No
contexto da dança, as representações hegemônicas de gênero e as regulações sociais que
essas impõem não se manifestam de forma igual em todas as modalidades de dança.
Persiste essa forte representação cultural ocidental que associa o balé à feminilidade e à
homossexualidade. Em outras danças, ela não se revela tão forte, e os homens não
aparecem em menor número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no moderno
hip hop.
ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea.
Movimento, n. 1, 2011 (adaptado).
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Pessoal intransferível
Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo
sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos
maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. Nada no bolso e nas mãos. Sabendo:
perigoso, divino, maravilhoso.
Poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. Difícil é
não correr com os versos debaixo do braço. Difícil é não cortar o cabelo quando a barra
pesa. Difícil, pra quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é
nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos
sorridentes. E sair por aí, ainda por cima sorridente mestre de cerimônias, “herdeiro” da
poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuam levando, graças a Deus.
E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: leve um homem e um
boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi.
Adeusão.
TORQUATO NETO. Melhores poemas de Torquato Neto. São Paulo: Global, 2018.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Caso pluvioso
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Inspirado nas cartas de Mário de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, o autor
dá a esse material uma releitura criativa, atribuindo-lhe um remetente ficcional. O
resultado é um texto de expressividade centrada na
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Tornou-se perigoso o emprego da palavra felicidade desde seu mau uso pela
propaganda. Os que se negam a usá-la acreditam liberar os demais dos desvios das
falsas necessidades, das bugigangas que se podem comprar em shoppings grã-finos ou
em camelôs na beira da calçada, que, juntos, sustentam a indústria cultural da felicidade
à qual foi reduzido o que, antes, era o ideal ético de uma vida justa. Infelicidade poderia
ser o nome próprio desse novo estado da alma humana que se perdeu de si ao perder-se
do sentido do que está a fazer. Desespero é um termo ainda mais agudo quando se trata
da perda do sentido das ações pela perda da capacidade de reflexão sobre o que se faz.
A felicidade publicitária está ao alcance dos dedos e não promete um depois. Resulta
disso a massa de “desesperados” trafegando como zumbis nos shoppings e nas
farmácias do país em busca de alento.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Tempo: 1 h 46 min;
Brasil, 2016.
O primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos, conhecido por seus mais de
12 milhões de assinantes no YouTube, estreou para o público brasileiro que curte as
esquetes na internet. O desafio do grupo foi transformar os vídeos curtos em um longa
para o cinema, que, apesar de grande investimento do elenco e dos produtores, não
empolga tanto. O enredo conta com a dupla Rodrigo (F. Porchat) e Miguel (G.
Duvivier), que, vencedores em Cannes, no auge de suas carreiras, decidem assinar um
contrato vitalício em que o ator Rodrigo deverá participar de todos os filmes do
produtor Miguel. A produção do filme maluco conta com o ótimo elenco do Porta dos
Fundos: uma famosa blogueira, um jornalista de fofoca, um agente de celebridades, uma
diretora de elenco radical, um detetive, um ajudante e atores. O ponto forte do filme é
satirizar justamente o mundo das celebridades da internet e do cinema, ou seja, eles
mesmos neste momento.
Nesse texto, um trecho que traz uma marca linguística da função avaliativa da resenha é
A) “Porta dos Fundos: contrato vitalício; Diretor: Ian SBF; Tempo: 1 h 46 min;
Brasil, 2016.”
B) “O primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos [...] estreou para o
público brasileiro que curte as esquetes na internet.”
C) “O enredo conta com a dupla Rodrigo (F. Porchat) e Miguel (G. Duvivier) [...]”.
D) “[...] o ator Rodrigo deverá participar de todos os filmes do produtor Miguel.”
E) “A produção do filme maluco conta com o ótimo elenco do Porta dos Fundos
[...]”.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital
Disponível em: www.ricmais.com.br. Acesso em: 10 nov. 2011 (adaptado).
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Assim, está nascendo dentro da língua portuguesa, e provavelmente dentro de todas as
demais línguas, uma nova linguagem, a linguagem radiofônica. Como a dos
engenheiros, como a dos gatunos, como a dos amantes, como a usada pela mãe com o
filho que ainda não fala, essa linguagem radiofônica tem suas características próprias
determinadas por exigências ecológicas e técnicas.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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Os quatro membros da banda embarcaram no metrô de Nova Iorque, ligaram seus
celulares e começaram a tocar a música Take me Out sem nenhum tipo de anúncio,
filmando a apresentação com outros aparelhos de telefone. O vídeo resultante foi
sucesso no YouTube com mais de 2 milhões de visualizações.
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame
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TEXTO I
Cinema Novo
E começaram a se configurar
VELOSO, C.; GIL, G. In: Tropicália 2. Rio de Janeiro: Polygram, 1993 (fragmento).
TEXTO II
Uma das aspirações do Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro dos anos
1960, incorporadas pela letra da canção e detectáveis no texto de Glauber Rocha, está na