Cames 2010
Cames 2010
Cames 2010
P
US
2010v1
EP
R-
PM
1 Introdução
Cames são mecanismos compactos utilizados para movimentos cı́clicos com deslocamentos de pequena
P
US
amplitude, normalmente com intervalos de repouso. Comparado aos mecanismos planos de 4 barras,
seu custo pode ser mais alto pois seu perfil complexo encarece a fabricação. Entretanto, os cames têm
EP
a vantagem de oferecer intervalos de repouso justapostos aos movimentos alternados, difı́ceis de serem
obtidos com mecanismos de 4 barras.
R-
Esta apostila visa dar uma noção introdutória de projeto de cames. Serão abordados com certa
PM
profundidade dois métodos convenientes de projeto de cames com seguidor tipo rolete: com perfis de
cames baseados em curvas tipo ciclóide e polinômio.
A figura 1 mostra meio ciclo do movimento linear alternado de um seguidor e seu came. Note o formato
oval popular em cames, enquanto que o seguidor tipo rolete possui uma mola para forçar o contato com a
superfı́cie do came. Nesse caso, o seguidor descreve um movimento alternado na vertical, com amplitude H
P
dada pela diferença entre o ponto da superfı́cie do came mais afastado do seu centro e o ponto da superfı́cie
US
do came mais próximo do centro. Note, também, que a figura mostra um caso particular em que a linha de
movimentação do seguidor passa pelo centro de rotação do came (ou seja, não ocorre desalinhamento).
EP
R-
PM
P
US
EP
R-
PM
Figura 1: Meio ciclo de movimentação (descida) de um came com seguidor tipo rolete.
Já a figura 2 mostra uma configuração genérica de um came com seguidor tipo rolete, com a respectiva
P
nomenclatura. O raio de base representa a circunferência com centro no pivô do came e com raio até a
US
1
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
EP
R-
PM
P
US
EP
Figura 2: Configuração e nomenclatura utilizada em pares came-seguidor. Referência: Norton.
R-
PM
2 Metodologia de Projeto
A primeira fase de projeto consiste na interpretação dos requisitos para encontrar as condições de
contorno das equações do perfil do came, o perı́odo e a velocidade uniforme de rotação do came. A segunda
fase consiste na elaboração dos diagramas deslocamento-velocidade-aceleração-tranco (SVAJ). A terceira
P
fase consiste na determinação das equações de deslocamento, velociade, aceleração e tranco para as etapas
US
equações. Esse perfil é obtido do diagrama de deslocamento superposto a uma ‘circunferência de base’ ou
R-
que um seguidor do tipo rolete realize ciclicamente a seguinte sequência de movimentos lineares alternados:
a)repouso na posição mais baixa durante um intervalo de 2s; b)subida até uma posição elevada de uma altura
h num intervalo de 1s; c)repouso na posição mais alta durante um intervalo de 3s; d)descida até a posição
mais baixa durante um intervalo de 2s.
P
Para simplificar vamos considerar que a linha de movimentação do seguidor passe pelo centro de rotação
US
Neste exemplo:
PM
2
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
E a velocidade angular correspondente, supondo o movimento do eixo do came circular uniforme, será:
2π 2π π
ω= = = rad/s = 45◦ /s (2.2)
EP
T 8 4
Como o movimento é cı́clico (periódico), também é possı́vel utilizar uma variável angular ao invés do
R-
tempo. Seja θ a variável global de posição angular, sendo que 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim, para cada etapa
PM
encontra-se o intervalo angular correspondente a sua parcela do ciclo:
P
Etapa III: βIII = 38 360◦ = 135◦ = 3π
rad
US
4
EP
R-
Ao invés de trabalhar com a variável global θ, é mais prático definir uma variável local de posição
PM
angular, γ. Assim, é possı́vel encontrar uma equação de perfil do came para cada etapa em função da
variável local γ. Isso será visto mais adiante.
Supondo o movimento do came com velocidade de rotação uniforme para simplificar, a relação entre
ângulo local γ e tempo local t é dada por:
P
γ = ωt (2.3)
US
dγ
=ω (2.4)
dt
R-
dγ = ωdt (2.5)
PM
βII
US
βIII
EP
βIV
R-
3
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
2.2 Diagrama SVAJ
US
O próximo passo é começar a preparar o Diagrama SVAJ (S deslocamento, V velocidade, A aceleração,
EP
J tranco - jerk). O tranco é considerado como a primeira derivada da aceleração.
R-
Considerando que a velocidade, a aceleração e o tranco são nulos por todo o intervalo das etapas de
repouso, começamos o diagrama pelas etapas de repouso, figura 3.
PM
P
US
EP
R-
PM
P
US
Note as etapas bem definidas no diagrama, de acordo com os intervalos β definidos anteriormente. Note,
R-
também, que o diagrama para deslocamento (S) apresenta uma região de repouso em zero e outra região de
PM
repouso em h.
4
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
Sempre existirão 8 condições de contorno tanto para a subida como para a descida.
As condições de contorno, considerando as variáveis locais de ângulo γ em cada intervalo, são:
EP
Subida (etapa II)
S(0) = 0 S(βII ) = h
R-
V (0) = 0 V (βII ) = 0
PM
A(0) = 0 A(βII ) = 0
J(0) = 0 J(βII ) = 0
Descida (etapa IV)
S(0) = h S(βIV ) = 0
V (0) = 0 V (βIV ) = 0
P
A(0) = 0 A(βIV ) = 0
US
J(0) = 0 J(βIV ) = 0
EP
R-
Considerando as variáveis locais de tempo t em cada intervalo:
Subida (etapa II)
PM
S(t = 0) = 0 S(t = βωII ) = h
βII
V (t = 0) = 0 V (t = ω
) =0
βII
A(t = 0) = 0 A(t = ω
) =0
P
βII
J(t = 0) = 0 J(t = ) =0
US
ω
Descida (etapa IV)
βIV
S(t = 0) = h S(t = )=0
EP
ω
βIV
V (t = 0) = 0 V (t = ω
)=0
R-
βIV
A(t = 0) = 0 A(t = )=0
PM
ω
βIV
J(t = 0) = 0 J(t = ω
)=0
Todo projeto adequado de came deve garantir pelo menos a condição de continuidade em todos os pontos
US
dos diagramas para deslocamento, velocidade e aceleração. A condição de continuidade no tranco pode ser
EP
descartada na maioria dos projetos para baixas e médias velocidades. Entretanto, se a velocidade do came
for muito alta e se for imprescindı́vel evitar vibrações, então também será necessário impor condição de
R-
continuidade para o tranco por todo o ciclo. O método que utiliza a curva cicloidal não impõe continuidade
para o tranco.
PM
Nesse método, o ponto de partida é impor uma curva senoidal para a aceleração de forma que satisfaça
as condições de contorno. A partir daı́, a equação para velocidade é encontrada por integração da equação
da aceleração. A curva do deslocamento, por sua vez, é encontrada por integração da curva da velocidade.
Assim, para a subida ou descida, impõe-se uma aceleração do tipo senoidal:
P
US
γ
A(γ) = C0 sin(2π ) (2.6)
EP
β
Integração da aceleração para encontrar a velocidade. Lembrar que deve ser feita a integração no tempo.
R-
ωt
A(t) = C0 sin(2π ) (2.7)
β
5
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
Então,
US
EP
β γ β ωt
V (t) = −C0 cos(2π ) + C1 = −C0 cos(2π ) + C1 (2.8)
2πω β 2πω β
R-
PM
β2 γ γ β2 ωt ωt
S(t) = −C0 2 2
sin(2π ) + C 1 + C 2 = −C 0 2 2
sin(2π ) + C1 + C2 (2.9)
4π ω β ω 4π ω β ω
Note que existem 3 constantes a determinar. Portanto, é necessário que sejam escolhidas apenas 3
P
condições de contorno para formar um sistema de 3 equações lineares a 3 incógnitas.
US
As seguintes condições de contorno e respectivas equações podem ser escolhidas para a subida:
EP
βII
V (t = 0) = 0 =⇒ − C0 + C1 = 0
R-
2πω
PM
S(t = 0) = 0 =⇒ C2 = 0
βII βII
S(t = ω
) =h =⇒ C1 + C2 = h
ω
P
US
βII
− 2πω 1 0 C0 0
R-
0 0 1 C1 = 0
(2.10)
PM
βII
0 ω
1 C2 h
Portanto,
2πhω 2 2πhω 2
P
C0 = 2
= 2
βII βsubida
US
hω hω
EP
C1 = =
βII βsubida
R-
C2 = 0
PM
As seguintes condições de contorno e respectivas equações podem ser escolhidas para a descida:
βIV
V (t = 0) = 0 =⇒ − C0 + C1 = 0
P
2πω
US
S(t = 0) = h =⇒ C2 = h
EP
R-
βIV βIV
S(t = )=0 =⇒ C1 + C 2 = 0
PM
ω
ω
6
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
O sistema de equações resultantes para a descida será:
EP
βIV
− 2πω 1 0 C0 0
R-
0 0 1 C1 = h (2.11)
βIV
0 1 C2 0
PM
ω
Portanto,
2πhω 2 2πhω 2
C0 = − 2
= − 2
βIV βdescida
P
hω hω
US
C1 = − =−
βIV βdescida
EP
C2 = h
R-
Após o cálculo das constantes, basta substituir nas equações de deslocamento, velocidade e aceleração
PM
e plotar as curvas correspondentes.
Lembre que o tranco é a derivada da aceleração. No caso,
2πω γ 2πω ωt
J(t) = C0 cos(2π ) = C0 cos(2π ) (2.12)
β β β β
P
Atribuindo valores numéricos, raio de base 4 cm e altura h = 1 cm, e supondo movimento no sentido
US
anti-horário, os valores obtidos para as constantes neste exemplo foram: subida C0 = 2π, C1 = 1, C2 = 0;
descida C0 = −π/2, C1 = −0.5, C2 = 1. Os resultados do projeto do came podem ser vistos na figura 5.
EP
Perfil do Came
R-
V(cm/s)
PM
P
US
EP
R-
A(cm/s 2)
PM
J(cm/s3)
P
US
EP
R-
7
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
2.5 Influência do Valor do Raio da Circunferência de Base
US
No exemplo resolvido foi atribuı́do um valor de raio de base igual a 4 cm para uma altura de elevação
EP
de 1 cm. Ver figura 5.
R-
Aumentando-se o raio da circunferência de base é possı́vel obter perfis mais suaves. A figura 6 mostra
os perfis de cames resultantes para h = 1 cm e raio de base entre 2 cm e 8 cm. Note que o came com raio
PM
de base 8 cm tem curvas muito mais suaves (principalmente para a etapa de subida) do que o came com raio
de base 2 cm. Entretanto, note que o tamanho do came aumenta.
P
US
EP
R-
PM
P
US
EP
R-
PM
permite, inclusive, continuidade no tranco. Entretanto, é mais trabalhoso que o método por curva cicloidal.
PM
igual ao número de condições de contorno. No exemplo visto nesta apostila, há 6 condições de contorno
US
para garantir continuidade até a aceleração, ou 8 condições de contorno para garantir continuidade até o
EP
até o tranco. Devem ser escolhidos polinômios de ordem 7 tanto para a subida como para a descida, pois
PM
8
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
essas etapas apresentam 8 condições de contorno cada.
EP
2 3 4 5 6 7
γ γ γ γ γ γ γ
S(γ) = C0 + C1 + C2 + C3 + C4 + C5 + C6 + C7 (2.14)
R-
β β β β β β β
PM
Lembrando que γ = ωt:
2 3 4 5 6 7
ωt ωt ωt ωt ωt ωt ωt
S(t) = C0 +C1 +C2 +C3 +C4 +C5 +C6 +C7 (2.15)
β β β β β β β
P
US
A velocidade é a derivada no tempo do deslocamento. A aceleração é a derivada no tempo da velocidade.
O tranco (jerk) é a derivada no tempo da aceleração. Então:
EP
R-
" 2 3 4
ω ωt ωt ωt ωt
V (t) = C1 + 2C2 + 3C3 + 4C4 + 5C5 +
PM
β β β β β
5 6 #
ωt ωt
+6C6 + 7C7 (2.16)
β β
P
US
" 2 3
ω2
ωt ωt ωt
A(t) = 2 2C2 + 6C3 + 12C4 + 20C5 +
EP
β β β β
4 5 #
R-
ωt ωt
+30C6 + 42C7 (2.17)
β β
PM
" 2 3 4 #
ω3
ωt ωt ωt ωt
J(t) = 3 6C3 + 24C4 + 60C5 + 120C6 + 210C7 (2.18)
β β β β β
P
US
Assim, teremos que resolver os seguintes sistemas para encontrar os coeficientes dos polinômios
correspondentes:
EP
Subida:
R-
1 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 C0 0
1 1 1 1 1
PM
C1 h
ω
0
β 0 0 0 0 0 0 C2 0
0 ω 2ω 3ω 4ω 5ω 6ω 7ω
β C3
= 0
β β β β β β
0 0 β 2
2ω 2
0 0 0 0 0 C4 0
(2.19)
2 2 2 2 2 2
0 0 2ω2 6ω2 12ω2 20ω2 30ω 42ω
C
β2 5 0
P
β β β β β2
0 0 0 6ω3 0 0 0 0 C6 0
US
β3
0 0 0 6ω
3 24ω 3 60ω 3 120ω 3 210ω 3 C7 0
β3 β3 β3 β3 β3
EP
Assim,
R-
C0 = C1 = C2 = C3 = 0
PM
C4 = 35 C5 = −84 C6 = 70 C7 = −20
9
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
Descida:
1 0 0 0 0 0 0 0
EP
1 1 1 1 1 1 1 1 C0 h
C1 0
R-
ω
0 0 0 0 0 0 0
β C 0
7ω 2
0 ω 2ω 3ω 4ω 5ω 6ω
PM
β C3
β β β β β β
= 0
0
0 2ω 2
0 0 0 0 0 C4 0 (2.20)
β2
2ω 2 6ω 2 12ω 2 20ω 2 30ω 2 42ω 2
0 0 C5 0
β2 β2 β2 β2 β2 β 2
6ω 3
C6
0 0 0 0 0 0 0 0
β3
0 0 0 6ω 3 24ω 3 60ω 3 120ω 3 210ω 3 C7 0
P
β3 β3 β3 β3 β3
US
Assim,
EP
C0 = 1 C1 = C2 = C3 = 0
R-
C4 = −35 C5 = 84 C6 = −70 C7 = 20
PM
Para o exemplo numérico em que o raio de base é 4 cm e a elevação é de 1 cm, teremos os resultados
mostrados na figura 7.
Perfil do Came
P
US
V(cm/s)
EP
R-
PM
P
US
A(cm/s 2) J(cm/s3)
EP
R-
PM
P
US
10
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
2.7 Projeto de Came com Apenas uma Etapa de Repouso
US
Em alguns casos é necessário projetar um came para a seguinte sequência: repouso - subida - descida
EP
(o repouso ocorre na parte mais baixa do deslocamento). Ou repouso - descida - subida (o repouso ocorre
R-
na parte mais elevada). Há apenas uma etapa de repouso. É preciso considerar se o tempo de subida é igual
ao de descida, ou se os tempos são diferentes.
PM
Caso os tempos de subida e descida sejam iguais, a curva será simétrica e o projeto será muito mais
simples. Se a escolha for por curva cicloidal, podem ser obtidas as equações para uma das etapas (subida,
por exemplo) e o resultado pode ser rebatido (refletido) para a outra etapa. Se a escolha for por curva
polinomial, é possı́vel juntar a subida e a descida numa única etapa e considerar um único polinômio; as
P
condições de contorno ficam (sequência subida-descida):
S(0) = 0; S( β2 ) = h; S(β) = 0
US
V (0) = 0; V (β) = 0 A(0) = 0; A(β) = 0
EP
Assim, com 7 condições de contorno, deve-se utilizar um polinômio de ordem 6.
Caso o tempo de subida seja diferente do de descida o projeto se torna mais complicado. Se a escolha for
R-
por curva cicloidal, devem ser obtidas equações para cada uma das etapas. Em geral, há mudança abrupta
PM
de aceleração no ponto de mudança entre subida e descida, figura 8.
Perfil
Veloc.
P
US
EP
R-
PM
P
Acel. Tranco
US
EP
R-
PM
P
Se for escolhido o método de polinômio, é melhor usar um polinômio diferente para cada etapa (subida
e descida), pois o uso de um único polinômio pode trazer resultados inadequados quando não há simetria.
R-
11
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
EP
R-
PM
P
US
EP
R-
PM
Figura 9: Resultados para polinômio em subida descida. Esquerda, uso de um único polinômio para
subida-descida. Direita, uso de polinômios distintos para subida e para descida.
3 Ferramentas Computacionais
P
US
Programas como Matlab ou Scilab podem ser usados para o projeto de cames pelos métodos vistos aqui
EP
(cicloidal, polinômio) ou outros. Para tanto, é necessário escrever funções contendo todo o equacionamento
e os dados do projeto: condições de contorno, perı́odo, intervalos em ângulos, sentido de rotação, raio de
R-
esses programas também podem plotar os gráficos de deslocamento, velocidade, aceleração, tranco, e do
prórpio perfil.
O caso do projeto com curva cicloidal é o mais fácil de ser implementado, já que consiste num sistema
linear de 3 equações e 3 incógnitas. Note das equações 2.10 e 2.11 que apenas a lista com as 3 condições
P
Já no caso de uso de polinômios, a implementação é muito mais trabalhosa. É necessário considerar
que o projeto pode envolver desde um polinômio de ordem 5 (sistema de 6 equações a 6 incógnitas) até um
EP
cartesianas. Os números complexos e a Fórmula de Euler (reiθ = rcosθ + irsinθ) são indicados para
PM
coordenadas polares. Assim, para plotar um arco de circunferência de raio r = 4 e de ângulo γ basta criar
uma lista com uma grande quantidade de valores de γ, e plotar a parte imaginária de reiθ (coordenada y)
em função da parte real (coordenada x). Por exemplo, para γ = 45◦ = π/4rad:
P
r=4;
US
A=45*pi/180;
alpha=linspace(0,A,100); %cria lista com 100 valores
EP
plot(real(r*exp(i*alpha)), imag(r*exp(i*alpha)))
R-
PM
Observe a figura 10 com um esquema para plotagem do perfil do came usado no exemplo desta apostila.
Lembre que S(x) é a função de deslocamento obtida do método cicloidal ou de polinômio.
12
Mecanismos - PMR/EPUSP Cames
P
US
EP
R-
PM
P
US
EP
R-
PM
Figura 10: Esquema do came do exemplo.
P
US
4 Exercı́cios Propostos
EP
Ex 1 Projete um came que gere o seguinte movimento cı́clico no seguidor: subida até uma altura 2 cm em
R-
180◦ , descida em 180◦ . Use curva cicloidal, e admita uma velocidade de rotação do came ω = π/2 rad/s.
Encontre as curvas de deslocamento, velocidade, aceleração e tranco. Obtenha os gráficos correspondentes
PM
Ex 2 Projete um came que gere o seguinte movimento cı́clico no seguidor: subida desde a base até uma
altura 1 cm com duração 1s, repouso por no topo por 5s, descida até a base com duração 1s, e repouso na
P
base por 5s. Encontre o perı́odo, velocidade angular do came (suposta constante), e divida os intervalos
US
nos ângulos β correspondentes. Considere um raio de base de 5 cm. Implemente primeiro usando curva
cicloidal e, depois, curva polinomial que garanta continuidade do tranco inclusive. Encontre as curvas de
EP
Ex 3 Projete um came que gere o seguinte movimento cı́clico no seguidor: subida até uma altura 2 cm
em 60◦ , descida até a base em 90◦ , repouso na base por 210◦ . Primeiro faça o projeto usando uma
única curva cicloidal para subida-descida. Depois, faça o projeto usando uma única curva polinomial para
subida-descida. Por fim, faça o projeto usando uma curva polinomial para subida e outra curva polinomial
para descida. Considere todas as condições de contorno necessárias para cada caso. Encontre as curvas de
P
came.
EP
R-
PM
13