Aula 5 - Comandos DML

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BANCO DE DADOS

AULA 5

Profo Lucas Rafael Filipak


CONVERSA INICIAL

O primeiro objetivo desta aula é aprender a consultar mais de uma tabela


dentro da mesma instrução, retornando dados mais íntegros, finalizando assim os
comandos DML; entender como funciona as transações e onde elas podem ser
utilizadas; aprender a criar um usuário para o banco de dados; fazer a atribuição
e a remoção de privilégios de acesso aos usuários; estudar a importância da
criação dos índices para melhorar (agilizar) a busca dos registros dentro das
tabelas.

TEMA 1 – CONSULTA ENTRE TABELAS

Até agora foi estudado o comando SELECT e alguns outros comandos para
filtrar ou refinar a seleção, mas sempre utilizando como base de seleção uma
única tabela de cada vez. O comando JOIN é utilizado para recuperar dados entre
mais de uma tabela, obtendo assim registros mais completos.

Figura 1 – Tabela alunos e tabela cidade utilizadas para exemplificar

Para entender o cenário, analise a Figura 1. O objetivo é mostrar, em uma


única consulta, o nome do aluno e o nome da cidade do aluno. Na tabela Cidade
são cadastradas as cidades que vão ser utilizadas.
Na tabela Alunos são cadastrados os dados dos alunos. A coluna id cidade
contém um valor que representa o id de uma cidade e tem relação com a coluna
“id” da tabela Cidade. Essa técnica de relacionar dados deixa o banco de dados
mais íntegro, pois a cidade de Curitiba foi cadastrada apenas uma vez (tabela
Cidade) e é utilizado seu id na tabela Alunos, diminuindo assim o seu tamanho de
armazenamento e de transferência de dados. Imagine que para cada aluno
cadastrado na tabela Alunos, em vez do id da cidade fosse gravado o nome da
cidade. Não é difícil entender que se utiliza menos espaço para armazenar o
número 1 (que é o código do cadastro de Curitiba) do que a palavra Curitiba. O

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momento é oportuno para relembrar o DER e a cardinalidade utilizada no exemplo
da Figura 1. Um aluno tem somente uma cidade cadastrada (1:1), mas uma cidade
cadastrada pode ser utilizada por vários alunos (1:N).

Figura 2 – Relação e cardinalidade entre as tabelas

O comando JOIN (ou INNER JOIN) foi utilizado para consultar dados entre
as tabelas Alunos e Cidade. Para informar as colunas de seleção utiliza-se o nome
da tabela e depois o nome da coluna. Na Figura 3 foi utilizado a coluna nome da
tabela Alunos (alunos.nome) e a coluna nome da tabela Cidade (cidade.nome).
O parâmetro ON é a cláusula da condição e pode ser substituído pela
palavra WHERE. Para que haja resultados na consulta a condição ON ou WHERE
deve ser verdadeira. Note que a seleção não retornou o registro da cidade de
Cuiabá. Isso ocorreu, pois na tabela alunos nenhum registro possui o valor da
coluna id_cidade como 5.

Figura 3 – Exemplo do uso do comando JOIN

No exemplo da Figura 3, as duas colunas utilizadas têm o mesmo nome


(nome) e isso pode prejudicar na interpretação do resultado. É possível nomear

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as colunas ou tabelas, momentaneamente, para facilitar a visualização. O
comando para renomear (apelidar) uma coluna ou uma tabela é o Alias. Repare
na Figura 4, as colunas receberam apelidos.

Figura 4 – Exemplo do uso do comando para apelidar as colunas

Repare na Figura 4 que a coluna nome da tabela alunos recebeu o alias


nome aluno. Para isso utiliza-se do comando AS logo após a coluna que vai
receber o alias. Os apelidos (alias) não alteram a estrutura da tabela, somente na
visualização da consulta.
Existem outros tipos de JOIN. Camargo (2010) explica que a
cláusula RIGHT JOIN ou RIGHT OUTER JOIN permite obter não apenas os
dados relacionados de duas tabelas, mas também os dados não relacionados
encontrados na tabela à direita da cláusula JOIN. Repare na Figura 5 que o
comando RIGHT JOIN retornou todos os registros da tabela à direita do JOIN
(cidade) e os registros que coincidem com a igualdade do JOIN na tabela alunos.

Figura 5 – Exemplo do uso do comando RIGHT JOIN

Ao contrário do RIGHT JOIN, a cláusula LEFT JOIN ou LEFTOUTER JOIN


retorna todos os dados encontrados na tabela à esquerda de JOIN (Camargo,
S.d.).

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Observe na Figura 6 uma representação gráfica dos 3 tipos de JOINs
explicados.

Figura 6 – Representação dos diferentes tipos de JOINs

Fonte: W3schools, S.d.

TEMA 2 – OUTRAS FUNÇÕES DO SELECT

Algumas outras funções podem ser utilizadas com a instrução SELECT


permitindo enxergar os dados de maneiras mais específicas, ajudando na tomada
de decisão. A tabela de Figura 7 será utilizada para os próximos exemplos.

Figura 7 – Tabela utilizada como exemplo nas próximas explicações

Para retornar a média dos valores de uma coluna, utiliza-se a função AVG.
Na Figura 8, a instrução executada retornou a média dos valores dos salários de
todos os funcionários.

Figura 8 – Exemplo do uso da função AVG

Essas funções podem compor o comando SELECT junto com outras


colunas e são interpretados como uma nova coluna, que fica gravada apenas na

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memória. Na Figura 9, a consulta retornou duas colunas: sexo e a média dos
salários.

Figura 9 – Exemplo do uso da função AVG agrupando pela coluna sexo

Utiliza-se a função de ordenação GROUP BY para agrupar os registros que


possuem valores comuns. A Figura 9 mostra a média de salários por grupo (sexo).
A função SUM retorna a soma dos valores de uma coluna e possuí a
mesma dinâmica do parâmetro AVG. Observe na figura 10.

Figura 10 – Exemplo do uso da função SUM

Todas as funções apresentadas nesse capítulo também podem utilizar a


cláusula WHERE. Além de somar (SUM) e fazer a média (AVG) também se pode
contar os registros. Veja na Figura 11.

Figura 11 – Exemplo do uso da função COUNT

A instrução retornou o número 4, pois existem 4 registros na tabela


Funcionários. No exemplo da Figura 11, a função count(*) foi apelidada de
funcionários (note na visualização). O apelido é para facilitar a identificação da
coluna. Repare na Figura 10 que não foi apelidada a coluna e foi mostrado
um(salario) no retorno da consulta. Outras duas funções interessantes são MAX

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e MIN, que retornam o valor máximo e o valor mínimo de uma coluna. Na Figura
12 percebe-se que foram retornados o maior e o menor salário encontrado.

Figura 12 – Exemplo do uso das funções MAX e MIX

Muitas vezes existem muitos registros dentro das tabelas, sendo


necessário limitar o retorno das consultas. A função LIMIT faz isso de duas
maneiras:

• LIMIT 3  retorna os 3 primeiros registros (número máximo);


• LIMIT 10, 3  retorna 3 registros após o 10º registro (11, 12 e 13 registros).

Visualize na Figura 13 dois exemplos da utilização da função LIMIT.

Figura 13 – Exemplo do uso da função LIMIT

TEMA 3 – DATA CONTROL LANGUAGE (DCL)

Os comandos que fazem parte dessa categoria são responsáveis por


definir critérios de segurança em relação aos usuários dentro de um banco de
dados. A DCL ou Linguagem de Controle de Dados é uma subcategoria da DML,
que controla os aspectos de autorização de dados e permissões dos usuários,
controlando o acesso, a manipulação e a visualização dos dados.
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Antes de iniciar os estudos sobre as permissões, é preciso criar uma nova
identificação para o banco de dados. A sintaxe para a criação de uma identificação
é bem simples, mas somente uma identificação que tenha permissão para criar
uma nova identificação vai conseguir executar o comando. Observe a Figura 14.

Figura 14 – Exemplo da sintaxe do comando CREATE USER

Na Figura 15 foi criada a identificação chefe com a senha 123. A


identificação que é recém-criada não tem acesso às databases que existem no
banco de dados.

Figura 15 – Exemplo do uso do comando CREATE USER

Existem dois comandos principais para fornecer e retirar as permissões das


identificações: GRANT e REVOKE.

• GRANT  dá as permissões, autorizando o usuário a executar ou setar


operações;
• REVOKE  retira as permissões, removendo ou restringindo a capacidade
de um usuário de executar operações.

As sintaxes dos dois comandos são bem parecidas e atuam de maneira


opostas. Na Figura 16 a sintaxe do comando GRANT é:

Figura 16 – Exemplo da sintaxe do comando GANT

Para explicar a sintaxe, é utilizado um fragmento de texto do livro de Alves


(2014, p. 132):

• direitos: indica os direitos que podem ser concedidos ao usuário. São eles:
ALL PRIVILEGES, SELECT, INSERT, UPDATE e DELETE.
• nome_tabela: é a tabela de dados ou visão na qual será́ aplicada a
concessão dos direitos.
• identificação: é uma identificação da autorização para a qual os privilégios
foram concedidos.
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O comando da Figura 17 dá permissão para a identificação chefe para
executar uma consulta na tabela Alunos.

Figura 17 – Exemplo do uso do comando GRANT

Como só foi dada essa permissão para a identificação chefe, se ele


executar o comando SHOW TABLES vai aparecer somente a tabela Alunos (a
única em que ele tem permissão).
A Tabela 1 mostra a lista das principais permissões que se pode atribuir
para uma identificação.

Tabela 1 – Lista de permissões

Privilégio Descrição
CREATE criar novas tabelas ou bases de dados
DROP deletar tabelas ou bases de dados
DELETE deletar registros
INSERT inserir registros
SELECT selecionar registros
UPDATE atualizar/modificar registros

A Figura 18 exemplifica a atribuição das permissões para a identificação


chefe de selecionar, inserir, deletar e modificar a tabela Alunos.

Figura 18 – Exemplo do uso do comando GRANT

Para fornecer mais de uma permissão para uma identificação, basta


colocar os privilégios separados por vírgula. Como a identificação chefe vai ser
uma identificação principal, ele receberá todos os privilégios (permissões).
Após a execução do comando da Figura 19, a identificação chefe vai ter
um acesso a todos os privilégios em todas as bases de dados.

Figura 19 – Exemplo do uso do comando GRANT

Existem três níveis de privilégios. Observe a Tabela 2:


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Tabela 2 – Nível de privilégio

Fonte: Duarte, S.d.

O comando REVOKE remove os privilégios de uma identificação. A sintaxe


para o comando REVOKE é um pouco parecida com o comando GRANT. Observe
a Figura 20.

Figura 20 – Exemplo da sintaxe do comando REVOKE

O comando REVOKE utiliza a mesma lista de permissões e os mesmos


níveis de privilégios do comando GRANT. Pode-se remover uma ou mais
permissões em um determinado nível. Ao executar o comando da Figura 21, a
identificação chefe não pode mais executar o comando SELECT na tabela Alunos.

Figura 21 – Exemplo do uso do comando REVOKE

Também é possível remover todas as permissões da identificação chefe


em um determinado nível, na Figura 22 são removidas as permissões de todas as
tabelas do banco sistema.

Figura 22 – Exemplo do uso do comando REVOKE

Da mesma maneira que se pode criar uma nova identificação, também é


possível excluir uma identificação já existente. Essa operação é irreversível e
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todos os privilégios são excluídos juntos com a identificação. Observe o comando
DROP USER na Figura 23.

Figura 23 – Exemplo do uso do comando DROP USER

TEMA 4 – TRANSACT CONTROL LANGUAGE (TCL)

Para começar a falar dos comandos de transação, é preciso entender o que


são as transações. As transações são um conjunto de operações (comandos) que
devem ser executados sem erros para que a transação seja efetivada.
Exemplificando as transações, pode-se pensar em uma transferência
bancária entre duas pessoas. O usuário que faz a transferência somente informa
os dados do outro usuário e recebe um aviso que a operação foi concluída. Mas
para validar tal operação, o sistema verifica os seguintes itens:

• Os dados do destinatário estão corretos;


• Tem dinheiro na conta do remetente;
• Tirar o dinheiro do remetente e passar para o destinatário (atualizando as
duas contas).

Olhando os itens da transação nota-se que para realizar a transação são


utilizados comandos DML. O SELECT é utilizado nos dois primeiros itens e dois
UPDATE no último item (um para tirar da conta do remetente e outro para colocar
na conta do destinatário). As transações devem assegurar:

• Consistência dos dados;


• Atomicidade (todos os comandos devem ser executados com sucesso, se
um falhar, nenhuma operação deve ser realizada);
• Integridade do banco de dados.

Uma transação primeiramente é realizada primeira em memória e só são


transmitidas fisicamente para o banco de dados após a confirmação de que todas
as instruções foram efetuadas com sucesso. São três os comandos principais na
categoria TCL.

• Begin – indica o início de uma transação e todos os comandos da transação


devem vir abaixo de Begin;

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• Commit – é o fim da transação, executando as instruções no banco de
dados (permanente);
• Rollback – também é o fim da transação, mas cancela todas as alterações
efetuadas pois algo deu errado. Nada será alterado no banco de dados.

A partir do momento em que o cliente pede a transferência bancária, todas


as instruções para que a transferência seja efetuada são executadas
automaticamente. O comando Rollback não significa desfazer a ação, mas sim
voltar ao estado original. A maioria dos comandos SQL são transacionais e
executam uma transação com efeito imediato no banco de dados. Utilizam-se os
comandos da TCL quando é preciso executar vários comandos ao mesmo tempo,
de forma automática e todos eles devem ser executados com sucesso.
Observe, na Figura 24, que a primeira instrução a ser executada é um
update da tabela Conta_corrente, retirando o valor desejado da coluna saldoConta
do usuário remetente. Nesse ponto já é criada uma cópia na memória com a
alteração feita pelo UPDATE. Em seguida, na outra instrução do UDPATE, é
somado o valor na conta do usuário destinatário. Nesse ponto, as duas
modificações ficam gravadas apenas na memória. O comando COMMIT verifica
se todas as instruções foram gravadas com sucesso na memória e efetiva a
operação gravando definitivamente no banco de dados.

Figura 24 – Exemplo do uso do comando TRANSACTION

É possível nomear as transações. Na Figura 25 a transação transferencia


tem uma instrução INSERT na tabela Uf. Da mesma forma do exemplo da Figura
25, quando a instrução é concluída os dados não são inseridos na tabela Uf, pois
o comando COMMIT não foi utilizado, ficando os dados inseridos apenas em
memória. O comando ROLLBACK no final da transação descarta toda a
transação, não inserindo nada no banco de dados e apagando os dados da
memória.
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Figura 26 – Exemplo do uso do comando TRANSACTION sem COMMIT

Quando todas as instruções SQLs da transação forem realizadas com


sucesso, a transação é finalizada e gravada no banco de dados. Caso algo gere
uma falha, a transação é desfeita e nada é alterado no banco de dados. As
instruções COMMIT e ROLLBACK controlam as transações.
Para Puga, França e Goya (2013, p. 202)

Por serem instruções de controle das transações, COMMIT e


ROLLBACK exercem funções determinantes para a confirmação ou
descarte da transação. No caso, a instrução COMMIT confirma as
transações, efetivando as manipulações de dados realizadas nas
tabelas fisicamente, ou seja, as operações necessárias para realizar a
transação ocorrem em memória e não são registradas no banco de
dados até que a instrução COMMIT seja acionada. Em contrapartida, ao
acionar o ROLLBACK as transações que ainda não tenham sido
confirmadas e estejam em memória são descartadas.

Após o comando COMMIT, as instruções são passadas da memória para


o banco de dados, não havendo como reverter a operação realizada.

TEMA 5 – ÍNDICES

Os índices são criados para facilitar e agilizar as consultas dos registros no


banco de dados. Antes de começar a falar dos índices é importante saber como a
gravação dos dados ocorre de maneira física. A explicação foi retirada do site
DevMedia:

Os registros são armazenados em páginas de dados, páginas estas que


compõem o que chamamos de pilha, que por sua vez é uma coleção de
páginas de dados que contém os registros de uma tabela. Cada página
de dados tem seu tamanho definido em até 8 Kb, apresenta um
cabeçalho, também conhecido como header, que contém arquivos de
links com outras páginas e identificadores (hash) que ocupam a nona
parte do seu tamanho total (8 Kb) e o resto de sua área é destinado aos
dados. Quando são formados grupos de oito páginas (64 Kb), chamamos
este conjunto de extensão. Os registros de dados não são armazenados
em uma ordem específica, e não existe uma ordenação sequente para
as páginas de dados. As páginas de dados não estão vinculadas a uma
lista, pois implementam diretamente o conceito de pilhas. Quando são
inseridos registros em uma página de dados e ela se encontra quase
cheia, as páginas de dados são divididas em um link é estabelecido para
marcações e ligações entre elas” (DevMedia, S.d.).

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Depois da explicação de como os dados são armazenados fisicamente, o
próximo passo é analisar os dois métodos de pesquisa dos dados:

• Exame nas tabelas  a consulta percorre todos os registros de todas as


páginas e seleciona apenas os que são verdadeiros segundo a cláusula
WHERE;
• Usando índices  percorre a estrutura da árvore do índice, comparando
e extraindo somente os registros que são verdadeiros segundo a cláusula
WHERE.

O interpretador SQL tem um otimizador de consultas, que analisa a


consulta e direciona para o método mais eficiente. Para ficar mais claro a criação
da árvore de índice e sua utilização, será analisado um exemplo não
computacional.
O livro é um ótimo exemplo. Imagine que você está pesquisando algum
conteúdo, mas para isso tem que olhar em todas as páginas do livro. Se o livro for
pequeno, a dificuldade é menor, mas, mesmo assim, se você precisar fazer várias
consultas e para cada consulta ter que folhar todas as páginas, o trabalho se torna
moroso e cansativo. E se o livro tiver umas 500 páginas? Aí o trabalho se torna
impossível de ser realizado manualmente.
A consulta que utiliza o exame nas tabelas é um método manual que
percorre todas as páginas que possuam dados gravados. Agora vamos voltar ao
exemplo e nos atentar ao índice do livro. Nos livros que contêm índices, essa
pesquisa é realizada de maneira muito mais fácil e ágil, pois não é preciso
percorrer todas as páginas buscando o conteúdo desejado. A árvore de índice tem
a função semelhante à dos índices dos livros físicos.
Como foi visto, os índices são utilizados para melhorar as consultas nos
registros, mas é preciso levar em conta que a criação da árvore de índice consome
um grande espaço em disco, podendo se tornar um problema se o banco está
armazenado em um storage.

Saiba mais
Storage é um equipamento que armazena os dados da rede local de uma
empresa ou residência, podendo ser um simples HD até um complexo sistema de
armazenamento com vários petabytes. Além disso, esse tipo de equipamento
pode ser implementado como servidor de arquivos, fazer backup ou ser uma área
para centralizar, processar ou compartilhar dados (Controle Net, S.d.).

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Outros pontos a se pensar:

• Não utilizar colunas que tenham uma grande quantidade de dados


duplicados ou que tenham pouca variação, como a coluna sexo.
• O SGBD gasta recursos mantendo os índices sempre atualizados e
associados.

A sintaxe é simples e exemplificada na Figura 26.

Figura 26 – Exemplo da sintaxe do comando CREATE INDEX

Para exemplificar será utiliza a tabela Funcionários (Figura 27) que possui
5 colunas e a coluna cod como chave primária.

Figura 27 – Tabela utilizada nos próximos exemplos

Na Figura 28 é criado um índice para a tabela Funcionarios. O nome do


índice é importante, pois é possível utilizar um índice específico em uma pesquisa,
para isso é necessário saber o seu nome.

Figura 28 – Exemplo do uso do comando CREATE INDEX

Os índices podem ser compostos por uma única coluna ou por várias
(multicoluna). O multicolunas pode consistir de até 15 colunas (em
colunas CHAR e VARCHAR você também pode utilizar um prefixo da coluna
como parte de um índice). Observe a Figura 29.

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Figura 29 – Exemplo do uso do comando CREATE INDEX

O índice NomeFuncionario é multicoluna, composto pelas colunas nome e


sobrenome. Os índices também podem ser definidos na criação da tabela como
exemplificado na Figura 30.

Figura 30 – Exemplo para criar um índice na criação da tabela

Para um melhor desempenho da criação dos índices, é sugerido criá-los


nas seguintes colunas:

• Chaves primárias;
• Chaves estrangeiras;
• Colunas acessadas por intervalos (BETWEEN);
• Campos utilizados em GROUP BY ou ORDER BY.

FINALIZANDO

Nesta aula foi apresentado o comando JOIN, que é utilizado para retornar
dados de mais de uma tabela em uma mesma instrução SELECT. Foram
exemplificados outros parâmetros que podem ser utilizados em uma consulta ao
banco de dados (AVG, SUN, MAX, MIN e COUNT).
Para serem estudados os comandos da categoria DCL foi criado um
usuário para o banco de dados e foram explicados os comandos para atribuir e
retirar permissões dos usuários. Também foram estudados os comandos da
categoria TCL, explicando e exemplificando como funcionam as transações.
Os índices foram o último assunto abordado na aula 5, sendo explicada a
sua criação e a sua importância.

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REFERÊNCIAS

ALVES, W. P. Banco de dados. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.

CAMARGO, W. B. de. Cláusulas INNER JOIN, LEFT JOIN e RIGHT JOIN no SQL
Server. DevMedia. Disponível em: <https://www.devmedia.com.br/clausulas-
inner-join-left-join-e-right-join-no-sql-server/18930>. Acesso em: 5 set. 2019.

DUARTE, E. Gerenciamento de usuários e controle de acessos do MySQL.


DevMedia. Disponível em: <https://www.devmedia.com.br/gerenciamento-de-
usuarios-e-controle-de-acessos-do-mysql/1898>. Acesso em: 5 set. 2019.

ENTENDENDO e usando índices – Parte 1. DevMedia. Disponível em:


<https://www.devmedia.com.br/entendendo-e-usando-indices-parte-1/6567>.
Acesso em: 5 set. 2019.

O QUE É storage? NAS, DAS, SAN ou FAS? Controle Net. Disponível em:
<https://www.controle.net/faq/o-que-e-storage>. Acesso em: 5 set. 2019.

PUGA, S.; FRANÇA, E.; GOYA, M. Banco de dados: implementação em SQL,


PL/SQL e Oracle 11g. São Paulo: Pearson, 2013.

SQL joins. W3schools. Disponível em: <https://www.w3schools.com/sql/sql_join.


asp>. Acesso em: 5 set. 2019.

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