RJEU - DL N.º 555 - 99, de 16 de Dezembro
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º 555/99, de 16 de Dezembro
[ Nº de artigos:146 ]
DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro (versão actualizada)
SUMÁRIO
Estabelece o regime jurídico da urbanização e edificação
__________________________
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decurso da sua execução a obra tenha sido inspeccionada ou vistoriada pelo menos uma vez.
Manifesta-se, aqui, uma clara opção pelo reforço da fiscalização em detrimento do controlo prévio,
na expectativa de que este regime constitua um incentivo à reestruturação e modernização dos
serviços municipais de fiscalização de obras.
Para além da definição das condições legais do início dos trabalhos, em conjugação com o novo
regime de garantias dos particulares, estabelece-se um conjunto de regras que acompanham todas as
fases da execução de uma operação urbanística.
No que respeita à utilização e conservação do edificado, foram recuperadas e actualizadas
disposições dispersas por diversos diplomas legais, designadamente o Regulamento Geral das
Edificações Urbanas e a Lei das Autarquias Locais, obtendo-se assim um ganho de sistematização e de
articulação das normas respeitantes às tradicionais atribuições municipais de polícia das edificações
com as relativas aos seus poderes de tutela da legalidade urbanística.
No domínio da fiscalização da execução das operações urbanísticas estabelece-se uma distinção clara
entre as acções de verificação do cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis e
de repressão das infracções cometidas, distinguindo neste último caso as sanções propriamente ditas
das medidas de tutela da legalidade urbanística.
Quanto a estas medidas, e porque a sua função é única e exclusivamente a de reintegrar a legalidade
urbanística violada, estabelece-se um regime que, sem diminuir a intensidade dos poderes atribuídos
às entidades fiscalizadoras, submete o seu exercício ao cumprimento estrito do princípio da
proporcionalidade.
Merece especial destaque a este propósito o reconhecimento da natureza provisória do embargo de
obras, cuja função é a de acautelar a utilidade das medidas que, a título definitivo, reintegrem a
legalidade urbanística violada, incluindo nestas o licenciamento ou autorização da obra.
Procura-se assim evitar o prolongamento indefinido da vigência de ordens de embargo que, a
pretexto da prossecução do interesse público, consolidam situações de facto que se revelam ainda
mais prejudiciais ao ambiente e à qualidade de vida dos cidadãos do que aquelas que o próprio
embargo procurava evitar.
Em matéria de garantias, procede-se à alteração da função do deferimento tácito nas operações
urbanísticas sujeitas a licenciamento, sem que daí advenha qualquer prejuízo para os direitos dos
particulares.
Com efeito, na sequência da revisão do artigo 268.º da CRP propõe-se a substituição da intimação
judicial para a emissão do alvará pela intimação judicial para a prática de acto legalmente devido
como instrumento privilegiado de protecção jurisdicional.
Significa isto que deixa de ser necessário ficcionar a existência de um acto tácito de deferimento do
projecto para permitir o recurso do requerente aos tribunais para a obtenção de uma intimação
judicial para a emissão do alvará.
O particular pode agora recorrer aos tribunais no primeiro momento em que se verificar o silêncio da
Administração, já não lhe sendo exigível que percorra todas as fases do procedimento com base em
sucessivos actos de deferimento tácito, com os riscos daí inerentes.
E, se o silêncio da Administração só se verificar no momento da emissão do alvará, o particular
dispõe do mesmo mecanismo para obter uma intimação para a sua emissão.
O deferimento tácito tem, assim, a sua função restrita às operações sujeitas a mera autorização, o
que também é reflexo da maior concretização da posição jurídica do particular e da consequente
menor intensidade do controlo prévio da sua actividade.
Diferentemente do que acontece hoje, porém, nestes casos o particular fica dispensado de recorrer
aos tribunais, podendo dar início à execução da sua operação urbanística sem a prévia emissão do
respectivo alvará desde que se mostrem pagas as taxas urbanísticas devidas.
Propõe-se igualmente um novo regime das taxas urbanísticas devidas pela realização de operações
urbanísticas, no sentido de terminar com a polémica sobre se no licenciamento de obras particulares
pode ou não ser cobrada a taxa pela realização, manutenção e reforço das infra-estruturas
urbanísticas actualmente prevista no artigo 19.º, alínea a), da Lei das Finanças Locais, clarificando-se
que a realização daquelas obras está sujeita ao pagamento da aludida taxa, sempre que pela sua
natureza impliquem um acréscimo dos encargos públicos de realização, manutenção e reforço das
infra-estruturas e serviços gerais do município equivalente ou até mesmo superior ao que resulta do
licenciamento de uma operação de loteamento urbano.
Sujeita-se, assim, a realização de obras de construção e de ampliação ao pagamento daquela taxa,
excepto se as mesmas se situarem no âmbito de uma operação de loteamento urbano onde aquelas
taxas já tenham sido pagas.
Desta forma se alcança uma solução que, sem implicar com o equilíbrio precário das finanças
municipais, distingue de forma equitativa o regime tributário da realização de obras de construção
em função da sua natureza e finalidade.
Pelas mesmas razões, se prevê que os regulamentos municipais de taxas possam e devam distinguir o
montante das taxas devidas, não apenas em função das necessidades concretas de infra-estruturas e
serviços gerais do município, justificadas no respectivo programa plurianual de investimentos, como
também em função dos usos e tipologias das edificações e, eventualmente, da respectiva localização.
Tendo sido ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses, foram ouvidos os órgãos de
Governo próprio dos Regiões Autónomas.
Assim, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 1.º da Lei n.º 110/99, de 3 de Agosto,
e nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
CAPÍTULO I
Disposições preliminares
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Artigo 1.º
Objeto
O presente diploma estabelece o regime jurídico da urbanização e da edificação.
Artigo 2.º
Definições
Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
a) «Edificação», a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou
conservação de um imóvel destinado a utilização humana, bem como de qualquer outra construção
que se incorpore no solo com caráter de permanência;
b) «Obras de construção», as obras de criação de novas edificações;
c) «Obras de reconstrução», as obras de construção subsequentes à demolição, total ou parcial, de
uma edificação existente, das quais resulte a reconstituição da estrutura das fachadas;
d) «Obras de alteração», as obras de que resulte a modificação das características físicas de uma
edificação existente, ou sua fração, designadamente a respetiva estrutura resistente, o número de
fogos ou divisões interiores, ou a natureza e cor dos materiais de revestimento exterior, sem
aumento da área total de construção, da área de implantação ou da altura da fachada;
e) «Obras de ampliação», as obras de que resulte o aumento da área de implantação, da área total
de construção, da altura da fachada ou do volume de uma edificação existente;
f) «Obras de conservação», as obras destinadas a manter uma edificação nas condições existentes à
data da sua construção, reconstrução, ampliação ou alteração, designadamente as obras de restauro,
reparação ou limpeza;
g) «Obras de demolição», as obras de destruição, total ou parcial, de uma edificação existente;
h) «Obras de urbanização», as obras de criação e remodelação de infraestruturas destinadas a servir
diretamente os espaços urbanos ou as edificações, designadamente arruamentos viários e pedonais,
redes de esgotos e de abastecimento de água, eletricidade, gás e telecomunicações, e ainda espaços
verdes e outros espaços de utilização coletiva;
i) «Operações de loteamento», as ações que tenham por objeto ou por efeito a constituição de um
ou mais lotes destinados, imediata ou subsequentemente, à edificação urbana e que resulte da
divisão de um ou vários prédios ou do seu reparcelamento;
j) «Operações urbanísticas», as operações materiais de urbanização, de edificação, utilização dos
edifícios ou do solo desde que, neste último caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários,
florestais, mineiros ou de abastecimento público de água;
l) «Obras de escassa relevância urbanística», as obras de edificação ou demolição que, pela sua
natureza, dimensão ou localização tenham escasso impacte urbanístico;
m) «Trabalhos de remodelação dos terrenos», as operações urbanísticas não compreendidas nas
alíneas anteriores que impliquem a destruição do revestimento vegetal, a alteração do relevo natural
e das camadas de solo arável ou o derrube de árvores de alto porte ou em maciço para fins não
exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais ou mineiros;
n) [Revogada];
o) «Zona urbana consolidada», a zona caracterizada por uma densidade de ocupação que permite
identificar uma malha ou estrutura urbana já definida, onde existem as infraestruturas essenciais e
onde se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edificações em continuidade.
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b) Pormenorizar, sempre que possível, os aspetos que envolvam a formulação de valorações próprias
do exercício da função administrativa, em especial os aspetos morfológicos e estéticos a que devem
obedecer os projetos de urbanização e edificação, assim como as condições exigíveis para avaliar a
idoneidade da utilização dos edifícios e suas frações;
c) Disciplinar os aspetos relativos ao projeto, execução, receção e conservação das obras e serviços
de urbanização, podendo, em particular, estabelecer normas para o controlo da qualidade da
execução e fixar critérios morfológicos e estéticos a que os projetos devam conformar-se;
d) Disciplinar os aspetos relativos à segurança, funcionalidade, economia, harmonia e equilíbrio
socioambiental, estética, qualidade, conservação e utilização dos edifícios, suas frações e demais
construções e instalações;
e) Fixar os critérios e trâmites do reconhecimento de que as edificações construídas se conformam
com as regras em vigor à data da sua construção, assim como do licenciamento ou comunicação
prévia de obras de reconstrução ou de alteração das edificações para efeitos da aplicação do regime
da garantia das edificações existentes;
f) Fixar os montantes das taxas a cobrar;
g) Indicar a instituição e o número da conta bancária do município onde é possível efetuar o depósito
dos montantes das taxas devidas, identificando o órgão à ordem do qual é efetuado o pagamento;
h) Condições a observar na execução de operações urbanísticas objeto de comunicação prévia;
i) Determinar quais os atos e operações que devem estar submetidos a discussão pública,
designadamente, concretizar as operações de loteamento com significativa relevância urbanística e
definir os termos do procedimento da sua discussão;
j) Regular outros aspetos relativos à urbanização e edificação cuja disciplina não esteja reservada
por lei a instrumentos de gestão territorial.
3 - Os projetos dos regulamentos referidos no n.º 1 são submetidos a discussão pública, por prazo não
inferior a 30 dias, antes da sua aprovação pelos órgãos municipais.
4 - Os regulamentos referidos no n.º 1 são objeto de publicação na 2.ª série do Diário da República,
sem prejuízo das demais formas de publicidade previstas na lei.
CAPÍTULO II
Controlo prévio
SECÇÃO I
Âmbito e competência
Artigo 4.º
Licença, comunicação prévia e autorização de utilização
1 - A realização de operações urbanísticas depende de licença, comunicação prévia com prazo,
adiante designada abreviadamente por comunicação prévia ou comunicação, ou autorização de
utilização, nos termos e com as exceções constantes da presente secção.
2 - Estão sujeitas a licença administrativa:
a) As operações de loteamento;
b) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos em área não abrangida por
operação de loteamento;
c) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área não abrangida por operação de
loteamento ou por plano de pormenor;
d) As obras de conservação, reconstrução, ampliação, alteração ou demolição de imóveis
classificados ou em vias de classificação, bem como de imóveis integrados em conjuntos ou sítios
classificados ou em vias de classificação, e as obras de construção, reconstrução, ampliação,
alteração exterior ou demolição de imóveis situados em zonas de proteção de imóveis classificados
ou em vias de classificação;
e) Obras de reconstrução das quais resulte um aumento da altura da fachada ou do número de pisos;
f) As obras de demolição das edificações que não se encontrem previstas em licença de obras de
reconstrução;
g) [Revogada];
h) As obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração ou demolição de imóveis em áreas
sujeitas a servidão administrativa ou restrição de utilidade pública, sem prejuízo do disposto em
legislação especial;
i) Operações urbanísticas das quais resulte a remoção de azulejos de fachada, independentemente
da sua confrontação com a via pública ou logradouros;
j) As demais operações urbanísticas que não estejam sujeitas a comunicação prévia ou isentas de
controlo prévio, nos termos do presente diploma.
3 - A sujeição a licenciamento dos atos de reparcelamento da propriedade de que resultem parcelas
não destinadas imediatamente a urbanização ou edificação depende da vontade dos proprietários.
4 - Estão sujeitas a comunicação prévia as seguintes operações urbanísticas:
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a) As obras de reconstrução das quais não resulte um aumento da altura da fachada ou do número de
pisos;
b) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos em área abrangida por
operação de loteamento;
c) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área abrangida por operação de
loteamento ou plano de pormenor;
d) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em zona urbana consolidada que respeitem
os planos municipais ou intermunicipais e das quais não resulte edificação com cércea superior à
altura mais frequente das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se integra a nova
edificação, no troço de rua compreendido entre as duas transversais mais próximas, para um e para
outro lado;
e) A edificação de piscinas associadas a edificação principal;
f) As operações urbanísticas precedidas de informação prévia favorável, nos termos dos n.os 2 e 3 do
artigo 14.º
g) [Revogada].
h) [Revogada].
i) As obras resultantes de uma intimação da câmara municipal, nos termos previsto no artigo 90.º-A.
5 - Está sujeita a autorização a utilização dos edifícios ou suas frações, bem como as alterações da
utilização dos mesmos.
6 - Nas operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia pode o interessado, no requerimento
inicial, optar pelo regime de licenciamento.
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SECÇÃO II
Formas de procedimento
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 8.º
Procedimento
1 - O controlo prévio das operações urbanísticas obedece às formas de procedimento previstas na
presente secção, devendo ainda ser observadas as condições especiais de licenciamento previstas na
secção iii do presente capítulo.
2 - Sem prejuízo das competências do gestor de procedimento, a direção da instrução do
procedimento compete ao presidente da câmara municipal, podendo ser delegada nos vereadores,
com faculdade de subdelegação nos dirigentes dos serviços municipais.
3 - Cada procedimento é acompanhado por gestor de procedimento, a quem compete assegurar o
normal desenvolvimento da tramitação processual, acompanhando, nomeadamente, a instrução, o
cumprimento de prazos, a prestação de informação e os esclarecimentos aos interessados.
4 - O comprovativo eletrónico de apresentação do requerimento de licenciamento, informação prévia
ou comunicação prévia contém a identificação do gestor do procedimento, bem como a indicação do
local, do horário e da forma pelo qual pode ser contactado.
5 - Em caso de substituição do gestor de procedimento, é notificada ao interessado a identidade do
novo gestor, bem como os elementos referidos no número anterior.
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Artigo 9.º
Requerimento e comunicação
1 - Salvo disposição em contrário, os procedimentos previstos no presente diploma iniciam-se através
de requerimento ou comunicação apresentados com recurso a meios eletrónicos e através do sistema
previsto no artigo anterior, dirigidos ao presidente da câmara municipal, dos quais devem constar a
identificação do requerente ou comunicante, incluindo o domicílio ou sede, bem como a indicação
da qualidade de titular de qualquer direito que lhe confira a faculdade de realizar a operação
urbanística.
2 - Do requerimento ou comunicação consta igualmente a indicação do pedido ou objeto em termos
claros e precisos, identificando o tipo de operação urbanística a realizar por referência ao disposto
no artigo 2.º, bem como a respetiva localização.
3 - Quando respeite a mais de um dos tipos de operações urbanísticas referidos no artigo 2.º
diretamente relacionadas, devem ser identificadas todas as operações abrangidas, aplicando-se
neste caso a forma de procedimento correspondente a cada tipo de operação, sem prejuízo da
tramitação e apreciação conjunta.
4 - O pedido ou comunicação é acompanhado dos elementos instrutórios previstos em portaria
aprovada pelos ministros responsáveis pelas obras públicas e pelo ordenamento do território, para
além dos documentos especialmente referidos no presente diploma.
5 - [Revogado].
6 - Com a apresentação de requerimento ou comunicação, ou nas situações referidas no n.º 6 do
artigo anterior, quando cesse a inexistência ou indisponibilidade, é emitido comprovativo eletrónico.
7 - No requerimento inicial pode o interessado solicitar a indicação das entidades que, nos termos da
lei, devam emitir parecer, autorização ou aprovação relativamente ao pedido apresentado, sendo-lhe
prestada tal informação no prazo de 15 dias, através do sistema informático a que se refere o artigo
anterior, sem prejuízo do disposto no artigo 121.º
8 - O disposto no número anterior não se aplica nos casos de rejeição liminar do pedido, nos termos
do disposto no artigo 11.º
9 - O gestor do procedimento regista no processo a junção subsequente de quaisquer novos
documentos e a data das consultas a entidades exteriores ao município e da receção das respetivas
respostas, quando for caso disso, bem como a data e o teor das decisões dos órgãos municipais.
10 - A substituição do requerente ou comunicante, do titular do alvará de construção ou do título de
registo emitidos pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.), do responsável por
qualquer dos projetos apresentados, do diretor de obra ou do diretor de fiscalização de obra deve
ser comunicada ao gestor do procedimento para que este proceda ao respetivo averbamento no
prazo de 15 dias a contar da data da substituição.
11 - Cabe ao gestor do procedimento verificar a adequação das habilitações do titular do alvará de
construção ou do título de registo emitidos pelo InCI, I. P., à natureza e à estimativa de custo da
operação urbanística.
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mesmas ser comunicadas à associação pública de natureza profissional onde o técnico está inscrito
ou ao organismo público legalmente reconhecido no caso dos técnicos cuja atividade não esteja
abrangida por associação pública.
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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho Dezembro
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março Junho
- Lei n.º 28/2010, de 02 de Setembro - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro Setembro
- DL n.º 97/2017, de 10 de Agosto - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
- 5ª versão: Lei n.º 28/2010, de 02 de
Setembro
- 6ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
Artigo 13.º-A
Parecer, aprovação ou autorização em razão da localização
1 - A consulta de entidades da administração central, direta ou indireta, do setor empresarial do
Estado, bem como de entidades concessionárias que exerçam poderes de autoridade, que se devam
pronunciar sobre a operação urbanística em razão da localização, é efetuada através de uma única
entidade coordenadora, a CCDR territorialmente competente, a qual emite uma decisão global e
vinculativa de toda a administração.
2 - A CCDR identifica, no prazo de cinco dias a contar da receção dos elementos através do sistema
previsto no artigo 8.º-A, as entidades que nos termos da lei devam emitir parecer, aprovação ou
autorização de localização, promovendo dentro daquele prazo a respetiva consulta, a efetivar em
simultâneo e com recurso ao referido sistema informático.
3 - As entidades consultadas devem pronunciar-se no prazo de 20 dias, sendo este prazo imperativo.
4 - [Revogado].
5 - Os prazos referidos nos números anteriores suspendem-se, por uma única vez, nas seguintes
situações:
a) Quando as entidades consultadas verificarem que existem omissões ou irregularidades no
requerimento e nos elementos instrutórios cuja junção é obrigatória e requererem à CCDR, no prazo
de 8 dias, que convide o requerente a supri-las, no prazo de 15 dias, retomando o seu curso com a
receção pela entidade consultada dos elementos adicionais solicitados ou com o indeferimento do
requerimento de aperfeiçoamento pela CCDR;
b) Quando as entidades consultadas estejam, por força de compromissos assumidos no âmbito de
tratados internacionais, ou de obrigação decorrente da legislação comunitária, sujeitas à obtenção
de parecer prévio de entidade sediada fora do território nacional, devendo essa circunstância ser
comunicada à CCDR e não podendo a suspensão ter uma duração superior a 20 dias.
6 - Caso não existam posições divergentes entre as entidades consultadas, a CCDR toma a decisão
final no prazo de cinco dias a contar do fim do prazo previsto no n.º 3.
7 - Caso existam pareceres negativos das entidades consultadas, a CCDR promove uma reunião,
preferencialmente por videoconferência, a realizar no prazo de 10 dias a contar do último parecer
recebido dentro do prazo fixado nos termos do n.º 3, com todas as entidades e com o requerente,
tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objeções formuladas, e
toma decisão final vinculativa no prazo de 10 dias.
Artigo 13.º-B
Consultas prévias
1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o interessado na consulta a entidades externas
pode solicitar previamente os pareceres, autorizações ou aprovações legalmente exigidos junto das
entidades competentes, entregando-os com o requerimento inicial, caso em que não há lugar a nova
consulta desde que, até à data da apresentação de tal pedido ou comunicação na câmara municipal,
não haja decorrido mais de dois anos desde a emissão dos pareceres, autorizações ou aprovações
emitidos ou desde que, caso tenha sido esgotado este prazo, não se tenham verificado alterações dos
pressupostos de facto ou de direito em que os mesmos se basearam.
2 - As comunicações prévias de operações urbanísticas são sempre precedidas das consultas às
entidades externas a que haja lugar.
3 - Para os efeitos dos números anteriores, na falta de pronúncia da entidade consultada no prazo
legal, o requerimento inicial ou a comunicação prévia podem ser instruídos com prova da solicitação
das consultas e declaração do requerente ou comunicante de que os mesmos não foram emitidos
dentro daquele prazo.
4 - Nos procedimentos de controlo prévio, com exceção das comunicações prévias, não tendo o
interessado promovido todas as consultas necessárias, o gestor do procedimento promove as
consultas a que haja lugar, de acordo com o previsto no artigo 13.º
5 - A utilização da plataforma eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A pelo interessado para os
efeitos previstos no n.º 1 faz-se em termos a regulamentar na portaria a que se refere o mesmo
número.
SUBSECÇÃO II
Informação prévia
Artigo 14.º
Pedido de informação prévia
1 - Qualquer interessado pode pedir à câmara municipal, a título prévio, informação sobre a
viabilidade de realizar determinada operação urbanística ou conjunto de operações urbanísticas
diretamente relacionadas, bem como sobre os respetivos condicionamentos legais ou
regulamentares, nomeadamente relativos a infraestruturas, servidões administrativas e restrições de
utilidade pública, índices urbanísticos, cérceas, afastamentos e demais condicionantes aplicáveis à
pretensão.
2 - O interessado pode, em qualquer circunstância, designadamente quando o pedido respeite a
operação de loteamento em área não abrangida por plano de pormenor, ou a obra de construção,
ampliação ou alteração em área não abrangida por plano de pormenor ou operação de loteamento,
requerer que a informação prévia contemple especificamente os seguintes aspetos, em função da
informação pretendida e dos elementos apresentados:
a) A volumetria, alinhamento, cércea e implantação da edificação e dos muros de vedação;
b) Projeto de arquitetura e memória descritiva;
c) Programa de utilização das edificações, incluindo a área total de construção a afetar aos diversos
usos e o número de fogos e outras unidades de utilização, com identificação das áreas acessórias,
técnicas e de serviço;
d) Infraestruturas locais e ligação às infraestruturas gerais;
e) Estimativa de encargos urbanísticos devidos;
f) Áreas de cedência destinadas à implantação de espaços verdes, equipamentos de utilização
coletiva e infraestruturas viárias.
3 - Quando o interessado não seja o proprietário do prédio, o pedido de informação prévia inclui a
identificação daquele bem como dos titulares de qualquer outro direito real sobre o prédio, através
de certidão emitida pela conservatória do registo predial.
4 - No caso previsto no número anterior, a câmara municipal deve notificar o proprietário e os
demais titulares de qualquer outro direito real sobre o prédio da abertura do procedimento.
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- 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
Setembro
SUBSECÇÃO III
Licença
Artigo 18.º
Âmbito
1 - Obedece ao procedimento regulado na presente subsecção a apreciação dos pedidos relativos às
operações urbanísticas previstas no n.º 2 do artigo 4.º
2 - [Revogado].
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- 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
Artigo 21.º
Apreciação dos projetos de loteamento, de obras de urbanização e trabalhos de remodelação de
terrenos
A apreciação dos projetos de loteamento, obras de urbanização e dos trabalhos de remodelação de
terrenos pela câmara municipal incide sobre a sua conformidade com planos municipais ou
intermunicipais de ordenamento do território, planos especiais de ordenamento do território,
medidas preventivas, área de desenvolvimento urbano prioritário, área de construção prioritária,
servidões administrativas, restrições de utilidade pública e quaisquer outras normas legais e
regulamentares aplicáveis, bem como sobre o uso e a integração urbana e paisagística.
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3 - [Revogado].
4 - Quando o pedido de licenciamento tiver por objeto a realização das obras referidas nas alíneas c)
e d) do n.º 2 do artigo 4.º, pode ainda ser indeferido quando a obra seja suscetível de
manifestamente afetar o acesso e a utilização de imóveis classificados de interesse nacional ou
interesse público, a estética das povoações, a sua adequada inserção no ambiente urbano ou a
beleza das paisagens, designadamente em resultado da desconformidade com as cérceas
dominantes, a volumetria das edificações e outras prescrições expressamente previstas em
regulamento.
5 - O pedido de licenciamento das obras referidas na alínea c) do n.º 2 do artigo 4.º deve ser
indeferido na ausência de arruamentos ou de infraestruturas de abastecimento de água e
saneamento ou se a obra projetada constituir, comprovadamente, uma sobrecarga incomportável
para as infraestruturas existentes.
6 - [Revogado].
Artigo 27.º
Alterações à licença
1 - A requerimento do interessado, podem ser alterados os termos e condições da licença.
2 - A alteração da licença de operação de loteamento é precedida de consulta pública quando a
mesma esteja prevista em regulamento municipal ou quando sejam ultrapassados alguns dos limites
previstos no n.º 2 do artigo 22.º
3 - Sem prejuízo do disposto no artigo 48.º, a alteração da licença de operação de loteamento não
pode ser aprovada se ocorrer oposição escrita dos titulares da maioria da área dos lotes constantes
do alvará, devendo, para o efeito, o gestor de procedimento proceder à sua notificação para
pronúncia no prazo de 10 dias.
4 - A alteração à licença obedece ao procedimento estabelecido na presente subsecção, com as
especialidades constantes dos números seguintes.
5 - É dispensada a consulta às entidades exteriores ao município desde que o pedido de alteração se
conforme com os pressupostos de facto e de direito dos pareceres, autorizações ou aprovações que
hajam sido emitidos no procedimento.
6 - No procedimento de alteração são utilizados os documentos constantes do processo que se
mantenham válidos e adequados, promovendo a câmara municipal, quando necessário, a atualização
dos mesmos.
7 - A alteração da licença dá lugar a aditamento ao alvará, que, no caso de operação de loteamento,
deve ser comunicado oficiosamente à conservatória do registo predial competente para efeitos de
averbamento, contendo a comunicação os elementos em que se traduz a alteração.
8 - As alterações à licença de loteamento, com ou sem variação do número de lotes, que se
traduzam na variação das áreas de implantação, de construção ou variação do número de fogos até 3
/prct., desde que observem os parâmetros urbanísticos ou utilizações constantes de plano municipal
ou intermunicipal de ordenamento do território, são aprovadas por simples deliberação da câmara
municipal, com dispensa de quaisquer outras formalidades, sem prejuízo das demais disposições
legais e regulamentares aplicáveis.
9 - Excetuam-se do disposto nos n.os 3 a 6 as alterações às condições da licença que se refiram ao
prazo de conclusão das operações urbanísticas licenciadas ou ao montante da caução para garantia
das obras de urbanização, que se regem pelos artigos 53.º, 54.º e 58.º
SUBSECÇÃO IV
Autorização
Artigo 28.º
Âmbito
[Revogado].
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Apreciação liminar
[Revogado].
SUBSECÇÃO V
Comunicação prévia
Artigo 34.º
Âmbito
1 - Obedece ao procedimento regulado na presente subsecção a realização das operações
urbanísticas referidas no n.º 4 do artigo 4.º
2 - A comunicação prévia consiste numa declaração que, desde que corretamente instruída, permite
ao interessado proceder imediatamente à realização de determinadas operações urbanísticas após o
pagamento das taxas devidas, dispensando a prática de quaisquer atos permissivos.
3 - O pagamento das taxas a que se refere o número anterior faz-se por autoliquidação nos termos e
condições definidos nos regulamentos municipais previstos no artigo 3.º, não podendo o prazo de
pagamento ser inferior a 60 dias, contados do termo do prazo para a notificação a que se refere o n.º
2 do artigo 11.º
4 - As operações urbanísticas realizadas ao abrigo de comunicação prévia observam as normas legais
e regulamentares aplicáveis, designadamente as relativas às normas técnicas de construção e o
disposto nos instrumentos de gestão territorial.
5 - Sempre que seja obrigatória a realização de consultas externas nos termos previstos na lei, a
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comunicação prévia pode ter lugar quando tais consultas já tenham sido efetuadas no âmbito de
pedido de informação prévia, de aprovação de planos de pormenor ou de operações de loteamento
urbano, ou se o interessado instruir a comunicação prévia com as consultas por ele promovidas nos
termos do artigo 13.º-B.
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SUBSECÇÃO VI
Procedimentos especiais
Artigo 37.º
Operações urbanísticas cujo projecto carece de aprovação da administração central
[Revogado].
SECÇÃO III
Condições especiais de licenciamento ou comunicação prévia
SUBSECÇÃO I
Operações de loteamento
Artigo 41.º
Localização
As operações de loteamento só podem realizar-se em áreas situadas dentro do perímetro urbano e
em terrenos já urbanizados ou cuja urbanização se encontre programada em plano municipal ou
intermunicipal de ordenamento do território.
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- 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
Artigo 45.º
Reversão
1 - O cedente tem o direito de reversão sobre as parcelas cedidas nos termos do artigo anterior
sempre que estas sejam afetas a fins diversos daqueles para que hajam sido cedidas.
2 - Para os efeitos previstos no número anterior, considera-se que não existe alteração de afetação
sempre que as parcelas cedidas sejam afetas a um dos fins previstos no n.º 1 do artigo anterior,
independentemente das especificações eventualmente constantes do documento que titula a
transmissão.
3 - Ao exercício do direito de reversão previsto no número anterior aplica-se, com as necessárias
adaptações, o disposto no Código das Expropriações.
4 - Em alternativa ao exercício do direito referido no n.º 1 ou no caso do n.º 10, o cedente pode
exigir ao município uma indemnização, a determinar nos termos estabelecidos no Código das
Expropriações com referência ao fim a que se encontre afeta a parcela, calculada à data em que
pudesse haver lugar à reversão.
5 - As parcelas que, nos termos do n.º 1, tenham revertido para o cedente ficam sujeitas às mesmas
finalidades a que deveriam estar afetas aquando da cedência, salvo quando se trate de parcela a
afetar a equipamento de utilização coletiva, devendo nesse caso ser afeta a espaço verde,
procedendo-se ainda ao averbamento desse facto no respetivo alvará ou à sua integração na
comunicação prévia.
6 - Os direitos previstos nos n.os 1, 3 e 4 podem ser exercidos pelos proprietários de, pelo menos, um
terço dos lotes constituídos em consequência da operação de loteamento.
7 - Havendo imóveis construídos na parcela revertida, o tribunal pode ordenar a sua demolição, a
requerimento do cedente, nos termos estabelecidos nos artigos 37.º e seguintes da Lei n.º 15/2002,
de 22 de fevereiro.
8 - O município é responsável pelos prejuízos causados aos proprietários dos imóveis referidos no
número anterior, nos termos estabelecidos na Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, alterada pela Lei
n.º 31/2008, de 17 de julho, em matéria de atos ilícitos.
9 - A demolição prevista no n.º 7 não prejudica os direitos legalmente estabelecidos de realojamento
dos ocupantes.
10 - O direito de reversão previsto no n.º 1 não pode ser exercido quando os fins das parcelas cedidas
sejam alterados ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 48.º
Artigo 47.º
Contrato de concessão
1 - Os princípios a que devem subordinar-se os contratos administrativos de concessão do domínio
municipal a que se refere o artigo anterior são estabelecidos em diploma próprio, no qual se fixam as
regras a observar em matéria de prazo de vigência, conteúdo do direito de uso privativo, obrigações
do concessionário e do município em matéria de realização de obras, prestação de serviços e
manutenção de infraestruturas, garantias a prestar e modos e termos do sequestro e rescisão.
2 - A utilização das áreas concedidas nos termos do número anterior e a execução dos contratos
respetivos estão sujeitas a fiscalização da câmara municipal, nos termos a estabelecer no diploma aí
referido.
3 - Os contratos referidos no número anterior não podem, sob pena de nulidade das cláusulas
respetivas, proibir o acesso e utilização do espaço concessionado por parte do público, sem prejuízo
das limitações a tais acesso e utilização que sejam admitidas no diploma referido no n.º 1.
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referidos no número anterior podem ser efetuados mediante a exibição de certidão, emitida pela
câmara municipal, comprovativa da conclusão de tais obras, devidamente executadas em
conformidade com os projetos aprovados.
4 - A exibição das certidões referidas nos n.os 2 e 3 é dispensada sempre que o alvará de loteamento
tenha sido emitido ao abrigo dos Decretos-Leis n.os 289/73, de 6 de junho, e 400/84, de 31 de
dezembro.
SUBSECÇÃO II
Obras de urbanização
Artigo 53.º
Condições e prazo de execução
1 - Com a deliberação prevista no artigo 26.º ou através de regulamento municipal nas situações
previstas no artigo 34.º, o órgão competente para o licenciamento das obras de urbanização
estabelece:
a) As condições a observar na execução das mesmas, onde se inclui o cumprimento do disposto no
regime da gestão de resíduos de construção e demolição nelas produzidos, e o prazo para a sua
conclusão;
b) O montante da caução destinada a assegurar a boa e regular execução das obras;
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c) As condições gerais do contrato de urbanização a que se refere o artigo 55.º, se for caso disso.
2 - Nas situações previstas no artigo 34.º, o prazo de execução é o fixado pelo interessado, não
podendo, no entanto, ultrapassar os limites fixados mediante regulamento municipal.
3 - O prazo estabelecido nos termos da alínea a) do n.º 1 e do n.º 2 pode ser prorrogado a
requerimento fundamentado do interessado, por uma única vez e por período não superior a metade
do prazo inicial, quando não seja possível concluir as obras dentro do prazo para o efeito
estabelecido.
4 - Quando a obra se encontre em fase de acabamentos, pode ainda o presidente da câmara
municipal, a requerimento fundamentado do interessado, conceder nova prorrogação, mediante o
pagamento de um adicional à taxa referida no n.º 2 do artigo 116.º, de montante a fixar em
regulamento municipal.
5 - O prazo referido no n.º 2 pode ainda ser prorrogado em consequência de alteração da licença ou
da comunicação prévia.
6 - A prorrogação do prazo nos termos referidos nos números anteriores não dá lugar à emissão de
novo alvará nem à apresentação de nova comunicação prévia, devendo ser averbada no alvará ou
comunicação existentes.
7 - As obras de urbanização com as condições definidas na licença ou comunicação prévia podem ser
alteradas por iniciativa da câmara municipal, nos termos e com os fundamentos estabelecidos no
artigo 48.º
SUBSECÇÃO III
Obras de edificação
Artigo 57.º
Condições de execução
1 - A câmara municipal fixa as condições a observar na execução da obra com o deferimento do
pedido de licenciamento das operações urbanísticas e, no caso das obras sujeitas a comunicação
prévia, através de regulamento municipal, devendo salvaguardar o cumprimento do disposto no
regime da gestão de resíduos de construção e demolição.
2 - As condições relativas à ocupação da via pública ou à colocação de tapumes e vedações são
estabelecidas mediante proposta do requerente, a qual, nas situações previstas no n.º 4 do artigo
4.º, deve acompanhar a comunicação prévia, não podendo a câmara municipal alterá-las senão com
fundamento na violação de normas legais ou regulamentares aplicáveis ou na necessidade de
articulação com outras ocupações previstas ou existentes.
3 - No caso previsto no artigo 113.º, as condições a observar na execução das obras são aquelas que
forem propostas pelo requerente.
4 - A comunicação prévia para obras em área abrangida por operação de loteamento não pode ter
lugar antes da receção provisória das respetivas obras de urbanização ou da prestação de caução a
que se refere o artigo 54.º
5 - O disposto no artigo 43.º e nos n.os 1 a 3 do artigo 44.º aplica-se aos procedimentos de
licenciamento ou de comunicação prévia de obras quando respeitem a edifícios contíguos e
funcionalmente ligados entre si que determinem, em termos urbanísticos, impactes semelhantes a
uma operação de loteamento, nos termos a definir por regulamento municipal.
6 - O disposto no n.º 4 do artigo 44.º é aplicável aos procedimentos de licenciamento e de
comunicação prévia de obras quando a operação contemple a criação de áreas de circulação viária e
pedonal, espaços verdes e equipamento de uso privativo.
7 - [Revogado].
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Setembro
- 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
Artigo 58.º
Prazo de execução
1 - A câmara municipal fixa, com o deferimento do pedido de licenciamento das obras referidas nas
alíneas c) a f) do n.º 2 do artigo 4.º, o prazo de execução da obra, em conformidade com a
programação proposta pelo requerente.
2 - Nas situações previstas no n.º 4 do artigo 4.º, o prazo de execução é o fixado pelo interessado,
não podendo, no entanto, ultrapassar os limites fixados mediante regulamento municipal.
3 - Os prazos referidos nos números anteriores começam a contar da data de emissão do respetivo
alvará, da data do pagamento ou do depósito das taxas ou da caução nas situações previstas no
artigo 113.º, ou da data em que a comunicação prévia se encontre titulada nos termos do n.º 2 do
artigo 74.º
4 - O prazo para a conclusão da obra pode ser alterado por motivo de interesse público, devidamente
fundamentado, no ato de deferimento a que se refere o n.º 1, e, no caso de comunicação prévia, até
ao termo do prazo previsto no n.º 2 do artigo 11.º
5 - Quando não seja possível concluir as obras no prazo previsto, este pode ser prorrogado, a
requerimento fundamentado do interessado, por uma única vez e por período não superior a metade
do prazo inicial, salvo o disposto nos números seguintes.
6 - Quando a obra se encontre em fase de acabamentos, pode o presidente da câmara municipal, a
requerimento fundamentado do interessado, conceder nova prorrogação, mediante o pagamento de
um adicional à taxa referida no n.º 1 do artigo 116.º, de montante a fixar em regulamento municipal.
7 - O prazo estabelecido nos termos dos números anteriores pode ainda ser prorrogado em
consequência da alteração da licença, bem como da apresentação de alteração aos projetos
apresentados com a comunicação prévia.
8 - A prorrogação do prazo nos termos referidos nos números anteriores não dá lugar à emissão de
novo alvará nem à apresentação de nova comunicação, devendo apenas ser nestes averbada.
9 - No caso previsto no artigo 113.º, o prazo para a conclusão da obra é aquele que for proposto pelo
requerente.
SUBSECÇÃO IV
Utilização de edifícios ou suas frações
Artigo 62.º
Âmbito
1 - A autorização de utilização de edifícios ou suas frações autónomas na sequência de realização de
obra sujeita a controlo prévio destina-se a verificar a conclusão da operação urbanística, no todo ou
em parte, e a conformidade da obra com o projeto de arquitetura e arranjos exteriores aprovados e
com as condições do respetivo procedimento de controlo prévio, assim como a conformidade da
utilização prevista com as normas legais e regulamentares que fixam os usos e utilizações
admissíveis, podendo contemplar utilizações mistas.
2 - No caso dos pedidos de autorização de utilização, de alteração de utilização ou de alguma
informação constante de licença de utilização que já tenha sido emitida, que não sejam precedidos
de operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio, a autorização de utilização de edifícios ou suas
frações autónomas destina-se a verificar a conformidade da utilização prevista com as normas legais
e regulamentares que fixam os usos e utilizações admissíveis, bem como a idoneidade do edifício ou
sua fração autónoma para o fim pretendido, podendo contemplar utilizações mistas.
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3 - O pedido de autorização de utilização, bem como as suas alterações, é apresentado através da
plataforma eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A, podendo ser utilizado o «Balcão do
Empreendedor», para os pedidos relativos à instalação de estabelecimento e respetivas alterações de
utilização, nos termos a regulamentar na portaria a que se refere o n.º 4 do artigo 8.º-A.
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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho Dezembro
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de
Junho
Artigo 66.º
Propriedade horizontal
1 - No caso de edifícios constituídos em regime de propriedade horizontal, a autorização pode ter
por objeto o edifício na sua totalidade ou cada uma das suas frações autónomas.
2 - A autorização de utilização só pode ser concedida autonomamente para uma ou mais frações
autónomas quando as partes comuns dos edifícios em que se integram estejam também em
condições de serem utilizadas.
3 - Caso o interessado não tenha ainda requerido a certificação pela câmara municipal de que o
edifício satisfaz os requisitos legais para a sua constituição em regime de propriedade horizontal, tal
pedido pode integrar o requerimento de autorização de utilização.
4 - O disposto nos n.os 2 e 3 é aplicável, com as necessárias adaptações, aos edifícios compostos por
unidades suscetíveis de utilização independente que não estejam sujeitos ao regime da propriedade
horizontal.
SECÇÃO IV
Validade e eficácia dos atos de licenciamento e autorização de utilização e efeitos da comunicação
prévia
SUBSECÇÃO I
Validade
Artigo 67.º
Requisitos
A validade das licenças ou das autorizações de utilização depende da sua conformidade com as
normas legais e regulamentares aplicáveis em vigor à data da sua prática, sem prejuízo do disposto
no artigo 60.º
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participados, por quem deles tenha conhecimento, ao Ministério Público, para efeitos de propositura
da competente ação administrativa e respetivos meios processuais acessórios.
2 - Quando tenha por objeto atos de licenciamento ou autorizações de utilização com fundamento
em qualquer das invalidades previstas no artigo anterior, a citação ao titular da licença ou da
autorização de utilização para contestar a ação referida no número anterior tem os efeitos previstos
no artigo 103.º para o embargo, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
3 - O tribunal pode, oficiosamente ou a requerimento dos interessados, autorizar o prosseguimento
total ou parcial dos trabalhos, caso da ação administrativa resultem indícios de ilegalidade da sua
interposição ou da sua improcedência total ou parcial, ou adotar medidas cautelares alternativas,
adicionais ou preventivas, nos termos do artigo 120.º do Código de Processo nos Tribunais
Administrativos, devendo o juiz decidir esta questão, quando a ela houver lugar, no prazo de 10 dias,
tendo o recurso da decisão caráter urgente e os efeitos previstos no n.º 4 do artigo 115.º
4 - A possibilidade de o órgão que emitiu o ato ou deliberação declarar a nulidade caduca no prazo
de 10 anos, caducando também o direito de propor a ação prevista no n.º 1 se os factos que
determinaram a nulidade não forem participados ao Ministério Público nesse prazo, exceto
relativamente a monumentos nacionais e respetiva zona de proteção.
SUBSECÇÃO II
Caducidade e revogação da licença e autorização de utilização e cessação de efeitos da comunicação
prévia
Artigo 71.º
Caducidade
1 - A licença ou comunicação prévia para a realização de operação de loteamento caduca se:
a) Não for apresentada a comunicação prévia para a realização das respetivas obras de urbanização
no prazo de um ano a contar da notificação do ato de licenciamento ou, na hipótese de comunicação
prévia, não for apresentada comunicação prévia para a realização de obras de urbanização no prazo
de um ano a contar da data daquela; ou se
b) Não for requerido o alvará a que se refere o n.º 3 do artigo 76.º no prazo de um ano a contar da
comunicação prévia das respetivas obras de urbanização;
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c) Não forem concluídas as obras de edificação previstas na operação de loteamento no prazo fixado
para esse efeito, nos termos da alínea g) do n.º 1 do artigo 77.º.
2 - A licença ou comunicação prévia para a realização de operação de loteamento que não exija a
realização de obras de urbanização, bem como a licença para a realização das operações urbanísticas
previstas nas alíneas b) a e) do n.º 2 e no n.º 4 do artigo 4.º, caducam, no caso da licença, se no
prazo de um ano a contar da notificação do ato de licenciamento não for requerida a emissão do
respetivo alvará ou, no caso da comunicação prévia e sendo devida, não ocorra o pagamento das
taxas no prazo previsto para o efeito, determinando, em qualquer dos casos, a imediata cessação da
operação urbanística.
3 - Para além das situações previstas no número anterior, a licença ou a comunicação prévia para a
realização das operações urbanísticas referidas no número anterior, bem como a licença ou a
comunicação prévia para a realização de operação de loteamento que exija a realização de obras de
urbanização, caducam ainda:
a) Se as obras não forem iniciadas no prazo de 12 meses a contar da data de emissão do alvará ou do
pagamento das taxas no caso de comunicação prévia, ou nos casos previstos no artigo 113.º;
b) Se as obras estiverem suspensas por período superior a seis meses, salvo se a suspensão decorrer
de facto não imputável ao titular da licença ou da comunicação prévia;
c) Se as obras estiverem abandonadas por período superior a seis meses;
d) Se as obras não forem concluídas no prazo fixado na licença ou comunicação prévia, ou suas
prorrogações, contado a partir da data de emissão do alvará ou do pagamento das taxas no caso da
comunicação prévia.
e) [Revogada].
4 - Para os efeitos do disposto na alínea c) do número anterior, presumem-se abandonadas as obras
ou trabalhos sempre que:
a) Se encontrem suspensos sem motivo justificativo registado no respetivo livro de obra;
b) Decorram na ausência do diretor da obra;
c) Se desconheça o paradeiro do titular da respetiva licença ou comunicação prévia sem que este
haja indicado à câmara municipal procurador bastante que o represente.
5 - As caducidades previstas no presente artigo devem ser declaradas pela câmara municipal,
verificadas as situações previstas no presente artigo, após audiência prévia do interessado.
6 - Os prazos a que se referem os números anteriores contam-se de acordo com o disposto no artigo
279.º do Código Civil.
7 - Tratando-se de licença para a realização de operação de loteamento ou de obras de urbanização,
a caducidade pelos motivos previstos na alínea c) do n.º 1 e nos n.os 3 e 4 observa os seguintes
termos:
a) A caducidade não produz efeitos relativamente aos lotes para os quais já haja sido deferido
pedido de licenciamento para obras de edificação ou já tenha sido apresentada comunicação prévia
da realização dessas obras;
b) A caducidade não produz efeitos relativamente às parcelas cedidas para implantação de espaços
verdes públicos e equipamentos de utilização coletiva e infraestruturas que sejam indispensáveis aos
lotes referidos no número anterior e sejam identificadas pela Câmara Municipal na declaração
prevista no n.º 5;
c) Nas situações previstas na alínea c) do n.º 1, a caducidade não produz efeitos, ainda, quanto à
divisão ou reparcelamento fundiário resultante da operação de loteamento, mantendo-se os lotes
constituídos por esta operação, a respetiva área e localização e extinguindo-se as demais
especificações relativas aos lotes, previstas na alínea e) do n.º 1 do artigo 77.º
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Revogação
1 - Sem prejuízo do que se dispõe no número seguinte, a licença ou as autorizações de utilização só
podem ser revogadas nos termos estabelecidos na lei para os atos constitutivos de direitos.
2 - Nos casos a que se refere o n.º 2 do artigo 105.º, a licença pode ser revogada pela câmara
municipal decorrido o prazo de seis meses a contar do termo do prazo estabelecido de acordo com o
n.º 1 do mesmo artigo.
SUBSECÇÃO III
Títulos das operações urbanísticas
Artigo 74.º
Título da licença, da comunicação prévia e da autorização de utilização
1 - As operações urbanísticas objeto de licenciamento são tituladas por alvará, cuja emissão é
condição de eficácia da licença.
2 - A comunicação prévia relativa a operações urbanísticas é titulada pelo comprovativo eletrónico
da sua apresentação emitido pela plataforma eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A,
acompanhado do documento comprovativo do pagamento das taxas e, no caso de operações de
loteamento, é titulada, ainda, por documento comprovativo da prestação de caução e da celebração
do instrumento notarial a que se refere o n.º 3 do artigo 44.º ou por declaração da câmara municipal
relativa à sua inexigibilidade.
3 - A autorização de utilização dos edifícios é titulada por alvará.
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diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho Dezembro
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março Junho
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
Setembro
- 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
Artigo 77.º
Especificações
1 - O alvará de licença de operação de loteamento ou de obras de urbanização deve conter, nos
termos da licença, a especificação dos seguintes elementos, consoante forem aplicáveis:
a) Identificação do titular do alvará;
b) Identificação do prédio objeto da operação de loteamento ou das obras de urbanização;
c) Identificação dos atos dos órgãos municipais relativos ao licenciamento da operação de
loteamento e das obras de urbanização;
d) Enquadramento da operação urbanística em plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do
território em vigor, bem como na respetiva unidade de execução, se a houver;
e) Número de lotes e indicação da área, localização, finalidade, área de implantação, área de
construção, número de pisos e número de fogos de cada um dos lotes, com especificação dos fogos
destinados a habitações a custos controlados, quando previstos;
f) Cedências obrigatórias, sua finalidade e especificação das parcelas a integrar no domínio
municipal;
g) Prazo máximo para a conclusão das operações de edificação previstas na operação de loteamento,
o qual deve observar o prazo previsto no instrumento de programação da execução do plano
territorial de âmbito municipal ou intermunicipal aplicável e não pode ser superior a 10 anos;
h) Prazo para a conclusão das obras de urbanização;
i) Montante da caução prestada e identificação do respetivo título.
2 - O alvará a que se refere o número anterior deve conter, em anexo, as plantas representativas dos
elementos referidos nas alíneas e) e f).
3 - As especificações do alvará a que se refere o n.º 1 vinculam a câmara municipal, o proprietário
do prédio, bem como os adquirentes dos lotes.
4 - O alvará de licença para a realização das operações urbanísticas a que se referem as alíneas b) a
g) e l) do artigo 2.º deve conter, nos termos da licença, os seguintes elementos, consoante sejam
aplicáveis:
a) Identificação do titular da licença;
b) Identificação do lote ou do prédio onde se realizam as obras ou trabalhos;
c) Identificação dos atos dos órgãos municipais relativos ao licenciamento das obras ou trabalhos;
d) Enquadramento das obras em operação de loteamento ou plano municipal ou intermunicipal de
ordenamento do território em vigor, no caso das obras previstas nas alíneas b), c) e e) do artigo 2.º;
e) Os condicionamentos a que fica sujeita a licença;
f) As cérceas e o número de pisos acima e abaixo da cota de soleira;
g) A área de construção e a volumetria dos edifícios;
h) O uso a que se destinam as edificações;
i) O prazo de validade da licença, o qual corresponde ao prazo para a conclusão das obras ou
trabalhos.
5 - O alvará de autorização de utilização relativo à utilização de edifício ou de sua fração deve
conter a especificação dos seguintes elementos:
a) Identificação do titular da autorização;
b) Identificação do edifício ou fração autónoma;
c) O uso a que se destina o edifício ou fração autónoma.
6 - O alvará a que se refere o número anterior deve ainda mencionar, quando for caso disso, que o
edifício a que respeita preenche os requisitos legais para a constituição da propriedade horizontal.
7 - No caso de substituição do titular de alvará de licença, o substituto deve disso fazer prova junto
do presidente da câmara para que este proceda ao respetivo averbamento no prazo de 15 dias a
contar da data da substituição.
8 - A titularidade do alvará de autorização de utilização de edifícios ou frações autónomas é
transmitida automaticamente com a propriedade a que respeita.
CAPÍTULO III
Execução e fiscalização
SECÇÃO I
Início dos trabalhos
Artigo 80.º
Início dos trabalhos
1 - A execução das obras e trabalhos sujeitos a licença nos termos do presente diploma só pode
iniciar-se depois de emitido o respetivo alvará, com exceção das situações referidas no artigo
seguinte e salvo o disposto no artigo 113.º
2 - As obras e os trabalhos sujeitos ao regime da comunicação prévia podem iniciar-se nos termos do
disposto no n.º 2 do artigo 34.º
3 - As obras e trabalhos referidos no artigo 7.º só podem iniciar-se depois de emitidos os pareceres
ou autorizações aí referidos ou após o decurso dos prazos fixados para a respetiva emissão.
4 - No prazo de 60 dias a contar do início dos trabalhos relativos às operações urbanísticas referidas
nas alíneas c) a e) do n.º 2 do artigo 4.º deve o promotor da obra apresentar na câmara municipal
cópia das especialidades e outros estudos.
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diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro Dezembro
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro Setembro
- 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
Artigo 80.º-A
Informação sobre o início dos trabalhos e o responsável pelos mesmos
1 - Até cinco dias antes do início dos trabalhos, o promotor informa a câmara municipal dessa
intenção, comunicando também a identidade da pessoa, singular ou coletiva, encarregada da
execução dos mesmos.
2 - A pessoa encarregada da execução dos trabalhos está obrigada à execução exata dos projetos e
ao respeito pelas condições do licenciamento ou comunicação prévia.
Artigo 81.º
Demolição, escavação e contenção periférica
1 - Quando o procedimento de licenciamento haja sido precedido de informação prévia favorável que
vincule a câmara municipal, pode o presidente da câmara municipal, a pedido do interessado,
permitir a execução de trabalhos de demolição ou de escavação e contenção periférica até à
profundidade do piso de menor cota, logo após o saneamento referido no artigo 11.º, desde que seja
prestada caução para reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início dos
trabalhos.
2 - Nas obras sujeitas a licença nos termos do presente diploma, a decisão referida no número
anterior pode ser proferida em qualquer momento após a aprovação do projeto de arquitetura.
3 - Para os efeitos dos números anteriores, o requerente deve apresentar, consoante os casos, o
plano de demolições, o projeto de estabilidade ou o projeto de escavação e contenção periférica até
à data da apresentação do pedido referido no mesmo número.
4 - O presidente da câmara decide sobre o pedido previsto no n.º 1 no prazo de 15 dias a contar da
data da sua apresentação.
5 - É título bastante para a execução dos trabalhos de demolição, escavação ou contenção periférica
a notificação do deferimento do respetivo pedido, que o requerente, a partir do início da execução
dos trabalhos por ela abrangidos, deverá guardar no local da obra.
SECÇÃO II
Execução dos trabalhos
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Artigo 83.º
Alterações durante a execução da obra
1 - Podem ser realizadas em obra alterações ao projeto, mediante comunicação prévia nos termos
previstos no artigo 35.º, desde que essa comunicação seja efetuada com a antecedência necessária
para que as obras estejam concluídas antes da apresentação do requerimento a que se refere o n.º 1
do artigo 63.º
2 - Podem ser efetuadas sem dependência de comunicação prévia à câmara municipal as alterações
em obra que não correspondam a obras que estivessem sujeitas a controlo prévio.
3 - As alterações em obra ao projeto inicialmente aprovado ou apresentado que envolvam a
realização de obras de ampliação ou de alterações à implantação das edificações estão sujeitas ao
procedimento previsto nos artigos 27.º ou 35.º, consoante os casos.
4 - Nas situações previstas nos números anteriores, apenas são apresentados os elementos
instrutórios que sofreram alterações.
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5 - Na falta ou insuficiência da caução, o tribunal determina que os custos sejam suportados pelo
município, sem prejuízo do direito de regresso deste sobre o titular do alvará ou o apresentante da
comunicação prévia.
6 - O processo a que se referem os números anteriores é urgente e isento de custas.
7 - Da sentença cabe recurso nos termos gerais.
8 - Compete aos tribunais administrativos de círculo onde se localiza o prédio no qual se devam
realizar as obras de urbanização conhecer os pedidos previstos no presente artigo.
9 - A câmara municipal emite oficiosamente alvará para execução de obras por terceiro, competindo
ao seu presidente dar conhecimento das respetivas deliberações à Direção-Geral do Território, para
efeitos cadastrais, e à conservatória do registo predial, quando:
a) Tenha havido receção provisória das obras; ou
b) Seja integralmente reembolsada das despesas efetuadas, caso se verifique a situação prevista no
n.º 5.
SECÇÃO III
Conclusão e receção dos trabalhos
Artigo 86.º
Limpeza da área e reparação de estragos
1 - Concluída a obra, o dono da mesma é obrigado a proceder ao levantamento do estaleiro, à
limpeza da área, de acordo com o regime da gestão de resíduos de construção e demolição nela
produzidos, e à reparação de quaisquer estragos ou deteriorações que tenha causado em
infraestruturas públicas.
2 - O cumprimento do disposto no número anterior é condição da emissão do alvará de autorização
de utilização ou da receção provisória das obras de urbanização, salvo quando tenha sido prestada,
em prazo a fixar pela câmara municipal, caução para garantia da execução das operações referidas
no mesmo número.
Artigo 88.º
Obras inacabadas
1 - Quando as obras já tenham atingido um estado avançado de execução mas a licença ou
comunicação prévia haja caducado, pode ser requerida a concessão de licença especial para a sua
conclusão, desde que não se mostre aconselhável a demolição da obra, por razões ambientais,
urbanísticas, técnicas ou económicas.
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
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4 - [Revogado].
SECÇÃO IV
Utilização e conservação do edificado
Artigo 89.º
Dever de conservação
1 - As edificações devem ser objeto de obras de conservação pelo menos uma vez em cada período
de oito anos, devendo o proprietário, independentemente desse prazo, realizar todas as obras
necessárias à manutenção da sua segurança, salubridade e arranjo estético.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a câmara municipal pode a todo o tempo,
oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, determinar a execução das obras
necessárias à correção de más condições de segurança ou de salubridade ou das obras de
conservação necessárias à melhoria do arranjo estético.
5 - Os atos referidos nos números anteriores são eficazes a partir da sua notificação ao proprietário,
sendo o registo predial da intimação para a execução de obras ou para a demolição promovido
oficiosamente para efeitos de averbamento, servindo de título para o efeito a certidão passada pelo
município competente.
6 - O registo referido no número anterior é cancelado através da exibição de certidão emitida pela
câmara municipal que ateste a conclusão das obras ou o cumprimento da ordem de demolição,
consoante o caso, ou pela junção da autorização de utilização emitida posteriormente.
Artigo 90.º
Vistoria prévia
1 - As deliberações referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.º são precedidas de vistoria a realizar por
três técnicos a nomear pela câmara municipal, dois dos quais com habilitação legal para ser autor de
projeto, correspondentes à obra objeto de vistoria, segundo o regime da qualificação profissional dos
técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos.
2 - Do ato que determinar a realização da vistoria e respetivos fundamentos é notificado o
proprietário do imóvel, mediante carta registada expedida com, pelo menos, sete dias de
antecedência, ou, não sendo esta possível em virtude do desconhecimento da identidade ou do
paradeiro do proprietário, mediante edital, nos termos estabelecidos no Código do Procedimento
Administrativo, sendo, para este efeito, obrigatória a afixação de um edital no imóvel.
3 - Até à véspera da vistoria, o proprietário pode indicar um perito para intervir na realização da
vistoria e formular quesitos a que deverão responder os técnicos nomeados.
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4 - Da vistoria é imediatamente lavrado auto, do qual constam obrigatoriamente a identificação do
imóvel, a descrição do estado do mesmo e as obras preconizadas e, bem assim, as respostas aos
quesitos que sejam formuladas pelo proprietário.
5 - A descrição do estado do imóvel, a que se refere o número anterior, inclui a identificação do seu
estado de conservação, apurado através da determinação do nível de conservação do imóvel de
acordo com o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 266-B/2012, de 31 de dezembro, e na
respetiva regulamentação.
6 - O auto referido no n.º 4 é assinado por todos os técnicos e pelo perito que hajam participado na
vistoria e, se algum deles não quiser ou não puder assiná-lo, faz-se menção desse facto.
7 - Quando o proprietário não indique perito até à data referida no n.º 3, a vistoria é realizada sem a
presença deste, sem prejuízo de, em eventual impugnação administrativa ou contenciosa da
deliberação em causa, o proprietário poder alegar factos não constantes do auto de vistoria, quando
prove que não foi regularmente notificado nos termos do n.º 2.
8 - As formalidades previstas no presente artigo podem ser preteridas quando exista risco iminente
de desmoronamento ou grave perigo para a saúde pública, nos termos previstos na lei para o estado
de necessidade.
2 - A entrega dos elementos referidos no n.º 4 do artigo 89.º vale como comunicação prévia.
3 - Durante a execução da obra, a comissão de vistorias que tiver efetuado a vistoria referida no
artigo 90.º, ou quem a substitua, acompanha periodicamente o andamento dos trabalhos, para
garantia do cumprimento integral da notificação inicial, inscrevendo no livro de obra a data e as
conclusões das visitas.
Artigo 91.º
Obras coercivas
1 - Quando o proprietário não iniciar as obras que lhe sejam determinadas nos termos do artigo 89.º,
não apresentar os elementos instrutórios no prazo fixado para o efeito, ou estes forem objeto de
rejeição, ou não concluir aquelas obras dentro dos prazos que para o efeito lhe forem fixados, pode
a câmara municipal tomar posse administrativa do imóvel para lhes dar execução imediata.
2 - À execução coerciva das obras referidas no número anterior, incluindo todos os atos preparatórios
necessários, como sejam levantamentos, sondagens, realização de estudos ou projetos, aplica-se,
com as devidas adaptações, o disposto nos artigos 107.º, 108.º e 108.º-B.
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quando houver risco iminente de desmoronamento ou grave perigo para a saúde pública, em que
poderá executar-se imediatamente.
5 - Ao despejo de ocupante titular de contrato de arrendamento aplica-se o disposto no Decreto-Lei
n.º 157/2006, de 8 de agosto.
SECÇÃO V
Fiscalização
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 93.º
Âmbito
1 - A realização de quaisquer operações urbanísticas está sujeita a fiscalização administrativa,
independentemente de estarem isentas de controlo prévio ou da sua sujeição a prévio
licenciamento, comunicação prévia ou autorização de utilização.
2 - A fiscalização administrativa destina-se a assegurar a conformidade daquelas operações com as
disposições legais e regulamentares aplicáveis e a prevenir os perigos que da sua realização possam
resultar para a saúde e segurança das pessoas.
Artigo 95.º
Inspeções
1 - Os fiscais municipais ou os trabalhadores das empresas privadas a que se refere o n.º 5 do artigo
anterior, podem realizar inspeções aos locais onde se desenvolvam atividades sujeitas a fiscalização
nos termos do presente diploma, sem dependência de prévia notificação.
4 - O mandado previsto no número anterior é requerido pelo presidente da câmara municipal junto
dos tribunais administrativos e segue os termos previstos no código do processo nos tribunais
administrativos para os processos urgentes.
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6 - Para as operações urbanísticas concluídas, a falta de consentimento decorre de o proprietário não
facultar o acesso ao local, quando regularmente notificado.
Artigo 97.º
Livro de obra
1 - Todos os factos relevantes relativos à execução de obras licenciadas ou objeto de comunicação
prévia devem ser registados pelo respetivo diretor de obra no livro de obra, a conservar no local da
sua realização para consulta pelos funcionários municipais responsáveis pela fiscalização de obras.
2 - São obrigatoriamente registados no livro de obra, para além das respetivas datas de início e
conclusão, todos os factos que impliquem a sua paragem ou suspensão, bem como todas as
alterações feitas ao projeto licenciado ou comunicado.
3 - O modelo e demais registos a inscrever no livro de obra são definidos por portaria dos membros
do Governo responsáveis pelas obras públicas e pelo ordenamento do território, a qual fixa
igualmente as características do livro de obra eletrónico.
SUBSECÇÃO II
Sanções
Artigo 98.º
Contraordenações
1 - Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar, são puníveis como
contraordenação:
a) A realização de quaisquer operações urbanísticas sujeitas a prévio licenciamento sem o respetivo
alvará de licenciamento, exceto nos casos previstos nos artigos 81.º e 113.º;
b) A realização de quaisquer operações urbanísticas em desconformidade com o respetivo projeto ou
com as condições do licenciamento ou da comunicação prévia;
c) A execução de trabalhos em violação do disposto no n.º 2 do artigo 80.º-A;
d) A ocupação de edifícios ou suas frações autónomas sem autorização de utilização ou em desacordo
com o uso fixado no respetivo alvará ou comunicação prévia, salvo se estes não tiverem sido emitidos
no prazo legal por razões exclusivamente imputáveis à câmara municipal;
e) As falsas declarações dos autores e coordenador de projetos no termo de responsabilidade
relativamente à observância das normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como das
disposições legais e regulamentares aplicáveis ao projeto;
f) As falsas declarações no termo de responsabilidade do diretor de obra e do diretor de fiscalização
de obra ou de outros técnicos relativamente:
i) À conformidade da execução da obra com o projeto aprovado e com as condições da licença ou da
comunicação prévia apresentada;
ii) À conformidade das alterações efetuadas ao projeto com as normas legais e regulamentares
aplicáveis;
g) A subscrição de projeto da autoria de quem, por razões de ordem técnica, legal ou disciplinar, se
encontre inibido de o elaborar;
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h) O prosseguimento de obras cujo embargo tenha sido legitimamente ordenado;
i) A não afixação ou a afixação de forma não visível do exterior do prédio, durante o decurso do
procedimento de licenciamento ou autorização, do aviso que publicita o pedido de licenciamento ou
autorização;
j) A não manutenção de forma visível do exterior do prédio, até à conclusão da obra, do aviso que
publicita o alvará ou a comunicação prévia;
l) A falta do livro de obra no local onde se realizam as obras;
m) A falta dos registos do estado de execução das obras no livro de obra;
n) A não remoção dos entulhos e demais detritos resultantes da obra nos termos do artigo 86.º;
o) A ausência de requerimento a solicitar à câmara municipal o averbamento de substituição do
requerente, do autor de projeto, de diretor de obra ou diretor de fiscalização de obra, do titular do
alvará de construção ou do título de registo emitido pelo InCI, I. P., bem como do titular de alvará de
licença ou apresentante da comunicação prévia;
p) A ausência do número de alvará de loteamento ou da comunicação prévia nos anúncios ou em
quaisquer outras formas de publicidade à alienação dos lotes de terreno, de edifícios ou frações
autónomas nele construídos;
q) A não comunicação à câmara municipal dos negócios jurídicos de que resulte o fracionamento ou a
divisão de prédios rústicos no prazo de 20 dias a contar da data de celebração;
r) A realização de operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia sem que esta tenha ocorrido;
s) A não conclusão das operações urbanísticas referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.º nos prazos
fixados para o efeito;
t) A deterioração dolosa da edificação pelo proprietário ou por terceiro ou a violação grave do dever
de conservação.
2 - A contraordenação prevista nas alíneas a) e r) do número anterior é punível com coima graduada
de (euro) 500 até ao máximo de (euro) 200 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1500 até
(euro) 450 000, no caso de pessoa coletiva.
3 - A contraordenação prevista na alínea b) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro) 1500
até ao máximo de (euro) 200 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 3000 até (euro) 450 000, no
caso de pessoa coletiva.
4 - A contraordenação prevista nas alíneas c), d), s) e t) do n.º 1 é punível com coima graduada de
(euro) 500 até ao máximo de (euro) 100 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1500 até (euro)
250 000, no caso de pessoa coletiva.
5 - As contraordenações previstas nas alíneas e) a h) do n.º 1 são puníveis com coima graduada de
(euro) 1500 até ao máximo de (euro) 200 000.
6 - As contraordenações previstas nas alíneas i) a n) e p) do n.º 1 são puníveis com coima graduada
de (euro) 250 até ao máximo de (euro) 50 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1000 até
(euro) 100 000, no caso de pessoa coletiva.
7 - A contraordenação prevista nas alíneas o) e q) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro)
100 até ao máximo de (euro) 2500, no caso de pessoa singular, e de (euro) 500 até (euro) 10 000, no
caso de pessoa coletiva.
8 - Quando as contraordenações referidas no n.º 1 sejam praticadas em relação a operações
urbanísticas que hajam sido objeto de comunicação prévia nos termos do presente diploma, os
montantes máximos das coimas referidos nos n.os 3 a 5 anteriores são agravados em (euro) 50 000 e
os das coimas referidas nos n.os 6 e 7 em (euro) 25 000.
9 - A tentativa e a negligência são puníveis.
10 - A competência para determinar a instauração dos processos de contraordenação, para designar
o instrutor e para aplicar as coimas pertence ao presidente da câmara municipal, podendo ser
delegada em qualquer dos seus membros.
11 - O produto da aplicação das coimas referidas no presente artigo reverte para o município,
inclusive quando as mesmas sejam cobradas em juízo.
12 - Após o decurso dos prazos do recurso de impugnação judicial e de pagamento voluntário da
coima, segue-se o regime de execução de obrigações pecuniárias, previsto no artigo 179.º do Código
de Procedimento Administrativo.
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10/29/21, 4:25 PM :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
estrita observância pelas condições da licença ou da comunicação prévia.
Artigo 101.º
Responsabilidade dos funcionários e agentes da Administração Pública
Os funcionários e agentes da Administração Pública que deixem de participar infrações às entidades
fiscalizadoras ou prestem informações falsas ou erradas sobre as infrações à lei e aos regulamentos
de que tenham conhecimento no exercício das suas funções incorrem em responsabilidade
disciplinar, punível com pena de suspensão a demissão.
Artigo 101.º-A
Legitimidade para a denúncia
1 - Qualquer pessoa tem legitimidade para comunicar à câmara municipal, ao Ministério Público, às
ordens ou associações profissionais, ao InCI, I. P., ou a outras entidades competentes a violação das
normas do presente diploma.
2 - Não são admitidas denúncias anónimas.
SUBSECÇÃO III
Medidas de tutela da legalidade urbanística
Artigo 102.º
Reposição da legalidade urbanística
1 - Os órgãos administrativos competentes estão obrigados a adotar as medidas adequadas de tutela
e restauração da legalidade urbanística quando sejam realizadas operações urbanísticas:
a) Sem os necessários atos administrativos de controlo prévio;
b) Em desconformidade com os respetivos atos administrativos de controlo prévio;
c) Ao abrigo de ato administrativo de controlo prévio revogado ou declarado nulo;
d) Em desconformidade com as condições da comunicação prévia;
e) Em desconformidade com as normas legais ou regulamentares aplicáveis.
2 - As medidas a que se refere o número anterior podem consistir:
a) No embargo de obras ou de trabalhos de remodelação de terrenos;
b) Na suspensão administrativa da eficácia de ato de controlo prévio;
c) Na determinação da realização de trabalhos de correção ou alteração, sempre que possível;
d) Na legalização das operações urbanísticas;
e) Na determinação da demolição total ou parcial de obras;
f) Na reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início das obras ou
trabalhos;
g) Na determinação da cessação da utilização de edifícios ou suas frações autónomas.
3 - Independentemente das situações previstas no n.º 1, a câmara municipal pode:
a) Determinar a execução de obras de conservação necessárias à correção de más condições de
segurança ou salubridade ou à melhoria do arranjo estético;
b) Determinar a demolição, total ou parcial, das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo
para a saúde pública e segurança das pessoas.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].
Artigo 102.º-B
Embargo
1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, o presidente da câmara
municipal é competente para embargar obras de urbanização, de edificação ou de demolição, bem
como quaisquer trabalhos de remodelação de terrenos, quando estejam a ser executadas:
a) Sem a necessária licença ou comunicação prévia;
b) Em desconformidade com o respetivo projeto ou com as condições do licenciamento ou
comunicação prévia, salvo o disposto no artigo 83.º; ou
c) Em violação das normas legais e regulamentares aplicáveis.
2 - A notificação é feita ao responsável pela direção técnica da obra, bem como ao titular do alvará
de licença ou apresentante da comunicação prévia e, quando possível, ao proprietário do imóvel no
qual estejam a ser executadas as obras ou seu representante, sendo suficiente para obrigar à
suspensão dos trabalhos qualquer dessas notificações ou a de quem se encontre a executar a obra no
local.
3 - Após o embargo, é de imediato lavrado o respetivo auto, que contém, obrigatória e
expressamente, a identificação do funcionário municipal responsável pela fiscalização de obras, das
testemunhas e do notificado, a data, a hora e o local da diligência e as razões de facto e de direito
que a justificam, o estado da obra e a indicação da ordem de suspensão e proibição de prosseguir a
obra e do respetivo prazo, bem como as cominações legais do seu incumprimento.
4 - O auto é redigido em duplicado e assinado pelo funcionário e pelo notificado, ficando o duplicado
na posse deste.
5 - No caso de a ordem de embargo incidir apenas sobre parte da obra, o respetivo auto faz expressa
menção de que o embargo é parcial e identifica claramente qual é a parte da obra que se encontra
embargada.
6 - O auto de embargo é notificado às pessoas identificadas no n.º 2 e disponibilizado no sistema
informático referido no artigo 8.º-A, no prazo de cinco dias úteis.
7 - No caso de as obras estarem a ser executadas por pessoa coletiva, o embargo e o respetivo auto
são ainda comunicados para a respetiva sede social ou representação em território nacional.
8 - O embargo, assim como a sua cessação ou caducidade, é objeto de registo na conservatória do
registo predial, mediante comunicação do despacho que o determinou, procedendo-se aos
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necessários averbamentos.
Artigo 103.º
Efeitos do embargo
1 - O embargo obriga à suspensão imediata, no todo ou em parte, dos trabalhos de execução da
obra.
2 - Tratando-se de obras licenciadas ou objeto de comunicação prévia, o embargo determina também
a suspensão da eficácia da respetiva licença ou, no caso de comunicação prévia, a imediata cessação
da operação urbanística, bem como, no caso de obras de urbanização, a suspensão de eficácia da
licença de loteamento urbano a que a mesma respeita ou a cessação das respetivas obras.
3 - É interdito o fornecimento de energia elétrica, gás e água às obras embargadas, devendo para o
efeito ser notificado o ato que o ordenou às entidades responsáveis pelos referidos fornecimentos.
4 - O embargo, ainda que parcial, suspende o prazo que estiver fixado para a execução das obras no
respetivo alvará de licença ou estabelecido na comunicação prévia.
Artigo 105.º
Trabalhos de correção ou alteração
1 - Nas situações previstas nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 102.º, o presidente da câmara
municipal pode ainda, quando for caso disso, ordenar a realização de trabalhos de correção ou
alteração da obra, fixando um prazo para o efeito, tendo em conta a natureza e o grau de
complexidade dos mesmos.
2 - Decorrido o prazo referido no número anterior sem que aqueles trabalhos se encontrem
integralmente realizados, a obra permanece embargada até ser proferida uma decisão que defina a
sua situação jurídica com caráter definitivo.
3 - Tratando-se de obras de urbanização ou de outras obras indispensáveis para assegurar a proteção
de interesses de terceiros ou o correto ordenamento urbano, a câmara municipal pode promover a
realização dos trabalhos de correção ou alteração por conta do titular da licença ou do apresentante
da comunicação prévia, nos termos dos artigos 107.º e 108.º
4 - A ordem de realização de trabalhos de correção ou alteração suspende o prazo que estiver fixado
no respetivo alvará de licença ou estabelecido na comunicação prévia pelo período estabelecido nos
termos do n.º 1.
5 - O prazo referido no n.º 1 interrompe-se com a apresentação de pedido de alteração à licença ou
comunicação prévia, nos termos, respetivamente, dos artigos 27.º e 35.º
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reposição do terreno por conta do infrator.
12 - O prazo referido no n.º 10 suspende-se, com o limite de 150 dias, pelo período em que
decorrerem os procedimentos de contratação legalmente devidos relativos à intervenção, entre a
decisão de contratar e o começo de execução do contrato ou, no caso das empreitadas, o início dos
trabalhos.
2 - Quando, no prazo de 20 dias a contar da notificação para o efeito, efetuada nos termos do artigo
anterior, aquelas quantias não forem pagas voluntariamente nem tenha sido proposta pelo devedor,
em alternativa para extinção da dívida, a dação em cumprimento ou em função do cumprimento ou
ainda a consignação de rendimentos do imóvel nos termos da lei, as referidas quantias são cobradas
judicialmente em processo de execução fiscal, servindo de título executivo a certidão, passada pelos
serviços competentes, comprovativa das despesas efetuadas.
4 - O crédito referido no n.º 1 goza de privilégio imobiliário sobre o lote ou terrenos onde se situa a
edificação, graduado a seguir aos créditos referidos na alínea b) do artigo 748.º do Código Civil.
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2 - O auto é notificado ao proprietário, bem como aos demais titulares de direitos reais, sendo eficaz
a partir da data do ato de transmissão da posse.
4 - O arrendamento forçado está sujeito a inscrição no registo predial, servindo de título para o
efeito, certidão passada pelo município competente, onde conste a indicação do valor total da
dívida, e implica o cancelamento do registo referido no artigo 89.º, caso este ainda não tenha sido
cancelado.
7 - Quando a atualização divulgada pelo INE, I. P., se reporte a nível de unidade territorial para fins
estatísticos superior ao concelho, deve ser considerado o valor relativo à unidade territorial para fins
estatísticos de menor amplitude em que o município esteja integrado.
a) A escolha do empreiteiro para a realização das obras, quando as mesmas não sejam executadas
por administração direta, é precedida, se outro procedimento mais exigente não resultar da lei, do
pedido de três orçamentos para o efeito, com base num caderno de encargos que defina os trabalhos
a realizar e o tipo de materiais a utilizar, sendo escolhida a proposta de preço mais baixo;
10 - O registo referido no n.º 4 é cancelado apenas através da exibição de certidão passada pela
câmara municipal que ateste a inexistência de dívida.
11 - O proprietário interessado em retomar a posse do imóvel deve manifestar por escrito essa
intenção, com 120 dias de antecedência e, havendo montantes em dívida ainda por liquidar, a
comunicação por escrito é acompanhada com comprovativo do seu pagamento integral.
a) O valor das rendas é depositado em conta bancária aberta especificamente para o efeito, caso o
proprietário não tenha procedido à indicação de conta bancária para o efeito;
b) A câmara municipal pode ressarcir-se das despesas realizadas para fazer face aos encargos de
gestão e manutenção do imóvel que comprovadamente realizar durante o período em que durar o
arrendamento, sendo emitida certidão comprovativa para o efeito, pelos serviços municipais
competentes.
Artigo 109.º
Cessação da utilização
1 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 281/99, de 26 de julho, o
presidente da câmara municipal é competente para ordenar e fixar prazo para a cessação da
utilização de edifícios ou de suas frações autónomas quando sejam ocupados sem a necessária
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autorização de utilização ou quando estejam a ser afetos a fim diverso do previsto no respetivo
alvará.
2 - Quando os ocupantes dos edifícios ou suas frações não cessem a utilização indevida no prazo
fixado, pode a câmara municipal determinar o despejo administrativo, aplicando-se, com as devidas
adaptações, o disposto no artigo 92.º
3 - O despejo determinado nos termos do número anterior deve ser sobrestado quando, tratando-se
de edifício ou sua fração que estejam a ser utilizados para habitação, o ocupante mostre, por
atestado médico, que a execução do mesmo põe em risco de vida, por razão de doença aguda, a
pessoa que se encontre no local.
4 - Na situação referida no número anterior, o despejo não pode prosseguir enquanto a câmara
municipal não providencie pelo realojamento da pessoa em questão, a expensas do responsável pela
utilização indevida, nos termos do artigo anterior.
CAPÍTULO IV
Garantias dos particulares
Artigo 110.º
Direito à informação
1 - Qualquer interessado tem o direito de ser informado pela respetiva câmara municipal:
a) Sobre os instrumentos de desenvolvimento e de gestão territorial em vigor para determinada área
do município, bem como das demais condições gerais a que devem obedecer as operações
urbanísticas a que se refere o presente diploma;
b) Sobre o estado e andamento dos processos que lhes digam diretamente respeito, com
especificação dos atos já praticados e do respetivo conteúdo, e daqueles que ainda devam sê-lo,
bem como dos prazos aplicáveis a estes últimos.
2 - As informações previstas no número anterior devem ser prestadas independentemente de
despacho e no prazo de 15 dias.
3 - Os interessados têm o direito de consultar os processos que lhes digam diretamente respeito,
nomeadamente por via eletrónica, e de obter as certidões ou reproduções autenticadas dos
documentos que os integram, mediante o pagamento das importâncias que forem devidas.
4 - O acesso aos processos e passagem de certidões deve ser requerido por escrito, salvo consulta por
via eletrónica, e é facultado independentemente de despacho e no prazo de 10 dias a contar da data
da apresentação do respetivo requerimento.
5 - A câmara municipal fixa, no mínimo, um dia por semana para que os serviços municipais
competentes estejam especificadamente à disposição dos cidadãos para a apresentação de eventuais
pedidos de esclarecimento ou de informação ou reclamações.
6 - Os direitos referidos nos n.os 1 e 3 são extensivos a quaisquer pessoas que provem ter interesse
legítimo no conhecimento dos elementos que pretendem e ainda, para defesa de interesses difusos
definidos na lei, quaisquer cidadãos no gozo dos seus direitos civis e políticos e as associações e
fundações defensoras de tais interesses.
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Intimação judicial para a prática de ato legalmente devido
1 - No caso previsto na alínea a) do artigo anterior, o interessado pode deduzir junto dos tribunais
administrativos um pedido de intimação dirigido à interpelação da entidade competente para o
cumprimento do dever de decisão.
4 - A intimação pode ser rejeitada por falta de preenchimento dos pressupostos para a constituição
do dever de decisão, por violação de disposições legais ou regulamentares.
5 - O processo pode terminar por inutilidade superveniente da lide se for provada a prática do ato
pretendido dentro do prazo da contestação.
6 - Na decisão, o juiz estabelece prazo não inferior a 30 dias para o cumprimento do dever de
decisão e fixa sanção pecuniária compulsória, nos termos previstos no Código de Processo nos
Tribunais Administrativos.
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presente diploma deve ser decidida no prazo de 30 dias, findo o qual se considera deferida.
Artigo 115.º
Ação administrativa especial
1 - A ação administrativa especial dos atos previstos no artigo 106.º tem efeito suspensivo.
2 - Com a citação da petição de recurso, a autoridade administrativa tem o dever de impedir, com
urgência, o início ou a prossecução da execução do ato recorrido.
3 - A todo o tempo e até à decisão em 1.ª instância, o juiz pode conceder o efeito meramente
devolutivo à ação, oficiosamente ou a requerimento do recorrido ou do Ministério Público, caso do
mesmo resultem indícios da ilegalidade da sua interposição ou da sua improcedência.
4 - Da decisão referida no número anterior cabe recurso com efeito meramente devolutivo, que sobe
imediatamente, em separado.
CAPÍTULO V
Taxas inerentes às operações urbanísticas
Artigo 116.º
Taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas
1 - A emissão dos alvarás de licença e autorização de utilização previstas no presente diploma estão
sujeitas ao pagamento das taxas a que se refere a alínea b) do artigo 6.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29
de dezembro, alterada pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, e 117/2009, de 29 de
dezembro.
2 - A emissão do alvará de licença e a comunicação prévia de loteamento estão sujeitas ao
pagamento das taxas a que se refere a alínea a) do artigo 6.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de
dezembro, alterada pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, e 117/2009, de 29 de dezembro.
3 - A emissão do alvará de licença e a comunicação prévia de obras de construção ou ampliação em
área não abrangida por operação de loteamento estão igualmente sujeitas ao pagamento da taxa
referida no número anterior.
4 - A emissão do alvará de licença parcial a que se refere o n.º 6 do artigo 23.º está também sujeita
ao pagamento da taxa referida no n.º 1, não havendo lugar à liquidação da mesma aquando da
emissão do alvará definitivo.
5 - Os projetos de regulamento municipal da taxa pela realização, manutenção e reforço de
infraestruturas urbanísticas devem ser acompanhados da fundamentação do cálculo das taxas
previstas, tendo em conta, designadamente, os seguintes elementos:
a) Programa plurianual de investimentos municipais na execução, manutenção e reforço das
infraestruturas gerais, que pode ser definido por áreas geográficas diferenciadas;
b) Diferenciação das taxas aplicáveis em função dos usos e tipologias das edificações e,
eventualmente, da respetiva localização e correspondentes infraestruturas locais.
6 - [Revogado].
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obrigatoriamente disponibilizar os regulamentos e demais elementos necessários à sua efetivação,
podendo os requerentes usar do expediente previsto no n.º 3 do artigo 113.º
CAPÍTULO VI
Disposições finais e transitórias
Artigo 118.º
Conflitos decorrentes da aplicação dos regulamentos municipais
1 - Para a resolução de conflitos na aplicação dos regulamentos municipais previstos no artigo 3.º
podem os interessados requerer a intervenção de uma comissão arbitral.
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 5, a comissão arbitral é constituída por um representante da
câmara municipal, um representante do interessado e um técnico designado por cooptação,
especialista na matéria sobre que incide o litígio, o qual preside.
3 - Na falta de acordo, o técnico é designado pelo presidente do tribunal administrativo de círculo
competente na circunscrição administrativa do município.
4 - À constituição e funcionamento das comissões arbitrais aplica-se o disposto na lei sobre a
arbitragem voluntária.
5 - As associações públicas de natureza profissional e as associações empresariais do setor da
construção civil podem promover a criação de centros de arbitragem institucionalizada para a
realização de arbitragens no âmbito das matérias previstas neste artigo, nos termos da lei.
Artigo 119.º
Relação dos instrumentos de gestão territorial, das servidões e restrições de utilidade pública e
de outros instrumentos relevantes
1 - As câmaras municipais devem manter atualizada a relação dos instrumentos de gestão territorial
e as servidões administrativas e restrições de utilidade pública especialmente aplicáveis na área do
município, nomeadamente:
a) Os referentes a programa e plano regional de ordenamento do território, planos especiais de
ordenamento do território, planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território,
medidas preventivas, áreas de desenvolvimento urbano prioritário, áreas de construção prioritária,
áreas de reabilitação urbana e alvarás de loteamento em vigor;
b) Zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação, reservas arqueológicas de
proteção e zonas especiais de proteção de parque arqueológico a que se refere a Lei n.º 107/2001,
de 8 de setembro, e o Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro;
c) [Revogada];
d) Zonas de proteção a edifícios e outras construções de interesse público a que se referem os
Decretos-Leis n.os 40 388, de 21 de novembro de 1955, e 309/2009, de 23 de outubro;
e) Imóveis ou elementos naturais classificados como de interesse municipal a que se refere a Lei n.º
107/2001, de 8 de setembro, e o Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro;
f) Zonas terrestres de proteção das albufeiras, lagoas ou lagos de águas públicas a que se refere o
Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15 de maio;
g) Zonas terrestres de proteção dos estuários a que se refere o Decreto-Lei n.º 129/2008, de 21 de
julho;
h) Áreas integradas no domínio hídrico público ou privado a que se referem as Leis n.os 54/2005, de
15 de novembro, e Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro;
i) Áreas classificadas a que se refere o Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho;
j) Áreas integradas na Reserva Agrícola Nacional a que se refere o Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de
março;
l) Áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional a que se refere o Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22
de agosto;
m) Zonas de proteção estabelecidas pelo Decreto-Lei n.º 173/2006, de 24 de agosto.
2 - As câmaras municipais mantêm igualmente atualizada a relação dos regulamentos municipais
referidos no artigo 3.º, dos programas de ação territorial em execução, bem como das unidades de
execução delimitadas.
3 - A informação referida nos números anteriores deve ser disponibilizada no sítio da Internet do
município.
4 - Para efeitos do disposto no Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, alterado pelo Decreto-
Lei n.º 47/2014, de 24 de março, que aprova o regime de avaliação de impacte ambiental, sempre
que esteja em causa a realização de operação urbanística sujeita a avaliação de impacte ambiental
(AIA), não pode ser emitida licença ou apresentada comunicação prévia ao abrigo do presente
decreto-lei sem previamente ter sido emitida declaração de impacte ambiental (DIA) favorável ou
condicionalmente favorável ou, no caso de o procedimento de AIA ter decorrido em fase de estudo
prévio ou de anteprojeto, emitida decisão favorável sobre a conformidade do projeto de execução
com a DIA.
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10/29/21, 4:25 PM :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho Dezembro
- Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março de Junho
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
Setembro
- 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
Artigo 120.º
Dever de informação
1 - As câmaras municipais e as comissões de coordenação e desenvolvimento regional têm o dever de
informação mútua sobre processos relativos a operações urbanísticas, o qual deve ser cumprido
mediante comunicação a enviar no prazo de 20 dias a contar da data de receção do respetivo pedido.
2 - Não sendo prestada a informação prevista no número anterior, as entidades que a tiverem
solicitado podem recorrer ao processo de intimação regulado nos artigos 104.º e seguintes da Lei n.º
15/2002, de 22 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 63/2011, de 14 de dezembro.
Artigo 123.º
Relação das disposições legais referentes à construção
Até à codificação das normas técnicas de construção, compete aos membros do Governo responsáveis
pelas obras públicas e pelo ordenamento do território promover a publicação da relação das
disposições legais e regulamentares a observar pelos técnicos responsáveis dos projetos de obras e
sua execução, devendo essa relação constar dos sítios na Internet dos ministérios em causa.
Artigo 125.º
Alvarás anteriores
As alterações aos alvarás emitidos ao abrigo da legislação agora revogada e dos Decretos-Leis n.os
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166/70, de 15 de abril, 46 673, de 29 de novembro de 1965, 289/73, de 6 de junho, e 400/84, de 31
de dezembro, regem-se pelo disposto no presente diploma.
Artigo 126.º
Elementos estatísticos
1 - A câmara municipal envia mensalmente para o Instituto Nacional de Estatística os elementos
estatísticos identificados em portaria dos membros do Governo responsáveis pela administração local
e pelo ordenamento do território.
2 - Os suportes a utilizar na prestação da informação referida no número anterior serão fixados pelo
Instituto Nacional de Estatística, após auscultação das entidades envolvidas.
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